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Expresso de Hogwarts [encerrado]

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Mensagem por Chester Lewis Sex Ago 10, 2012 2:38 pm

V - EU MORRI ?!? =O


O vulto negro corria gritando pelos corredores do expresso deixando tudo para trás exceto sua mochila e a varinha empunhada na mão direita. Enquanto desatinava em correr, Lewis ouviu o grito frenético de Isadore -Lewis. Olha pra mim! Eu quero ser a última coisa que você vai ver antes de morrer- "Morrer?", a pergunta reinava o inconsciente do garoto, as coisas começavam a tomar proporções pela qual ele não esperava, seu ato foi de puro impulso mas incrivelmente trouxera consequências horrendas, mesmo que Isadore não fosse tão habilidosa em feitiços, eles estavam em maioria, voltar sozinho era suicídio, seria espancado, logo Lewis continuou correndo até ouvir nitidamente - SECTUMSEMPRA.

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"O que ia acontecer se ele voltasse sozinho"

Whoosh!

Um corte abriu no braço esquerdo do garoto, um pouco abaixo do ombro. Suas roupas rasgadas deixavam um leve filete de sangue vazar, contudo incrivelmente "apenas" isso. Chester não era muito conhecido de artes das trevas, mas basicamente após a era potteriana, toda pessoa sabia que Sectumsempra era um feitiço terminantemente proibido e de altíssimo nível, colocando a mão no braço e continuando correndo refletiu "Provavelmente ela não sabia a magia, conjurou errado e ainda teve um empecilho, esse corte é muito superficial, mas que ta doendo ta. Seus pensamentos foram interrompidos com a visão de Elliot e Mimi, muito rapidamente viu ele fazer um gesto de três, deu um sorriso de leve e continuou correndo, enquanto isso barulhos de pássaros ocupavam o recinto. Sentiu alguém puxando ele, enquanto isso vários estouros se espalharam batendo pelo expresso, reconhecendo aquele barulho de impacto e efervescência percebera que suas coca-colas haviam explodido. "Lá se vai meus livros de feitiços avançados, pera, to com o saco de moedas do Michael, Ufa".

Chester agora do lado de Elliot buscava um local para se abrigar e tratar aquele ferimento, após toparem com Perkins, Pointer disse algo que ele não ouviu, mas em poucos segundos os três estavam dentro de uma cabine. Chester encostado sentado na porta colocava a mão direita ainda segurando a varinha encima do braço, tentando estancar o sangramento. Mimi tirando a mão do garoto do braço lançou um Ferula, não mais que depressa o sangramento agora estava coberto por ataduras, Chester fez um sinal positivo com a cabeça e disse - Isso vai dar um jeito, valeu - Só então olhou para o resto da cabine onde havia uma garota aparentemente escocesa e com uma gaita de fole, pensou em pedir para ela tocar, mas Elliot fez isso antes dele e este logo após se desculpou com a senhorita Perkins, ela por sua vez começava a berrar sobre a possível situação de Chester, ele levando o dedo à boca em sinal de silêncio disse - Eu to bem, agora fala baixo que a coisa ta feia lá fora - após isso olhou novamente para o braço e percebeu que Ferula não tinha tido o efeito necessário, o corte havia aumentado de tamanho, ocupava agora a área de um polegar e continuava aumentando gradativamente. "Meu Deus, eu to sangrando", sua visão começou a escurecer e seus olhos fecharam.

SONHO:
Chester agora estava em uma enorme mansão, começou a subir uma escadaria com sua mão escorregando pelo corrimão feito de ouro puro, quando estava no meio da escada viu uma linda mulher negra sorrindo para ele. *FLASH*. Lewis agora estava em um cenário completamente diferente, estava chovendo e a única coisa que ele conseguia ver era o rosto da mulher derramando lágrimas que se misturavam à chuva sobre ele. *FLASH*. Tudo agora era uma enorme planície verde, ao longe montanhas enormes quebravam a continuidade, Lewis começou a andar em direção às montanhas quando um enorme dragão pousou na sua frente, em desespero buscou a varinha nas roupas, mas ela não estava lá, ouviu então uma voz dentro da sua mente:

- Acalme-se moleque, sou eu.

- Eu quem? - perguntou Chester ainda sem entender nada daquilo tudo

- O núcleo da sua varinha é uma corda do meu coração - Chester acabava de vislumbrar pela primeira vez o Focinho-Curto Sueco que ocupava sua varinha, ainda espatando não sabia o que dizer, o dragão continuou - Acorde garoto, eu consigo sentir a magia negra se espalhar pelo seu corpo ainda.

- O que eu poderia fazer em relação a isso? - disse o garoto se entregando, sabia que era questão de tempo até a necrose aumentar e consumir todo o seu ombro, não demoraria mais de duas horas para isso.

- Busque no fundo da sua alma e encontrará a resposta, você tem que sobreviver, você encontrará um poder que jamais imaginou ter, então sobreviva até esse dia chegar - disse o dragão soltando um fogo azul que foi na direção de Chester.

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Fucinhocurto
"Dragão que falava com Chester no sonho

- Levanta Chester, traz a Fae para dentro - Mimi cutucava ele, todos pareciam aflitos, não só com ele, mas também com um espírito ruivo que voava na janela. Chester logo percebeu se tratar de Fae, então questionou - Eu morri e meu anjo veio me buscar? - logo percebeu que ainda estava vivo e como nunca, mas ainda havia um problema, sua necrose agora ocupava a área de dois dedos. Não lembrava de nada que sonhara naquele curto período de tempo que passou desacordado, mas pegando a varinha recordou-se de um dos livros de artes das trevas que havia lido escondido na ala proibida da biblioteca, recordando o nome do feitiço que curava o Sectumsempra colocou a varinha sobre o ferimento e pensou "Agora ou nunca!" - Vulnera Sanentur - percebeu que uma pequena parte da necrose começava a diminuir lentamente, respirando fundo mais uma vez fechou os olhos, viu dois grandes olhos azuis, abriu os olhos dizendo - Vulnera Sanentur - E enfim o corte parou de crescer e agora diminuía, pouco a pouco, provavelmente em no máximo 10 minutos ele estaria completamente fechado. (Vou pedir 10 no teste de Vulnera Sanentur, a necrose vai parar de crescer e diminuir "lentamente" agora)

Levantou do chão com a ferida ainda cicatrizando, mas incomodando menos, foi até a janela e estendeu a mão esquerda para Fae, puxando ela para dentro da cabine – Que bom te ver – disse ele com um sorriso bobo, mas Mimi deu um cascudo nele e disse – Cala a boca e vem logo, você que começou isso – Chester virou-se para a porta, movimentou o pescoço em sinal de preparo e com a varinha apontada para a porta disse – Se a coisa ficar feia, vão embora e me deixem, a confusão é minha.


