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Banquete de Abertura do Ano Letivo

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Mensagem por Odlavinou Saedrae Dom Set 30, 2012 8:35 pm

Para quem interessar possa e estiver sem tempo para ler agora, vai um resumo do que está abaixo:

Spoiler:


Para situar a RP, Odlavinou Saedrae escreveu: Status:RP Aberta
Data: 01 de Setembro
Local: Grande Salão
Participantes: Todos os docentes e discentes.

1º de Setembro

— Boa noite, boa noite. – Cumprimentou Saedrae os que já estavam à mesa, quando tomou assento no Grande Salão, advindo da cerimônia do chá de boas vindas.

A cerimônia havia transcorrido dentro da normalidade. Por uma questão de sorte, Apolion não havia azarado ninguém, nem entrado em rixa de morte, o que por si só já é uma coisa a se comemorar. Mas coisas curiosas haviam sido observadas, independentes do fator sorte.

Primeiro, Gastón continuava em Hogwarts. Saedrae achava incrivelmente interessante o fato de o agora mestre de Aritmancia ter largado sua posição em Beauxbattons e ter procurado ocupação em Hogwarts. E ter voltado para o ano seguinte.

Contudo, o que mais lhe preocupava realmente se desenrolou em verdade por ocasião da cerimonia do chá: Samaraia voltou com o mesmo penteado, sem tirar nem por. Quanto tempo ela deve ter ficado sem lavar o cabelo?

— Problemas na chegada dos primeiranistas, Apollion? – perguntou Saedrae, de si para si, com os olhos atentos na lista de primeiranistas que tinha em mãos.

Não foi necessária uma resposta. No momento seguinte, os primeiranistas entraram no Salão, conduzidos por Brigit Herrisch e Nicolas Pocklington, monitores chefes de Hogwarts.

Pareciam maravilhados e de fato estavam. Olhavam com espanto para as flamulas das casas, lindas e exuberantes. O teto do salão, mostrando um claro céu noturno, traziam para o convívio dos bruxos cada uma das estrelas do firmamento, que compareceram como testemunhas daquele mágico momento.

Eram grandes historias que estavam iniciando naquele exato momento.

Eram historias de vida que recebiam seu primeiro apontamento de cabeçalho.

Em silêncio a tudo Saedrae observou, ora trocando algumas palavras com Samaraia (sim, os cabelos dela não cheiravam muito bem), ora pedindo a Vicky que não deixasse sua porca sobre a mesa (algumas culturas considerariam isso deselegante).

Apollion, estranhamente parecendo pouco motivado, tomou à frente dos monitores, solicitando que lhe fosse entregue, não com gentis palavras, banqueta e Chapeu Seletor. E iniciou-se a cerimônia de Seleção.

— Sonserina! – gritou o chapéu seletor quando uma menina era selecionada. Antes disso, o danado brincava com o destino da jovem, confabulando consigo mesmo em voz alta, enquanto a menina explodia os pulmões gritando SONSERINA, destacando claramente sua vontade.

O Chapéu Seletor, que gostava dos decididos, optou por alocar Sorcha Úna para a Sonserina, ocasionando uma grande ovação para a mais nova integrante daquela mesa. E os aplausos aleatórios variavam de mesa para mesa, ora na azul, vermelha, amarela, ou voltando para a verde, até que o silêncio tomou conta do salão, sendo recolhida a banqueta e o chapéu seletor.

Então adentraram o salão os alunos transferidos de outras instituições, que seriam alocados em anos mais avançados. Ora, estes foram alocados em suas casas, tendo sido anteriormente julgados pelo chapéu seletor.

Saedrae reconheceu ali sua deixa, o que o deixou um tanto preocupado. Estava sofrendo de um pequeno (grande?) problema de memoria com rostos e nomes, o que certas vezes o deixava em uma posição desconfortável.

Mas teria que superar isso.

Um rápido meneio de varinha e um feitiço Sonorus daria conta de sua voz ser ouvida em todo o salão. Levantou-se e olhou em volta na mesa dos professores. Ainda havia uma cadeira vaga, mas o mestre de Feitiços estava atrasado demais para ser aguardado.

— Uma excelente noite a todos, docentes e discentes. – sorriu Saedrae, em seu lugar, correndo o salão com os olhos – Espero que tenham passado excelentes férias e que, salvo o que discorreremos adiante, que tenham feito uma viagem agradável no Expresso. Hogwarts saúda a todos e os abraça como filhos queridos que passaram tempo demais longe de seu convívio.

E, erguendo uma taça, oferece um brinde à reunião. Depois de ebericar de sua taça, a devolve à mesa e continua.

— Inicialmente, ao vencedor o espólio. – e, fazendo um gesto em direção a mesa da Sonserina, diz: - Hogwarts uma vez mais parabeniza Sonserina pelo excelente desempenho e pela vitória no ultimo torneio iner-casas, tendo a posse da Taça das Casas. – uma ovação se seguiu. Quando findou, agora ele se dirige à mesa da Lufa-lufa, exclamando – E também são oferecidas congratulações merecidas à Casa de Helga Lufa-Lufa pela vitória inquestionável em nosso ultimo torneio de quadribol.

Uma nova ovação se fez e Saedra se permitiu uma rápida olhada para Pridehare, que naturalmente arbitrou a ultima partida e estava satisfeito com a condução do campeonato.

— Sim, sim, parabéns Sonserina, parabéns Lufa-Lufa. Agora, adiante. – e, apontando para sua esquerda, diz: - Gostaria que oferecessem a mais calorosa das boas vindas ao novo professor de Poções e Chefe empossado da Sonseria. Por favor, Sr. Cohen. – Houve a ovação de estilo ao novo docente. Tornando á direita, na ponta da mesa, Saedrae dirigiu um olhar de súplica para a anciã, que escondeu a porca embaixo da mesa. E disse: - Também gostaria de uma recepção calorosa para nossa nova professora de Adivinhação, Sra. Etros-Jagger. – seguiu-se, então, a ovação de praxe.

Saedra espero que o silêncio tornasse ao salão. Ainda não havia acabado de falar. Na verdade, iria começar agora.

— Alunos veteranos, novos e transferidos, atenção. – e, em tom grave, emendou: - Gostaria de lhes avisar que Hexes e Curses são proibidos sob qualquer circunstância. Jinxes são proibidos, exceto sem situações de duelo ou defesa. Caso acidentes com magia aconteçam, as vítimas devem ser encaminhadas imediatamente à Ala Hospitalar. E gostaria de frisar que é proibido perambular fora de seus dormitórios depois do horário permitido, e informo que mais regras de conduta e segurança serão obtidas com seus monitores e Chefes de Casa. – e, após limpar a garganta, continuou: - Parafraseando Alvo Dumbledore, tenham certeza que a Floresta Proibida é proibida a todos que não querem sofre uma morte extremamente dolorosa.

Enquanto todos absorviam a informação, buscou papéis em sua mesa. Feito isso, suspirou longamente e, com um olhar indefinido, que mesclava decepção com pena, retomou seu raciocínio:

— Eu chamarei alguns nomes, e gostaria que estes ficassem de pé e assim permanecessem. – e, com os olhos na lista, começou a chamar: - Elliot B. Pointer. – e um jovem se levantou na mesa da Grifinória. Sem esboçar reação, Saedrae continuou: - Mimi D. Wolfsbane. Chester Lewis. Gabiela Alleborn – ergueram-se duas meninas na mesa da Grifinória e um rapaz franzino na mês ada Corvinal. - Kayra Leigh. Isadore Baudelaire. – ergueram-se duas jovens na mesa da Sosnerina. - Charles Baudelaire. – por ultimo, um rapaz na mesa da Corvinal.

Saedrae baixou a lista e observou cada um dos alunos, que buscavam seus olhos. Após novamente suspirar e mover a cabeça em sinal negativo, iniciou:

— Muito bem. Vocês proporcionaram um incidente simplesmente lamentável. – e, movendo a cabeça em sinal negativo uma vez mais, continuou – Não compreendo como se dizem discentes de uma instituição deste nível e se comportam como... como... – e, voltando-se para Samaraia, pergunta – Como é mesma a palavra, Samaraia? – e, tendo a informação volta-se para o salão e diz: - Delinquentes trouxas. O que esperam obter com este tipo de espetáculo? Auto promoção? Glória? Satisfação pessoal? – e, pontuando as palavras, esclareceu – Tenham certeza absoluta que nenhuma forma de preconceito é aceita como concebível nesta instituição. E que fique claro que aqueles que optarem fazer justiça com as próprias mãos exigem um direito que vem acompanhado por uma série de responsabilidades. – e, dando de ombros e abrindo os braços, exclama – Por acaso passou pela cabeça de vocês que nenhuma punição seria aplicada?

E, voltando a pegar o pergaminho em sua mesa, continuou:

— Saibam que uma mera liberalidade e respeito para com seus colega de casa, pontos não serão descontados. Apenas em respeito a eles. Os demais serão exemplarmente punidos. – desenrolando o pergaminho, diz: - Desnecessário dizer que seus pais serão detalhadamente informados de tudo que se passou no trem, assim como as punições. Caso eles discordem ou julguem que as punições são imerecidas ou pesadas, sempre terão a opção de conduzir seus filhos para outras instituições de ensino. E a mesma opção tenho que deixar clara à vocês caso julguem-se merecedores de repetir tais atos, agora dentro de Hogwarts.

Desenrolando o pergaminho, lê em voz alta:
— Sr. Pointer, Srta. Wolfsbane, Sr. Lewis e Srta. Alleborn. Sr. Baudelaire, Srta. Leith e Srta. Baudelarie. O professor Azael ficara com a tarefa de aplicar e supervisionar sua detenção. – e, enrolando o pergaminho, finalizou – Sua detenção servirá como exemplo. E tenham certeza que nosso Vice-diretor, o Profº Azazel irá se certificar se o rigor correto foi aplicado.

Depois que Azazel se manifestou, Saedrae continuou.

— Sr. Baudelaire. – disse Saedrae, com olhos cansados, para o aluno da sonserina – Desnecessário dizer que, sendo monitor, sua falta foi mais grave que a dos demais. Sabiamente, o professor Azazel confiscou seu distintivo até segunda ordem. Tenha certeza que esta punição permanece. O senhor terá que se provar merecedor desta horaria novamente.

Dito isto, continuou:
— Sr. Lewis e Srta. Baudelaire. – e, depois de uma vez mais suspirar, disse: - Suas faltas não foram consideradas leves. O mínimo que se deve esperar, em um ambiente civilizado, é o respeito às normas cultas da cortesia e da educação. Assim... – E, voltando-se para a mesa da Corvinal, disse: - Sr. Lewis. Acredito que, tremendamente arrependido de suas faltas, o senhor esteja aguardando ansiosamente a chance de tomar a palavra e, publicamente, pedir desculpas ao Sr. Baudelaire por seu comportamento pouco cavalheiresco.

E, voltando-se para a mesa da Sonserina, logo após isso, continuou:

— Srta. Baudelaire. – e, movendo a cabeça em sinal negativo, expôs: - Tenho certeza que a distinta filha de uma família de tanta importância em nossa comunidade, sente-se profundamente arrependida pelos erros que cometeu e que reconhece como erros. Assim, justificando sua aristocrática posição, sei que lamenta profundamente que a primeira honraria tenha sido concedida ao Sr. Lewis, mas que almeja profundamente ter a chance de pedir publica e humildemente desculpas ao próprio Sr. Lewis, em virtude de suas faltas para com ele.

“É para o seu bem”, Saedrae gostaria de ter emendado, depois de cada uma das admoestações. Passava agora por um grave conflito. Sabia que as punições que ele mesmo buscou impor eram leves e insuficientes para punir os envolvidos, mas preferia m seu intimo que não houvessem punições.

São apenas jovens, alguns com falha de caráter, mas essas falhas podem ser corrigidas. Mesmo os impetuosos, apesar de corajosos e solidários, urgiam de uma correção, pois essa impetuosidade poderia significar sua destruição.

Eram apenas jovens...

Ele também foi um garoto, com o vigor da juventude no peito e uma varinha na mão.

Eram apenas jovens.

— Que estes eventos fiquem registrados por todos. Este tipo de comportamento não é admitido em Hogwarts, sob hipótese alguma. – Crianças. Jovens. Por que não cresciam saudáveis, cordiais e humildes? Alguma coisa precisava ser feita. Na sequencia, Saedrae pronunciou: - Basta de avisos e declarações por enquanto. Sejam bem vindos à Hogwarts! Em homenagem a este momento, vamos cantar nosso hino!

Seguiu-se a cantoria, mas Saedre ficou á parte.

Seu pensamento ia longe.

— Que inicie-se o banquete!”, foi o que ele disse, depois das palavras de estilo desejando que aquele fosse um bom ano, poucos momentos antes de tomar assento. Mas preferia ter falado: “— É para o seu próprio bem...”.

Em seu íntimo, Saedrae ruminava a questão.
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Mensagem por Charles Baudelaire Dom Set 30, 2012 10:09 pm



Aquela discussão entre Gastón e cia não tinha fundamento de qualquer forma, não adiantava querer botar o mínimo de senso na cabeça daquele povo. E bem a tempo a seleção chegava ao fim, o que significava o início do discurso do diretor. Ajeitei-me no banco para poder ficar frente à mesa dos docentes e também ao palanque de Odlavinou e esperei o falatório que eu há anos odiava.

Por pura prática, pude mentalmente bloquear toda a introdução do discurso do diretor, mas quando ele assumiu aquele ar cansado para pegar um pergaminho e começar a ler alguns nomes que eu já conhecia, pude me permitir prestar atenção de novo. Confesso, inclusive, que por mais que a situação fosse ruim para o meu lado, eu gostei de ouvir meu nome sendo dito por último, separadamente, porque, afinal, eu era o mais importante dentre aquela gentalha (e o em pior situação).

Coloquei-me de pé sem cerimônias, importando-me menos do que nada com os olhares sobre minha pessoa. Desdenhava todos, por que daria importância aos seus julgamentos? Que Odlavinou falasse e me colocasse como o vilão da história, eu não estava arrependido dos meus atos. Só lamentava, claro, não ter acertado aqueles que mereciam. Na verdade, palavras não poderiam expressar a minha mais digna satisfação ao ver Chester ser obrigado a pedir perdão, mas o que eu queria mesmo era ter visto Alleborn desculpar-se com Isadore, só que o diretor pareceu se esquecer completamente da turma grifinória e acabou que eu, minha noiva e o inseto fomos os alvos.

Tudo aquilo só provava que o banquete não seria menos chato do que nos anos anteriores e, portanto, minha presença ali era inútil, já que nem monitor mais eu era - e, sinceramente, tal fato não me causava a mínima frustração, ainda que fosse minha vontade recuperar o distintivo.

Quando a comida foi posta à mesa, a conversa paralela começou e todos passaram a se preocupar com suas vidinhas medíocres e as fofocas das férias. Sem perceber, corri os olhos pelo salão à procura de Isadore, não porque queria ver sua expressão de puro desdém ao ter acabado ser obrigada a pedir desculpas para Lewis, mas porque eu simplesmente fazia isso de vez em quando. Encontrei-a na mesa da sonserina, onde deveria estar, aparentemente tão disposta a permanecer no banquete quanto eu, e me perguntei se ela também teria achado aquele espetáculo esdrúxulo. Uma sensação leve e esquisita, como um pressentimento, dizia-me que sim.

Estava de pé novamente e passei por cima do banco para poder ir até os portões do salão e me dirigir ao dormitório da Corvinal, onde teria paz e distância de toda aquela gente, pouco me importando se isso era até permitido. Antes de chegar ao meu destino, porém, notei uma pequena presença do meu lado. Era sempre muito difícil tentar decifrar as expressões no rosto de anão do meu professor de Aritmancia, mesmo quando ele estava sorrindo (já que nem sempre o que retratava era o que estava sentindo), mas algo me dizia que L’Druide não estava muito contente.

