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Vagão-Restaurante

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Mensagem por Charles Augustenburg Qua Set 05, 2012 10:43 pm

Vagão-Restaurante - Página 3 24ou98o


Hogsmead. Já havia passado um bom tempo desde que a conhecida locomotiva vermelha havia dado partida naquela direção. E, durante essa eternidade, meus olhos continuavam abertos, encarando a janela. Rápido a paisagem passava. Depressa o cenário inglês mudava. Estático e deitado sobre o banco meu corpo ficava.

Tínhamos conseguido um vagão vazio no meio do trem e a porta jazia trancada. O sono e tédio já haviam há muito, aparecido e sumido, deixando-me apenas com os pensamentos nostálgicos sobre as férias. De tempos em tempos esses também me cansavam e, nesses momentos, meus olhos esmeraldas se voltavam para Isabelle, que respondia confusa uma espécie de enigma trouxa encontrado no corredor.


-Maquina utilizada para arar o solo em grandes plantações... - Recitava sua suave voz quebrando o silencio imposto. Perguntando, buscando uma resposta para uma charada que eu não tinha e, as vezes, pronunciando palavras das quais nunca tinha ouvido falar. Por outras, praguejando devido a uma resposta errônea. Essas ultimas situações onde não podia deixar de rir, mandando ela parar com desafios tão bizarros e impossíveis como aqueles. Afinal, aquelas eram chances únicas. Bem sabia que a mente brilhante de minha irmã não costumava errar.

-Mas não tem nada melhor para fazer... - Reclamou a garota inquieta em resposta, mexendo seus pezinhos cobertos por sapatos de grife e em seguida suspirando com o que pude supor ser puro tédio. E, naquele momento, um puro sentimento de compreensão me dominou. Um compartilhamento de emoções nostálgico e egoísta. Sim. Eu também sentia aquilo. O que só podia-me fazer chegar a uma conclusão: Era hora de arranjar o que fazer. E, claro, que eu decididamente já tinha uma ideia do que queria.

Devagar minhas mãos pálidas empurraram o estofado. O corpo se moveu devagar, até o apoio conseguir deixá-lo sentado e ereto. Os olhos verdes giraram por toda a cubicular cabine até parar no semblante de Isabelle. Em seguida, minha roupas foram arrumadas e meu cabelo loiro arrepiado. Só então me levantei e dispus-me a falar.


-Aceitaria me acompanhar a uma visita a minha querida noiva, Lady Isabelle? - Perguntei-lhe, em uma típica pose que lembraria mais um príncipe de contos de fadas que qualquer coisa. Uma das velhas tradições dos lordes dinamarqueses. Uma velha e ultrapassada ironia para enganar idiotas, em minha opinião.

A garotinha riu da atitude. Parecia ter entendido a atuação e apenas se deixar levar por ela. Suas frágeis mãos então se esticaram em direção as minhas, as tocando e apertando meus dedos enquanto se levantava. Snestorm também pareceu decidido a não ser esquecido, se aproximando de meu corpo em seguida e pulando de um suporte para bagagens onde estava empoleirado. A ave pós-se ao ar, procurando um lugar para pousar e, quando o encontrou, ficou em silencio disposta a me acompanhar. Um sorriso satisfeito surgiu em meus lábios enquanto as pernas punham-se a dar os primeiros passos para fora da cabine. Era hora de um pouco de diversão.


-Tem certeza que não precisa de uma armadura? - Minha irmã sugeriu de brincadeira assim que saímos da cabine, e um riso não deixou de escapar de meus lábios, junto com uma negativa com a cabeça. Não. Ainda era cedo em demasiado para isso. Os jogos perigosos mal haviam começado.


***


Alguns dizem que o destino é baseado em inúmeras coincidências. Outros, que é apenas uma forma do tempo trollar as pessoas. No meu caso, no entanto, não acredito em destino e sim em pessoas incômodas que costumam se meter em sua vida. Nesse caso, o que encontrei no vagão restaurante era algo bem parecido com isso. O verme bastardo com crise incestuosa aguda. Um ser deplorável, se querem saber minha opinião.

Não diria exatamente que odeio Hans. O caso é que não acho ele digno de compartilhar algum nome com minha noiva, ou de se intrometer em meus assuntos. E isso ele fazia muito nos últimos tempos. Ser o maior incomodo dos empecilhos para meus planos. O apoio de Shanira. Sua distração para com meus atos.

Não nego que talvez meus olhos tenham queimado com sua presença. Mas se esse em algum momento o fizeram, não aparentou. Meu semblante continuou calmo e frio, mesmo diante dos pensamentos controversos. Os pés controlados insistiram em se aproximar sorrateiramente. Os dois olhares de apoio constantemente me vigiavam. Havia um chocolate ali, na mão da menina, e esse era o jeito perfeito de chamar atenção, de irritá-la. Não iria tolerar mais a blasfêmia daquela cena que se passava diante de meus olhos.

Rápido meu braço se projetou para frente. Foram segundos... Não. Menos que isso. Apenas o suficiente para o chocolate desaparecer e os olhos da menina se encontrarem à frigir minha carne. O corpo se afastou um pouco para trás e, antes de um clímax de batalha surgir, já estava comendo o doce com um sorriso vitorioso. Ou seria apenas provocativo para mostrar que era um ser superior?

A menina parecia irritada. Mas não dei bola para isso apenas a observando flertar com o veterano famoso enquanto comia o chocolate. Ciumes? Talvez sentisse um pouco. Mas naquela situação era inútil. Perder a compostura não era de meu feitio. Ainda mais quando meu rival temporário parecia não ligar para o objeto em disputa.


-Acho que essa prática realmente não é seu forte, princesa. - Minha voz saiu em tom neutro e polido do outro banco, apesar de minhas palavras denunciarem uma provocação disfarçada. Ah, como era bom o jogo de palavras. Principalmente quando realizado em um lugar onde eu definitivamente levaria vantagem. - Ou será que... -Meu semblante ficou pensativo e meus olhos novamente se encontravam em Shanira. -Não. Definitivamente é seu corpo. Ninguém ficaria com alguém tão estranha. - Menti. Sem mudar o tom e mantendo o sorriso misterioso. A musica tocada agora finalmente parecia chamar minha atenção. Ou fingia que isso acontecia enquanto voltava a ignorar minha noiva compulsória por completo. Se ela tivesse coragem, que viesse me bater. Apenas esperava por isso.


***


Comment: Post lixo mas...
Words: Não faço ideia.
Estética: By me.
Tags: Shanira, Hans, Isabelle.
Musica: Back 2U – 2PM.
Spoiler:
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Mensagem por Sam Gupta Qui Set 06, 2012 1:17 pm




Anjali Malhotra tinha 16 anos, era indiana do Maharashtra e aparentemente era apaixonada por Sanjaya desde que pusera os olhos nele. Quer dizer, “apaixonada” talvez não fosse o termo mais certo: talvez ela só fosse obcecada com a ideia de arranjar o casamento dos dois, uma coisa não implica na outra. Sam não podia negar que ela era uma menina bonita, e como metade de Hogwarts parecia se dar bem com ela, também devia ser boa pessoa. Certo, era seis meses mais velha que ele, e tinha lá a outra obsessão com virar uma heroína de Bollywood, mas apesar desses detalhes talvez o grifinório até tivesse em algum momento considerado a possibilidade, não fosse por um pequeno porém: desde a primeira vez em que a lufana se jogou em cima dele quando os dois ainda eram praticamente crianças, Sam tinha absoluto pavor dela. Mulheres assertivas demais jamais fizeram seu tipo, e Malhotra devia ilustrar o verbete “assertividade” no dicionário.

(Claro, havia também a rixa pessoal por serem batedores, mas aquela era outra história e o que acontecia em campo, ficava em campo.)

O que ela provavelmente não sabia era que o namoro de Sam com Adela – que até o fim de junho tinha sido apenas uma estratégia criada por eles dois justamente para afastar pretendentes indesejados – tinha se tornado namoro de verdade (com planos de casamento e tudo) pouco depois de o Expresso chegar a Londres. Para Anjali isso podia não fazer diferença, já que Sam não pretendia explicar a história toda pra ela e duvidava que Delinha fosse fazê-lo. Mas para o próprio Sam, que (honesto como ele só) detestava ter que mentir mesmo em legítima defesa, ser um homem comprometido de fato e de direito (ok, “de direito” oficialmente só depois que Adela se formasse) lhe dava uma segurança e uma certeza que provavelmente só outro rapaz de família e sangue punjabe seria capaz de compreender.

Anjali podia cruzar os braços até aquela comissão de frente toda pular pra fora da camisa, criar asas, sair voando e nocautear alguém; o coração e o corpo de Sam não pertenciam mais a ele e não tinha nada ali para ela bicar, não senhora.

— Pois é, na verdade custa sim, porque eu não tô com tempo e as suas histórias sempre são muito compridas — disse ele, caprichando na pronúncia mais londrina que podia (nessas horas ele sempre fazia questão de frisar que era nascido e criado em terras britânicas). Deu um nó nas mangas do moletom e pendurou a trouxa de roupas sujas no ombro. — E não precisa se incomodar de apresentar Mumbai não, viu? Faz uma coisa... — e enquanto falava, pôs as mãos nos ombros da menina, braços bem esticados para impor distância entre eles, e girou-a para abrir o caminho da entrada do vagão-restaurante. — Foca na sua carreira lá de atriz, que aí quando eu e a Dela formos pra Índia na nossa lua de mel de repente a gente vê você num filme, olha que legal!




Última edição por Sam Gupta em Sex Set 07, 2012 4:44 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Qui Set 06, 2012 2:54 pm


PARTY EVERYDAY!




Roxanna veste ISSO

Ele estava me olhando? Voltei minha atenção para meus ovos Benedict. Dois segundos depois, lá estava ele novamente. Ele estava me olhando? Definitivamente sim, ele estava me olhando. E de repente, como se eu tivesse nove anos me senti sem jeito, e minhas bochechas coraram. Por quê? Circe, por quê? Eu estava acostumada a ser olhada, desejada, odiada, invejada, então por que aquele olhar de Phillip me incomodava tanto?

O som da Brotherhood era muito bom, mas isso não era nenhuma novidade. Qualquer adolescente já tinha lido sobre eles em algum tablóide, eu mesma fui a um show deles nas férias de Páscoa, Lestat tinha me levado com a intenção de ganhar mais pontos com papai. “Não acho justo privar minha querida noiva das coisas das meninas de sua idade só por causa de nosso compromisso e meu desinteresse por tais coisas”.

Mentiroso nojento.

Voltei minha atenção para Logan, o que de fato nem foi tão difícil, afinal, seus modos muito bem educados eram muito bem quistos por mim. Ele tinha dito que as coisas poderiam melhorar, o que eu duvidava e muito. Mas não custava aproveitar um pouco de comida ao som de boa música enquanto aparentemente a calmaria se instalava.

Eu estava saboreando um pedaço imenso de torta quando ouvi uma provocação na direção de Villeneuve e um tapa nas costas. FOR REAL! Qual o problema dessa gente de Hogwarts? Será que são todos deficientes e tem que conversar na base do tato? Nem mesmo Isadore que era cega ficava naquele rela-rela. Isso é porque a educação dela vinha de berço já a maioria massiva de Hogwarts pelo que pude perceber se comportava feito macacos.

Continuei bebendo meu suco de abóbora gelado e nem me virei para cumprimentar a pessoa que tinha chegado e sentado sem ser convidada. Afinal, estava muito melhor comer torta. Foi quando eu ouvi o rapaz me cumprimentar, especificamente meu nome, em um sotaque levemente carregado. Tinha se saído muito melhor do que os ingleses falando meu sobrenome. Virei-me para encará-lo e foi quando reconheci o garoto do baile de Moscou, Andrew Hunter.

Com a boca cheia, esbocei um sorriso cordial enquanto ainda mastigava. Não ia falar com a boca cheia. Antes, porém que eu pudesse engolir toda a comida, Logan já tinha respondido às provocações de Andrew. E enquanto os dois discutiam sobre quadribol, resolvi apreciar o show.

- Boa tarde, senhor Hunter. – falei como se eles nem tivessem discutido na minha frente e aquilo tudo tivesse sido trivial demais – Isso é um convite? – porque soou mais como “tanto faz” e eu não admito ser tratada como opção, eu sou prioridade e pronto – Se for, ficarei honrada em ocupar os melhores assentos das mais novas carruagens, afinal, não somos plebe para andar de carroça.

E deixei implícito de que ele teria que reservar a carruagem. Mas eu sabia que ele iria entender, afinal, ele podia ser um tanto quanto abusado, mas era muito perspicaz. Foi quando vi se aproximando da nossa mesa, Scott e uma garota loira que reconheci como Sophia Ignaz pelas fotografias que mamá mostrara. Acenei discretamente e Scott logo atravessou a multidão dançante.

- Graças à Morgana, finalmente gente decente. – sorri ao estender o braço na direção das cadeiras vagas na mesa – Scott, esse é meu mais novo amigo, Logan Villeneuve. Raridade em boa educação nesse Expresso. E você deve ser a princesa Sophia Ignaz de Noir. Roxanna Miloslaviniacova. Sentem-se conosco.

Entrementes, tomei conta da conversa relatando em pormenores à Scott tudo o que tinha acontecido até então. Desde ter jogado Lestat no lixo, a humilhação de Chester (ocultando que eu tinha pisado na cara dele, porque certos detalhes podem ser omitidos), a vingança da coca-cola, o professor que fechou a porta na minha cara, o auror, a tatuagem, o barraco com a cerveja e o show da Brotherhood.

- E agora, pra piorar, Kayra está trancada na sala dos professores aguardando a sua punição. E não pode fazer nada para recuperar a bagagem que Takamyia jogou na Estação. Ou seja, ela está completamente sem roupa alguma além da roupa do corpo. E com a expulsão de Durmstrang eu tenho certeza de que a avó-megera dela não vai mandar um nicle furado. Pensem, que horror! Viver como indigente.

A música da banda ia serenando, quando eu encarei o palco novamente e dei de cara com Phillip me olhando, de novo. Ainda sentia aquele calor nas bochechas, mas quando olhei de relance para além do garoto e vi o baterista uma ideia surgiu feito flash. Pedindo licença aos presentes, me dirigi ao palco, passando por cima das meninas que tentavam a todo custo ganhar algum mimo dos integrantes da banda.

