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Vagão dos Professores

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Vagão dos Professores - Página 2 Empty Re: Vagão dos Professores

Mensagem por Roderick Carwyn Llywelyn Sex Ago 17, 2012 2:17 am

What has happened to it all?
Crazy, some'd say
Where is the life that i recognize?
Gone away


Anteriormente...



Pela milésima vez, Roderick perguntava a si mesmo porque cargas d'água tinha se metido a dar aulas em Hogwarts. Não era como se fosse morrer de fome, se quisesse, seu cunhado poderia facilmente lhe garantir um cargo na sua empresa, provavelmente como representante comercial, e ele faria muito mais dinheiro do que o salário que a escola lhe pagava e que não era nem de longe o suficiente para abranger a profissão de bombeiro, salva-vidas e, agora, corretor educacional.

Mas Hogwarts era divertida, isso ele não podia negar.

Quanto mais ouvia um bando de moleques inconsequentes – vejam só, ele, Roderick Carwyn Llywelyn chamando alguém de inconsequente, tempos modernos! - mais e mais tinha certeza de que estava na profissão errada mas que, ao menos, podia se divertir com tudo aquilo. Porque enquanto uns tentavam um juridiquês mais capenga que o seu para cima do professor Coen – como se ele fosse magicamente o único adulto por ali – Llywelyn se divertia deixando as mãos trabalharem sem pressa alguma em todos os retratos e caricaturas de cada um daqueles lindos anjinhos e deixava sua mente vagar, estender um braço além do seu corpo e abrir as portas para as mentes de cada um daqueles alunos destaques.

E Deus do céu se o que viu não podia ter deixado um homem de menor fibra em choque!

O mais engraçado eram as dissimulações, os falsos pretextos, e o desespero ao empregar táticas jurídicas que só os prejudicavam. Roxanna, a pobre menina, alegando que os alunos deviam ter um representante legal e que ela mesma seria tal representante quando, aos quatorze anos, não podia sequer representar a si mesma.

O pior de tudo era que todo aquele drama, muito melhor do que qualquer novela mexicana, era só por uma detenção. E, naquele exato momento, Llywelyn foi capaz de perceber, mesmo sem ler mente alguma, quais eram os alunos que estavam mais do que acostumados a pegar detenção e quais eram aqueles que se sentiam ultrajados com sua primeira correção – mesmo com condutas inconsequentes e, porque não dizer, tão desleixadas e imbecis quanto usar Arte das Trevas em um trem cheio de criancinhas – tendo uma deficiência visual, por que não salientar? - ou atear fogo no trem. Com o próprio aluno dentro.

Gênios do crime – só que não.

Ele estava tentando deixar o professor Coen, seu veterano na época de Hogwarts, no comando da situação, principalmente porque ele não queria saber dessa dor de cabeça, mas porque também era importante mostrar coesão e união, mas estava prestes a falar qualquer coisa que desmentia a garota sonserina fazendo um pequeno teatro quando uma onda de pensamentos muito mais fortes quase o esbofeteou: Gabriela Alleborn – que também não tinha o melhor dos históricos e parecia gostar de um show pirotécnico, mas em escala menor, graças a deus, do que o monitor corvinal – bem planejava usar sua mão de cinco dedos na cara de Isadore Baudelaire.

E ele podia ter impedido, podia realmente. Mas não estava no comando da situação e, com todo o espírito daquelas crianças, seria acusado de invadir a privacidade de suas mentes e blablabla e ele não estava disposto a realmente dar uma explicação maior do que um sorrisinho benfazejo. Então, escutou o tapa duas vezes, a segunda o eco da mente de Alleborn.

Mas daí o circo começou a aumentar e o número de pessoas que achavam que ali era a porta do banheiro crescia vertiginosamente. Quando o auror abriu a porta para as duas ruivas e ele ouviu toda a conversa mole que elas tentavam jogar para cima dele, o professor de astronomia se viu obrigado a se levantar de seu lugar cativo, o caderno de rascunhos enfiado sob o braço, e caminhar para a porta, fazendo um gesto de entendimento com o auror. Coitado, também devia estar se perguntando o que tinha acontecido a Hogwarts desde a época deles. Era uma excelente pergunta, aliás.

- Senhorita Pointer e Senhorita MacDowell, não é isso? – claro que era, mas ele precisava disfarçar – Eu sempre admiro as pessoas que estão preocupadas com o bem-estar alheio acima de qualquer coisa, viu? Sério mesmo, fico feliz de encontrar alunos assim depois de tamanho... imprevisto. Por isso, eu, pessoalmente, irei garantir que o seu irmão, Senhorita Pointer, receba apenas a alimentação adequada, não tema. – e se elas tinham entendido ou não o recado dele, isso já não era problema seu. O que fez foi estender a mão sem cerimônia alguma e tomar para si os tais lanches, ainda sorrindo benevolente – Não se preocupem, senhoritas, eu pessoalmente irei entregar a sua encomenda para o jovem Elliot. – o sorriso, aquele sorriso que acalmou a boa senhorinha dos doces, foi o que ele estendeu deliberadamente, dando dois tapinhas no ombro de Fae B. Pointer e um no alto da cabeça de Molly MacDowell.

E então, ainda sorrindo, ele voltou a fechar a porta.

No entanto, ainda estava com a mão na maçaneta quando um outro contingente de pensamentos o atiginiu e ele reconheceu aquela voz, Anna Blanche, uma das monitoras que tinham ajudado a evacuar as crianças do trem – ainda que ele a tinha perdido de vista no meio do processo todo. Llywelyn não disse nada, mas esticou o pescoço para fora da porta e piscou um olho da forma mais tranquilizante e verdadeira que podia imprimir. Ela provavelmente estava preocupada com a menina Alleborn e, de verdade, entre tanta gente que se meteu a usar feitiços muito mais perigosos, Alleborn não parecia tão encrencada ou bagunceira assim. Tudo uma questão de perspectiva, seu irmão diria.

E a perspectiva balançava cada vez mais cada vez que um aluno abria a boca e uma ruga quase invisível se formava ao redor dos olhos de Maor Coen. Llywelyn mal teve tempo de voltar ao seu lugar cativo de retratista quando os dois corvinais começaram a falar, só conseguiu cruzar os braços, estacionar ao lado do professor de Poções e erguer uma sobrancelha, incrédulo.

Eu sei que errei vendendo bebida trouxa no expresso, mas essa é a única maneira que eu tenho para comprar meus livros de feitiços avançados e eu só estuporei ele em legítima defesa... Lamber o chão não é nada agradável .

- Não me lembro de ter encostado a mão no senhor, sr. Lewis. E tampouco tenho culpa se o senhor tem gosto pelo sabor dos carpetes, não o obriguei a fazer nada.  Quando tiver provas do que está dizendo, ficarei feliz em assumir a culpa. Até lá, lavo minhas mãos.

Perplexo, Llywelyn se perguntava se Baudelaire realmente acreditava que, depois de toda a projeção astral que os aurores conseguriam retirar no trem, que era muito mais eficiente do que uma câmera de vídeo trouxa, aurores esses que, o galês devia salientar para si mesmo, eram chefiados por ninguém menos que Harry Potter, O Garoto Que Sobreviveu, O Garoto Que Mandou Voldemort Comer Grama Pela Raíz E Salvou A Bunda de Muita Gente. Será que o corvinal acreditava mesmo que a palavra dele, a mísera palavra dele, valia mais do que todas as provas reunidas por aurores treinados por Harry Potter? Santo Deus, o que tinha acontecido à Corvinal – e a todas as outras casas, porque ele não era de discriminar ninguém – depois de todos os anos que ele estudou?

-Charles, por favor, respeite sua inteligência. A ação de vocês foi toda registrada pelos feitiços de segurança. Se quer mesmo que seus direitos não sejam lesados eu sugiro que você não se comprometa mais, rapaz. – aquela, senhores, era a voz da sensatez vinda de ninguém menos do que Sir Arundell, Cavaleiro da Rainha e pelo menos mais um título, com pensamentos que eram o puro retrato do enfado e desapontamento. Llywelyn só pode assentir, empático.

- Quer dizer que, além de tudo, obrigaram um pobre garoto nascido trouxa, vindo lá do outro lado do oceano que sim, estava infringindo as regras, mas era quase por necessidade, a lamber o chão? É isso mesmo que eu entendi? Coagiram uma pessoa que já sofre preconceito tanto no mundo bruxo quanto no mundo trouxa, por sua condição financeira e cor da pele, a lamber o chão? Tsc. Os gregos e normandos tinham razão. Todo mundo aqui é bárbaro viu. E o bastardinho. – ele olhou de esguelha para Sir Kenneth, só para dizer que não tinha sido um completo autista durante os fatos anteriores.

- E que saber mais uma coisa? Não sei porque é que vocês estão tentando fazer tanto drama assim. O quê? Não pararam para pensar no que é que estavam fazendo ao estuporar, usar as Artes das Trevas, explodir, incendiar, quase cegar um bando de criancinhas e agora querem o que? Serem parabenizados por isso? Ganhar estrelinhas? Porque não é assim que a coisa acontece não, viu. E enquanto vocês pleiteiam belamente aqui por direitos que nunca foram lesados, porque isso aqui é uma detenção que está no pleno direito dos professores aplicarem, regras as quais vocês expressamente aceitaram assim que se matricularam nessa escola, nós estamos nada mais e nada menos do que zelando também dos interesses dos pobres coitados que vocês quase mataram no processo! – ele não levantou a voz mais do que um décimo, mas suspirou quase cansado, talvez mais desapontado do que o colega. - É sério isso? Porque me desculpa, esqueci de trazer um cookie para cada um. Vá. Vocês fizeram tudo isso – e nem adianta espernear, por mais que não entre na cabecinha de vocês, temos sim provas – e agora, meus queridos, vocês que aguentem as consequências.