Spoiler:
Chester Lewis
Chester Lewis
Aluno

Série 4º Ano

Estados Unidos
Age : 25
Nascido Trouxa

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Mensagem por Viktoria A. Sjöström Sex Ago 10, 2012 5:07 pm

O REFORMATÓRIO
trinta e um de agosto
Fumou um último cigarro, observando o quartinho impregnado pelo cheiro de mofo que lhe fora designado no reformatório. Muito embora não se importasse, tinha de reconhecer que merecia algo melhor. Por anos, ouviu funcionários se gabarem... Por anos, foi refém deles. Ah... A ironia cruel e natural do destino. Diante de seus olhos, havia apenas a desforra. Uma risada surda, cálida e, ao mesmo tempo, gélida. Uma risada que jamais sairia de seus lábios, mas que rondaria sua mente por toda eternidade. Tolos, eram todos tolos. Que queimassem no inferno, aqueles que lhe fizeram mal. Que tivessem uma vida dura e insípida, como a dela, até o final de seus dias. Que sofressem mais do que sofrera.

Agora, só buscava pelo futuro. Um futuro incerto, há de se dizer, mas muito mais leve do que o passado. E tudo se tornara possível graças à magia. Quem diria que a pequena órfã de uma suposta prostituta seria, na verdade, uma bruxa? Quem diria que, esta mesma garota completamente perturbada, fosse capaz de quase ferir um menino de seu orfanato sem nem mesmo tocá-lo? Eram poderes inexplicáveis, fatos que nem mesmo ela conseguiria entender. Desde então, viu-se naquele reformatório de quinta categoria. Um local muito aquém de uma instituição de primeiro mundo, como, curiosamente, não só era, como é, o seu país: a Suécia.

Pegou a mochila de lona, na qual carregava poucos pertences além da varinha, livros e algumas trocas de roupa. Conferiu os materiais enviados pelos donos de lojas do Beco. Passando as mãos pelos cabelos negros, perguntou-se como estaria a sua aparência. Era até esquisito pensar nisso, já que há algum tempo evitava o espelho. Não que tivesse receio de seu visual, mas nunca achara que fosse de uma beleza atraente. Magra demais, branca demais, alta demais. Os piercings, os alargadores, o corte de cabelo e as sobrancelhas exoticamente descoloridas, ainda contribuíam para que sua figura não fosse das mais aprazíveis de se ver. Tinha consciência disso e, a bem da verdade, chegara ao ponto de não dar muita importância para a opinião alheia... Mas, agora, o pouco de vaidade que lhe restava falava mais alto.

Andando livremente pelos corredores, parou diante de uma porta. Analisou o nome que nela havia: “Professor Peter Eriksson”. Se um dia conhecera a palavra afeto, fora ele quem dera significado. Enxergava, naquele homem, o sentimento mais puro e próximo ao de pai e filha. Via-se diante de reclamações, frustrações, medos e alegrias que sequer fora capaz de compartilhar mesmo com ele. Enxergava, naquela placa, o único homem pelo qual sentira respeito e carinho. Ele fora uma das poucas pessoas a querer conhecê-la além dos piercings e das roupas com dizeres anarquistas. Imperceptivelmente, perpassou os dedos pelo nome do homem. Não havia sorriso ou lágrimas. Havia apenas Vik, um alguém de expressões vazias e sentimentos cuidadosamente reprimidos.

O coturno bateu contra o chão até alcançar o grande átrio. Portões se abriram num farfalhar gigantesco. A sensação era a de estar saindo de uma prisão. Já estava acostumada, naquela altura do campeonato. Deu um passo adiante, sem olhar para trás. Com o passaporte em mãos, ainda naquele dia viajou rumo à Londres. Por sorte, tinha bons advogados e um diretor de reformatório tolerante. Por sorte, tivera um comportamento exemplar nos últimos anos. Por sorte, poderia retornar à Hogwarts e, se tudo desse certo, por sorte, aquela seria a última vez que pisara na Suécia.


O EMBARQUE

primeiro de setembro
Cansaço. Sete letras, e um peso enorme nas costas. As olheiras não negavam uma noite mal dormida. Do aeroporto, fora direto para a estação de trem mais próxima. Dormia levemente, quando o trem chegara a seu destino. Levantou-se, arrumando a mochila. Saindo dali, encaminhou-se para uma velha parede feita de tijolos. Talvez estivesse vendo coisas, mas jurava nunca ter presenciado tanta gente indo à Hogwarts ao mesmo tempo. Não que o fato fizesse qualquer diferença, aliás, longe disto - de modo simples, nem mesmo lá Vik tinha amigos. Sentindo-se desconfortável com toda a bagagem, atravessou a parede rumo à Plataforma 9 3/4.

Olhares de pais focaram-se nela, que mirava o chão - uma vez consciente de ser motivo de comentários conservadores. Ignorava-os, os comentários e os pais. Notou rostos conhecidos, mas nenhum que merecesse sequer um “olá”. Assim que as portas do penúltimo vagão se escancararam, ela entrou. Preferiu ficar na cabine mais erma de todas, a fim de não ser perturbada. Abriu a mochila. Lá havia maços de cigarro e um bolso repleto de moedas com as quais pretendia comprar junkie food do carrinho que passaria daqui a pouco. Acendeu um cigarro calmamente, olhando para o lado de fora do trem. Pais acenavam para seus filhos. Observava-os um a um com olhar clínico e, como sempre, inexpressivo.