Altivamente subi no palco e me dirigi à Ryleigh, sabia do interesse dele em filantropia, aliás, todo mundo sabia.

- Ryleigh Wagtail, certo? – meu tom era profissional e não de tiete – Sou Roxanna Miloslaviniacova, aluna de Durmstrang. – oh sim eu era, e me considerava a cada minuto mais – Bom, eu sei do seu interesse por causas nobres e tenho algo que talvez seja do interesse da banda em Hogwarts. Podemos conversar?




Spoiler:


Roxanna Miloslaviniacova
Roxanna Miloslaviniacova
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Mensagem por Benjamin Jernigan Qui Set 06, 2012 7:54 pm

RESUMO: Ben se junta a Bo no show e depois que ele acaba, aproxima-se de Ryleigh e Roxanna para saber quais eram os planos da sonserina. De quebra, ainda carregou Phillip junto, percebendo que ele estava interessado na garota.



Acabou que a menina que quase causou um desastre no meu cabelo deu as costas e foi arrastada por um bando de pirralhos para o outro lado do vagão, até porque Bo resolveu dar uma de vocalista agitado e foi lá subir no palco pra chamar a platéia. Ele tinha essa terrível mania. Sem saída, mas indiscutivelmente influenciado pelo ânimo de meu amigo, peguei logo meu baixo na mesa e segui para o palco, começando logo a tocar, acompanhado de minha sombra chamada Pips. E logo todos estavam lá, rockin' n' rollin'.

Quando estava no palco, eu esquecia todo o resto do mundo. Era eu e o baixo, o baixo e eu. Não havia nada que eu gostava mais de fazer do que tocá-lo, e provavelmente eu não fazia nada de melhor senão aquilo. Tudo bem, eu sabia dançar e podia até quebrar um galho cantando, mas Bono era de longe o melhor vocalista. Claro, ele ficava com praticamente toda a fama e eu tinha plena consciência de que quase ninguém reparava em mim - com um pouquinho de "exceção", já que eu era idêntico ao guitarrista - mas nada disso importava. A música, da forma que a gente sabia fazer, estava acima de nós naquele momento, porque o show era nosso.

Tocamos por um tempo que me pareceu ser diminuto, mas que sabíamos ter sido o suficiente. Não era uma turnê or something, apenas a divulgação do nosso novo single. E, como eu esperava, foi só a música acabar que aquele apinhado de gente foi chegando mais perto, principalmente as garotas, que ficavam passando a mão em mim. Lancei um olhar cheio de ódio pra uma sirigaita que me arranhou no peito e, depois de afastá-la, virei-me para Phillip:

- Creindeuspai, segura esse cardume porque não aguento mais piranha relando em mim.

Meu irmão riu e se pôs na minha frente, recebendo todo o assédio da população feminina. Depois que aquilo melhorou um pouco e meu baixo já estava guardado, fui até Phillip novamente, porque né, não é porque sou bicha que eu sou cega, e eu tinha notado claramente aquele eye-fucking entre meu clone e a moça loira que se metera em confusão um pouco antes (e que logo viria a subir no palco para falar com Ryleigh):

- Meu amor, eu poderia perceber o clima entre vocês mesmo se eu estivesse no último vagão. - Nesse momento, a sonserina tava lá falando qualquer coisa com nosso querido grifinório e eu consegui pegar o fim da conversa. Carreguei Pips pelo braço, pra fazê-lo ficar mais próximo dela, e pra não me meter sozinho no diálogo dos dois, claro.

- Se é do interesse da banda, também quero saber. - Arrastei Phillip discretamente para o mais perto dela possível e enfim larguei seu braço. Claro que ia tentar ajudar meu irmão. - Nós queremos saber, aliás.



Benjamin Jernigan
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Mensagem por Beatrice Devgan Coote Qui Set 06, 2012 11:30 pm

Spoiler:

Beatrice veste isso!

_________

Último dia de férias. Véspera do seu primeiro dia de aula como aluna do quarto ano na escola de magia e feitiçaria de Hogwarts. Beatrice achava engraçado a sensação de frio na barriga que sentia toda véspera de viajar no expresso de Hogwarts. Parecia que todo ano era a sua primeira vez, mas já havia se passado três anos. Três anos que mais pareciam um sonho. Na verdade, eram um sonho realizado. Ainda pequena, desde que foi formalmente apresentada à magia, Beatrice sonhava com o seu ingresso em Hogwarts, e ela estava voltando para a escola pela quarta vez.

Passou a maior parte do dia no seu quarto. Precisava ter a sua mala arrumada até a noite. Ela tinha a mania de deixar tudo para a última hora. Sempre dava conta, mas adorava protelar o máximo que podia. Acabou lá pelas seis da tarde e resolveu que poderia dar uma volta pelo seu bairro, se despedir dos velhos amigos, antes de descansar para o grande dia.

Lá pelas dez, muito mais tarde do que o planejado, Beatrice voltou para casa. Fez um lanche rápido, tomou uma ducha e foi deitar. Queria estar o mais descansada possível para o dia seguinte.

Como de costume, às 9 horas, Beatrice fora acordada por seu pai. Ah, Andrew. Tá aí uma pessoa que Beatrice desejava levar para Hogwarts com ela. Não que ela fosse do tipo de menina que não sai debaixo da asa do pai, mas é que ele era muito mais que simplesmente pai. Ele era seu amigo. E doía muito vê-lo tão pouco. Tomaram café juntos e depois foram se arrumar. Desde o primeiro ano, o embarque no expresso havia se tornado um tipo de tradição entre pai e filha.

Chegando à estação faltando apenas cinco minutos para a saída do trem, correram para o pilar entre as plataformas nove e dez, e adentraram a plataforma 9 ¾ . Para Andrew era um momento muito feliz. Ver a sua filha, que a pouco tempo era tão pequena, já muito independente, aprendendo magia como ele mesmo nunca aprendeu, com tanta facilidade e rapidez. Se fosse em uma escola trouxa com certeza ela já teria sido adiantada alguns anos, era o que ele achava. Mas como a maioria dos pais é muito exagerado quando se trata de elogiar os seus filhos, podemos dar um desconto.

- Filha, espero que esse ano seja mais um ano brilhante. - Disse Andrew apertando Beatrice mais do que ela gostaria. Porém era um abraço aconchegante, no fim das contas. – Espero que você se divirta muito e faça novos amigos. Vamos nos falar sempre, okay? – E dando um beijo na testa da filha, a soltou dos seus braços.

- Ah, papai, pode deixar. Nos falamos sempre. Cuida direitinho do Senhor Bigodes. Daqui a pouco o natal chega e estaremos juntos novamente. – Depois de mais um abraço apertado, Beatrice finalmente sobe no trem.

Muitos rostos novos, alguns conhecidos, mas era tanta gente que ficava difícil reconhecer algum amigo mesmo. A essa altura era impossível achar uma cabine que não estivesse lotada, então depois de uma procura inútil por todo o trem, Beatrice resolveu tomar um pouco de cerveja amanteigada no vagão-restaurante. Provavelmente estaria acontecendo alguma apresentação de “talentos”, e seria uma boa oportunidade de dar belas risadas.

O vagão estava tão cheio, mas tão cheio, que chegava a ser difícil respirar. Depois de empurrar algumas pessoas, pisar no pé de outras, e se desequilibrar algumas vezes, Beatrice finalmente conseguiu chegar ao bar. Pegou uma caneca de cerveja amanteigada e foi para a pista, se misturar com os outros estudantes, para relaxar um pouco, já que essas eram as suas últimas horas de férias.
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Mensagem por Scott Dall'Agnol Sex Set 07, 2012 1:00 am

”Time after time I tell myself that I’m lucky…”
Scott veste: SET

Spoiler:

A viagem pós reembarque definitivamente foi melhor se comparada aos eventos do expresso parado em Londres. Na companhia de Sophia e Henryki, Scott conseguiu aos poucos se desligar da lembrança da mãe e de toda a carga de remorso que o olhar dela trouxe sobre a escolha dele de sair de Durmstrang. Por mais que tivesse uma motivação clara, de se tornar medibruxo e entrar para o St. Mungus, ainda não parecia suficiente para os pais, e também não era bastante para ele. Estar ali sem todo o endosso de sua família era estranho, e conseguia ser ainda pior ao saber que a única pessoa que conhece em Hogwarts se diverte pisando na cara de coitados por aí.

Focando em sua vida hogwartsiana Scott, junto de Sophia que lhe confessou depois, chegou a algumas conclusões sobre Ryki depois de sua pergunta sobre as pessoas, e principalmente garotas legais. Henryki certamente não pertencia àquela realidade. Encontraram-no de mau humor atracado a uma janela olhando o mundo com cara de poucos amigos, depois foram largados por ele ao não querer ficar perto da cabine de Roxanna, e esse só voltou quando o circo já pegava fogo. Não que a constatação fosse importante, Ryki se mostrava agora um cara divertido, ligeiramente perdido, mas gente boa e se esforçava para fazer da primeira viagem de Sophia e Scott a Hogwarts minimamente legal.

A Holly e o Codi tão comentados eles não encontraram, mas nem procuraram tanto assim. Sophia atraída por uma garotinha de sapatos de grife francesa levou os meninos para uma cabine onde cinco garotas brincavam de chá inglês com bonecas. A reação voluntaria e involuntária dos meninos foi de simplesmente sair, Scott brincara disso com Lune, sua irmã doente, as férias inteiras, não precisava daquilo para sua vida, mas queria a companhia de Sophia que os obrigou a ficar com duas táticas bastante simples: a primeira era de inventar fatos constrangedores sobre eles, que depois virariam fofocas; a segunda foram seis varinhas contra apenas duas. Um passo para trás e cuspiriam lesmas para o resto da vida.

Duas horas depois, fartos de tomar chá e comer bolinhos para não ter de dublar bonecos de príncipes, Sophia disse que precisava ir ao banheiro, e com a deixa os meninos pularam pra fora da cabine trancando as garotas com um Colloportus.

- Nunca mais faça isso, ok? – pediu Scott em um tom de ameaça. Se virasse mais uma xícara de chá ou ouvisse mais um pedido de casamento colocaria o almoço de bolos para fora.

- Vocês foram príncipes encantadores. – disse a loira dando um beijo no rosto de cada um.

Scott não sabia o que Ryki sentira naquele momento, mas além de se sentir bem, também sentia uma pontada de ciúme.

A próxima parada foi uma escolha do sueco. Atingido de novo pelo mesmo freesbie mordente, dessa vez quase apreendido pelos aurores, Scott decidiu que seria divertido se juntar ao grupo de marotos que ajudaram a tirar do trem durante toda a confusão na estação. Quando entraram se dividiram, um em cada time na já lotada cabine repleta de pirralhos, que surtavam coletivamente em um oriente médio de snaps explosivos – muito mais divertido do que o chá inglês. Mesmo sendo o jogo favorito de Scott quando menor, e ele sendo bom, a disputa sempre acabava entre Ryki e Sophia em suas fortalezas de cartas explosivas. O jogo acabou com a intervenção dos aurores que buscavam os responsáveis pelo barulho da explosão em um mar de cartas na cabine. Em cima dos três veteranos os novatos pareciam aborígenes dançando em círculos comemorando a vitória.

A lição de moral do dia era que os pequenos eram perigosos demais, e não precisavam de varinhas pra isso.

- Podemos ver gente normal agora? – suplicou Ryki aos estrangeiros novamente no corredor.

- Se você achar o Codi e a Holly, quem sabe. – devolveu Scott irônico, mas esse mal conseguiu de ouvir.

Uma gritaria vinha do vagão restaurante, seguida de tons de guitarra e bateria, e depois mais gritos abafando uma voz rouca que parecia cantar. ”Tá tendo mesmo um show aqui?”, pensou o sueco sem perceber que estava sendo puxado a força pela francesa que seguia o som bastante animada. Quando chegaram a fonte do caos, ou simplesmente pandemônio, viram a frente de várias cabeças um palco improvisado e uma banda que Scott reconheceu como Brotherhood tocando. Aproveitando a deixa, Ryki disse alguma coisa que Scott não ouviu e desapareceu arrastado pela multidão. Dall’Agnol não se sentiu mal, pelo contrário, agora tinha Sophia só para ele, até que viu a silhueta que vinha evitando durante toda a viagem olhando diretamente para ele.

Ignorar Roxanna era a mesma coisa que chamá-la até ele, e Sophia já reparava na garota também.

- Não foi ela que pi... – dizia Sophia antes de ser interrompida pelo garoto.

- Vamos. – foi tudo o que conseguiu dizer.

Sentando a mesa Scott encontrou Roxanna bem mais bonita do que ele lembrava. Não há via tinha três meses, mas dada a proximidade dos dois em Durmstrang, três meses era tempo demais. Os cabelos estavam bem cuidados, a roupa sempre bem escolhida, valorizando o porte, era a Roxanna que ele conhecia, ou que ele não conhecia tão bem. A lembrança dela pisando no garoto negro anteriormente veio como um tiro na mente do garoto, mas a colocou em Stand By pela necessidade.

Roxanna rapidamente apresentou os dois a Logan, um loiro que de acordo com a russa era bastante educado, e para Rox admitir, ele devia ser mesmo. Scott o cumprimentou com um rápido aperto de mãos e não gostou quando ele deu um beijo de cumprimento no rosto de Sophia, mas antes mesmo que pudesse expressar alguma coisa, Roxanna já o puxou para o lado dela e contou todos os acontecimentos da viagem, sem não antes chamar Sophia de princesa.

Princesa.

Quando que ele tinha perdido esse fato o garoto não sabia. Sentado ao lado de Roxanna se pôs como ouvinte atento e fiel, dividindo a atenção entre a russa e Sophia, com quem mantinha uma troca de olhares constante, apesar da insistência dela em manter uma conversa trivial com Logan – fato que tirava o garoto do sério, sem que ele soubesse explicar o porquê. No início as palavras das duas se misturavam, os fatos de Roxanna com as trivialidades de Sophia, e nada parecia fazer muito sentido, até chegar na hora de falar de Chester.

