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"A lira encantada"

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Jon Leicester
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Mensagem por Jon Leicester Sáb Out 06, 2012 10:54 pm

PORTA NÚMERO 3, mitologia grega.

Participantes: Rebecca W. Lehner, Roxanna Miloslaviniacova, Leslie Astor, Isadore Baudelaire e Kayra Leigh
Data de início da rp: 06/10 às 23:50h
Data em on: 8 de setembro de 2012
Data de término do prazo para postagem: 14/10 às 3:00am



O cenário era de árvores muito verdes, um sol enérgico no céu, o chão de terra fofa, lodo e gramíneas minúsculas cheirando a chuva. Havia uma pequena trilha em meio àquela floresta em que os alunos se encontravam e, se a seguissem, mais à frente encontrariam o que seria uma pequena lagoa muito rasa de águas cor-de-oliva.

No meio da lagoa, porém, havia um pedaço de terra que dava espaço apenas e suficientemente para uma criatura majestosa que dormia à luz solar. Ela era enorme, maior que um cavalo ou que um leão; sua pelugem era muito vermelha, como se tivesse sido tingida, e seu tronco era felino, porém sua cauda era de escorpião, com um exoesqueleto do mesmo rubro que os pêlos; sua juba era praticamente feita de ouro, tão dourada era, mais clara que o próprio Sol, e por trás de todos aqueles fios amarelos seu rosto era de feições humanas, mas rígidas.

A mantícora não ouvira os passos dos alunos. Na verdade, parecia tão adormecida que se não fosse o movimento da lateral de seu corpo, ilustrando a expiração e inspiração, poderiam jurar que estava morta, mas isso era apenas a impressão que passava. Com qualquer ruído, ela acordaria e devoraria aquele que ousou perturbar seu sono. Curioso, porém, era o objeto que ela guardava debaixo das patas. Não dava para se ver direito o que era, mas sabia-se, pelo brilho, que era feito de ouro.

Antes que os alunos pudessem pensar no que era o objeto que a mantícora guardava e no que tinham que fazer exatamente, uma voz sussurrou atrás do grupo:

- Shhh. Faleis alto e a besta acordará.

Era um rapaz de estatura mediana, cabelos cacheados da cor de seus olhos castanhos; era caucasiano, mas sua pele tinha um leve tom bronzeado que o fazia parecer mais belo do que o natural. Ele trajava uma blusa de linho branca muito leve e uma calça de igual tecido, mas bege, puxado para o marrom. Estava descalço e parecia muito cansado.

- Estive à vossa espera. - Continuou, ainda falando muito baixo, agora que tinha atraído toda a atenção do grupo. Olhava de cada um para cada um. - Preciso da vossa ajuda para recuperar minha lira. - E apontou para o que se era visível do objeto dourado sob as patas da mantícora. - Só com ela poderemos prosseguir livres das trevas.



Mantícora (sem as asas e chifres):

Lagoa rasa:

Rapaz:


Olá garotos!

Ao passarem pela porta, ela desaparecerá. Vocês então estão numa floresta muito bonita, limpa e clara, à luz do dia, e seguem por uma trilha até chegar numa lagoa raso. Aqui eu simplesmente considerei que vocês seguiram a trilha porque não há a opção de ir por outro caminho, visto que nesse caso não daria para proceder com a trama.

Como puderam perceber, no meio da lagoa, num pedaço de terra, há uma mantícora vermelha que está guardando a lira do rapaz que lhes abordou. Ele é totalmente desconhecido para os alunos e é excepcionalmente belo (há controvérsias). Vocês devem ajudá-lo, pois só assim poderão seguir adiante. Aproveitem o número em que estão.

As instruções diretas:

• Se falarem em tom de voz normal, a mantícora irá acordar, mesmo à distância. Vocês precisam especificar que estão sussurrando, senão será considerado que não o estão fazendo.
• Se pisarem na água, a mantícora também acorda, e essa circunda toda a parte de terra em que o animal está deitado.
• A lira não pode ser convocada com magia.
• Dados da mantícora, de acordo com Animais Fantásticos e Onde Habitam:

MANTICORE (MANTICORA)

Classificação M.M.: XXXXX
A manticore (mantícora) é um perigosíssimo animal grego com cabeça humana, corpo de leão e rabo de escorpião. Tão feroz quanto a quimera e igualmente rara, a mantícora tem fama de cantar baixinho enquanto devora a presa. Sua pele repele quase todos os feitiços conhecidos e sua mordida pode causar morte instantânea.

• Ou seja, se tentarem lançar um feitiço para que ela permaneça dormindo (ou qualquer outro feitiço que não seja efetivo), ela também acorda.
• Nesta rodada, vocês basicamente precisam arrumar um jeito de pegar a lira e continuarem "vivos".
• Sim, o Orlando Bloom que vos fala é alguém importante. Quem quiser interações com ele, deve me mandar mp.

Vocês tem 168 horas para postarem, o equivalente a sete dias (a partir da data de postagem).* Caso todos postem antes, a mestragem será feita também antes.

Have fun!

PS: *Como eu disse anteriormente que esta rp seria postada na madrugada de domingo, considerem que terão até a madrugada de domingo da próxima semana como prazo (dá aí umas 175 horas, vai)
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Sáb Out 13, 2012 1:46 pm


THE GOLDEN STAR!




Esse post é melhor apreciado ao som de Castle of Glass – Linkin Park.

Roxanna veste ISSO AGORA rsrs

Meus planos de dominação mundial estavam indo melhor do que eu esperava. Em menos de uma semana recém-chegada à escola eu tinha conseguido tudo aquilo que eu tinha me proposto. Graças aos meus créditos impecáveis em Durmstrang e à organização da Trasgo nas Masmorras, consegui a monitoria da Sonserina, cargo que sempre almejei desde que entrei em Hogwarts no primeiro ano.

Conquistei meu lugar ao sol ao entrar para os melhores e maiores clubes do Castelo, inclusive aqueles que eram extremamente seletos e apenas para convidados. Ganhei minha vaga como apanhadora titular do time da Sonserina por conta de minhas habilidades incríveis para o jogo. Tornei-me a Chefe do Jornal de Hogwarts e isso, era apenas o início de uma carreira brilhante.

Estava satisfeitíssima com os meus resultados, no entanto, não conseguia entender por que papai ainda não havia me parabenizado pelos feitos. Não recebia notícias de casa desde o dia do embarque o que era muito suspeito e estranho. Naquela manhã, porém, de oito de setembro, enquanto eu lia meu pergaminho do Priorado de Merlin, Abaloch, o abutre da família, me entregou uma carta em papiro negro, selado com um feitiço anti-interceptação para que somente eu pudesse abrí-la.

Encarei a carta com uma seriedade fúnebre e minha visão periférica foi capaz de avistar Charles, na mesa ao lado, com seu olhar azul espantado. Poucas pessoas nas mesas entenderam o que aquilo queria dizer. Baudelaire, no entanto, sabia perfeitamente o que significava quando alguém da família Rasputin Stanislav recebia uma carta daquelas entregue por um abutre. Aquilo era sinal do conservadorismo do purismo sanguíneo e era pior do que um berrador. Seu conteúdo era amaldiçoado e no exato momento em que eu o abrisse, veria despejada sobre mim toda a fúria de gerações de meus antepassados.

Sorte a minha que eu tinha vinte e quatro horas para abrí-lo.

Abaloch tinha acabado de matar e comer uma corujinha diminuta de um primeiranista que começou a chorar e a resmungar. Com o rosto ainda frígido, mandei que se calasse de uma vez. Afinal, ele tinha sorte de que Abaloch tenha preferido a coruja do que os olhos do pestinha. Aquele abutre tinha um estranho gosto por olhos humanos e era quase como um presságio de morte. Retirei-me da mesa e ele alçou voo. Meneei a cabeça em sinal negativo para Kayra que insistia no possível conteúdo daquele envelope negro e suas razões.

- Não tenho tempo para isso, meninas. – dei inclusa uma parca explicação para Isadore que aparentemente não entendia o que se passava e porque estávamos tão sérias – Abaloch provavelmente vai ficar no corujal até que eu leia a carta e só o farei depois da reunião no Priorado. Não posso deixar que coisas externas abalem meu desempenho. Vejo vocês no Clube.

E assim, me retirei do Salão Principal sob a égide de olhares curiosos acerca do abutre-real que trouxera um envelope negro.

Já na sede do Clube, eu repassava mentalmente a cena do café da manhã, inúmeras vezes, alheia ao que o professor Leicester dizia. Não podia, porém, me dar ao luxo de depender da parca sabedoria alheia, assim, expressei em dúvidas aquilo que minha mente bloqueava para processar.

- Professor, não entendi. – poderia ter completado com um “porque não estava prestando atenção”, mas pareceu rude demais. Talvez Jon Leicester pudesse ouvir pensamentos, ou eu tivesse verbalizado alto o que pensei ter ficado apenas em minha cabeça, dada a seriedade de seu olhar. E a partir de então, desliguei-me dos problemas que me aguardavam fora do Priorado e dei real atenção ao que teria de enfrentar.