Após guardar a enorme mochila, deitou-se na poltrona. Com os pés apoiados na janela do trem, lia o jornal daquele dia. Percorreu os olhos pelas manchetes e suspirou. Quantas notícias banais! Quanta utopia! Talvez fosse mais paranóica do que as outras pessoas, mas não conseguia engolir metade do conteúdo do jornal. Cansada, atirou-o para a outra poltrona e fechou os olhos. Adormeceu como um anjo, e sonhou com coisas macabras. A morte... Sempre a morte. Suas pálpebras se abriram subitamente e foi quando viu um rosto tremeluzindo no embaçado vidro.


Spoiler:


Última edição por Viktoria A. Sjöström em Sex Ago 10, 2012 6:39 pm, editado 1 vez(es)
Viktoria A. Sjöström
Viktoria A. Sjöström
Aluna

Série 6º Ano

Suécia
Age : 30
Sangue Puro

Cor : #698B69

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Mensagem por Kayra Leigh Sex Ago 10, 2012 6:05 pm

Spoiler:

Os olhos sempre observadores de Kayra não perderam nem um detalhe sequer da estação King Cross até o trem. A quantidade de trouxas que encontrava pelo caminho era muito maior do que ela jamais vira antes. Sempre negou-se terminantemente a participar das festas familiares que incluíam toda a sorte de seres humanos, pessoas das quais ela não precisava nem saber o nome, mas com quem era forçosamente induzida a conversar. Quando visitava os tios, na corte holandesa, ao menos os trouxas exibiam títulos que indicavam certo status social naquela sociedade mestiça. Mas nada comparado àquela enxurrada de gente sem um pingo de magia – literal ou metaforicamente falando – no sangue.

Atravessar a passagem até a plataforma 9 ¾ fora, de longe, a coisa mais nojenta que já fizera. Não havia nada de glamouroso em cruzar uma parede, ainda que se tratasse de um efeito de magia. Uma parede é sempre uma parede. A estação de trem, então, era uma imundície só! Apinhada de pessoas de diferentes regiões do mundo, que traziam consigo costumes questionáveis e, em certos pontos, inadmissíveis para pessoas com um mínimo de civilidade, ela traduzia aquilo que considerava ser Hogwarts: decadência.

O próprio Baudelaire, uma vez perto de Isadore, mostrava ser o resultado de um império em queda. Enfiado até o pescoço em seus livrinhos, muito provavelmente para refletir o clichê corvinal de carregar um peso de porta para onde quer que fosse, desdenhava não apenas dela, mas também da prima e de Roxanna. Ora, que ficasse com seus heróis de cera! Inquieta como estava, pensando seriamente no quão revoltada estava com o início de sua nova vida, tudo em que ela pensava era em quem descontar sua raiva.

Inicialmente, Charles parecia a vítima perfeita. Sempre diminuindo Isadore, com aquela necessidade patética de mostrar superioridade. “Isso o fofolete não vai aprender em livros. Gente superior já nasce superior”, pensou a grega, preparando-se para transformar o livro do garoto em confete, quando Rox mudou abruptamente de assunto, mencionando o fato de que finalmente estavam todos juntos em Hogwarts.

Kayra bufou e revirou os olhos. Aqueles eram bons companheiros, mas companheiros de férias. Hogwarts não era o seu lugar, e a probabilidade de que nunca se adaptasse parecia-lhe uma certeza, embora, por trás da máscara, mostrasse ao mundo que acreditava se tratar de um lugar incrível, a fim simplesmente de não alimentar suspeitas familiares que implicassem em trancá-la numa torre com um tutor de ancas frouxas, pelancas faciais e mãos libidinosas. O mundo estava repleto de velhacos do gênero, tal qual o noivo obrigatório de Emma, sua prima, e a grega não pretendia tornar-se a pequena dama da alcova de um deles.

Pouco a pouco, a cabine ia ficando mais cheia, com os conhecidos de Rox, Charles e Isadore. Kayra meramente fez-lhes um aceno de cabeça, estudando-os de cima a baixo. Se estavam ali, só poderiam ter algum tipo de mérito, embora, para Kayra, levasse um certo tempo para deixar de desconfiar de qualquer pessoa, portanto, ela não fez parte da conversa, atendo-se a preocupar-se com a brega cor nude em suas unhas. Suas preocupações, porém, foram interrompidas pelo menino com vestes de quinta dando uma de vendedor ambulante. Ele trazia uma série de bebidas trouxas, para as quais Kayra fez cara de nojo. Aquela coisa causava arrotos estrondosos, fazendo com que a grega se assemelhasse a um germânico gordo e beberrão, daqueles que ao primeiro sinal de embriaguês já estão pagando cofrinho por aí.

– É esse o tipo de gente com quem vocês convivem? – perguntou a grega, mas o assunto já havia tomado outros caminhos e o grupo concentrava-se em perturbar o rapaz.

A criação de Kayra não incluiu em sua lista o ódio a nascidos trouxas. Ela não gostava muito de seus costumes, mas, para ela, “berço” tinha outro significado e estava ligado à influência que algumas pessoas tinham em sua sociedade. Contudo, pelo visto aquele menino não tinha nada: nem sangue mágico, nem origens nobres. Portanto, poderia ser classificado como escória. E deveria ser tratado como tal, por isso, deleitou-se com o modo como Isadora e Charles o colocaram em seu lugar. A base da pirâmide precisava entender o seu lugar: uns nascem para servir, outros para serem servidos. Apenas isso.

Para a surpresa da grega, aquele ali entendia que não havia diferença entre ele e um elfo doméstico. Tão logo Charles o mandou limpar com a boca, seu sentido de subserviência aflorou.

– Maravilha, Charles! Agora meus Christian Louboutin vão ficar cheio de DNA de pobre! – comentou, no momento em que o guia de Isadore adentrou a cabine.

Kamikaze tinha aquela pinta de superprotetor, mas, para Kayra, era só a fachada pra se manter no emprego e com os olhos em partes específicas do corpo de Isadore. E em meio a toda a merda que ele despejou na cabine, a grega entendera apenas uma coisa: ele deixara suas preciosíssimas malas para trás.

Foi um impulso, apenas. Em milésimos de segundos Kayra pulou de onde estava e voou no pescoço do oriental. Seu objetivo não poderia ser mais óbvio: estrangulá-lo até seus olhos saltarem das órbitas. – Você sabe quanto custa um Jimmy Choo? Você sabe quanto custa um Jimmy Choo? – ela berrava,enlouquecida. Então, luzes começaram a voar em todas as direções. A seguir o crime:

– AAAAAAAAAAAAAAARGH!

