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Vashta Nerada

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Mensagem por Leslie Astor Sex Set 28, 2012 4:36 pm

    Local: Biblioteca
    Horário: Por volta de 9:30, dia 02 de setembro de 2012
    Status: RP Aberta
    Participantes: Leslie Astor, Lara Roosenberg, Liam Brooks Gray, Gal Jones


Vashta Nerada - Post I

Bons sonhos

Naquela noite, Leslie dormira como uma pedra. Assim que, deitado, fechou os olhos, imergiu em sono profundo, e se descobriu vivendo um maravilhoso sonho, do qual mal lembraria no dia seguinte. Nele, o corvino era um pássaro exótico e completamente branco. Conseguia atingir alturas incomensuráveis em seus vôos, nos quais observava o mundo terreno abaixo de si com olhos de águia, observando o fluxo da vida e da morte como nenhum outro animal conseguiria. Lá pela metade, nuvens negras começaram a cercá-lo, até o ponto em que ele resolveu mergulhar nelas; e caiu, congelado, sua penugem branca suja de resíduos, que adentravam nas moléculas e o transformavam em um pássaro negro, caindo, caindo, caindo...



Acordou com um pulo, encontrando-se completamente humano. Ao abrir os olhos, viu o teto do castelo. Não estava mais no seu velho quarto com a madeira empoeirada pelo descuido, e sim em Hogwarts. Sentia-se em casa. Não que não gostasse de seu lar ou de sua família, mas ali sabia que assim que descesse as escadas para o Salão Comunal ele sairia detrás de uma estante de livros, e encontraria tantas outras ao redor da grande estátua de Rowena. Era ali que sua águia de estimação vinha visitá-lo nos momentos livres. Encontraria a apenas alguns andares uma biblioteca tão vasta que sua vida inteira não seria o suficiente para consumi-la, quem dirá os 7 míseros anos letivos. Respirou fundo, empolgado com a lembrança, pois havia marcado de encontrar-se com Lara em sua amada biblioteca, e estava tão empolgado que mal se continha. Pegou apressado um pullôver e trocou as calças, calçou um chinelo e correu para seu café da manhã.

Este se resumiu a uma caneca de café e uma tortinha de abóbora com bacon, que comeu apenas pela consciência da necessidade de alimentação. Mastigar, no entanto, não lhe parecia tão essencial quanto empurrar a comida pra dentro, pois queria saciar sua fome de conhecimento mais do que de comida. Quando terminou, saiu primeiro a passos largos do refeitório relativamente ainda vazio - a maioria dos alunos ainda devia estar dormindo - e, ao atravessar as pesadas portas do Grande Salão, encontrou-se a correr rumo as escadas e, então, à biblioteca. Ele estava ávido para sentir o cheiro dos livros, tocar nas estantes e sentar em sua costumeira cadeira de estudo. Leu algumas curiosidade sobre a História da Magia, mas nada que fosse mudar sua vida; era muito mais por estar ali que seu sorriso enlarguecia. Assim, quando a Lara chegou, Leslie já estava na biblioteca havia algum tempo.

Geller

Pensara em iniciar sua pesquisa, mas achou melhor esperar Lara, que tinha o desenho. Ele lembrava-se da ideia, mas não sabia exatamente como era, e aquilo poderia acabar levando-o a falsas pistas, e pânico desnecessário. Por isso, se prendeu ao seu pesado livro passatempo, deixando sua imaginação carregá-lo para as bruxas que congelavam as chamas de suas próprias fogueiras, sendo pegas propositalmente para rir das cócegas, e sobre os primeiros Tratados bruxos que começavam a organizar a política do mundo mágico.

Só acordou pra realidade quando o barulho e o impacto que a sonserina causara na biblioteca não era passível de ser ignorado. As pesadas portas rangeram rapidamente, gerando o som semelhante ao de um giz riscando uma lousa, embora mais grave. Seus passos pesados ritmavam o som dos chaveiros de sua bolsa que chacoalhavam de uma forma irritante, para dizer o mínimo. Mas foi a visão da maravilha dourada que mais afetou o jovem corvino.

- Você só pode estar brincando - ele a fitava, aterrorizado e furioso, sem conseguir achar palavras para expressar sua indignação.

Se alguém ali estivesse passado um dia no brasil e assistido à sua televisão, teria encontrando uma reação semelhante à do personagem Chaves ao sofrer um piripaque. Ela entrara abarrotada de torradas, nas mãos, na boca, nos cabelos e nos braços, e deixava farelo não só na bancada, como no chão, no rosto e em seu assento. Isso para não falar na manteiga, que poderia danificar os livros dali com sua gordura devido à fragilidade deles. E aquilo tudo era um desastre tão grande que não o deixava pensar no estardalhaço que foi a entrada da menina, em um ambiente que deveria ser um santuário de paz e sossego.

Ele respirou fundo. Olhou para baixo para recobrar forças e se acalmar. Levantou a ponta da calça e puxou de dentro da meia sua varinha, a qual apontou para a garota com decepção no olhar, e sibilou:

- Evanesco - e agitava a varinha na mão, na boca da menina e na superfície suja pelo desastre da sonserina. Em seguida, apontou de volta e sussurrou - Targeo! - para limpar qualquer resquício que restara da gordura impregnante que ela trouxera. - Você não pode trazer comida para a biblioteca. Nem fazer barulho - disse, apontando para a porta e para a bolsa ao seu lado. - Entendido?


Última edição por Leslie Astor em Sex Out 05, 2012 8:19 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Lara Rosenberg Seg Out 01, 2012 8:56 pm

Abriu uma fresta do olho, preguiçosamente estendendo a mão até as cortinas ao redor da sua cama e puxando-as. Era manhã, seu relógio biológico dava certeza disso, mas os dormitórios Sonserinos sempre a confundiam sobre o tempo. Estava chovendo lá fora? Se estivesse, ela tinha uma desculpa digna para atrasar um pouco o café da manhã e, consequentemente, as pesquisas na biblioteca.