Em silêncio, entendi que ele me conduzia para fora do Salão Principal. Em parte, agradeci por não ter que me preocupar com perguntas de zeladores e outros docentes sobre a razão de minha retirada, já que ele estava ali, mas por outro lado... Céus, eu ia ouvir.


Resumo: Depois do discurso de Odlavinou, um Charles entediado e cansado resolve se retirar do banquete. Entretanto, é interceptado por L’Druide, que mesmo assim o leva para fora do Salão Principal para lhe dirigir a palavra.

OFF: Postando só pra tirar o Charles do banquete no salão xD na pressa, posso ter deixado algo passar, se isso tiver acontecido, ficarei feliz em ser avisada rs

Charles Baudelaire
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Mensagem por Isadore Baudelaire Seg Out 01, 2012 3:31 pm

Crazy feelings, got me reeling
Salão Principal - 01.09.2012
Continuação de Soul Striper


Isadore, de mãos dadas com Charles e com um sorriso discreto ainda desenhado em seus lábios, permaneceu em silêncio. Tinha a tola impressão de que suas palavras poderiam quebrar o feitiço que enevoava a sua mente, e uma vez sem ele, de repente iriam se lembrar do quanto se odiavam. Entretanto, sabia que estavam cada vez mais próximos da entrada do salão principal, e, consequentemente, cada um iria para a sua respectiva mesa. Às vezes, os alunos de casas diferentes se misturavam durante as refeições, mas aquele era o banquete de abertura, logo essa possibilidade não seria possível. Aliás, nunca tinham feito nenhuma questão de irem um para a mesa do outro...bom, pelo menos não até aquele momento.

Acontece que, depois de várias horas na presença de seu primo, a perspectiva de afastar-se dele era fisicamente dolorosa e até um pouco frustrante. Além disso, sabia que a cerimônia seria particularmente difícil para ambos, talvez ainda mais para ela, então, por incrível que pareça, o queria por perto. Logo, acabou perguntando o óbvio:

- Vai sentar-se à mesa da Corvinal? - e virou o rosto na sua direção, para que não precisasse falar alto demais. Não queria que os outros ouvissem.

- Sim - ele respondeu. Isadore concordou com a cabeça, deixando claro que era a resposta que esperava dele. - Por quê?

- Nada. Bom, até logo então - e deslizou preguiçosamente seus dedos para fora da mão de Charles, muito relutante, antes de seguir em direção a mesa da Sonserina. Não demorou para que Taky a encontrasse, prestativo, e a guiasse para onde estavam seus colegas mais próximos. Para a sua surpresa, contudo, antes que tivessem se sentado, o japonês disse que assumiria a culpa do sectumsempra no seu lugar se ela quisesse. Isadore parou de andar e “olhou” na sua direção, pensando que ela mesmo seria incapaz de fazer isso por qualquer pessoa do mundo. De repente, riu, intrigada com a mente peculiar do seu fiel escudeiro.

- Não acreditariam, Taky - e ela não sabia se aceitaria, também. Tinha orgulho do que fez e se as detenções eram consequências disso, queria passar por cada uma delas. Finalmente se sentaram, mas logo teve que colocar-se em pé outra vez, porque o Diretor de Hogwarts chamou não só o seu nome, mas também dos demais infratores, e mandou que todos se levantassem. A garota apoiava seu peso na mesa, com o rosto baixo, mas sem expressar qualquer sentimento, nem mesmo desdém. Ainda sentia que todo aquele reboliço era um exagero enorme, mas gostava do fato de que agora a escola inteira sabia o que acontecia com quem mexia com Charles.

Sabia que teria que pedir desculpas por ter lançado magia negra em Lewis, então ficou ponderando as palavras e ignorando por completo se este estava se pronunciando ou não, principalmente porque nada que ele pudesse falar poderia ser remotamente interessante, nem mesmo se todas as suas palavras falassem dela. Quando o silêncio recaiu pelo salão principal e reconheceu que era a sua vez, Isadore finalmente levantou a cabeça, tirando os fios do rosto com um menear de cabeça, e disse, em uma voz calma e fria:

- Sinto muito por ter defendido a minha família. Não faria isso quantas vezes considerasse necessário - e então, com um sorriso final, emendou: - E prometo que, de agora em diante, sempre tratarei Chester Lewis com a cortesia que ele merece.

Com a sua ameaça ainda reverberando pelo grandioso salão, tornou a sentar-se, delicadamente, e encarou o eterno vazio que a acompanhava, com o rosto voltado para frente. Permaneceu ali por pouco tempo, contudo, porque estava muito cansada, sem fome e irritada com o fato de que o diretor deu sermão personalizado apenas para ela e Charles - sim, ignorava Chester. Hogwarts sabia ser tão desgastante....

Resumo:

OFF: 1- Post só pra pedir desculpas pro Chester SIUDHASUIHDASIUD
2 -O Toddy tinha proposto essa ação do Takamiya a long time ago.
3- a música do título é Let Me Put My Love Into You - AC/DC
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Mensagem por Apollion Azazel Seg Out 01, 2012 5:26 pm

PARA FALAS EM INGLÊS, PASSAR O MOUSE EM CIMA

Despejou uma dose de conhaque escocês no seu chá mediterrâneo. Depois descia pela escadaria principal, antes de acabar ao cerimônia do chá de abertura, no meio do discurso de apresentação do velho Van der Berg. Simplesmente tinha se levantado como se o velho não estivesse falando nada, e se retirou. Tinha que ver como estava a situação dos alunos antes de começar o banquete... se nenhum bote tinha afundado, se nenhuma carruagem foi parar no meio da floresta proibida, ou qualquer outra tragédia que pudesse ter ocorrido. Mas pedir licença não era do seu feitio. Essa falta de educação social era justificada pelo seu pai — que basicamente o ensinou a se comportar assim — como "um autismo leve".

Desceu as escadas, encontrando-se com uma Brigit Herrisch suada, subindo as escadas com pressa. Ele só parou, e levantou os olhos, demandando uma explicação por ela não ter seguido o seu chamado. Fitava-a com um olhar legível de You'd better have a god explanation...

Ela parou também, encostou uma mão no joelho, e a outra apontava pra ele fazendo sinal de "um segundo", enquanto ofegava, respirando fundo, se recuperando dos degraus que subia rápido.
— Os alunos, — respira — a contagem, eu — respira — eu estava ocupada com — respira, Azazel suspira entediado — ufa! Eu estava, fff, fazendo a contagem dos, fff, novatos. — Afinal, ela e o head boy tinham ficado responsáveis por contar, preparar e encaminhar os alunos para o salão principal. Não podia simplesmente largar o que estava fazendo e ir se apresentar no chá de abertura. Quem dera se o Azazel entendesse isso.

— Deveria ter acabado antes. — Azazel passou por ela, que não sabia se subia ou descia agora. — Agora pode voltar. O chá já está acabando. Tsc, tsc, tsc. — estalou a língua nos dentes em desaprovação, descendo as escadas. Herrisch ficou pra trás, ainda se recuperando e provavelmente morrendo de vontade de amaldiçoar ele.


Flourish 2: Gray

Da mesa dos professores, observava os alunos irem se acomodando nas suas próprias mesas. Olhava de longe, por cima do seu cálice de prata, analisando de um por um, lembrando de cada momento do ano passado.

O discurso do Diretor, e o momento que ele mais aguardava finalmente estava próximo. Os alunos desordeiros foram convidados a se levantar, para passarem a vergonha ante aos demais presentes, mas é claro que o esquecido diretor — que felizmente ainda se lembrava que era o diretor, pelo menos —teve de esquecer alguns nomes, como o da Srta. Dolben, entre outros. Lewis e Baudelaire foram então convidados a cumprir a primeira parte da sua punição, perdir desculpas publicamente. A Srta. Baudelaire foi a primeira, mas a sua escolha de palavras não o agradou nenhum pouco. Claro que Azazel não teve que pensar duas vezes antes de interromper.

That is not enough, Mlle. Baudelaire. — Apollion disse, inesperadamente alto, ainda sentado. A sua voz ressoou por todo o salão. I said apologize to Mr. Lewis. — as expressões de todos os presentes variavam entre caras de espanto e sorrisinhos de deboche Not to us. And you can swallow your sarcasm. You know well I have no trouble thinking of way worse detentions.



OFFGAME :


Última edição por Apollion Azazel em Seg Out 01, 2012 7:31 pm, editado 2 vez(es)
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Banquete de Abertura do Ano Letivo Empty Re: Banquete de Abertura do Ano Letivo

Mensagem por Isadore Baudelaire Seg Out 01, 2012 7:09 pm

Ao ouvir a voz de Azazel, e o que ele tinha a dizer, um milhão de respostas passaram pela cabeça de Isadore. Não tinha medo de professor nenhum, o que, naturalmente, incluía o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, portanto quase disse que ele poderia passar a detenção que ele quisesse, do jeito que quisesse, se quisesse, que ela não iria perder uma noite de sono sequer por conta disso. Também passou pela sua cabeça dizer a Chester que realmente sentia muito, mas só por não ter cumprido a sua promessa de matá-lo - embora nunca seja tarde demais para isso. No entanto, o que realmente pensava é quão duvidoso seria aquele método de educação que incluía humilhar os seus alunos, e fazer com que ficassem ainda mais irritados do que já estavam, como era o caso em questão. Isadore, entretanto, realmente se achava muito superior a todo o circo que o vice-diretor estava montando, e sabia que, se respondesse conforme queria, não estaria fazendo nada além de agradar a ávida plateia e, bom, ela não tinha vocação para palhaço.

Por conta disso, voltou ao picadeiro e deixou que o respeitável público saboreasse alguns segundos de suspense, antes de dizer:

- Sarcasmo? - e sorriu, talvez mostrando dentes demais - Ora, de forma alguma. Senhor Lewis, o senhor deve saber quão sinceras foram as minhas desculpas - é claro que não olhava para o seu rumo, porque, como deve ser engraçado perceber, ela não poderia fazer ideia de onde ele estava. - Portanto não tenho problemas para me repetir: Chester Lewis, me desculpe.

Desta vez, contudo, não voltou a se sentar, porque não queria ter que se levantar de novo, caso o megalocentrismo do vice-diretor não tivesse sido saciado. Conforme previra, ele queria mais:

- Por...

- … por atacá-lo com Magia das Trevas.

- Que fique bem claro para todos os presentes, que nenhum tipo de hex ou curse deve ser usado em fellow students. Certo, Srta. Baudelaire? - A garota entortou a cabeça e sorriu, docemente, em resposta. No entanto, isso não bastou para o professor, que perguntou outra vez: - CERTO? Srta. Baudelaire?

Isadore só conseguia pensar que ele, Azazel, não era um fellow student, então poderia utilizar qualquer hex ou curse que quisesse para entortar o seu nariz. No entanto, já estava começando a se irritar, então apenas mordeu o lábio inferior para conter as palavras feias nas quais estava pensando, e respondeu: Sim senhor.

- Pode se sentar agora - Ele disse, por fim.

Ok, tinha levado um tapa na cara - que permaneceria impune até o fim dos dias, diga-se de passagem - e ainda tinha que suportar toda aquela humilhação. Será que apenas ela conseguia enxergar o absurdo de tudo aquilo? Sentou-se, pensando se de lá da mesa da Corvinal seu primo estaria satisfeito com o espetáculo.

Resumo:

OFF: Tudo combinado, autorizado e sacramentado com o Codi, viu, gente? xD
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Mensagem por Musa Seg Out 01, 2012 11:43 pm




why so serious?



O DESPENCAR DE UMA ESTRELA
Por Rita Skeeter


Spoiler:

Suas mãos tinham amassado a nota do Profeta Diário com uma gigantesca careta sua se mexendo freneticamente na primeira página. Ah como ela odiava aquela repórter enxerida. Ela tinha tido sua casa invadida e por conta disso vinha sofrendo dos nervos. Para se acalmar, bebericava chá de mandrágora com papoula o que a deixava meio grogue. E aquela horrorosa com cabelos de ninho de passarinho tinha a audácia de dizer que ela não tinha talento algum. Justo ela, a cantora lírica mais bem paga da Europa, considerada a primeiro-soprano, honra dada somente às grandes vozes e cuja fora negada a Celestina Warbeck. Como ela ousava?

Bebericou um pouco mais de sua mistura de chá da garrafinha de bolso e começou a meditar buscando a paz interior. Quando terminou sua meditação estava tão absorta em narguilés, incenso e chá alucinógeno que definitivamente, Musa não estava nada bem. Aliás, estava mesmo era o oposto de bem. Tropicando, ela saiu de casa arrastando seu longo vestido de noite azul-mariposa-da-noite com paetês e um decote invejável. Totalmente um excesso para o Banquete de Seleção, mas ela não queria passar a falsa impressão de que era uma cantora digna de estar o Retiro dos Artistas como a perebenta Skeeter fê-la passar.

Quase morreu de dores nos pés depois de arrastar seu salto 15 agulha pelas vielas tortas e de terra batida de Hogsmeade. Iria reclamar com Azazel com certeza pela indelicadeza de não ter lhe mandado um coche. Aquilo era absurdo demais. Assim, tomou mais um gole de sua garrafa a fim de aliviar as dores dos pés. Nem soube precisar ao certo como tinha chegado ao Castelo. Se tinha sido recebida por alguém ou não. Estava pra lá de Bagdá e simplesmente deu por si, sentada na mesa dos professores, cintilando como mariposa.

Cochilou durante a seleção e o discurso de Odlavinou Saedrae. Infelizmente. Lutou em vão com as pestanas e só deu por si quando levou uma discreta cotovelada de alguém que poderia ter sido L’Druide, Samaraia, Azazel, o novo Chefe da Sonserina ou um gnomo imaginário, indicando-lhe que era hora de ir cantar o Hino de Hogwarts.

Com a coragem indômita de uma grifinória, Myrcella se pôs de pé e sentou no mesmo ato. Típica atitude de quem está tonto, como se não conseguisse parar em pé. Deu um sorriso débil para quem estava ao seu lado, sem notar de fato quem era e voltou a ficar de pé. Pisou na barra do vestido ao se levantar e fez seu corpo se projetar para frente na mesa dando mais destaque ainda para o seu decote extravagante. Riu, desajeitadamente saindo da mesa finalmente e indo se prostrar no púlpito outrora ocupado pelo diretor.

Como o hino de Hogwarts é::

O que a Musa cantou::

O silêncio foi geral quando o momento Vanusa erra o hino nacional acabou. Desconfortáveis os professores não sabiam o que fazer até que no fundo do salão alguém começou a rir e a risada foi feito pólvora de rastilho, se espalhando. Em pouco tempo o Salão todo estava rindo. Ao invés de aplausos ela tinha recebido risadas.

No seu subconsciente ela não sabia que tinha cantado tudo errado. Estava muito perturbada. E num acesso de raiva, saiu gritando e atirando pratos a torto e a direito num momento Britney Spears espanca paparazzo. Em tempo, sentiu braços lhe contendo e sua consciência indo para junto de Morfeu. A última coisa que viu ates de apagar de vez foi do rosto de seu salvador, Sir Kenneth Arundell.





RESUMO



Musa se irrita com a matéria que saiu sobre ela no Profeta Diário, amaldiçoando Rita Skeeter. Vestiu-se exageradamente para o Banquete de Abertura, onde esteve aérea o tempo todo por ter bebido muito chá calmante de mandrágora com papoula e errou o hino de Hogwarts num momento Vanusa. Com as risadas do Salão Principal, a cantora se irritou e saiu atirando pratos para todos os lados sendo contida por Sir Kenneth Arundell e desmaiou.
isso



nath ♥ ops


Musa
Musa
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Mensagem por Gabriella Alleborn Ter Out 02, 2012 2:49 pm


Resumo e OFF:


Everyone's got their chains to break
Holding you
Were you born to resist?
Or be abused?