Ela estava completamente coberta por aquela bebida trouxa malcheirosa e grudenta. Largou Kamikaze imediatamente e olhou ao redor. De um lado, Charles caído – o responsável por isso mereceria aplausos, não fossem os fatos seguintes –, do outro, o tal Chester fugindo com um moleque de cabelos lambidos. A diversão que Kayra procurava acabara de se tornar coisa séria, induzindo-a a um de seus surtos psicóticos.

A primeira e a segunda tentativas de se limpar falharam. Que se danasse Charles, que começava a se levantar mediante o efeito do feitiço. Que se danasse o Kamikaze, que era um criminosinho de quinta, pois as malas de Kayra possuíam um feitiço antiladrão bastante forte e logo seriam recuperadas – ao menos era nisso que ela acreditava. O pior eram cabelos embaraçados e grudentos sem chance imediata de limpeza.

– Eu quero ver sangue – a grega berrou, saindo atrás de Charles, Isadore e os demais que decidiram acompanhar.

Furiosos, eles seguiram de varinha em punho pelos corredores do trem – tão irritados que nem sequer se importaram com o fato de que poderiam ser vistos. Ao menos Kayra não teria respeito por superiores naquele momento e certamente mandaria uma azaração pro primeiro que tentasse impedi-la de se vingar do maltrapilho que levara aquela porcaria para sua cabine – mesmo que isso culminasse em dez meses de castigo. Dez meses de salário do professor não pagariam o modelo que ela vestia.

Por outro lado, Charles, parecia não estar com sorte, uma vez que o grupo alcançou o fim do vagão e não encontrou aqueles que cometeram um crime contra a higiene alheia. Kayra, no entanto, era pavio curto e objetiva. Se tivesse que arrebentar as cabines, uma por uma, era isso o que ela faria – a começar por aquela que estava com a porta (a única que vira naquele vagão, já que muitos estudantes correram para a porta a fim de entender o que acontecia).

– Bom-BAR-da MÁ-xi-ma!

Às suas costas, fumaça começava a tomar conta do vagão. Mas ela não tinha tempo de olhar para trás e descobrir que balburdia estavam fazendo. Mas aquilo não lhe bastava. Iria, portanto, ajudar com a brincadeira de pique-esconde. Então emendou:

– Nêv-mma-kááp-tss!

A fumaça se dissipava rapidamente de sua varinha, o que a levou a dar dois passos para trás, trombando, assim, com Isadore.

– Silêncio! – ela pediu – Estou ouvindo passos... passos pesados nesta direção.

Se Isadore disse, estava dito.

– Bater em retirada! – disse a grega, que, em meio à fumaça, procurava os rumos da cabine que o grupo ocupara minutos antes.

Kayra Leigh
Kayra Leigh
Aluna

Série 5º Ano

Grécia
Age : 26
Sangue Puro

Cor : #008B8B

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Mensagem por Leslie Astor Sex Ago 10, 2012 7:26 pm

2º Post

Em Alerta

Leslie não pôde passar muito tempo tranqüilo com a gata. Embora não sentisse o trem balançando, deixou olhos fecharem e imaginou o movimento sobre os trilhos lhe embalando numa calmaria sem tamanho, enquanto seus dedos se mexiam no automático atrás da orelha da gata. Ela estava igualmente no seu ritmo, o rabo sendo a única parte em movimento de todo o seu corpo, atingindo os pés do corvino hora ou outra. Era raro sentir-se nessa paz sem estar lendo um livro pesado e absorvente. Seu estado de tranqüilidade não lhe permitiu ouvir os barulhos que denunciavam seu fim.

A gata não teve a mesma sorte. Após uma explosão inignorável, Leslie abriu os olhos e encontrou a leve cabeça felina olhando em direção à porta. Não demorou muito, ouviram passos em conjunto, quase marchando, e sentiu as unhas do animal cravarem nas suas roupas, enquanto as patas se flexionavam, se preparando para uma fuga. O corvino reconheceu aquela postura – era medo, proteção, sobrevivência. Em suma, era um mau presságio. O trem voltou a ser silencioso por um momento, quando enfim a gata saltou dois metros em direção à saída.

Como um reflexo, o quartanista puxou a varinha e sussurrou “Immobilus”. A gata parou no ar, quando daria a sua segunda investida, caindo com as patas flácidas e escorregando até esbarrar vagarosamente na parede da cabine da frente. Nesse momento, Leslie já estava a postos para colocá-la no braço, cheirar-lhe o pescoço como um pedido de desculpas e sentir o efeito do feitiço evanescer. O prosseguimento óbvio dos acontecimentos se deu com um número considerável de arranhões da gata em sua direção, rasgando pedaços de sua camiseta, até que ele a afastasse do seu corpo. Ela guinchou de raiva.

Mas ele entendia. Bastava uma olhadela em direção ao vagão seguinte e o amontoado de pessoas no corredor para saber que não estava acontecendo coisa boa e, se a gata estava tão afetada, seu dono devia estar envolvido. Assim, virou a cara para ela, e tinha uma expressão severa, as narinas infladas, bufando, e as mãos firmes em seu tórax. Dizia para ela que a protegeria, e então a gata se acalmou um pouco. Ainda queria fugir, mas isso foi útil, pois agora saberia para onde levá-la. Acomodou-a no seu colo e obedeceu ao seu comando, e conforme se aproximava, mais sentia que não queria estar ali.

En Garde

Deu alguns passos e começou a ouvir vozes exaltadas e ver flashes de feitiços. Quem seria idiota o suficiente para começar um duelo em pleno trem escolar?, indagou. Alguns nomes vieram à mente, mas preferiu ignorá-los. Tinha medo do que poderia acontecer – de como isso poderia atrapalhar a volta às aulas – e observava, nervoso, a gata em seus braços, que mexia apenas as orelhas conforme os sons, os olhos fixos na porta para o vagão seguinte.