Sua gata não estava em nenhum lugar que pudesse encontrá-la, provavelmente ainda estressada do dia anterior, e Lara decidiu deixá-la em paz. Estava, sem dúvidas, matando a saudades de Hogwarts, dos animais que caçava a vontade e das reentrâncias onde se escondia para ficar só. Lara podia entender isso, e daria o espaço que a gata precisasse para descansar. O trem não tinha sido divertido para nenhuma das duas, seus ouvidos ainda doíam e sua garganta parecia também um pouco dolorida por causa da fumaça.

Levantou-se de um pulo, porque se não fosse assim não levantaria mais, e deixaria Leslie pesquisar sozinho o significado da marca de Alucard.

Mas vamos lá: ela sabia que podia ser nada. Ela tinha noção de que provavelmente estavam correndo atrás de fantasmas e que talvez essa pesquisa não desse resultados concretos, ou não desse resultado nenhum. Correr atrás de fantasmas parecia ser tudo que ela fazia ultimamente. Mas, por alguma razão, isso não parecia desanimá-la. Se fosse apenas uma distração, se ela genuinamente se importasse com as consequências das marcas para Leslie e Roxanna, talvez estivesse mais ansiosa por resultados positivos. Não estava, não particularmente. Era uma segunda natureza sua, procurar por enigmas e tentar resolvê-los, e, em um ano, nada a tinha empolgado e chamado a sua atenção tanto quanto aquilo.

Não era o caso de mencionar isso para Leslie, claro. Ela simpatizava com ele, pois vira a centelha de fascinação em seus olhos quando a situação se desenrolou. Conseguia identificar-se com isso facilmente. O problema, é claro, era que os dois usavam métodos diferentes para conseguir o que queriam. Ele, pelo pouco que conversaram, parecia bem mais focado em livros e conhecimento teórico no geral. Ela não dispensava uma boa pesquisa de campo, uma investigação, algumas portas a serem destrancadas, feitiços de camuflagem e a adrenalina que vinha com a possibilidade de ser descoberta. E ela tinha sido descoberta, sim, várias vezes, seu histórico de detenção falava por si. A cada vez, no entanto, tinha aprendido algo novo, um conhecimento obtido com trabalho duro que agora considerava indispensável.

Tomou um banho rápido e se vestiu correndo, querendo ter tempo suficiente para comer o que quisesse antes de encontrar com o menino na biblioteca. Acabou se distraindo com Louise, que finalmente apareceu e deixou claro o que estivera fazendo antes: largou um rato morto aos pés da cama da dona. Lara quase pisou nele ao procurar as botas, e soltou um grito alto que provavelmente acordou todo mundo no dormitório feminino da Sonserina. Saiu de lá quase correndo, não querendo confrontar Lena caso a amiga acordasse.

Ao chegar à mesa do café, portanto, tinha apenas dez minutos até a hora marcada com Astor, e só deu tempo de comer um prato de cereal, dois sanduíches, e um copo de suco de abóbora. Ela se sentia satisfeita, mas as torradas expostas estavam tão bonitas que não resistiu e colocou algumas dentro de um guardanapo. Rumou para a biblioteca comendo-as alegremente, pensando por que livros começariam suas pesquisas.

Sua mochila, cheia de chaveiros e outros penduricalhos que a menina tinha coletado durante a vida, balançava ruidoso atrás de si. Ela não notou o barulho que fazia, nem mesmo quando bateu com força nas portas da biblioteca, que ecoou por todo o recinto.

Jogou a mochila em cima da mesa com um baque, ao lado de Leslie, que já havia percebido que ela estava lá e não estava nada feliz por conta do barulho. Tentou melhorar a situação dizendo um “Bom Dia!”, mas o fato de sua boca e mãos estarem cheias de torradas teve o efeito oposto: ele parecia que ia explodir de ódio.

- Você só pode estar brincando.

Ela fez cara de inocência.

- O qui fhoi? - Cuspiu, a boca cheia de farelos.

Arregalou os olhos e passou as costas das mãos na boca, tentando em vão limpar-se. Pela cara dele parecia que ela tinha trazido um caranguejo-de-fogo pra biblioteca? Alguém devia avisá-lo que aquela veia saliente na testa dele não era nada atraente.

Ela tentou engolir o pedaço restante de torrada que ainda estava em sua boca, mas Leslie apontou a varinha raivosamente para ela, e de repente a menina estava mastigando ar. Puf, desapareceu. Um pedaço perfeito de torrada, crocante nas bordas e cremosinho de manteiga no centro, como só os elfos domésticos de Hogwarts podiam fazer. Ela NÃO tinha acabado de comer.

- Eu NÃO tinha acabado de comer! - Disse, enquanto ele limpava ao seu redor obsessivamente. – Faz muito tempo que eu não como essas torradas! - Exclamou.

O menino falou, parecendo controlar-se, que ela deveria fazer silêncio enquanto estavam lá. Ora, ela sabia disso! Mas não havia ninguém na biblioteca uma hora dessas de um domingo, todos estavam dormindo até tarde ou dando um passeio pelo lago. No entanto, respirou fundo. Estava lidando com um legítimo corvinal. O menino tinha até uma águia de estimação, pelo amor de Merlin. Seguir regras sem sentido provavelmente era sua segunda natureza.

- Okay. Eu vou falar baixo. Mas te aviso logo: preciso rebater ideias com alguém enquanto pesquiso. - Falou, mirando nos olhos castanhos claros do menino.

Depois disso dedicou um minuto de silêncio para as torradas que não tivera a chance de saborear, antes de recomeçar a falar, dessa vez mais baixo.

- Primeiro de tudo: você está sentindo alguma coisa estranha? Alguma mudança de humor repentina? Eh, que não pode ser creditada à puberdade, claro. Smooth! Sonhos incomuns?

E, enquanto falava, tirava da mochila o seu caderninho com o desenho da marca de Roxanna, para que dessem uma olhada melhor.

