Vagão 15 - Cabine 9
5 participantes
Página 1 de 1
Vagão 15 - Cabine 9
Vagão nº 15.
Cabine 9.
Cabine 9.
Como todos os vagões do Expresso, o vagão nº 15, o décimo quinto vagão de passageiros, continha nove cabines ao todo. O corredor do vagão estava coberto por plantas, havendo apenas uma pequena trilha com sulcos de rodinhas, como as de uma mala, indicando por onde prosseguir. Ao lado da trilha erguiam-se arbustos de rosas e outras flores, bem como plantas trepadeiras ocupavam as paredes, criando uma espécie de cerca viva, deixando visível apenas as portas das cabines e as janelas do corredor. Sons de pássaros cantando e sapos coaxando podiam ser ouvidos, embora não se visse nenhum, e alguns insetos como borboletas, libélulas, cigarras, joaninhas e abelhas podiam ser vistos voando entre as plantas ou caminhando por alguma folha. Um odor de jardim podia ser sentido por todo o lugar.
Ao lado da porta no início do vagão, o lado que prosseguia em direção ao vagão-restaurante, havia um auror, trajando seu uniforme, sem a proteção da cabeça com um chapéu e as mangas do uniforme dobradas. Ele podia ser visto com uma mala de ferramentas de jardineiro do lado e com uma tesoura na mão, ajeitando as plantas, cortando galhos secos, aguando ou plantando pequenas mudas. Sempre sorridente, ele cumprimentava a todos com seu sotaque puxado do norte da Inglaterra, que tendia emendar palavras num estilo interiorano e que dificultava a compreensão do que ele dizia. Seu nome era Quayle e ele tinha na mala de ferramentas algumas flores que entregava às garotas que se demonstrassem cordiais com ele ou pequenas ervas para insumo em chás, como cidreira, camomila ou folha de laranjeira que oferecia para quem demonstrasse interesse no assunto.
Do lado oposto havia uma jovem auror, com ramos de oliveira nas orelhas, além do cabelo, curto até os ombros, lembrar levemente o tom de outono de algumas folhas. Ela exalava um odor natural de rosas e estava sentada no que parecia ser um tronco caído de árvore, tocando sua harpa e cantando canções – alguma dessas que faziam alguns dos sons na cabine a acompanharem, principalmente as cigarras. Sempre cordial, ela perguntava a quem passava e demonstrava interesse parando para ouvir sua canção, se havia algum pedido em especial, ao qual atendia – se a música fosse em uma versão movimentada demais, ela a convertia para uma versão lírica, bastante similar a música tradicional da Irlanda. Seu nome era Deirdre, dizia-se irlandesa, embora não apresentasse sotaque e ela procurava ser cordial com quem parasse para conversar com ela, embora só respondesse perguntas triviais, sendo evasiva em outras questões. As plantas moviam-se com sua música, como se houvesse vento ali dentro, e os mais sensitivos percebiam uma ligação da garota com as plantas, bem maior que o normal.
A cabine 9 se localizava no final da segunda parte do vagão, entre dois pés de rosas Scarlet Carsons. Não tinha nada de diferente das outras cabines, contendo duas poltronas, uma de frente pra outra, cada uma com espaço para quatro pessoas – totalizando um máximo de oito passageiros. Acima das poltronas havia compartimentos para se colocar bagagens menores e por baixo da poltrona, espaço para bagagens que não pudessem ser colocadas nos compartimentos. Uma mesa retrátil podia ser puxada da parede onde se encontrava a janela, caso algum aluno quisesse comer algo ou realizar algum tipo de jogo. A diferença era as pequenas frutas vermelhas que estavam nas plantas que cobriam a parede, dos mais variados tipos: amoras, morangos, cerejas... A cabine cheirava a rosas e o seu chão era de pequenas gramíneas, como em um jardim, contendo flores silvestres e arbustos de flores próximos aos cantos. Algumas borboletas e insetos do corredor pareciam passar pela cerca-verde da parede, entrando na cabine, embora não incomodasse ninguém. O som de pássaros e cigarras cantando acompanhava as músicas de Deirdre do lado de fora, dando ao lugar uma sensação de aconchego.
Ao lado da porta no início do vagão, o lado que prosseguia em direção ao vagão-restaurante, havia um auror, trajando seu uniforme, sem a proteção da cabeça com um chapéu e as mangas do uniforme dobradas. Ele podia ser visto com uma mala de ferramentas de jardineiro do lado e com uma tesoura na mão, ajeitando as plantas, cortando galhos secos, aguando ou plantando pequenas mudas. Sempre sorridente, ele cumprimentava a todos com seu sotaque puxado do norte da Inglaterra, que tendia emendar palavras num estilo interiorano e que dificultava a compreensão do que ele dizia. Seu nome era Quayle e ele tinha na mala de ferramentas algumas flores que entregava às garotas que se demonstrassem cordiais com ele ou pequenas ervas para insumo em chás, como cidreira, camomila ou folha de laranjeira que oferecia para quem demonstrasse interesse no assunto.
Do lado oposto havia uma jovem auror, com ramos de oliveira nas orelhas, além do cabelo, curto até os ombros, lembrar levemente o tom de outono de algumas folhas. Ela exalava um odor natural de rosas e estava sentada no que parecia ser um tronco caído de árvore, tocando sua harpa e cantando canções – alguma dessas que faziam alguns dos sons na cabine a acompanharem, principalmente as cigarras. Sempre cordial, ela perguntava a quem passava e demonstrava interesse parando para ouvir sua canção, se havia algum pedido em especial, ao qual atendia – se a música fosse em uma versão movimentada demais, ela a convertia para uma versão lírica, bastante similar a música tradicional da Irlanda. Seu nome era Deirdre, dizia-se irlandesa, embora não apresentasse sotaque e ela procurava ser cordial com quem parasse para conversar com ela, embora só respondesse perguntas triviais, sendo evasiva em outras questões. As plantas moviam-se com sua música, como se houvesse vento ali dentro, e os mais sensitivos percebiam uma ligação da garota com as plantas, bem maior que o normal.
A cabine 9 se localizava no final da segunda parte do vagão, entre dois pés de rosas Scarlet Carsons. Não tinha nada de diferente das outras cabines, contendo duas poltronas, uma de frente pra outra, cada uma com espaço para quatro pessoas – totalizando um máximo de oito passageiros. Acima das poltronas havia compartimentos para se colocar bagagens menores e por baixo da poltrona, espaço para bagagens que não pudessem ser colocadas nos compartimentos. Uma mesa retrátil podia ser puxada da parede onde se encontrava a janela, caso algum aluno quisesse comer algo ou realizar algum tipo de jogo. A diferença era as pequenas frutas vermelhas que estavam nas plantas que cobriam a parede, dos mais variados tipos: amoras, morangos, cerejas... A cabine cheirava a rosas e o seu chão era de pequenas gramíneas, como em um jardim, contendo flores silvestres e arbustos de flores próximos aos cantos. Algumas borboletas e insetos do corredor pareciam passar pela cerca-verde da parede, entrando na cabine, embora não incomodasse ninguém. O som de pássaros e cigarras cantando acompanhava as músicas de Deirdre do lado de fora, dando ao lugar uma sensação de aconchego.
Olá. Copiando identicamente o quote do post da partida Expresso. E com essa postagem inicia-se o segundo playtest. Conforme anunciado no post de trancamento do primeiro, esse valer-se-á do uso das regras do sistema como referência. E apesar da ficha não ser obrigatória por causa que o RPG ainda não abriu, quem se envolver em situações que seja necessária consulta à ficha, terá uma ficha padrão feita por mim para uso até o final do playtest. Então, colocarei em pontos, para fácil leitura e consulta os principais pontos desse segundo playtest:
1. Será usado o sistema como referência, então se fizer alguma ação que saia do comum e envolva algum risco ou tensão pode ocorrer do narrador postar pedindo rolagem de dados, tá? Quem não tiver ficha terá uma ficha padrão feita por mim, supermegagenérica;
2. O trem só chega em Hogwarts quando eu postar encerrando esse playtest. Até lá são horas de viagem e podem ocorrer alguns eventos, estejam atentos;
3. Coloquem em cada post um resumo do seu post. Insira juntamente em que vagão seu personagem se encontra e a hora que acontece a descrição da cena do post (a legenda do lugar é: locomotiva, vagão-professor, vagão-enfermaria, vagão 1, vagão 2, vagão 3, vagão 4, vagão 5, vagão 6, vagão 7, vagão 8, vagão-restaurante, vagão 9, vagão 10, vagão 11, vagão 12, vagão 13, vagão 14, vagão 15, vagão 16, vagão-carga).
4. Vocês podem criar RP's pra vocês. Estarei postando 4 cabines fixas e esse tópico aqui em exclusivo é mais pra corredor e vagão-restaurante e cenas genéricas. Qualquer dúvida, procurem por Leish (Elliot B. Pointer) via PM ou no chat mesmo. Eu leio tudo aquilo ali, sempre.
5. Isso é apenas um jogo, a realidade é muito pior. Então, divirtam-se. Com sensatez. HAUHAUAHUAHAUHAUHAUAHAUHAUHAUAA!
Estarei postando os posts fixos de cabines pra quem não gosta de abrir RP – se você não sabe o que é RP, você pode junto com alguns amigos criar um tópico e postarem nesse tópico realizando a ação de vocês, sem precisar estar em um dos tópicos fixos... Só fique atento ao cabeçalho exigido por uma RP e aos acontecimentos em outras RP’s e no fixo, pra não ocorrer incoerência, certo? Acho que seja isso. Por isso... GL and HF! Let’s Play! Bonanças.
Destino- Mestre do Jogo
Re: Vagão 15 - Cabine 9
- offs:
- Então, meninas. To morrendo de sono, mas comecei a escrever e fui até ai. x.x'' USEI MESMO as meninas. Emma, Adela e Rebecca. USEI SIM. ME PROCESSE. UHAUHAUAUAH Se tiver alguma ação que agrida o perso de voces, e ele nao agiria daquela forma, PLEAS, me mandem MP que eu edito. DESCULPEM pelo atraso, mesmo, e acho que me empolguei na alopração. TO ENFERRUJADA, DESCULPEM OS ERROS, MEUS OLHOS ESTAO SEMI-ABERTOS.
alias, DESCULPEM os palavrões também. gente como a morgan tá boca suja, pelamor. pena que minha coerência nao me deixa ouvir a historia da bomba, morg seria uma ótima espalha fofocas e HAHAHAAH OPA, TO SOLTANDO SPOILERS ANTES DO TEMPO.Rivermebateria.