Quando entrou no vagão da frente, encontrou um pequeno aglomerado na porta que levava ao próximo. Amaldiçoou mentalmente os professores, que não estavam agindo rápido o suficiente, mas sabia que a maioria talvez nem usasse o trem. O felino começou a se agitar mais, e o garoto tratou de apressar o passo, quando ouviu uma explosão. Suas têmporas latejavam com o desprezo que fazia sua mandíbula pressionar o maxilar. Já estava correndo, perdendo o controle da gata, que agora estava presa apenas pelo seu braço esquerdo, o direito preparado, com a varinha, em caso de emergências. Pensou em vários feitiços que conseguisse fazer rapidamente, e chegou à conclusão de que talvez precisasse usar ferula para imobilizar, impedimenta, ou o velho expelliarmus. Não era bom em duelos, nunca fora, e agora não mudaria isso. Sua vantagem teria que ser o primeiro feitiço, de uma forma que não fosse esperado, talvez até atingindo-os por trás...

Mas toda a tensão de seu corpo esvaziou quando viu que os que pareciam ser os responsáveis estavam saindo do vagão em meio a uma cortina de fumaça. Não os encarou, mas tinha o desgosto estampado na boca ao ver um corvino entre eles. Andou de cabeça baixa, o passo firme, a gata irrequieta, até passar a porta, se esgueirando para não esbarrar em ninguém. Tossiu com a fumaça. Apontou para cima e falou baixo ”Aguamenti”, sentindo as gotas que conjurara caírem em si e na gata, que miava raivosamente. A fumaça assentou, e encontrou a porta da primeira cabine em poucos pedaços. A gata pulou, não sem antes bater-lhe com o rabo na cara e dar-lhe dois bons arranhões no braço, um no rosto e diversas feridas menores espalhadas pelas roupas e pelo corpo. Encontrou, do lado de dentro, a que parecia ser a dona do bichano, visto que esta não parava de lambê-la, e uma garota loira ao seu lado. Eram os três do mesmo ano, e achava que ambas eram sonserinas, mas não sabia ao certo.

Encarou-as de cara feia, por acharem que estavam envolvidas no que, até agora, foram para ele duas explosões, provavelmente algumas maldições simples e algum tipo de fogo, já que viu algumas peças chamuscadas no caminho. Abaixou-se ao lado da dona do gato, que considerou como sendo mais ferida, com alguns arranhões adornados com filetes de sangue, e começou o seu trabalho.

- Episkey! – disse, a única palavra que pretendia falar durante o processo inteiro (embora talvez precisasse dizer ferula também). Vestia uma carranca no rosto, e não desviou os olhos dos ferimentos, pois o mínimo que contato que tivesse com aquele tipo de gente, melhor.

Resumo:
Leslie Astor
Leslie Astor
Aluno

Série 4º Ano

Inglaterra
Mestiço

Cor : #5F9EA0

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Mensagem por Gastón Saunière Sex Ago 10, 2012 8:13 pm

Primeiro Post

Virou a página do livro e empurrou os óculos para cima do nariz, sempre tão mergulhado em sua leitura que seus pés haviam muito tempo aprendido a andar sozinhos no modo automático. A possibilidade de esbarrar em algo ou alguém não levantava em nada sua atenção. Gastón sempre fora um grande leitor, amante de ficções, suspenses e aventuras, apesar de ele próprio não ser exatamente um Indiana Jones, raramente era visto em público usando óculos, na verdade os óculos nada mais eram do que um adereço adotado somente para dar-lhe um ar mais cultural, mas inteligente; ele sempre acreditou que um par de óculos e uma boa leitura poderiam lhe render alguns anos de avanço sobre aqueles que não apreciavam a leitura.

Empurrava um carrinho cheio de malas e mochilas, além da pequena gaiola de Farell, seu gato cinza peludo. Em um ombro estava a alça da mochila velha, ainda aquela que usara em sua primeira viagem para Hogwarts (sempre tão tradicionalista). A mochila, logicamente, cheia de livros, o garoto nunca lia um único livro por vez, possuía a mania absurda de estar com pelo menos quatro livros ao mesmo tempo, sempre na sede por novidades literárias. Sua mesinha de cabeceira no dormitório era sempre uma vela, um pergaminho, um tinteiro e uma pequena montanha livros.

Passou para a próxima página no momento em que transpassava a parede que levava a Plataforma 9 3/4 , só então percebeu onde estava. Dobrou a ponta da página cento e cinqüenta e sete, fechou o livro e o jogou em cima do malão sobre o carrinho que empurrava. A plataforma de embarque estava lotada, talvez mais do que nunca, a fumaça vinda do primeiro vagão já começava a encher os ares, pessoas mais distantes ganhavam formas estranhas naquele nevoeiro. A magia era quase palpável, corujas piavam em gaiolas, gatos piavam desesperados por uma fuga e um rato ou um pequeno camundongo, sapos coaxavam, crianças gritavam, berravam, choravam, pais conversavam, alguns brigavam (ainda via-se facilmente uma rixa de famílias), papeis em formato de aviões, passados e dragões voavam magicamente por sobre as cabeças e em um canto um grupo de estudantes do que aparentava ser o terceiro ou quarto ano conversavam em um pequeno círculo fechado, dividindo entre eles algum tipo de cigarro ou droga. Vik.

A visão daqueles garotos levou Gastón a lembrar-se da sueca estranha com quem, por algum motivo desconhecido, fizera... não seria exatamente uma amizade tendo em vista que essa palavra não existia no vocabulário da garota, talvez estivesse mais para “aproximação cautelosa”.

Passara as férias de verão em casa, na França visitando os avós, o que explicava sua chegada solitária ao Expresso. Normalmente Saunière estaria com alguma turma de amigos corvinos, discutindo alguma medida tomada pelo Primeiro-Ministro, talvez ele pudesse estar ressaltando sua opinião sobre as verbas governamentais, ou discutindo abertamente com Charles sobre algum assunto banal, mas naquele ano não. Estava sozinho, com toda a sua bagagem enfiada no pequeno carrinho de mão. A viagem de volta para Londres fora rápida mas cansativa, sua família sempre fora muito tradicionalista e... “old times” seria o termo usado por algumas pessoas. Os Saunière gostavam de manter os costumes antigos como passeios a carruagem pelas ruas de Paris, ou, como no caso, uma viagem de trem de Paris à Londres. Poderiam simplesmente aparatar com a bagagem na frente da bonita casa que habitavam em Londres, ou usar algum outro meio mágico, mas os Saunière eram adeptos de viagens mais seguras e tradicionais, por tanto os trens. O Expresso de Hogwarts era, por tanto, a melhor forma de expressar essa opinião familiar.