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RESUMO: Lara acorda cedo para pesquisar a marca de Roxanna na biblioteca, mas sua gata deixa um “presentinho” ao lado de sua cama e ela acaba se atrasando para o café da manhã. Come apressada, e sente necessidade de levar várias torradas para a biblioteca. Leslie quase tem um enfarto quando vê a confusão que ela faz. Ela concorda em falar baixo e não comer na biblioteca, e depois pergunta-o como está se sentindo. Abre o caderninho onde tinha copiado a marca.
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Mensagem por Leslie Astor Qua Out 03, 2012 10:10 pm

Vashta Nerada - Post II

Epifanias

A garota protestou quando ele usou sua magia para limpar as torradas que ela insistira em trazer para a biblioteca. Era mais um resmungo, uma reclamação sobre algo para o qual não adiantava mais reclamar, pois já havia sido feito. Após explicar as regras para ela, achou-a não completamente convencida; poderia explicar em como ela o atrapalhara, e em como a biblioteca era um refúgio para aqueles que, como ele, achava mais conforto perto de livros do que de pessoas. Mas decidiu que ela iria perceber isso com o tempo, pois era provável que aquele dia não fosse o suficiente para encontrar tudo que era preciso sobre a marca.

Finalmente, quando toda a superfície já estava limpa, ela prosseguiu falando que precisa discutir as ideias enquanto as pesquisa. Leslie quase suspirou com a ideia de conversar no local, mas ele sabia o quanto isso deve ajudar. Havia vezes em que, enquanto fazia seus deveres de casa, quase acampando naquela mesa ou em sua área praticamente demarcada na biblioteca corvinalense, sentia dúvidas que lhe doíam no juízo por não serem sanadas de imediato: precisava pesquisar em outros livros, em outros lugares que jamais imaginaria, ou deixar a pergunta repousar até que, numa súbita pequena epifania, ela se solucionasse. Nesses momentos, uma de suas maiores distrações era uma pergunta que, como um pêndulo, tocava a sua consciência de forma intermitente: se eu tivesse alguém comigo com quem conversar, será que nós conseguiríamos solucionar isso mais rápido? Será que essa questão surgiria, ou seria o companheiro capaz de responder logo após seu surgimento?

Lembrava-se, então, de seu pequeno irmão Rory, que costumava lhe fazer perguntas constantes enquanto ele trabalhava em seus unguentos. Até então não havia reparado como ele o ajudava a tirar conclusões sobre as quais nunca pensara. Seus repetitivos “por que’s” faziam-no lembrar de situações que já vivera em que não conseguira resolver certos problemas, e que, com aquelas perguntas, lhe faziam parecer ter soluções óbvias. Seu irmão, de uma forma quase anônima, era um grande responsável por todo o desenvolvimento intelectual de Leslie, e ele mal havia percebido isso. Sorriu diante do repentino desbravamento interno de que, afinal, podia gostar de companhia; e lhe respondeu:

- Ótimo, vai ser bom discutir as teorias que surgirem - e ele notou uma sobrancelha levantada diante de sua resposta. - Quanto ao barulho, não se preocupe com isso; basta ter bom senso. Contudo, recomendaria um ”Silencio” em sua bolsa - sua voz tinha um tom pedagógico e quase complacente, como se estivesse ensinando algo óbvio a alguém que foi relapso demais para aprender da primeira vez.

Inocência

Felizmente, presumiu que a garota não o havia escutado, pois falara eu seu tom rápido demais em um momento em que ela estava absorta em seus próprios pensamentos. Finalmente, ela retomou as falas, dessa vez com um tom mais baixo, sendo cuidadosa e respeitosa. Sorriu e assentiu em aprovação.

- Primeiro de tudo: você está sentindo alguma coisa estranha? Alguma mudança de humor repentina? Eh, que não pode ser creditada à puberdade, claro - pausa para reprovação na boca de Leslie. - Sonhos incomuns?

Ele ponderou sobre um segundo. Não lembrava-se muito bem sobre o que havia sonhado, sentia que sempre fora faltoso em relação ao estudo de seus próprios sonhos. Mas lembrava-se de acordar, e de dar mais atenção ao teto do castelo do que ao material onírico que, não havia muito, estava em sua mente. Assim, concluiu:

- Não, nada que já não seja cotidiano. Quer dizer, eu não senti muita fome hoje, mas eu não gosto muito de comer, principalmente no café da manhã, ainda mais numa manhã dominical de pesquisa... - ela tirava da bolsa um caderno, tendo cuidado para não fazer muito barulho com todos os adereços que pendiam dela. Abriu no desenho que havia feito da marca que a loira recebeu no vagão, e apoiou sobre a mesa, para que os dois pudessem observar. A pergunta não-dita que pairava no ar era aquela, “o que você acha que é?” - Me lembra um pouco os desenhos de astronomia que eu já estudei, mas apenas um pouco... Existem poucos pontos e muitas ligações. Pode ser uma runa também, o que indicaria que deve fazer parte de alguma escrita que utilize ideogramas, porque não faria muito sentido marcá-la com um fonema. - Lara olhou para ele com uma estranha expressão, como se estivesse esperando por algo. - Marcar-nos...

Dito isso, se levantou, tão de súbito que teria assustado alguém por perto. Estava de costas para Lara, pensando por onde começar. Voltou para mesa, quando viu que esquecera de levar qualquer material para pesquisa. Genial. Ele devia, realmente, estar muito ansioso para aquilo. Pediu para pegar algumas folhas de pergaminho emprestadas. Com a devida permissão, tomou duas e colocou-as paralelamente sobre a superfície, esticando-as e usando como peso de papel, de um lado, o caderno, e do outro, o tinteiro. Com a pena, rabiscou, no topo de uma das folhas, “Runas”, e do outro, “Astronomia”. Deixou um ponto para tópico de cada folha pronto para dar o exemplo do que viria a seguir.

- Ok, eu pesquiso Astronomia e você Runas, ou você prefere o contrário? Por enquanto a gente procura só livros que se encaixem nos temas, todo tipo deles, e depois a gente examina um por um para ver se encontramos alguma coisa. Certo?

O otimismo e tranquilidade do corvino não poderiam prever o que viria a seguir.