- Resumindo o resumo do resumo do...:
Vagão: 15
Cabine: 9
Morgan ficou as férias trabalhando na casa da tia, para ganhar dinheiro suficiente para comprar as coisas e gastar no meio do ano(Hogsmead YEAH). Obviamente que faltando cinco dias para o dia primeiro de setembro, pirou pela ausência de Rê na sua vida e na terça- feira a noite ela já se baldeou para a casa da amiga, a fim de fofocar pessoalmente. No “O que aconteceu nas férias” que foi no terceiro dia de férias(Time Lord gosta de tempo fora de ordem) uma pessoa irritante parece encontrar a pensão Vassoura Velha(Local com decoração vitoriana, quatro andares, subúrbio magico de Londres.) e ela não gostou muito. Voltando ao tempo normal, Morgan e Re pegam um Noitimbus e param no beco escondidinho, saindo em plena chuva para pegar o expresso de Hoggs, só não esperaram encontrar aquele furdunço todo que acontecia depois da passagem magica no portão 9 ¾, MUITO MENOS, aqueles corvos para “resolver” a situação. Morgan vai achar que é alguma conspiração e de algum modo, saberá de quem é a culpa. Pelo menos, vai ter um palpite MUITO bom sobre isso.
The cycle repeated
As explosions broke in the sky
All that I needed
Was the one thing I couldn't find
Burn It Down
As explosions broke in the sky
All that I needed
Was the one thing I couldn't find
Burn It Down
Ahhh, a beleza de não dormir em casa. Fofocar com a amiga ate as cinco e quarenta e cinco da madrugada, (nunca houve tanto assunto assim, fora que elas são colegas de dormitório, ano e casa. Então se você vir Morgan e Rebecca não estiver ao seu lado, algo muito ruim está acontecendo.), comer gulosemas feitas pela senhora Weasley-Lehner e não precisar fazer serviço de elfo-domestico por que tinha muita gente na casa para fazer isso. Embora ate gostasse de mostrar seu valor como amiga-prendada ajudando nos afazeres e brincando com a família Lehner.
Pelo menos foi assim nos últimos três dias de suas férias. Quando chegou o ultimo dia de férias, Morgan acordou cedo por causa do relógio-despertador de Rê (Uma espécie de ponfucio gritador, que além de gritar desesperado, corre pelo quarto até alguém pega-lo. E não aceita de jeito nenhum que o conjurem. Presente dado por Morgan, obviamente.) pulando da cama e correndo atrás da criatura fúcsia enquanto riam e apontavam uma estratégia.
- Ali, fica ali. – Apontava Rê e Morgan o fazia. Com o taco de batedora da amiga, a lufana morena acertou em cheio o bicho quando estava passando e ele soltou um lamento ruidoso de mecanismos se desconjuntando. Era assim todos os dias. Quebrar, reconstruir, e vua-la, mais um dia acordada e com vigor para ir ao colégio.
- Par. – Disse Morgan, com a competitividade de Re sempre em dia, elas disputaram quem pega o banheiro primeiro, Rê ganhou e como espirito de camaradagem, deixou Morgan ir primeiro. Demorou para se aprontar por que os irmãos de Re aprontaram uma pegadinha muito besta para a lufana. Colocaram uma magia de ‘agua gelada’ bem no meio do banho. Claro que resultou numa Morgan gritando e xingando, mas isso é o de menos.
Quando acabou de tomar banho (frio) se aprontou, saiu do banheiro fuzilando os três safados mais velhos (bonitinhos e ordinários) e apenas disse um ‘tá com você’ quando passou pela porta de Rê. Ela parecia rir também, e nem perguntou do por que foi o grito. Macumunada, aquela safada.
Entrou na cozinha com o delicioso cheiro de bacon, ovos e torradas. Salivou e foi logo ajudando a por a mesa. Fazia cinco anos que conhecia Re. A quatro que visita sua família. Se não é nas férias de verão, é na de inverno. Claro que Rê já foi na Vassoura Velha, mas Morgan não curte levar ela lá, já que trabalham de graça e passam o dia fazendo faxina e rindo das pessoas que se hospedam naquela pocilga. Todo dia uma pessoa diferente.
- O cheiro está delicioso, Sra. Lehner! – Ela sorriu e sentou-se num lugarzinho próprio quando terminou de por o ultimo garfo. A mãe de Rebecca sorriu, agradeceu e começou a contar como se fazia a simples refeição matinal. Logo chegou Rebecca dando aquela olhada de ‘já cuidei de tudo’ e deu um beijo na mae, sentando-se ao lado de Morgan. O cheiro de perfume quase a fez engasgar.
Riram, conversaram, e quando deu a hora, arrumaram as coisas e foram para a porta de saída da casa dos Lehner. Uma coisa que Morgan não notara até agora: o mundo acabava em agua la fora enquanto se sentia no seio familiar perfeito que era os Weasley-Lehner. Suspirou e fez careta.
A mae de Rebecca já pegou dois guarda-chuvas sobressalentes e deu para as duas. Assim que disseram adeus, e os irmãos inúteis ajudaram com a bagagem até a calçada, chamaram um Noitimbus andante e pegaram a versão expressa para o expresso. He.
Sentaram no terceiro andar, notando vários colegas que também iriam para a estação daquele jeito e disseram olá para as caras conhecidas. Deixaram as malas com o cobrador e nem se preocuparam com os animais, já que Ferdinando odeia uma gaiola, e o gato de Re não sai do lado dela pra nada. Mais inteligente que muito corvinal, o gato da amiga pulou no colo dela assim que sentaram.
Conversaram então sobre como foi as férias de Morgan até aquele dia que recebera o berrador de Rê, e riram das anedotas contadas por LeGuin. Principalmente das dicas sobre educação sexual que a Tia de Morgan resolveu dar nessas férias.
- Um pouco das férias.:
- Trilha sonora:
Pobre. Essa era a lufana. Pobre da Silva. Tinha grana? Tinha. Mas era aquela coisa que tinha para não morrer de fome. E guloseimas estavam na parte supérflua da vida. Entao se ela quisesse comer algum doce/besteira/ter um chapéu cuoco, ela teria que 1) trabalhar e 2) alguém bancar 3) roubar um banco.
Como tinha vergonha de ser bancada e moral demais para assaltar um banco, resolveu aceitar a proposta de Morgana, “Trabalhe limpando a pensão, ganhara um galeão para cada serviço completo. Por dia.” Por isso ela limpava, lavava a louça, cuidava das camas, aprontava a mesa do café/almoço/jantar e deixava sempre um bolo pronto para cafés e chás eventuais. Como ingleses, a parte do pai sempre gostou do chá as cinco. Como francesa, Morgan prefere comer em qualquer hora uma coisa deliciosa.
Mas voltando. Desde que começou as férias, a rotina de Morgan é assim:Move your body like a hairy trollCinco da manha, o despertador em forma do vocalista das esquisitonas começa a cantar uma de suas musicas. Sem conseguir parar, o corpo de Morgan se remexe embaixo do sobre lençol fino que a cobre e os bracinhos se espreguiçam. O quadril mexe, o sorriso aparece, e o cifrão, digo, o vocalista canta.
Learn' to rock and roll
Spin around like a crazy elf
Dancin' by himself
Boogie down like a unicorn
Don't stop till the break of dawnPut your hands up in the air
Like an ogre, just don't care
Num fluido movimento, ela joga o sobre lençol pro lado, pulando da cama fazendo a coreografia da musica. Jogando as mãos pra cima, espreguiçando. Rebolando e se abaixando. A musica começa a ficar mais alta, alguns vizinhos dão pancadinhas na parede, mas a lufana nem liga, já que dançar de manha melhora o seu humor.Can you dance the Hippogriff?
- Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma. – agitando os braços, ela pula e gira, como se estivesse num palco. Quando se da conta, já esta sapateando em cima da cama e jogando o cabelo feito um dos roqueiros da banda.Flyin' off from a cliff
-Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma. HEEEEEEEELOOOOOOOOOOOOOOW VASSOURA VELHA!!! VOCEIS ESTAO PRONTOS?!– E a musica continua, além das pancadinhas nas paredes, piso e no teto, Morgan sorri largamente por ter acordado todo o lugar em menos de cinco minutos. Quando acaba a musica apenas murmura saindo da cama um “Eu sei que estão.”.
Ainda de pijama e desligando seu despertador fofo, vai em direção ao banheiro escovar os cabelos/dentes, tomar banho, entre outras cositas mas. Se arrumou, prendeu o cabelo, e foi descendo as escadas ate a cozinha, onde sua tia preparava panquecas. Deu uma bundada na tia, (aquele movimento de dança, onde quadril-bate-com-quadril) e se serve de uma pratada. Coloca bastante calda, salivando a cada gotinha. Adorava quando a tia cozinhava, era tao mais simples, pena que perdeu um galeão naquele dia.
- Quartos quatro, sete e onze estão ocupados. – A tia disse, girando uma panqueca em forma de hipogrifos no ar. Quartos ocupados não se pode mexer, mas logo as pessoas iam embora e era preciso limpar. – Quartos dezesseis, vinte e sete, e trinta e dois estão reservados. – Quartos reservados, esses tinham que ser os primeiros. – Vou dividir o primeiro e o quarto andar entre você e seu irmão, você viu o Mord?
- Nah. – Respondeu de boca cheia, devorando um pobre grifo inocente de uma vez só. – axos k el fui pa xest. – Continuou, migalhas de panquecas e baba voaram pela mesa, só teve tempo de levar a mao na frente da boca e encolher os ombros. – xori.
A tia apenas arqueou a sobrancelha e meneou. A porta se escancarou e o garoto entrou se arrastando ate seu lugar.
- E ai, piralha? – Se serviu das panquecas e Morgan apenas fungou. – Txav nm xest?
- Que?
- Eu disse: você foi na festa?
- Nah, Clerence não pode ir, enrolada com a família, disse que semana que vem vai. – Ele piscou e devorou o hipogrifos feliz. Clerence era a namorada atual do irmão, que de tão nojenta e patricinha, dava ânsia e ainda bem que ele não a trouxe pro VV esses dias.
- Como aguenta aquela menina? Ela chega a ser mais irritante que você.
- Ela é linda, perfeita, e faz dois anos que você usa essa mesma frase. Sera que dava para mudar o disco?
- Não, você precisa ver a razão!
- A única razão que vejo, é que poderia tacar esse prato na sua cabeça, mas ia ser um desperdício com essas panquecas. – Ela apenas rolou os olhinhos e bufou, saindo da mesa. – Terceiro e quarto andar pra ti hoje.
- E primeiro e segundo pra você, o que quer dizer: recepção. – Ele riu, piscou o olho direito novamente e pegou o prato de Morgan, onde continha uma poção extra de panquecas.
Pegando o aventalsinho, vassoura e pa, alem de um paninho pra tirar o pó e um polidor(e a varinha) ela foi começar o trabalho. Primeiro os quartos reservados, depois os vazios. Com uma cesta trocou os lençóis e pos um cheirinho bom em cada quarto. Ainda cantando a musica da vez das esquisitonas, foi faxinando. Quando acabou já passava das dez e precisava fazer o almoço. Desceu rapidinho, mas ao chegar no ultimo degrau, teve que se segurar no corrimão e já ia gritando “Tem ouvindo não?” quando viu quem era o “alguém” que tocava a campainha(coisa estupida, já que não ia adiantar nada tocar aquela coisa.) Antonin Bathurst.