A visão do grupo de garotos do terceiro ano lhe trouxe a ideia de que Viktoria poderia estar em alguma daquelas cabines – não que ela fosse escolher uma cabine em um vagão no início ou no meio do trem, onde se concentrava a grande massa. Procurou pelo vagão mais vazio possível, ou alguma cabine ocupada e escura, por algum motivo aquilo lhe dava a certeza de que Viktoria estaria por perto. Encontrou-a no penúltimo vagão, recostada sobre a poltrona, dormindo.

De fato a aproximação do corvino com a sueca era até hoje um problema. Os amigos de Saunière nitidamente não aprovavam aquela “aproximação perigosa”, como ele mesmo gostava de chamar, mas ele gostava de pensar que aquilo nada mais era do que seu Indiana Jones surgindo, procurando aventuras e problemas, porque era óbvio que Viktoria Sjöström lhe traria algum problema, uma hora ou outra. Gastón não era preconceituoso, apesar de ser tradicionalista e vir de uma família enraizada em antigas tradições, possuía um pouco da visão atual em sua mente. Os piercings e alargadores que a garota insistia tanto em usar eram realmente exagerados em sua opinião, mas algo mais na garota o chamava atenção (óbvio, dããã!).

Com os malões devidamente guardados – um trabalho silenciosamente difícil de se fazer, acordar a sueca com certeza acarretaria em contusões, machucados e um olho roxo – sentou-se na poltrona oposta e retirou um novo livro da mochila. A viagem teria se resumido a roncos, solavancos e viradas de página por algum tempo, até Viktoria acordar.

- Não se preocupe em tentar interagir comigo. Pode ficar em seu espaço restrito, tenho meus livros e isso me basta até o final da viagem. – deu uma leve palmadinha sobre a mochila ao seu lado na poltrona – Volte a dormir se quiser, ninguém entrará na cabine ou irá lhe perturbar. Você fica com seu sonhado descanso e eu fico com meu desejado silêncio e leitura. Acordarei você quando chegarmos.

Aqueles longos anos de “aproximação perigosa” com a sonserina lhe dera experiência suficiente para entendê-la o suficiente que fosse. Gastón pretendia terminar aquele livro sobre um aventureiro francês durante a revolução francesa até o final de sua viagem e Viktoria estava nitidamente precisando de um descanso. Pelo o pouco que sabia da garota podia ter uma idéia da viagem que fizera até chegar aquela cabine escura no penúltimo vagão do trem, sem dúvida estaria precisando de algum descanso para recarregar sua tradicional antipatia. Afinal, Gastón Saunière adorava o tradicionalismo.

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Última edição por Gastón Saunière em Sáb Ago 11, 2012 8:23 pm, editado 4 vez(es)
Gastón Saunière
Gastón Saunière
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty sentido aranha

Mensagem por Lara Rosenberg Sex Ago 10, 2012 8:30 pm

OFF

Música pra ouvir enquanto lê:


____

ON

Expresso de Hogwarts



Pode não parecer, mas foi tudo muito rápido, na verdade. O tempo em que as meninas levaram para conversar sobre o acontecido foi suficiente para que Elliot desaparecesse de vista. Lara e Lena apenas seguiram seu rumo, pois sabiam onde era o vagão e a cabine onde a confusão estava se formando.

Ela era naturalmente atraída por caos e bagunça. Muitíssimo curiosa, a menina continuou seguindo, mesmo quando ouviu gritos. Pôde escutar uma explosão ao longe (a segunda explosão que acontecia no expresso só na última meia hora, se contasse com o que quer que o Chester tenha feito no banheiro), e enquanto todos os seus instintos diziam pra ela simplesmente SE ABAIXAR ou CORRER NA DIREÇÃO OPOSTA, ela seguiu.

Parou quando viu Chester, acompanhado de Mimi e Elliot, correndo ao longe. Podia apostar mil galeões que eles eram a fonte desse barulho, mas não teve tempo de dizer essa sua teoria pra ninguém, porque notou que Chester estava sangrando. Os três se jogaram (se jogaram!) na cabine de onde vinha uma música estranha, e Lara ouviu-a sendo lacrada.

- Ok, talvez isso esteja um pouco mais sério do que eu tinha imaginado...

- Você acha?!Disse Lara com sarcasmo, a voz nervosa.

Se ela soubesse o que era um sentido aranha, era exatamente disso que chamaria o pressentimento que veio depois. Problema. Problema vindo pra cima das duas. As pessoas ao seu redor estavam mais ou menos paradas em seus afazeres, olhando pra algum ponto no começo do vagão.

Ao longe, pôde ver que a porta do vagão se abriu. Lara ouviu várias vozes altas dizerem alguma coisa, e então ouviu vários gritos de pessoas ao seu redor.

- FOGO! - Alguém gritou. Lara virou a cabeça muito rápido e, embora não pudesse ver o fogo, vários pontos de fumaça davam claros sinais no começo do vagão.

A menina que gritara era primeiranista, aparentemente porque havia vários primeiranistas naquele vagão. Que ótima experiência de boas vindas! Pior que isso só a lula gigante resolvendo fazer uma aparição! Ou o trem descarrilhar! Ou pegar fogo, como parecia mais possível.

Com o coração batendo rápido e sem poder se mexer direito por causa da corrente de crianças a sua frente, ela fez a única coisa que lhe pareceu possível: se jogou em uma cabine com Lena e fechou a porta.

Três segundos depois ela se arrependeu. Quem se tranca quando está acontecendo um incêndio? QUEM?!

- O que diabos está acontecendo com Hogwarts?!- Exclamou, sentando em um dos bancos e colocando as mãos na cabeça em pânico.

O castelo (e o trem) costumavam ser o seu refúgio, o seu lugar de aprontar com os professores e sair de fininho sem ser vista. Agora estava tudo pegando fogo e explodindo, e a menina não admitiria nem sob tortura, mas gostaria bastante que algum professor aparecesse.