I swear I'll never give in
I refuse
Verdade seja dita, aquele ano poderia ser considerado o ano da invasão Alleborn e adjacentes. Sendo bem sucinta, teríamos, inicialmente, Gabriella e Michael Alleborn, irmãos, sendo primos diretos dos recém-transferidos gêmeos Brigitta e Karsten Alleborn, e todos eles sendo primos distante de Rachel Lowell Alleborn e Louise Armistead. Não ficando satisfeitos em serem parentes dos povoadores da terra, Gabriella e Michael eram primos também de primeiro grau, desta vez pelo lado materno, de Anna e Anthony Blanche, e todos tinham alguma vinculação esquisita com Aimee Lendsbrug. E era esse grupo, fora Louise e os recém-transferidos Alleborns (haviam ficado no meio do caminho para pormenores sobre suas transferências), que andava em bando em direção ao Salão Principal.

É preciso notar que nem todos do grupo se davam bem, existindo sérios problemas entre muitos deles, mas infelizmente, de uma forma ou outra, as amizades os conectavam. Gabriella, por exemplo, era bastante apegada a, além de Anna e do namorado (Anthony), à Rachel, que apareceu de surpresa, de forma que ela pôde considerar que ela ali fora a única boa noticia do dia. Como ela não pôde segui-los, no final das contas quem havia sobrado era apena os dois casais e Aimee (por quem Gabriella nutria uma certa antipatia, pela casa, mas nada podia fazer visto que formava, junto com os garotos, um trio).

Quando chegaram as portas de madeira que davam para o ambiente estrelado, mais da metade do grupo se dirigiu a mesa da Sonserina (Gabriella e Anthony despediram-se com um abraço apertado, e sorrisos nos rosto), enquanto Anna ia para a da Corvinal, e Gabriella para a da Grifinória. A loira se sentou perto dos amigos e até queria, mas não pôde evitar os comentários sobre os assuntos do trem. Foi com eles, também, que se informou de maiores detalhes sobre tudo que havia ocorrido durante a viagem. Os aurores, as bombas, comentários entendidos sobre as detenções... Ao longo da conversa, seu subconsciente ia recuperando várias informações que ele captara, mas a raiva da menina a fizera apenas deixar de lado.

Então a seleção começou (aparentemente uma das novatas era parenta de uma sonserina absurdamente estranha que fazia Gabriella olhá-la torto), e logo após os transferidos entraram. Viu Brigitta e Karsten dirigirem-se, daquela forma arrogante, para a Sonserina (Karsten não conseguindo evitar olhar o banco que iria sentar, por conta de seu toc infernal com limpeza), e, para sua gratificante surpresa (a única do dia), Rachel ir para a mesa da Grifinória. Gabriella ergueu um dos braços para indicar onde estava, chamando-a.

Rachel era mais ou menos como ela: uma rebelde. No entanto, enquanto a menina juntava forças para derrubar os Alleborn, Gabriella tinha ambições maiores... O que não significava que elas já não estivessem marcadas como ovelhas negras dentro do clã por suas incontáveis travessuras. Infelizmente não tiveram muito tempo para se falarem direito: o discurso do diretor logo começou.

(Gabriella gostava de Saedrae, de verdade. Parecia ser um dos professores mais centrados, embora nunca tivesse tido aula com ele ou contato mais próximo (por pouco, visto que não foram poucas as vezes que fora ameaçada de expulsão). Anna sempre falava dele, e talvez isso só tenha aumentado o respeito da grifinória pelo adivinho.)

Algumas alfinetadas iniciais (como o fato da Lufa-Lufa ter embolsado a taça do campeonato anterior de quadribol, justo quando ela era a capitã do time; e a Sonserina ter ganhado a Copa), e a trágica confirmação de que o Ceifador era não só chefe do Covil Verde, como professor da matéria que ela mais odiava. Com professores velhos e estranhos como a tal da Jagger, Gabriella já estava acostumada, afinal Cooper deveria querer competir com ela nisso.

E então avisos, até que aquele chegara. O diretor chamando o nome dos infratores. Gabriella realmente não se importava com isso, então não foi demonstrando qualquer tensão que ficou de pé. Do sermão, captou algumas coisas que talvez lhe dissessem respeito, mas a maioria eram apenas aquelas coisas que os adultos tentavam encontrar para justificar certos atos. Quando as cartas aos pais... Bom, sua mãe (considerando a ausência de Ralph), já deveria estar acostumada aquele tipo de correspondências – e ela já estava acostumada a levar algumas punições nada gentis por isso... Só não havia gostado nada de ser forçada a passar mais tempo com o professor de olhos feios, Azazel. Se um depois da detenção ele aparecesse morto, bom, ninguém mandara colocar Pointer, Wolfsbane e Alleborn juntos. E olha que até que Azazel de sorte que não seria Fae no comando das coisas.

E então as outras detenções foram anunciadas e, daquela vez, ela não foi capaz de evitar entrar em estado que beirava a fúria. Simplesmente a ideia de Chester Lewis ter que se humilhar – porque, naquele caso, pedir desculpas era se humilhar – lhe parecia obtusa. Não importava quão traquina Gabriella Alleborn parecesse, ela havia nascido no berço da aristocracia. Havia, pelas próprias experiências com a justiça negligente, pelo que havia ouvido dos parentes (sua mãe, por sinal, certamente era maior idealista que Hogwarts deveria ter visto e ela soubera passar a filha tudo que acreditava), formado suas ideias. E elas haviam sido lentamente entalhadas em sua mente, e ninguém as roubaria: ela morreria pelas palavras que iria dizer.

Teria gritado ali mesmo que era errado, mas o pouco de bom senso que possuía disse que era melhor esperar a Baudelaire se pronunciar primeiro... E então Baudelaire levantou-se. Discursou com tanta arrogância que Gabriella concentrou-se em apertar forte a borda do banco em que estava sentada. “Controle-se! Controle-se!”, ela mentalizava. Azazel, num surto de sanidade, interferiu, fazendo a menina realmente pedir desculpas, mas no final das contas, de que adiantava? Um pedido insincero, não resolvia nada. Apenas criava rancor pela humilhação e não passava de um meio para acalentar a consciência dos adultos. Tudo continuaria igual.

E então foi a vez de Chester falar. Mas não foi ele que se manifestou primeiro.

- Chester Lewis não vai pedir desculpas a ninguém. – Sua voz soou alta e imperativa, como sempre. Alguns confundiam aquilo com presunção, soberba, mas era apenas a certeza de que estava fazendo algo correto. A certeza de que, enquanto estivesse viva, não iria permitir que injustiças fossem esfregadas nos outros em sua presença. Poderiam prendê-la, expulsá-la, mas isso só indicaria que tinha razão. – Se defender é um crime?! Defender a própria honra, a própria consciência, é um crime? Não importa o que ele estivesse fazendo, é fato que não atacou ninguém quando abriu a porta daquela cabine infernal! Ele ofereceu uma bebida, e o que ele obteve de resposta? Humilhação não só da parte dos Baudelaire, porque eu sei tinha mais gente naquela cabine e nenhum deles foi sequer citado em canto algum! – E aquele tipo de negligencia só criava pequenas cobras infernais, as pessoas que sujariam o mundo alguns anos mais tarde. Aliás, já estavam sujando. Tinha a leve impressão de que Michael e Anthony estavam na cabine que se feria, porque até onde sabiam eram amigos, mas nenhum dos dois era dado a chegar ao ponto que Chester havia lhe relatado, ainda no trem. – Eu tive que escutar que ele teve lamber o chão! Lamber! E olha, pra maioria das pessoas, dois (Três? Cinco?) contra um funciona muita bem pra amedrontar! – Mas não ela, jamais ela, ou não estaria de pé naquele momento despejando toda a sua raiva, colocando-se a prova de tudo que pudessem vir a fazer para se vingarem depois. – A resposta dele foi uma defesa sutil se querem saber! E se a Escola tão estimada não defende os alunos apropriadamente (porque, desculpa, mas fazer a vítima pedir desculpas é a forma mais vulgar de se obter paz), tirar o direito deles se defenderem beira o irracional! A justiça com as próprias mãos existe porque a justiça institucional ignora justamente essas pequenas coisas que no final resultam em um bando de pessoas trabalhando, matando e morrendo, para conter a parte suja do mundo! – Ela sabia disso, porque por vezes via os tios chegando em casa em condições precárias. Quantas vezes já vira sua avó, uma adivinha, parecer temerosa pela segurança das filhas? Ela poderia ser uma criança, mas mesmo assim temia pela vida dos que prezava. E eles não teriam suas vidas postas tão desnecessariamente em risco se as coisas funcionassem devidamente. – E ainda puniram os amigos que, bem ou mal, estavam apenas tentando tirar daquela zona um cara que sofreu um ataque de Arte das Trevas! Aqueles feitiços condenados porque não tem cura, que nem podem se comparar a uma simples azaração! E mesmo assim, tudo que eles fizeram, foi salvar o Chester e correr! – Ela pegou ar, mas não permitiu que ninguém a interrompesse, aumentando o tom de voz quando continuou. A imagem de Christopher Blanche, o cara mais horando da face da terra, e sua única figura paterna, piscou em sua mente e ela encheu-se ainda mais de coragem. – O Chester não vai engolir essa hipocrisia sozinho! Eu não vou permitir que vocês joguem em cima de ninguém essa droga de ordem social sem sentido! – Finalizou, tão voraz como quando havia se levantado.

(Se houvesse ali, algum aluno que tivesse estudado ou lecionado em Hogwarts na época de sua mãe, Charlotte, certamente a reconheceriam naquela atitude. Quase se podia ver a aura da mulher que até hoje mantinha a mesma postura, atrás da criança. Gabriella não era a primeira aluna a se erguer contra o sistema daquela forma impetuosa.)

Só definitivamente não esperava que fosse encontrar apoio numa das pessoas que menos valorizava em sua casa.

Gryffindor

Gabriella Alleborn
Gabriella Alleborn
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Mensagem por Gerry Vakarian Ter Out 02, 2012 2:50 pm

.09


A cerimônia de abertura do ano sequer havia começado, e Gerry sentia-se como se tivesse deixado quase uma década inteira para trás desde que saíra de casa, na manhã daquele sábado. Havia perdido sua vassoura para deter um carrinho desgovernado em King’s Cross, enfrentado um incêndio no trem e feito boa parte do trajeto até Hogwarts ainda coberto de fuligem porque, depois de todo aquele caos, ninguém tivera a presença de espírito de sacar a varinha e resolver a situação. Tinha visto Sanjaya Gupta trair o pacto não escrito que tinha com ele e Sheppard, para minutos depois assistir enquanto o amigo perdia tudo em uma fogueira – ironicamente, algo que tinha servido como aquecimento (com o perdão da piada) para que o holandês agisse contra o estrago no Expresso. E ainda tivera tempo de lidar com o clima esquisito no vagão onde se arranjaram, com o humor inexplicavelmente instável de Sheppard e o mel espalhado pelos casais de namorados.

Verdade seja dita, não fossem os sanduíches de lombo, seu humor teria descido vertiginosamente ladeira abaixo – e fosse como fosse, não estava nem de longe no melhor dos espíritos.

Assim, com a cara mais amarrada que de costume, o maxilar projetado para a frente, Gerry foi buscar seu lugar à mesa da Grifinória, acompanhado por Gupta – que, ainda que tivesse mais motivos que o próprio holandês para estar de mau humor, bem tentava deixar o clima mais ameno. Uma tarefa no mínimo inglória, considerando que os dois cabides orelhudos da casa dos leões estavam, cada qual à sua forma, amuados e distantes. Foi apenas na reunião no Salão Principal, aliás, que Vakarian teve a chance de trocar algumas palavras com a amiga que, segundo os jornais informaram, havia perdido tudo durante as férias de verão. Não que fosse bom com palavras de conforto (nem de longe era, Sheppard bem o sabia), mas Cousland também não era do tipo que precisava desse tipo de coisa. À sua maneira, o rapaz conseguiu deixar claro para a animaga que, no que ela precisasse, ele estaria a seu lado – assim como as portas de sua casa estavam sempre abertas.

A conversa acabou interrompida, porém, com os ritos da noite que seriam conduzidos pelo Diretor, um homem bom, mas Gerry, acostumado que era à rigidez da própria família, às vezes se perguntava se Saedrae não era afável demais – considerando o comportamento de uns tantos colegas e até mesmo alguns professores, talvez Hogwarts não estivesse preparada para algo que deveria ser normal. Veio todo o ritual da seleção, durante o qual o garoto bem se esforçou para demonstrar entusiasmo a cada novo aluno enviado para a Grifinória; eram, quem sabem uma chance de tornar as coisas ali melhores. Em seguida, o a apresentação dos novos docentes, parabéns à Lufa-Lufa e à Sonserina – respectivamente campeãs do torneio de quadribol e da Copa das Casas – e, por fim, os avisos da noite.

Foi quando a situação começou a ficar incômoda de verdade.

Ao que o Diretor mencionou “delinquentes trouxas”, o holandês teve de trocar um breve olhar com Gupta e, imediatamente depois, foi procurar com os olhos por Sheppard, lá na mesa lufana. Conhecia bem a índole orgulhosa que se escondia por trás daquele jeito manso do canadense, e imaginava que aquelas palavras, se não tinham descido bem nem mesmo para ele, certamente tinham mexido com o amigo que vinha de uma família trouxa. Mas isso foi só o começo; a situação desandou de vez quando foram anunciadas as punições aos infratores pegos no trem e, com isso, a garota Baudelaire e Lewis, o americano, foram chamados a se desculparem diante de todos. Ela primeiro, sendo coagida pelo professor Azazel a fazer o pedido da forma devida e, em seguida, Gabriella Alleborn se levantando para, com um discurso inflamado, se rebelar contra o que era pedido ao corvinal.

Gerry Vakarian nunca imaginou que viveria para ver o dia em que concordaria com a Encrenca Encarnada. Pior: que se levantaria para apoiá-la.

– Professor, o senhor me desculpe, mas a Alleborn tá certa. – Ergueu-se da cadeira e emendou tão logo a garota parecia ter terminado seu discurso improvisado, impostando a voz com a gravidade e a seriedade que a situação pedia. Notou os olhares sobre ele, especialmente dos dois amigos com quem conversava até instantes antes; não gostava de chamar atenção, mas também não se deixou intimidar, prosseguindo com a firmeza que, tinha que admitir, herdara do pai auror. – Se o Lewis fez qualquer coisa contra o patrimônio da escola ou contra qualquer regra, que ele peça desculpas ao corpo docente. À escola como um todo, até aos colegas. E por favor, vamos estender esse convite a todos nós que já demos um passo fora da linha, porque não somos poucos. – Foi difícil conter uma sombra de sorriso enquanto fazia um gesto amplo com o braço, indicando todo o salão. Quem ali, afinal, não tinha levado uma bela detenção por motivos talvez até mais graves? E a punição dada a Lewis seria a mesma que a passada a uma garota que tinha usado artes das trevas para atacá-lo? Não. – Agora, se a ideia é fazer com que ele peça desculpas por ter se defendido, e com isso nós encerramos o assunto do Expresso, sinto muito, mas tem algo de muito errado acontecendo. Se é pra ser assim, diante da escola toda, a gente tem que entender o que é que está acontecendo, não tem? Porque eu não quero ficar aqui ouvindo desculpas vazias. E acho que eu não sou o único.

Sentiu um tapa no ombro: era Cousland, de pé ao seu lado, oferecendo apoio. Gupta também se levantou, e pelo olhar que ofereceu a Gerry, o holandês bem soube que, caso deixasse o salão, poderia contar com a companhia do amigo. Buscou então Sheppard na mesa da Lufa-Lufa, e viu que ele já estava de pé.

Ainda tinha o sangue fervendo nas veias, as orelhas provavelmente vermelhas pelo misto de nervosismo e irritação acumulados ao longo do dia e que explodiam agora, mas não importava. Tinha dito o que precisava dizer, e sabia com quem podia contar.