Assim, fui a primeira a escolher uma porta. Passei na frente de todos os demais e me dirigi à porta de nº 3, sem nem ao menos notar se tinha seguidores ou não. Caminhei com a varinha em riste agradecendo mentalmente por ter escolhido as botas de montaria para a ocasião. Nada melhor do que couro de dragão sem salto para andar por uma trilha. Meu casaco vermelho de algodão de pelúcio começava a incomodar um pouco haja vista que o clima era mais ensolarado. Mesmo assim, não pestanejei e segui firme em meu propósito.

Ao chegar ao fim da trilha, vi as águas de uma lagoa rasa e no meio, numa espécie de ilha um animal nobre de pelugem vermelha como o cobre e dourada como o ouro. Em suas patas dianteiras, um objeto de ouro. E eu podia confiar em minha visão para identificar objetos de ouro em lugares inóspitos, afinal, eu era excelente apanhadora.

Notei a pequena aglomeração ao meu redor pois estavam todos sussurrando. Alguém identificara o bicho como sendo uma mantícore. Olhando melhor para o bicho e não para o objeto de ouro sob seus “pés”, reconheci o animal. Era mesmo uma mantícore e se acordasse seria uma carnificina. Pior do que enfrentar uma mantícore, somente se estivéssemos diante de um Nundu cujo bafo fora o responsável pela Peste Negra em meados da Idade Média.

Instintivamente apertei mais a varinha entre meus dedos quando fomos abordados por um homem belo. Tão belo que tinha um quê de sobrenatural. Não era possível que alguém fosse tão bonito e humano ao mesmo tempo. Desconfiada como sempre fui, e preconceituosa, tentei descobrir quem era sua família, afinal, ele podia ser da realeza ou alguém importante, no entanto, restou infrutífera a minha sussurrada, pois ele não revelou acerca de sua família. Apenas disse que estava com sua lira, ouviu passos do animal, saiu correndo e deixou o objeto para trás e quando voltou para pegá-la, a mantícore já estava ali.

Estreitei os olhos desconfiados na direção do homem, enquanto meus companheiros teciam baixo planos de recuperação da lira. Aquela história do "cachinhos castanhos" estava muito mal contada. Mas como eu não era juíza de valores e muito menos dada a trabalho de equipe, (vide a posição que ocupo no quadribol, a única que não necessita de trabalhar em equipe), resolvi num ímpeto agir eu mesma.

Afinal, não via mais nenhuma alternativa que não aquela. E eu não ia me transportar para perto da morte por causa de um cara que eu acabei de conhecer e que se quer tinha família. Não era de minha natureza. Inspirada nos feitos dos jovens que participaram do Dia de Robin Hood, fiz o contexto com a varinha e as movimentações corretas, mirando única e exclusivamente no pedaço dourado da lira que estava saindo por debaixo da mantícore e num murmúrio baixo despachei:

- Carpe Retractum!

Estava feito. No mínimo eu tinha conseguido tirar a lira sem acordar o bicho e aumentado o meu prestígio. No máximo eu tinha pescado a mantícora ao invés da lira e nesse caso, bom, sempre tinha a opção de fugir e deixar o resto para trás.


Spoiler:

[off]1 dado para o feitiço e outro para não acordar a mantícore, just in case... Tive que postar nessa primeiro, já que tem prazo e eu tô com outras pendências aqui no fórum, então seja o que Merlin quiser!!![/off]
Roxanna Miloslaviniacova
Roxanna Miloslaviniacova
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Mensagem por RPG Enervate Sáb Out 13, 2012 1:46 pm

O membro 'Roxanna Miloslaviniacova' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
#1 Resultado : 14

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#2 'd20' :
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#2 Resultado : 14
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Mensagem por Leslie Astor Ter Out 16, 2012 1:33 pm

A Lira Encantada - Post I

Ócio?

Acordara no sábado desnorteado. Olhou pela janela, o sol ainda estava nascendo. Era seu primeiro sábado após o início das aulas, e não sabia muito bem o que fazer. Ainda não havia muito conteúdo para estudar, e nas disciplinas em que ele poderia querer se adiantar, ele já o havia feito. Colocou um roupão velho, e decidiu que decidiria mais tarde de que serviria o dia, de modo que foi tomar café da manhã semi-acordado. Serviu-se com mais empenho do que de costume, pegando três torradas (daria a elas uma chance depois do incidente com as de Lara no domingo anterior), um bolinho de abóbora, dois ovos fritos, uma caneca de chá e outra de café com leite.

Voltou para o Salão Comunal, e resolveu que iria caçar com sua águia - adoravam caçar na alvorada. Subiu para o dormitório, e se surpreendeu com a presença da ave já na sua janela. Chegou a tempo de presenciar um primeiranista acordando e pulando com a presença do animal. Permitiu-se rir. Dirigiu-se até ela e acariciou sua cabeça, que mirava o horizonte. Só então, ao se aproximar dela, que percebeu um envelope em seu bico. Tomou-o e sentou na beira da cama para conferir seu conteúdo: um pergaminho, com instruções para o Priorado de Merlin, e um dracma falso, que o guiaria até a reunião. Animado, dispensou a ave, combinando de se reencontrarem na porta do castelo em minutos, e foi se vestir. Estava leve e energético, de modo que a caçada durou pouco tempo e a ave deixou-o para que pudesse, ela, comer os espólios, e ele, estudar. Precisava rever o material dos últimos anos de teoria da magia, é claro; nunca se sabia o que aconteceria nesses grupos.

Quando já faltavam apenas dez minutos, guardou seus cadernos de anotações com o peso de só ter conseguido revisar o terceiro e parte do segundo ano. Pôs-se no caminho, e não demorou muito a achar o local. Estranhou, de início, que fosse um espaço tão aleatório; deveria ter a ver com o fato do clube, aparentemente, ser discreto. Entrou, e o corredor era apertado e escuro, mas havia uma luz no final que o guiava. Era tênue, mas acho seu caminho até... Aonde estava agora? Aquele lugar imediatamente o fez lembrar-se de um armário de vassouras, que lera sobre em algum livro de História da Magia contemporânea.

O professor, alto, estava inclinado para não encostar no teto - coisa que ele tambem se viu obrigado a fazer. Sua varinha irradiava um lumos, assim como a de um ou dois alunos que já estavam lá. Ele os copiou. Esperaram até que os demais alunos chegassem, a quem Leslie cumprimentava indiferentemente. Havia uma, contudo, que chamara a sua atenção. Era a primeira reunião que ia, então não conhecia os demais, nem sabia que já estavam ali. Portanto, qual não foi a sua surpresa ao descobrir que a loira que invadira seu vagão de trem também estava no grupo? Como se não bastasse seu fim de semana anterior ter basicamente revolvido em torno dela, neste também a encontrara, também por acidente. Ou não?

Pesquisa?

Tentou não olhar muito, para não parecer suspeito. Ele não tivera nenhuma aula com ela, o que significava que ela não estava no seu ano letivo; ainda assim, não parecia muito distante no quesito idade. Isso significaria que, na maior parte do tempo, poderia evitá-la. Ainda assim, depois do domingo anterior, quão suspeito não seria aparecer na mesma reunião que ela? Num sábado, logo pela manhã? Resolveu prestar atenção no que o professor tinha para falar, pois os demais alunos já haviam chegado, e pensar sobre isso depois.

Ok, mitologia. Suspirou aliviado, pois essas haviam sido as aulas do semestre passado e, portanto, estavam quase frescas em sua memória. Ou refrescadas, pela leitura de suas anotações. Enquanto ele falava sobre o funcionamento da atividade, quase se distraiu, revivendo os nomes de cada besta e criatura, mas foi trazido de volta pela teoria do que ele explicava. Seria então uma ilusão? Ou um cenário construído virtualmente? Era uma magia mental, espacial...? Prendeu-se a cada palavra, até que lhes foi pedido que escolhesse uma porta. E a loira foi uma das primeiras a tomar sua decisão.

Nesse momento, o corvino precisou pensar rápido. Ela poderia suspeitar caso ele fosse atrás, o que geraria uma animosidade desnecessária que acabaria por atrapalhar o desempenho deles, se tomassem o mesmo rumo. Por outro lado, ele não se importava muito nem com o prêmio, nem com o fato de ser considerado suspeito, e uma observação adicional do comportamento da loira seria bom para sua pesquisa - que deveria ter efeitos diretos em si mesmo, visto que o que acontecera a ela acontecera de modo semelhante a ele. Por fim, ainda que não soubesse identificar nada fora do comum, saberia listar o que ela fez e o que ela disse, e poderia repassar para Lara para que ela, sim, identificasse as diferenças para um comportamento normal - tanto por serem da mesma casa, como por ela entender mais de pessoas. Além do que, se ela descobrisse que ele teve essa oportunidade de investigá-la e não a aproveitou, certamente o puniria por isso. Em nenhum momento, contudo, passou-lhe pela cabeça de que ele também tinha o dever moral, como mais consciente dos perigos que ela sofria, de protegê-la, se necessário fosse, da possível maldição imposta no trem.