E, sem mais, muito satisfeito consigo mesmo e ainda completamente decepcionado com seus alunos, ele deu um passo para trás ao mesmo tempo que dava um tapinha no ombro do professor Coen e entregava o comando de volta a ele. Até porque, depois de todo esse sopro, precisava de um copo d'água.

- É isso aí, cambada, vocês ouviram o Professor Llywelyn. - o chefe da sonserina parecia quase impressionado, se é que ele podia se impressionar com alguma coisa, enquanto gesticulava vagamente em sua direção - Se vocês quiserem brincar de júri popular aqui, lavar roupa suja, ok, façam como quiser. Mas eu já adianto que não vai adiantar de nada. Nesse exato momento, eu não tô aqui pra bancar o juiz. Nenhum de nós, aliás. – ele olhou para os outros professores ao falar, ganhando confirmações em resposta, para depois dar de ombros e se afundar ainda mais no seu pufe - Minha sugestão? Guardem o blábláblá de vocês pra depois, como já alertei a amiguinha chorosa ali. Porque, até agora, vocês não fizeram muita coisa além de afundar mais na detenção. Né, Alleborn? – ele acrescentou, com um gesto de cabeça enquanto olhava para a grifinória.

E depois de caminhar para Elliot Pointer, entregar a ele o tal lanche hipoalergênico preparado especialmente para sua pessoa, Llywelyn também se sentou, o copo d'água em suas mãos logo em seguida, se perguntando quanto é que Hogwarts cobraria pela quebra do contrato que eles tinham firmado.


Antes de mais nada, Llywelyn tem os Feitos “Sensitivo: Pensamentos” e “Maestria em Percepção” e, nesse caso, o combo faz com que seja possível que ele tenha leituras de todos os presentes, salvo aqueles que possuem, por exemplo, o Feito Oclumante.

Resumo:


Última edição por Roderick Carwyn Llywelyn em Sex Set 07, 2012 5:31 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Editando para se adequar à nova regra de ter um link para o post anterior.)
Roderick Carwyn Llywelyn
Roderick Carwyn Llywelyn
Professor

País de Gales
Age : 55
Sangue Puro

Cor : #008B8B

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Vagão dos Professores - Página 2 Empty Re: Vagão dos Professores

Mensagem por Mimi D. Wolfsbane Sex Ago 17, 2012 4:17 am


Mimimi .VI

Mimi pensava em bolhas e depois em borboletas, então em borboletas dentro de bolhas. Insistia em arrumar a toalha no cabelo, que deslizava frequentemente, apenas empurrando o montinho de um lado para o outro. A sonserina parada a porta parecia daquele tipo bem ‘Não me toque’ e a grifinória nem fazia questão. “Não gosta da minha cara então que alfinete seus próprios olhos, pois não vou mudar.” Pensou depois de ser fuzilada e jogada de lado. Na verdade aquilo não tinha importância nenhuma, pois sua consciência estava limpa em tentar ajudar a recémchegada, mas que já era figurinha repetida do baralho de Hogwarts. Voltou a seu lugar de origem ao lado dos colegas.

Enquanto alguns faziam drama Wolfsbane meditava sobre uma viagem interplanetária. Nunca conseguia ficar com os pés no chão por muito tempo, quando estava entediada então é que tudo piorava. Não prestou atenção conscientemente – o que não exclui o inconscientemente – na discussão, apenas consentindo com a cabeça toda vez que escutava seu nome. Pediu uma bala para Elliot esticando a mão, se ela estava entediada, ele então. A dupla da grifinória costumava ter passagens frequentes em detenções, portanto aquela burocracia trivial não era nenhuma novidade, mas agora o pessoal chorando por algumas horas de serviço tão precipitadamente era deprimente.

Um sorrisinho confuso surgiu na boca de Mimi ao ver o tapão que Isadore levava. Não pensou em fazer alguma coisa, primeiro porque conhecia a Alleborn e, portanto, respeitava a forma de expressão da amiga. Segundo que por mais que Isadore fosse cega ela ainda era toda cheia de ‘nhemnhemnhem’ e desprezo. Aquela briga não parecia desproporcional, aos olhos de Mimi, assim continuou sentada viajando no ritmo do tapa. Vez ou outra ela olhava Elliot, procurando algum tipo de sinal, ou então os outros membros da cabine, mas todos pareciam concentrados no teatro típico dos ‘pomposos’. Era, de fato, amiga do Baudelaire, mas ela mesma sentiu vontade de estuporar ele várias vezes por ter sido um irresponsável ao botar fogo no trem. ”Muito esperto, não é a toa que nem consegue amarrar a própria prima.” Seus pensamentos não eram maldosos, apenas não apreciava quando Charles tinha aqueles surtos de loucura, provavelmente de família, e saia por ai causando. Não gostou também de ouvir a história sobre Chester e na verdade ela não gostou de nada, quer dizer, gostou do banho no banheiro luxuoso do Expresso, mas em relação aos fatos que colocaram a turminha ali, ela não gostou de nada. (Não sabia exatamente os detalhes do problema da Born, mas podia imaginar as proporções.)

Levantou-se ignorando o falatório, mas com os olhos meio que encarando o chefe de poções. Ele até que parecia um cara diplomático, mas estes sempre são os piores quando estouram, e não queria estar na mira dele caso ele ficasse realmente bravo como Azazel costumava ficar. Na mesa dos aperitivos ela preparou sanduichinhos, pensou em levar para todos, mas certo grupo em especial parecia ocupado (Coen, Alleborn, Isadore, Charles, Chester e Kayra) então ela pegou um com um guardanapo e colocou ao lado do homem com a prancheta, depois pegou mais dois sanduichinhos com guardanapo, um em cada mão e levou para Elliot se sentado ao lado dele. - Então você ouviu sobre o atentando? – entregou o lanche e falou baixinho enquanto todos pareciam distraídos. - Quando me trouxeram para cá ouvi dois Aurores conversando. O que você acha? – perguntava pensativa como se o amigo tivesse escutado a mesma conversa que ela.

Deu a primeira mordida no pedaço de pão quando sua atenção se voltou para porta, onde via sua melhor amiga e a outra garota, provavelmente, escocesa da cabine. Prendeu sua atenção ao que estava acontecendo, mas continou devorando o lanche. O homem discursava sobre os atos inconsequentes do grupo e Mimi sentia vontade de rir de ”Como eu posso pegar detenção por quase cegar uma pessoa cega? mas se segurou ao ser lembrada que seu ato envolveu crianças inocentes que poderiam se ferir no processo. Realmente, não tinha graça. O professor então veio entregar o ‘suposto’ lanche de Elliot. - Não me lembro dele ser hipoalgumacoisa. – comentou para si mesma e dando de ombros para o fato.

Levantou-se novamente pegando o restante dos sanduiches e entregando aos outros, inclusive ao auror na porta. Voltou saltitando para seu lugar, como se sua situação fosse trivial demais para qualquer outra reação. Dobrou as pernas em cima do estofado apoiando o queixo na mão e o cotovelo na perna. - Elliot será que estamos voltando aos tempos difíceis? – Perguntava realmente interessada em saber a resposta. Falar com Elliot era quase como falar consigo mesma, não costumava esperar respostas dele, mas desta vez sim.

Resumo:

Like a Star @ heaven
Mimi D. Wolfsbane
Mimi D. Wolfsbane
Aluna

Série 4º Ano

Rússia
Age : 25
Sangue Puro

Cor : cormimi

https://www.facebook.com/rayara.fragoso

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Vagão dos Professores - Página 2 Empty .::Capítulo VI::.

Mensagem por Elliot B. Pointer Sex Ago 17, 2012 9:50 am

No episódio anterior...:
. Capítulo VI .

Elliot observou a mão estendida de Mimi e depositou alguns mento’s na mão da garota. Por mais que ele adorasse trollar a garota, tirar onda com ela, deixá-la enfurecida e cositas más... Ele tinha que admitir, após andar com todos os Pointers, ela aprendera a ter dignidade o suficiente a não gastar energia com o que é desnecessário – exceto em casos de trollagem por parte dele, mas ele pagara “Especialização: Trollar Mimi” e “Maestria em Perícia: Trollar Mimi” na ficha dele e por isso ele dava um desconto, afinal era um caso especial. Olhando pra garota e olhando de volta pros demais, ele deu de ombros, como se dissesse “é, né”. Vendo-a levantar-se pra pegar comida, arqueou a sobrancelha e deu uma risada silenciosa, deixando o ar escapar pelo nariz. Era muito folgada mesmo. Só Mimi pra estando em detenção, aproveitar-se disso pra usar o banheiro dos professores e pra ficar pegando comida assim, como se fosse uma convidada ali, na maior cara-de-pau. Quase gargalhou alto, mas isso chamaria atenção demais. Por demais, depois faria companhia a ela na ida à comida, primeiro queria terminar de sentir o ambiente.