Resumo:
Gerry Vakarian
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Mensagem por Aidan Sheppard Ter Out 02, 2012 3:10 pm

.13

Como se já não bastasse todo o espetáculo ao qual tinha sido exposto (e pirotécnico, Hogwarts estava atrasada no quesito de diversão, a Disney fazia isso há anos), tudo o que Aidan não esperava era ganhar uma indigestão. As coisas tinham começado a desandar quando o diretor, por infelicidade, implicou que só existia delinquência juvenil entre os trouxas. Ele teve certeza de que tinha sido sem querer, coisa de bruxos como já tinha visto mil vezes, que não entendiam o mundo além do círculo fechado deles e não percebiam que a maioria do mundo era trouxa (que termo mais infeliz) e teria sentido até mesmo simpatia pelo diretor, com o grande coração canceriano que o lufano tinha, o homem também era uma figura quase paternal e bastante simpática, isso se não fosse naquele dia. Naquele dia tudo o que ele pensava era que se sentia muito orgulhoso por ser um nascido trouxa e que seu pessoal não saia causando balburdia só com a força do pensamento e da vontade e uma varinha.

Buscou Gerry Vakarian imediatamente com os olhos, uma figura alta que se destacava na mesa da Grifinória, e soube que ele provavelmente tinha pensado a mesma coisa, Gerry tinha aprendido umas quantas coisas do mundo como ele era de verdade quando começara a andar por aí com Sanjaya Gupta e com ele, Aidan Sheppard.

Mas daí vieram as punições dos alunos que tinham feito todo o rebuliço no trem e Aidan teria passado batido por isso, deixando as palavras correrem por ele enquanto finalmente podia aproveitar o cheiro de roupas limpas sem fuligem e comida quente, não fosse Gabriella Alleborn e Gerry Vakarian se pronunciarem sobre a situação. E aí sim, aí o canceriano sentiu algo se desenroscar dentro dele, franziu as sobrancelhas e se sentiu verdadeiramente incomodado, a um ponto da fome ser chutada para longe.

Ele nem era amigo de Chester Lewis. Conhecia-o sim, em parte porque era tão nascido trouxa como Aidan e porque morava pra lá do oceano como ele, mas só. Não eram colegas e não eram amigos, simplesmente conhecidos, e mesmo assim aquilo tudo embrulhava seu estômago de uma maneira que não pôde suportar a onda de palavras que ultrapassou sua garganta e nem sequer o tom ofendido de sua voz.

- Não, você não é o único, Vakarian. – ele se levantava de sua cadeira, as mãos soltas ao redor do corpo e o queixo erguido, sem medo algum de qualquer punição, sem sequer se importar com o nervosismo de falar em público e as cabeças que se viravam em sua direção. Afinal, ao que parecia, os como ele e Chester levavam punições a torto e a direito mesmo – E se metade disso for verdade, por favor, eu quero ouvir também. Afinal, também sou um nascido trouxa e, olha só!, é melhor saber desde já quando vai acontecer uma coisa dessas comigo, não é mesmo? Preparar um discurso pra quando eu tiver que pedir desculpas a quem fizer eu lamber o chão. – ele derrubaria ao chão e remoendo de dor quem fizesse isso, mas era um detalhe – Vocês falam “trouxas” como se fossemos todos delinquentes, mas pelo menos na minha terra ninguém nunca me fez nada disso, e nós temos um instituto que se chama Legítima Defesa e costuma se aplicar nesses casos aí, sabe, quando a ordem falha no que devia proteger. Sério, quero saber. Pedir desculpas por ofender o regulamento? Ok. Sou o primeiro a dizer que isso é bom pra todo mundo aqui aprender a ler as regras direito, mas por se defender?

Resumo:
Aidan Sheppard
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Mensagem por Apollion Azazel Ter Out 02, 2012 6:29 pm




Isso. Abaixe a cabeça, assim mesmo. Isadore Baudeilare se sentou. Muito bem.
— Very well. Lewis?

Mas antes que esse se levantasse, Alleborn se levantou. Mas era só o que faltava mesmo. Não bastava ser viciada em detenções, precisava de mais atenção. Interrompeu o correr da programação, alugando o salão inteiro com os seu discurso exagerado sobre justiça, e como ela sabia melhor do que a direção de como a situação deveria ser reparada. Adolescentes. Acham que sabem de tudo, que o mundo conspira contra eles, e que a sua justiça própria é a real e verdadeira. Não que Azazel desse a mínima pra justiça, era por esses showzinhos de carência de atenção que ele detestava os grifinórios. E daí se ia ferir o ego dele pedir desculpas? Grande coisa. Quem nunca sofreu uma injustiça ou problemas tem muito mais bagagem na vida do que os privilegiados por ela. O fato mais estranho de todos é que Alleborn não falava como alguém da sua idade, será se era ela mesmo? Ah, a insolência e impetuosidade eram as de sempre. Não tinha que se preocupar com poção polissuco ou algo do tipo... vai ver ela andou lendo demais, aprendeu a se expressar como uma adulta mesmo. Talvez pessoas assim, que adoram se sentir injustiçadas e lutam pelo fim do que consideram injustiça (tudo, diga-se de passagem) precisam desenvolver precocemente as suas habilidades retóricas. Mas falar pouco serviria, pois Azazel logo ia se encher silenciaria a todos. Só não fez bem nas primeiras palavras, porque esperava que o diretor o fizesse, o que não aconteceu.

Não aguentava mais ver aquela palhaçada, e o diretor, que também tinha o seu 'senso de justiça' elevado, observava a discussão, talvez realmente pesando todo aquele nonsense. Sério?
Mais um aluno se levantou falou e falou. Mais um. Não, aí já era de mais. Daqui a pouco Hogwarts ia virar o que, a Revolta dos Defensores? A casa da mãe morgana?

— Silêncio. — Azazel se levantou. Todos, até os rebeldes, estavam curiosos para saber o que ele tinha a dizer. Alguns se calaram só de medo mesmo.

— Nós NÃO vamos discutir com vocês os nossos métodos. — o diretor ia falar alguma coisa, mas ele pediu um tempo com a mão — Se vocês decidiram promover a defesa dos coitados e oprimidos, vão precisar se formar antes. E até lá, vocês vão acatar as nossas ordens, ou vão ficar suspensos da educação. O Sr. Lewis VAI pedir desculpas, e vocês fiquem fora disso, no seu lugar de alunos.

— Mas...
— NÃO... — quase gritou, fazendo quem quer que tinha tido a ousadia de tomar fôlego para interrompê-lo se calar com um reflexo — ...vamos discutir. Nós mandamos, vocês abaixam a cabeça.— Medidas indispensáveis para o manutenção da ordem... Isso aqui NÃO é uma democracia. Imagine só se começarmos a definir que é justo pela opinião de cada aluno? E dificilmente seria a sua justiça, Srta. Alleborn, ou deveria chamar Srta. Detenção? Talvez Srta. Confusão. Imagino a "justiça" que ia imperar aqui...

— *som de alguém puxando o fôlego para falar*
— U-MA ú-ni-ca pa-la-vra — Azazel voltou para a sua cadeira — e vocês podem usar quantas mais quiserem discutindo nas demais escolas de magia ou com seus novos tutores particulares. — E se sentou.


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Mensagem por Chester Lewis Ter Out 02, 2012 6:36 pm

Postarei logo após o Azazel, só reservando aqui!

Não me manifestei antes porque to overload com a faculdade, é bem provável que meu post sairá praticamente um flood, mas garanto que vou dar uma desenrolar nisso. Wink
Chester Lewis
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Mensagem por Derfel Heaney Ter Out 02, 2012 6:45 pm

O estomago de Derfel roncou alto e torceu para que ninguém tivesse ouvido era do tipo ogro que adorava se refestelar em uma boa mesa, se possível arrancar um pedaço de frango entre os dentes e deixar respingar algumas gotas de suco na camisa, mas a falação docente era interminável, nada contra os professores, pelo contrário até possuía admiração por aqueles bruxos, mas o protocolo era longo demais para quem estava faminto e ainda envergonhado pela pequena confusão do Expresso.

Tão longo que forçou o jovem Cadarn a prestar atenção no que estava acontecendo... “O quê? Atacaram covardemente um moleque? O forçaram a lamber o chão? Peraí... Agora o menino estava sendo obrigado a se desculpar?” O grifinório mediu de longe o pequeno Lewis, rapazote de olhos grandes, mas de aparência assustada, que parecia correr os olhos ao seu redor como se registrasse tudo.

Era óbvio, ao menos para Heaney que aquele garoto inofensivo usou o que achou mais efetivo para se defender de uma turma formada por alunos mais velhos. O que Hogwarts esperava dele? Que apanhasse quieto e chamasse um monitor ou professor quando pudesse? Que aguentasse todo o tipo de humilhação bem quieto enquanto seus algozes fossem perdoados com meras palavras? Palavras estas que obviamente eram declaradas sem o mínimo de arrependimento?

O problema era que Derfel não sabia palavras bonitas e impactantes como Gabriela, Gerry e Aidan, muito menos se achava tão carismático. Na verdade se achava um pouco simplório demais para estar no meio daquela revolução, mesmo assim não aceitou ficar calado, mesmo que por ventura, alguém risse dele ou Azazel o pendurasse pelas orelhas.

-Eu prefiro ser expulso a ver este tipo de coisa e não poder falar nada! Hogwarts não foi reconstruída pra que aceitássemos esse tipo de coisa senhor Vice Diretor! – Elevou a voz, mesmo sentindo que seu rosto queimava. – Acredito que muitos aqui pensam igual a mim, prefiro voltar para casa de cabeça erguida a ver um garoto ter que pedir desculpas por se defender e ter que me calar! Isso é simplesmente o contrário do que aprendemos aqui. – Engoliu seco porque sabia que não escaparia daquela situação sem um grande revés, mas também não poderia deixar que uma garota por menos indefesa que fosse, recebesse uma reprimenda por simplesmente emitir um parecer que era comum a quase todos.


off: Gente foi mals, só que meu post tb estava pronto e tals, seria um desperdício não postar e talvez se eu postasse depois ia ficar meio sem sentido!
Derfel Heaney
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Mensagem por Chester Lewis Ter Out 02, 2012 7:07 pm

2.1 - REVOLTA

Spoiler:

O caminho até a carruagem que conduziria o garoto Lewis ao banquete era doloroso, o turbilhão de sentimentos mesclados entre ódio e remorso aturdia seus sentidos impedindo qualquer racionalidade. As palavras do professor Azazel ainda ecoavam no seu subconsciente, tanto a sua penalidade, quanto a penalidade de Charles mantinham-se em um loop infinito. “Por quê?”, a palavra incessante o perturbava, era azeda e remetia a tudo que ele fez e não queria ter feito. Estava sem sua varinha e sem a menor dignidade, haveria Charles vencido? Tudo terminaria daquele jeito? A porta da carruagem foi aberta e ele entrou nela ainda incógnito. (...)

Sentado no Salão Comunal dava claros sinais de que estava enlouquecendo e mal observou a cerimônia de seleção, passou o tempo inteiro com uma pena rabiscando freneticamente sobre a mesa um pergaminho escrevendo o pedido de desculpas. Até que sentiu um leve cutucão, um colega da corvinal o avisou de que o diretor havia chamado seu nome. Fazendo um sinal positivo com a cabeça e levantando ainda meio atordoado e com um ar de vazio ouviu:

- Muito bem. Vocês proporcionaram um incidente simplesmente lamentável. Não compreendo como se dizem discentes de uma instituição deste nível e se comportam como... como... Como é mesma a palavra, Samaraia? Delinquentes trouxas. O que esperam obter com este tipo de espetáculo? Auto promoção? Glória? Satisfação pessoal? Tenham certeza absoluta que nenhuma forma de preconceito é aceita como concebível nesta instituição. E que fique claro que aqueles que optarem fazer justiça com as próprias mãos exigem um direito que vem acompanhado por uma série de responsabilidades. Por acaso passou pela cabeça de vocês que nenhuma punição seria aplicada? Saibam que uma mera liberalidade e respeito para com seus colega de casa, pontos não serão descontados. Apenas em respeito a eles. Os demais serão exemplarmente punidos. Desnecessário dizer que seus pais serão detalhadamente informados de tudo que se passou no trem, assim como as punições. Caso eles discordem ou julguem que as punições são imerecidas ou pesadas, sempre terão a opção de conduzir seus filhos para outras instituições de ensino. E a mesma opção tenho que deixar clara à vocês caso julguem-se merecedores de repetir tais atos, agora dentro de Hogwarts.

Lewis ouvia atentamente cada palavra do professor, sua mão começava a fechar o pergaminho de desculpas. Os olhos esbugalhados de ira foram substituídos por desespero no momento em que o Diretor citou que o ocorrido chegaria ao ouvido dos seus pais. “Quer dizer então que minha mãe vai ficar sabendo? Já que eu vou morrer mesmo, então nem vou pedir desculpas”, pensou rasgando o papel e jogando encima da mesa ainda encarando profundamente o diretor.

- Suas faltas não foram consideradas leves. O mínimo que se deve esperar, em um ambiente civilizado, é o respeito às normas cultas da cortesia e da educação. Assim... Sr. Lewis. Acredito que, tremendamente arrependido de suas faltas, o senhor esteja aguardando ansiosamente a chance de tomar a palavra e, publicamente, pedir desculpas ao Sr. Baudelaire por seu comportamento pouco cavalheiresco.

“Normas cultas? Cortesia? O que há de culto e cortês em bullying? Não importa quanto o vento sopre a montanha jamais se curva diante dele, eu não vou pedir desculpas”, fechou o raciocínio decidido e manteve-se calado. Viu então o Seadrae se virar para a mesa da sonserina e prosseguir:

- Tenho certeza que a distinta filha de uma família de tanta importância em nossa comunidade, sente-se profundamente arrependida pelos erros que cometeu e que reconhece como erros. Assim, justificando sua aristocrática posição, sei que lamenta profundamente que a primeira honraria tenha sido concedida ao Sr. Lewis, mas que almeja profundamente ter a chance de pedir publica e humildemente desculpas ao próprio Sr. Lewis, em virtude de suas faltas para com ele.

“A princesa e o plebeu, com ela você usa essa sua tal de cortesia, mas eu sou tratado como o tal delinquente trouxa, NÃO IREI PEDIR DESCULPAS”[i], ficou repetindo a última frase várias vezes no subconsciente na tentativa de convencer a sua mente daquilo. Seus olhos cruzaram com Isadore que tomou iniciativa:

- Sinto muito por ter defendido a minha família. Não faria isso quantas vezes considerasse necessário. E prometo que, de agora em diante, sempre tratarei Chester Lewis com a cortesia que ele merece.

[i]“Não aceito!”
, pensou e já iria verbalizar quando o professor Azazel entrou:

-That is not enough, Mlle. Baudelaire. I said apologize to Mr. Lewis. Not to us. And you can swallow your sarcasm. You know well I have no trouble thinking of way worse detentions.

“Lá vem bomba, na realidade, é provável que ele não esteja me protegendo, apenas tentando piorar a situação, esse cramulhão dos inferno”, pensou Lewis encarando os olhos amarelos de Apollion. Isadora então respondeu a Azazel:

- Sarcasmo? Ora, de forma alguma. Senhor Lewis, o senhor deve saber quão sinceras foram as minhas desculpas. Portanto não tenho problemas para me repetir: Chester Lewis, me desculpe.