RESUMO:
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Mensagem por Gal Jones Sex Out 05, 2012 12:28 am

Gal respirou fundo e encarou as portas de madeira de biblioteca. Revisou seu plano mais uma vez em pensamento e tentou soar confiante ao repetir para si mesmo:
" Vai ficar tudo ok, você planeja isso há tempos, não há nada que uma boa estratégia não possa atingir." Apesar da tentativa de raciocínio lógico, sentiu o peso dos cristais no bolso. Nunca acreditara muito nas bobagens da mãe, mas - pensou bem - também nunca acreditou em magia e acabara de ver um garoto se transformar em canário após comer um caramelo. Talvez os cristais realmente o ajudassem, quem sabe.

O importante, repetiu mentalmente, era lembrar do objetivo principal: fazer amigos. Não que Gal quizesse realmente amigos - ele já tinha visto as dez temporadas de Friends com a mãe e não sabia se queria mesmo todo aquele tipo de drama. Quer dizer, eles estavam ou não dando um tempo? Ele nunca saberia.

Não, a busca de Gal não era pela infinita vontade de se encaixar, ele apenas queria testar a escolha do Chapéu Seletor. Seriam mesmo Lufanos naturalmente bons e fiéis? Ou será que ele realmente jogava qualquer um que não fosse bom o suficiente naquela casa como os outros alunos diziam? Tudo pela ciência!
As pessoas na biblioteca não sabiam quem ele era, nem sequer o notaram os seguindo pelo trem ou pelos corredores. Gal era bom em ser invisível. Uma sonserina demagoga e um corvinal socialmente inapto - eles eram o par ideal. Gal os havia estudado e, mesmo nervoso, sabia exatamente como conseguir a atenção deles.

Tinha o plano perfeito, seu cérebro repetiu, reconfortando-o.

Apertou o cristal no bolso, tentou canalizar um pouco da energia sociável da mãe (mas bem pouco mesmo) e empurrou as portas da biblioteca.
Encaminhou-se em silêncio até uma mesa distante e, como esperava, nenhum dos dois sequer o ouviu entrar.

De dentro da mochila tirou tudo o que precisava; os "Cartões de Conversação da Madame LeFrou"(tm) ("para uma experiência mágica em comunicação"), os livros das matérias que tinham em comum e, claro, seu maior trunfo; um pacote plástico - ainda selado - de "Bolachas Ácidas Explosivas" compradas pela loja-correio da Zonko's. Ele não as havia comido antes, mas o slogan dizia "Bagunça, Barulho,Ácido e um sabor todo especial de Queijo - o que mais você pode querer na sua refeição?" e, bem, o que mais ele poderia querer?

Olhou mais uma vez de soslaio para os dois alunos debruçados sobre as mesa e, sem pensar duas vezes, abriu o pacote com um alto "CLACK CLACK BOOM".

Mal via a hora de fazer amigos.


Resumo
Gal decidiu que quer fazer amigos para testar se é um verdadeiro Lufano. Passou as últimas semanas (e, muito provavelmente algum tempo antes disso) estudando a idéia de se aproximar de Leslie e Lara. Ele já tem tudo planejado meticulosamente, mas ainda está meio nervoso.
Calculista e meio assustador, já tem todo o material necessário para conseguir a atenção de seus alvos. Decidiu que a melhor maneira é atraí-los para si usando uma das pet peeves de Leslie, a quem já vira várias vezes antes, atacando pessoas na biblioteca por profanar o lugar de qualquer forma
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Mensagem por Lara Rosenberg Sex Out 05, 2012 2:07 am

Um silêncio em sua bolsa? Um silêncio na sua boca, meu querido. Aquele garoto mal chegara e já estava cativando sua gata, evaporando sua comida e criticando sua bolsa? Se ela não tivesse muito interesse em mantê-lo por perto ele não saberia qual o formato dos Fogos Filibusteiro que o acertariam antes de desmaiar.

Pelo menos ele não criticou seu método. Se é que podia chamar “falar pelos cotovelos até ter uma epifania” um método, não é? Mas era assim que ela fazia. Ela e o irmão. Pra falar a verdade, já começava a sentir novamente o friozinho na barriga que sempre tinha diante de um enigma a ser desvendado. Sentar-se na biblioteca por horas a fio não era exatamente sua ocupação favorita, como já havia deixado claro, mas, por enquanto, era o que podiam fazer sem a interferência de um professor.

Analisou o desenho com as sobrancelhas franzidas, passando os dedos por cima dos pontos onde a tinta era mais forte e inclinando-se para mostrar melhor à Leslie. O garoto falou sobre a possibilidade de ser relacionado à Astronomia, e ela mesma já havia pensado nessa hipótese. O formato circular podia até lembrar os mapas que ambos estudavam, mas e essas ligações? E esses grandes pontos pretos? Seriam trajetórias?

Ele falou também sobre Runas, e isso parecia mais próximo da realidade. Ela começara a estudar Runas no ano passado, apenas, e confessava que não achava a matéria lá muito interessante. Castigou-se mentalmente por ter tentado dormir em algumas aulas, mas era inevitável: no ano anterior ela mal dormira de noite, fazendo com que seu desempenho em certos assuntos fosse prejudicado. Ela passara alguns meses nisso, para apenas no final do ano correr atrás do prejuízo. Não deveria, no entanto, focar-se na sua incompetência. Lembrava-se sempre de Lena, que era focada e obstinada, e invariavelmente conseguia o que queria. Ela também conseguiria.

O garoto não se incluiu quando falou sobre as marcas, o que fez Lara levantar as sobrancelhas em alerta. Negação ou puro esquecimento? Ninguém esquecia que tinha sido marcado por um auror de um dia pro outro. Passou a observá-lo com mais atenção. Esquecimento e demência poderiam indicar que a maldição estava tomando sua vítima, finalmente. Fazia sentido: uma maldição que fazia você esquecer que tinha sido atacado, a princípio. Ela seria a única a lembrar disso, daqui um tempo? Estava para dizer algo sobre isso quando ele se levantou, subitamente, e foi em direção aos livros. Não os pegou, no entanto, voltando à mesa com as mãos vazias e uma expressão confusa. Por favor, não esqueça. Não esqueça. Não quero ficar sozinha nessa, Leslie. Por favor. Implorou, em silêncio.