— Então você ouviu sobre o atentando? — ele pegou o lanche entregue pela garota, enquanto prestava atenção na pergunta dela. — Quando me trouxeram para cá ouvi dois Aurores conversando. O que você acha?

— Eu bem tinha achado estranho esse trem partindo num sábado, quando o semestre letivo começa numa segunda e o domingo será vago... É dispêndio demais. — murmurou ele. — Mas se for a sério que queriam explodir o Expresso, acho que isso só pioraria as discussões acaloradas da independência da Escócia... Seja como for, não eram Hit-Wizards que estavam envolvidos. Eram aurores. — Elliot olhou de canto de olho para o homem que limpava copos. — E eles ainda estão aqui... Não é só questão de explosão, envolve Magia Negra. E nesse sentido, as bombas podem ser mais criativas do que um simples “e de repente... Boom”. Talvez Fae estivesse intuitivamente certa quando perguntou ao descermos pela janela “Se é assim que o Apocalipse Zumbi começa”. Hogwarts é um internato isolado, tudo bem que continua mantendo contato com o mundo exterior, mas é um ótimo laboratório pra coisas como experimentos com magia negra. Uma ou duas crianças, vulneráveis, infectadas por um vírus ou uma bactéria... Quando mais pessoas estiverem infectadas e o vírus eclodir, sabe-se lá quantos estarão intactos e, mais importante, quanto tempo permanecerão assim. Olha esse vagão, com ar climatizado. Uma única ampola aqui e todos estaríamos perdidos e podíamos nem perceber isso... Talvez estivesse na comida. — e dito isso ele mordeu o sanduíche. — A confusão que a gente realizou não colocaria quarenta aurores aqui... Eu no lugar deles teria aproveitado a deixa para colocar meus agentes no trem pra investigar de forma discreta. Talvez não tenha apenas uma bomba... Talvez alguém aqui, um dos alunos em meio a esse trem, seja a bomba... — ele deu de ombros, deixando-se encostar no sofá. — Eu sei, teria sido mais simples cancelar a viagem. Mas aí perderiam o rastro de alguém que podem estar tentando prender há anos... O Sr. Potter pode ser o chefe dos aurores, mas Skinner também era o chefe do FBI e a gente sabe como o grupo do canceroso manipulavam as coisas... Pra bem ou pra mal.

Elliot abriu um sorriso pra ela, quando viu na porta sua irmã e a outra escocesa, Molly. Ele ficou sério, vendo Fae tentando conversar com o professor Coen. Fae, tudo bem... Mas por que a Molly estava ali? Ela parecia muito mais alguém que queria ficar fora daquilo tudo, não iria vir mexer no cacho de marib... Ele lembrou-se da gravata. Enfiando a mão no bolso do sobretudo, percebera um pequeno movimento dentro dele. Retirando o que restara da gravata, ele viu um esquilo vermelho. O esquilo da Molly. Com uma expressão de poker face, ele abriu um sorriso sem graça pra Molly, que ele podia ver mudando o tom de expressão facial pra o de alguém que vai entrar e mordê-lo até fazer com ele o que o esquilo fizera com a gravata. Pensando rapidamente, puxou um lápis e um bloco de notas do bolso e escreveu instruções pra irmã.

O vagão-restaurante está no meio do trem, se houver movimentação, os aurores terão de passar por lá. Permaneça lá e observe tudo, mas não os provoque.

Terminado o bilhete, ele o prendeu na pata do esquilo. Apontando pra Molly, direcionando o esquilo na direção dela, ele soltou o mamífero que correu na direção da dona, ainda com restos de uma gravata na boca. Vendo o esquilo subir no ombro de Molly, enquanto o professor fechava a porta, ele gesticulou pra Fae, girando a mão direita no pulso esquerdo e apontou pro esquilo. Com a porta fechada, ele enfiou a ao no bolso do sobreturo e retirou uma bow-tie, colocando-a. Vendo que Mimi o observara, apenas deu de ombro e falou baixo:

— Disse pra ela ir pro vagão-restaurante e observar os aurores sem mexer com eles. Depois vou querer saber tudo com detalhes, porque se tem alguém que pode dar mais informações sobre o que está acontecendo, são eles.

Recebendo o lanche do professor, ele abriu um sorriso largo e agradeceu com um aceno de cabeça. Sentindo o cheiro, ele cerrou um pouco o olhar e colocou na mochila. Devolveria depois pra Molly, certamente era da garota – Fae nunca prepararia porridge e estavam sem tempero, o que indicava que o sal e o açúcar seria adicionado depois, ao gosto da pessoa, o que ia contra algo que pudesse ser comprado industrialmente. Então era algo artesanal e como o vestido da garota escocesa era bordado à mão, ele não precisava ter torrado tanto ponto e Inteligência pra fazer a dedução óbvia de que dois mais dois é quatro. Pegando novamente um sanduíche de Mimi, que já estava sentindo-se tão em casa que estava servindo a todo mundo na maior cara-de-pau – ato esse que o fizera quase gargalhar novamente. Ouvindo a pergunta da garota sobre tempos difíceis, ele respondeu com outra pergunta:

— Quando eles estiveram fáceis? Acho que a diferença de antes e agora é que estamos crescendo e isso tenderá a nos envolver... “Você encontra a Aventura ou a Aventura encontra você”. — ele abriu um sorriso e voltou a comer o sanduíche.


Spoiler:


Elliot B. Pointer
Elliot B. Pointer
Aluno

Série 4º Ano

Escócia
Age : 26
Mestiço

Cor : darkred.

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Vagão dos Professores - Página 2 Empty Re: Vagão dos Professores

Mensagem por Gabriella Alleborn Sex Ago 17, 2012 10:19 am

Spoiler:

    A raiva pelas atitudes dos Baudelaire ainda continuava ali, entocada, mesmo com todo o discurso. Apenas alimentando o monstrinho que havia dentro de si. Quase não vira quando Fae, uma menina que ela não conhecia e logo após, bateram a porta falando alguma coisa sobre alimentar Elliot... O que ela sabia ser apenas uma jogada para invadir o recinto. O que não dera certo, então provavelmente a próxima tentativa seria entrar como uma bomba... Ou então havia alguma coisa no pacote para Elliot dar um jeito de se virar sozinho. Ou era alguma coisa mais criativa do que o aborrecimento a permitia pensar.

    E com a reação discreta do professor de Astronomia (que ela preferia chamar de Dolben II para não ter que se preocupar com a pronúncia) – que resolvera poupar o auror que as acompanhava de exercer também a função de porteiro – para Anna Blanche, sequer notou a presença da menina, o que era até bom: Anna sabia diferenciar seus níveis de aborrecimento, ficaria em pânico se a visse naquele estado. Podia contar nos dedos as vezes que ela sustentara aquele olhar rancoroso e a maioria delas envolvia as atitudes duvidosas de Alleborns.

    Não estava preocupada com os cochichos dos demais, mas não pudera, também, deixar de captar a voz alta de Chester dizendo que fora obrigado a lamber o chão e aquilo só a fez fechar os punhos com mais força. Era aquele tipo de atitude submissa que Gabriella odiava em Chester, além da tendência a pagar de traidor se fosse para salvar a própria vida. O garoto tinha potencial para Duelos, era corvinal mas não necessitava temer, não precisava se curvar as vontades de ninguém. Dos males o menor, porque ele reagira finalmente. Duas vezes se contar com a defesa que acabara de lhe proporcionar.

    Para seu próprio bem, ignorou a defesa desesperada do Baudelaire de calças, afinal, com uma tia no Esquadrão de Aurores ela nem fazia questão de mentir para eles, o jeito era se entregar e esperar o chicote. A bronca homérica que proveio de Dolben II, logo em seguida, agora finalmente colocando o professor cretino de História da Magia em jogo, no entanto, foi o mais estranho de tudo e isso que a chamara atenção em definitivo. Pela primeira vez na vida ela não se sentia o alvo. Tinha a leve e incomoda sensação de que estava levando esporro demais por coisa de mais.

    Primeiro que o incêndio que ela havia provocado dificilmente se alastraria, e a amiga que criara para Dolben em sua bochecha não era motivo para alarde, porque ela merecia. Depois, ela não havia usado Arte das Trevas – pelo contrário, esperava ter deixado bem claro que odiava aquilo mais que qualquer coisa –, não havia tentado cegar ninguém (... Ok, talvez só Dolben em algum golpe mal mirado no rosto), não havia explodido nada, e ela jamais tentava se defender de suas culpas, como informou a Gupta (sentira uma pontada de tristeza misturando-se ao caos interno, enquanto se educava mentalmente a chama-lo pelo sobrenome).

    De fato, a única coisa que ela sentiu que estava dirigindo-se severamente a ela veio do carrasco barbudo.

    - É isso aí, cambada, vocês ouviram o Professor Llywelyn. Se vocês quiserem brincar de júri popular aqui, lavar roupa suja, ok, façam como quiser. Mas eu já adianto que não vai adiantar de nada. Nesse exato momento, eu não tô aqui pra bancar o juiz. Nenhum de nós, aliás. – Ela jamais esperaria apoio da parte docente, de qualquer forma, seu ponto era sempre deixar bem claro suas opiniões, principalmente em casos como aqueles. – Minha sugestão? Guardem o blábláblá de vocês pra depois, como já alertei a amiguinha chorosa ali. Porque, até agora, vocês não fizeram muita coisa além de afundar mais na detenção. – Coisa que Gabriella também não ligava, por sinal. Ainda tinha calos nas mãos por conta da última detenção antes das férias. – Né, Alleborn?