“Não aceito!”, pensou e já iria realizar uma nova tentativa de verbalização quando Azazel e Isadore continuaram o diálogo, que foi finalizado com a arrogância de Azazel combinada com a senhorita Baudelaire sentando-se. O garoto Lewis posicionava-se para gritar um “Basta!” bem alto, contudo alguém agiu primeiro, uma voz feminina foi escutada por todo o salão, era a garota Alleborn que dizia:

- Chester Lewis não vai pedir desculpas a ninguém. Se defender é um crime?! Defender a própria honra, a própria consciência, é um crime? Não importa o que ele estivesse fazendo, é fato que não atacou ninguém quando abriu a porta daquela cabine infernal! Ele ofereceu uma bebida, e o que ele obteve de resposta? Humilhação não só da parte dos Baudelaire, porque eu sei tinha mais gente naquela cabine e nenhum deles foi sequer citado em canto algum! Eu tive que escutar que ele teve lamber o chão! Lamber! E olha, pra maioria das pessoas, dois (Três? Cinco?) contra um funciona muita bem pra amedrontar! A resposta dele foi uma defesa sutil se querem saber! E se a Escola tão estimada não defende os alunos apropriadamente (porque, desculpa, mas fazer a vítima pedir desculpas é a forma mais vulgar de se obter paz), tirar o direito deles se defenderem beira o irracional! A justiça com as próprias mãos existe porque a justiça institucional ignora justamente essas pequenas coisas que no final resultam em um bando de pessoas trabalhando, matando e morrendo, para conter a parte suja do mundo! E ainda puniram os amigos que, bem ou mal, estavam apenas tentando tirar daquela zona um cara que sofreu um ataque de Arte das Trevas! Aqueles feitiços condenados porque não tem cura, que nem podem se comparar a uma simples azaração! E mesmo assim, tudo que eles fizeram, foi salvar o Chester e correr! O Chester não vai engolir essa hipocrisia sozinho! Eu não vou permitir que vocês joguem em cima de ninguém essa droga de ordem social sem sentido!

Logo após Gerry Vakarian tomou a palavra:

- Professor, o senhor me desculpe, mas a Alleborn tá certa. Se o Lewis fez qualquer coisa contra o patrimônio da escola ou contra qualquer regra, que ele peça desculpas ao corpo docente. À escola como um todo, até aos colegas. E por favor, vamos estender esse convite a todos nós que já demos um passo fora da linha, porque não somos poucos. Agora, se a ideia é fazer com que ele peça desculpas por ter se defendido, e com isso nós encerramos o assunto do Expresso, sinto muito, mas tem algo de muito errado acontecendo. Se é pra ser assim, diante da escola toda, a gente tem que entender o que é que está acontecendo, não tem? Porque eu não quero ficar aqui ouvindo desculpas vazias. E acho que eu não sou o único.

Por último Aidan Sheppard:

- Não, você não é o único, Vakarian. E se metade disso for verdade, por favor, eu quero ouvir também. Afinal, também sou um nascido trouxa e, olha só!, é melhor saber desde já quando vai acontecer uma coisa dessas comigo, não é mesmo? Preparar um discurso pra quando eu tiver que pedir desculpas a quem fizer eu lamber o chão. Vocês falam “trouxas” como se fossemos todos delinquentes, mas pelo menos na minha terra ninguém nunca me fez nada disso, e nós temos um instituto que se chama Legítima Defesa e costuma se aplicar nesses casos aí, sabe, quando a ordem falha no que devia proteger. Sério, quero saber. Pedir desculpas por ofender o regulamento? Ok. Sou o primeiro a dizer que isso é bom pra todo mundo aqui aprender a ler as regras direito, mas por se defender?

“Obrigado pessoal, mas não precisa, eu já decidi o que vou fazer”, pensou ele e já estava abrindo a boca para falar quando Apollion soltou um sonoro “SILÊNCIO” que com certeza deixou surto os que estavam mais próximos.

- Nós NÃO vamos discutir com vocês os nossos métodos. Se vocês decidiram promover a defesa dos coitados e oprimidos, vão precisar se formar antes. E até lá, vocês vão acatar as nossas ordens, ou vão ficar suspensos da educação. O Sr. Lewis VAI pedir desculpas, e vocês fiquem fora disso, no seu lugar de alunos. Mas... NÃO... ...vamos discutir. Nós mandamos, vocês abaixam a cabeça. U-MA ú-ni-ca pa-la-vra e vocês podem usar quantas mais quiserem discutindo nas demais escolas de magia ou com seus novos tutores particulares.

- Eu prefiro ser expulso a ver este tipo de coisa e não poder falar nada! Hogwarts não foi reconstruída pra que aceitássemos esse tipo de coisa senhor Vice Diretor! Acredito que muitos aqui pensam igual a mim, prefiro voltar para casa de cabeça erguida a ver um garoto ter que pedir desculpas por se defender e ter que me calar! Isso é simplesmente o contrário do que aprendemos aqui.

Um garoto da grifinória retrucou:

“Perfeito, agora eu acho que ninguém mais se pronuncia”, o garoto Lewis empurrou seu prato um pouco para a esquerda, pisou com o pé direito na cadeira e subiu na mesa onde todos pudessem vê-lo. Fez uma reverência à mesa dos professores e começou:

- Olá a todos, meu nome é Chester Lewis. – O garoto virou o pescoço até Alleborn e disse – Obrigado Alleborn, apesar de nossas desavenças sempre tive você como uma amiga, mas não precisava se expor assim, na realidade os métodos de Hogwarts são tão arcaicos que um professor que passa mais tempo fazendo terror psicológico que ensinando é professor de DCAT – Deu um passo para trás e virando-se para Vakarian – Também agradeço Vakarian, mas fique tranquilo, o que você vai ouvir não chega nem perto do que seriam “desculpas vazias”, eu mesmo tratarei de passar o preto no branco agora mesmo. – Por último mirando a mesa da Lufa-Lufa disse para Sheppard – Sinto muito em te dizer isso Sheppard, mas enquanto você for trouxa sofrerá esse racismo que perdura desde a época de você-sabe-quem. No mundo trouxa, o preconceito é contra os negros e no mundo bruxo é contra os trouxas, eu ironicamente sou os dois. Por favor, sente-se e ficará feliz ouvindo o que eu tenho para falar –Virou-se para Heaney e disse – Olha, eu não te conheço, mas já vi que você tem a coragem dos grifinórios, vou pegar um pouco dela emprestada agora.

- O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. Com essa frase de Martin Luther King, eu deixo minha admiração a vocês que se moveram por mim, fico agradecido. – Fez uma reverência igual a tradicional reverência feita no início e final de um Duelo.

Spoiler:

Após relatar todo o incidente no Expresso, Chester começou - Durante toda minha vida, eu sempre sofri preconceito, tanto no mundo trouxa quanto no bruxo, pelos motivos anteriormente citados por sinal, contudo no mundo trouxa eu era mais infeliz porque eu não tinha um MOTIVO para viver – Seus olhos marejaram.

- Quando entrei em Hogwarts e percebi minha aptidão para Duelos graças ao professor Cooper, eu ganhei esse motivo e então me tornei pronto para viver. Mesmo com todo o ódio, as piadas e os infortúnios eu quis viver porque eu um dia seria o primeiro trouxa a ser o melhor duelista do mundo, podem rir, mas eu acreditava nisso, entretanto no momento em que eu saí daquele vagão e escutei o que o professor Apollion me disse, eu vi esse sonho passar por entre meus dedos.

- Eu tenho um sonho Apollion. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela sua raça ou cor de pele. E você professor, é um dos que mais corroboram com a destruição desse sonho. O senhor junto com seu terrorismo nas aulas, junto com sua arrogância, junto com a sua incapacidade de passar conhecimento. O senhor é tão bom professor quanto eu sapateio – Nesse momento o garoto sapateia todo desajeitado pisando nos pratos e talheres sobre da mesa.

- Eu poderia continuar falando a noite inteira, mas eu quero poupar o tempo dos presentes. Já que eu sei que quando minha mãe for comunicada sobre isso ela vai me bater até eu ficar branco, a minha deixa é... – Colocou a mão na cabeça e estralou o pescoço pros dois lados e deu dois pulinhos simulando um aquecimento – Se quiser me ver pedir desculpas ao cara que quase me fez lamber o chão, o professor vai ter de aplicar o Imperius em mim, eu sei que o senhor sempre quis que nós alunos fossemos fantoches. VOCÊ TIROU MEUS MOTIVOS DE SONHAR E VIVER, NÃO TE DEVO MAIS RESPEITO. ENTÃO, FAÇA! FOOL!

O garoto não acreditava no que tinha acabado de dizer e de fazer, pela primeira vez enfrentou seu medo do professor Azazel, pena que pelo visto seria a última.


Spoiler:


Última edição por Chester Lewis em Ter Out 02, 2012 8:21 pm, editado 2 vez(es)
Chester Lewis
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Banquete de Abertura do Ano Letivo Empty Re: Banquete de Abertura do Ano Letivo

Mensagem por Sam Gupta Ter Out 02, 2012 7:42 pm

Sanjaya Gupta não era bom com as palavras. Não era de se envolver na briga alheia, também – quem fazia isso era Gabi, e diabos, o papel dele quase sempre era salvar a (ex-)amiga das trapalhadas em que ela se envolvia “em nome da justiça”.

Mas o Chapéu Seletor não tinha enviado Sam para a Grifinória à toa. Portanto, logo que aquele espetáculo – desde o começo, completamente dispensável – começou a se desenrolar no banquete de abertura, ele sentiu a boca do estômago apertar.

A menção a “delinquentes trouxas” já teria sido suficiente para que o descendente de indianos perdesse o apetite. Não tinha problemas com o Diretor Saedrae em particular, mas já era o sexto ano de Sanjaya no mundo bruxo, e não tinha sido tempo suficiente para que ele se acostumasse àqueles deslizes de preconceito que volta e meia escapavam da boca das pessoas boas, sem que elas sequer percebessem a gravidade do que tinham dito. Mas ele não disse nada, apenas trocou olhares com Gerry e Aidan, sabendo que eles entenderiam o que ele achava daquilo.

E então Gabriella se levantou e fez seu discurso, e por mais que ainda estivesse com um tanto de raiva enrodilhada no estômago pela bagagem perdida graças à garota, não podia deixar que isso embotasse o julgamento que fazia das palavras dela. Ela estava mais do que certa em defender a posição de Lewis naquele caso. Não achava que o corvinal fosse nenhum santo, não achava impossível que ele tivesse provocado a sonserina, mas nada – nada – justificaria o fato de ela utilizar um feitiço das trevas contra o garoto. Se Sam tinha uma certeza na vida, era de que o uso de artes das trevas jamais tinha justificativa. Mas ele não disse nada, apenas balançou a cabeça, afastando o prato diante dele como se a simples visão do banquete farto lhe desse nojo.

Então, pelo canto dos olhos, viu Gerry se levantar ao seu lado. Gerry, que – como ele – não se envolvia em assuntos que não lhe coubessem, não comprava brigas que não eram suas. Mas ele comprou aquela briga. E agora a briga era deles: dos três amigos (Aidan já se levantava na mesa da Lufa-lufa, expondo a indignação que compartilhara com Sam pelo termo que o Diretor usara), de Insye, de vários outros grifinórios e alguns lufanos e corvinais que, um a um, se levantavam para indicar que também não concordavam com o que a direção da escola estava fazendo. E Sam continou sem dizer nada. Não achava que fosse preciso; o gesto de ficar de pé já era o bastante para endossar as palavras dos colegas, que já tinham dito tudo o que ele pensava.

A reação do Vice-Diretor foi, portanto, apenas a gota d’água que faltava para arrancar a voz do garoto de sua garganta.

— Pode assinar minha carta de expulsão também, professor. — E se houve algum choque entre os amigos, na mesa da Grifinória ou nas outras, o garoto não registrou. — Se é isso o que Hogwarts tem a nos ensinar – a abaixar a cabeça e aceitar que as mesmas punições sejam dadas para crimes de gravidade e natureza totalmente diferentes –, se é isso o que a escola tem a oferecer, não sou eu que vou ficar aqui para aprender esse tipo de lição.


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Sam Gupta
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Banquete de Abertura do Ano Letivo Empty Re: Banquete de Abertura do Ano Letivo

Mensagem por Aidan Sheppard Ter Out 02, 2012 7:46 pm

.14

Se tinha uma coisa que Aidan Sheppard não era era causador de confusão. Aliás, ele era geralmente uma pessoa calma, que se mantinha à margem desse tipo de acontecimento porque acreditava que metade de tudo aquilo podia ser resolvido sem exageros. Era por isso que tinha continuado na monitoria, mas também porque tinha um profundo senso de justiça, incorruptível, que valorizava as ações acima até da própria consequência. Ele era, no final das contas, um escoteiro, típico bom moço, filho de militar.

E agora ele batia os dentes uns contra os outros porque não conseguia subir a onda que o tomou de assalto. Entendeu, finalmente, o que os grifinórios sempre sentiam, e não fez questão de disfarçar em seu rosto o quão profundo era seu desagrado pelo que estava acntecendo. Foi respirando pesado, ouvindo todo o discurso de ditador do vice-diretor, que ele finalmente notou que não estava tão sozinho assim quanto pensava: além de Gabriella Alleborn e seu melhor amigo, Gerry Vakarian, agora ele podia notar Anjali Malhotra na mesa da Lufa-Lufa; Insye Cousland, Fae e Elliot B Pointer, Jenna-Louise Collie, Virgínia Del Aguirre, Sanjaya Gupta e Derfel Heaney pela Grifinória; Henryki Dravim, Anna Blanche e Anakin Lachlan na Corvinal e havia até mesmo alguém na Sonserina, Bran St. Legder. Ele sabia o nome de todos, não travava mais do que conhecimento superficial com eles mas, desde que tinha sido nomeado monitor no ano anterior, tinha se achado no dever de aprender nomes e rostos - e achava que não ia esquecê-los nunca mais depois disso.

Respirou fundo, ao som de vários "Comensal!", ou "Hitler!" (certamente mais nascidos trouxas como ele) e até mesmo um "Umbrige!" que ele sequer percebeu de onde vinha, nem precisava perceber, bastava saber que não era o único a ver todo o equívoco daquela situação, todo o racismo incutido, mesmo que não parecesse, e disfarçado com a bandeira de ordem social. Aquilo não era ordem social, aquilo ia contra toda e qualquer norma natural e contra todos os direitos que tinham sido tão arduamente conquistados após uma guerra. Ele não tinha lutado na guerra, mas talvez não estivesse vivo e livre se não fosse por ela, então tinha Harry Potter e todos os que lutaram em sua mais alta estima.

Porque quer dizer que nem sequer direito a se manifestar eles tinham? Tinha só que abaixar a cabeça e fingir que tudo o que estava sendo dito era um dogma, uma verdade universal? Não. Ele não era grifinório e nem conhecia o mundo bruxo direito, mas ele era lufano e protegia tudo o que achava certo com tudo o que tinha e agora ele sabia que se se sentasse e colocasse batatas no prato e fingisse que nada tinha acontecido, jamais poderia perdoar a si mesmo.

Se fosse expulso, sua mãe ia entender - nem tinha pretendido voltar a Hogwarts nesse ano, só queria arranjar um emprego e cuidar dela. E ela seria a primeira a recoonhecer que ele não podia ficar quieto perto disso, ela sentiria orgulho dele. E era uma mulher dessas, uma trouxa, que as pessoas bruxas (e pessoas de todos os tipos, boas ou más, mas ainda pessoas) olhavam torto e se diziam superior? Não. Não era verdade.

Ouviu as palavras de Derfel, logo após o discurso facista do vice-diretor, e não podia ter se sentido mais justificado do que aquilo, então bateu palmas, sonoro e alto, ouvindo o eco de Jahli e Gerry que repetiam suas ações, assistindo Sam se levantar também.

- Não. - foi a única coisa que sobrou a ele dizer, depois dos discursos de Sam e Derfel e até de Chester, o coitado que tinha sido humilhado e obrigado a se desculpar por isso, que resumiam cada gota da lava que corria em seu sangue - Não. Eu não vou sentar. Posso ser expulso mas vou estar em paz comigo mesmo sabendo que fiz o que era mais justo. Porque houve tanta luta por nossos direitos, nascidos-trouxas, mestiços, puro sangue, é tudo a mesma coisa, todos os que foram injustiçados e finalmente podem respirar. E agora isso? Já não é mais só por você, Lewis. É por princípio. Eu não quero viver em uma escola onde pessoas como você e eu são humilhadas e tem que abaixar a cabeça e dizer amém. Não! Facismo, Hittler, ditadura, lutamos todos contra isso, trouxas ou bruxos ou fadas ou o que for, até anões, eu não vou trair todo mundo que fez possível a liberdade acontecer. Não.