Alguns minutos se passaram enquanto a menina tentava não ter um ataque de pânico ali mesmo. Quando finalmente se levantou e foi em direção a porta para ver como estava a confusão, um barulho ensurdecedor avisou a terceira explosão acontecida no trem.

-Bom-BAR-da MÁ-xi-ma!

-AHHHHHHHHHHHHHHHHH!

E a porta da sua cabine praticamente se desintegrou, lançando a menina a uma considerável distância.

O barulho da explosão foi tão grande que não conseguiu ouvir nada do que se passou depois, e apenas sentiu alguns fragmentos de madeira baterem em seu braço, que estava na frente do rosto. O único reflexo de que ela foi capaz, proteger seus olhos. Não sentia dor nenhuma, exceto nos ouvidos, que estavam agora com uma estridente nota. Quem olhasse a menina poderia notar que sangravam.

Ela abriu os olhos vagamente e viu que a cabine se enchia lentamente de fumaça, que já estava no vagão. Quando sentiu seu braço entrar em contato com alguma coisa áspera, olhou pra baixo e viu Louise, sua gata. Ela estava lambendo alguns cortes que tinham se formado pelos pedaços de madeira. Quando voltou a levantar os olhos, viu seu amigo, Leslie Astor, adentrando a cabine.

-Astor? O que foi que houve? - Disse, mas percebeu que havia algo estranho na sua voz. Era como se estivesse distante, como se alguém tivesse gritando de um outro ambiente e ela só pudesse ouvir ecos.

Ah, mas é claro. O problema não era sua voz. Era seu ouvido.

Botou a mão do lado do rosto e depois a olhou. Viu que estava com um pouco de sangue. Achava que alguém estava falando alguma coisa, mas não podia ter certeza.

-O QUÊ? REPETE!

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Mensagem por Katrina Collin Sex Ago 10, 2012 10:02 pm

Foi difícil separar o abraço, mas Katrina sabia que isso poderia chamar muito a atenção de qualquer pessoa. Colocou uma mecha atrás da orelha, como sempre fazia quando estava encabulada e continuou a conversa com Le Blanc, pediu licença as duas garotas com quem o Monegasco conversava ajudou o menino a se localizar. Enquanto caminhavam lado a lado, a meio veela tentava explicar o que havia acontecido, não tinha vergonha das suas condições financeiras, uma pessoa honesta pode viver muito bem com suas posses limitadas no mundo mágico e era uma época de crise, todos deveriam colaborar, mesmo que esse preço fosse alto demais.– As coisas ficaram um pouco apertadas em casa, infelizmente era muito caro ficar em Paris com Cassandra. Meus pais jamais aceitariam que minha madrinha custeasse as despesas dos meus estudos, ela já vive no limite da pensão, seria muito pesado. Eles também não aceitaram que os pais de Mabelle ajudassem, não fazia sentido, não havia nada que me obrigasse a ficar em Beaux, quer dizer...

Olhou para o lado e mordeu os lábios. - Eu gostaria de ficar na França por um motivo apenas. Na verdade um ótimo motivo mas, por alguma razão eu sabia que eu tinha certeza que as coisas se resolveriam da melhor forma. – Finalizou com o coração batendo acelerado, admirada com a própria coragem.

Até o momento do trem partir, a lufana foi colocando Le Blanc, a par de todas as normas de Hoggy e principalmente esclarecendo a questão da seleção, como aquelas meninas poderiam mentir tanto? Simplesmente abanou a cabeça negativamente e deixou um sorriso escapar entre seus lábios. Encontraram uma boa cabine em um vagão não muito movimentado, óbvio que era o preferido por Collin que não gostava de muita agitação, mesmo assim, esticou o pescoço para tentar encontrar uma cabeça de fogo, Mimi, Chloe ou Elliot sem sucesso, queria apresentá-los a Henri, assim o menino também começaria a se enturmar por ali. O trem partiu e os dois começaram a falar sobre as novidades, apesar de Katty não entender muito bem por qual motivo o rapaz estava seguindo para Hoggy.

Os dois sentaram-se de frente na cabine para dividir a paisagem que se abria diante deles, parecia mais uma viagem calma, apenas com as mesmas gracinhas de sempre movidas pelas rivalidades entre as casas. Até que um forte estrondo quebrou o clima de volta as aulas.- Acho que alguém exagerou nas bombas de bosta esse ano.-Comentou a jovem indignada com a falta de civilidade. -Se tem confusão, com certeza Fae está no meio, ela é muito legal, mas ás vezes acaba extrapolando e... – foi interrompida por sucessivos barulhos característicos de feitiços, parecidos com o som de lufadas de ar. Algo estava ficando sério, Henri logo ficou de prontidão, quando Katty deu por si o rapaz já estava se dirigindo a porta , com a varinha em punho.

Talvez fosse por isso que admirava tanto o garoto, ele sempre ou quase sempre, tomava a iniciativa de algo, era assim desde Beaux e agora novamente, apenas para deixar a jovem confusa, não sabia se deixava o espírito da aventura tomar conta ou passava um sermão de leve em Henri para que não se metesse em confusão mas, movida pelo seu instinto tirou a varinha presa na perna da bota e seguiu o menino, com direito a depositar suas mãos delicadas no ombro esquerdo do seu companheiro, apenas para sentir um pouquinho dos cabelos dourados do moço, absorta nesse pensamento não percebeu a aproximação de uma bola de pelos amarelos que passou por baixo das suas pernas para se proteger dentro da cabine. Com o susto se aproximou mais de Henri, empurrando-o para frente um pouco providencialmente, aquele bichinho nada simpático dificilmente andava sozinho e logo Chloe apareceu procurando seu gato. Logo o corredor se tornou uma verdadeira confusão, os alunos mais novos corriam de um lado para o outro, enquanto os monitores pareciam querer botar ordem no caos.

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Mensagem por Anna Blanche Sáb Ago 11, 2012 12:16 am

Spoiler:

Aquele estava sendo, sem a menor sombra de dúvidas, o embarque menos usual que Blanche, em seus quatro anos de Hogwarts havia presenciado. Não que suas agulhadas usuais com Eilonwy tivessem sido exageradas, seu único problema com a garota aliás era a excessiva amizade e indiretas sobre ter sido namorada de um certo Alleborn.