    Gabriella respondeu o olhar do professor virando o rosto. Infelizmente não poderia demonstrar mais toda a sua falta de respeito cruzando os braços, porque eles já estavam cruzados.

    - Grandes coisas. – murmurou, deixando todo o seu péssimo humor do momento ser expresso. Sua visão periférica captou outro sorriso irritante do professor. Preferiu ignorar o que quer que fosse que o gesto queria dizer.

    Na verdade, ao mesmo tempo em que Mimi voltava da mesa de quitutes e começava a cochichar com Elliot alguma coisa que deveria ser importante (pela cara que ambos faziam), Gabriella levantara-se indo em direção do que parecia ser a porta.

    - E a senhora, vai aonde? – A voz do barbudo soara num tom de quem não se importava. O que chegava a ser irritante de tão contraditório: ele não perguntaria se não se importasse realmente. E certamente bem queria sair e encontrar o aconchego do namorado, mas apenas fora até a segunda maior poltrona que achara, que felizmente ficava bastante visível aos professores, porque ela não estava afim de ser pega de surpresa enquanto dormia.

    - Superar uma vaca – para que maneira o vocabulário com professores, se eles já haviam escutado coisas piores ao longo de suas vidas, não é mesmo? – tentando roubar meu namorado, a perda de uma amizade de anos – a voz de Sanjaya Gupta dizendo “Do time não” repercutira em sua cabeça –, um feitiço de Artes das Trevas – a careta de quem não estava arrependida nem um pouquinho da Baudelaire piscou em vermelho em sua cabeça –, e, ah, um jogo de merda de 27 horas. – E a cena do árbitro ignorando uma das batedoras das Harpias empurrando o artilheiro dos Falcões para cima do goleiro fora a cereja do bolo. Ah, aquela era a trigésima falta contra os Falcões que ele ignorara.

    O que ela não esperava era que Coen novamente fosse abrir a boca, por outro motivo que não fosse um sermão.

    - ... Ok, aquele jogo é motivo pra uma tromba dessas. – Ele disse e pela primeira vez ela captara um tom de sinceridade que não era coberto por uma camada de três quilos de tédio ou indiferença.

    A menina Alleborn erguera a sobrancelha, como resposta inicial, ao que se deitava confortavelmente, com os pés no apoio da poltrona, e os braços apoiando a cabeça. Seu olhar cravado no teto. Não era porque descobrira que havia professores de Poções que, por alguma intervenção divina, gostavam de quadribol que aquilo iria amenizar seu humor. Pensou, inclusive, que o homem se daria bem com Arundell (aliás, parecia já conhece-lo mesmo) – outro milagre divino considerando a matéria que ensinava –, cujo único assunto interessante que conseguia propor na aula era relacionado a quadribol. As únicas aulas de História que Gabriella não só não caia no sono, como participava.

    - Aquele juiz existir é que é um motivo pra se cometer um crime. – Respondeu, a mente vagando entre as imagens revoltantes do jogo.

    - Verdade. Mas- – ele suspirou –, como eu disse, eu sou um eterno otimista. Consegui passar umas oito horas acreditando que a arbitragem tinha começado mal, mas ainda podia se salvar. – E fora ali que Gabriella começou a duvidar do que seu cérebro andava apitando desde que o vira: ele não podia ser tão sonserino com uma expectativa tão lufana daquelas.

    - Cara, em 3 horas meu namorado estava tendo que me segurar pra eu não invadir o campo e usar o bastão na cara de todo mundo ali. – Um de seus pés começara a balançar impacientemente. – Os Falcões tiveram uma atuação muito frouxa e aquelas menininhas ficaram abusando disso. – Virou o rosto para o professor. – 'Tava querendo mandar pó-de-mico por carta, pro cara, que acha? – Gabriella não sabia direito dizer se aquilo era mais um teste para saber os limites do professor ou era sua vontade absurda de prejudicar o árbitro.

    - Por que não um berrador descarregando tudo que ele errou em detalhes, entregue em algum local público? – O impacto a frase, dita num tom bastante sugestivo, acompanhada de um olhar de canto, a fizera arregalar um pouco os olhos. – A entrada da Liga, por exemplo? – Mas como ela não era de ficar muito tempo surpresa, um sorriso maroto logo veio à tona. E pensando bem, era um milagre que alguém tivesse lhe arrancado um naquelas condições... Sua cérebro estava se empolgando demais – provavelmente o juiz pagaria pelos pecados da sonserina cega.

    Além do que, a coisa toda ser feita na entrada da Liga era pedir para o cara nunca mais ter coragem para colocar o pé fora de casa. O mundo toda vinha para os jogos.

    - Taí, gostei. – A ideia fora tão empolgante que ela se prestara a virar o corpo todo de lado, para que pudesse debater melhor. – Mas bem, podia ser um em cada jogo. Digo, se a coisa for longa demais vai dar tempo fazerem algo pra ajudar o cara. – E ninguém queria um filho da mãe daqueles sendo socorrido. Até porque, imaginava que a torcida estaria ávida para ouvir até o final tudo que cuspiu durante o jogo, que o cara ignorara (apesar de que em 15h de jogo a torcida dos Falcões já tinha até rima pronta pro cara e isso ele com certeza ouvira).

    - Agora você tá começando a pensar. Ponto. – Ele alfinetou, com um sorriso preguiçoso no rosto. Recebeu uma careta feia de retorno.

    - Eu sempre penso. Só que minha mente funciona especialmente nesses casos de fazer justiça. – Bom, o problema, para os outros, supunha ela, é que ela chegava a conclusões tão rápidas que os demais não conseguiam acompanhar sua linha de raciocínio... E aí lhe davam detenções, ou começavam a achar que ela era uma praga bíblica. Fez uma pequena pausa antes de continuar, refletindo sobre as possibilidades. – Tipo, 'cê vai participar da coisa também ou só vai querer ver o resultado?

    - Da coisa? – Ele pareceu pensar por uns momentos antes de lembrar o assunto principal da conversa. Ele era lento mesmo assim? Se fosse, as aulas de poções seriam mais animadas do que nunca... Ela poderia dormir em paz sem que ele nem notasse. – Ah, certo. O berrador. – Disse, com o ar pensativo, que aparentemente morreu com o bocejo que ele dera. – Pode me manter a par dos resultados. Me contento em ser o mentor intelectual.

    Gabriella bufara, a impaciência voltando um pouco. Era esperar demais que um professor fosse tão longe, mas tudo bem, ela podia remediar aquilo. E que era aquilo de mentor intelectual? Uma hora ele saberia que, na verdade, era bem capaz de ser o contrário.

    - Puff. Gente sem coragem. Mas relaxa, vou te dar os créditos no berrador. – E escutando um “Fechado” de resposta, voltou-se novamente para o teto, fechando os olhos, dando um último pequeno sorriso. O plano era dormir pelo resto da viagem, saciar a fome de trasgo que lhe acometeria (porque após tudo aquilo a coisa que menos sentia era fome), e em seguida dormir de novo, desta vez nas camas de colunas do dormitório feminino. Dentre isso tudo, poder superar todas as mazelas do dia e ter seu humor de volta. Era cansativo demais odiar e sentir tristeza ao mesmo tempo.
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Mensagem por Charles Baudelaire Sex Ago 17, 2012 1:49 pm

"Resumo e OFF":



tititi


( vamos ver como fica em primeira pessoa... )



- (...) Coagiram uma pessoa que já sofre preconceito tanto no mundo bruxo quanto no mundo trouxa, por sua condição financeira e cor da pele, a lamber o chão?

Bom, quem está dizendo isso é você, pensei com impaciência. Se sabiam então que eu havia coagido Chester, onde estava o resto dos malfeitores? Afinal, Roxanna - principalmente ela - e Michael também participaram da brincadeira e ainda assim não estavam ali. Aliás, ninguém ao menos tinha citado o ocorrido quando Rox apareceu na porta. Se aquela era a justiça de Hogwarts, qualquer coisa que eu dissesse realmente só me comprometeria, como falara o respeitável professor Arundell.

- Bem, eu disse que, se houvesse provas, ficaria feliz em assumir a culpa... - Repeti para que os surdos ouvissem, mas Roderick estava tão entretido em seu monólogo que nem se deu ao trabalho de me responder. Ademais, se eu soubesse que ele estava lendo meus pensamentos, nem me daria ao trabalho de verbalizá-los - e se ele o estava fazendo, certamente não precisava parar para me dar atenção. Não que eu fizesse questão dela, só não gosto quando deturpam minhas palavras.

Não bastasse isso, o muito preocupado professor de Poções resolvia bater um papo quadribolístico com a estúpida Alleborn. Olhar pra ela me dava asco, então tratei de não fazê-lo por muito tempo. Sinceramente, eu ainda estava me castigando por ter ficado tão vulnerável e de uma maneira tão fácil quando Isadore fora agredida, mas sabia que, em tudo que tivesse relação com ela, eu jamais teria muito auto-controle. E isso era desesperador pra mim. Odiava a simples ideia de fugir à minha racionalidade, mas eu também tinha consciência de que aquilo estava acontecendo com frequência no Expresso. E era tudo culpa de Isadore, afinal, ela que tinha acabado com meu bom-humor algumas horas antes. Se não fosse por isso, nunca teria perdido meu tempo dirigindo a palavra a um sangue-ruim como Chester, consequentemente nunca teria o coagido e, portanto, não teria sido estuporado e tampouco teria tocado fogo no trem.