- Você pisou na cara dele. – disse tentando atropelar a fala da russa, sem sucesso. Esta continuou narrando os fatos, até que entreteve Scott por completo ao falar do auror e da tatuagem. Este olhou ao redor a busca de algum auror, mas com tanta gente ali era impossível reconhecer alguém facilmente. Com cuidado analisou as expressões de Logan e Sophia para saber se tinham ouvido algo do que Roxanna falava agora, mas não conseguiu saber. Quando deu por si a loira falava de Kayra e se levantava no ímpeto para falar com alguém. – Eu preciso falar com você depois. – foi o que conseguiu dizer ao segurar a loira pelo braço antes que saísse. Roxanna o encarou primeiramente assustada, depois assentiu com a cabeça e foi em direção ao palco.

- Se me dão licença. – foi o que disse Sophia antes de se levantar. Scott nem se deu ao trabalho de pedir o mesmo a Logan e tratou de seguir a garota pela multidão, que apesar de não ter mais música, continuava agitada.

- Sophia, espera! – pediu ele a segurando pelo braço. Com calma, e aparentemente ignorando todas as pessoas ao redor dele, a garota se virou e o encarou. Diferente do que ele esperava, ela tinha o semblante tranquilo. – Você... não tá brava comigo? – perguntou ele surpreso.

- E pelo quê eu teria que estar brava? – perguntou a garota. Ele pensou que ela diria alguma coisa em tom de acusação complementando a pergunta, mas não veio nada.

- Por não ter te contado que era amigo, quero dizer, melhor amigo da Roxanna. Ela fez aquilo com o Chester, e eu... – dizia ele atrapalhado sem entender ao certo o que sentia. A única coisa que tinha claro para si era o sentimento de vergonha, e nem sabia exatamente por que.

- Scott, eu passei o dia com você, e ele foi ótimo, mesmo. Pelo que vi hoje vi muito bem que você só é amigo da Roxanna, e ser amigo dela não te faz ser como ela. Acredite, se isso é a Sonserina de que tanto falam de Hogwarts, em Beauxbatons já vi coisa pior.

E naquele momento qualquer argumento ou algo que ele quisesse ou pensava que quisesse dizer caiu por terra. Só voltou a si quando ouviu e processou a informação “Beauxbatons”, e lembrou-se do tratamento de princesa.

- E que história é essa de você ser princesa? – perguntou com uma expressão boba no rosto. Tão preocupado por poder perder a consideração de Sophia por conta de Roxanna que agora mal sabia como se portar.

- Você não me falou da Roxanna, também tenho os meus segredos. – disse Sophia com um sorriso maroto e forçando o sotaque francês antes de sumir na multidão ao redor deles, deixando o sueco ligeiramente perdido em todos os sentidos. Sentindo uma leveza bem diferente da que costuma sentir no cotidiano, ele não sabia exatamente o que fazer. Estava perdido no meio de uma multidão dançante, e mesmo sem muita referência, eira ou beira, só conseguia pensar no quanto Sophia Ignaz era incrível.
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Mensagem por Ryleigh Wagtail Sex Set 07, 2012 1:17 pm

_Post #02: F.A.E.D – Fundo de Apoio aos Expulsos de Durmstrang
Ryley veste: Isso.

Spoiler:

Ver Bo imóvel, paralisado no chão e não fazer simplesmente nada a respeito melhorou consideravelmente o já ótimo dia de Ryleigh. Katherine parecia encantada demais pelo príncipe-lobo a sua frente para estragar o dia e usar um finite, tanto que concordou em levar Bo para uma cabine qualquer. Ry conhecendo bem a peça que carregava sabia que Bo daria um jeito de transformar tudo aquilo em uma peça onde ele seria o astro principal e Kate o par romântico. E assim como previsto, não demorou muito para acontecer.

Depois de um enervate usado inutilmente – só pra conferir um drama maior para a peça já de péssima qualidade, a vontade real de Ry era de chutar a cabeça do irmão pra fazê-lo levantar, mas este já bancava a gratidão em pessoa fazendo de Katherine a menina mais incrível do trem. Tá que ela é realmente linda, Ryleigh não podia e nem queria negar isso, o problema era o drama do irmão. Só faltava o trem começar a explodir e eles saírem correndo de mãos dadas como em um filme de ação trouxa. Ryleigh deu um soco no ombro do irmão antes de saírem da cabine e irem ao vagão restaurante para fazê-lo ter uma breve noção do ridículo, mas depois desse abraçar fãs aleatoriamente e sair semeando provérbios baratos como “façam amor e não guerra”, Ryleigh levou Katherine para longe dali em algum lugar onde a morena tivesse uma visão privilegiada do lançamento do novo single.

- Tá disposta a dividir ele com o mundo? – perguntou ele sem esperar uma resposta da morena. Ry conhecia bem o irmão, ele não era de sair beijando e considerar garotas aleatoriamente. Não que Bo estivesse realmente apaixonado, Ryleigh nunca sabia dizer ao certo, mas para um famoso ficar com uma garota e nos próximos duzentos dias ficar confinado com ela no mesmo internato não era a decisão mais inteligente e Ry também não tinha nada com isso. Katherine já era bem crescida, saberia usar ou dispensar o lobo na hora que quisesse.

Rene apareceu minutos depois seguido da multidão como se fosse o emissário de Jesus na terra. Bastando usar a palavra “Brotherhood” em alguma frase em latim misturada ao inglês a multidão gritaria muito, e também diria amém. Impressionado com a mina de ouro que Hogwarts mostrava, o lufano veio todo agitado ao pouco com cifrões brilhando nos olhos. Ryleigh ria de tudo aquilo. Não sabia ao certo quanto tempo o fenômeno ia durar, mas não podia deixar de achar toda aquela confusão divertida.

Já sentado ao seu posto de baterista, pegou as palhetas e respirou fundo concentrando em sua obrigação. A bateria funciona como uma sustentação da música, segue os padrões que sustentam as mudanças dos outros instrumentos e abafa a falha de algum outro instrumento com apenas uma batida mais forte. Além da atenção nos próprios padrões de cada musica, o ouvido tinha que estar no baixo de Ben, na guitarra de Pips e na gaita de Rene. Os singles aos poucos começavam a ficar mais complexos mostrando a maior maturidade da banda, e com isso vinha toda a responsabilidade. Depois de todo o estrelismo de Bo com as fãs, era a hora de mostrar a que vieram.

O novo single era divertido, um pouco mais leve que os demais. Ry começou os primeiros acordes de introdução, seguido de uma batida mais forte e da guitarra e baixo dos gêmeos. O diferencial era a presença mais acentuada e destacada para a gaita de foles de Rene que dava um toque especialmente britânico a música, que era a característica dos garotos. Podiam ser um sucesso em toda a Europa, mas todos sabiam muito bem de onde eram. Não eram de Liverpool, mas já era alguma coisa.

Com o fim da música Ry deixou Bo ficar com os estrelismos de agradecimentos e tudo mais. Ele gostava de ficar nos bastidores vendo a face daqueles que realmente gostavam do som da banda. Aquilo, e não o dinheiro, era o que compensava. Estavam sendo legais, foram importantes, fizeram o dia ligeiramente melhor para toda aquela multidão que assim como eles se prepava para mais um ano letivo. Com uma leveza inexplicável, só quem subiu no palco sabe como é, levantou-se do assento na bateria e encontrou com uma figura altiva já a sua espera. Ele não a conhecia, costuma lembrar razoavelmente bem de pessoas que já viu mais de uma vez na vida, mas poucas vezes conheceu adolescentes tão sérias.

Quando ouviu Roxanna falar, a primeira coisa que fez foi esquecer o sobrenome dela – complicado demais. A segunda foi se sentir importante. Não era a primeira vez que alguém falava que ele gostava de causas nobres (filantropia), contudo era sempre o mesmo problema: qual a conotação que as pessoas tinham disso. Ele leva o assunto bastante a sério e por isso negava muitos pedidos absurdo de doações que recebia como integrante da banda. A doação era do dinheiro dele, não dos demais, por isso ninguém realmente se intrometia na questão financeira, só em como a doação afetaria a reputação dos demais.

- Eu tenho essa amiga, a Kayra e ela meio que foi vítima de uma maldição de azar, tudo obra de um golpe que uma professora de poções deu para se vingar. Ela acabou sendo expulsa de Durmstrang injustamente, e meio faliu nessas férias. Digamos que a família dela não ficou nada satisfeita com a expulsão e cortou qualquer verba ou acesso que ela pudesse ter até segunda ordem. Só que hoje ela perdeu TODA a bagagem na Plataforma e com as limitações impostas e nenhum dinheiro ela só tem a roupa do corpo e ninguém a quem recorrer. – dizia ela com um tom bastante sensacionalista. Ryleigh já esperava, zombando consigo mesmo, uma foto em sépia da garota em trajes rasgados. – Pense, de um só tacada ser expulso de sua escola sem razão, não ter a chance de recorrer, ter a família lhe dando as costas no momento de maior necessidade, perder todos os seus pertences e estar sozinho em uma terra estranha em um novo ambiente que pode inclusive ser hostil... Ela é um caso de caridade ambulante. Se isso não for digno de auxílio eu não sei mais o que pode ser...

Ele podia não ser corvinal para sacar as coisas tão rápido, e nem era sonserino com ambição, mas não precisava ser nenhum gênio pra ver que naquele angu tinha caroço sim. Para Roxanna tão bem apanhada ir pedir ajuda para alguém que perdeu tudo em um tom tão amador, o mínimo que ele podia pedir era que fosse levado a sério para que a levasse também.

- Roxanna, certo? Gostei do nome, me lembra o Sting, conhece? - perguntou inocente focando na face da garota. A maioria das pessoas costuma se sentir inconfortável com a atenção e foco que Ryleigh dá a com quem conversa, no caso da loira não foi diferente. Ele a tratava como se apenas ela estivesse ali, o problema foi na escolha das palavras. Perguntar se a garota conhece uma música que fala de uma prostituta não é lá a melhor coisa a dizer num primeiro encontro. – Bom, deixa eu ver se eu entendi. Sua amiga foi expulsa de Durmstrang, a família está contra ela e agora ela perdeu tudo o que tinha? É isso, né? - esperou a confirmação da garota, então continuou. – Eu não te conheço para te julgar sobre nada, mas vamos considerar que ser expulso de Durmstrang é um fato pesado e não aleatório, ou seja, ninguém é expulso do nada. Sobre a família, bom, isso não me diz respeito, mas você não viria aqui pedir ajuda com um assunto tão sério por nada, ou zoação, ou eu que estou sendo inocente demais. Vamos jogar a real?

- Você fala do tango de Roxanne? Conheço a música, mais do que gostaria de me lembrar”Não falar de músicas de prostituta com o nome da pessoa de novo, Ry.”Em resumo, pode-se dizer que você pegou bem a ideia. – disse ela encarando Benjamin e Phillip que apareceram repentinamente ao lado do grifinório. Ry percebeu uma leve troca de olhares entre a loira e Phillip, até que voltou a focar somente nela. – O que acham? É algo que a banda estaria disposta a ajudar de alguma forma? – agora era Rene que se juntava ao grupo. Ryleigh começou a se sentir levemente desconfortável. - Olha, longe de mim julgar os motivos pelos quais Kayra foi expulsa. Para dizer a verdade, eu mesma não sei. E ela também não sabe bem o que houve, foi um ato drástico e sem direito a defesa, ao menos é no que acredito já que foi o que ela me contou. Durmstrang é muito mais severa do que Hogwarts, posso dizer isso por experiência própria, já que fiz meu primeiro ano aqui e fui para Durmstrang onde fiquei três anos. Não acredito que o que quer que tenha acontecido fosse algo tão ruim ou Hogwarts não a teria aceito. – dizia ela retomando o sensacionalismo. – Mas independentemente do que ela tenha feito, eu acredito que ninguém mereça o desprezo da sociedade quando a vida o está desprezando.

- Bom... - pirrageou Ry assumindo a dianteira da situação. Para aquilo se tornar um carnaval bastava um passo. – Acho que agora a situação tá bem clara. Geralmente investimos em causas mais sérias, como hospitais, organizações não governamentais, fundos de desenvolvimento de comunidades bruxas isoladas ou em fundos de private equity intermediados pelo Gringotes... - e nessa hora todos pareciam já não entender mais nada, então Ryley decidiu ir direto ao assunto – Eu, Ryley, considero um pouco ofensivo simplesmente darmos dinheiro para a sua amiga, e se fizermos isso para um, teremos de fazer para todos. Rene, cê tem alguma ideia, cara? - finalizou o grifinório.

- "Fazer para todos...", até que não é má ideia, Ry! - começou o lufano já projetando o futuro apontando para a multidão feminina em sua frente, ignorando as pedintes de autógrafo que eram claramente ignoradas. – Roxanna, diga a essa sua amiga que os problemas dela estão resolvidos! Olhem pra isso, guys, olhem! Essa até você vai adorar, Ry! Estamos em um sábado, sá-ba-do, indo para Hogwarts, e amanhã temos o dia de folga para que?! Festa!

- Cadê a parte que eu vou adorar? - perguntou rindo.

- Sempre disse que faltava um corvino nessa banda. É o seguinte, toda volta às aulas é sempre a mesma coisa, a gente faz uma festa, chama o pessoal, tocamos um som legal, depois, ah, cê sabe. A parte que você gosta é: festa beneficente. Se cada menina levar uma peça de roupa como entrada, essa menina, Kayla, Kayri, e todas as outras de Hogs que não tiverem roupas não vão repetir peça o ano todo! Agora só preciso anunci... Bo! - e antes que Ry, Pips, Ben ou Roxanna pudessem falar alguma coisa Rene já estava abraçado a Bono e Katherine comemorando sua nova ideia brilhante.

Percebendo a não mais existência de problema, Ryley voltou-se para Roxanna a tempo de ver uma rápida troca de olhares entre ela e Pips.

- Bom, acho que o problema tá resolvido, Roxanna. Eu preciso desmontar a bateria e guardar os instrumentos, daqui a pouco já estamos em Hogwarts, né? O Phillip fica aqui contigo, ok? - finalizou com um sorriso antes de se voltar para as fãs que o aguardavam para o abate na bateria. Respirou fundo e foi.
Ryleigh Wagtail
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Mensagem por Renzo Venturelli Andreão Sex Set 07, 2012 5:31 pm

-Ah!, agora estou satisfeito...– Dizia Renzo se afastando do balcão depois de se deliciar com seu café da manhã.