Assim, deixou que mais alguém escolhesse a terceira porta, e pôs-se logo atrás dessa pessoa. A fila andou tranquilamente, e logo mais não havia porta nem câmara nem nada que remetesse ao castelo. Estavam numa trilha, e ele se sentia agradável por estar de volta ao ar livre, aonde ele poderia, talvez, reconhecer muitos compostos familiarizados por seu trabalho como ajudante da mãe. A maior parte das ervas, contudo, atingiam-lhe como completamente desconhecidas, e isso o excitava. Agradeceu mentalmente sua águia por ter lhe visitado e convocado para caçar mais cedo, pois graças a isso trajava roupas leves que o permitia se mover com mais liberdade. Não demorou muito, contudo, chegaram à beira de um lago, aonde repousava, em uma pequena ilha, uma mantícora*. Sentiu o sangue gelar com a visão e, inconsciente de seus movimentos, deu um passo para trás. Virou-se aos demais, quando chegou um belo rapaz, de cabelos cacheados, informando-lhes de sua situação.

Então seu dever seria recuperar a lira. Ou isso, ou essa era apenas uma distração. De qualquer forma, eles tinham um grande espaço vazio, uma besta da mitologia grega guardando um objeto dourado, e nada mais. Não era preciso ser um detetive inglês do século XIX para entender o que deveria, ou poderia, ser feito. Confiar ou não no rapaz de cabelo cacheado seria decidido depois. Assim, quando este abriu espaço para que agissem, Leslie apenas sussurrou o nome da criatura, alertando que ela era imune a maior parte dos feitiços, e que seria mais útil, se necessário, usar feitiços que afetassem o ambiente ao redor dela. Deixou que as ideias dos outros fluíssem, enquanto ele dividia sua atenção com o comportamento da sonserina. Quando a viu se afastando e lançando o feitiço, imediatamente saltou ao seu lado, ficando um pouco atrás dela, procurando não ser rápido e desajeitado demais, e imitou seus movimentos. Foi quase uma sombra atrasada:

- Carpe retractum!

Fez seu melhor não só para acertar o feitiço, que era bem simples, mas para que, no ato de puxar, seu manejo com animais o ajudasse a ser discreto, e a não acordar a fera. Voltou-se aos seus companheiros de grupo, a quem, sussurrando, disse:

- Estejam prontos para lançar um Wingardium na lira, ou para atrapalhá-lo caso ele acorde. Boa sorte a nós todos.

Leslie não havia esquecido que, se morresse, voltaria para a câmara. Mas ele também não havia esquecido como aquela ilusão era terrivelmente real, e como a dor da morte por uma mantícora também o seria. Acima de tudo, porém, ele não queria perder o show.

RESUMO:

OBSERVAÇÕES:
Leslie Astor
Leslie Astor
Aluno

Série 4º Ano

Inglaterra
Mestiço

Cor : #5F9EA0

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Mensagem por RPG Enervate Ter Out 16, 2012 1:33 pm

O membro 'Leslie Astor' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
#1 Resultado : 8

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#2 'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
#2 Resultado : 11

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#3 'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
#3 Resultado : 19
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Mensagem por Jon Leicester Ter Out 16, 2012 5:29 pm

PERAÍ!

Cálculos escreveu:

Roxanna Miloslaviniacova
Carpe Retractum - Puxar a lira (CD = 22, devido à distância e à pequena parte exposta do objeto)
Destreza¹ + Bruxaria + 1d10 = 5 + 5 + 14 = 24 > 22
Roxanna conseguiu “pescar” a lira.

¹Como o feitiço de Roxanna envolve mira, coordenação motora e agilidade, nesse caso eu resolvi considerar a Destreza como atributo-chave e não a Sabedoria, mesmo que a situação não seja de conflito.

Não acordar a mantícora - CD = 28 (devido ao fato do objeto estar sob o peso considerável das patas dianteiras do animal e próximo à sua cabeça)
Destreza + Acrobacia² + 1d10 + bônus de feito (Corpo Flexível) = 5 + 5 + 14 + 1 = 25 < 28
Roxanna não conseguiu manter a mantícora adormecida.

²Acrobacia também trata de equilíbrio, e isso também é necessário para a ação de Roxanna.

-------------------------------------------------------------------------------------------------

Leslie Astor
Reconhecer a mantícora - CD = 15
Inteligência + Conhecimento: Bruxaria³ + 1d10 = 4 + 5 + 8 = 17 > 15
Leslie reconheceu a mantícora.

³Levando-se em conta que a disciplina de TCM está inclusa nesse Conhecimento.

Carpe Retractum - Como Roxanna já tinha conseguido pegar a lira, o feitiço lançado por Leslie será anulado, como se tivesse atingido o nada.

Não acordar a mantícora - A mantícora já está acordada, com o feitiço de Roxanna.


ON-GAME


Antes mesmo que o grupo pudesse se organizar e bolar um plano, antes que descobrissem quem era o belo e misterioso rapaz de cabelos encaracolados, antes ao menos que soubessem os nomes uns dos outros, Roxanna Miloslaviniacova decidiu provar seu valor, afinal, não era a apanhadora da Sonserina sem mérito. Tinha agilidade, destreza e mira, e isso somado à sua determinação e seu ego elevado era o suficiente para que ela resolvesse tomar a frente do grupo e dar um jeito rápido na situação. Se a lira era para ser pega, então ela pegaria.

Atrás dela, como uma sombra, veio Leslie Astor, um vigia secreto que há alguns dias andava observando curiosamente a loira. Sua ação foi como um reflexo de Roxanna, porém de nada foi útil, porque assim que o primeiro feixe púrpuro de magia tocou a pequena ponta de ouro da lira sob as patas da mantícora, o objeto veio voando para as mãos da apanhadora, e o feitiço de Leslie nada fez a não ser tocar o ar.

A expressão do estranho rapaz, contudo, era de um horror completo. Foi aí que ele se virou para Roxanna, gritando ao mesmo tempo em que a mantícora se levantava e saltava majestosamente por toda a extensão de água que a separava da margem breve da lagoa. Seu braço estava estendido e sua mão tremia freneticamente. Só um segundo o separava da morte. Um segundo e todo seu esforço poderia ser em vão. Ainda assim, o medo de morrer não se comparava com o terror da hipótese de nunca mais, enfim, voltar a ver sua amada.

- DÊ-ME! DÊ-ME A LIRA!



OFFGAME:


Última edição por Jon Leicester em Ter Out 16, 2012 6:40 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por RPG Enervate Ter Out 16, 2012 5:29 pm

O membro 'Jon Leicester' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
Resultado : 14
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Mensagem por Rebecca W. Lehner Qua Out 17, 2012 2:22 am



- Você tá bem? Bem mesmo? - Becky não cansava de perguntar. Olhava para Morgan de canto de olho, muito da desconfiada. Era sábado de manhã e Morgan estava gritando durante o sono mais uma vez. A amiga ainda estava abalada e não era a mesma desde o incidente no vagão de cargas. Não que ela mesma estivesse 100% recuperada, mas aos poucos as coisas rotineiras iam ganhando importância no seu dia a dia e quase se esquecia dos sustos da semana anterior. Mas Morgan ainda estava fraca, murmurava umas coisas que ela não entendia enquanto dormia, estava assustada...estava estranha!

-Claro que to, magina, que bobagem! Você vai correr? - Morgan mudou de assunto estrategicamente. Becky corria quase todas as manhãs, incluindo aos sábados e de fato usava suas vestes esportivas naquele momento.

- Vou. - disse. Já que a amiga estava oferecendo a mentira de bandeja, era mais fácil aceitá-la. - Vou, mas não devo demorar, tá? E você devia tomar aquela poção de dormir que a enfermeira nova te deu pra dormir...você não dormiu nada a semana toda. Hoje vai dormir.- finalizou em tom mandão e de lá seguiu rumo a primeira reunião do Priorado.

Não gostava dessa história de guardar segredo dos amigos. Sejamos francos: Becky adora uma fofoquinha. Mas seu lado curioso vence seu lado fofoqueiro e por isso, queria ver qual era a desse grupo secreto, quem estava lá e o que faziam. Além disso, como não é boba nem nada e não sabia se existia alguma maldição envolvendo a quebra do sigilo, ela não arriscaria um passo em falso.

Seguiu para a sala indicada e ao chegar, avaliou um a um os presentes. Conhecia alguns de vista, outros eram de seu ano e outros ainda ela conhecia das partidas de quadribol. A menina Flower era a única lufana com quem já tivera contato e elas não se davam exatamente bem. Becky tinha a impressão de que a garota tomava as dores de Fullside em suas brigas com o novo capitão lufano e por isso sempre a encarava de forma estranha. Deu um oi constrangido rapidamente e foi para o lado de Adela , a única que realmente era sua amiga naquele agrupamento.

- Ainda bem que você existe, Dela!! - chegou desabafando sem nem ao menos dar um “oi, bom dia” antes. - Você tem noção? Eu tava pra morrer de não poder comentar nada com ninguém. MORRER! - dramatizou um pouquinho - Aliás, falando em morrer...alguma idéia do que a gente vai fazer aqui? Coisa boa que não deve ser...