Ainda assim, ignorei completamente o sermão patético do professor porque se tinha uma coisa que eu não era obrigado a fazer era prestar atenção em gente que não sabe o que fala. Sabia que minha arrogância muitas vezes poderia me cegar ou prejudicar meu bom-senso, mas honestamente? Nada mais que qualquer docente dissesse naquela cabine poderia me deixar mais entediado, e depois que Maor simplesmente lavou as mãos ao ver uma aluna ser agredida - e inclusive resolvera fazer amizade com a agressora - percebi que, se os outros professores fossem daquele jeito, aquele ano em Hogwarts seria insuportável e a docência estava comprometida. Na verdade, eu esperava esperançosamente o momento em que me botassem em qualquer detenção e me livrassem de ter que olhar para aquelas caras sujas e mestiças, inclusive a dos professores. Cheguei a quase mentalizar uma súplica para que me deixassem lavar latrinas - ainda que isso fosse a coisa mais humilhante que eu poderia fazer na vida - porque nem isso seria tão tortuoso quanto ter que continuar naquele recinto cheio de gente dramática e tagarela.

Virei-me então para Isadore. Àquela altura e com tanta gente me enchendo o raio do saco, nem me concentrei em odiá-la.

- Precisamos comunicar Damién. - Eu disse para que somente ela ouvisse. Damién era o advobruxo da família, e provavelmente o melhor de toda a França. - Se Gabriella não for obrigada a pelo menos ficar amarrada pelos pés e mãos numa sala escura e fria enquanto alguém lhe dá chicotadas, faço questão que Gaius meta um processo nas fuças dela. E naquela criatura que chamam de professor também, por ter sido negligente. Aliás, nele e em todos os docentes, porque ninguém aqui parece se sentir inclinado a punir a Grifinória.

O que era verdade. Bateram a porta na cara de Roxanna quando ela estava só tentando ser justa, mas receberam as duas outras grifinórias com todo amor, carinho, atenção e mimimi. Não era possível que só eu conseguisse enxergar a tamanha injustiça que estava sendo feita naquela cabine. E é, eu nem me preocupei muito com meus próprios direitos, tudo que me importava era acabar com a vida de Gabriella. Na verdade, aquela era meu novo objetivo de vida, visto que todos os outros eu já tinha alcançado. Chester que se contentasse com seu troféu de "estuporei um sextanista", porque a mínima importância que outrora eu dera a ele já havia acabado.

- Bien sûr, Charles - Respondeu Isadore, muito séria, e depois aumentou um pouco o tom de voz quase que para que a ouvissem propositalmente - Se aqui as cartas estão marcadas, teremos que trazer nosso próprio baralho.


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Mensagem por Chester Lewis Seg Ago 20, 2012 11:55 pm

VIII - EU QUERO MINHA VARINHA! Sad


- Não me lembro de ter encostado a mão no senhor, sr. Lewis. E tampouco tenho culpa se o senhor tem gosto pelo sabor dos carpetes, não o obriguei a fazer nada. Quando tiver provas do que está dizendo, ficarei feliz em assumir a culpa. Até lá, lavo minhas mãos. - Lewis ouvia Baudelaire falar cada palavra com um sinismo incrível, embora muito convicente, parecia uma característica nata daquele sujeito enganar as pessoas. Os pensamentos de Lewis se ordenavam entre "Mato ele agora na porrada ou quando conseguir pegar minha varinha de volta?", com pesar tinha em mente que sua palavra não valeria nada contra a palavra do herdeiro das vassouras, que armas ele teria para lutar judicialmente? Não tinha dinheiro nem para comprar um livro de feitiços avançados, quem dirá contratar um advogado bruxo, ouviu o professor Coen responder - Charles, por favor, respeite sua inteligência. A ação de vocês foi toda registrada pelos feitiços de segurança. Se quer mesmo que seus direitos não sejam lesados eu sugiro que você não se comprometa mais, rapaz. - Um leve sorriso foi esboçado no rosto de Chester, as coisas não estavam tão ruins assim, com imagens ficaria fácil conseguir provar o ocorrido, o jogo começava a se reverter, ele só precisava usar as cartas certas.

O professor de Astronomia agora entrava no assunto dando seu parecer sobre a situação - Quer dizer que, além de tudo, obrigaram um pobre garoto nascido trouxa, vindo lá do outro lado do oceano que sim, estava infringindo as regras, mas era quase por necessidade, a lamber o chão? - Chester ouvia os dizeres do professor fazendo movimentos com a cabeça e com a mão como se dissesse "É isso aí!", enquanto isso o professor deu continuação - É isso mesmo que eu entendi? Coagiram uma pessoa que já sofre preconceito tanto no mundo bruxo quanto no mundo trouxa, por sua condição financeira e cor da pele, a lamber o chão? Tsc. - A feição do garoto começou a mudar aos poucos meio que como se pensasse "Ok, ok, todo mundo aqui já entendeu que eu sofro, não precisa esculachar também", entretanto Roderick prosseguia - Os gregos e normandos tinham razão. Todo mundo aqui é bárbaro viu. E o bastardinho - Chester viu o professor fitar Sir Kenneth no canto da sala e logo após dar continuidade ao falatório - E que saber mais uma coisa? Não sei porque é que vocês estão tentando fazer tanto drama assim. O quê? Não pararam para pensar no que é que estavam fazendo ao estuporar, usar as Artes das Trevas, explodir, incendiar, quase cegar um bando de criancinhas e agora querem o que? - "Eu só queria minha varinha" pensou o menino Lewis ainda procurando seu único pertence que poderia ter algum valor, aliás, onde estaria? Onde o professor Coen guardaria as varinhas?

- É sério isso? Porque me desculpa, esqueci de trazer um cookie para cada um. Vá. Vocês fizeram tudo isso (...) e agora, meus queridos, vocês que aguentem as consequências. - "Desculpa professor, mas não faz meu estilo ficar aqui sentado enquanto aurores estão no vagão", era óbvio que uma hora Chester iria desconfiar daquilo, qual seria o real sentido de um esquadrão de "policiais bruxos" estar vistoriando um trem de crianças? Claro que existia alguma coisa além de um possível incêndio e Lewis iria descobrir isso, matutava coisas que claramente faziam alusão a filmes de ficção científica e ação, alguma coisa estava acontecendo e ele iria descobrir. Viu o professor Coen se direcionar até Elliot e entregar um embrulho, claramente parecia um lanche, mas porque receber um lanche em um local cheio de comida como aquele vagão? Alleborn não estava mais próximo dele, estava conversando com o professor Coen que já estava um pouco distante de Elliot, só deu para ouvir algumas palavras que deram para Chester deduzir que se trava sobre quadribol. Levantou da cadeira e foi até a mesa, olhando atentamente todo o recinto, procurando portas, janelas e qualquer lugar onde seria possível o professor Coen ter guardado as varinhas dos alunos. Pegando um dos sanduíches sobre a mesa caminhou até Elliot e Mimi e disse - Ok, não sei como a banda toca aqui no mundo bruxo, mas o alto esquadrão policial trouxa não vai apagar fogo em expressos, existem os bombeiros para isso, vocês viram algo de estranho?

- Concordo com você...Tem caroço nesse angu, mas ouvi sobre um atentado e uma bomba. - Disse Mimi arqueando a sombrancelha, Chester fez um aceno positivo e Elliot prosseguiu- 40 aurores vieram aqui hoje, parece que vieram remover uma bomba e alguns deles estão no trem - "Como assim uma bomba?" pensou Lewis, sentou do lado de Mimi e continuou - Então se ainda estão aqui é porque é possível haver mais bombas - Olhou de canto de olho para a linda meia-veela no canto da sala, mas antes de tomar qualquer medida deveria encontrar sua varinha, como já havia mapeada toda a sala no ato de pegar o sanduíche, tentava investigar onde Coen teria colocado ela.

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Mensagem por Chester Lewis Ter Ago 21, 2012 3:11 am

Não sabia que tinha mudado e agora tinha que rolar o dado no post. X.X
Sendo assim, rolando o dado agora para teste de PERCEPÇÃO
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Mensagem por RPG Enervate Ter Ago 21, 2012 3:11 am

O membro 'Chester Lewis' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
Vagão dos Professores - Página 2 D20-dnd-dice-roller-5
Resultado : 20
RPG Enervate
RPG Enervate
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Mensagem por Fae B. Pointer Ter Ago 21, 2012 7:19 pm


VII
E se alguém lesse o diário de Fae Blake Pointer?

E conforme escutava o professor de Astronomia o sorriso de Fae foi se desvanecendo no rosto como se desfez o sorriso da Sam Winchester ao chegar em casa e descobrir Jéssica pregada no teto. "Os bonzinhos só se ***** nessa mierda" - ela escutou ao mesmo tempo a voz de Turdi ecoar na sua cabeça. - " E depois reclamam quando a gente apronta por trás deles! Quando a gente usa a educação ó só o que ganha" - ela respondeu mentalmente ao sapo enquanto o professor tomava o lanche de Molly de sua mão e se distraia olhando para alguém no corredor atrás delas.