E podiam pendurar sua expulsão no seu currículo, ele ia gostar, como um dos vários badges do escotismo que tinha acumulado ao longo dos anos.

Resumo e OFF:
Aidan Sheppard
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Banquete de Abertura do Ano Letivo Empty Re: Banquete de Abertura do Ano Letivo

Mensagem por Pandora F. Nollyn Ter Out 02, 2012 7:54 pm


Banquete de Abertura do Ano Letivo Tghd
We don't need no thought control...
Pan veste: isso.
Resumo:
Pan aproveita o banquete entediada. até a revolução. Onde vê Anakin Lachlan participando e contribui com um lindo discurso a lá anarquia. Terminando por sua varinha explodindo de vontade própria e quebrando a mesa da sonserina de modo que a menina se sente e fique tentando concertar o estrago.
Pandora estava satisfeita com a volta ás aulas até o momento. Nada realmente significativo tendo em vista o fato de que nada GRANDE havia acontecido para a lembrar o porque, de realmente gostar mais da escola do que de casa. O papo que havia batido com sua prima no trem não havia sido nada mais que casual e nem ao menos ás novidades das férias haviam contado uma para a outra. A festa serviu para que entornasse umas, mas sua cabeça já havia recuperado praticamente toda a sanidade. E ao descer havia ficado amiga de um colega de sua casa que sinceramente, só havia visto de vez em quando pelos corredores.

Sua vida escolar estava, até agora, um tédio. A seleção e os avisos rotineiros eram passados e a jovem aguardava ansiosamente pelo delicioso banquete que seria servido. Não conseguia saber se sentia realmente fome, ou se era simplesmente um resultado de seu tédio total. No entanto as coisas começavam a melhorar. Talvez porque fosse impossível não se contagiar com as palmas de quando a seleção ocorria, talvez porque o hino de Hogwarts simplesmente prometia ser épico! A musa chegava cambaleando de um lado para o outro, ou quase isso, e então trocava as palavras. Pandora foi uma das que não simplesmente riu do acontecimento, como também bateu palmas para este.

Mas ninguém, simplesmente ninguém esperaria pelo que viria assim que a comida estava á mesa. Os detentos que estavam sendo punidos, ou não punidos e haviam trocado resmungos e indiretas entre si até então estavam sendo motivo de um pequeno rebuliço, bom, não REALMENTE pequeno. Pessoas se levantavam e falavam sobre a justiça. O respeito. A dignidade e outros bla,bla,blas. Pan poderia se encostar na mesa e dormir durante tal. mas apenas assistia. um sorrisinho no canto dos lábios que a levava a parecer intrigada.

Até que, bom, Anakin Lachlan, seu corvinerdzinho fofo não poderia estar fazendo isso? Em meio a todo aquele rebuliço sem sentido. o loirinho não só havia levantado na mesa da corvinal. Parecendo até então estar completamente sozinho naquela mesa azul ao contrario da mesa da grifinoria. Como também subia em cima da mesa da corvinal para contestar não qualquer professor mas o lindo e querido Azazel.

-Eu nem sou contra a ideia de terem de pedir desculpas para "fazerem as pazes" ou algo assim... Mas é uma total INJUSTIÇA fazer com que o garoto tenha de pedir desculpas em frente a todos sendo que ele não fez NADA de errado!

Batia o pé feito a criança pequena que era e Pandora simplesmente apanhava o que tinha mais próximo a si para mandar na cabeça do pequeno e fazê-lo descer dali. Será que ele não percebia a vergonha pública que ele estava trazendo para si mesmo? Ou pior, a irá que estava enfrentando? Mas assim como sua mão já estava na varinha para lançar uma azaração nas pernas do garoto e retira-lo dali. A voz de Azazel também estava pronta para castigar á todos e assim o fez, antes de Pan salvar o seu menininho da retaliação dos olhos amarelos.


Silêncio. Nós NÃO vamos discutir com vocês os nossos métodos. Se vocês decidiram promover a defesa dos coitados e oprimidos, vão precisar se formar antes. E até lá, vocês vão acatar as nossas ordens, ou vão ficar suspensos da educação. O Sr. Lewis VAI pedir desculpas, e vocês fiquem fora disso, no seu lugar de alunos. NÃO vamos discutir. Nós mandamos, vocês abaixam a cabeça. Medidas indispensáveis para o manutenção da ordem... Isso aqui NÃO é uma democracia. Imagine só se começarmos a definir que é justo pela opinião de cada aluno? E dificilmente seria a sua justiça, Srta. Alleborn, ou deveria chamar Srta. Detenção? Talvez Srta. Confusão. Imagino a "justiça" que ia imperar aqui... U-MA ú-ni-ca pa-la-vra e vocês podem usar quantas mais quiserem discutindo nas demais escolas de magia ou com seus novos tutores particulares.


Como podia?! Como podia aguentar aqui. Era como se a ordem estivesse sendo enfiada por sua goela e seu interior abaixo. Ficou subitamente em pé. E olhou para o vice-diretor até então tão adorado. O olhar de Pandora fervilhava e o julgava com toda a intensidade que poderia ter. INJUSTIÇA era o que eles diziam. Injustiça todos sermos oprimidos pelo erro de poucos... Pandora não se preocupava com Lewis, nem julgava Isadore por ter usado Dark arts, nesse. Mas, o idiota do lindo e gostoso professor de olhos amarelos havia clamado autoridade em um momento de pura revolução. Ele havia destruído o show que a jovem cobra assistia e acima de tudo, imposto limites. E os Nollyn odeiam limites.

Ou Apollion era simplesmente estúpido por achar que sozinho continha a todos ou simplesmente insano de não perceber que sua repressão funcionaria como um estopim de maio de 68 e generalizaria o assunto para algo além de seu motivo inicial. E o que antes começava com uma revolução estudantil (ou em prol da jutiça) ia para todos os campos(em prol de anarquia). Porque Pan simplesmente não ficaria cabisbaixa em frente a tal afronta a sua liberdade. Queria ele expulsar a todos os alunos? Pois pela crença de Pandora era assim que devia ser nesse caso. E por isso e até influencia de seus colegas partiu a um protesto sendo uma das primeiras sonserinas a se levantar do lugar onde estava sentada para esbravejar contra o vice. Mas foi interrompida por ninguém mais, ninguém menos do que, a vitima (Chester) e aquela criatura neguinha parecia não querer parar de falar! O que só aumentava a raiva de Pan por estar sendo privada de sua revolta contra os limites impostos pelo professor, até que então, disse algo de útil.

- Eu poderia continuar falando a noite inteira -"Por favor, não" pensou a menina. - Mas eu quero poupar o tempo dos presentes.- "graças a salazar!" - Já que eu sei que quando minha mãe for comunicada sobre isso ela vai me bater até eu ficar branco, a minha deixa é... Se quiser me ver pedir desculpas ao cara que quase me fez lamber o chão, o professor vai ter de aplicar o Imperius em mim, eu sei que o senhor sempre quis que nós alunos fossemos fantoches. VOCÊ TIROU MEUS MOTIVOS DE SONHAR E VIVER, NÃO TE DEVO MAIS RESPEITO. ENTÃO, FAÇA! FOOL!

Garoto de atitude, não? Pandy até sorriu ao final do discurso e riu um pouco do seu desafio explicito. Sabia que o rapaz devia estar penando em qual o tamanho de seu caixão e isso apenas deve ter deixado a vez do protesto de Pandora mais insano. Pois um sorrisinho debochado estava em seus lábios no momento em que está abria a boca para falar.

-Desculpe mas, eu estou em uma escola e escolas precisam ter regras? Sim! Mas para defender seus alunos. - "E para serem quebradas cá entre nós..." Riu baixo. - E manter a ordem! Não para expor os alunos dessa maneira ou deixar as injustiças correr solta para todos verem! Não sou contra os limites! - "Sou é sim, e dai?" - Nem estou lutando para defender á vitima desse caso. A questão aqui é que, esse preconceito... -"Eu devia virar política..." pigarreava. -Não! Essa opressão descarada! Remonta toda uma guerra pelo qual acabamos de passar e não dá pra ficar parado escutando sem fazer nada. Como ousam professores de Hogwarts! Hogwarts a escola onde Harry Potter estudou, onde Tom Riddle por pior que fosse aprendeu a respeitar pelo menos Dumbleodore, onde este grande bruxo fez sua carreira! Ficar quietos diante a tamanha afronta? Como ousa um destes ser aquele a fazê-la? ISSO NÃO É UMA DEMOCRACIA. Oras, sabemos disso, estamos em uma instituição hierárquica, mas nem por isso somos uma DITADURA.

Seu coração estava acelerado mas a raiva ainda não tinha passado precisava de algo mais. Algum feitiço alguma válvula de escape, mas não faria isso sozinha, não tinha motivos. Não podia dar a louca, estava sóbria... Sua varinha por outro lado... Em sua mão desde que Anakin subira na mesa, ainda bem firmemente segurada, explodiu. Não se explodiu. Mas gerou uma pequena combustão espontânea destruindo parte da mesa da sonserina e levando a jovem a fazer uma expressão de descontentamento e alivio ao mesmo tempo. E se sentar ao banco junto com os outros girando a varinha entre os dedos e passando para a outra mão onde murmurava "reparo" timidamente. Como se ninguém houvesse percebido, e então tentando novamente.


Última edição por Pandora F. Nollyn em Qui Out 04, 2012 7:22 pm, editado 2 vez(es)
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Série 4º Ano

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Banquete de Abertura do Ano Letivo Empty Re: Banquete de Abertura do Ano Letivo

Mensagem por Anna Blanche Ter Out 02, 2012 8:31 pm



Naquele instante, enquanto fitava as velas suspensas magicamente, iluminando o teto do Grande Salão, ela só queria escutar o discurso de abertura, depois de ver os alunos sendo selecionados, jantar sossegada e dormir uma pesada noite de sono, fingindo jamais ter passado por aquele pesadelo logo pela manhã. Ah o ledo engano. A verdade era que Hogwarts nunca seria um lugar calmo e pacífico. Caramba, a última batalha de Harry Potter contra Voldemort tinha sido ali, no restaurado castelo, mas ainda assim.

Hermi comentava alegremente sobre suas férias, lançando vez ou outra olhares preocupados para a mesa dos professores. Bom, devia ter haver com os sonhos que ela havia tido, e por consequência, precisaria da ajuda do diretor. Ele era quem as tinha ajudado com todas as dificuldades que o dom da adivinhação trazia, e ainda que Anna tivesse sido relutante inicialmente, hoje era demasiadamente grata.

Viu os monitores entrando e os alunos sendo selecionados (e obviamente aplaudiu todos, especialmente os que pararam na Corvinal). Também aplaudiu quando a copa de quadribol ou a taça das casas foi mencionada. Aplaudiu até quando os novos professores foram anunciados, ainda que tenha feito uma careta involuntária ao ver a nova professora de adivinhação. Ela não parecia muito disposta a ajudar quem precisasse realmente. E uma porca?! Ah depois daquele dia melhor nem tentar saber por enquanto

E tudo correria da maneira mais sutil, assim ela esperava, até que tudo aconteceu. E foi tão rápido que a menina precisou um cutucão nada sutil de Croft, que estava do seu lado direito, para fechar a boca, tamanho seu choque. Piscou também algumas vezes, claramente incrédula, esperando que alguém lhe beliscasse e gritasse que era brincadeira. Merlin tinha até mesmo se esquecido de ficar envergonhada/aborrecida com o nome de sua prima sendo citado em alto e bom tom.

Porque as coisas tinham limite. E ali estavam tentando impor isso, mas estavam impondo os limites errados, distorcendo as coisas... Quando viu o que tinha acontecido com seu colega da Corvinal e o que o professor Azazel o obrigaria a fazer arregalou os olhos, tapando a boca com as duas mãos, estarrecida. E o teatro começava e a menina se sentia cada vez mais enojada. Ah seus bons tempos de pular refeição... Talvez voltasse a fazer isso.

Merlin não deixa”, foi tudo que sua mente, até aquele instante vazia, conseguiu formular ao ver que era chegada a vez de Lewis pedir desculpas. E ela podia até ter um pé atrás por saber como ele tinha feito Gabriella ganhar uma detenção injustamente, mas nada, nada mesmo justificava aquilo. Era limpar sujeira com mais sujeira. Era repugnante. Mas alguém se levantou e começou a falar. E quando reconheceu o tom de voz, a menina conseguiu se acalmar e muitos até diriam que um discreto sorrisinho surgiu em seus lábios. É, aquela era sua prima.

Imediatamente depois, Gerry Vakarian também se pronunciou. Poxa, ele não parecia ser do tipo que buscava briga, mas como sua prima, ele estava coberto de razão. E logo em seguida, Aidan Sheppard, extremamente certo em estar receoso. Realmente aquele tipo de detenção abria incontáveis precedentes; ainda mais em um Mundo Bruxo, onde durante a segunda guerra de Voldemort, nascidos trouxas foram quase banidos, um Mundo Bruxo não muito conhecido em sua história por sua tolerância. Um grifinório, que conhecia de vista também falou pouco, mas o suficiente. E logo Sanjaya Gupta era mais um a se levantar na mesa dos leões, e Rachel Lowell logo em seguida, ainda que se mantivesse em silêncio, ao contrário do primeiro.

Quando Chester Lewis se levantou e também se defendeu, Anna franziu o cenho. Tudo bem, ele precisava de um apoio na própria casa, ela faria isto; finalmente pareceu voltar a si enquanto uma sonserina e em seguida uma lufana também falavam. Ainda que todos tenham se colocado muito bem , mais um tentando colocar um fim naquela besteira nunca era demais.

- Justiça com as próprias mãos não é louvável, mas instigar que a defesa seja proibida também não é! – disse, levantando-se finalmente, a cadeira arrastando atrás de si, como se toda sua boa educação estivesse indo para o espaço. Ah, de certa forma estava. Paciência – Me admiro um professor de Hogwarts, que supostamente leciona uma matéria onde devemos nos defender das artes das trevas, tudo que há de mais repugnante no mundo da magia, tenha uma atitude tão dúbia. O mundo está longe de ser preto e branco, mas quem deveria nos servir de exemplo, se sujeitar a sustentar e exigir algo tão raso como isso? – não era decepção, todos ali, exceto os novatos, conheciam bem a peculiar personalidade do professor, mas era inadmissível que alguém como representante de uma matéria onde, em suma, de defende das trevas, apoiasse esse tipo de atitude. E que alguns fossem coniventes com isso! – Estamos no século XXI, Harry Potter venceu Voldemort – disse o nome sem receio, até porque o medo do nome só aumenta o medo da coisa em si – para no final as coisas continuarem da mesma maneira? O mesmo tipo de pensamento irracional que levou a duas guerras envolvendo os dois no século anterior? Que sempre tem que haver alguém superior e alguém inferior... Que tipo de ensino é esse que esta escola, que formou grandes bruxos está pregando? Que tipo de lugar não deixa os alunos fazerem justiça com as próprias mãos, mas exige que um injustiçado peça desculpas públicas? Então, eu também aceito a expulsão – disse com toda a convicção possível. Seu pai ficaria deveras orgulhoso, se bem o conhecia, se soubesse o motivo. E sua mãe também – é melhor estudar em qualquer outra instituição de ensino, do que sermos confinados um ano em um castelo onde nós alunos, tenhamos que nos sujeitar a isto pelos motivos que todos que já falaram antes de mim, expuseram muitíssimo bem. – talvez tenha discursado demais, mas perdeu o instante em que Michael saíra da mesa da sonserina e se colocara ao seu lado, ainda de pé, bem como ela.