- O que...? – Ela começou e bufou. Ele encher o saco dela no colégio tudo bem(ela até gostava quando acontecia) mas ir na própria pensão? – Bathurst? O que pensa que tá fazendo aqui? – Colocou por mania uma mecha do cabelo para trás da orelha, e limpou a outra mão no avental. Tudo bem que ela estava suada, suja de pó e uma gosma não identificada de cor verde musgo no pulso esquerdo e um vergão vermelho na coxa. Sim, estava de shorts e camiseta por baixo do avental. Além do allstar amarelo, pra combinar. Só que não.
Ele parecia tão(ou mais) surpreso que ela. Com um biquinho de inquietação e aquelas sobrancelhas acusadoras (ò_ó) ela o observava inquisidoramente. Quando ia começar a cutucar aquele peitoral definido de um garoto atlético de quinze anos, com o dedo indicador e expulsa-lo da sua casa, um homem atrapalhou sua fúria contra o sonserino ao se “apresentar”.
- Bem, você deve ser a Morgan, prazer. Vim ver sua tia, ela esta por aqui? E... - Ele mirou o garoto que, oi, não parava de corresponder o olhar da lufana. - Vocês devem se conhecer, não é? Hogwarts, claro. Se me permite vou procurar sua tia, não aprontem, volto logo para te apresentar minha noiva. – Ela desviou os olhos do garoto e viu o cara. Não conseguiu evitar o movimento de olhar para o tio, e para Antonin e de volta ao tio.
- Obviamente não vim para te ver, como percebeu. Mas se eu soubesse que te encontraria, não tenha dúvida, traria uma máquina para te registrar nessas vestes. - Provocou com um meio sorriso malicioso.
Na mente dela a bagunça estava feita. As palavras gritavam tão alto, que ela não conseguia se concentrar. Era algo mais ou menos assim: “não é possível. O dia começou tão bem! Como ele poderia? Quem é esse cara? COMO ele conhece a minha, MINHA TIA! Alias, que essa pessoa tem a ver com ESTAPESSOA. NOIVA?????????????????” A FURIA estampadas nas bochechas da lufana. Fúria e apenas isso. Ou será que era um pouco de vergonha, também? O biquinho estampava a face, e ela só o fazia quando algo estava errado. Como uma poção que não deu certo, a sujeirinha no canto do espelho. Basthurst no meio de sua recepção.
– Você.não.ousaria. – Disse irritada, mas já pensando numa forma de respondê-lo. “Pense, cérebro estupido, é para isso que eu te pago”. – Fora que faço isso para conseguir um dinheiro honesto, não fico dependendo da mamãezinha. – Foi um golpe baixo, que a processem por isso. Cruzou os braços, só que quando sentiu a coisa nojenta verde musgo do braço, descruzou-os fazendo careta e limpou-se no avental na frente dele. A cabeça balançava e o coque quase se desprendia do topo da cabeça. – Não acredito que vocês são parentes, serio... Você não pode fazer parte da mesma família que ele. – Apontou para a porta fechada que o tio dele passou.
- Não, não ousaria mesmo, seria um pesadelo para qualquer um que visse. - Ele fez cara de nojo ou olhá-la limpando. - Somos sim, ele é tão Bathurst quanto eu. Mas, pelo menos nisso eu concordo contigo, diga que ela não é sua tia! Meu tio não pode estar casando com a sua tia!
SOWHATY, PESSOA? SOWHATY?
- O que? Porfavormepoupa. – Ela revirou os olhos e fungou irritada, a vermelhidão normalizando e só ficando as áreas mais comuns vermelhas. (Bochechas, nariz, orelhas) – Minha eu magica que sofreria naquela foto minúscula, tendo que olhar para você todos os dias antes de dormir. – Ela até abre um sorrisinho de escarnio aqui. Sim, lufanos também sabem dar esse sorrisinho. – Imagina em qual realidade distorcida nós dois... – pausa para sons de dor. - eca. Seremos... – Ela não conseguia dizer. Não sabia se era reação do muco, se era aquela alergia ao pó, ou nojo pela mistura dos sangues. – Primos.
- Todas as noites? E antes de dormir? Por favor, eu já disse que não quero pesadelos e não tenho tempo para isso, por óbvio. – Seus olhos saíram dos AllStar amarelos e as mãos que prendiam o estomago (dor, Muita dor fingida) e o fitou. Por um momento o pensamento “Por que não ia querer? Anos à trás queria.” E seu biquinho cresceu. Os olhos dele... fitando-a daquele jeito. Até parecia que... não sei. A analisava. A dor no estomago até passou a ser real depois daquela olhada. Só que diferente de quando se come demais, ou de menos. Uma dor... gostosa. HAHA. Até parece. Pare de pensar essas coisas, sua lufana estupida.
- Aham. – Ela desdenhou do ‘não tenho tempo para isso’, mas foi ideia dele tirar a foto. HAM. Tô te sacando, garoto.
- Não brinca com um assunto sério desses. Não dá para admitir algo assim sequer em cogitação. - Ele foi enfático e duro com suas palavras. GROSSO. Tudo bem que ela que começou a chamar o ugo em plena recepção do hotel. Tudo bem que foi ELA, que deu um fora homérico nele a dois anos. E TUDO BEM TAMBEM, que apartir daquele ano, dia oito de maio de 2010, todo mundo pensando que o mundo ia acabar, e que a ida de Hogsmead facilitaria a vida de todos, que aconteceu algo muito inusitado e ela começou a se sentir diferente em relação a ele. Tudo por culpa d’O convite, d’a recusa, d’o beijo e d’o tapa.
essa historia é para outro post. Então continuamos.
Eles pobres criancinhas de quinze anos, pensando no quão difícil seria a ideia de incestos ou o fato que a pessoa a frente era tremendamente irritante e machucava só de respirar o mesmo ar. A repulsa era mutua. A vontade de esganar também. Ele era grosso e frio. Ela esquentada e destrambelhada. Não mediam palavras e é por isso que a língua da lufana não se manteve quieta.
O problema. É que sua cede de sangue cega(surda, Burra e idiota, mas nunca muda.), pensou em algo muito ruim. Algo desprezível para uma lufana se pensar. Algo que se ela tivesse pensado a cinco anos a trás, teria caído na sonserina FACIL. Uma aliança.
– Certo, Basthurst. Acho que pela primeira, e ultima, vez na minha vida vou concordar com você. Se eles pensam que vão atar laços eternos com um matrimonio desastroso desses estão muito enganados. – Ela bateu o punho fechado na mão aberta. Ok, a ideia idiota foi dita. Não tem volta. O jeito é: o que é um peido pra quem já esta cagado? – Temos que fazer alguma coisa.
- E depois o Sonserino e ruim sou eu, claro. - Ele revirou os olhos enquanto ela o encarava incrédula. HEI, SEU IDIOTA. UM ACORDO, UMA ALIANÇA!!! QUER SER MEU PRIMO, SEU DESGRAÇADO? - Eu não gosto dessa história, tampouco. Mas eu não vou destruir a felicidade de uma das únicas pessoas que me importa. Se para isso, você vai ser minha relacionada, tudo bem. Todos os sangues-puros são ligados de alguma maneira, é só eu fingir que você não existe no casamento e pronto.
Ela estreitou os olhos, fazendo bico. Meneava lentamente a cabeça.
– Sabia. – O tom frio e pouco amistoso era contagioso. Suas mãos se fecharam, cruzando os braços para que não aja a tentação... Antes que a mão direita voasse direto para a varinha que ficava no cós da calça e lançasse um “conjuctivos” nos olhos daquele imbecil.
- Se fosse um grifinorio garanto que topava. Pode ter certeza, que se esse casamento acontecer, que se depender de mim NÃO IRÁ. Não vou nem chegar perto de vossa excelência. – Virou o corpo dando uma fungada e virando a cara de um jeito esnobe que não pertencia a lufana. Xingou-se baixinho enquanto batia o pé firme ate as escadas, subindo-as com os mesmos passos duros e bem sonoros. Tinha ate esquecido que tinha que fazer almoço, e ia direto pro quarto gritar no travesseiro.
- Estragar o casamento alheio é coisa de má amada. E, eu acho que... - Ele parou de falar, e ela de subir as escadas. Estreitou os olhos feito uma míope e virou seu rosto na direção dele, o aparente e frio sonserino. - Apesar de que isso combina muito com você, isso, vá e não volte!
Não respondeu em voz alta, mas a vozinha minúscula de sua consciência berrava a plenos pulmões. “NEM PRECISO DE VOCÊ, IDEOTA.”
Continuou subindo as escadas, mais civilizadamente. As lagrimas brotando. Merde, nem devia sair da cama aquele dia. Por que tinha que rolar com ela? Por que?? Por que tinha que ter dramatizado tanto as coisas, deixando naquele nível insustentável? Por que a ideia de aliança fora cogitada? Não trabalhariam juntos nem que sua vida dependesse disso. Subiu os lances de escada tao avoada, que quando chegou na própria porta, mal demorou um segundo para abrir, fechar e fazer o que qualquer garota de quinze anos faz quando a ‘conversa real’ não sai do jeito que a ‘conversa mental ‘ foi escrita.
Malditos estúpidos que não seguem o script.
Puxou o travesseiro pra perto, jogada na cama de atravessado, e gritou. Gritou ate a garganta arder, até os olhos vazarem e secarem contra o travesseiro. Gritou ate perder o folego. E quando não conseguiu mais gritar. Ficou assim. Naquele período em que o corpo pede ar e a vontade não quer dar. Obviamente que ela teve que respirar e isso fez com que o rosto se voltasse para a janela baixa, e o sol entrando pela janela. A poeira dançava na frente de seus olhos, como magica, e ela relaxou um pouco.
- Acabou o trabalho, MissPig? – A porta abriu e a voz do irmão fez a moça se voltar para o travesseiro novamente.
- Naoenche. – Disse com voz abafada pelo travesseiro.
- O que aconteceu? – Mordred entrou no quarto fechando a porta e foi até a cama da lufana. Sentou-se no fim da cama dela e pousou sua mão nas costas da lufana e a sacudiu de leve. – Outra barata?
- Ta mais pra uma cobra. – Fungou virando a cabeça de lado pra olhar para o irmão e ele arqueou a sobrancelha. – Voce sabia que a tia tá noiva?
- Claro, ela disse quando chegamos, onde você tá com a cabeça?
- Mas sabe QUEM é o noivo?
- Um tal de Buldogue. – Disse dando de ombros. Ela riu meneando enquanto sentava.
- Não, é um Basthurst.
- Edai?
- Tem um NA MINHA TURMA, E É UM MALA, SACOU? NÃO QUERO SER PARENTE DAQUELA COBRA SECA.
- Morgan.
- E ELE FICA NO MEU PÉ, SABE COMO EU ME SENTI? – ela não conseguia parar de gritar, tanto que de sentada, pulou em pé gesticulando e andando de um lado para o outro. A garganta irritada só fazia sua voz sair mais esganiçada.
- ELE FICA ME INFERNIZANDO A VIDA, GAROTO CHATO! NÃO POSSO NEM RESPIRAR, FICA FALANDO COISAS DESAGRADAVEIS E EU FICO FORA DE MIM, NÃO... não sou eu mesma quando ele começa a encher meu saco.
- Não é você mesma? – Ele deu um sorrisinho.
- É, EU FICO INSUPORTAVEL!!