Voltou com duas folhas e um plano: se separarem entre Astronomia e Runas, que eram os assuntos a que inicialmente tinham associado à marca.

- Acho que, de início, não devemos eliminar nenhuma possibilidade. Nunca vi nada parecido em Runas, e estudei bastante o nosso dicionário ano passado. Vale a pena dar uma olhada, né? – Disse, enquanto se levantavam para pegar livros.

Voltaram, ambos, com muitos volumes nos braços. Estava folheando “Runas Antigas: Mistérios Revelados” quando se virou para Leslie para despejar algumas ideias.

- Talvez sejam várias runas sobrepostas, de modo a formar uma palavra? Já vi maldições que se operavam assim. Óbvio que com marcas nós pensamos imediatamente na marca que Você-Sabe-Quem deixou em Harry Potter. Não foi uma maldição imperdoável, aquilo? Deveríamos olhar em livros específicos para maldições. Quando terminarmos com esses, claro.

Estava para estender o braço para pegar seu dicionário de Runas quando ouviu um barulho relativamente alto, agora que estavam se preocupando em falar baixo. Virou a cabeça rápido para um garoto, que não parecia mais velho do que eles, que estava abrindo um saco de comida. Ela, involuntariamente, sentiu os olhos estreitarem. Será que era uma comida gostosa? Virou-se para Leslie e viu que... sim, sim, lá estava a grande veia na testa dele de novo. Ohhh, esse garoto estava perdido. Resolveu ajudar antes que esse menino também ficasse sem seu café da manhã.

-Ah, você não vai querer fazer isso! – E apontou para o saco na frente dele. – Aparentemente é proibido comer na biblioteca. Pode danificar os livros, ou coisa assim. - Pegou o livro que estava a sua frente, e este estava tão puído e rasgado que algumas páginas se soltaram quando ela o ergueu. – Eu não vejo a diferença que ia fazer, really, mas o Leslie aqui vai te eviscerar em três segundos se você não se afastar de... – E olhou um dos livros que estavam na mesa dele. – ”Animais Fantásticos e Onde Habitam”.- Por Merlin, era provavelmente o livro favorito do Astor. Deu uma risadinha baixa e voltou a dirigir-se ao desconhecido. – O que é que você ia comer, aliás?

Não pôde evitar a pergunta. Era comida? Ela se interessava.

Resumo: Lara começa a pesquisar nos livros de Runas, e sugere que eles pesquisem depois em alguns livros específicos para maldições. Não percebe a presença de Gal até que ele abra o saco barulhento de alguma comida. Temendo pela guloseima do garoto, resolve aconselhá-lo antes que Leslie estoure uma artéria no cérebro.

Off: Quando o Mauro postar ele vai editar as permissões da RP, mas por enquanto eu digo que as ações de Gal são permitidas aqui, e já tinham sido planejadas faz um tempo (a gente só não sabia que nome colocar porque a Thaís demora dois séculos pra escolher o nome do personagem). O player do Liam não deu sinal, então resolvi me adiantar e postar logo. Continua com o post do Leslie amanhã.
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Mensagem por Leslie Astor Sáb Out 06, 2012 12:17 am

Vashta Nerada - Post III

Biblioteca

O corvino concordara com ela em relação às Runas. Os dois saíram da mesa em busca de alguns volumes sobre os assuntos. Dentre eles um que já tinha lido em outrora (”Como se corresponder com seus ancestrais”, sobre Runas Antigas), alguns que já havia visto e desejado ler durante os últimos anos letivos (”Por que astrologia”, ”A estrela te guia” e ”101 códigos antigos para conversar em segredo na aula (e não ser pego!)”), e outros pelos quais se interessera espontaneamente, acreditando que seriam de utilidade. Ao todo, liberou 9 livros sobre a mesa, organizando-os por tema e data de publicação.

Enquanto pesquisavam, a sonserina sugeriu que poderia ser uma Runa que combinava ou sobrepunha vários signos menores para formar uma palavra. Por ser uma marca circular e cheia de nuances, Leslie concordou, de modo que passou a dar mais atenção a linguagens que utilizavam esse tipo de mecanismo. Afundava-se nos livros e fazia anotações rápidas e garranchadas, quando um ruído alto e inesperado o fez ter um espasmo de susto e borrar a folha. Antes de ver o que era responsável por aquilo, limpou o excesso de tinta com a varinha, de modo que primeiro ouviu a voz de Lara, alertando-o sobre as regras. Estava quase contente, quando...

- Eu não vejo a diferença que ia fazer, really...

E, dito isso, ela pegou um livro velho e puído com tanto descuido que algumas páginas caíram. Leslie franziu o rosto todo com aquela visão. Repousou a pena, respirou fundo para se acalmar - embora sentisse que suas têmporas estavam vibrando com pequenos espasmos desgostosos - e pegou o livro que ela havia estragado. Se recusou a olhar para cima, por hora, pois precisava consertar o estrago da menina. Com a varinha, remendou as páginas aos seus locais originais a partir da numeração delas, e no caso daquelas que tinham o canto da folha estragado, tentava uni-las a partir do contexto do texto. Não demorou muito, pois estava acostumado com esse tipo de serviço.

Ambivalência

Ergueu os olhos para o garoto que trouxera a comida e desencadeara aquelas desventuras em série. Ele tinha a aparência mediana e segurava um saco, provavelmente com o alimento, que o corvino não sabia muito bem do que se tratava. Aquilo havia chamado a atenção de Lara, contudo. Claro; ele havia sumido com suas torradas, ela devia estar com fome. Ou então ela só gostava muito de comida; perguntou-se como ela podia não ter a estatura da velha Annabel, que comprava poção do emagrecimento de sua mãe após os feriados. Elas não chegavam a ser milagrosas, mas conseguiam acelerar um pouco o metabolismo. Será que a sonserina usava elas? Ouviu falar que não eram muito saudáveis. Assim, quando ela perguntou qual era a comida, a resposta imediata do menino foi:

- Não interessa. Não aqui, pelo menos. Se quiserem comer, vocês podem se dirigir até o c...