Anna Blanche
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Mensagem por Maor Coen Ter Out 02, 2012 8:48 pm

School’s out
FOREVER
- School’s Out (Alice Cooper)

Era impressionante como os outros nunca aprendiam. Eram sempre os mesmos padrões, as mesmas histórias, ano após década após século. Sempre havia opressor e oprimido, quem manda e quem obedece, a voz que contesta... E claro, a infalível mão que jogava querosene em uma fogueira acesa – muitas vezes, aliás, acesa para engolir justamente quem a alimentou.

Não era preciso ser adivinho para saber que aquela situação toda no banquete de abertura do ano, por exemplo, ia dar muito mais que problema – ia dar merda. A medida prudente seria, lógico, calar as pequenas fagulhas de revolução antes que elas não passassem disso; colocar panos quentes, amenizar a situação talvez até elogiar a brava iniciativa grifinória – uns tolos, todos eles, mas tolos de decisão –, qualquer coisa que fosse necessária para não atiçar a fúria de centenas de adolescentes munidos de varinhas e trancafiados em um salão. Acalmar os ânimos, dar uns agrados (funcionava com cachorros, ursos polares e gente) e passar a atenção de todos para a comida. Pronto. Tudo bem que o fato de Gabriella Alleborn (se já não tinha como esquecer aquele sobrenome, aquela fuça prometia ficar marcada em seus dias no castelo) ter simpatizantes e apoiadores não ajudava, mas nada que um pouco de jogo de cintura com a dose certa de autoridade não pudesse resolver.

– Então eu imagino que o senhor vá ficar em emocionado em saber que está indo embora dessa escola tão injusta, e ir para uma onde os alunos dominam, agem como bem entendem, ignorando os seus superiores. Mais alguém?

A última coisa que precisavam era fazer dos revoltados um bando de mártires. E era justamente isso que Azazel e sua cabeça quente estavam conseguindo fazer com aquela ameaça de expulsão.

Erguendo uma sobrancelha, o pocionista apenas lançou um olhar descrente para Sir Kenneth Arundell quando o professor de Defesa Contra Artes das Trevas tentou assumir as rédeas da situação. Tentou, porque tudo que conseguiu foi fazer com que mais alunos surgissem com respostas desaforadas e cheias de coragem – pela madrugada, até lufanos estavam enchendo o peito para protestar como se fossem homens de verdade! Já não era mais possível identificar quem gritava ofensas, quem aplaudia (certo, era claro que Llywelyn engrossava as palmas, mas aquele homem era doente das ideias) e quem simplesmente queria afundar a cara no pernil defumado e desaparecer. Era questão de tempo até que aquilo saísse completamente de controle.

(Àquela altura, o homem já chegava à conclusão de que não existe História. O que existe é uma grande piada repetida ad eternum por um palhaço que esqueceu o repertório.)

E eis que a corda arrebentou, mas justamente do lado que deveria ser o mais forte: Azazel, obviamente furioso com a reação dos alunos e em particular de Lewis, que ia acabar transformado no novo Harry Potter sem fazer o menor esforço, foi se meter a sacar a varinha – e obviamente não era para soltar fogos de artifício ou amplificar a voz. A merda, tão fácil de prever, estava a caminho. E se havia uma coisa da qual o recém-empossado chefe da Sonserina não precisava era problemas.

– Estupefaça!

Mal se levantou da cadeira para soltar o feitiço, a varinha já a postos sob a mesa desde que a confusão começara. E tampouco esboçou qualquer reação além de um suspiro lacônico quando o homem de olhos amarelos bateu contra o professor ao lado dele, apagado por um feixe de luz verde.

Houve um instante de silêncio no salão. O pocionista pigarreou.

– Problemas técnicos, pessoal. – E então se voltou para o docente de História da Magia, supondo que talvez ele conseguisse contornar aquilo, agora que tinham feito um sacrifício aos leões da arena. – Arundell, assume aí.

Bem-vindo a Hogwarts, Maor Coen.

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Mensagem por Virgínia Del Aguirre Ter Out 02, 2012 8:54 pm


V-parte a
Sobre Del Aguirres e espanhois!


Virginia Del Aguirre não era a espanhola mais passional e impulsiva de sua terra. Comparada a sua mãe, a fogosa Luz Del Aguirre, Virginia era morna e delicada demais para aquela estirpe de guerreiros. Mas isso era apenas a primeira camada, a mascara que exibia, a fantasia de boa moça que a “Joia de Sevilha” usava para esconder a única coisa que a fazia tremer de verdade e que encarava todos os dias quando finalmente sozinha, voltava para si mesma no escuro do dormitório grifinório e ouvia aquela pergunta novamente, a pergunta que reverberava em sua alma e ela não sabia a resposta.

Era tão difícil. Ninguém sabia o quanto! Ninguém imaginava que a morena de rosto tranquilo, tão preocupada em ordenar guardanapos e garfos na mesa da maneira correta (os seus e os de Derfel ao seu lado) travava uma batalha ali mesmo. Ninguém sabia o quão era complicado para ela ouvir aquele circo de horrores montado no banquete de boas vindas. Ninguém mais percebia o quanto aquilo era ultrajante? Fazer dos alunos que não cumpriram as regras de atrações para outros alunos que jantavam? Havia Hogwarts retornado a antiga Roma e estava ela sentada em um anfiteatro pronto a receber cristãos para o abate? Era isso mesmo? Pois era isso o que a espanhola sentia ao ver se obrigada a escutar aquele teatro de “coleguinhas vão pedir desculpas e ser amigos a partir de hoje”. De que adiantava aquilo? De que adiantavam desculpas dadas em vão, sem que o coração estivesse empenhado? Mesmo assim ela continuou sentada e ouviu até sua cabeça doer tanto, mas tanto que precisou segurar as têmporas com as duas mãos, tal qual sentisse que seu cérebro fosse explodir.

Mesmo assim ouvia as vozes, tão belas, clamando pela palavra que doía na mente da menina Del Aguirre. Algumas conhecia tão bem, como a do seu amigo, seu irmão Derfel, outras não saberia dizer de quem eram mas calavam fundo naquele coração nascido do fogo. E era verdade que se podia fugir das próprias origens? Era verdade? Virginia quis tanto ser diferente e no fim não queria mais. Sua mãe teria siado a primeira a esbravejar contra tudo aquilo, contra aquela cena ridícula, teria unido sua voz a dos alunos e Virginia...ah Virgínia queria ser o oposto da mãe, mas como poderia ser quando a voz do professor de DCTA envolveu o salão? Como poderia um Del Aguirre escutar aquilo e ficar calado? Que criatura de sangue quente continuaria a ouvir aqueles absurdos e permaneceria calada?

Virginia levantou a cabeça temerosa que seus olhos dissessem mais do que deviam. Seus olhos encontraram-se com os orbes de verde oliva da ruiva Pointer, de pé, a varinha em uma das mãos e a outra agarrada de Alleborn, as duas de mãos dadas como se fossem irmãs e guerreiras as mesmo tempo. A espanhola então procurou o outro Del Aguirre na mesa do canto oposto. Eles eram tão diferentes, em tantos aspectos, e mesmo assim eram parecidos em tantos outros que bastou um único olhar para que entendessem o que cada um sentia. Do outro lado Ángel levantou-se ao mesmo tempo em que ela e enquanto o mexicano caminhava em sua direção foi a vez da hispânica vomitar todo o nojo e revolta que sentia por tudo o que havia visto naquele dito “banquete”.

-“Senhor vice diretor, se simplesmente abaixasse minha cabeça para qualquer coisa que as ditas autoridades me ordenassem sem qualquer lógica aparente além da lei do mais forte, o menor dos meus problemas seria ser expulsa daqui. Pior seria olhar no espelho e ver uma criatura ignóbil desprovida de personalidade e de vontade própria, que nada mais faz além de repetir: sim senhor, sim senhor, sim senhor. Eu não nasci para obedecer ordens. Eu sou Virginia Del Aguirre, filha da Andaluzia - e nessa hora Ángel já estava a seu lado e pronunciava as palavras em uníssono com ela - e nós, Del Aguirre, nascemos para queimar com ferro e fogo. Não abaixamos nossa cabeça para ninguém.

O mexicano tomou as mãos da sobrinha e beijou em profundo respeito. Seus olhos eram de aprovação e Virginia continuou:

- Me expulse senhor vice diretor, é melhor que deserdada porque um Del Aguirre que aceita injustiças calado não merece levar o nome da família. Me expulse porque eu prefiro olhar no espelho todo dia e ver alguém que não se dobra à nada e nem a ninguém. do que... - e enojada ela não conseguiu terminar apenas pelo simples pensar do que se tornaria se apenas "aceitasse".





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Mensagem por Fernanda Wizard Ter Out 02, 2012 9:31 pm

“Revolutions never go backwards”
,infelizmente?

Não estudava naquele castelo tinha muito tempo: verdade; já conhecia boa parte daquele terreno hostil e curiosamente interessante – principalmente, tendo em vista a situação acadêmica da instituição -, outra verdade, a escola possuía diversas regras: verdade verdadeira; agora, Fernanda Wizard era uma aluna exemplar, seguia as regras e , acima de tudo, respeitava suas autoridades colocadas minuciosamente numa hierarquia fantasiosa: a maior das mentiras possíveis sobre a jovem lufana que, cuidadosamente, todos os dias, arrumava-se, assistia às aulas – quando desejava, obviamente. –e observava cautelosamente algo de fato emocionante que a fizesse suportar a estadia em um colégio interno.

O cárcere do sistema educacional já era o máximo de repressão que a garota podia suportar vinda de uma mesma fonte. Afinal, haviam poucas coisa na vida que, naquela época, Wizard prezava: a família não era uma delas, a vida era deveras irrelevante, o status social era apenas um detalhes, logo, restava-lhe apenas o dinheiro que tanto a agradava e a pouca liberdade que ainda restava nos cantos obscuros de sua mente parcialmente maligna e nas madrugadas de expedição nos terrenos de Hogwarts enquanto professores, alunos e funcionários no geral dormiam.

Assim, quando a tal figura autoritária de Azazel pediu para que certos alunos se portassem da forma correta e se desculpassem por atos impensados durante a viagem de trem, tampouco se importou com que acontecera. Não era de sua conta os motivos que levaram os Baudelaire a fazer tantas façanhas malignas com suas maldições e brincadeiras com atividades obscuras e bizarras –coisa que aparentavam fazer a todo o tempo, na verdade. Nem se importava se Lewis estava bem, mal ou se tinha sido dilacerado por um dragão conjurado em meio a um minúsculo vagão.

CONTUDO, com o passar do tempo – e falta de coisa melhor para fazer – começou a, de fato, prestar atenção no que os alunos ali na frente expostos e o vice-diretor falavam, finalmente conseguiu uma visão mais clara dos acontecimentos de enquanto estava no ápice do efeito do álcool em seu sangue. Não que estivesse sã ali, muito pelo contrário, estava ainda um pouco embriagada devido à recente ingestão da então sumida vodka no vagão-restaurante. Portanto, além de esclarecida como um filósofo iluminista ainda estava bêbada; propensa a atos impulsivos...Tinha sérios problemas.

Primeiramente, adorou o sarcasmo e superioridade tão justificativa vinda do peculiar casal de primos Isadore e Charles, sonserina e corvinal, respectivamente. Segundamente, o discurso de “É INJUSTO”, “LEWIS É BONZINHO”, “LEGÍTIMA DEFESA”, “SOU TROUXA TAMBÉM” e “BLAH”, a comoveu numa parte que não pensava existir em sua mente extremamente errada e desregulada: seu lado lufano. Era injusto e desleal obrigar que Chester Lewis, se desculpasse fria e erroneamente por seus atos no trem, concordando em parte com o discurso dos outros colegas. Mas, porém, contudo, todavia, o que mais a irritou foi o discurso básico de “To falando, cala a boquinha”. E danou-se! O fervor revolucionário da pequena e embriagada anarquista tinha sido posto a prova.

Impensadamente, por motivos óbvios, num caos sem precedentes, tanto físico quanto psicológico que, claramente, tomava conta de todos os alunos presentes, subiu na mesa, encarando fixamente Apollion como se quisesse explodir seu cérebro com a pura força de sua mente, e gritou, o mais alto que pôde uma frase dita, há muito tempo atrás, por um filósofo trouxa que há muito lhe agradara com uma teoria bem bacaninha, daquelas que levam o mundo rumo ao caos eterno. No mais, não podia parar por aí, aquilo era muito pouco que aquele homem, com toda a grandeza que acreditava ter, não seria atingido por meras palavras vindas de uma menina de quase quinze anos.

Tirou a varinha, rumou às bandeiras das casas e tentou, incansavelmente, realizar o feitiço que causava um pequeno incêndio até conseguir. E foi queimando, seguidamente, mesmo que tivesse que mudar de mesas para tal, junto com seu discurso ainda dirigido ao senhor à sua frente.

-OUR BRAVERY-queimou o símbolo da Grifinória-OUR JUSTICE- o da Lufa-Lufa-OUR CREATIVITY-Corvinal –OUR LEADERSHIP – e, por fim, Sonserina – Sem isso Hogwarts são cinzas! E, logo digo, você também são. Disse em uma voz embolada.

Fez uma pausa, sorriu e concluiu, por fim, que não estava em um estado de sanidade, começara a sentir um mal – estar tomando-a aos poucos. Mas pouco importava, já havia feito a besteira, continuaria até o fim... Até o fim. Outro sorriso guardou a varinha, respirou fundo, desceu da mesa em que estava no momento após andar toda sua extensão, andou ,parou em frente a Apollion Azazel e completou sua façanha:

-Acho que com esse discurso, tu quer mesmo tirar isso da gente. Nesse caso, burn, Mr. , burn. - Não adiantava, tentava manter-se firme e não pestanejar naquele momento tão importante, mas o que bebera antes finalmente se provara em intensidade, mas tardiamente. Estava muito mal, enjoada... Estava equivocada ou iria mesmo vomitar nos pés daquele que acabara de mandar queimar no fogo do inferno? Bom, bioquímica é fato, e fato não se discute.

Logo mais viu, através de sua visão particularmente distorcida graças à bebida dos deuses, Coen brincar de desarmar seus alunos com palavras e feitiços e, sim meu caros, o terror veio à tona, mas fazer o quê? Estava feito, e sobre o efeito... De algo maior. Moral da história: se beber não jante(?).


Spoiler:


Última edição por Fernanda Wizard em Ter Out 02, 2012 9:53 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Sir Kenneth Arundell Ter Out 02, 2012 9:34 pm

Então, quando menos se era de esperar, a massa tinha acordado. O que teria sido apenas mais um banquete protocolar – com um breve desvio no meio para abarcar uma detenção meio tola (sinceramente, Saedrae? Pedir desculpas? Isso foi ideia sua? Porque olha, a palmatória dos velhos tempos era mais eficaz e menos vexatória) – de repente se tornara um Cinco de Novembro adiantado, uma Bastilha, uma Praça Tahir, um pouco de tudo aquilo.

Sinceramente? Aquilo era um afago no ego de Sir Kenneth (e sendo ele um ex-sonserino, não se podia dizer que tivesse um ego pequeno). Porque tudo que os garotos estavam citando – a Segunda Guerra Bruxa, Luther King, Jr., até Proudhon – só uma disciplina de Hogwarts abordava, e era a disciplina de História da Magia. Por mais incrível que pudesse parecer, alguma coisa aqueles meninos estavam aprendendo nas aulas dele.

Ficou quieto na mesa dos professores, o queixo apoiado sobre as mãos, os olhos com um brilho que não lhe era comum, assistindo ao desenrolar daquela cena. E se não chegou a se levantar quando Apollion – Polly – resolveu assumir de vez o posto de ditador da semana, foi porque não pretendia tirar dos alunos a chance de sentirem o gostinho de estufar o peito e se rebelarem contra uma força autoritária. Todos os adultos ali naquela sala ainda deviam estar sentindo o gosto amargo da última guerra na língua; se havia algo que aqueles moleques precisavam aprender, na opinião dele, era que eles não deixassem aquela situação de 1997 se repetir.