Mas antes que ouvisse uma resposta o professor cessou os burburinhos com o seu discurso de boas vindas. Falou algo sobre o recinto abafado (é, todos notaram), sobre mitologia (que ela lembrava pouco), que iam precisar de varinha e cérebro (ok, ela trouxe os dois), tinham que escolher uma porta e ….oi? Escolher porta? De novo? Uma semana depois de ter escolhido portas para salvar a amiga no meio daquele vagão de terror? É sério isso, produção?

Rebecca revirou os olhos e trocou um olhar de descrença com Adela , pra quem já tinha contado tim tim por tim tim o que tinha acontecido no vagão de cargas durante a viagem até Hogwarts. Se perdeu por alguns minutos se lamentando da piada de mau gosto que era sua vida e quando voltou a atenção novamente à sala, já estavam todos se dirigindo a uma das portas.

Olhou para uma. Olhou para outra. Queria tomar uma decisão pensada e escolher a melhor porta, mas aquilo era um jogo de sorte e não tinha nada para ser pensado. De tanto que Rebecca demorou, já não pôde ir para a mesma porta de Adela, pois não tinha mais vagas. Seguiu para a porta 3, a mesma escolhida por um corvino e por três sonserinas, todas do seu ano. Não que isso fizesse diferença, visto que estavam longe de ser amigas.

“Podia ser pior, podiam ser quatro sonserinas” pensou brevemente enquanto passava pela porta.

O cenário havia mudado completamente. Estavam numa floresta o que era bastante agradável se compararmos com a sala que acabaram de deixar. Rebecca se sentia relativamente à vontade naquele ambiente. Não era dada à frescuras, era meio moleca e adorava trilhas. Além disso, os trajes de esporte a permitiam se movimentar com a bastante facilidade. Começava a pensar que aquilo estava fácil demais quando avistou de longe o elemento mitológico no cenário: um bicho horrível dormia em uma ilha muito próxima. Ela já tinha visto aquele bicho em algum lugar, em algum livro...ou talvez na aula? Ou talvez na prova? Não se lembrava mais...

- Shhh. Faleis alto e a besta acordará. - a voz chamou sua atenção. Um jovem rapaz grego (aquela roupa era de grego! Pelo menos isso ela lembrava.) pedia ajuda para recuperar sua lira que estava sob posse do bicho horrível sem nome e dorminhoco.

- Calma aí que eu vou lembrar que bicho é esse....- sussurrou, estalando os dedos enquanto falava, como se aquele movimento fosse ajudá-la a se lembrar. Guess what? Não ajudou. - Ai tinha algo com essa lira também, não tinha? Ou será que era harpa? Ou era flauta? Ou era tudo? Alguém lembra? - A monitora fez uma nota mental para revisar toda a matéria de teoria da magia para os próximos encontros do Priorado. Sorte que tinham um Corvipedia (Leslie) por ali para ajudar.

Era uma Mantícora, imune a maioria dos feitiços e o melhor era tentar algo no ambiente. Entendido. Começava a criar estratégias em time (como se existisse time quando estamos lidando com sonserinos), quando ouviu a apanhadora e monitora Roxanna lançar um feitiço por conta própria. Pois é, pelo jeito ela ACHOU que ia resolver tudo sozinha.

- SUA ANTA!- não se conteve e bradou enquanto o corvino também falava alguma coisa. – Como você pode ser tão estúpida? - Rebecca custava a acreditar que a menina tinha sido tão pouco cautelosa.

Não sabia dizer se tinha sido o seu grito ou o feitiço que trazia a lira até Roxanna, mas o fato é algo tinha despertado a Mantícora que num pulo se preparava para atacar. Leslie e Roxanna eram as vítimas mais próximas. Esquecendo-se completamente que tudo aquilo era uma ilusão, Rebecca entrou em pânico, principalmente pelo corvipedia que teve boa intenção. Não havia tempo para pensar muito, então Becky agiu intuitivamente. Então iam jogar sozinhos né? Pois bem, que fosse assim então para os sonserinos, mas ajudaria o corvino se pudesse.

- Carpe Retractum! - bradou apontando a varinha para a lira, agora em posse da sonserina. Sentia seu coração batendo aceleradamente pelo medo e adrenalina. Se tudo desse certo, Rebecca tomaria a lira e entregaria para o mocinho que implorava pelo objeto em desespero. Não que ela confiasse nele, mas na falta de alternativa melhor, aquele rapaz representava a única chance que tinham.

observações:

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Mensagem por RPG Enervate Qua Out 17, 2012 2:22 am

O membro 'Rebecca W. Lehner' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd20' :
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Mensagem por Leslie Astor Qua Out 17, 2012 1:21 pm

A Lira Encantada - Post II

Mamma Mia

Não foram exatamente bem sucedidos. Leslie não conseguira ajudá-la a tempo, de modo que a Manticore acabou por acordar, e seu feitiço atingiu um vazio. A lira voou para os braços de Roxanna, mas o movimento brusco despertou a besta, que estava se levantando quando o instrumento chegou aos braços da loira. O rapaz de cabelo cacheado, ao ver o dourado tão próximo de si, perdeu o controle, implorando em desespero para que lhe entregassem a lira. Mas o corvino tinha outras preocupações naquele momento.

A besta iria saltar. Ele então lembrou do conselho que havia dado aos demais, para aplicar ele mesmo: feitiços no ambiente. Não ousou desviar o olhar, pois o animal era majestoso demais para desviar seu foco. Em que outra oportunidade ele poderia ver uma mantícore como aquela? Estava fascinado, mas não o suficiente para perder seu instinto de sobrevivência. Seu braço funcionava quase sozinho, e as palavras estavam saindo em piloto automático:

- Reforcem esses feitiços!

Here I go again

Sua mão girava no sentido anti-horário de forma quase frenética. Conseguia ver, com o olho da mente, o chão quase que dissolvendo, como se todo ele virasse uma gosma escorregadia, derretida. Do fundo de seus pulmões, berrou:

- Lissima Strati!

Ergueu a cabeça e viu que a mantícora já havia saltado, e em poucos segundos estaria pousando a sua frente. Sim, ele era o alvo! Claro, quem mais seria? Sua mão suou, mas não o suficiente para quebrar a firmeza de seus movimentos ou a prontidão de seus feitiços. Não lhe restava tempo, e seus reflexos nunca foram físicos; então esticou o braço ao máximo que pôde, e virou a mão de modo que a ponta de sua varinha apontava para seu peito. Seu movimento foi de estocada, como se estivesse prestes a se auto-perfurar, mas parou um pouco antes. Sua expressão era de desamparo, como se pedisse ajuda. Suas palavras, foram essas:

- Everto Statum!

Imediatamente sentiu-se jogado para trás, como se um forte empurrão fosse dado. Franziu as sobrancelhas, e torceu para que aquilo fosse o suficiente para ganhar tempo e fugir da mantícore. Acima de tudo, torceu para que seus companheiros o ajudassem nessa fuga, nem que, de uma forma sádica, apenas o jogassem para mais longe. E esses curtos momentos pareceram uma eternidade, pois ele tinha uma quase certeza de que, em breve, mais uma vez, estaria enrascado.

RESUMO:

DADOS:


Última edição por Leslie Astor em Qua Out 17, 2012 2:58 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por RPG Enervate Qua Out 17, 2012 1:21 pm

O membro 'Leslie Astor' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
#1 Resultado : 17

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#2 'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
#2 Resultado : 15

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#3 'd20' :
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Qua Out 17, 2012 9:37 pm


I AM THE BEST SO SCREW THE REST!




Esse post é melhor apreciado ao som de The St. Trinian’s Theme – Girls Aloud.

Roxanna veste ISSO

LEGENDARY!

Se uma palavra pudesse resumir o meu estado de espírito seria essa. Enquanto meus companheiros perdiam tempo sussurrando feito velhas lavadeiras que perderam o sabão eu agi. E não me arrependia nada disso, afinal, eu fui treinada pelo melhor para ser a melhor. Que os outros ficassem com a mediocridade, eu não ligava a mínima.

Assim, enquanto eu lançava meu feitiço magnânimo, percebi que alguém imitara meu feito pouco atrás de mim. Dei uma olhada de quina e pude ver claramente quem era: meu stalker particular, Leslie Astor. Revirei os olhos em sinal de tédio e completa descrença. No entanto, eu ainda não tinha perdoado as risadas do corvino no trem sobre o pavoroso rosto humano que era a personificação corpórea de meu patrono que explodia em mil borboletas. Por isso, murmurei de forma que apenas ele e quem mais estivesse próximo a nós, pudesse ouvir:

- Amador!

E foi quando vi linda, dourada e completamente cheia de cordas a magnífica lira do rapaz de cabelos encaracolados voar debaixo das patas traiçoeiras da mantícora e caírem direto em minhas mãos. E eu nem reparei que o bicho já tinha acordado porque simplesmente uma garota de cabelos vermelhos que estava pouco atrás de onde eu me encontrava começou a gritar feito uma maritaca.

- SUA ANTA! Como você pode ser tão estúpida?

É O QUÊ?