- Quer dizer que não ser você mesma é ser chatinha, gritar, xingar e falar besteira impensada?
- É!
- Pois eu acho bem a sua cara. – Ele fez cara de “True Story” arqueando a sobrancelha, em vez de erguer um copo, ele fez uma ‘arma’ com o indicador e o polegar, fechando os outros dedos e até fez um som com a boca enquanto piscava o olho direito. Morgan deu uma travesseirada nele.
- NÃO TA ME AJUDANDO!
- Estou sendo seu irmão, não seu amigo. Se enxerga Morgan, por acaso ele te atacou quando você sorriu para ele? Ou foi agradável?
- EU NÃO PRECISO SER AGRADAVEL, E NÃO SORRIO. Eu.não.sorrio.para.aquela.cobra.seca.
- Voce é lufana, mas tá agindo como uma idiota.
- FODASSE. – Jogou os braços pra cima dando voltas pelo quarto ainda.
- Para de ser criança. Tá me envergonhando.
- PARA DE SER IDIOTA E FICAR DO LADO DAQUELE BABACA.
- Sabe, isso me lembrou quando a Rebecca pira por causa daquele artilheiro atrapalhado da lufa, lembra? – Primeiro jogo que Nathan jogou, e Mord ainda lembra.
- Não tem nenhuma semelhança. NENHUMA. Eu não gosto daquele idiota.
- Ah, não? Serio? Quer apostar que aquela sua amiga sonserina também não gosta daquele grifinorio que sempre desprezava? Ou eu posso apostar minhas fichas que ela vai tá de mãozinha dada com o Sam? – Ele era grifinorio, conhecia o futuro namorado de Adela por causa do quadribol.
- Pór favor. Te pago uma caixa de bombom a sua escolha.
- Ah é?
- é.
Ele fez mistério, rio e levantou da cama. Mas antes de chegar na porta e sair, ele virou-se para a lufana.
- Só uma coisa, não vai ser tão ruim assim ele ser nosso parente, Tia Mô gosta do cara, e ele parece ser legal.
- NÃO QUERO ELE COMO MEIO-PRIMO, NEM MEIO NADA! Quero a Emma. Lembra da mãe solteira dela? Pois é. QUERO ELA. Quero uma meia-irmã que NÃO FICA ME JULGANDO QUANDO PIRO POR CAUSA DO MEU MAIOR INIMIGO. – Morgan tem uma leve tendência a aumentar certas coisas. Mais uma vez, Mordred apenas meneou e sorrindo saiu do quarto. O dia tinha começado TAO BEM.
Tirou o dia de folga que foi descontado do seu salario. Não saiu do quarto até o jantar, quando a tia estranhou a falta de fome da menina e bateu na porta. A lufana suspirou. A raiva já tinha passado, aparentemente pirar sozinha não tinha tanta graça quanto convencer alguém de que estava correta em relação aquela discussão. (além de infantil.)
- Ei, tá doente? – Pediu a tia, já entrando. A lufana suspirou, olhando o escurecer ela abaixou o livro que estava lendo a luz da varinha e virou-se para a tia.
- Estudando.
- Ok, e eu sou um barrete vermelho.
- Combina com esses acessórios que você ta usando.
- Engraçadinha. – Ela sorriu e fez a varinha levitar a mesinha de café na cama até o colo da lufana, que se ajeitou rapidamente. Só percebeu que estava com fome quando o cheiro do ensopado favorito de seu pai soltou aquele vaporzinho de comida caseira e o cheiro quase a fez desmaiar.
- Comida!
- Sim, não devia, mas... Sou sua tia preferida.
- Pode descontar... do meu salario...
- Eu vou, mas não vim aqui pra isso. Mord me contou o seu drama.
- Aquele fofoqueiro. – Ela pegou a colher e enfiou a comida quente na boca e queimou a língua.
- Não, ele não é fofoqueiro. Pelo menos ALGUEM me conta algo. Quando pretendia parar de acordar meus clientes e vir até mim?
Ela parou de comer, suspirou. Respirando feito cachorrinho sua cara de ‘voce tá de brinks com my face’ pareceu uma piada de mal gosto, do que uma indireta.
- Voxe que non conto. Aquele gagoto é um ideots. – Abanando a língua ela foi falando daquele jeito, o bico se formava e a boca fechou. Pronto, estava agindo feito idiota novamente.
- Morgan.
- Não, eu não aprovo. Pra quem ele pediu sua mao? Não acredito que você aceitou fácil assim.
- Ninguém precisa aprovar, minha querida. Ele me levou numa viajem maravilhosa. Com essas zonas de magia por ai, achei tao excitante! E dai... – Ela comentou, levando a mão direita ao peito e ela conseguiu ver o diamante. Pelo menos eles eram ricos. - enquanto pensava que éramos apenas... um caso. Ele me deu isto. Então, querida, você não precisa se preocupar. Sei bem o que fazer. Sabe quantos caras eu posso dizer que me pediram em casamento? Sabe o quão é difícil achar alguém que curta as mesmas coisas que eu? Sabe o que é ter vinte e sete anos?
Morgan abaixou a cabeça, meneou e perdeu a fome. Empurrou a mesinha de comer na cama pra tras e se encolheu abraçando as pernas. O bico estava maior, os olhos marejados. E sua tia sendo legal era algo impensável...
- Eu não sei o que ele te fez, nem o que você fez para ele. Mas gritar sobre isso na minha pensão já é demais. – Ela tocou seu joelho, e com um pulinho na cama fez o braço ir mais adiante, no queixo da lufana. Segurou-o e o ergueu.
- Voce é uma LeGuin. Não pode deixar o sentimento te dominar, garota. Eu sei que caiu na casa errada, E SHH, estou falando. – Ela fez um carinho em sua bochecha. A tia foi sonserina, e quase não acreditou que a afilhada caiu naquela desgraça. – É culpa do outro lado da família, eu sei. Mas shhhh. Você é tao centrada. Tao focada. Use essa manifestação para o bem, para apoiar a família, para me apoiar, está bem? – Ela aperta a bochecha de Morgan e levanta.
- Ok, coma, coloque a base do lado de fora, durma, e amanha acorde, tome um banho, tire essas olheiras horríveis, e dai sim, venha conversar comigo. Quando tiver bons argumentos que proíba o casamento. Ok?
Morgana se levantou, Morgan a observou. Conforme a tia seguia em direção da porta, ela suspirou e falou rapidamente.
- Elemebeijou.
- Quem?
- Antonin.
- O sobrinho? – Ela sorriu, tirou a mao da maçaneta e arqueou a sobrancelha. – Entao é um ex-namorado?
- Não. Foi a anos, eu não namorei ninguém, o pai sempre disse que não pode, que preciso acabar os estudos, e que se não passar nos NIEMS com Ótimo em tudo, vai me desprezar pra sempre. E tem o quadribol, os clubes. Eu tinha trezeanospeloamordemerlim. Ainda tenho tudo isso, não sobra pra namorados, e ele seria o ultimo que eu...
- Não minta para a sua tia.
- Ele tentou usar a língua, e foi nojento.
- Ah... querida. A língua faz parte. É praticamente cinquenta por cento da diversão. Se quiser, eu te dou... uns toques. Sabe, você esta ficando uma mocinha, precisa saber da mudança do seu corpo. Precisa saber, da mudança em sua cabeça. E principalmente, aquela mudança aqui. – Ela tocou o peito, bem em cima do coração. Sorriu e acenou. – Isso aqui.~ * ~
Depois de um mês de férias, conversando sobre garotos e tentando fazer a tia desistir do casamento, Morgan cansou de saber sobre nojeiras sobre garotos e escreveu todas as noites para as amigas. Uma vez por semana, mandava um ‘combo’ de noticias. Estranhou a frieza de assunto que Adels lhe mandou. Amou quando Re e Emmy responderam rapidamente. Confabulou com as duas ultimas sobre como Adela estava estranha na escrita, e as duas amigas concordaram.
Foi quando no fatídico dia, recebeu uma coruja estranha, no café da manha. A carta vermelha e selada pelo carimbo da loja de correios. Era um maldito berrador. Olhou para quem era e o sustos das letras ferozes de Re a assustaram.
---------------------------------------------------------------
MORGAN MARY LEGUIN!
VOCÊ NÃO ESQUECEU DE NADA NÃO? COMO OUSA! ESPERO RETRATAÇÕES IMEDIATAS.
OK, ESTOU DE BRINCANDO. SÓ POR QUE VOCE ESQUECEU DE COMPARECER AO NOSSO ENCONTRO NO CENTRO, NÃO QUER DIZER QUE EU CORTE RELAÇÕES IMEDIATAMENTE.
VOU ESPERAR ATÉ DIA VINTE E CINCO PARA ISSO.
BEIJOS,
RÊ
--------------------------------------------------------------------------
Rindo, Morgan viu o berrador pegar fogo imediatamente. Provavelmente ela tenha encontrado Nathan no caminho e preferia comentar com alguém e Morgan não estava lá, e como era sexta feira dia vinte e quatro, resolveu deixar à amiga mais ansiosa e sem resposta até o dia vinte e cinco de agosto, sábado. Dia que faria as malas, e partiria para a casa de Re.
Pé direito dentro da enorme poça de lama. Com o corpo pendendo pra frente e quase caindo dentro da maldita, ela se equilibrou com rapidez, e bateu o pé esquerdo na poça. Lá se foi a calça jeans molhar ate o joelho. Com a mochila nas costas e usando os braços como contra-peso, o guardachuva ficou um segundo longe de seus cabelos castanhos e já a encharcou toda. Otimo. O dia realmente estava ótimo. Re ria, pulando do seu lado com o gato no colo e assim que viram seus malões nos devidos carrinhos numa estaçãozinha de ônibus, agradeceram a magia escondida de impermeabilidade que foi posta nelas em casa.
- É isso ai, primeira coisa que fazer ao chegar em casa, é tomar banho. – Quando falavam casa, era obviamente a Lufa. Já que ambas sabiam que durante sete anos, aquela era a sua casa. Saindo por alguns meses para um passeio fora, se não todo mundo pira com tanta magia. Por isso os professores são tão malucos.
Chapinhando pela chuva, correram com os carrinhos uns cinquenta metros antes de achar a entrada da estação e se abrigarem daquele toró. A gaiola vazia de Ferdinando estava encharcada, ela só esperava que ele tivesse chegado antes dessa chuvarada atacar Londres de jeito.
Passaram pelos trouxas também molhados conversando sobre como aquelas poças de aguas podem não ser tão benéficas para a saúde, e que deviam ter usado galochas, quando o papo passou para quadribol, aqueles germes de gripe, lectospirose entre outras males foi esquecido rapidamente.
- Tomara que a chuva continue em Hogwarts, seria ótimo um treino embaixo dessa chuva toda, será que o Nathan preparou alguma coisa? - Sem mal olhar para seus passos (acostumados com o caminho) sorriu de expectativa e o peito lufano se enchia de bondade e amizade, esquecendo o evento particular (digna de uma sonserina) e atravessando a plataforma 9 ¾. Estática ao ver a cena, quando re atravessou correndo a passagem o carrinho da aminha bateu na traseira de Morgan e essa foi jogada pra frente, deslizando com o carinho ate parrar.