(E, diabos, aquilo era praticamente voltar no tempo e fazer um Accio cuecão moral no velho calouro. Lógico que ele não perderia aquela oportunidade por nada.)

O diabo do outro lado da mesa era outro que não deixaria passar uma chance de bullying indireto em Apollion. Tanto era, que bastou uma rápida troca de olhares com Arundell (as diferenças entre os dois ignoradas por ora) para que o outro desse um jeito no professor de DCAT – e, com aquele simples gesto, conquistasse metade do corpo discente de Hogwarts sem ao menos ter dado uma aula, o maldito. E ainda largava a bomba de controlar a turba selvagem e agora histérica nas mãos do cavaleiro da Rainha.

— Deixe comigo, Saedrae. Enquanto isso, dê um jeito de chamar o enfermeiro e tirar Azazel daqui — sussurrou discretamente para o Diretor, como parte das medidas de contenção de desastre que teria que começar agora. Depois, aplicando em si mesmo um Sonorus simples, procurou chamar a atenção dos alunos, por mais inútil que parecesse. — Ok, não haverá expulsões esta noite. Repito: não haverá expulsões! E aqueles que tiverem discursado e citado figuras históricas ganharam 5 pontos de bônus na minha matéria, aliás. — Esperava acalmar um pouco os ânimos deles fazendo graça. — Certo, não pretendo incitar a revolução de vocês – até porque ainda mal consegui comer, com essa história toda – mas sim, vocês estão certos em quererem que suas vozes sejam ouvidas. A guerra deveria ter feito com que todos nós mudássemos nossa postura, mas infelizmente isso não funcionou com alguns membros da velha guarda — fez um gesto breve de cabeça na direção da mesa dos professores. — Acreditem, vocês têm direito de questionar as decisões da escola. Vocês têm direito de se organizarem e protestarem. Mas—

E não conseguiu dizer mais nada, porque naquele exato momento um carro se materializou com um enorme estrondo, bem na entrada do Salão Principal, atraindo os olhares de todos os presentes, inclusive os do próprio Sir Kenneth.

A porta do carro se ergueu, e de dentro dele surgiu a figura de um velho de jaleco, fumando um cachimbo e sorrindo um sorriso literalmente amarelo. — Pessoal, desculpem pelo atraso, não estava achando uma estrada boa o suficiente para atingir a velocidade necessária. — Só então ele olhou em volta, percebendo a comoção de todos. — Meu Deus, hoje é dia 01 de setembro? SABIA QUE TINHA PROGRAMADO ISSO ERRADO, era para chegar ONTEM! Maldita lata velha!

— Enfim, boa... — O velho professor de Feitiços (quem mais?) enfiou metade do corpo pra dentro do carro de novo. — Boa noite, pessoal, acredito que apenas os primeiranistas não me conhecem aqui. Sou o Dr. Epiktetos Cooper e sou seu professor de feitiços. — Os olhares assustados dos alunos se dividiam entre Cooper e o pequeno palco com a mesa dos professores, de onde o professor de DCAT era removido pela equipe médica da escola. Fechando a porta do Delorean, Cooper enfim notou com alguma surpresa o que acontecia. — Que foi que eu perdi? Finalmente descobriram que ele era um bruxo das trevas?

Spoiler:


Última edição por Sir Kenneth Arundell em Qua Out 03, 2012 1:26 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Tinha tomado a liberdade de descrever o Saedrae como "desconcertado", mas não era o caso. Aprende, player burra. XD)
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Mensagem por Dr. Epiktetos Cooper Ter Out 02, 2012 10:17 pm

BACK IN BLACK




Spoiler:

- Tudo bem, vamos regular o painel para 31 de Agosto de 2012 às 16:00 horas - Disse Epiktetos dentro do seu Delorean enquanto sua mãe com 50 anos acenava - Eu sei que eu não vou lembrar e que você vai ter que me explicar tudo de novo, mas vai com Deus meu filho - O Dr. Cooper acenou para a versão regenerada da mãe e então engatou a marcha e começou a acelerar o Delorean. Era uma estrada no interior da Inglaterra em uma área não pavimentada e que fazia o carro cachoalhar muito, desta maneira o professor acidentalmente bateu o braço no painel e no último instante antes do carro sumir para a data desejada, a caixa de medição acusou os valores 01 de Setembro de 2012 às ??:??

Em um piscar de olhos Cooper agora estava bem no meio do Salão Principal de Hogwarts próximo a vários alunos e professores. Incógnito, o velho abriu a porta do carro e viu o grupo de professores na bancada, dando uma ajeitada na roupa e soltando uma fumaça do canto da boca proferiu - Pessoal, desculpem pelo atraso, não estava achando uma estrada boa o suficiente para atingir a velocidade necessária - Olhou em volta e então realmente percebeu que o salão comunal estava lotado de alunos, olhando novamente a data no painel do carro pestanejou - Meu Deus, hoje é dia 01 de setembro? SABIA QUE TINHA PROGRAMADO ISSO ERRADO, era para chegar ONTEM! Maldita lata velha! - Dr. Cooper passou as mãos nos cabelos grisalhos e já de pé tentou melhorar a situação - Enfim, boa...- Sem saber o horário também, olhou pela janela do carro e verificou que já era noite, logo retomou - Boa noite, pessoal, acredito que apenas os primeiranistas não me conhecem aqui. Sou o Dr. Epiktetos Cooper e sou seu professor de feitiços.

Olhando em volta mais uma vez percebeu o caos, um professor desacordado que logo ele reconhece ser Apollion, bandeiras das casas pegando fogo, um aluno em pé encima de uma mesa e um monte de alunos prestes a iniciar uma revolução - Que foi que eu perdi? Finalmente descobriram que ele era um bruxo das trevas? - disse apontando para o professor de DCAT, mas enfim, antes disso era preciso por a "casa" em ordem. Fechou a porta do Delorean e sacando a varinha apontou para o carro e o aparatou para o porão do seu laboratório (Vou pedir 1 no teste, é o suficiente com os bônus de perícias, atributos e feitos).

Após isso fez um sinal com a varinha para apagar o fogo ateado nas bandeiras das casas. Calmamente subiu até a bancada onde os diretores e professores costumam falar e disse para Arundell - Espero um pouco meu caro, eu posso assumir daqui - e colocando a varinha na garganta para ampliar o alcance da voz brandou - CHEGA! O que é isso? Tão pensando que aqui é a casa da mãe Joana? Eu to a mais de três meses viajando de época em época e quando eu chego aqui ta essa bagunça? - A altura da voz pareceu assustar alguns alunos e outros mais próximos colocavam as mãos no ouvido.

- Primeiro, equipe médica, leve o professor de DCAT para a enfermaria e deixe ele desacordado, com certeza se ele ver isso, no ano que vem não teremos mais alunos - Virando-se novamente para os alunos fez um sinal com a varinha para obrigar a todos se sentarem - Sentem-se - percebeu percebeu que alguns alunos tentaram resistir, mas a maioria sofreu o efeito da magia - Muito bem, professor Arundell, a fala é sua - Tirou o velho cachimbo da boca e resmungou - Crianças - enquanto direcionava-se ao seu lugar na mesa


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Mensagem por RPG Enervate Ter Out 02, 2012 10:17 pm

O membro 'Dr. Epiktetos Cooper' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
Banquete de Abertura do Ano Letivo D20-dnd-dice-roller-5
Resultado : 3
RPG Enervate
RPG Enervate
Mestre do Jogo

Brasil

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Banquete de Abertura do Ano Letivo Empty Re: Banquete de Abertura do Ano Letivo

Mensagem por Charles Baudelaire Ter Out 02, 2012 10:40 pm

ATENÇÃO! Este post é “atemporal”. No anterior, Charles já havia saído do banquete, porém, na narração eu tinha contado com o fato indubitável de que Chester tinha, de qualquer maneira, pedido desculpas - já que todos deveriam cumprir a detenção e isso era parte dela, além, claro, do post bem explícito do Everaldo, que contava com o cumprimento da detenção e um início tranquilo do banquete (vide post). Contudo, como os posts que se seguiram influenciam diretamente NESTE acontecimento - as desculpas de Chester - e acontecem ANTES dele, por coerência Charles ainda estava no banquete, e como todos os diálogos dizem respeito direta e indiretamente ao próprio Charles, a partir daqui postarei atemporalmente com suas reações. Devido a todos esses fatos, meu primeiro post será editado com ações anteriores a estas que em nada distorcem tudo que aconteceu até agora. Obrigada.

Resumo:



Em pé, eu aguardava pelo pedido de perdão de Chester, mesmo que, claro, soubesse que ele o faria a total contragosto. Podiam dizer o que quisessem, mas ao meus olhos, ainda que suas desculpas valessem menos que nada para mim, não havia nada de injusto na ação. A justificativa dessa pequena parte da detenção do duelista corvino era verídica: fora punido por ter atacado um monitor, mas já tinha ouvido dizerem que fora em legítima defesa. O problema é que nenhuma dessas pessoas que acreditavam nisso - inclusive o próprio Chester - sabia ao menos o que significava o termo “legítima defesa”. Eu nunca fui entendedor das leis bruxas ou trouxas, mas da minha vasta inteligência e sabedoria, sabia dizer que para existir a legítima defesa em seu ataque físico contra mim, seria necessária outra agressão física injusta, atual ou iminente, de minha parte. O único indivíduo que agredira o pobretão fora Roxanna, de resto, eu apenas mandei que ele fizesse o que era feitio de sua laia. E fora uma escolha - sensata, na ocasião - dele fazer. Além do que eu nunca tinha erguido a varinha. Onde estava a agressão?

Depois disso, quando eu já tinha me sentado, outros resolveram permanecer de pé para protestar contra o “absurdo” que era a detenção de Chester, da parte que ele precisava se desculpar comigo. Quando Alleborn falou em seu tom imperativo que o corvino não obedeceria as ordens recebidas - como se fosse dona do castelo - e depois iniciou um enorme e cansativo blábláblá, eu não pude ficar mais deliciado. Não só por causa dela, mas também pelos outros que se manifestaram - outros cujo rosto eu nem conhecia e cuja opinião naquela história era no mínimo duvidosa, já que não estavam envolvidos nela. Coitados. Tomando as dores do sangue-ruim! Eu tive uma vontade quase incontrolável de rir na cara de todos. Eu tinha perdido a monitoria e teria que ler histórias para crianças, e também tinha sido censurado pelo diretor diante todo o castelo, mas isso estava longe de ser tão humilhante quanto pedir perdão para quem mandou você lamber o chão.

Só que todo cão machucado choraminga, e não bastasse aquela ralé tomando partido pelo verme, o próprio Chester resolveu fazer o seu discurso comovente. Eu já podia ir embora? Já podia ir pro meu quarto? Oras, NINGUÉM havia sequer MENCIONADO a cor de pele do indigente. Se ele se achava alvo de preconceito por ser negro, era porque ele próprio se colocava num patamar abaixo de outras raças sem perceber. Pra mim não importava se era branco, negro, amarelo ou verde. Ele era um sangue-ruim, assim como muitos que haviam se levantado naquele Salão.

O espetáculo atingiu seu ápice depois da ameaça de Azazel, quando os bons samaritanos começaram a se erguer e, de repente, encheram-se de coragem para enfrentar a direção de Hogwarts. Chegava a ser cômico, porque pra mim soava extremamente como o contrário. Passavam o ano inteiro com o rabo entre as pernas diante do vice-diretor, e quando um amontoado de gente sem noção resolvia bancar o herói, os covardes aproveitavam a deixa para esbravejarem sua coragem fajuta. Grifinórios... Tão previsíveis.

Eu ainda estava ponderando sobre a possibilidade de me manifestar ou não diante daquele circo cheio de palhaços, mas Azazel falou antes, sentando-se:

- So I believe you'll be thrilled to know you're leaving such an UNFAIR school, and go to one where the students do as they please, regardless of what they're told by their superiors. Anyone else? - (tradução vide post do Coen)

Menos um grifinório, pensei, contente por me ver livre de 0,1% do esgoto de Hogwarts. Depois disso, mais pessoas foram se levantando, e até a monitora Blanche resolveu se manifestar a favor dos injustiçados e oprimidos. Era tanta gente falando tanta coisa e ao mesmo tempo, que eu pensei se eles realmente achavam que estavam sendo escutados pelos professores.

Estaria tudo “bem”, não fosse o próprio vice-diretor estar prestes a assassinar um aluno quando foi estuporado pelo próprio professor de poções. Depois daquilo, eu sabia o corpo docente de Hogwarts estava nitidamente comprometido, sendo facilmente influenciável pelos alunos que se diziam os justos e direitos. Desde quando ficaram tão bananas? Onde estava a imperatividade de Odlavinou, que, escondendo-se atrás de seus funcionários, assistia àquela baderna sem fazer nada? Onde estava o respeito daquela gente sem talento que batia no peito pra dizer que fazia o bem, mas que na verdade não passava de delinquentes querendo chamar atenção? Eu podia ter incendiado o Expresso, mas pelo menos fiz isso com classe e assumi meus erros sem remorso. Já eles gostavam de uma bagunça (e de fazê-la miseravelmente) porque certamente não tinham mais o que fazer de suas vidas e gostavam de parecer heróicos frente à docência. Eu torcia para que pelo menos UM professor pensasse o mesmo que eu: que eram só idiotas fazendo barulho. E também torcia mesmo para que Azazel tomasse alguma providência contra aquele bando de orangotangos depois que estivesse desperto.

No mais, Hogwarts estava decadente. Cheia de alunos tolos metidos a bestas e professores negligentes - eu já desconfiava disso depois do episódio no vagão dos professores, mas naquele momento, principalmente depois que o professor de Feitiços louco chegou, eu tinha certeza que isso se aplicava a pelo menos ⅔ dos funcionários. Desta feita, não havia qualquer motivo que me fizesse querer permanecer naquele lugar. Até porque o único que eu achava ser capaz de botar ordem na casa de maneira justa estava desacordado, e L’Druide, que eu tinha certeza que também tomaria uma providência bem eficaz, não estava presente.

Levantei-me, farto do show, quando muitos já tinham sido obrigados a se sentarem. Eu tinha meu orgulho, claro, e quando o feriam eu podia ser bem irracional - vide Expresso - entretanto, ali eu estava tranquilo. Mais que isso, eu estava contente, porque eu conseguia ver, com mais clareza do que nunca, que eu estava acima daquilo tudo. E portanto, pude falar com muito mais inteligência do que orgulho quando abri a boca e me fiz, finalmente, presente, fitando a mesa de professores, com toda minha pompa de aristocrata:

- Toda essa comoção é desnecessária. - Comecei, em voz alta para ser ouvido inclusive pelos professores. - Eu me arrependo profundamente de minhas ações irresponsáveis e compreendo as atitudes de meu querido colega de casa, ainda que em momento algum tenha ameaçado sua integridade física. Inclusive, aproveito este momento para pedir as minhas desculpas pela vergonha que o fiz passar e acrescento que isso não acontecerá novamente. - De expressão relaxada, acrescentei: - Não posso falar pelos senhores Alleborn e Blanche. - E continuei - Desta feita, não precisam se rebelar contra a docência, pois eu já fui punido merecidamente - ao contrário de alguns de vocês, que levantam a bandeira da justiça, mas agridem cegos aleatoriamente e defendem uma moral sem causa, já que Chester só foi punido por ter atacado um monitor, e este é um fato incontestável, uma vez que a punição não foi dada pelos seus precedentes e sim pelo delito em si. Agora, se me derem licença.

E nem se não derem. Eu saí porta afora e simples assim.






Última edição por Charles Baudelaire em Ter Out 02, 2012 11:25 pm, editado 2 vez(es)
Charles Baudelaire
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Mensagem por RPG Enervate Ter Out 02, 2012 10:40 pm

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