Interrompeu seu sermão, agora de pé e encarando os dois em reprovação, quando viu um conhecido livro seu. Era castanho e tinha alguns pelos, uma garra prendia o fecho. “Animais mágicos e onde habitam”. Não podia dizer que era seu livro favorito, mas certamente era a aula da qual mais gostava. Era nela que sua mente viajava para todos os locais - todos os habitats, para ser mais preciso - em que encontraria os mais variados tipos de animais. Queria tanto conhecê-los! Simpatizou quando viu que o dono do volume era o garoto que os interrompera. Leslie corou e retomou sua fala:

- Bem, você não pode comer aqui, guarda essa sacola. Ahm, eu não pude não notar que você tá carregando aí - apontou para seu livro - o Animais Mágicos. Você veio pesquisar alguma coisa específica sobre isso? - pôs a mão nos bolsos para se conter. - Porque eu sou muito fã dessa área, poderia indicar algum livro se você precisar. Depende mais do habitat do animal, sabe, isso vai definir alguma características e a partir desse prisma fica mais fácil achar a seção com as informações... Enfim, - retomou seu fôlego, - estamos no meio de uma pesquisa importante. Se não precisar de mais nada, por favor não perturbe.

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Mensagem por Gal Jones Dom Out 07, 2012 2:40 am

As bolachas fizeram menos barulho do que Gal esperava. Claro, algumas delas criaram perninhas e saíram espalhando queijo ácido pela biblioteca, mas os dois outros ocupantes do lugar pareçeram menos abalados do que tinha em mente.

Lara Rosemberg (olhos grandes, cabelos escuros, gosta de torradas pela manhã) parecia mais preocupada com sua comida do que com o estrago que estava prestes a causar enquanto seu amigo corvino (o tamanho daquela veia roxa era preocupante) até se aproximou para lhe criticar, mas parou imediatamente ao ver o livro.

Honestamente, Gal havia calculado os efeitos daquele livro para a conversa, vira Leslie e seu pássaro conversando e o vira com outros animais. Ele o lembrava daquelas antigas princesas da Disney que não possuíam outros amigos que não os animais silvestres. Porém, ele não esperava uma conversa tão de imediato. Isso era confuso, espontâneo, natural - nada parecido com o que eles estava acostumado.

"Ah. Animais mágicos. É. Esperem, eu acho que..." Fez uma busca imediata pela letra "A" de "Animais Mágicos" nos seus cartões de conversação. "Sim, estou preparado para uma conversa sobre Animais de gênero Mágico e/ou Místico, claro." Puxou uma carta e leu, sem pestanejar:

"Se você fosse Sirius Black, que treze pessoas escolheria matar sem piedade?" Duas coisas naquela frase eram absurdas. 1) Sirius Black fora inocentado anos atrás, então esses cards estavam desatualizados e 2) Sirius Black, até segunda ordem, não era bem um animal mágico, mesmo diante da lenda urbana de que se transformava em um sinistro. Gal então chegou a conclusão óbvia. "Perdão; acho que puxei um cartão de "Assassinato em Massa", erro comum." Vasculhou novamente por entre os cartões e com o ar mais natural que conseguiu, disse:

"Adoro animais mágicos!" Leu seu cartão. "Se você fosse um animago, que forma acha que tomaria?" Checou o cartão mais uma vez. "Não precisam responder a essa pergunta. Também podemos falar sobre a opinião de vocês para com explosivins ou se a idéia de mortalhas vivas os assustam." Suspirou. "Nunca conversei com alguém antes, estou meio enferrujado, mas - se quiserem - posso ajudar nessa pesquisa importante ou algo assim."

Resumo

Gal não esperava uma conversa assim tão rápido, tão cedo. Tenta puxar conversa usando seus cards mágicos, mas não se sai muito bem. Oferece ajuda mesmo assim. Tudo pela ciência!
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Vashta Nerada Empty Re: Vashta Nerada

Mensagem por Lara Rosenberg Ter Out 09, 2012 3:50 pm

Leslie era mandão. Ele provavelmente não sabia que estava sendo rude com o menino (que ele não conhecia, aliás, big surprise), apenas se importava com seus preciosos livros e sua preciosa biblioteca. Livros, para ela, eram só ferramentas. Não costumava ler ficção porque achava inútil, embora tivesse, bem escondido, uma cópia de Contos de Beedle, o Bardo . Era para crianças, sim, mas que ninguém pensara em ler para a menina, que só o conhecera após chegar a Hogwarts. Não havia estudado com filhos de bruxos antes, então não tinha ideia de que era um livro abertamente conhecido e citado por elas, correndo pra biblioteca para sanar sua ignorância assim que se viu envergonhada por não saber exatamente quem era Babbity, a Coelha.

O ponto é que ele era um estraga-prazeres, e se não fosse pelo corvino talvez os três estivessem comendo aquelas bolachas alegremente.

Viu quando uma das bolachas criou perninhas e passou por cima dos livros na mesa do menino, fumaçando as bordas dos pergaminhos e deixando um rastro escuro.

Talvez não tão alegremente.

Apontou a varinha para a comida em cima da mesa e limpou tudo antes que Leslie pudesse ver e talvez fazer xixi nas calças de tanto ódio (e as pessoas podiam fazer xixi de raiva, sim – longa história). O corvino, no entanto, vira também o livro que estava no topo da pilha. Animais Fantásticos e Onde Habitam era um livro razoável, embora ela preferisse O Livro Monstruoso dos Monstros. Mais emocionante, arriscar perder os dedos cada vez que virasse uma página, sem falar que continha informações mais específicas sobre os animais mais perigosos.

O garoto foi gentil – porém estranho. Quando ele puxou as cartas e se confundiu, perguntando-os sobre Assassinatos em Massa, ela nem percebeu quando começou a dar sua resposta, baixinho:

- Bem, o Azazel é o primeiro de qualquer lista, really. Talvez o Ministro da Magia, depois, e alguns professores. – E se virou para Leslie, estalando os dedos animada. – Ohhhh, Alucard! E a Swain também, claro, ela ficou parada lá vendo tudo acontecer...!

Mas o garoto já havia mudado de assunto, falando roboticamente sobre Animais Mágicos, como se fosse um jornalista novato que ela nunca, nunca indicaria para o jornalzinho de Hogwarts. Postura, rapaz!