Enquanto o garçom se afastava levando o prato vazio do lufano, Peter olhava meio com ar de desdém pelo lufano ter comido tais iguarias logo cedo. Venturelli não se importava, a sensação de ter o estômago cheio era muito mais superior do que qualquer cara feia que alguém poderia lhe mostrar.

Enquanto Renzo, Luicas e Peter, admiravam as pessoas, todas apinhadas naquele ambiente, Renzo pensava nas possibilidades que um rabo de saia aqui, uma jogada de cabelo ali diziam o que esperar daquele ano letivo. Fazia em sua cabeça uma listagem a respeito das meninas que viam separando-as em: “pego fácil, pegável, pego quando bêbado e pego nem fudendo. Eis então que aparece Agnes juntamente com outra menina, menina esta que Renzo não conhecia e inesperadamente lasca um beijo em Luicas.

- Aôôô lasqueira! Manda vê garota! – ria o brasileiro da cena – Isso aê, cuida do que é teu.

Agnes e Peter trocaram uma meia dúzia de palavras no que Renzo diagnosticou ser Alemão, já que ambos eram de origem alemã. Renzo nem fez questão de entender do que falavam, já que para ele parecia mais que um estava ofendendo o outro com xingamentos extremamente baixos. A outra garota, uma grifinória que acompanhava a sonserina, parecia do mesmo naipe que a primeira e entendam por “naipe” como apetitosa.

Virgínia se achegou até a frente de Peter e Renzo, soltou os cabelos e balançou-os da mesma forma que se fazem nas propagandas de shampoo, ou quaisquer outros produtos para cabelo (é pantene¿ kkk) e perguntou se queriam dançar. O lufano e o corvinal se olharam como se perguntassem: “qual de nós¿” e como se lesse a mente de ambos disse instintivamente que queria ambos

“hum... gulosa ela..” pensou Renzo levantando-se imadiatamente

-Claro, porque não? O Que acha Peter? - é lógico que o alemão aceitaria, sabendo como ele era, nunca negaria uma simples dança a uma dama. Ainda mais que se tratando dele ou de Renzo, nunca seria uma simples dança, pior ainda se fosse os dois ao mesmo tempo.

O trio seguiu para o meio da pista, curtindo a musica, ambos os garotos fazendo o papel de bons moços. Logicamente não iriam fazer nada logo de imediato, se assim o fizessem, certamente espantariam a garota, preferiam primeiramente envolve-la, seduzindo, deixando ela – como diz a gíria – facinha.


A musica mudou, estavam tocando agora uma com batidas fortes, com ritmo lento, mas suficientemente rápida para ser ótima para um strip ou até mesmo um ménage a troi (que era o caso do trio). Imediatamente Renzo olha para Peter e lhe lança uma piscadela de olho. Este era o sinal, um simples gesto que era traduzido como: “é hora de barbarizar”.

Renzo então girou a espanhola, envolvendo em seus braços, ficando por trás dela, impedindo que – mesmo que tentasse – não seria possível se desvencilhar do brasileiro. Enquanto movia seu corpo, obrigando a garota a fazer o mesmo, com movimentos pélvicos, usava uma de suas mãos para acariciar o corpo da grifinória e aproveitava seu pescoço desnudo para passar seus lábio e deixar que ela sentisse sua respiração que, propositalmente, estava ofegante.


edit: editado para inserimento do resumo
edit²: editado por questões de bom andamento do jogo

Renzo aceita o convite de Virgínia e vai, juntamente com pedro, pro meio da pista dançar


Última edição por Renzo Venturelli Andreão em Dom Set 09, 2012 10:13 am, editado 2 vez(es)
Renzo Venturelli Andreão
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Mensagem por Derfel Heaney Sex Set 07, 2012 6:06 pm

Hywell se despedira do jovem Cadarn com um tapa na cabeça, o velho não era do tipo paternal e o jovem irlandês sabia que esse era o máximo de demonstração de carinho que ele poderia conseguir do seu tutor. Esse ano não viajou com os Aguirre, na verdade preferiu passar uns dias na sua velha fazenda, não para descansar e sim para arrumar um bom trecho das cerca, escorar o muro baixo de pedra e substituir algumas telhas. Muito trabalho para um rapazote e seu protetor meio cego, porém era recompensador.

O trabalho dignifica o homem e dá calo nas mãos, dores nas costas e muito cansaço. Precisava dormir e acordou de mão humor com a confusão do trem, alheio a tudo o que estava ocorrendo e crente de que todo mundo estava conspirando para que sua chegada ao castelo naquele ano fosse a pior possível, resolveu deixar a cabine solitária e seguir o som da música. Ele adorava os momentos em que podia estar sozinho, não precisava tomar conta de ninguém, esse ninguém, significava Virginia e seu “treinamento” ou como o irlandês dizia, “controle da raiva”.

O velho Hywell fazia questão que os dois treinassem juntos, porque apesar do jovem grifinório não ser tão arisco quanto a andaluza, ambos possuíam algo destruidor dentro de si. Uma raiva incontida, de controle frágil e de alta combustão, uma competição apesar de dificultar as coisas, era o suficiente para manterem entre si um certo orgulho de não ceder aos desejos da carne literalmente. Virginia era refinada demais para se juntar a plebe apertada no vagão, por isso estava confiante de não encontrá-la ele pelo menos não se recordava da menina gostar daquele estilo de música.

Pediu uma cerveja amanteigada para o pobre que fazia as vezes de barman ali no vagão restaurante, para isso, precisou empurrar um bom número de alunos e se esticar ao máximo para conseguir uma caneca gelada. Refrescou a garganta e começou a cantar – de forma contida é claro – as canções que lembravam a sua terra, sentia saudades da Irlanda, possuía a sensação de estar exilado em Sevilha às vezes, celebrar a sua cultura era o mínimo que poderia fazer naquele momento.

Felizmente Derfel, não era do tipo contido, nem refinado. Pelo contrário, era barulhento e um tanto sanguíneo, de gestos largos e sorriso caloroso que logo estava se jogando no meio dos outros alunos como se estivesse realmente num grande estádio ou mesmo em um Pub, (apesar de nunca ter ido em nenhum devido a sua idade), no meio de uma manobra de air guitar girou no próprio eixo e a música em seus ouvidos se calou. Escutava apenas a batida do seu coração que mais parecia um tambor de guerra tribal, seu rosto ficou vermelho e um fogo ardeu em seus olhos, como assim? Com a sua praticamente irmã de criação NÃO!

Jogou a caneca na direção do palco, nem se preocupou se poderia acertar alguém e partiu para o meio daquele trio, antes que o outro abusado ou não, pudesse colocar as mãos em Aguirre, Derfel a puxou pelo braço com violência, era bela demais e apesar de tudo inocente demais para entender aquele tipo de maldade, cravou os dedos na pele alva de Virginia e empurrou o lufano. Sabia que a menina sabia se defender muito bem, mas era seu propósito protegê-la de si mesma. – Gosta de abusar de garotinhas? E de prestar contas com o irmão dela? Tem coragem? Se tem um pouco de vergonha na cara duela comigo seu covarde ou você só é ousado quando se trata de meninas?

Resumo da ópera: Derfel vai ao vagão e participa da festa. Perde o controle quando vê Renzo tentando tirar proveito de Aguirre.*obs Derfel jogou a caneca na banda por instinto, se alguém quiser ser acertado fique a vontade!
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Mensagem por Fernanda Wizard Sex Set 07, 2012 8:00 pm

BACK 2 SCHOOL
Nanda veste!
Oxford, Inglaterra. Uma grande casa em uma rua geralmente frequentada por estudantes, no último dos três andares, uma adolescente de treze anos cujos cabelos louros dançavam com o toque da brisa vinda da janela semiaberta acordava para o último de férias.

Espreguiçava, a empregada lhe levava café da manhã na cama já que o restante da família havia viajado para a França levar Marina até o ponto de partida a Beauxbatons. Comia, observava, cantarolava, comia de novo. Passara as férias quase que solitariamente se não pelos empregados e o elfo doméstico que vez ou outra dava as caras pelos corredores desertos durante a madrugada.

Suspirava, despia-se, dirigia-se ao banheiro.

Esfregava, lavava, escrevia no boxe, enxaguava, secava, vestia-se.

Dirigiu-se à única, e suficientemente forte, fonte de luz daquele momento: a janela centralizada na parede paralela à porta de entrada, sorriu, inspirou, virou, desceu as escadas correndo, escorregou no piso molhado, segurou-se no corrimão, gritou com a servente que logo lhe socorreu.

Sentou-se na sala de visitas, deslocou-se rumo ao jardim dos fundos, tirou os sapatos e ficou severos minutos com os pés descalços em toque com a grama, sozinha e feliz. Sentia falta de companhia? Sim, mas não do tipo que, por ventura, poderia ter na residência dos pais. Contudo aquilo logo acabaria, mais um dia, mais um esforço. Calçou-se novamente, saiu de casa, passou horas fora e voltou para o jantar com sacolas diversas lotadas com seus novos sapatos, bolsas , roupas e acessórios.

-Re-arrume meus pertences, estas vão também. Saímos em duas horas. – assinalou para a mesma que horas antes quase a fizera morrer rolando a enorme escadaria enquanto aproveitava o momento para jantar. Terminou, lavou-se, trocou-se, saiu.
----x---

Chegara à Londres já tarde. Cansada, emburrada e apressada, tomou o carro que lhe esperava e foi deixada na porta do hotel reservado, com não somente o carregador para levar suas coisas, mas também a empregada que lhe devia acompanhar até a saída do trem às onze horas do dia seguinte.

Primeiro de setembro, partiu. Só retornaria, com muita – mas muita sorte mesmo – daqui a um ano- o que é pouco tempo se considerar a solidão que passara durante as férias.

Não encontrou a prima em parte alguma, sentou-se num vagão qualquer, com ninguém em especial e não fez nada além de observar a paisagem borrada e desfocada pela velocidade do trem. Roubara da adega de sua casa alguns frascos com as bebidas das quais usufruira durante as férias, poucos têm companhias com o poder de te deixar tão alegre em todo o período de folga por que... Não importava quando, se estava pra baixo, elas estavam lá por ela. Depressão.

Enfim, tirou um frasco da bolsa de mão e deu uma longa e inconsequente golada. Olhou para os lados, não havia ninguém mais. Ou não havia ninguém desde o início? Contorceu o rosto criando uma careta engraçada e voltou para si. Guardou o frasco, levantou-se, abriu a porta da cabine e ouviu música muito alta. Não havia nada para fazer então... Porque não? Meio desajeitada com o balanço do trem, arrumou a saia e se dirigiu à, então, confusão.

Havia gente demais, pulando demais, se esbarrando demais, suando demais, FEDENDO demais. E naquela hora, tudo que queria fazer era pegar um lanche e comer tranquilamente enquanto via os baderneiros em cima do palco tocando como se não houvesse amanhã. Não que não gostasse de festas, as adorava por sinal, contudo não achara ninguém havia dado uns goles à mais no frasco e sabia que logo ia fazer alguma coisa no mínimo escandalosa.

Pegou com MUITO custo uma cerveja amanteigada e derrubou um pouco do frasco nela voltando a guardá-lo logo em seguida. Um garoto- ou garota? – ao lado olhava com cara de espanto cutucando um amigo para ver também. Nanda, ofereceu-lhes um sorriso encantador e meio debochado, voltou a deixar o frasco reluzente em cima do balcão, apontou para ele e respondeu às expressões de dúvida em alto e bom som: -Vodka, pra mim, pra você, não pra todo mundo porque acho que já tomei metade. Olhou para o lado, encolheu os ombros e sussurrou tocando ombro do rapaz “ops”.

Se haviam bebido, não sabia, apenas saiu andando entre os colegas fedidos ali. E ficou, ficou, ficou. Emocionante. Alguns brigavam ,outros se empurravam, outros falavam alto e o restante não era interessante. Meio como ela naquela hora ali. Portanto, não fez nada, bebeu mais um gole da caneca de cerveja sentindo a falta de peso da bolsa, e sentou-se no mesmo lugar em que todos dançavam.
Derrubou a cerveja em mãos e logo pôde ver várias pessoas escorregando, caindo e derrubando seus colegas, namorados e amigos enquanto tudo que fazia era rir.

-“WE’RE BACK BITC*ES!”- gritou, riu alto e permaneceu ali empurrando por baixo os fanfarrões até cansar-se do ato, voltar ao balcão do bar, se sentar em cima do mesmo bloqueando ainda mais os demais alunos de pedirem suas bebidas e petiscos e, simplesmente, observou o movimento enquanto caçava com os olhos algum conhecido. Eram tantos! Como não os via? Não estava bêbada, estava?

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Mensagem por Virgínia Del Aguirre Sex Set 07, 2012 9:15 pm


IV
I can be you hero, baby!


E o que é uma dança além de uma forma de exprimir sensações? Alegria, medo, tristeza, raiva e tantos outros que podemos traduzir em gestos ora expansivos, ora carregados de qualquer coisa que calava na alma. Para os espanhóis como ela, talhados no fogo antigo, nas noites cálidas da Sevilha cantada em verso e prosa, a dança era magia e encantamento. Se dançasse sozinha em seu quarto estava triste, se dançava ao redor da fogueira era porque estava tão alegre que não podia conter seu coração. E se um Del Aguirre chamava alguém para dançar era porque estava concedendo uma honra muito grande e estava excepcionalmente alegre como não costumam ser.

Para Virginia Del Aguirre o mundo era assim, pintado em tons de vermelho, aquecido pelo fogo do sangue de sua terra natal, regrado pelo condigo de honra dos seus ancestrais guerreiros. Del Aguirres não se lamentavam do que já estava feito e ela não lamentava ter chamado os rapazes que estavam com o namorado de Agnes para uma dança. Del Aguirres não fugiam ao que acreditavam ser seu destino no mundo e aquela Del Aguirre em especial sabia que quando o limite entre uma relação amigável entre colegas era quebrado, então se tornava imperioso que o príncipe subisse novamente em seu pedestal e regrasse a plebe. Era o que pretendia fazer quando um dos rapazes tentou abraça-la de modo indevido.