Então a ruivinha aproveitou, esticou-se na ponta dos pés (porque além de todos os defeitos, o cara era grande como a porta na qual estava parado) e olhou dentro do vagão, tentando achar Elliot e analisar todos os pormenores que pudessem ser úteis caso ela quisesse fazer alguma traquinagem. Observou rapidamente os alunos presentes e o clima hostil em suas faces, os professores com seus olhares ferozes cerceando-os como se a qualquer minuto fosse desencadear uma nova guerra bruxa, mas logo seus olhinhos se encontraram com os de Elliot, que estava ao lado de Mimi. Então se sentiu mais confortada, porque nada que aquele homem dissesse iria conforta-la, mas a visão de seu irmão e de sua melhor amiga inteiros, sim! E ele estava mandando o esquilo de Molly e fazendo um gestual que deixou a menina em alerta! Ele ia mandar algo para ela! Fae sorriu para Elliot e deu um tchauzinho, enquanto o professor batia a porta na cara das duas garotas como se elas fossem membros pouco confiáveis da Londres below.

"A dona dentadas-de-grátis não é novata?" Perguntou Turdi naquela forma que eles se comunicavam, um falando diretamente nos pensamentos do outro. "Sim ela está chegando agora e..." a menina abriu a boca ao perceber o que o sapinho queria dizer " Ele SABIA o sobrenome dela! O meu tudo bem ele saber, afinal eu sou aluna dele, mas ela não é! Se ele..."

- Hey, Molly! Você conhecia essa cara antes de hoje? - perguntou a outra ruivinha, seus olhos cor de oliva semi-cerrados em expectativa. Queria ter certeza.

-Não! Você não tem ideia de onde eu vivo, sério. Antes de hoje, eu nunca nem tinha visto um homem que tivesse cabelos muito mais curtos que os meus.

A Fae ficou com muita, mas muita raiva. Se havia algo que ela odiava com todas as forças era que invadissem seus pensamentos, seus segredos sem a sua permissão, apenas porque ela não sabia como bloquear, apenas porque ela era ainda uma menina. Isso era muito injusto! Muito covarde! Era como se tivessem lido seu diário caso ela fosse muggle e escrevesse um! E não havia outra explicação para o professor saber o nome completo de Molly se não tivesse lido seus pensamentos! Fae apenas a havia apresentado como "Molly", e ele a chamou por "MacDowell"! Precisava contar aquilo à Elliot! Precisava vingar-se pelos seus pensamentos roubados, mas sabia que não podia fazer muita coisa contra um adulto, pelo menos não de frente, não de uma forma que ele pudesse saber que havia sido ela. E ainda mais um adulto legilimente. Seu rosto se iluminou com a ideia de aproveitar que os professores estavam trancafiados no seu vagão particular e ir até o vagão de bagagens deixar um pouquinho do seu pó-de-mico recém-adquirido nas cuecas do Senhor Llywelyn. Seria divertido quando ao chegar de viagem excelentíssimo professor trocar de roupa e...e...e...

- Acho que é pra você. – Molly estendeu o bilhetinho para a caçula Pointer e ela lembrou-se do recado de Elliot. Pegou o papelzinho da mão da outra menina com avidez e leu seu conteúdo fazendo uma cara azeda. “ Certo, o acerto de contas vai ficar para mais tarde” pensou a menina Pointer enquanto comunicava a outra ruiva escocesa para onde estavam indo. Ou melhor para onde ela estava indo, já que a outra Molly decidiu navegar por aguas mais calmas e procurar um vagão para dormir. Fae deu um soquinho de leve no braço da outra menina e sorriu antes de dizer:

- Obrigada pela companhia, Molly-dolly! Foi um prazer te conhecer também! Tenha bons sonhos e se algum incubus metido a pedobear aparecer não se esqueça de... – e lá foi uma infinidade de conselhos sobre como lidar com criaturas sobrenaturais safadinhas. Pobre Molly teria sonhos pavorosos, isso SE conseguisse dormir. – Ah, e se alguém mexer com você pode me chamar, eu vou lá e esmago òó/ !


"O que aconteceu???":

"OFF":
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Mensagem por Molly MacDowell Ter Ago 28, 2012 11:41 am

O professor que Molly nunca vira antes começou a falar:

- Senhorita Pointer e Senhorita MacDowell, não é isso?

Como raios ele sabia o sobrenome dela?!? Será que os professores tinham fichas de todos os alunos, com pequenas fotos de cada um coladas no canto superior direito, e ficavam estudando-as durante as férias? Ou o professor teria se utilizado de meios menos éticos para obter a informação?

Distraída com tais devaneios, Molly só voltou a prestar atenção quando percebeu que o homem tomava das mãos de Fae o embrulho artesanal, com um sorriso falso no rosto.

- Não se preocupem, senhoritas, eu pessoalmente irei entregar a sua encomenda para o jovem Elliot – Ainda sorrindo, o professor deu dois tapinhas no ombro de Fae, e um no alto da cabeça de Molly, que a fez estremecer levemente.

Antes que fossem expulsas mais explicitamente, a escocesa percebeu uma movimentação ruiva em sua visão periférica, e logo sentiu Morag escalando rapidamente seu vestido. Em seguida, o professor fechou a porta.

- Hey, Molly! Você conhecia essa cara antes de hoje? - a menina ouviu Fae perguntar, parecendo desconfiada.

- Não! Você não tem ideia de onde eu vivo, sério. Antes de hoje, eu nunca nem tinha visto um homem que tivesse cabelos muito mais curtos que os meus – talvez ela pudesse ter parado no “não”.

Molly então percebeu algo preso à pata de Morag. Com cuidado, removeu o que parecia ser um pedaço de papel enrolado ao redor da patinha do esquilo. Desenrolou-o e leu silenciosamente seu conteúdo. A menina levantou então os olhos para Fae e estendeu-lhe o papel, dizendo:

- Acho que é pra você.

A outra ruiva pegou o bilhete, lendo-o imediatamente. Começou a informar Molly dos seus próximos planos, e perguntou se gostaria de acompanha-la. A garota refletiu um pouco, antes de responder:

-Bem... Desculpa, eu realmente queria ir com você, mas acho que hoje já foi um pouco demais pra mim. Minha cabeça dói e estou meio confusa e desorientada. Acho que vou procurar um vagão vazio e tentar dormir um pouco, para organizar as ideias. Mas foi um prazer te conhecer e... ahn... saltar pela janela de uma cabine. Além de, claro, tentar entrar, sem muito sucesso, no vagão dos professores – Molly riu meio sem graça e concluiu, com um sorriso no rosto - Enfim, nos vemos por aí. Boa sorte com suas investigações!

Fae sorriu de volta e deu-lhe um soquinho de leve, no braço.

- Obrigada pela companhia, Molly-Dolly!

COMO ASSIM?!? O MALDITO E HUMILHANTE APELIDO A PERSEGUIRIA ATÉ AQUI?!? Molly-Dolly ficou tão desconcertada que não conseguiu apreender muitos dos conselhos que Pointer lhe dava, relacionados a criaturas sobrenaturais, principalmente. Porém, prestava atenção, quando a menina disse:

- Ah, e se alguém mexer com você pode me chamar, eu vou lá e esmago!

Com um sorriso no rosto, Molly se separou de Fae, em busca de uma cabine vazia. Fora um dia bastante estressante e com mais emoções do que a garota estava acostumada, mas até que não terminara tão ruim. O ladrão de esquilos estava preso, Morag estava de volta e, aparentemente, Molly havia feito uma nova amizade! Ainda meio chocada com essa última revelação, a jovem MacDowell tinha dificuldades em parar de sorrir, enquanto atravessava os corredores, procurando a cabine ideal.

- Squeak, squeak squeak, squeak!

- Eu sei, menino, eu sei.

Molly revirou os olhos, rindo um pouco, e acariciou a cabeça do esquilo. Então abriu a porta de uma das primeiras cabines de um dos últimos vagões e se recolheu.


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Vagão dos Professores - Página 2 Empty Re: Vagão dos Professores

Mensagem por Kayra Leigh Seg Set 03, 2012 6:37 pm

Spoiler:

Tenho todas as razões pra pensar que isso é uma trama daquela professorazinha fedorenta e mal-amada. Se ela arrumasse um cara grandão, com pegada, que a levasse pra um canto escuro e a chamasse de “minha quenga”, tenho certeza de que pensaria muito menos em mim. Agora cá estou eu, perdida rumo a esse inferno que chamam de escola, coberta de bebida trouxa grudenta e sentada com um monte de gente que, em outras circunstâncias, não se aproximariam nem cinco metros de mim.

Minha crise de choro saiu pela culatra, então interrompi o chororô logo que vi que a história não colou. Convenhamos, já basta estar suja, né? Cara manchada de rímel é coisa de quem usa Vult – e eu tenho certeza de que não haverá uma Sephora nas imediações de Hogwarts, então, nada de desperdiçar a maquiagem que já tenho. Meio sisuda, acompanhei toda a prelação do professor com cara de satã, mas minha cara de “eu te enfrento, seu mané!” não pareceu surtir qualquer efeito nele. Não era novidade, mas tentar é de graça e os resultados, quando positivos, são promissores.