Chegaram à estação dez e vinte, e alguma confusão já havia sido instaurada.
- Ai meu santo Merlim das calçolas roxas.
- Não acredito que colocaram fogo naquele malão!
- Não acredito que vou ter que pagar uma caixa de chocolate para o Mord.
Rê seguiu seu olhar e notou o que ela queria dizer com isso. Adela. Ela estava lá com o... Sam. Apoiando-o. Riram. Sim, riram. Por que só rindo de uma situação assim. Morgan puxou Re para longe da situação dizendo um “Aidan é do sexto ano, monitor a um ano e vai ser monitor agora, deixa ele tomar conta disso, PRECISO FOFOCAR” E a arrastou direto e reto para levar as malas para o vagão de carga, e já entrando num dos últimos vagões para procurar uma cabine vazia.
Achando uma, usaram as toalhas para secar os cabelos e trocaram de roupa, uma outra roupa troxa, obviamente, já que faltava HORAS para chegarem. Re se tornou um pouco emburrada pelo fato de não poder ter ido ajudar, mas Morgan tentava dizer que teriam muitas oportunidades para fazer isso. Enquanto Re secava o gato, a porta abriu e Emmy entrou com aquela roupa colada ao corpo e o sutiã florido aparecendo. Fora Rabito que dizia olá ao gato de Re e vice-versa.
Morgan depois de dizer (aquelas falas lindas do post da Emmy) jogou uma toalha para a amiga, mostrando o estado de Re. Sorte que com a presença da amiga grifinoria, Rebecca melhorava seu humor completamente.
Começaram a fofocar sobre as férias quando num dado momento as três tinham que gritar para serem ouvidas:
- JURO QUE VI A ADELA JUNTO COM O SAM, E ISSO É HORRIVEL, GENTE. VOU TER QUE PAGAR AQUELA CAIXA DE BOMBOM PARA O MORDRED! ESPERA, QUE BARULHEIRA TODA É ESSA?
Sim, as três se entreolharam e não muito depois a fumaça fazia os ratos saírem das tocas. Como estavam na cabine próxima a porta, as três pularam em pé, Emma ficou responsável pelo gato e pelo rato, Morgan e Rebecca foram chegar o barulho. Ao verem a fumaça de fogo percorrendo o corredor e pessoas correndo a todo lado, além dos gritos e ‘vamos todos morrer’ Um olhar na multidão fez Morgan temer. UMA MENINA a olhava com desprezo. Seu sangue gelou e ela se voltou para Re.
- Temos que tirar esse povo daqui de dentro. – Concordando, a monitora em prontidão foi ajudando as crianças do primeiro ano desorientadas a sair do trem. Morgan correu até a cabine de Emma e a avisou que estavam de partida, pegou rapidamente sua mochila, disse que ela poderia colocar o gato de Re ali dentro e deixou uma frestinha para o bicho respirar. Quando correram para fora, foi passando de cabine em cabine. Avisando e correndo, em equipe as duas chegaram até uma Rebecca ofegante e animada. Adrenalina sempre deixa a amiga animada.
- Vamos, não tem mais ninguém lá dentro.
Concordando, as três seguiram para fora, vendo a muvuca se instaurando. Deu as mãos para as duas(a fim de não perder elas de vista) e se embrenharam pelo mundaréu de gente em pânico. Foi ai que aconteceu o bum e tudo pareceu parar. Cadeiras conjuradas, alunos do primeiro ano chorando no braços dos pais, pais trouxas extremamente enfurecidos, nem agradeceram as meninas pelo resgate, Rebecca se soltou de Morgan e avisou que tinha que ir ate onde os monitores estavam reunidos e explicar o que vira ali. Emmy apertou sua mão, e Morgan olhou para ela de lado, dando um sorriso de compreensão e um leve aperto de resposta. “vai ficar tudo bem”.
Aurores passaram pelo portao, e depois de uma hora de calma, lanches e cadeiras, Morgan notou a movimentação novamente do portal da plataforma. Cutucou as costelas de uma Emmy faminta, e apontou com a cabeça para Coen.
- O diretor deve estar muito bravo. Nunca atrasou o expresso. Pontualidade britânica. O que será que eles estão falando? Rê, você trouxe as orelhas extensíveis? – O tom de voz baixa e algumas mimicas, nem foram ouvidas pelos aurores que distribuíam lanches, ou os medibruxos que cuidavam de casos isolados de pânicos. Infelizmente a monitora meneou, e Morgan se xingou por não estar mais perto a fim de ouvir o que falavam. Tudo bem, de alguém ela tirara essa informação. De algum jeito.
- Meumerlim, ele vai dar detenção pra todo mundo pelo resto do ano. Olha aquela cara, gente. Tamo muito ferrado. – Morgan choramingou, por que serio, quando uma pessoa faz AQUELA CARA que o chefe da sonserina, mestre de poções, e pegador de pé oficial de todo mundo fez, a coisa ia ter que sobrar pra alguém. Ele não faz do tipo que esquece fácil e pelo jeito vai se vingar pela mijada que os aurores estão dando nele.
Assim que a reunião acabou, desviou os olhos do professor de poção e ao virar a cabeça mirou um par de olhos conhecido lhe focando. Pode-se dizer que ficou feliz dele não ter sido metido na encrenca toda, e aparentemente estava com seus amigos, mas foi tarde demais em virar a cabeça para disfarçar, já que a lufana fez o mesmo e conforme o tempo foi acalmando, Rebecca impaciente indo de um lado a outro, Adela vindo ver como estavam e dando seu parecer sobre o acontecido, nem deu tempo de jogar na cara dela que perdeu uma caixa de chocolate por culpa dela. A bomba da vez foi só aquela, “alunos malucos que pensam que jogar feitiços perigosos são permitidos”.
- Serio isso? Tomara que nenhum lufano esteja envolvido, não quero começar o ano letivo com os pontos da casa negativo. – Murmurou baixinho e recebeu dois olhares frios de volta. Adela e Emma. – Calma gente, se ficar assim lá no castelo, podem se mudar para a lufa, serio. Vocês ficariam lindas com o uniforme amarelo e preto.
Sorrindo, inocentemente elas logo se separaram novamente, estava na hora de voltar ao trem.
Dessa vez, a lufana sentiu uma pontadinha de desespero, quase como se fosse sua primeira viajem novamente. E vislumbrou um animalzinho rosado, nos braços de uma lufana conhecida.
Um porco?
Natalie Flower com um porco nos braços? Serio mesmo? Piscou os olhos e seguiu as amigas para dentro do trem, comentando o que vira. Logo soube que o porco era de uma veia doida desmaiada, e era de se pensar que aquilo era muito estranho. Primeira vez que um porco aparece, e acontece isso? Obvio que a culpa é do porco.
Entraram na primeira cabine do vagão dezesseis, não se surpreendendo de verem seus restos ai. Esqueceram as toalhas molhadas e cheirando a cachorro molhado. Pela janela da porta, viam o fluxo de usuários daquele vagão, assim como dois senhores vestindo preto para vigiar os alunos. Mordeu o lábio inferior. Logo o trem fez aquele barulhinho de trilhos e rodas de ferro em atrito. O solavanco amigável (que parecia o começo de uma montanha russa, que você não sabe quando vai ficar emocionante, mas já entra na aventura sabendo que vai dar merda) e a conversa sobre especulações da conversa do chefe da sonserina e os baderneiros sendo escoltados para o vagão dos professores era algo bem interessante para por em pauta.
- Será que existe algo a ver com essas zonas de magias selvagens? – Pediu a lufana morena. – Serio gente, dá medo fazer as aulas de estudo dos trouxas. Aquela mulher não tem a mínima pratica com magia simples, e leva a gente pelo mundo? E se cairmos numa zona de magia morta? Ou ... pior? - O grande quebra-cabeças do mundo continuava espalhado em sua mente. será que algum dia vai se juntar? Vai ver Samaraia Linderman - Que não fora vista no lugar até agora. - Tenha algo pobre alem do gosto visual.
Re: Vagão 15 - Cabine 9
- Spoiler:
- Um pouco das férias da Rê. A menina chega junto de morgan na estação, vive toda a confusão com as amigas e depois vai fofocar numa cabine. Rê fica meio na dúvida se deve tentar fazer mais alguma coisa por ser monitora, mas acaba indo fofocar com as meninas mesmo. Desculpe qualquer erro. É capaz de eu voltar aqui para editar depos.
FÉRIAS
As férias nunca pareceram tão longas e ao mesmo tempo tão rápidas como desta vez. Ao menos está foi a impressão que Rebeca Lehner teve. Por dera, se não bastasse ter 3 irmãos para se meter na sua vida 24 horas por dia, Lehner chegou em sua casa para as férias desnorteada com os últimos eventos na escola, os quais não comentava nem com as amigas, por mais que elas tentassem insistir.
Os dias às vezes pareciam se arrastar dado o seu desânimo toda vez que lembrava que não era mais capitã e possivelmente nem estaria no time de quadribol. Rê não conseguia imaginar um mundo em que ela não era parte do time de quadribol, não mais (/dramaqueen). A sorte dela é que sempre podia contar com as atividades de casa com sua mãe, a rigidez de seu pai e principalmente o bullying dos seus irmão para mantê-la distraída e ocupada.
Quando já estava inteiramente habituada a vida fora de Hogwarts, recebeu sua carta com a lista de material a lembrando que o retorno estava próximo. Por um momento sentiu um aperto no coração, mas logo o sentimento de agonia foi substituído pela surpresa ao ver algo pesado saindo do envelope: o distintivo de monitora.
-Que? – falou sozinha embasbacada, enquanto abria a carta da professora Samaraia lhe enviara.
“Cara Srtª Rebecca Weasley Lehner.
Venho por meio desta, comunicar que por méritos e confiança mostrado anteriormente, a senhorita será nomeada monitora do Quinto ano.
Mas como nem tudo são flores, suas obrigações são:
Auxiliar outros monitores no Expresso de Hogwarts.
Auxiliar os alunos dos primeiros anos quando necessário.
Auxiliar professores caso necessário.
Manter a ordem e organização.
Solucionar problemas menores.
Manter a chefe-de-casa informada.
Boa sorte, pimpolha, confio em você.
Samaraia Linderman.”
Quando terminou de ler, sentiu quase uma paz e leveza a enchendo: a professora ainda confiava nela a ponto de lhe entregar a monitoria. Servia sim como um prêmio de consolação.
- Que isso? Você é monitora? É expulsa do quadribol e vira MONITORA? Onde essa escola vai parar....- e com um puxão seu irmão Kurt, o segundo dos quatro filhos no casal Weasley-Lehner, tomou a carta de sua mão.
-Eu não fui expulsa, eu fui....- a menina tentava se justificar sem saber como descrever a situação. Deposta talvez? Bom, o fato é que ela nunca terminou a frase porque, como é de costume, os irmão atropelaram sua fala.
-PIMPOLHA? É assim que te chamam na escola?
-Não, claro que não!
- Pimpolha? – se meteu Josh, o primogênito. – Não envergonhe nossa família, Becky!