Girou o corpo como uma gata que rola do telhado e cai de pé no chão. Dança e luta são divididos de forma tão tênue que se tocam por vezes, se mesclam de tal forma que as vezes um dançarino pode ser o assassino e o assassino pode fazer arte como um dançarino. E quem visse a espanhola naquele instante teria dificuldade de saber se era um passo do tradicional flamenco ou se ela se preparava para um golpe. Seus olhos fitavam o chão e perdiam a cor esverdeada que antes brilhava ao som da música. Havia tanta gente no vagão restaurante e Virginia havia lutado tanto para nunca mostrar-se daquela forma, nunca mostrar a verdade acorrentada no seu amago, mas sentia sua pele queimar e a voz rouca em sua mente, aquela que ocultava até de si mesma, clamar por vingança com fogo e com sangue.

Então a moça Del Aguirre sentiu alguém puxa-la com violência pelo braço. E soube imediatamente quem era, pois ninguém mais teria tal ousadia combinada a tal força física. Era Derfel, seu amigo e seu tutor, que também desempenharia o papel de seu paladino naquela peça. Mas mesmo ele saberia, e ela tinha certeza que iria perdoa-la por isso, que todo Del Aguirre tinha por obrigação ser seu próprio herói.

E ela não era diferente.

A morena andaluza retomou seu salto de gata e pulou na frente do grifinório tão rápido como um piscar de olhos, acertando o nariz do lufano atrevido com um soco bem dado. Se fosse a mãe dela, se fosse Luz del Aguirre em pessoa, faria o rapaz sentir toda a curvatura de sua vassoura ao modo Vlad Tepe. Mas Virginia não era como sua mãe, não ainda. Mas ainda sim era a herdeira de um clã de guerreiros, filha de uma mulher tão perigosa que fazia tremer toda uma horda de bruxos das trevas e não devia nada ao seu nome e ao sangue que carregava nas veias. E todo aquele peso foi no murro contra o lufano.

Então se virou para Derfel, visivelmente calma e controlada graças a intervenção dele que impedira o que não devia acontecer ali. Ninguém no vagão restaurante viu nada mais que uma garota que sabia brigar e isso era tudo.

- Obrigada! – foi o que Virginia disse ao seu paladino e de seus lábios não saiu mais nenhuma palavra, porque sabia que ele leria em seus olhos o que ela não precisava dizer.


Spoiler:

[OFF]
OFF: Como eu não combinei nenhuma ação com o Renzo , nem permiti essas ações de dança no post dele e, ainda por cima, esta pj tem ficha de duelista e é forte como o hulk, então eu perguntei ao Leish o que fazer xD

Leish D. Bartowski diz
Então posta batendo nele e diz "não autorizei suas ações".

Pronto!
[/OFF]
Virgínia Del Aguirre
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Mensagem por Pandora F. Nollyn Sex Set 07, 2012 10:25 pm

Vagão-Restaurante - Página 3 Tumblr_m8gs0lKzqx1rcvz8zo1_500
Baby's coming back
So i'm on my best behavior

-SEBASTIAAAAN!-E lá descia a garota afobada pelas escadas do hotel bruxo com um elfo domestico seguindo por seus calcanhares. -Como pode, seu bastardo! Incompetente! Lixo! Verme!

O trem sairia dali a no máximo meia hora e a senhorita Pan não havia sido acordada por seu fiel servo de nariz torto. Apesar do modo com que falava não demonstrava raiva, e sim frustração. Se arrumava as pressas e mandava que o pequeno ser buscasse sua mala, verificasse seus livros, separasse as vestimentas bruxas e mais todos os 'check ups' de ultima hora.

-Não tenho mais tempo de usar o transporte trouxa, me aparate seboso!

Estica, puxa, contorce, roda,roda,vira e cai. Corpo duro, pés no chão, nó no estomago e uma expressão no rosto de algo que lembrava choro. Balançou a cabeça de um lado pro outro como um rosnido para tirar toda aquela sensação ruim. Pegou o tiquete do trem da mão do baixote e entrou no expresso, deixando-o encarregado de suas bagagens.

-----

E para aqueles que acreditavam que seria apenas mais uma viajem entediantes na vida de Pandora não podiam estar mais... Certos. Ainda com um certo mal estar da apartação e cansada demais para procurar por algum conhecido se jogou em um vagão qualquer, desabotoou a parte da gola de sua blusa e fechou os olhos rezando para que alguma alma divertida e conhecida brotasse do chão para entreter-la, e jogando em um dos seus aplicativos do ipod enquanto esse ainda funcionava.

Foi então que a música começou, de algum lugar ermo podendo ser ouvida de sua cabine. Mais entediada do que curiosa se levantou e seguiu o som até se deparar com algo que, finalmente, a trouxe um sorriso.

-FESTAAAAA!

Deu uma ajeitada no cabelo e na saia justa que estava sobreposta á blusa, roubou uma garrafa de sabe-se-lá-o-que da mão de um garoto que passava perto de si, e este nem se importou por estar com mais de uma. Então, caiu dentro, foi para perto do palco, pulou dançou, e tomou algumas até esquecer da vida e ir para Hogwarts, era aquela sensação que sentia falta, a energia da galera mais pirada de Hog.


Mas ainda não tinha encontrado nenhum amigo só conversara com estranhos até ver uma bebada-soluçãnte-deprimida no balcão, correr até ela e a abraçar por traz.

- Nandocaaaa! Saudades pirralha!

Um sorriso apareceu no rosto da loirinha mais graçinha do mundo, e Pandora apertou o abraço para só então soltar e ouvir aquela voz embrigada em um tom de zoação.

-Caaara, você viu minha vodka?

- Vi não criança, como vai a vida?

E foi assim que começou a conversa de como foram suas férias e quais as novidades das primas mais "BAM" do castelo.

Spoiler:


Última edição por Pandora F. Nollyn em Dom Set 23, 2012 5:15 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Agnes Hunter Sáb Set 08, 2012 9:35 am

Ah os jovens! Sempre tão afoitos, vivenciando uma explosão de hormônios, sempre acreditando que são mil vezes mais espertos que os adultos mesmo quando trocam os pés pelas mãos. Ninguém pode negar que o espírito inquieto dessa fase era justamente o que levava a grandes aventuras e descobertas. Imbuída desse espírito, Agnes deixava seu corpo seguir as notas da música sem se preocupar com o que poderiam pensar até porque, era apenas uma dança e ela estava feliz, precisava aproveitar cada instante de Luicas em Hoggy mesmo que fosse algo muito rápido.

Felizmente eram o casal perfeito, típico de propaganda do dia dos namorados, daquelas que dá vontade de se entupir de sorvete de chocolate em casa. Todo mundo era capaz de reconhecer tal feito e assim dançavam juntos apesar da bagunça que se instalava no vagão. A alemã envolveu a cintura de Luicas num abraço, encostando a cabeça em seu peito e ouviu as palavras que não queria - “...último ano...” – aperto o rapaz com mais força, não era do tipo chorona apesar de ser passional, porém não queria antecipar a falta que o lufano faria.

– Depois eu quero ver os seus papéis, saber quais os institutos você escolheu.[b] – Tentou disfarçar um pouco suas intenções. – [b]Ano que vem será a minha vez, preciso escolher alguma coisa, ainda nem me decidi, talvez você me ajude a tomar uma decisão. – Agnes apesar de inteligente não era do tipo acadêmica, se empenhava apenas nos assuntos que lhe diziam respeito, quanto a matérias que considerava “de pouca nobreza” mal abria os livros e permanecia na média, o problema era que a vida adulta estava batendo na sua porta e por Merlin! Ela não sabia ainda o que fazer.

Como procurava viver o hoje e deixar o amanhã para que seus pais resolvessem ser um território novo a ser explorado. – Luicas, precisamos trocar de roupa, com certeza todo mundo vai deixar para a última hora e vai ser um inferno arrumar uma cabine vazia. – Ainda de mãos dadas com o lufano, virou-se para procurar uma saída, quando viu uma movimentação no meio da pista de dança improvisada, na velocidade de um piscar de olhos a cena se desenrolou como uma típica novela latina, com direito a bandido, mocinho e mocinha nem tão indefesa que mostrou suas unhas nas fuças de um indivíduo. -Lieber Pendragon, é melhor observar isto! – Disse com um tom de satisfação afinal, sabia do segredo da Andaluza e por isso mesmo, acreditava que sua amiga poderia fazer aquele trem ferver de verdade e a sonserina sempre estava pronta para qualquer confusão.

Resumo: Agnes quer saber para qual universidade Luicas se inscreverá, enquanto dançam e tentam conversar, percebe o “buraco” na pista e assiste a cena de Virginia, Derfel , Renzo e por tabela Peter.
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Mensagem por Peter Enzensberger Junger Sáb Set 08, 2012 2:24 pm


when I came to spain and I saw people party, I told to myself: what the f*ck!?

peter veste ISSO

O casal à sua frente era realmente encantador. Por um momento pensou se algum dia teria a chance de se estabelecer num relacionamento sério, mas chegou à conclusão que no momento era a última coisa que ele queria. Pensou em perguntar para os dois se eles não enjoavam um da cara um do outro, mas achou muita ousadia e preferiu ficar quieto.

- Relaxa, Luicas. Você é muito delicia pra mim. – disse rindo, ironizando Luicas. O lufano havia sugerido que Peter tentava roubá-lo de Agnes.

Peter terminou de comer o kebab e bebeu o último gole de cerveja amanteigada, batendo o copo na mesa, como costumava fazer com a imensas taças de chopp alemão; por um momento sentiu falta da cerveja de verdade. Luicas e Agnes saíram para dançar, Peter ficou na vontade. Ainda estava no embalo da noite passada na casa noturna londrina. Sentiu que precisava inibir seu acanhamento com uma dose de tequila. Santa tequila mexicana... Puramente milagrosa.

A mexicana com certeza não estaria presente naquele trem que levava os condenados pra escola, porém uma espanhola igualmente devastadora se aproximava. Virginia del Aguirre, grifinória, 6º ano. A andaluza chegou repentinamente com seu ritmo latino-europeu, apontou para Peter e Renzo, chamando os dois para dançar e saiu para a multidão sem dar a mínima para o que os meninos pensassem ou decidissem fazer. Peter estava vidrado, cabulado, apaixonado.

Renzo e Peter se olharam e sorriram, como duas crianças. É lógico que iriam segui-la até a pista. Renzo perguntou o que Peter achava da ideia. Como resposta o alemão se levantou e foi em direção à multidão com movimentos de cigana moura, tocando uma castanhola imaginária – ARRIBA! – gritou com um agudo na voz. Me abana e me chama pro tango, sua linda. Pensou. Tudo bem que tango era um ritmo argentino, mas o sangue espanhol corria nele da mesma forma, isso que importava.

Os dois seguiram Virginia. Renzo parecia realmente animado com o convite da espanhola. Ao alcançarem o encalço da garota, se puseram a dançar. Peter, com todo aquele jeitão alemão desengonçado, parecia um imitador barato ao tentar puxar um passo de flamenco para dança. Para quem antes dançava schwedentanz, pegar o ritmo espanhol era uma tarefa difícil. Em uma breve comparação com as vertentes da arte, era como inserir um artista cubista em um ambiente abstrato com traços redondos, sedutores e livres.

Renzo parecia estar certo de que Virginia iria se entregar facilmente. A dança do lufano era realmente provocante. Peter olhou para os lados, tinha certeza que os demais alunos estavam olhando aquela cena. O alemão permitiu que Renzo continuasse cortejando a fêmea e esperou a sua vez para tentar a sorte com a espanhola. Porém nada aconteceu como era esperado pelos dois moleques que exalavam puberdade.

Um garoto, que Peter conhecia apenas como o seu veterano, ao perceber aquele ritual de cópula que Renzo forçava sobre Virginia, se apressou para ajudar a amiga. Grifinórios são assim, sempre dispostos a fazer o que for para ajudar quem é do seu apreço. Visivelmente nervoso, o garoto puxou Virginia e empurrou Renzo. A espanhola, provavelmente vendo que tudo ia terminar em confusão mesmo, finalizou com um soco na cara do lufano. Quem estivesse olhando pra Peter, poderia ver o alemão, que antes se embalava no ritmo do flamenco imaginário, perder os movimentos. Peter era acima de tudo um crianção, sempre levava tudo na brincadeira e nunca procurou confusão. Quando viu que a coisa poderia ficar mais preta ainda, preferiu ficar na dele. Mesmo gostando muito de Renzo, o alemão entendeu que Virginia estava se sentindo ofendida e por isso preferiu dar um fim naquela sacanagem toda. A única coisa que Peter pôde fazer naquele momento era dar graças por não ter tido a sua chance de dançar com a espanhola. Não queria ter seu rosto socado no meio daquele vagão cheio de alunos.

Virginia estava no seu direito de se defender, Peter sabia muito bem disso. Se colocando no lugar dela, ele sabia que ela estava certa e ponto final. Talvez a violência não fosse necessária, mas ninguém é perfeito. Portanto o alemão já estava consciente de que qualquer coisa que fizesse para defender Renzo, poderia acabar com o maxilar deslocado. Peter permaneceu no meio da multidão ainda atordoado com a cena. Ao seu lado, permanecia uma garota loira. Ela segurava um copo de cerveja amanteigada e, assim como muitos ao redor, observava a confusão.

- Ei querida, me dá um gole? Minha garganta até secou só de pensar que eu poderia ter apanhado também. – perguntou Peter, inconveniente. Não conhecia bem a garota. Apenas sabia que também pertencia à Corvinal.

Off:

Resumo:


Última edição por Peter Enzensberger Junger em Seg Set 10, 2012 8:19 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Beatrice Devgan Coote Sáb Set 08, 2012 8:26 pm

Spoiler:

Beatrice veste isso!
__


a kiss with a fist is better than none.

Beatrice estava tranquila, bebericando da sua caneca de cerveja amanteigada, quando uma grande confusão começou. Tudo aconteceu muito rápido, mas como estava sozinha, conseguiu observar muita coisa. Viu dois alunos conhecidos, um atendia pelo nome de Peter – e era seu veterano na corvinal – e o outro pertencia à Lufa-Lufa e isso era tudo que ela sabia. Eles eram o que, delicadamente, podia-se chamar de garotos-problema. Não que eles fossem de fato problemáticos, mas eles tinham uma pequena (grande) queda por qualquer ser humano do sexo feminino. Portanto, vamos apenas dizer que eles eram bem conhecidos entre as estudantes.