Definitivamente só podia ter dado a louca em Hogwarts. Primeiro, um corvino sangue-ruim vendedor de cacarecos ambulantes, depois um auror tarado no trem e uma dupla de stalkers que aparentemente eram namorados e tinham uma tara por mim (Lara e Leslie), como se não bastasse, o grito de independência baixo nível no Banquete de Seleção e agora um Oompa-Loompa tinha a audácia de me chamar de anta?

Se a lufa-looser se sentia no direito de chamar a mim, Roxanna Katherina Rasputin Vermont Miloslaviniacova, filha de Miloslaviniac Stanislav e bisneta de Rasputin o bruxo negro que derrubou a família Romanov e deu início à Revolução Russa de anta a ordem social estava com os valores invertidos. E claro que eu tinha sido a anta mas a outra é quem fez um escândalo e acordou a mantícore! [off: eu sei que foi a Roxanna, mas pra ela foi a gritaria da Rebecca:/off]

Encarei a garota com seu jeito mateirão. Cabelos vermelhos, cara de pobre, audácia acima do seu tipo sanguíneo. Por incrível que pareça eu só conseguia imaginar Molly Weasley ao encarar Rebecca. Sabia que ela era do meu ano e isso não mudava nada, ela podia até ser parente dos Weasley mas continuariam todos sendo um bando de traidores do próprio sangue que saíram do gueto mas que o gueto ainda habitava seus corações plebeus. Minha reação instantânea foi cair na risada, como se estivesse tendo um fricote.
"A lira encantada" Tumblr_mbnqveoVu01rvato9o3_r1_250

- E quem foi que chamou o Curupira na conversa? – meu tom era ácido e sarcástico tão letal quanto a mantícora que saltou majestosa na direção de Leslie Astor. Respirei fundo quando o bicho passou por mim agradecendo mentalmente por ter sido ignorada quando ouvi o rapaz de cabelos castanhos gritando pela lira e antes que eu pudesse entregá-la à ele para que ele fizesse sua mágica de araque qualquer que fosse, aquela metidinha da lufana imitou o meu feito e lançando um Carpe Retractum roubou o instrumento de minhas mãos.

Se Rebecca a queria tanto, então podia ficar com ela e levar a mantícora de brinde porque eu, bom, eu sei muito bem quando bater em retirada e já que tinha ferrado todo mundo ali e não tinha mais nada que eu pudesse fazer, disparei a correr agilmente a fim de me esconder e esperar pelo momento de recuperar a lira que era minha.

Pode rir, lufaninha, mas quem ri por último, ri melhor. E eu... Well, I am the Best so SCREW THE REST!


Spoiler:

[off]Primeiro dado para o teste de perseverança.

Para a fuga, como Roxanna tem maestria em agilidade, eu escolho 10. E como ela também tem o feito ágil, eu escolho mudar o atributo chave de atletismo de força para destreza.

Segundo dado para conseguir fugir furtiva, caso ela consiga de fato fugir.

Nada pessoal galere, Roxanna é fela da pota mesmo rsrs[/off]
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Mensagem por RPG Enervate Qua Out 17, 2012 9:37 pm

O membro 'Roxanna Miloslaviniacova' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd20' :
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Mensagem por Isadore Baudelaire Qui Out 18, 2012 2:42 pm



Isadore não dormia há mais de setenta horas. Aliás, chegou a cochilar por alguns minutos durante as aulas dos dois dias anteriores, mas desde a noite em que recebeu a carta de sua mãe e sua tia, sua mente não se aquietava suficientemente para permitir que ela descansasse. Sempre que deitava-se para dormir, permanecia com os olhos arregalados e a mente girando depressa, com a sensação de que havia uma bola maciça em seu estômago, e o fato de desconhecer a causa de uma insônia de tamanha proporção servia apenas para deixá-la ainda mais irritadiça e ansiosa. Chegou ao extremo de escrever ao tio, pai de Charles, tentando acalentar o espírito, e apesar das respostas em geral terem se mostrado bastante satisfatórias, o Sr. Alain acabou despertando na sobrinha uma preocupação extra: Astrid Baudelaire. Sua prima, de doze anos, era provavelmente a única opção que Charles teria para escapar do casamento com Isadore, e por mais irracional que possa parecer, por conta disso a criança tornava-se um alvo claro da sonserina.

Sem raciocionar direito, saiu de sua última aula e foi direto em direção à torre da Corvinal, onde esperou por Charles pelo que pareceram horas. Alguns alunos da residência do primo chegaram a conversar com ela, mas foram todos prontamente ignorados por uma Isadore encostada na parede, com as mãos nos bolsos da saia e imóvel, como mais uma das estátuas do castelo.

- Finalmente - bufou Isadore, irritada, desencostando-se da parede ao sentir a presença do primo. No entanto, não chegou a perguntar por onde ele andava que demorou tanto tempo para voltar a Corvinal, porque não fazia a menor diferença para ela. O que interessava é que ele a deixou esperando. - Preciso perguntar uma coisa importante - introduziu, com algum resquício de irritação na voz, mas tornando-se mais solene gradualmente. Respirou fundo e finalmente falou - O que você pensa a respeito de nossa prima, Astrid?

- O que? Qual é o fundamento dessa pergunta? - seu corpo recebeu sua voz como uma carícia, e então percebeu que já sentia a sua falta. No entanto, tinha uma reunião do Priorado de Merlin em poucos minutos e precisou ignorar suas sensações.

- Charles, tenho pressa - ela falou, agoniada, e então completou:- Saiba apenas que é uma questão importante, então responda com seriedade.

- Eu não penso absolutamente nada em relação a ela. É uma criança.

- Sim, e se não fosse? - Insistiu, insatisfeita com a resposta, enquanto acrescentava mentalmente que todas as crianças crescem. Pelo menos as que sobrevivem.

-- Aonde você quer chegar? - Não foi difícil para Isadore perceber que não estava fazendo muito sentido aos olhos de Charles, o que não deixava de ser uma coisa boa. Não queria que ele soubesse que estava preocupando-se com isso. Portanto, esquivou-se:

- Em lugar algum - ela respondeu, agora claramente aborrecida - Tenho que ir...

- Você não costuma falar de assuntos aleatórios sem ter uma razão pra isso. Se não for direta, não poderei sanar suas dúvidas.

Isadore suspirou. Se estivesse sob condições normais, teria inventado qualquer coisa pra despistar sua aflição, mas estava inquieta demais até para articular estratagemas.

- Você sabe quais são as suas opções para esposa? - perguntou, agora completamente apática e inexpressiva.

- Sim. O que tem isso? - o tom de voz do rapaz permanecia tranquilo, o que chegava a ser irritante. A sonserina fez uma careta, no entanto percebeu que já tinha falado demais - Nada. Eu realmente tenho que ir - e então trouxe seus lábios para os dele brevemente, esperando que isso o fizesse se esquecer do assunto. Em seguida, virou as costas e foi embora, com o coração acelerado e perguntando-se se algum dia ficaria acostumada com esse gesto, enquanto lutava contra a sua vontade de voltar até ele e beijá-lo pelo menos mais uma dezena de vezes.

--

Assim que abriu a porta onde o clube se reuniria, sentiu um ar abafado lambendo o seu rosto, então deu um passo para trás, pensando se poderia estar no lugar errado. Já invadira salas de aulas de anos diferentes dos seus algumas vezes e também já esperou pela aula de transfiguração de dentro de uma sala abandonada, então aquela não seria a primeira vez se tivesse de fato se equivocado. No entanto, como não tinha o que fazer, resolveu entrar mesmo assim, até que, para o seu alívio, pode ouvir a voz do professor Jon.

Ignorou a pontada de raiva que sentiu quando o homem falou que "poucos ainda verão este ano", mas ao ouvi-lo dizendo "como podem ver, quero dizer... enfim.", estalou com a língua e rolou os olhos, demonstrando claramente a sua insatisfação. Odiava com todas as suas forças as piadinhas que vinham junto com a sua deficiência, mesmo que fossem involuntárias, como parecia ter sido o caso.

Finalmente, Roxanna manifestou-se, o que possibilitou que Isadore se aproximasse dela. Lembrava-se do que havia acontecido à amiga no café da manhã, quando esta recebeu uma carta de péssimo agouro de sua família, e quis ter perguntado se agora ela estava bem, legitimamente preocupada. No entanto, o professor ainda estava explicando o que aconteceria a eles naquele dia, e não gostava de interromper, ainda que não estivesse exatamente atenta. No seu sono, não conseguia firmar o pensamento por muito tempo.

Por conta disso, meramente seguiu suas amigas para uma das portas, e não sabia que com isso tinha se transportado a um ambiente completamente diferente, embora fosse perceptível que o ar tornara-se mais úmido e fresco, e o chão mais macio sob os pés. Não demorou e um homem veio ao encontro deles, instruindo que não falassem em voz alta senão a besta acordaria. Uau, já tem lufano dormindo? - e sorriu para a própria piada sem graça. Talvez se pudesse ver a mantícora, não teria achado do que rir. O estranho continuou falando sobre uma tal de uma lira, e, bom, o que Isadore poderia fazer? Se tinha uma besta a solta, ela queria mesmo era sair do seu campo de visão, antes que ela acordasse.