- Para, idiota! Já disse que não, a professora chama... – tentou explicar mas foi cortada de novo.
- Você é a monitorinha pimpolha preferidinha da professora? –Kurt debochava dela, com a voz como se estivesse falando com um bebê - Francamente, eu esp.. – o irmão tentava fazer seu discurso de irmão mais velho irritante, mas ela não permitiria.
- Ela chama todo mundo assim! Que coisa! E o que você conseguiu na escola, Kurt? Um recorde? O cara que mais tomou fora nos 7 anos de Hogwarts? – Atacar para se defender. Essa era a tática Lehner e sempre funcionava. – Agora dá licença que eu vou me gabar da minha genialidade com quem realmente importa: meus pais. – e deixou os irmãos para trás.
Depois disso, com o humor um pouquinho melhor, as férias começaram a voar e quando percebeu, já estava com Morgan, caçando o despertador e correndo atrás do tempo para chegar na estação 9 ¾.
O EMBARQUE
Brigas, barraco, babado, confusão e até explosão. Definitivamente as preocupações que a menina tinha quanto a este primeiro dia de retorno às atividades escolares foram esquecidas por alguns instantes diante da grandiosidade dos acontecimentos que marcavam este 1 de setembro.
Rê se via transtornada, sem saber para onde olhar, mas estava em prontidão, atenta a tudo que acontecia e buscando ajudar como podia. Afinal, agora era monitora e bom...apesar de não ter muita certeza ainda do que isso implicava, o bom senso lhe dizia que no mínimo, ela deveria ajudar a organizar aquela confusão e principalmente guiar os mais novos que não sabiam o que fazer. E era isso que estava fazendo, puxando suas amigas Emma e Morgan junto consigo.
-Vamos meninas, vamos ajudar! – disse enquanto guiava algumas crianças apavoradas para fora do trem. Era de coração que a menina ajudava os outros, mas também tinha motivos pessoais: ela que não arriscaria perder mais um título tão cedo. A perda do posto de capitã do time de quadribol ainda era fresca, uma ferida aberta, longe de ser superada.
Assim que a confusão foi se desfazendo e as coisas começaram a acalmar. Adela apareceu rapidamente para ver se estava tudo bem com as meninas, contou o que viu, não escondendo o desgosto que sentia com toda aquela baderna.
- Serio isso? Tomara que nenhum lufano esteja envolvido, não quero começar o ano letivo com os pontos da casa negativo. – disse Morgan, verbalizando justamente o que Rê estava pensando. Enquanto Morgan se justificava para as amigas das outras casas, Rê se limitou a concordar com a cabeça, começando a se preocupar com o assunto.
- Temos que descobrir isso. Se for um lufano, vai se ver comigo! – se tinha um bom motivo para escolherem Rê como monitora, era este: compeittiva como só ela, zelava pelos pontos da casa e cobrava um bom desempenho de todos os seus amigos. A palavra PONTOS já tinha um apelo muito forte pra ela. Só de escutar a palavra que quantifica os acertos e erros, a menina se perdia em pensamentos sobre o torneio intercasas.
Quando voltou à realidade, seus pés a guiavam para dentro do trem novamente, acompanhada das amigas. Morgan falava sobre a lufana Natty Flower que estranhamente segurava um porco na mão.
“Bem que o porco podia ser o amiguinho dela que foi transformado nessa confusão toda! “ pensou maldosamente mas resolveu não verbalizar o sentimento por medo de ser mal compreendida.
As meninas entretidas na conversa continuavam rumo ao trem, com destino a uma cabine onde pudessem fofocar. Rê foi muito relutante pois sentia que devia ficar até que a perfeita ordem se instalasse no ambiente.
- Morgan, agora eu sou monitora, acho que tenho que ficar aqui! – insistia, incerta do que deveria fazer.
-Já tá tudo bem, olha só – dizia a amiga distraída e desmiolada apontando para os arredores. A cena era: alunos perdidos procurando seus amigos para embarcarem juntos e garantir que todos estavam bem, crianças chorando e se despedindo mais uma vez de seus pais, estes que por sua vez, estavam extremamente nervosos e insatisfeitos. – Er....vamos lá, quero falar um negócio.
Rê olhou a cena que as envolvia mais uma vez e ponderou: talvez ela devesse ficar. Tudo bem que realmento o pior já tinha passado, mas nunca se sabe se precisariam de uma mãozinha a mais. Por outro lado, o fato é que o papo estava ficando realmente interessante e ela queria saber o que Morgan tanto tinha para dizer. Com tanta coisa acontecendo, ela é que não ia correr o risco de ficar por fora das fofocas. No ritmo que as meninas conversam, 1 minuto de distração é o suficiente para perder o fio da meada e não acompanhar mais nada do que está sendo discutido. E pensando bem, se não bastassem os baderneiros que provavelmente iam sofrer punições severas, também tinham outro assunto de suma importância para tratar. Afinal, não é todo dia que você descobre que uma de suas amigas (que fica sumida durante todo o período de férias) está namorando aquele grifinório que ela sempre negou interesse. Sim, isso ia dar pano pra manga!
- Ok, então tá, vamos! – cedeu pometendo a si mesma que mais tarde faria uma ronda nos vagões como manda o figurino (essas coisas que a gente promete para aliviar a culpa, quem nunca, não é mesmo?).
Morgan começou suas teorias sobre zonas de magias selvagens, mas por mais fútil que isso fosse, Rê ainda achava o bafão do namoro da Adele devia ser o primeiro assunto a ser tratado, até mesmo para aliviar o clima tenso que tinha se instaurado e não combinava elas.
- E a Adele e o Sam, heim??? Aquela bandida! – disse rindo.
- Eu levanto a plaquinha: EU JÁ SABIA!! Eles nunca me enganaram! – se gabou Emma.
- Eu sempre soube! Homem e mulher quando começa a implicar muito um com o outro...é porque tem amor! – Morgan falava olhando malandrona para Rê como quem diz “você sabe o que eu to falando né”. Rê apenas revirou os olhos, mais do que acostumada com os desvaneios da amiga e disse:
- Pois é, vai ver que ano que vem vai ser você que vai chegar de mãos dadas com um sonserino ai... se você parar de mandar carta nas férias eu já vou saber o que aconteceu. – as palavras de Rê tiveram exatamente o efeito que previra: Morgan fechando a cara mas parando de atormentá-la.
- Adam, o novo casal da escola – Emma tentava trazer o assunto de volta para os eixos.
-ADAM???? – questionaram Rê e Morgan ao mesmo tempo.
-Adela e Sam – ADAM. – explicou.
- Não sei....Adam parece...ué! Parece Adam, o nome mesmo, sabe? – disse Rê pensativa, buscando a combinação perfeita para batizar o casal que com certeza seria assunto corriqueiro nessa rodinha.
-Pior! – disse a artilheira lufana expansivamente -Adam parece Aidan que é o amigo do namorado da Dela...GENTE! Será que é um trio??? – e com essas palavras todas riram.
- Coitada da Dela, Morgan! – disse Emma, no que Morgan só deu os ombros com um sorriso no rosto.
- Surton (Sam e Burton)? – tentou Rê.
- Surton me deve uma caixa de chocolate para eu pagar a aposta que perdi por culpa deles! – disse Morgan como quem está fazendo um teste – Talvez fique pouco sonoro – constatou tecnicamente, a perita em fofoca, depois de uma pausa.
- Banjaya? – foi a vez de Emma tentar.
-Banjaya me deve uma caixa de chocolate para eu pagar a aposta que perdi por culpa deles!
- Sela? Sam e Dela-Sela?
– Sela me deve uma caixa de chocolate para eu pagar a aposta que perdi por culpa deles!
- AdSam?
- AdSam me deve uma caixa de chocolate para eu pagar a aposta que perdi por culpa deles!
E a conversa seguia seu rumo produtivo, apenas com temas da mais alta importância. Só que não. Eram criativas, estavam desocupadas e a primeira amiga começava a namorar, quem poderia julgar?
Rebecca W. Lehner- Aluna
-
Age : 26
Sangue Puro
Cor : DarkViolet
Re: Vagão 15 - Cabine 9
Depois da tempestade, a calmaria...
Post anterior...
- Resumo:
- Fugir da confusão do trem, ver os amigos serem "sequestrados" por homens de preto, não saber onde a irmã está, ganhar ajuda com a mala, mas perdê-la logo em seguida. Esse é todo o lado ruim desse post. A parte boa é que eu encontrei minhas amigas e ouvi uma música lindoa YAY!
Após Molly- da-gaita-de-foles – quem ainda toca esse tipo de instrumento hoje em dia? - e os demais darem um jeitinho na janela, todos tratamos de sair dali o mais rápido possível. Eu só conseguia pensar se estaria tudo bem com Aileen e por que eu havia decidido ir me trocar bem naquela hora.
Bem, no mais, aconteceu que me perdi de todos. As always. Havia tantos alunos para todos os lados e fumaça saia do vagão ao lado. Antes que pudesse sair a busca de Aileen ou outros colegas (help, alguém?) um grupo de pessoas de pretos adentra a estação de forma repentina. – Agripa! Estamos sendo atacados! – falei e me envergonhei logo em seguida por descobrir que não era nada além de aurores. Com muita rapidez eles deram um jeito de todos saírem do vagão e darem um jeito no fogo. Espantoso! Espantoso mas só piorou meu cabelo aquela chuvinha toda.
Como não tinha muito que ser feito, passei a procurar algum rosto amigo... “Ah, já não era em tempo... o pessoal deve estar por ali” – pensei avistando Chester. próximo a umas pessoas de negro – ok, Aurores. Apressei o passo para encontrá-los quando algo aconteceu de maneira muito rápida. Chester havia saído correndo e foi paralisado e carregado para dentro de um dos vagões levado por uns aurores.
Fiquei meio sem reação ao ver a cena. “Pobre garoto! Já não bastava estar todo machucado?!” - pensei sem saber se os aurores estavam no prendendo ou socorrendo.
— AI! — falei devido ao pisão no pé que levei. Um pisão todo sujo aliás. — Ai, Codi. – quando vi finalmente de quem se tratava. Ele se desculpou como o esperado – já que ele sempre é um fofo – e só então reparei que não era só o sapato que ele usava que estava em estado lamentável... — Nossa, olha só pra você! Que absurdo o que aconteceu, não é? Você sabe quem causou tudo isso? Digo, o fogo? – imendei esperando receber uma resposta do sequestro repentido de Mimi e dos meninos.
— Não... Deve ser alguém que não quer voltar pra escola de jeito nenhum, né! Cê tá atrás da Aubrey e da Holly? – disse ele quando reparei que havia feito pouco caso dele falando. My bad!
— Oi? Ah!... Eu sou a Aubrey, Codi. – o que? Ele não tinha me reconhecido? Ah, não que isso fosse lá novidade. Mas as vezes eu acho que deveria andar com algum crachá. “Ou então, seria legal eu ganhar a monitoria no próximo ano né? Pera, já to me perdendo no assunto, foca no Codi.” – sorri desconcertada tentando disfarçar a gafe. — É, a gente se perdeu no meio da baderna. Eu ia esperá-las, mas tenho que tirar as minhas malas de lá. Quero ficar em um vagão que ao menos não esteja cheirado queimado.