A cena era a seguinte: uma aluna muito bonita, e desconhecida para a loira, dançando sozinha na pista, quando de repente os dois meninos chegaram e o aluno da lufa-lufa foi logo cercando-a, numa tentativa cômica de cortejá-la. Podemos admitir que a dança era de fato um tanto sensual, mas por mais que tentasse, Beatrice não conseguia levar nenhum daqueles meninos a sério. Pelas histórias que já havia ouvido no dormitório e pelos corredores, tudo que vinha deles era esperável.

Bastava entender um pouco de linguagem corporal para ver que a coisa não estava indo tão bem como o esperado. A garota que estava sendo cortejada não estava correspondendo e em poucos segundos tudo acabou virando um grande show de horrores. Um terceiro homem, que devia ser namorado, amigo ou qualquer coisa da garota, entrou em sua frente empurrando o menino que Beatrice não lembrava o nome. Quando a loira pensava que as coisas não podiam piorar, a menina que antes estava sendo cortejada, agora dava um soco na cara do lufano.

A cena como um todo era surreal. O vagão lotado, a batida sensual ao fundo, dois garotos e uma garota. Um empurrão. Um soco. A essa altura Beatrice pode perceber que já não era a única curiosa observando o que estava acontecendo. Esse era um daqueles momentos em que você quer muito rir, mas sabe que não deveria. Além de tudo, o garoto que atendia pelo nome de Peter estava com os olhos arregalados e pela sua expressão estava claro que ele deveria estar muito assustado.

- Ei querida, me dá um gole? Minha garganta até secou só de pensar que eu poderia ter apanhado também. - disse Peter para Beatrice, que levou alguns segundos para entender que ele estava falando com ela. A loira tinha até esquecido da caneca de cerveja amanteigada que ainda estava pela metade, em suas mãos. Deu um sorriso para o garoto e uma risadinha um pouco histérica, pois ela, mesmo sem estar envolvida na confusão, havia ficado um pouco nervosa com a mesma.

- Claro, claro. Pode ficar. Acho que você vai precisar de mais do que meia caneca para relaxar depois disso. Vamos pegar mais algumas bebidas para relaxar, não adianta nada continuar aqui no meio. - A garota na verdade só queria tirar o seu colega de casa daquele lugar. Muitos olhares curiosos e certamente não demoraria até que algum monitor chegasse, e aí a confusão tomaria proporções muito maiores. Quem ia querer pegar detenção antes mesmo de chegar à escola? E se ele estava tenso demais para sair dali sozinho, ela o arrastaria dali independente dos artifícios que tivesse que usar. - Quero ouvir tudo sobre como vocês dois entraram nessa fria. A propósito, eu me chamo Beatrice Devgan. – Falando isso, deu uma leve piscadinha para o garoto, pegou a sua mão e foi puxando-o, pelo meio dos curiosos, em direção ao balcão.


Última edição por Beatrice Devgan Coote em Dom Set 09, 2012 9:07 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Luicas W.G.P. Sáb Set 08, 2012 9:48 pm

Luicas afagava os cabelos de Agnes no abraço em que estavam. Quando a alemã acabou de falar, abaixou-se o máximo que pode sem quebrar o abraço e beijou a testa da sonserina. Apertou-a forte e olhou para o rosto da garota, passando os dedos suavemente pelas bochechas dela.

- Mas é claro que te ajudarei, meu amor. Temos que cuidar do nosso futuro juntos. Depois vou mandar Gaiaterra entregar uma copia dos meus papeis no seu dormitório.

Finalmente pararam com o que Luicas podia arriscar chamar de dança porque iriam se arrumar na cabine para a chegada em Hogwarts que devia estar próxima, mas enquanto deixavam a pista de dança em direção à saída, perceberam uma confusão causada por uma dança a qual não tinha como dar certo. Sabia que Agnes ia ficar ali, parada, apenas querendo ver a briga continuar porque ela gostava de ver o circo pegar fogo, mas Luicas era um tanto pacifico para deixar alguma coisa evoluir para esse ponto, ainda mais quando algum amigo estava envolvido.

Portanto saiu de perto de Agnes sem dizer nenhuma palavra e empurrou diversas pessoas para chegar até o centro da confusão. Em momentos como aquele agradecia a sua exagerada altura, pois era fácil “meter medo” de longe. Chegou perto dos dois mais envolvidos quando o grifinório acabava de provocar o outro lufano.

- Hey hey hey! Muito menos. – tentou se posicionar no meio dos dois para poder apartar um inicio de pancadaria. – Renzo não tinha o direito de dançar assim com sua irmã, isso é fato. Mas começar uma briga aqui só iria causar complicações. PROS DOIS! Não é isso que vocês querem, não é mesmo?

Olhou para Renzo e depois para Derfel, aproveitando para olhar a plateia que se formava procurando por qualquer fonte de incitação para a briga. Olhou diretamente para Agnes para que ela entendesse que não era para fazer nada naquele momento que pudesse atrapalhar aquela situação.

- Anda Renzo, pede desculpas pra Virginia... Você bem sabe que a tratou como uma... Prostituta.

Resumo escreveu:Luicas e Agnes estão quase saindo do vagão-restaurante quando percebem a confusão causada pela dança entre Renzo e Virginia. Enquanto Agnes fica parada, o lufano atravessa a multidão para impedir que as provocações de Derfel evoluam para algo mais feio.
Luicas W.G.P.
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Mensagem por Phillip Jernigan Dom Set 09, 2012 6:13 pm

Resumo:

Em meio aos acordes da sua guitarra, Phillip teve a nítida impressão de que a sonserina também lançava alguns de seus olhares a ele. Na primeira vez em que percebeu isso, ficou tão contente que quase errou o ritmo da música, mas conseguiu se acalmar ao concluir que era natural que a garota olhasse na sua direção, afinal, estava em cima de um palco. Na segunda vez, contudo, ficou muito envergonhado e olhou para outra direção, balançando a cabeça como se estivesse inocentemente dançando e Roxanna apenas aconteceu de ter estado no caminho da sua coreografia.

A garota, contudo, não o olhou com a frequência que ele desejava, então o balão de auto-estima de Phillip já voltava a murchar, e ele estava claramente menos animado quando Bo cantou o último “devil’s...dance...floor!” da música. Mal agradeceu aos aplausos que receberam, como o restante da banda, até porque logo viu uma das garotas usando a SUA jaqueta. Entortou a boca, em uma expressão de pesar, mas não teve muito tempo para se lamentar, porque Benjamin estava com problemas para se desvencilhar das fãs.

- Por favor, meninas - Pediu, protegendo o corpo do irmão com o dele enquanto sorria. Foi um ideia estúpida, é claro, e acabou saindo com um arranhão muito ardido no pescoço. Sem contar que quase levou uma mordida na mão, e machucar a mão de um guitarrista era um gesto tão grave e ele ficou tão bravo que cruzou os braços e encarou a criatura. - Sem excessos, por gentileza - pediu, sério, o que naturalmente não surtiu efeito algum. Em poucos minutos, porém, as fãs acabaram se afastando dele para assediar os demais membros da Brotherhood, e Phillip olhou para Roxanna - sim, de novo - pensando consigo mesmo como seria bom se, ao invés delas, a sonserina viesse conversar com ele depois do show, entusiasmada com a sua performance. Até permitiria que ela mordesse suas duas mãos, se ela quisesse.

Para seu completo embaraço, porém, a própria Roxanna de repente começou a caminhar em sua direção, no que ele desviou os olhos, fingindo que acenava para alguém do lado oposto do vagão - embora não tivesse uma viv’alma ali para cooperar com o seu disfarce. Assim, foi um pouco frustrante perceber que o alvo da garota era na verdade o baterista, Ryleigh, e ele não pôde deixar de concluir que ela preferia os grifinórios.

Nesse momento, Pips sentiu uma mão apertar seu braço seguida da voz de Benjamin, comentando sobre o clima que ele acreditava estar rolando entre ele e Roxanna.

- Você acha mesmo?! - perguntou, esperançoso, mas o irmão não pôde respondê-lo, porque não demoraram para se aproximar dela e de Ry. Ele levou muito tempo - até para os seus padrões - para perceber o que o irmão estava fazendo, ao colocá-lo bem ao lado de sua mais nova musa, mas, logo que notou, engoliu em seco. Sabia que deveria dizer algo engraçado, ou interessante, ou esperto, mas sentia-se incapacitado para qualquer coisa que não fosse concordar o que os demais diziam, balançando lentamente a cabeça, mesmo que não estivesse prestando atenção em uma palavra sequer. Nem mesmo quando Rene também veio participar da conversa sentiu-se mais a vontade.

De qualquer forma, era melhor assim, já que calado era o único jeito de evitar que falasse asneiras.

De repente, contudo, todos os seus amigos começaram a se afastar, o que ficou ainda mais evidente quando Ryleigh disse a Roxanna:

- O Phillip fica aqui contigo, ok? - ele, que ainda estava meneando a cabeça de maneira assertiva, parou de torpe e olhou para o baterista, em uma nítida expressão de susto. Não sabia como todos tinham percebido sua atração pela sonserina, porque tinha certeza absoluta de que estava sendo bastante discreto - (?) - mas mesmo morto de vontade de se esconder embaixo de alguma mesa, não deixou de sentir-se grato a eles.

Olhou outra vez para Roxanna, pelo canto dos olhos, e abaixou a cabeça. Aquele período de intenso contato com as fãs tinha ensinado a Phillip que as mulheres não gostavam de homens inseguros, e a grande prova disso era o sucesso que Bo fazia, então tentou manter sua fama de misterioso e silente. Com os dois polegares nos bolsos e tentando não olhar para ela para não sucumbir ao nervosismo (tipo assim), comentou:

- Podemos conversar? Acho que começamos com o pé esquerdo...-só então levantou os olhos, se deslumbrando novamente com a beleza da sonserina.

- Claro, claro, podemos conversar. Mas acho melhor sairmos do palco primeiro.

Phillip sorriu abertamente diante da resposta receptiva de Roxanna. No fundo esperava que ela fosse se irritar outra vez e responder que não tinha nada para falar com ele, então já considerava um ponto para si no score. Concordou com ela que deveriam descer do palco, e assim ficaram embaixo, continuou o seu plano:

- Excelente a sua iniciativa - Phillip estava parcialmente mentindo, porque não conseguiu entender qual era o objetivo da festa. E eu digo parcialmente porque, por outro lado, seria uma oportunidade para fazer isto: - Poderíamos ir à festa juntos. O que acha?

Tentou parecer que era um homem confiante, mas ao mesmo tempo não queria soar confiante demais. Era complicado isso de convidar alguém para sair, e Pips já estava pronto para ouvir a sua negativa, quando foi surpreendido novamente por uma Roxanna muito mais calorosa que a de outrora. Para a sua mais plena alegria, ela havia aceitado o_o
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Mensagem por Peter Enzensberger Junger Dom Set 09, 2012 9:47 pm


hey, i just met you, and this is crazy, but here’s my number, so call me, maybe?

peter veste ISSO

Aquele rostinho semiconhecido despertou interesse no alemão. Não que ele achasse que ela pudesse ser uma garota em potencial no futuro, mas mais pela sua gentileza e preocupação em tirá-lo daquela confusão. Ela não só doou o resto da sua cerveja amanteigada para o garoto, como também propôs a ouvi-lo e consolá-lo. Be... Ba... Bety... Bea... Beatrice!. Gaguejou Peter mentalmente ao tentar lembrar o nome da colega de casa. Logo depois ela confirmou seu nome.

O alemão virou o copo com a bebida de uma só vez. Por um momento pensou que seria mais educado e cavalheiro se tivesse deixado o restinho para a garota, mas perdeu a linha de pensamento quando ela piscou para ele, segurou a sua mão e o puxou para o balcão do restaurante. Encantadora a Beatrice. Fez até Peter esquecer que minutos atrás ele dançava como um cigano espanhol enrustido.

- Ééérr... Danke schön... quero dizer, Obrigado. Vamos lá, vou te pagar um suco de abóbora – disse no ouvido de Beatrice para que ela escutasse. Os dois estavam andando. Ela na frente de Peter, tentando abrir caminho em meio à multidão que ainda se ocupava com o que restou do tumulto semigerado por Peter.

Ao chegarem ao balcão, Peter largou a caneca vazia e enquanto o garçom a pegava, aproveitou e pediu dois copos de suco de abóbora, levantando a mão fazendo um sinal de “2” com os dedos. Sentaram-se de frente pro outro. Peter não sabia muito bem o que dizer, por mais que tivesse facilidade em conversar com garotas e fazer novas amizades. Ele ainda estava com a cabeça no que havia acontecido. Refletia se deveria, de alguma forma, pedir desculpas a Virginia, por mais que ele não tivesse feito nada de errado. Ele ficou preocupado pois pensou ter deixado um má impressão à espanhola e a última coisa que queria era ver sua reputação em baixa. Mas enfim, ele nunca foi de se preocupar muito com essas coisas e não era agora que iria se sacrificar por isso...

O que realmente importava é que ele havia sido salvo da multidão por uma garota linda e meiga. E lá estavam eles, tomando um suco como se nada tivesse acontecido. O garçom entregou os copos de suco mais rápido do que o esperado e foi ai quer Peter percebeu que ainda não tinha falado nada. Neste momento, deixou de pensar no que havia acontecido e tentou se concentrar em Beatrice.

- Então, eu e o mano Renzo estávamos tranquilaços aqui, quando a poderosa chegou do ALÉM chamando a gente pra dançar. E a gente foi né, of course. Daí o Renzo começou com umas danças ritualísticas cabulosas e ai me aparece um boy do nada pra salvar a Virginia e ela, doidona, mete um murro na cara do Renzito. – tentou explicar rapidamente, gesticulando com as mãos. Peter conversando e se empolgando era uma cena à parte... – Fiquei com pena do meu querido lá, esmurrado por uma garota. Mas eu ia fazer o que? ME DIZ? Se eu defendesse ele, eu levava uma surra também... E daí minha filha, saudades beleza facial! Então preferi não arriscar minha pele... - finalizou, expressando sua preocupação com a aparência.