Deu alguns passos para trás, com as mãos tateando o ar em busca de algum lugar grande o bastante para ocultá-la - onde, se tivesse sorte, quem sabe poderia até tirar um cochilo.

Resumo:

OFF: Dados para perseverança e pra tentar esconder-se, respectivamente.


Última edição por Isadore Baudelaire em Qui Out 18, 2012 2:47 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por RPG Enervate Qui Out 18, 2012 2:42 pm

O membro 'Isadore Baudelaire' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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Mensagem por Isadore Baudelaire Qui Out 18, 2012 2:43 pm

Ops, faltou um.
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Mensagem por RPG Enervate Qui Out 18, 2012 2:43 pm

O membro 'Isadore Baudelaire' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
"A lira encantada" D20-dnd-dice-roller-5
Resultado : 16
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Mensagem por Jon Leicester Sex Out 19, 2012 9:39 pm

Cálculos escreveu:

Rebecca W. Lehner

Carpe Retractum - “Roubar” a lira - Sucesso automático já que Roxanna não tenta manter a lira em mãos.

Teste de Perseverança - CD = 16
Sabedoria + Perseverança + 1d10 = 2 + 5 + 8 = 15 < 16
Rebecca sentiu medo da mantícora.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leslie Astor

Teste de Perseverança - CD = 18
Sabedoria + Perseverança + 1d10 = 3 + 5 + 17 = 25 > 18
Leslie conseguiu vencer o medo da mantícora.

Lissima Strati - CD = 15 (CD normal já que Leslie não está com medo)
Sabedoria + Bruxaria + 1d10 + bônus de feito (Especialista) = 3 + 5 + 15 + 1 = 24 > 15
Leslie conseguiu realizar o feitiço.

Everto Statum - CD = 25 (dificuldade será explicada a seguir)
Destreza¹ + Bruxaria + 1d10 + bônus de feito (Especialista) = 2 + 5 + 14 + 1 = 22 < 25
Leslie não conseguiu se empurrar para longe.

A varinha de Leslie não atacaria seu próprio dono. As varinhas cujos núcleos são de coração de dragão criam um forte vínculo de fidelidade com seu mestre e são temperamentais. Varinhas de salgueiro possuem dom para cura, o que é contrário à intenção de Leslie de se auto-agredir, ainda que sua intenção não seja se machucar. Entenda, a varinha é uma extensão do bruxo e dificilmente ela atacaria seu mestre. Além disso, há o fato de que estava explicitado o breve momento que Leslie tinha para reagir e ainda assim ele tentou lançar dois feitiços. Não há “alguns segundos”. Eram no máximo dois, um para entender o que aconteceu e outro para agir. Além disso, você já narrou que o feitiço foi efetivo sem saber da mestragem. Mais explicações serão dadas em off.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Roxanna Miloslaviniacova

Teste de Perseverança - CD = 18
Sabedoria + Perseverança + 1d10 = 2 + 0 + 2 = 4<18
Roxanna sentiu medo da mantícora.

Fugir - CD = 15 (dificuldade Normal, já que Roxanna não é alvo de ataque)
Destreza (modificado pelo feito Ágil) + Atletismo + Maestria em Atletismo - penalidade = 5 + 5 + 10 - 2= 18 > 15
Roxanna conseguiu fugir.

Furtividade
Destreza + Furtividade + 1d10 = 5 + 5 + 13 = 23
Para notarem Roxanna, será necessário atingir um valor maior que 23.

----------------------------------------------------------------------------------------
Isadore Baudelaire

Teste de Perseverança - CD = 11
Sabedoria + Perseverança + 1d10 = 4 + 5 + 14 = 23 > 11
Isadore não sentiu medo.

Esconder-se
Destreza + Furtividade + 1d10 = 4 + 5 + 16 = 25
Para encontrarem Isadore, será necessário atingir um valor maior que 25.



ON-GAME



Tudo aconteceu muito rápido. Roxanna saiu correndo, mas todos estavam concentrados demais na mantícora para notarem sua retirada; Isadore se escondeu, afinal mal conseguia ver o que estava acontecendo e provavelmente esta fora sua melhor alternativa; Rebecca conseguiu roubar a lira das mãos da apanhadora sonserina, mas assim que esta chegou às mãos do rapaz bonito, Leslie já tinha a mantícora face a face.

Nesse ínterim, Kayra Leigh havia desaparecido. Mas isso parecia pouco relevante perto do que ia acontecer quando Leslie Astor não conseguiu fugir. Numa tentativa falha de empurrar-se para longe com um feitiço de ataque em si mesmo, sua varinha não lhe obedeceu e ele permaneceu no lugar, debaixo da sombra de três metros e meio da criatura que erguia-se em majestade para decapitá-lo. Porém, Leslie tinha conseguido tornar o chão escorregadio e, por isso, não perdeu a cabeça e sim um braço.

Ao escorregar, a mantícora desceu com força a pata contra o braço estendido da varinha de Leslie e decepou-o num golpe só. O apêndice do corvino foi jogado aos pés de Rebecca. Ele, por sua vez, esperou por uma dor que nunca veio. Com o choque do ataque e a mutilação violenta, não houve nenhuma dor. Antes que pudesse olhar o espaço vazio onde outrora estivera seu braço direito, Leslie desmaiou. Havia apenas uma poça de sangue por sobre as suas vestes, mas o grave ferimento magicamente cicatrizara.

A mantícora abria sua enorme boca para engolir de vez o corvino quando uma melodia começou a tocar e ela parou. Era um som cálido, como se anjos estivessem tocando harpas, e vinha dos dedos hábeis e delicados do rapaz que, com sua lira em mãos, de repente parecia extremamente corajoso.

A besta afastou-se alguns passos e bocejou, repentinamente desinteressada no jantar. Logo, com a música angelical a tocar, a mantícora deitou-se em seu lugar e adormeceu em poucos segundos. Assim como ela, todos num raio de 100 metros sentiram-se então mais calmos e até felizes, reconfortados pela música gentil. Quando a melodia cessou e tudo estava bem - exceto o braço inexistente de Leslie - o rapaz respirou fundo e falou em um tom de voz totalmente normal.

- Precisamos prosseguir. - E para quem estivesse perto para ouvir, anunciou - Meu nome é Orfeu.



OFFGAME e Resumo
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Mensagem por Isadore Baudelaire Dom Out 21, 2012 10:07 am

Isadore estava com a testa apoiada atrás de uma árvore frondosa, em pé, tendo decidido que iria ouvir o que aconteceria no olho do furacão enquanto se escondia. No entanto, foi sendo lentamente acometida pelo sono, e chegou a cochilar por alguns segundos, até que sentiu suas pernas receberem alguns pontinhos de uma ardência muito incômoda.

- Formigas! - constatou o óbvio, enquanto se estapeava com força para livrar-se delas, muito muito mal humorada. Saiu, claro, de onde estava, se coçando, enquanto tentava voltar para perto do grupo falando uma série de palavrões, embora ela, educada e fina, não costumasse utilizá-los. Estava cogitando gritar o nome do professor e dizer que ele era um irresponsável por deixar que isso acontecesse com ela, mas ouviu um som repentino, que era angelical e muito relaxante. Suas horas de insônia pareceram pesar mais que nunca.

Arrastando seus membros cansados, conseguiu seguir o som da lira e colocar-se bem perto de quem a tocava. Finalmente, ele parou e disse que deveriam prosseguir, o tal do Orfeu. Isadore pensou que, se conseguisse convencê-lo a tocar pra ela a noite, finalmente poderia descansar a sua mente perturbada, mas de alguma forma sabia que ele não iria para Hogwarts. Aliás, ele sequer deveria ser real.

- Vamos logo então - reclamou, cansada. Os demais poderiam ficar irritados com ela, já que a garota não os ajudou em absolutamente nada e agora adotava aquela postura arrogante, mas eles teriam que entender que era assim mesmo que o mundo funciona: alguns (todos) têm que fazer o serviço sujo pelos outros (ela) e paciência.


Resumo:

Off: Flood mesmo. Me processem rs
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Mensagem por Rebecca W. Lehner Ter Out 23, 2012 3:35 pm

A sonserina metida a insultava o que, convenhamos, nem a abalava mais nessa altura do campeonato (afinal estava no quinto ano e mais do que acostumada com o bullying sonserino de sempre) . Responderia a altura em outras situações porque Rebecca não é do tipo que leva desaforo pra casa, mas tendo em vista assuntos mais urgentes, relevou por hora. Deixaria para dar o troco no momento certo...

O importante agora era fazer alguma coisa para parar a Mantícora que já se preparava pra atacar. E guess what? Agora a lira estava em suas mãos. Por sorte, a Mantícora estava muito distraída indo em direção ao Leslie o que deu alguns segundos para que Rebecca reagisse.