Logo que terminei de falar ele veio oferecendo ajuda, sempre sendo um fofo ele né? Eu ia dizer que sim quando vi algo verde e nojento no ombro dele. “ECA, que isso?” pensei e fiz uma cara horrenda. “Isso é animal que se tenha?” pensava ainda com olhos arregalados quando por fim o bicho se transformou em uma corujinha “What?” que pisca aqueles olhões cinzas para mim. Sem entender muito bem o porque de tudo aquilo só fique a encarar a bichinha por um tempo.
— Ai, eu vou aceitar sim! Mas, bem...Eu tenho duas malas, e você sabe, né... Não estão permitindo usar magia com todos esses aurores aqui por perto. – disse despertando do transe que o mascote de Codi havia me levado — Aproveitando que você está sendo tão bonzinho, me espere um minuto que eu preciso me trocar? Estou com essa roupa molhada desde antes de embarcar...
Como não houve objeção da parte dele, pus-me a ir para o banheiro da estação, onde haveria uma pia e um espelho para eu me ajeitar. No caminho vi alguns rostos familiares, mas nenhum amigo realmente, e até então nenhum sinal da Aileen.
Com toda a confusão de outrora, a roupa que estava em minhas mãos ficara um pouco amassada, mas não chegava nem perto da NHACA que estava a que eu vestia. Assim, troquei-me, dei um jeito nos cabelos e no sapato que o Codi havia pisado. Fui o mais rápido que pude, já que o menino estava a ser tão bonzinho em me ajudar com as malas. Ao sair vi Codi olhando concentrado para algo e voltei-me para o mesmo local. Ali Mimi era praticamente carregada para o vagão dos professores por um homem quase o dobro dela e Elliot ia logo em seguida.
Para em choque, pensando no pior... - Pera! – falei mais alto que pretendia e algumas poucas cabeças próximas a mim se viraram. “Mas o que eles haviam feito de errado?!?! Encrenca por encrenca, eles haviam me ajudado a sair dali!” – pensava indignada e de certa forma desolada por estar meio sozinha ali na multidão. Digo, Codi estava ali, mas eu raramente trocava alguma ideia com ele, e quando isso acontecia, só por intermédio de Aileen. Logo que voltei a mim decidi dar uma averiguada com alguém sobre o que havia acontecido com eles – Mimi, Elliot e Chester.
— Ok, já estou pronta... podemos ir. – disse logo que avistei Codi, tentando transparecer calma. Ele foi de maneira bem objetiva conseguir minhas malas novamente, logo após de falar com alguns capas pretas –os aurores.
— Mas que esforço, deixa eu te ajudar! – disse assim que a sra corujinha havia me dado uma brecha. Fomos seguindo a procura de um vagão que não estivesse com tanta gente tentando embarcar.
- Sabe, achei essa sua corujinha uma gracinha sabia. – disse tomando a dianteira depois de um tempinho carregando as malas em silêncio. – Só meio estranha, já que antes era um lagarto. – disse virando-me para ouvir uma resposta quando vejo que ele não está mais ali.
- Mas ora essa! Onde ele foi com a minha mala? – comecei a olhar ao redor, mas nada dele encontrá-lo. Decidi entrar no vagão que estava ao lado – que na verdade era o que eu estava objetivando –, já que era o menos tumultuado ao redor. “Assim que guardar essa mala eu vou atrás do Codi” – prometi a mim mesma.
Ao entrar no vagão me deperei com uma decoração linda, cheia de flores e uma linda moça cantando uma canção. “Ao menos uma coisa para melhorar meu dia” – pensei ao reconhecer a música.
Parei por alguns minutos para ouvi-la e parecia que nem estava mais um caos do lado de fora do vagão, e todos os problemas pareciam desaparecer. Aquela sensação de calma quando a mãe da gente abraça ou então se toma um chocolate-quente num dia bem frio de natal depois de abrir os presentes de baixo ... e ela havia terminado a canção. Voltando a mim, percebendo que parecia uma boba olhando para o moça a cantar, e que agora a mesma me olhava, dei o meu melhor sorriso e continuei pelo vagão, procurando uma cabine.
Como já não havia mais música, pude ouvi uma conversa animada vinda de uma das cabines próximas. Parei um segundo e vi que conhecia muito bem as donas delas. Animada – já que as coisas estavam melhorando com o passar dos minutos daquele dia – fui direto para a porta e a escancarei.
– Heeeeey girls – disse com um sorriso ainda maior que o anterior vendo que estava certa: Rebecca, Morgan e Emma estavam ali. – Vocês não sabem como eu estou feliz em ver vocês!!!
Última edição por Aubrey Perkins em Sáb Ago 18, 2012 7:17 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Arrumar fotos e links)
Aubrey Perkins- Aluna
-
Age : 25
Sangue Puro
Cor : #F52887 DeepPink
Re: Vagão 15 - Cabine 9
- "Resumo e OFF":
- Resumo: Benjamin se irrita com o incêndio provocado no trem por causa do cheiro da fumaça em seu cabelo. Depois, procura por seus amigos e encontra a galera lufana na cabine 9 do décimo quinto vagão.
OFF: Achei desnecessário narrar sobre tuuuudo que aconteceu antes, então ignorei lindamente o passado e comecei a partir do momento em que todo mundo já pôde voltar pro trem. Também nunca fiz um personagem gay, me dêem um desconto .-;
late que eu tô passando
( apresentando o lado colorido da força)
Ver aquela fumaça saindo das janelas do trem enquanto eu esperava parado na estação só me fazia pensar em uma coisa: MEU CABELO IA FEDER. Sabe, depois que eu conheci uma grifinória ousada no ano passado que perguntou se eu passava sabão pra lavar a cabeça - na hora, fiquei em dúvida se ela só quis utilizar de eufemismos pra dizer que meu cabelo é ruim -, passei a ser no mínimo oitocentas vezes mais vaidoso, e aquele fumacê todo não colaborava com todos os meus cuidados capilares.
Caminhei pisando forte até o auror mais próximo, indignado com aquele escarcéu todo. Na verdade, eu nem sabia como tudo tinha começado, também não dei a mínima para as explosões - que certamente foram provocadas pelos marginais de Hogwarts - e tampouco me preocupei com quem tinha sido ferido ou não. Tudo que eu queria era chegar lindo e ileso ao castelo pra acabar com aquele último ano vendo tanta gente pobre, xexelenta e mal-vestida.
- Com licença. - Falei com o dito auror, deixando a voz grossa como era naturalmente. Sabia que se me passasse por macho levaria muito mais crédito. - Quando é que a gente vai poder entrar?
Ele apenas me olhou de esguelha e pasmem: me ignorou completamente. O que não era só um ultraje sem tamanho como também uma falta de educação imensurável. Existia alguma cláusula no contrato que os aurores assinavam que obrigava-os a serem tão chatos?
Por isso, lancei ao homem o meu mais profundo olhar de desprezo. Foi quando senti uma mão quente e masculina no meu ombro, que só seria agradável se não fosse meu próprio irmão gêmeo. Girei os calcanhares e encarei-o. Nunca iria me acostumar em ver minha beleza em duplicata.
- Hey, bro. - Ele disse naquele tom retardado de sempre. - Você sabe quê que tá acontecendo?
- Uma enorme tragédia. - Dramatizei, alisando meus cabelos (que aliás são lavados com Pantene, só a nível de informação). - Algum delinquente resolveu incendiar o trem e agora meu cabelo vai ficar fedendo a fumaça.
- Fedendo a fumaça por quê? Não vão apagar o fogo?
Nem Freud explicaria tamanha ignorância pra um garoto com a mesma genética que eu. Revirei os olhos, irritado por causa do dano iminente que meus delicados fios receberiam e também porque às vezes Phillip simplesmente era burro demais e eu tenho alergia à burrice - não que eu seja lá tão inteligente assim, senão certamente teria ido pra Corvinal.
- Argh, sua paca aleijada. - Dei-lhe um pedala na cabeça, de leve. - Claro que vão. Só que até lá, minha cabeça vai virar um cinzeiro. Se eu encontro o animal que provocou isso, não sei nem o que eu faço.
Dizendo isso, afastei-me de meu irmão e, quando foi permitido, voltei para o trem.
(...)
Necessitava de uma alma conhecida e boa porque de penada aquela locomotiva já tava cheia. Ô quantidade de gente feia, cruzes. Por sorte, logo encontrei a cabine onde estavam ótimas amigas minhas. Aubrey (que aparentemente acabava de chegar), Rebecca, Morgan e Emma. Sobre que quer que elas já estivessem conversando, o meu assunto era muito mais importante, então entrei na cabine com todo meu glamour e depois de dar um "oi" geral tratei de ir direto em Aubrey. Inclinei minha cabeça na direção dela, oferecendo-lhe o melhor ângulo do meu cocoruto, e perguntei, aflito:
- Tá fedendo?
E se ninguém soubesse um feitiço removedor de cheiro de fumaça, eu ia processar todo mundo.
Benjamin Jernigan- Aluno
-
Mestiço
Cor : #
Re: Vagão 15 - Cabine 9
- OFF:
- Sem resumo pois tá curtinho. Como é playtest vou deixar assim mesmo, com o tempo vou melhorando nesse esquema de postar sem combinar. Se tiver ficar MUITO RUIM MESMO, daí me mandem uma MP... que eu tento melhorar ^-^.... ;*
Eu mal havia me sentando para conversar com as meninas, e pra falar a verdade ainda não fazia ideia de qual era o assunto do momento, quando a criatura apareceu. Ele estava com sua pior cara de “kill me now” e veio direto em minha direção oferecendo sua cabeça. Se ele não tivesse falado prontamente o que queria, teria achado no mínimo estranho ele me reverenciando.
- Oi, como vai você Aubrey? – falei numa tentativa péssima de imitação do Ben – Ah, eu vou bem, obrigada por perguntar, querido! E você? – voltei a falar com a minha voz em um tom teatral, mas rindo no final de tudo para ele saber que estava apenas zoando do nervosismo dele.
- O que aconteceu? – falei levemente espantada vendo que ele não se movia. Cheirei o cabelo dele por fim, e só então pude perceber o que se tratava tudo aquilo. – Hmmmmmm!, sim, você foi pego pelo fumaceiro. - E assim que ele se levantou me olhando com aquela cara.... tive logo que abri o jogo - E não, não sei resolver, meu cabelo está tão terrível quanto o seu... – e completei antes que levasse uma resposta inesperada... como algumas vezes acontecia – no quesito cheiro, é claro.
Puxei meu cabelo para minha frente para analisá-lo. Mesmo com a secagem rápida no banheiro ele não estava no seu melhor estado, - estava bem lamentável, na verdade... sem brilho e com cheiro de churrasquinho de fada-mordente.
- Aliás! – voltei-me para Ben – Onde o senhor estava à 5 minutos atrás? Teria sido uma ótima ajuda para eu guardar a minha mala... Tive que fazer um esforço homérico para acomodá-la no bagageiro. - terminei deslizando para próxima a janela para dar espaço para que ele se sentasse.