Quando Peter percebeu que estava se empolgando e prolongando demais a falação, parou por um momento e bebeu o suco até a metade, batendo, em seguida, o copo tão forte na mesa a ponto de algumas gotas de suco pularem na sua jaqueta de couro, obrigando-o a limpar com o dedo e passar na calça.

- Mas então Barbie, obrigado por ter me tirado de lá. Agora me diz, como eu não te conheci antes? – sorriu enquanto coçava o couro cabeludo.

Off:

Resumo:


Última edição por Peter Enzensberger Junger em Seg Set 10, 2012 7:48 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Beatrice Devgan Coote Seg Set 10, 2012 6:30 pm

Spoiler:

Beatrice veste isso!
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a certain softness in his eyes facinates me more than I ever thought it could


A ideia de arrastar Peter para fora daquela confusão havia funcionado. Por um breve momento pensei que ele não iria querer deixar aquele lugar comigo, mas aparentemente essa coisa de piscar havia sido uma estratégia e tanto. Depois da piscadela foi muito mais fácil conduzi-lo ao longo do vagão. O alemão tinha um sotaque muito forte quando falava inglês, mas era um som agradável aos ouvidos.

Peter era muito mais alto do que eu. Ficando de frente pra ele, não muito perto, os meus olhos ficavam na altura do seu peitoral, que não deixava a desejar nem um pouco. Agora eu consigo entender porque ele consegue fazer as garotas mais novas falarem dele dia e noite, pensei. Era mesmo complicado não se perder nele. Digo nele, porque não era só uma parte. Os olhos azuis, como os mares do Caribe, de uma profundidade impossível de ser medida. E aquele sorrisinho que ele deixara escapar quando lhe entreguei a cerveja amanteigada... Mas eu conhecia a sua fama e precisava manter a compostura.

Estava muito complicado abrir caminho e segurar a mão dele ao mesmo tempo. Afinal, magra como eu sou, poderia passar até no menor espaço entre as pessoas no vagão, mas como Peter era mais alto e mais encorpado, ele precisava de um pouco mais de espaço para se mover. Enquanto estava concentrada em escolher a melhor rota até o balcão, fui surpreendida com a sua respiração quente próxima ao meu pescoço.
- Ééérr... Danke schön... quero dizer, Obrigado. Vamos lá, vou te pagar um suco de abóbora – disse ele, bem baixinho no meu ouvido. Os pelos da minha nuca ficaram arrepiados no mesmo instante. Foco, Beatrice. O Balcão., me forcei a pensar. E tentei me mover o mais rápido possível para chegarmos logo em um lugar um pouco mais calmo.

Por sorte, encontramos dois lugares vazios, e sentamos um de frente para o outro. Peter pediu nossas bebidas e logo estávamos num silencio um tanto quanto constrangedor. Só não foi pior porque dava pra perceber que o alemão estava muito concentrado nos seus próprios pensamentos para lembrar que eu estava do lado dele. Como aquela era a primeira vez que ele sentava-se depois do ocorrido, evitei falar. Queria deixar que ele tivesse tempo suficiente para relaxar. Além do mais, ele não poderia esquecer a minha presença por muito tempo. Ou será que podia?

A chegada das nossas bebidas fez com que o nosso silêncio se quebrasse e Peter começou a relatar o que havia acontecido. Então quer dizer que o nome do lufano era Renzo. Renzo... é, soa familiar. A história aconteceu exatamente como eu havia imaginado. Menos a parte do convite da aluna. Virgínia. Por Merlin! Será que ela de fato havia convidado os dois para dançar, ou ele estava usando esse fato apenas para se justificar? Nada eu podia fazer agora e nada adiantaria tentar tirar essa história a limpo. Eu só perderia tempo. A única dúvida que restou é a de quem seria o tal menino que foi “salvar” a Virgínia. Isso realmente estava me deixando curiosa. Poucas vezes vi alunos agirem dessa maneira para proteger outros. Mas os estudantes da Grifinória eram tão esquentados e não mediam esforços na hora de comprar briga por outros membros da casa.

Ao fim da história, o louro bebeu o suco até a metade com um único gole e bateu o copo no balcão com força demais, fazendo com que algumas gotinhas melassem a sua jaqueta e uma única gotinha caísse no seu queixo. Ele limpou a jaqueta com a mão e esfregou a mão melada na calça. Sem nem pensar direito, agindo por puro reflexo, encostei o meu polegar no seu queixo, limpando a única gotinha de suco que ali estava.

Aqueles olhos azuis encararam diretamente os meus e um sorriso me escapou. Então percebi que a minha mão ainda segurava de leve o seu queixo. Em um breve momento de pânico, soltei o rosto do alemão e arrumei a minha postura. Silêncio constrangedor, de novo. Rápido, preciso pensar em algo para dizer!

- Er... Concordo. Quero dizer... – é Bea, o que você queria dizer? – As chances de você ser socado já eram grandes e só fariam aumentar se você tivesse se metido. - Pronto! Perfeito! Agora eu tinha afirmado que ele poderia facilmente ter apanhado da garota. Parabéns pra mim. Mas já que eu estou indo de mal a pior, que mal vai fazer tentar consertar o que eu disse, certo? - Nessas horas o melhor é ficar na sua mesmo. Já pensou se um monitor aparece de repente e vê a coisa pela metade? Você poderia ter se dado muito mal hoje, cara. – tá, melhor que nada.

Ele analisou o que eu disse por alguns segundos e pareceu não se importar muito. Obrigada, Merlin! Estou te devendo essa.

- Mas então Barbie, obrigado por ter me tirado de lá. Agora me diz, como eu não te conheci antes? – E sorriu. Um sorriso tão lindo e descontraído, que me faz até deixar pra lá o fato dele ter me chamado de Barbie. Não consegui deixar de retribuir o sorriso. Dessa vez eu já estava preparada, não precisei de muitos segundos pra me recompor.

- Bom, nós somos de anos diferentes e acho que isso dificulta as coisas um pouco. Além do mais eu passo mais tempo na biblioteca e na torre de astronomia do que em qualquer outro cômodo do castelo, e acredito que esses dois lugares não sejam muito frequentados por você. – terminei dando uma risada alta e levemente histérica. Eu precisava ficar mais relaxada.
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Mensagem por Derfel Heaney Seg Set 10, 2012 8:08 pm

Quem era o rapaz tão esquentado que surgiu no vagão restaurante? Não era um grande mistério, era apenas Derfel, movido por um instinto heroico e empolgado pelo calor do momento. Não poderia ser considerado um encrenqueiro, havia passado boa parte do seu tempo em Hogwarts de forma discreta, sem criar inimigos ou confusões, sabia que seu Tutor não gostava daquele tipo de situação, frisava muito bem que não passava de atitude de moleque e lá estava ele, contrariando todas as expectativas e lições do velho meio cego, com varinha empunhada e punhos cerrados pronto para a briga.

Se não fosse a intervenção de Virginia e Luicas – apesar do lufano veterano ter usado a palavra prostituta para se referir a sua meio irmã – o que não facilitou em nada as coisas, pelo menos arrefeceu o seu ímpeto, mesmo assim, deu uma encarada em Pendragon que era grande, mas não era dois enquanto baixava a guarda devagar, mesmo pensando se deveria colocar o ex-monitor na roda por se referir a Virginia de modo tão vulgar, enquanto tentava se segurar, uma bela visão surgiu a sua frente.

- O que vocês têm na cabeça? Nada?! -Mariana Lengruber girava os olhos, entediada. - Você... Virginia sabe se defender muito bem, sem sua ajuda, seus músculos e força física, tá? - dirigia isso à Derfel. - E também muito desnecessário começar uma briguinha aqui no meio desse tanto de urubus... - parava por um momento. - Então agora, que tal todo mundo voltar para as cabines para se arrumar? Logo chegaremos a Hogwarts. - encarava Derfel.

O grifinório coçou a cabeça como se apenas naquele momento, as coisas voltassem a fazer sentido, como possuía uma certa dificuldade para reconhecer suas trapalhadas, ainda tentou um último porém fraco argumento. – Mas eu... eu... Eles, vocês sabem. – Encarava um, depois o outro como uma criança repreendida por dois adultos. Deixou os braços caírem e ainda assim olhou para Virginia de um jeito cúmplice, como somente duas pessoas que conviveram juntas por muito tempo tem permissão. Se houvesse legendas naquela troca, seria basicamente essa: “Não foi dessa vez que explodimos o trem, talvez na próxima.”

- Me desculpa tá bom? Foi mais forte do que eu. Usava a varinha como uma baqueta de percussão no próprio corpo, engoliu a saliva, caçando palavras para utilizar. –Vou tomar um ar e lavar o rosto. – Não saiu de imediato, ficou ainda alguns segundos esperando alguma reação.

- Então tá... Isso, faça isso. E vê se não vai bater em ninguém pelo caminho... – Ela teve a ousadia de dar de ombros.

-Eu vou mesmo! - Pausa para raciocinar. -Quer dizer, eu vou para a cabine e não vou bater em ninguém. – Torta de Climão. Bateu no ombro de Luicas, o que para o grifinório poderia ser um sinal de agradecimento e se retirou, sem nem ao menos olhar para Renzo. Por que no fundo estava envergonhado pelo seu destempero e por não ter mantido a palavra de duelar, era uma mancha no seu orgulho e quanto ao terceiro elemento (Peter) ele não o viu por ali, nem havia gravado o rosto da criatura que pelo jeito se esgueirou entre os alunos e sumiu. Era melhor o jovem Cadarn fazer o mesmo e foi colocar o uniforme.

Off: conversei com o player do Renzo e decidimos não levar isso adiante, mas a ação terá um desfecho menos trágico e mais cômico no futuro.
Resumo: A turma do Deixa-Disso encerra a briga e Derfel fica com vergonha por quase ter estragado a festa e também por não conseguir levar o duelo até o final. Envergonhado deixa o vagão e vai se trocar.
Derfel Heaney
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Mensagem por Peter Enzensberger Junger Ter Set 11, 2012 3:21 am

só porque ele é lindo, loiro e forte, tem dinheiro e um escort.

peter veste ISSO

Ou essa menina é muito gente boa ou é muito dada... Impressionante como ninguém resiste a mim.... Foi a primeira coisa que pensou o narcisista no momento em que Beatrice estendeu a mão para limpar o seu queixo que estava sujo com suco de abóbora. A corvinalense era realmente gentil e Peter, irracionalmente, já começava a se achar demais e a distorcer a personalidade da companheira de casa. Talvez ela não devesse ser tão prestativa com ele... Todo mundo sabe que o nosso alemão acaba sempre entendendo tudo errado, por mais que não seja a sua intenção. Não que ela devesse ser dura como Virginia, mas talvez tentar não dar tanta bola para o garoto.

O toque de Beatrice no seu rosto o fez perceber que a barba que ele tinha feito no dia anterior, já começava a crescer timidamente. A pelugem loira no rosto ainda era rala, mas já era um sinal de que Peter vivia, naquele momento, o auge da sua puberdade. Quando Bea sorriu sem nenhum motivo, Peter o fez também. Ela disse algumas palavras sobre o seu parecer em relação à confusão. O alemão preferiu não continuar com o assunto e resolveu focar na garota. Ele precisava de uma investida, não poderia perder aquela oportunidade. E ao chama-la de Barbie, sentiu que estava no caminho certo. Pobre garoto...

Surpreendentemente, a garota não dera muita bola ao apelido que Peter adotou para ela. Ao invés disso, preferiu responder a pergunta do alemão sobre eles nunca terem sido apresentados um ao outro antes. Ela havia dito coisas sobre frequentar lugares como biblioteca, torre de astronomia e coisas do tipo, afirmando que aqueles provavelmente não eram ambientes que pertenciam ao habitat natural do garoto. Como corvinalense, Peter se sentiu ofendido. Mas como adolescente prepotente, se sentiu realizado. HMM, sinal que sou descolado, belezinha.

- Então, honey, é uma pena não termos nos conhecido antes... O que acha de recuperamos o tempo perdido? – sugeriu na cara dura. Pegou o copo de suco e bebeu o que restava – Você não vai se livrar tão cedo de mim, até por que agora passarei a reparar em você toda vez que te ver no salão comunal... – deu uma olhada sacana no corpo de Beatrice e depois voltou para os seus olhos – Agora chega, de blah blah blah. Vem gata, vamos dançar, juro que vou me comportar – levantou-se repentinamente, retirou o copo das mãos da garota, trocando-o pelos seus dedos que, como garras, arrastaram a garota para o meio da multidão.

Agora era torcer para que tudo desse certo e nada terminasse em socos na cara.

Off:

Resumo:
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Mensagem por Beatrice Devgan Coote Ter Set 11, 2012 6:32 pm

Spoiler:

Beatrice veste isso!
_


womanizer, you're a womanizer, baby


Em um momento eu estava rindo histericamente. No outro o meu copo de suco, que eu tinha dado apenas dois goles, estava sendo arrancado da minha mão. Agora eram os dedos de Peter que se encontravam entrelaçados aos meus. Não tive muito tempo para pensar. Antes que eu pudesse concordar ou até mesmo protestar, já estava sendo arrastada de volta para a pista de dança.

Eu sabia que tipo de menino era o Peter, só nunca tinha lidado diretamente com um deles. Me acostumei a estar com pessoa gentis e boas, de maneira que eu podia agir como quisesse e dificilmente seria mal interpretada. Nem mesmo o Liam faz com que eu me sinta andando em um campo minado. Muito pelo contrário. E deve-se levar em conta que ele é modelo e está no sétimo ano, sendo três anos mais velho que eu. Mas ele me passa uma segurança tão grande... Não é que o Peter não seja gentil, mas pelo jeito como ele me olhou antes de me arrastar para a pista, eu entendi que naquele momento ele era o caçador e eu, a caça.