Qual era o interesse dele em saber a opinião dela sobre explosivins, afinal? Era igual a de [s]quase[/s] todo mundo: kill it with fire! E mortalhas... bem. Mortalhas eram tão raras que não faziam muita diferença, de fato. Ele não parecia estar esperando respostas sérias, então ela não as deu, contentando-se em olhá-lo com as sobrancelhas levantadas, cética. Aproveitou a oportunidade para remexer nos cartões dele, mal-educadamente tirando-os de sua mão e passando os olhos por eles.

- Que é isso? ”Quais são suas matérias favoritas?”, “Você usaria pijamas invisíveis?” – Deu uma risadinha para o último. Pra quê, Merlin? – ”Quem são seus bruxos favoritos de todos os tempos?”, “Quem você gosta mais do trio de heróis da segunda era bruxa - Potter, Granger ou Weasley?”. Wow, nenhum deles.

Ele ainda ofereceu ajuda no que quer que Lara e Leslie estivessem fazendo, e antes que o corvino pudesse negar completamente, ela se adiantou e tapou sua boca com a mão, empurrando-o para trás e se virando para falar com o garoto novo.

- Eu sou a Lara Rosenberg, e o Sr. Limpeza aqui é Leslie Astor. Nós adoraríamos sua ajuda! – Principalmente se isso significar que ela teria que passar menos tempo por aqui. Foi até a sua mesa e pegou o desenho. – Nós estamos procurando por algo parecido com isso aqui. Meu irmão gosta de me mandar enigmas para resolver, e isso é uma pista. Pedi pro Leslie me ajudar. Quanto mais gente, mais rápido acabaremos! Vamos ganhar até um prêmio no final!

Eles não podiam pedir ajuda a muitas pessoas, claro, mas ter mais um par de olhos para ler todos aqueles livros era, sim, bem útil. E, o melhor: não tinham nem mesmo que falar toda a verdade para ele. Bastava que soubessem o básico – se ficasse muito perigoso era só dispensá-lo antes que ele pudesse contar para algum professor o que estava acontecendo.

- Aprenda a delegar, Astor. – Comentou baixinho com Leslie.

Resumo: Lara aceita a ajuda do garoto imediatamente – inventando uma mentira sobre a origem do símbolo – com esperanças de que eles descubram informações com mais rapidez. E menos trabalho pra ela, claro.

Off: Lara tá saindo mais sonserina do que o planejado. Oh well.
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Vashta Nerada Empty Re: Vashta Nerada

Mensagem por Leslie Astor Qui Out 18, 2012 11:39 am


Vashta Nerada - Post IV

O mistério da (anti-) sociabilidade

Cartões. De onde surgiram aqueles cartões? Leslie estava confuso, pois estava - quase - certo de que a maioria das pessoas não carregava cartões de conversa com elas. Nunca vira aquilo em nenhum dos livros que já lera. Reconhecia que, muitas vezes, surgiam modas que não lhe faziam o menor sentido, e talvez aquela fosse uma delas. Fez uma anotação mental para reparar, nas demais pessoas, se aquele era um comportamento recorrente, e então prometeu a si mesmo que jamais se sujeitaria àquilo. Ele não se importava em fazer amizades tanto assim.

E então ele perguntou algo sobre Sirius Black, sobre assassinato. Bem, se ele estava atualizado na história mágica contemporânea, então Black fora inocentado de suas acusações, porque o verdadeiro culpado era Pettigrew. Franziu as sobrancelhas, e ficou calado enquanto Lara listava suas possíveis vítimas. Assustou-se com a clareza e velocidade das suas respostas, mas não pôde deixar de assentir com a cabeça em concordância quando ela mencionou os aurores do vagão, embora ainda tivesse uma certa simpatia com eles.

Contudo, o lufano logo se desculpou por ter puxado “o cartão errado”. Aquela era uma frase tão estranha que chegava a ser engraçada. A pergunta sobre animagia fez Leslie abstrair o momento e mergulhar nessa dúvida. Se fosse um animago, qual seria? Considerou tornar-se um pássaro, mas sentia como se pudesse cair durante um de seus voos e morrer esmagado pelo chão, ou carbonizado pela queda. Bem semelhante ao seu sonho, mesmo que não lembrasse dele. Quando voltou a realidade, o garoto estava se desculpando, mas Lara havia tomado seus cartões e agora lia a pergunta sobre os três heróis da guerra bruxa, ao que ele respondeu “Granger” como um reflexo ao mesmo tempo em que ela dizia “nenhum deles”.

Delegado

O garoto oferecera para ajudá-los em sua pesquisa. Ele passou um tempo ponderando, durante o qual Lara já se adiantara e convidara o menino. E pior: ainda inventara uma desculpa qualquer para ocultar o real significado da pesquisa. Bem, isso era tolice; se fosse uma maldição, só tornaria tudo mais suspeito. E pior - se ela era sonserina, e já sofria preconceito dos professores, o que diriam se o lufano desse com a língua nos dentes e dissesse para alguém que eles estavam pesquisando magia negra? Mas ela já o convidara, mesmo sem conhecer as suas habilidades de pesquisa. Suspirou, mas não discordou. Aparentemente, ela estava tentando ensinar uma lição ao corvino e, como ela tinha muito mais experiência em pessoas, resolveu aceitá-la e ver o que se sucederia.