Só tive de me conter quando o subsaariano deu o ar de sua graça, com aquela cara de “sou um coitado incompreendido”. Que ele tem cara de coitado, isso é inegável, agora incompreendido?? O que tenho eu a ver com o fato de que ele precisa vender o almoço pra comprar a janta? Não posso, então, ter um acesso explosivo de raiva quando alguém me ofende quando eu não fiz absolutamente nada? O mundo é mesmo um lugar muito injusto conosco, os bem-nascidos!

Cruzei minhas pernas e olhei para o nada. E como nada, entendam Elliot B. Pointer. Sim, eu acabara de descobrir o nome do desgraçado que explodira aquelas latas na minha cabine. Era culpa dele, e apenas dele, que eu estivesse ali, naquela situação. Se ele não tivesse tentado bancar o herói superfantástico no balão mágico, nada disso teria acontecido! O subsaariano teria seus tostões. Eu teria minha roupa limpa, meus cabelos impecáveis e talvez um kamikaze sufocado. Tudo dentro dos padrões.

Talvez o moleque nem tenha se tocado que repentinamente se tornara meu objeto de adoração. E eu o imaginava pendurado de cabeça pra baixo, enquanto com uma pinça eu tirava cada um dos seus cílios, tomando o cuidado para a pinça dar umas espetadinhas no seu globo ocular. Tinha, então, encontrado um motivo pra sorrir em meio a tantas intempéries. Ora, o pequeno pônei Pointer acabara de ganhar uma inimiga. Mas haveria tempo para que descobrisse.

Meus pensamentos ensandecidos foram interrompidos por um ruído de CLAP. Pisquei rapidamente e voltei meus olhos para o lado, notando que uma garota havia estapeado Isadore. Es-ta-pe-a-do! Um insulto! Senti o ímpeto szulvprak circulando pelo meu sangue. O calor tomara conta do meu rosto em questão de segundos, mas, ao que tudo indica, minha inquietude me traiu. Antes que eu pudesse me levantar, senti o braço de Isadore prender o meu para baixo. “Qual é, Isa!”, pensei, a respiração exasperada, mas ela parecia ler meus pensamentos e manteve a mão firme em meu braço, impedindo-me de dar àquela cretina a lição que realmente merecia. Por mais encrencada que eu já estivesse, tenho certeza de que despertaria o orgulho da minha família ao defender uma amiga deficiente visual de uma nojenta com pinta de coração valente.

Mas Isadore já tinha quem suas dores. Charles imediatamente pôs-se de pé e enfrentou a metidinha com a altivez que sempre usara para sobressair-se perante os menores. Eu meramente ri e meneei a cabeça, dando um muxoxo para a menina-chapolin. Se ela algum dia tivesse duvidado da capacidade de Charles, havia assinado sua sentença de morte. Por mais que eu o achasse terrivelmente antipático e por vezes desagradável, não o queria do lado inimigo. Oh, não! Melhor é sempre estar do lado dos mais influentes.

Satisfeita com o final da conversa, dei mais uma olhadela para o garoto Pointer. Meu desprezo não pôde ser mais evidente, no entanto, eu teria de finalizar a minha viagem por ali, de maneira que qualquer desavença deveria ficar guardada para depois. Apanhei, então, uma lixa no bolso e apanhei a mão de Isadore.


– Meu bem, você quebrou uma unha! Não há nada mais trágico do que isso neste momento – alfinetei, mantendo minha atenção a uma das unhas de Isadore, que não estava quebrada, apenas um pouco desalinhada em comparação às demais.

Isadore sorriu ao meu comentário, enquanto Charles afundava-se novamente em suas leituras. Passei a ignorar qualquer conversa, paralela ou generalizada, naquela cabine, apenas cuidando para que a unha da minha amiga ficasse como as demais. Que me importava aquela gente toda? Se em Durmstrang, com todo seu sistema autoritário, eu já despertasse certo desprezo pras autoridades, em Hogwarts não seria diferente. Seria apenas mais uma lista de professores pra ficar de olho em mim. Faltava mesmo ocupação na vida daquela gente.

Eu estava realmente distraída com meus pensamentos e não sei como aconteceu. Quando vi, aquela carta estava na minha frente. Por onde havia entrado? Pela janela? Por debaixo da porta? Algum amaldiçoado tentara me pregar uma peça? Não. Era muito real. E tinha o selo do anel da minha avó nele, um anel único, que ela carregava pra onde quer que fosse. Aquilo não era uma carta. Era um berrador. “FULLDELL!”


– SE O FEITIÇO DE SEGURANÇA TROUXE SUA MALA PRA CASA , É PORQUE VOCÊ PODERÁ SE VIRAR SEM ELA. FIQUE COM A ROUPA DO CORPO!

A carta pegou fogo e desapareceu tão logo a mensagem fora dada. Eu, claro, estava com as pernas sobre o banco, a mão trêmula segurando a de Isadore. Josephine Emengard Leigh era a única pessoa do mundo a quem eu realmente temia, e a voz do berrador vinha dela. Meu material escolar e meu uniforme estavam no vagão de bagagens, previamente despachados pelo meu pai. Mas todas as minhas roupas caras, sapatos, todos os vestidos, perfumes, itens de banho... Tudo estava perdido. Na casa da minha avó, naquele momento, uma fogueira queimava Channel. Que desespero!

– Isa... – sussurrei no ouvido da minha amiga, enquanto as últimas cinzas desapareciam. Meus olhos estavam esbugalhados e eu não queria olhar pra ninguém, porque todos agora sabiam da verdade – ... eu não tenho mais nada pra vestir.

Eu estava no inferno. E ele só estava começando a esquentar.
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Vagão dos Professores - Página 2 Empty Re: Vagão dos Professores

Mensagem por Karsten Alleborn Dom Set 09, 2012 3:47 pm


”Resumo e OFF”:


fallen angel waiting for the prey
karsten alleborn
.04.

Assim que bateu a porta da cabine em que deixara sua irmã temporariamente a mercê de uma monstruosidade da ignorância, Anthony Blanche, e Aimee Lendsbrug, sua mente já sabia o que fazer para encontrar respostas: iria clamar por um tutor, como aluno transferido, parcialmente dissimulando estar em busca de instruções para agir quando chegasse a Hogwarts. A verdade era que as instruções já haviam sido dadas, mas sempre deveria haver algum inglês paspalho, pronto para acreditar que a coruja fora extraviada devido a distancia da entrega.

Durante todo o trajeto até o vagão dos professores (ele questionara um aluno qualquer sobre a direção, assim que sairia da cabine), as palavras de Anna Blanche foram ecoando em sua mente, e sua preocupação foi tomando proporções um pouco maiores pelo número de aurores que estavam pelos corredores e, pode ver de relance, dentro de algumas cabines. O que quer que fosse, provavelmente era muito maior do que esperava. (E não, ele jamais se disporia a questionar nenhum deles: tinha certeza que se seus superiores fossem minimamente espertos teriam proibido qualquer diálogo desnecessário com a população.)

Ele bateu a porta do que era a entrada da enorme cabine dos professores (havia um aviso indicando). Concluiu, pelos trajes do homem, que foi atendido por um auror e viu-se negativamente surpreso com o fato: seu pai, chefe dos aurores alemães, jamais teria permitido que um soldado de seu esquadrão servisse de porteiro para as pessoas que deveria resguardar, exceto em casos bastante especiais em que abrir uma porta poderia decidir a vida ou morte dos presentes (e ele sinceramente esperava que não fosse o caso, ou o trem sequer deveria ter saído da estação).

De qualquer forma, ao menos a sorte estava ao seu lado: um docente poderia entender, logo na primeira oportunidade, suas intenções... O que não excluiria o fato de que seria forçado a atendê-lo, porque sim, ele estava preparado em caso de uma negativa.

Engolindo os comentários perspicazes que gostaria de fazer, tentou ao máximo suavizar a arrogância natural em sua voz, com sua educação superior. Também era sempre bom parecer um pouco mais ingênuo, pois pessoas mais velhas não esperavam lá muita coisa dos mais novos; infelizmente naquilo ele não era muito bom, muito provavelmente por sua apropriada postura aristocrata (da qual era incapaz de se livrar, mesmo que fosse para salvar a própria vida), mas conseguiria levar ao menos o suficiente para ter algumas respostas.

- Com licença. Sou aluno de intercâmbio. Gostaria de falar com o diretor da Sonserina. – Pois, afinal, ele iria logo procurar uma pessoa específica para atendê-lo, de forma que caso não estivesse presente, sempre poderia prolongar a conversa desnecessária até achar uma brecha para questionamentos. Por outro lado, acharia um problema de organização grave não deixar uma pessoa responsável, no transporte até a escola, pelos alunos transferidos, que em tese não conheceriam nada da dinâmica da instituição. – Acredito que ele seja o responsável pela minha... – Por milésimos de segundos ele procurou uma expressão mais correta, afinal jamais diria que voz alta que possuía um tutor ou responsável pela sua pessoa: era humilhante demais. – Inscrição.

O auror olhou para trás, e Karsten supôs que iria ser atendido pela pequena movimentação que ele não pode escutar, de dentro da enorme cabine. Mas o alemão desviou o olhar para a janela do corredor. Gabriella estava detida por alguma traquinagem boba, e como uma parte de sua mente mantinha-se travando a própria tola curiosidade sobre o bem-estar da menina, ele refreou qualquer demonstração de interesse sobre o que se passava no naquele vagão. Até porque isso seria a única chance de conseguir perguntar casualmente sobre o estado dela, sem parecer ridículo.