A musica tocava num ritmo envolvente, fazendo com que Peter dançasse bem perto de mim. Com os meus 10 centímetros de salto a vantagem de altura que ele tinha sobre mim se tornava muito pouca. Com isso, eu conseguia sentir a sua respiração na minha orelha e pescoço, me fazendo rir de leve, sentindo um pouco de cócegas. Eu estava dançando de maneira meio receosa e desajeitada, sem saber direito o que fazer com as minhas mãos, e não conseguia saber também se deveria me sentir confortável com aquela proximidade toda.

Sem o menor aviso, Peter me envolveu em seus braços, me segurando pela cintura. Estremeci com o seu toque inesperado, imaginando que ele poderia perceber e me soltar. Ao sentir a sua mão macia e quente tocando a minha nuca, fiquei levemente desnorteada. Que diabos estava acontecendo comigo?

Com o toque delicado da sua mão o garoto foi trazendo o meu rosto para perto do seu. Todo o meu corpo ficou tenso, em estado de alerta. E essa é a hora que sorrateiramente o caçador abate a sua presa, pensei desesperada, sem saber o que fazer. Eu nunca fui o tipo da garota cobiçada pelos meninos. Sempre vivi meio escondida, camuflada, tentando chamar o mínimo de atenção possível. De qualquer forma, ver o Peter fazer o seu joguinho comigo não me deixava lisonjeada de maneira alguma. Afinal, ele faria isso com qualquer outra pessoa que tivesse cromossomos XX. Porém, no ultimo momento, ao invés de seus lábios buscarem os meus, ele passou direto e começou a falar bem baixinho no meu ouvido.

- Relaxa, meu benzinho. É só não pensar muito... – e terminou a sua fala mordiscando a minha orelha. Não pensa muito. OK, isso era fácil com ele agindo daquela maneira. Meu coração disparado e eu pedindo, mentalmente, de forma desesperada, pra ele não me soltar. Se ele me soltasse eu iria cair ali, no meio da pista da dança, sem ter reflexo para reagir. Aparentemente as minhas pernas já não respondiam mais aos meus comandos. Merlin me ouviu, mais uma vez, e o alemão voltou a sua mão para a minha cintura, me segurando bem perto a ele.

Estar envolvida em seus braços me fazia sentir feliz, segura e protegida. Comecei, lentamente, a relaxar. Parei de pensar e deixei o ritmo nos embalar. O calor que emanava do seu corpo era muito agradável. E até as cócegas que a sua respiração me causava eram algo agradável.

Acorda, Bea! Esse cara é uma planta carnívora e você um mosquitinho. Ele só quer te seduzir e te deixar vulnerável de tal maneira que até o bote mais sutil vai surtir efeito. Foi então que eu caí na real. Obrigada, consciência. Eu deveria te batizar de Jiminy, the cricket.

Recuperei a consciência e resolvi fazer o alemão provar um pouco do próprio veneno. Coloquei a minha mão direita em seu braço e fui subindo devagar, em direção à nuca. Quando a minha mão estava na parte de trás do seu pescoço, coloquei os meus dedos pelo seu cabelo e puxei bem de leve. Coloquei a minha mão esquerda em seu ombro, puxando-o um pouco mais para mim, deixando os nossos corpos o mais colados possível e dei uma leve mordida em sua orelha.

- Pois é, Peter. É uma pena que hoje não seja o seu dia de sorte. – Disse baixinho em seu ouvido. Soltei o seu corpo, me desvencilhei dos seus braços com um pouco de dificuldade e saí correndo em direção às cabines. Aquele garoto deveria vir com um aviso de “cuidado, perigo” escrito em sua testa.

Eu nunca havia tomado uma atitude parecida em toda a minha vida. Mas eu me senti satisfeita. Eu podia ser boa, inocente, sempre querendo ajudar as pessoas. Eu poderia ser até inadequada, em certos momentos, pela minha inocência. Mas jamais eu seria brinquedo de ninguém. Jamais.

Agora era hora de me trocar para o banquete, o trem já estava quase chegando à estação.
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Mensagem por Holly M. Collins Ter Set 11, 2012 10:29 pm

.How I Met Your Penguin

— E eu tenho um presente pra você!

Foi exatamente assim que Codi decidiu avisar que “daria um perdido” nas duas amigas. Obviamente o garoto pensou que se questionasse o psicológico de Holly, buscando atiçar seu lado curioso e também seu fascínio por ganhar coisas (cavalos, pufosos, penas, clipes...) ela ignoraria que ele sumiria e voltaria depois de algum tempo, sabe-se lá depois de fazer o que. Porém ele não esperava que... ... exatamente isso fosse acontecer! Enquanto ele esteve fora a única coisa que ela conseguiu pensar era que tal presente era esse (e se seria comida pois daí teria que dividir com Aileen e com o garoto também, claro).

- Leen... o Codi acabou de dizer presente não foi? – ela disse com os olhos brilhando e a cabeça a mil imaginando o que poderia ser – Um presente! Ele comprou um presente! – ela disse pulando e batendo palmas – Isso não é magnífico?

E enquanto esperavam no corredor o retorno do garoto Holly ouviu que alguma barulheira vinha de algum lugar ali perto. Parecia música. Boa música!

- Viu... tá ouvindo isso?

- Hm... acho que não.

- Ah... escuta de novo – Holly pediu tentando ao máximo ouvir o que era aquilo – Bem... parece música, não acha? – Aileen fez que não com a cabeça – Oras, claro que parece! Haha. Será que é uma festa? Depois de toda essa confusão na Estação não acho que os professores deixarão isso por pouco! Quem será o maluco?

Aileen ainda fazia cara de quem não entendia o que Holly queria dizer pois parecia não ouvir o que a menina ouvia. No entanto Holly se perguntava quem era louco o suficiente para tentar aquilo em pleno vagão mas já deveria desconfiar que eram, na verdade, loucos.

Finalmente Codi pareceu voltar e, para alegria de Holly, tinha cara de quem realmente tinha aprontado. Felizmente sua mãe havia ensinado a ter um mínimo de educação e de não pular em cima da pessoa (isso seria muito estranho dadas às circunstâncias, hã?) quando estivesse muito curiosa. Olhou com sorriso angelical para o amigo e fez uma brincadeira sobre ele ter demorado para aparecer.

— Não, é que um cara do Ministério me fez umas perguntas...

Claro, naquele dia o Ministério estava interrogando até as malas se fosse possível e como ela já havia sido questionada mais cedo não deu muita atenção ao acontecido. O que ela queria saber de verdade era sobre o tal presente!

— Vem cá... – ela chegou-se mais perto do amigo - Eu ouvi bem? Você tinha dito que tinha um... presente pra mim? JURA?

— É, mas não é pra dar agora, hehe...

“Oi? Não é pra dar agora?”

— Ah, não, Cooodi! Eu fiquei curiosa, vai! – faria o que fosse necessário para ter o precioso.

— Tá bom, tá boooom.

- YEEEEY! – ela gritou alegre.

Enquanto o garoto voltou para a cabine a fim de pegar o tal do pacote, Holly ficou do lado de fora com Aileen apenas esperando com toda a ansiedade do mundo o que viria a seguir. Em um momento desses não há poder divinatório que funcione! Finalmente ele saiu de dentro da cabine com os braços atrás do corpo, sinal de que escondia algo ali. A tensão no ar era densa.

— Er... eu soube que você gostava de pinguins, e... Passei numa lojinha e vi esse aqui, e... e... pensei em em, em você.

“Ufa! Não é chocolate!”

Holly ficou parada olhando para o brinquedo nas mãos do amigo. Ele se mexia graciosamente e com certeza era um dos presentes mais fofos que Holly já tinha ganho.

- AAAH MERRRLIN!! Isso é... é... um... PINGUIM-DE-VERDADE!

Esticou suas mãos, pegou o presente e o abraçou. Depois de olhá-lo mais um pouco olhou para Codi e deu um lindo sorriso de agradecimento.

- Oras... eu nem sei como te agradecer! – correu até ele e deu um abraço aconchegante esbarrando em Glaux – Ah... Glaux... que animal você é hoje? – disse tentando desvendar o mistério – Olha... você pode tentar ser um pinguim! O que acha? – disse com uma risadinha e provavelmente não entendeu a cara de desprezo do animal.

- Codi... como você se lembrou que pinguins são meus animais favoritos? – ela perguntou olhando para Aileen com cara de “Haha, isso não é engraçado?” – Porque na verdade os pinguins além de ótimos nadadores eles deslizam com a barriga no solo porque tem certa dificuldade no deslocamento, não é o máximo?

Na verdade um dos motivos pelo qual mais gostava dos pinguins era sua fantástica história sobre relacionamentos. Uma vez sua mãe lhe contara que em determinado momento na vida de uma garota ela encontra um garoto como fazem os pinguins: escolhem um companheiro por toda a vida. Holly esperava esse dia, esperava ver como era ser como um pinguim!

Depois de toda a euforia mais controlada saíram os três caminhando até o Vagão Restaurante a fim de comer coisas gordas e gostosas. Codi ia na frente com Aileen e Holly atrás com seu pinguim. Chegando mais perto do lugar foi possível verificar que, definitivamente, Holly não estava errada.

- É... parece música mesmo. Acho que conheço essa música... – disse mais de si para consigo.

Ao abrirem a porta que daria entrada ao ambiente notaram uma cabine extremamente lotada de pessoas, com um palco improvisado em um dos cantos e jovens em cima tocando o maior som. Não vamos dizer que Holly já sabia mas ela já desconfiava. Codi olhou para trás e falou para a menina:

- Ih... olha lá... não é seu irmão e a banda dele?

Holly sabia bem que era. Era um bom irmão mas às vezes deveriam faltar alguns botões de realidade em sua cabeça.

- Pois é... – ela fez revirando os olhos e abraçando mais forte o pinguim – Bom... irei visitá-lo na detenção! – disse com um sorriso – Agora... querem dançar ou vamos tentar lutar por doce de abóbora com canela?

Holly já não se importava mais com as manifestações do ego do irmão mais velho. Rene era assim, morreria pela banda e os amigos se fosse necessário então não tinha muito o que fazer. Conhecia os tons da música que tocavam pois o irmão só tocara isso durante os últimos dias de férias. Dizia que era a nova “galinha dos ovos de ouro” porque a fase de Ry já estava passando.

"Agora me faltam os Pinguins de Magadascar...", pensou enquanto acenava para amigos do quarto ano como dando “oi”.


Resumo: Holly, Aileen e Codi vão para o Vagão Restaurante. Codi acabou de dar um pinguim para Holly que chega abraçada com o brinquedo cumprimentando com um aceno os amigos do quarto ano. Simples assim!
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Mensagem por Peter Enzensberger Junger Qua Set 12, 2012 3:21 pm


girl, you really got me bad, you really got me bad. i'm gonna get you back, i'm gonna get you back.

peter veste ISSO

Peter era tão cara de pau e sem vergonha, que nem se incomodava se estava ou não agradando a garota. Só lhe interessava fazer o que fosse do seu gosto, mesmo tudo dando errado depois... O alemão parecia perder todo o seu lado racional para a ansiedade quando estava perto de uma garota em potencial. E para ele, Beatrice já era um alvo garantido independentemente do que ele fizesse. Por isso se adiantou logo em pegar a garota para dançar, sem nem pensar nas consequências que isso poderia trazer. Na verdade o problema não era nem chama-la para dançar, e sim o que ele iria fazer com ela em seguida.

Largou o copo da menina na mesa e a puxou para a multidão. A banda já tocava a última música, Peter precisava ser rápido e ao mesmo tempo não parecer desesperado. Sabia que a única coisa que não poderia fazer era agir como Renzo. Mas pelo pouco que ele havia conversado com Beatrice, percebera que ela não era tão esquentadinha como Virginia. O máximo que poderia acontecer era um tapa na cara e um grito de ”Abusado!”. E um tapa não afetaria o alemão, que já reunia uma coleção incontáveis de tapas na cara.

Eles dançavam bem próximo um do outro. Peter sentia os cabelos de Beatrice, que ocasionalmente tocavam o rosto do alemão. Tá na mão já. Pensou o alemão, convencido. Quando ele iria aprender que não se deve conquistar uma garota pensando dessa maneira? Talvez nunca.

Peter não esperou muito e resolveu tomar iniciativa envolvendo seus braços na cintura da garota, trazendo-a para perto. Com os braços nas costas de Beatrice, subiu as mãos em direção à nuca dela, tocando os seus cabelos loiros. O alemão não sabia se ela estava gostando ou não, já que ela não demonstrara nenhum sinal de resistência. Porém, Peter percebeu que ela estava visivelmente desconfortável. Mas não no sentido de não estar gostando, mas no sentido de não estar acostumada com aquilo.

- Relaxa, meu benzinho. É só não pensar muito... – sussurrou no ouvido de Beatrice, enquanto arrastava suas mãos para o rosto da garota. Finalizou com uma pequena mordida na orelha e voltou os braços para a cintura de Beatrice. Peter sorriu descaradamente... Já acreditava que tudo estava dando certo .

Beatrice parecia estar mais a vontade agora. Ela começou a deslizar sua mão pelo braço de Peter, chegando ao seu pescoço, numa tentativa de sedução. Adoro quando a fêmea toma iniciativa, pode vir meu xuxu. Mas nada saiu como esperado quando Beatrice puxou Peter para mais perto. O alemão já estava até se preparando para fazer um biquinho para lascar um beijo avassalador na menina, mas teve que beijar o vácuo quando o rosto de Beatrice passou direto pelo seu e atingiu o sua orelha. Foi ai que ele sentiu a mordida, como ele havia feito com ela. What the f*ck? Que tosquera, vamos ficar só nas mordidas agora? Doidona essa guria

- Pois é, Peter. É uma pena que hoje não seja o seu dia de sorte. – finalizou e saiu correndo, sem deixar tempo de reação para o alemão, que ficou ali desolado.

Peter olhou para os lados e desejou que ninguém tivesse percebido a garota fugindo de seus braços. Piranha maldita... Vaca tetuda! Um dia invado o dormitório feminino e te pego de vez. E pensando isso, se dirigiu à saída oposta do vagão-restaurante para que pudesse trocar sua roupa pelo uniforme. Peter se dava muito bem em superar coisas do tipo. Aquele não era o seu primeiro fora, e nem o último.

Off:

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Mensagem por Charlotte O'Keef Qua Set 12, 2012 10:07 pm

postei com login errado, alguém pode apagar? obrigada (:
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