A Mantícora estava perto, perto o suficiente para causar pânico na monitora lufana (porém nada perto do que Leslie devia estar sentindo, sendo a vítima da besta). Rebecca só teve tempo de entregar a lira para o moço, com as mãos trêmulas e em seguida, ficou paralizada com a cena daquele montro atacando o aluno da corvinal. Rebecca queria fazer alguma coisa para ajudar mas o medo que sentia diante daquela cena a impedia de se mover. Nem sequer se esconder propriamente ela conseguiu. Com os olhos arregalados, a menina levou a mão à boca para abafar o grito que dera ao ver pedacinho de Leslie voando para todo lado.

O menino já estava desacordado em sua poça de sangue e a Mantícora preparava-se para o ataque final. Rebecca fechou os olhos instintivamente para não ser testemunha daquele horror. Esperava ouvir o barulho da dilaceração do aluno quando uma música suave começou. Abriu os olhos e sentiu paz com aquela música reconfortante e principalmente com o fato da besta estar dormindo mais uma vez.

- Precisamos prosseguir. Meu nome é Orfeu. - a menina acenou com a cabeça. Por ela tudo bem. A idéia de ficar lá muito tempo não a agradava mesmo.

- E ele? - disse apontado para Leslie que permanecia desacordado. Uma das sonserinas já apressava o grupo para irem logo embora dali, mas Rebecca não podia deixar o menino sozinho. Olhou em volta e se lembrou que estava cercada de sonserinas. Se quisesse que algo fosse feito por Leslie, teria que fazer sozinha. - Ele está vivo? - perguntou para Orfeu, mas ela sabia muito bem como descobrir.

Se um simples feitiço de acordar foi capaz de trazer Morgan de volta em situação ainda mais grave, com certeza bastaria para acordar Leslie. A menina se aproximou do ponto onde o menino estava desmaiado e sussurou “Enervate”. Rebecca olhou rapidamente para o braço perdido do menino que estava perto de onde ela ficou durante o ataque da Mantícora e de repente, se sentiu meio sem jeito por estar ali. De alguma forma perder um braço lhe parecia algo muito pessoal e eles mal se conheciam. Por isso, assim que lançou o feitiço a monitora instantâneamente se afastou um pouco dando “espaço” para qualquer que fosse a reação de Leslie.

RESUMO:
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Qua Out 24, 2012 7:31 pm


I WANNA SEE IT HAPPEN!




Esse post é melhor apreciado ao som de I Wish - Skazi.

Roxanna veste ISSO

Mais uma vez, como era de se esperar, eu tinha demonstrado a minha superioridade na frente da ralé. É claro que as mentes pouco estruturadas da plebe jamais entenderiam a complexidade de meus atos e a benevolência que eu trazia dentro de mim. Todavia, eu também não estava ali para dar palestras motivacionais e muito menos para ser aplaudida por indignos.

Havia uma coisa chamada “bem maior” e para colimar os fins que se deseja, necessário se faz alguns sacrifícios. Afinal, Harry Potter tinha aceitado Rony Weasley se sacrificar no xadrez, mas era errado sacrificar Leslie em prol do resto? ORA! Eu tinha sido vivaz e sadia em minhas decisões e não uma megera indomada!

Tínhamos uma situação em nossas mãos e nossa tarefa era solucioná-la. Dar as mãos e cantar trechos de “Kumbaya my Lord” seria tão eficaz quanto mascar chicle de baba e bola para resolver problemas equacionais de Aritimancia.

ME JULGEM!

O problema tinha sido resolvido. O rapaz da lira tinha novamente seu objeto adorado, a mantícora estava dormindo e bem, o que isso tinha nos custado? O MÍSERO BRAÇO DE LESLIE! Ora, mais preço de banana do que isso, impossível. Que a oposição diga o que quiser, eu tinha vencido, de novo.

Kayra tinha desaparecido. E eu continuei em meu lugar estratégico, afinal, não queria que a loira surgisse do meio do mato pulando sobre nós com seu elemento surpresa. Querendo ou não, aquilo ali ainda era um jogo e amigos são amigos, games à parte. Observei por alguns minutos em silêncio o que se sucederia em seguida.

Vi a ufana acordar o corvino stalker e comportar-se como se estivéssemos todos de luto. Aparentemente, ela almejava dar certa privacidade ao rapaz. Por Morgana e todas as Brumas de Avalon! Ele tinha perdido um braço na nossa frente, não havia mais privacidade alguma. Estávamos no meio da mata juntos, qualquer um que quisesse fazer xixi estaria exposto aos outros de forma contundente. Aquilo era idiota demais.

Isadore compactuava de meu pensamento, pois já tinha tomado a dianteira do grupo com sua pompa e arrogância. Engoli em seco ao me aproximar do homem com a lira esperando por um agradecimento que não veio. Ao ouvi-lo se apressar e se apresentar, sorri internamente porque não queria que os outros percebessem que eu tinha ficado lisonjeada ao conhecer o famoso Orfeu. Ele tinha sido um dos argonautas de Jasão em busca do velo de ouro, não tinha? Qualquer um que fosse semi-deus era digno do meu respeito por mais que fosse um ingrato.

Encarei pateticamente a lufana ao me aproximar de onde Leslie estava. Ao menos a mantícore não tinha comido o braço dele. O membro encontrava-se ali, estirado ensanguentado no chão.

- No pain, no gain! – apontei a varinha para o braço do Corvino – Brakium Emendo! – Não custava tentar, não é? Ele podia ficar sem o braço, mas eu podia criar um braço de ossos a partir dos ossos que restaram. Era uma ideia, ao menos era melhor do que ser um maneta.


Spoiler:

[off]1 dado para o feitiço porque não sei se vai funcionar ou qual a CD para criar um braço esqueleto nele, mas neh, foi uma ideia que me ocorreu e achei legal tentar rsrs Porque só eu posso perseguir o Leslie rsrs[/off]

[off2] Pode Reh, pq eu curti demais seu post kkkkkkkkk e sou dessas q adora uma curtida kkkkk[/off]
Roxanna Miloslaviniacova
Roxanna Miloslaviniacova
Aluna

Série 5º Ano

Rússia
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Cor : #00CD66

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"A lira encantada" Empty Re: "A lira encantada"

Mensagem por RPG Enervate Qua Out 24, 2012 7:31 pm

O membro 'Roxanna Miloslaviniacova' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
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Mensagem por Leslie Astor Sex Out 26, 2012 4:13 pm

[RP: A lira encantada]

A Lira Encantada - Post III

Adeus, canalhas!

Seus movimentos foram perfeitos, mas ele sabia que a situação era complicada o suficiente para que aquilo falhasse. E foi o que aconteceu: antes que pudesse, efetivamente, apontar e empurrar a varinha contra si, a mantícora já estava pousando. Leslie fechou os olhos e imaginou como teria sido se houvesse funcionado. Se imaginou indo para trás, por um momento que durou uma eternidade. Quase sentia seu corpo indo, indo... E, realmente, foi. Alguns centímetros. Com o impacto da patada que a besta deu em seu braço. Quando abriu os olhos, viu que estava caindo e estava desbraçado. Não sentiu dor. O susto era grande demais para isso; tão grande que o fez desmaiar antes de chegar ao chão sobre sua própria poça de sangue; antes de ouvir o splash rubro que seu sangue fez quando a cabeça bateu no líquido; antes de perceber que só não morreu porque, pelo menos, um de seus feitiços funcionou, a mantícora deslizou, e o homem grego a botou para dormir antes que ela o atacasse novamente.

Não soube por quanto tempo ficou desacordado, mas foi o suficiente para sonhar. Sonhou com poços de gosma escura, que seguravam seus membros. As vezes sentia que algo ficava para trás, mas ele se agitava, tentando sair do buraco. Sabia, no entanto, que não conseguiria: suas asas estavam tão presas quanto suas pernas. Não adiantaria soltar-se sem soltar suas asas, pois, já que as paredes eram feitas de sombra, não conseguiria tocá-las de fato. O conteúdo do poço, no entanto, começava a tocar seu rosto. Começava a ficar com medo pois, se aquilo, o que quer que fosse, tocasse seu nariz, sabia que morreria asfixiado. Então, quando sentiu o gelado em sua narina...

Puf!

E acordou! Ainda estava um pouco atordoado, e não conseguia raciocinar direito a cena. Via que uma ruiva estava se afastando. Talvez tivesse sido ela quem o acordara. Acordara do quê, mesmo? Ah, de quando a mantícore arrancou seu braço e ele desmaiou. A mantícore! Deu um pulo, procurando a besta, e a viu dormindo, muito tranquila. Sentiu um frio percorrer seu corpo inteiro, exceto seu braço. Levou a mão até ele, para entender por que ele escapara de seu pânico, e agarrou o ar. Deu outro pulo, dessa vez para a sua esquerda, como um filhotinho de cachorro que salta ao descobrir seu rabo. Ou, no caso, a ausência dele.

Olhou para as meninas de seu grupo, e seus olhos encontraram os de Roxanna. Ela se aproximava, e resolveu tentar ajudá-lo. No entanto, ao apontar para sua falta de braço, o corvino quase pressente que algo ruim estava para acontecer. Quando ela vocifera “Brakium Emendo”, Leslie arregala os olhos, pois sabia os riscos daquilo, e...