Não tardou para que um homem aparecesse à porta. Não conseguiu refrear a colisão de pensamentos que ocorreu em sua mente no instante que o fitou: até onde sabia, por não haver nenhuma negativa, podia concluir que aquele era o chefe da Sonserina e, consequentemente, professor de Poções. Como as duas únicas disciplinas que iria assistir às aulas seriam a já citada e Transfiguração (pôde ficar livre para eleger o que iria cursar, visto que seu intercâmbio fora conseguido mediante o pretexto de estimular as relações entre Inglaterra e Alemanha, sendo ele filho da aristocracia), já havia checado o todo plano de aula de ambas (que haviam sido enviados para que pudesse analisá-los e ter uma boa noção do que deveria ter de carga didática para acompanhar as matérias), e o de Poções lhe chamara bastante a atenção, e de forma inacreditavelmente positiva. Nenhum individuo com um histórico de vida ordinário poderia sequer aventurar-se fingindo em aulas como aquelas ou haveria uma serie de acidentes de percurso que o colocariam para fora da escola em um mês. (E daí ele concluía que o homem também não poderia ser inglês, que era uma sub-raça incapaz de fazer as coisas direito.)

Visto isso, esperou uma pessoa minimente asseada, e não um homem de aparência largada o suficiente para ser considerada “suja”, ao menos para seus padrões.

Coen – se bem lembrava o nome do professor – apertou a ponte do nariz e falou:

- Então... Intercâmbio?

- Gostaria de tratar sobre os procedimentos que eu e minha irmã devemos tomar, ao chegar ao castelo. – Ele fez uma pequena pausa em que lançou um olhar significativo ao professor, esperando que este entendesse que pretendia tratar de mais assuntos, de forma que não tivesse que insistir em seu pedido. Com uma desculpa daquelas, tendo que tratar com um homem que estava deveras em dúvida sobre a personalidade, desistiu parcialmente de fingir. – Em particular, se possível.

Ele notou o professor franzir o cenho, sustentando uma expressão tão displicente quanto sua aparência.

- Acho que o máximo de particular que se consegue aqui é o corredor. É o bastante pra você?

Karsten ergueu a sobrancelha e abaixou o tom da voz – não precisava que ninguém lhe escutasse. E era melhor não despertar a atenção de sua prima: ela ficaria incomodamente admirada com sua presença, já que não havia avisado a ninguém de seu intercambio. (O que provavelmente não iria mais acontecer, visto que sequer a batida a porta e sua voz a despertaram para sua presença.)

- Se for o suficiente para também tratar dos motivos de haver um número razoável de aurores neste trem, sim. – Ele disse, não conseguindo refrear suas intenções. Mas, diabos, não poderia se condenar sobre isso, visto que não estava acostumado a dialogar (normalmente mandava em pessoas que não fossem Alleborns), e já estava se esforçando demais para não tratar o homem com a superioridade que seu sobrenome lhe oferecia.

Sentiu-se ligeiramente aliviado quando o professor pareceu aceitar seus motivos, mesmo que estive demonstrado o gesto dando os ombros.

- Arundell? Cinco minutos. Me faz o favor de não deixar eles se matarem, você já conhece as pestes melhor do que eu. – Disse ele para alguém que supôs que fosse professor também (Karsten novamente voltou o olhar para a paisagem lá fora, para não olhar para dentro do ambiente), e saiu. Karsten seguiu até o docente parar um lugar aparentemente mais distante da porta que havia acabado de fechar – o vagão todo era calmo – A minha lista com os alunos do intercâmbio está em Hogwarts, então você vai ter que me ajudar aqui. Seu nome...

- Karsten Alleborn. – Respondeu, dolorosamente direto, dispensando o cumprimento que deveria ter vindo após o seu nome. Enfiou as mãos com luvas no bolso do sobretudo. Não havia lugar mais higiênico para apoiá-las do que a sua própria roupa. (Mas ela já havia sido contaminada pela sujeita da luva, então na verdade não fazia muito sentido aquela sensação de segurança).

- Hm, outro Alleborn. – Karsten evitou qualquer demonstração de que havia escutado o comentário, como forma ainda de refrear a própria curiosidade sobre a prima, pois ele só poderia estar se referindo a ela... Ou a Michael, mas ele não era alguém de ações interessantes, de forma que não estava de detenção antes mesmo de chegar a Hogwarts. – Bem, você perguntou dos procedimentos ao chegar ao castelo... – O homem começou, se encostando na parede, de braços cruzados. – Você e sua irmã vão basicamente seguir a massa. Acompanhar a cerimônia, jantar ou não e eventualmente todos vão ser liberados para seguirem para os dormitórios, onde as suas coisas vão estar esperando. Nenhum mistério.

- Certo. – Visto que o professor havia previamente aceitado – de foram muda, mas havia – que perguntasse sobre a atual condição de risco no transporte, ele se poupou de ter que fingir ter dúvidas idiotas. – E eu acredito que seja prudente me colocar a par da situação que levou a segurança a ser reforçada. – Permitiu-se outra ligeira pausa. Não havia tirado os olhos do professor por um segundo sequer e este retribuía o gesto. – Como intercambista, espero que o senhor entenda que é prudente que eu mantenha minha família informada. – Ele concluiu, esperando sinceramente que ele reconhecesse o aviso muito bem disfarçado pelo seu tom educado. Qualquer um que soubesse da fama de sua família iria desejar uma mediação positiva, em relação a ela. (Especialmente no caso de sua mãe super-protetora, Phillipa, que não admitia que seus filhos fossem tocados.)

Maor Coen, em resposta, deu um sorriso frouxo que Karsten esperou que não fosse nenhuma forma de escárnio. Não saberia controlar seu temperamento diante de ofensas diretas.

- Eu acredito que Hogwarts eventualmente vá providenciar isso, mas... – Ele também sabia disso, mas sinceramente, estava preocupado com sua segurança e das poucas pessoas que se importava, no momento. Estava num lugar hostil e não confiava na capacidade de ninguém, além da própria e a de sua irmã. – Não queremos deixar a sua família preocupada, não é? – O homem soltou o ar pelo nariz, ainda com o gracejo no rosto. Karsten pensou que realmente deveria se acostumar a ser tratado como criança, se quisesse respostas – afinal, apesar de sentir raiva, ao menos estava sendo respondido. Sentiu-se muito vagamente – na falta de expressão melhor – grato quando o homem resolveu tornar seu tom mais neutro, ou ele já estaria fechando os punhos dentro dos bolsos, e o gesto seria notado se ele fosse minimamente perceptivo. – Um atentado, aparentemente. Interceptado a tempo, como você pode ver. Ainda assim, ninguém quer arriscar, quer?

Aquilo batia com as elucidações de Anna sobre os boatos de bomba, mas ainda não lhe esclarecia as coisas satisfatoriamente. Na verdade, a impressão que lhe passava é que ainda deveria haver uma séria ameaça: eles não deveriam ter achado todas as bombas, e o culpado ainda estava à solta. (Com esta conclusão, sentiu-se rapidamente angustiado por deixar Brigitta sozinha – que ninguém ousasse atacá-la, ou ele colocaria meio mundo abaixo.)

- Devo acreditar que se trata apenas disso? – Insistiu, deixando sua sagacidade ser anunciada, por conta do nervosismo (embora sua voz estivesse longe de mostrar qualquer alteração).

- Isso já é decisão sua. – Coen deu os ombros. Karsten permitiu-se achar interessante a resposta. Entendeu que o homem não estava a fim de tranquilizá-lo como qualquer indivíduo idiota tentaria... Bem, ele poderia mesmo ser esperto como seu plano de aulas transparecia, mas ainda poderia ser mais asseado. – Mas isso é tudo que me foi informado. – E, não soube o motivo, mas sentiu-se tentando a acreditar naquelas palavras. De qualquer forma, se daria o beneficio da dúvida, visto que obviamente demoraria a tirar conclusões sobre o homem a sua frente.

Não havia mais o que perguntar, e poderia, enfim, voltar para sua irmã. Portanto, ergueu a sobrancelha, e dignou-se a fazer um gesto afirmativo com a cabeça.

- Agradeço a explicação. – E com sua última demonstração involuntária de educação, simplesmente deu as costas para o professor e começou a caminhar. Só definitivamente não esperava que fosse interpelado.

- ... Irmão dela? Ou primo? – A voz do professor ecoou pelo corredor. Karsten parou, virando-se pela metade, fitando o professor com um ligeiro interesse. Ele atiçara a sua vontade de saber sobre as condições de Gabriella, momentaneamente camuflada por seu nervosismo por deixar sua irmã a mercê de pessoas não-aptas a protegê-la apropriadamente.

- Prima. – Foi tudo que respondeu. Olhou nos olhos do homem. Não sabia se havia sido sua lógica, que ainda lhe gritava que Gabriella de alguma forma ficaria bem tendo pelo menos um auror e dois professores em sua companhia, ou se foi o olhar que o professor lhe dirigiu que o deixou aliviado. Resolveu apenas deixar o assunto de lado e, na ausência de réplicas, finalmente conseguiu retirar-se do vagão.

~ & ~

Karsten Alleborn
Karsten Alleborn
Aluno

Série 7º Ano

Alemanha
Age : 28
Sangue Puro

Cor : #698B22 (OliveDrab4)

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