- Muito bem, - iria começar, quando lhe ocorreu que seria de bom tom agradecer pela solicitude do lufano. Afinal, a casa era conhecida pela lealdade e pelo talento com a habilidade de achar coisas, certo? - muito obrigado pela sua ajuda. Vamos começar a procurar de fato, certo? - e então começou a separar os livros. Dividiu-os em três pilhas, e pegou mais um pergaminho e mais uma pena, oferecendo-o ao lufano. - Pensamos que o símbolo pode ser um calendário astronômico, por ser circular e mostrar um desenho semelhante ao que estamos acostumados a ver nas aulas; ou talvez alguma runa antiga, principalmente se a escrita for circular e sobreposta, colocando um símbolo por cima do outro para formar ideogramas. Recomendo que você anote tudo que achar relevante nesse pergaminho, e retomaremos a discussão daqui a uma hora, para apresentar resultados. Sintam-se livres para fazer comentários durante sua leitura, ou para pegar mais livros - seu tom de voz era praticamente de ordem, como se não houvesse espaço para discussão por ser algo já óbvio, certo e natural. Mas ele não fazia ideia disso. - mas por favor não peçam ajuda a mais ninguém. Não sabemos em quem podemos - reteve a palavra “confiar” e olhou para a morena, lembrando que, aparentemente, estavam fazendo aquilo por um prêmio - digo, para quantas pessoas poderíamos dividir a premiação. Vamos lá?

E assim não disse mais uma palavra. Sentou-se e trouxe o banco mais para perto da mesa. Pegou sua pilha de livros, a qual pôs do seu lado esquerdo, deixando o pergaminho e a pena do seu lado direito, e começou a revirar os livros com uma mão e anotar informações e referências com a outra. Sentia o sangue pulsar em emoção.

RESUMO:

DADOS:
Leslie Astor
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Mensagem por Leslie Astor Qui Out 18, 2012 11:41 am

Vashta Nerada - Post IV

O mistério da (anti-) sociabilidade

Cartões. De onde surgiram aqueles cartões? Leslie estava confuso, pois estava - quase - certo de que a maioria das pessoas não carregava cartões de conversa com elas. Nunca vira aquilo em nenhum dos livros que já lera. Reconhecia que, muitas vezes, surgiam modas que não lhe faziam o menor sentido, e talvez aquela fosse uma delas. Fez uma anotação mental para reparar, nas demais pessoas, se aquele era um comportamento recorrente, e então prometeu a si mesmo que jamais se sujeitaria àquilo. Ele não se importava em fazer amizades tanto assim.

E então ele perguntou algo sobre Sirius Black, sobre assassinato. Bem, se ele estava atualizado na história mágica contemporânea, então Black fora inocentado de suas acusações, porque o verdadeiro culpado era Pettigrew. Franziu as sobrancelhas, e ficou calado enquanto Lara listava suas possíveis vítimas. Assustou-se com a clareza e velocidade das suas respostas, mas não pôde deixar de assentir com a cabeça em concordância quando ela mencionou os aurores do vagão, embora ainda tivesse uma certa simpatia com eles.

Contudo, o lufano logo se desculpou por ter puxado “o cartão errado”. Aquela era uma frase tão estranha que chegava a ser engraçada. A pergunta sobre animagia fez Leslie abstrair o momento e mergulhar nessa dúvida. Se fosse um animago, qual seria? Considerou tornar-se um pássaro, mas sentia como se pudesse cair durante um de seus voos e morrer esmagado pelo chão, ou carbonizado pela queda. Bem semelhante ao seu sonho, mesmo que não lembrasse dele. Quando voltou a realidade, o garoto estava se desculpando, mas Lara havia tomado seus cartões e agora lia a pergunta sobre os três heróis da guerra bruxa, ao que ele respondeu “Granger” como um reflexo ao mesmo tempo em que ela dizia “nenhum deles”.

Delegado

O garoto oferecera para ajudá-los em sua pesquisa. Ele passou um tempo ponderando, durante o qual Lara já se adiantara e convidara o menino. E pior: ainda inventara uma desculpa qualquer para ocultar o real significado da pesquisa. Bem, isso era tolice; se fosse uma maldição, só tornaria tudo mais suspeito. E pior - se ela era sonserina, e já sofria preconceito dos professores, o que diriam se o lufano desse com a língua nos dentes e dissesse para alguém que eles estavam pesquisando magia negra? Mas ela já o convidara, mesmo sem conhecer as suas habilidades de pesquisa. Suspirou, mas não discordou. Aparentemente, ela estava tentando ensinar uma lição ao corvino e, como ela tinha muito mais experiência em pessoas, resolveu aceitá-la e ver o que se sucederia.

- Muito bem, - iria começar, quando lhe ocorreu que seria de bom tom agradecer pela solicitude do lufano. Afinal, a casa era conhecida pela lealdade e pelo talento com a habilidade de achar coisas, certo? - muito obrigado pela sua ajuda. Vamos começar a procurar de fato, certo? - e então começou a separar os livros. Dividiu-os em três pilhas, e pegou mais um pergaminho e mais uma pena, oferecendo-o ao lufano. - Pensamos que o símbolo pode ser um calendário astronômico, por ser circular e mostrar um desenho semelhante ao que estamos acostumados a ver nas aulas; ou talvez alguma runa antiga, principalmente se a escrita for circular e sobreposta, colocando um símbolo por cima do outro para formar ideogramas. Recomendo que você anote tudo que achar relevante nesse pergaminho, e retomaremos a discussão daqui a uma hora, para apresentar resultados. Sintam-se livres para fazer comentários durante sua leitura, ou para pegar mais livros - seu tom de voz era praticamente de ordem, como se não houvesse espaço para discussão por ser algo já óbvio, certo e natural. Mas ele não fazia ideia disso. - mas por favor não peçam ajuda a mais ninguém. Não sabemos em quem podemos - reteve a palavra “confiar” e olhou para a morena, lembrando que, aparentemente, estavam fazendo aquilo por um prêmio - digo, para quantas pessoas poderíamos dividir a premiação. Vamos lá?

E assim não disse mais uma palavra. Sentou-se e trouxe o banco mais para perto da mesa. Pegou sua pilha de livros, a qual pôs do seu lado esquerdo, deixando o pergaminho e a pena do seu lado direito, e começou a revirar os livros com uma mão e anotar informações e referências com a outra. Sentia o sangue pulsar em emoção.

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Vashta Nerada Empty Re: Vashta Nerada

Mensagem por RPG Enervate Qui Out 18, 2012 11:41 am

O membro 'Leslie Astor' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
Vashta Nerada D20-dnd-dice-roller-5
Resultado : 18
RPG Enervate
RPG Enervate
Mestre do Jogo

Brasil

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Vashta Nerada Empty Re: Vashta Nerada

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