Aubrey Perkins- Aluna
-
Age : 25
Sangue Puro
Cor : #F52887 DeepPink
Re: Vagão 15 - Cabine 9
O vagão foi se enchendo, os amigos foram chegando, e quando Becky deu por si, a conversa já tinha tomado um rumo muito distante do seu interesse: feitiços para cuidar do cabelo. A menina olhou para Morgan com cara de “Que raios...?” enquanto Bree e Ben discutiam animadamente sobre dicas de beleza.
Apesar de ser uma menina de 15 anos, no auge da adolescência, Becky não era muito dada a estes assuntos de “mulherzinha”. Talvez devido a convivência com os irmãos, ela cresceu desprovida de muita frescura. Admitia que seguia algumas dicas de Bree para realçar os olhos, dar vida ao cabelo, mas não entendia nada do que a amiga falava. A regra era clara: se Bree indicava e tomava menos que 5 minutos, ela fazia.
A mudança do rumo da prosa foi a desculpa que precisava para divagar novamente sobre aquilo que realmente lhe interessava: quadribol. Se preocupava com o time lufano e agora provavelmente nem mais o posto de batedora teria. Este medo a assombrou durante todo o período de férias, principalmente depois que teve a confirmação de que Morgan não a substituiria como capitã.
- Se você não virou capitã, com certeza o Fullside virou - repetiu com amargura para a amiga Morgan durante as férias. - E nesse caso, tô fora! Aquelezinho..... - balançava a cabeça em lamento em um tom quase fúnebre, tamanha sua tristeza.
- Amiga, mas será que ele te tiraria do time? Você é a melhor batedora....foi tão grave assim? - Morgan se via dividida entre a preocupação com o desfalque no time e a curiosidade. A artilheira lufana nunca perdia uma chance de perguntar sobre aquele evento específico e como Becky não queria falar sobre o ocorrido, sempre acabava mudando de assunto.
De fato, ela não sabia se Fullside realmente a tiraria do time. De certo ele iria tentar, mas ela sabia que era uma boa batedora e não conseguia pensar em nenhum nome que a superasse e pudesse substituí-la tão bem. Se fizesse um bom teste, Fullside não teria escolha. O moleque era arrogante (e até meio lesado na opinião dela), mas não faria nada para prejudicar a casa.
- Preciso da minha vassoura de volta. - as palavras estavam em linha com o seu pensamento, mas completamente fora de contexto no vagão.
- Oi? Mas já? - questionou Emma - A gente nem chegou em Hogwarts ainda....
Como todos lá sabiam (Becky escreveu longas cartas contando o seu drama para todos), a vassoura da lufana estava confiscada com seu irmão Joshua. Os pais tomaram a atitude como punição por ter perdido o posto de capitã do time, e ela só a teria de volta se o irmão achasse que ela estava tendo um bom comportamento.
- Quem é o Josh para saber de bom comportamento? Estamos falando do JOSH, se fosse o Kurt vá lá...mas o JOSH?? - tentou argumentar com os pais em vão. A decisão estava tomada, Gwen (como a menina chamava sua vassoura) fora sequestrada e seu paradeiro atual era algum lugar na bagagem do irmão.
- Este é o ponto: se eu esperar nós chegarmos no castelo, a Gwen vai direto pra grifinória, e vocês conhecem o Josh...ele não entende! - Becky suspeitava que metade dos presentes também não entendiam a importância disso para ela, mas por amizade, não discordavam.
- Eles nunca entendem - concordou Morgan, aquela com quem Becky sabia que poderia contar para o resgate e qualquer outra aventura que inventasse. Morgan era a amiga mais próxima e mais parecida com Becky. A lufana não só entendia a gravidade da situação (visto que também amava quadribol), mas sentia compaixão pela causa de um irmão mais novo injustiçado.
- Acho que vocês estão exagerando....- disse Bree . - Se a vassoura for pra grifinória, a Emma pode recuperar para vocês. - concluiu como se fosse a coisa mais simples do mundo, e com isso, voltaram a falar de outros temas que lhe interessavam mais.
Becky e Morgan já suspeitavam que teriam que agir sozinhas. Sim, elas iam agir, tinham um plano A, B e C arquitetados para o resgate de Gwen, a vassoura. Na verdade se divertiram muito nas férias pensando nos mais diversos planos de resgate, rotas de fuga, nomes para o projeto. Se sentiam duas agentes secretas. As duas trocaram um olhar e Becky teve a certeza de que aquele era o momento.
- Mas que tempo maluco, não? Essa chuva doida.... - comentou vagamente o que fez menos sentido ainda para os presentes do que o papo sobre a vassoura. Becky e Morgan tinham combinado de comentar sobre o tempo toda vez que quisessem dar um passo adiante no plano e outras pessoas estivessem presentes, impedindo-as de falar abertamente sobre o que tramavam. Era uma espécie de código secreto entre elas e talvez não fosse preciso usá-lo naquele momento, mas Becky achava tão legal isso de ter um código que resolveu falar mesmo assim. - Vocês me dão licença um minutinho, vou ao toilet e depois preciso dar uma passada no vagão dos monitores.... - continuou se levantando. Nota mental: precisava trabalhar melhor na sua cara de culpada. - Recebi um aviso de que deveria ir pra lá sabe...não agora, recebi antes...acho que eu já deveria estar lá na verdade....então até mais.
- Nossa, tirou as palavras da minha boca!- Morgan levantou num pulo - Também preciso ir...ao toilet, não ao vagão dos monitores..hehe. Já volto. - e sem mais explicações as duas deixaram o grupo.
Apesar de ser uma menina de 15 anos, no auge da adolescência, Becky não era muito dada a estes assuntos de “mulherzinha”. Talvez devido a convivência com os irmãos, ela cresceu desprovida de muita frescura. Admitia que seguia algumas dicas de Bree para realçar os olhos, dar vida ao cabelo, mas não entendia nada do que a amiga falava. A regra era clara: se Bree indicava e tomava menos que 5 minutos, ela fazia.
A mudança do rumo da prosa foi a desculpa que precisava para divagar novamente sobre aquilo que realmente lhe interessava: quadribol. Se preocupava com o time lufano e agora provavelmente nem mais o posto de batedora teria. Este medo a assombrou durante todo o período de férias, principalmente depois que teve a confirmação de que Morgan não a substituiria como capitã.
- Se você não virou capitã, com certeza o Fullside virou - repetiu com amargura para a amiga Morgan durante as férias. - E nesse caso, tô fora! Aquelezinho..... - balançava a cabeça em lamento em um tom quase fúnebre, tamanha sua tristeza.
- Amiga, mas será que ele te tiraria do time? Você é a melhor batedora....foi tão grave assim? - Morgan se via dividida entre a preocupação com o desfalque no time e a curiosidade. A artilheira lufana nunca perdia uma chance de perguntar sobre aquele evento específico e como Becky não queria falar sobre o ocorrido, sempre acabava mudando de assunto.
De fato, ela não sabia se Fullside realmente a tiraria do time. De certo ele iria tentar, mas ela sabia que era uma boa batedora e não conseguia pensar em nenhum nome que a superasse e pudesse substituí-la tão bem. Se fizesse um bom teste, Fullside não teria escolha. O moleque era arrogante (e até meio lesado na opinião dela), mas não faria nada para prejudicar a casa.
- Preciso da minha vassoura de volta. - as palavras estavam em linha com o seu pensamento, mas completamente fora de contexto no vagão.
- Oi? Mas já? - questionou Emma - A gente nem chegou em Hogwarts ainda....
Como todos lá sabiam (Becky escreveu longas cartas contando o seu drama para todos), a vassoura da lufana estava confiscada com seu irmão Joshua. Os pais tomaram a atitude como punição por ter perdido o posto de capitã do time, e ela só a teria de volta se o irmão achasse que ela estava tendo um bom comportamento.
- Quem é o Josh para saber de bom comportamento? Estamos falando do JOSH, se fosse o Kurt vá lá...mas o JOSH?? - tentou argumentar com os pais em vão. A decisão estava tomada, Gwen (como a menina chamava sua vassoura) fora sequestrada e seu paradeiro atual era algum lugar na bagagem do irmão.
- Este é o ponto: se eu esperar nós chegarmos no castelo, a Gwen vai direto pra grifinória, e vocês conhecem o Josh...ele não entende! - Becky suspeitava que metade dos presentes também não entendiam a importância disso para ela, mas por amizade, não discordavam.
- Eles nunca entendem - concordou Morgan, aquela com quem Becky sabia que poderia contar para o resgate e qualquer outra aventura que inventasse. Morgan era a amiga mais próxima e mais parecida com Becky. A lufana não só entendia a gravidade da situação (visto que também amava quadribol), mas sentia compaixão pela causa de um irmão mais novo injustiçado.
- Acho que vocês estão exagerando....- disse Bree . - Se a vassoura for pra grifinória, a Emma pode recuperar para vocês. - concluiu como se fosse a coisa mais simples do mundo, e com isso, voltaram a falar de outros temas que lhe interessavam mais.
Becky e Morgan já suspeitavam que teriam que agir sozinhas. Sim, elas iam agir, tinham um plano A, B e C arquitetados para o resgate de Gwen, a vassoura. Na verdade se divertiram muito nas férias pensando nos mais diversos planos de resgate, rotas de fuga, nomes para o projeto. Se sentiam duas agentes secretas. As duas trocaram um olhar e Becky teve a certeza de que aquele era o momento.
- Mas que tempo maluco, não? Essa chuva doida.... - comentou vagamente o que fez menos sentido ainda para os presentes do que o papo sobre a vassoura. Becky e Morgan tinham combinado de comentar sobre o tempo toda vez que quisessem dar um passo adiante no plano e outras pessoas estivessem presentes, impedindo-as de falar abertamente sobre o que tramavam. Era uma espécie de código secreto entre elas e talvez não fosse preciso usá-lo naquele momento, mas Becky achava tão legal isso de ter um código que resolveu falar mesmo assim. - Vocês me dão licença um minutinho, vou ao toilet e depois preciso dar uma passada no vagão dos monitores.... - continuou se levantando. Nota mental: precisava trabalhar melhor na sua cara de culpada. - Recebi um aviso de que deveria ir pra lá sabe...não agora, recebi antes...acho que eu já deveria estar lá na verdade....então até mais.
- Nossa, tirou as palavras da minha boca!- Morgan levantou num pulo - Também preciso ir...ao toilet, não ao vagão dos monitores..hehe. Já volto. - e sem mais explicações as duas deixaram o grupo.
Rebecca W. Lehner- Aluna
-
Age : 26
Sangue Puro
Cor : DarkViolet
Tópicos semelhantes
» Vagao 6 - Cabine 5
» Vagão 11 - Cabine 7
» Vagão 2 - Cabine 3
» "Décimo-quarto Vagão, Sétima cabine."
» Corredor do Vagão nº15 até o Vagão de Carga
» Vagão 11 - Cabine 7
» Vagão 2 - Cabine 3
» "Décimo-quarto Vagão, Sétima cabine."
» Corredor do Vagão nº15 até o Vagão de Carga
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|