A ferida, que já tinha cicatrizado - coisa que só notara agora - abriu, espirrando sangue pelo já ensaguentado chão. Levou a mão esquerda para o buraco, apertando-o, tentando conter o sangramento, mas o máximo que conseguiu foi tingi-la de vermelho. Resolveu então estancar a ferida com magia, então fez os movimentos de um de seus feitiços de cura, quando percebeu que não fez os movimentos de forma alguma pois o braço da varinha estava a alguns metros do seu corpo. Com a varinha. Desesperado - e ainda, estranhamente, sem dor - Leslie olha para as meninas e, desafinando, pede:

- Um Vulnera Sanentur, por favor... Alguém? - então voltou-se especificamente para Roxanna: - E, bem, obrigado...? Suas intenções foram as melhores... - e completou, mentalmente: ”eu acho”.

RESUMO:

OBSERVAÇÃO:
Leslie Astor
Leslie Astor
Aluno

Série 4º Ano

Inglaterra
Mestiço

Cor : #5F9EA0

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Mensagem por Jon Leicester Qua Out 31, 2012 1:43 pm

Cálculos escreveu:


Roxanna Miloslaviniacova

Brakium Remendo
Erro crítico!
Roxanna abriu o ferimento de Leslie.



ON-GAME



- Ele ficará bem. - Disse Orfeu, sereno. Não havia qualquer sinal de medo mais em seu rosto, mas a determinação era nítida na maneira com que olhava a todos. Com a lira em mãos, sentia-se como um guerreiro. Ademais, precisava continuar seu caminho e, para isso, daria sua vida se necessário.

Enquanto isso, Leslie via a pele do cotoco de seu braço abrir-se e jorrar sangue para todos os lados depois que o feitiço de Roxanna falhara redondamente. Ele não sentia dor alguma, mas a visão era no mínimo enjoativa. Depois que alguém tratou de fechar novamente o ferimento, Orfeu, que já estava impaciente, tomou a frente do grupo, falando:

- Sigam-me, por favor.

Sem esperar que o fizessem, o rapaz foi andando em direção à trilha por onde os garotos vieram. Caminharam por ela por pouco tempo, entretanto, pois a paisagem começava a se tornar mais obscura e o caminho mais íngreme e pouco contornado à medida que avançavam. Num dado momento, já não havia mais trilha, apenas árvores escuras de folhas secas, um solo de areia cinza e uma neblina neve. O sol parecia ter se posto muito mais rápido do que deveria, mas era apenas as sombras das enormes árvores. Orfeu parecia saber aonde ia, mas os outros não poderiam desconfiar de como ele fazia isso, já que tudo parecia igual e sem fim.

Depois de alguns minutos, o que era um bosque já havia se tornado uma floresta densa muito parecida com a Floresta Proibida de Hogwarts e a noite havia caído misteriosamente. Estava muito escuro para enxergar, mas Orfeu não precisava de luz - o dourado de sua lira era quase uma lanterna. Os outros, porém, se quisessem ver onde pisavam precisariam do Lumus.

Mais alguns minutos de caminhada sem rumo e chegaram ao que parecia ser a beira de um enorme rio, tão largo quanto comprido, de águas negras. Sim, já era noite, mas não havia lua e nem estrelas, apenas as árvores, a terra e o rio. A neblina ali já se tornara mais densa, mas não o suficiente para atrapalhar a visão dos dois.

- Aguardemos. - Disse Orfeu à margem do rio. E aguardaram pouco tempo, pois não demorou para que um pequeno bote fosse avistado à leste em meio à penumbra e à fumaça. Em cima dele, podia-se ver uma sombra esguia de dois metros que ficava em pé, remando com um um pedaço longo de madeira. No lugar que parecia ser sua mão direita havia uma chama azul que provaria ser um lampião estranho cujo fogo não queimava a criatura.

O barco de Caronte parou frente a Orfeu. Sua longa túnica preta cobria o que seria seu corpo, mas suas mãos esqueléticas estavam à vista, assim como seu rosto que se resumia apenas a um crânio de boca estranhamente aberta. Mesmo sendo corcunda, a altura de Caronte era assustadora. Quando ele falou, sua voz rouca e sombria ecoou por todo o lugar, mas nada em sua face se mexeu.

- Não há lugar para os vivos aqui.

Mas Caronte não contava com a lira encantada de Orfeu. Quando ele começou a tocá-la, a criatura não se moveu, mas se tivesse um coração este certamente teria se apiedado e se emocionado. E então Orfeu começou a cantar algo em grego, mas não era necessário entendê-lo para que lágrimas começassem a jorrar dos olhos. Sua voz junto com a melodia da lira era como magia em forma de som. Não havia um ser vivo ou quase-vivo que não era afetado pela canção pungente de Orfeu e seu instrumento, sendo assim, o guarda do submundo deu espaço para que todos subissem no barco.

- Vamos. - E subiu no barco sem hesitar, agora parando de cantar e tocar. Restava ao resto do grupo decidir se ia ou não.






Caronte:

OFFGAME
:
Jon Leicester
Jon Leicester
Professor

Escócia
Mestiço

Cor : #007417 (corjon)

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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Ter Nov 06, 2012 7:02 am


DIE ANOTHER DAY!





Roxanna veste ISSO

Senti meus dedos se fecharem com força na bainha de minha varinha quando percebi o que tinha acontecido. Meu feitiço genial não saiu como eu pensara e ao invés de um braço esqueleto no lugar do cotoco de Leslie, sua ferida nojenta se abriu, escancarando sangue por todo o lado.

Ew! Eu o culpava pelo acontecido. Se ele não fosse um plebeu nojento e tivesse o sangue ruim, meu plano teria sido perfeito. No entanto, até mesmo seu gene indigno reconhecia que minha benevolência tinha sido superior demais e negou-se a receber os auspícios de minha caridade. Revirei os olhos enquanto ele pedia por um feitiço que estancasse aquela sangueira.

E assim o fiz. Não porque me preocupasse que ele sangrasse até morrer mas porque eu não queria ter respingos de sua impureza em mim.

- Vulnera Sanentur – e o ferimento se fechou como se tivesse sido costurado com ácido. – Não se engane a meu respeito. – disse abruptamente sem encará-lo e dei-lhe as costas. Não queria sua gratidão. Fiquei ao contrário, observando o monstro mitológico dormindo tranquilamente enquanto ouvia o rapaz da lira atentamente. Eu podia parecer descrente e indiferente, mas não significava que eu o era.

Segui então poucos centímetros atrás do jovem mancebo enquanto notava a nítida mudança de paisagem. O solo brejeiro se tornara mais íngreme e as nesgas de sol que banhavam a lagoa rasa davam lugar a um clima tórrido e sombrio. Instintivamente agradeci mentalmente pelo bom senso de ter vindo de botas baixas com solado anti-derrapante e com um casaco quentinho. Levei as luvas na altura do colarinho, aninhando-me quentinha em meu próprio casulo.

Fazia questão de me concentrar em não pensar em nada. Não sabia que tipo de prova era aquela pela qual passaríamos e nem sabia das habilidades domésticas de meus colegas nos mistérios da mente. Por via de dúvidas, tudo o que eu conseguia pensar e me esforçava para ter em mente superficialmente era a figura majestosa da mantícore que ficara para trás. Eu não conversava com ninguém, nem mesmo com Isadore. E até minha respiração era compassada e controlada como se eu fosse uma árvore realizando a fotossíntese. Calma e silenciosa.

Por fim, chegamos a um rio. A neblina tomava conta do nosso redor. Não virei para trás para perceber se meus colegas estavam tão próximos da beira quanto eu e Orfeu. Por fim, uma barcarola veio navegando entre as brumas trazendo um singular passageiro que a conduzia. Meu senso de higiene e superioridade se negava a pisar naquela imundície medíocre, no entanto, eu mais do que ninguém, me importava com o que os outros pensavam a meu respeito e não queria que aquela gentalha confundisse minha aristocracia com covardia.

Encarei a criatura feia e disforme que se negava a receber os vivos. Eu podia não ser uma exímia conhecedora da cultura grega, mas sabia muito bem que aquele era Caronte, o barqueiro do submundo. Minhas bochechas adquiriram um leve fulgor de excitação só de pensar que estávamos perto de passar pelos portões do Inferno e adentrar o reino de Hades. Melindrosa como sou, apreciava os sortilégios que um encontro no reino dos mortos poderia me fornecer. Quantas coisas das trevas eu não poderia aprender ou reivindicar?

Assim, aceitei de bom grado o convite mudo de Orfeu e adentrei no barco que começou a descer pelo rio abaixo. Apertei novamente a varinha em mãos, sem contudo, acendê-la, afinal, Caronte tinha certo respeito naquelas águas negras, mas um bando de saco de ossos que não deveria estar ali, com certeza seria petisco no banquete dos monstros. E eu não pretendia facilitar para eles.

Se Hércules conseguiu entrar e sair por aquelas águas, então eu também conseguiria, afinal, ele era semi-deus e eu, bom, eu sou puro-sangue!


Spoiler:

[off] dado #1 – para a contagem pedida; dado #2 – para percepção caso algo nos ataque porque duvido que chegamos a 50 rsrsrs[/off]
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