Viu Michael retornar a cabine em que ele e seus amigos sonserinos estavam e suspirou sem sentir. Como a francesa conseguiria ficar brigada com ele, quando o sonserino sabia exatamente o que falar? Anna sabia racionalmente inclusive que as brigas com Dolben eram por conta de um ciúmes desmedido da parte de Blanche, alimentado pela sonserina, mas a corvinalense simplesmente não conseguia parar quando a situação ocorria.

- Hermi! - exclamou ao reconhecer os cabelos ruivos caminhando na sua direção, finalmente a achando após sair da cabine com o maior número de sonserinos possíveis (porque, honestamente, Charles Baudelaire era inteligente, mas era bem mais sonserino que ela mesma) – Eu achei ter te visto na plataforma, mas--- - “pensei em ter visto você e o elfo rico conversando” diria em um tom sagaz que lhe era usual, mas foi interrompida pela mesma.

- Ei, Anna! – a menina exclamou, com a habitual expressão de felicidade enquanto abria um vasto sorriso – Quanto tempo! – as duas tentaram se cumprimentar, mas alguns primeiranistas (dava para notar pela estatura de gnomo de jardim) passaram correndo e quase as atropelaram – Como foram suas férias? – ela arregalou os grandes olhos azuis – Eu quis te mandar uma coruja--- - e gritaria e talvez guinchos bem mais ao fundo e... Guinchos? Franziu o cenho, achando ser loucura ouvir barulho de porco dentro de um trem para Hogwarts. Mas realmente não podiam conversar ali.

- Acho melhor a gente encontrar logo uma cabine. - sugeriu bem humorada, ganhando um aceno de cabeça, as duas caminhando e comentando sobre como a cada ano a plataforma parecia cada vez mais apinhada de alunos e seus acompanhantes.

Não demorou muito a acharem uma cabine vazia, o horário ainda era bom por sinal. Hermi fechou a porta parecendo um tanto séria enquanto Anna, ainda alheia ao fato, sentava-se num banco e pegava a própria bolsa aumentada magicamente por dentro, buscando o livro de interpretação de sonhos que tinha achado que a amiga gostaria de ler.

- É este. – disse lhe estendendo um livro assim que a ruiva sentou à sua frente, o qual a tinha alertado via coruja uns dias antes. E apesar dela ainda não ter comentado, sabia muito bem o motivo da amiga não a ter contatado via coruja por todo o período de férias. Motivo este que tinha nome e sobrenome: Gabriella Alleborn. Sua prima e praticamente irmã tinha uma birra eterna com Hermi, e Anna ainda não conseguia entender o porquê – Encontrei semana passada na biblioteca do vovô, e acho que vai ser de bom uso pra você. Pode ficar com ele o tempo que precisar. – só não o oferecia porque achou o nome de sua avó na contra capa. Era um livro antigo, puído e amarelado, mas talvez ajudasse Maynard em alguma coisa.

- Ah, obrigada Anna, vou ler ele sim... – comentou Maynard e a morena franziu o cenho quando ela guardou o livro na própria capa, parecendo um tanto afoita e ao mesmo tempo alheia aos fatos. Anna sabia bem o que aquilo significava, mas não fez menção de falar ainda – ... tive um sonho. – a francesa se ajeitou no banco, pronta para escutar. Naturalmente não se tratava de um simples sonho, mas aquela ansiedade escondia algo mais, eram amigas a tempo suficiente para saber disso – Era sobre o meu pai.

Era um assunto delicado quando se tratava de Hermi Maynard. Ela havia perdido o pai quando tinha cinco anos de idade, pelo que sabia tinha sido um auror, morto em batalha ou em alguma missão, mas ninguém da família gostava de realmente comentar o assunto com a corvinalense. Teve a impressão de ouvir alguma confusão do lado de fora, mas se absteve por hora, se concentrando em escutar e tentar posteriormente ajudar a amiga.

- Não foi tão misturado dessa vez – começou a menina, dividida entre clara ansiedade e visível confusão – pude ver com muita clareza o---

O que ela pôde ver com muita clareza jamais foi dito naquele instante, já que um barulho de alguma coisa estourando preencheu seus ouvidos. Ambas arregalaram os olhos e em um pulo Anna já estava com o nariz grudado no vidro da porta da cabine. Hermi surgiu ao seu lado depois e as duas dividiram a visão atemorizante.

Foi arregalando os olhos de maneira gradual, o azul cerúleo neles se tornando mais e mais escuro, em puro contraste com seu rosto, cujo parecia ficar mais desprovido de coloração à cada segundo. Abriu e fechou a boca várias vezes, suas mãos se tornando geladas dentro das luvas de veludo, mirando pelo vidro de sua cabine a ação que se dava no corredor, incrédula demais para sair do torpor em que se encontrava.

- O que pode estar acontecendo(...) – Hermi a cutucava, dizendo algo que ficou alheio a seus ouvidos, a morena queria encontrar alguma espécie de lógica do lado de fora, de ordem; mas era tudo caos. E se ela conhecia bem os seus amigos e colegas, aquilo só tinha tendência a piorar – (...) e eu acho que vi alguns professores na estação hoje Anna, mas estamos mais perto de uma das portas laterais e se eles souberem... – ela não precisava terminar e a morena concordava totalmente. Se algum professor se envolvesse naquilo, expulsão era uma das coisas que estaria na lista de probabilidade de atitudes cabíveis a serem tomadas.

Novamente a impressão de ver o peculiar Elfo Rico na plataforma conversando com a ruiva ao seu lado uma meia hora antes, cruzou a mente de Anna, ficando guardado em algum canto para ser analisada mais tarde. Sua amiga, não tão estarrecida quanto ela, teve ao menos a sensatez de as afastar da porta onde estavam com seus narizes grudados no vidro e abrir a maçaneta da mesma.

À partir de então, Anna resolveu que precisaria tentar contornar a situação, até porque não tinha muita certeza que alguns professores do corpo docente fossem condescendentes o suficiente para deixar alguns alunos sem detenção no mínimo, por criar um verdadeiro rebuliço antes mesmo do trem partir.

Moveu-se pelos corredores a passos rápidos, não se surpreendendo realmente que sua melhor amiga estava no seu enlace; sentiu seu estômago revirar de maneira considerável quando reconheceu a cabine em que estivera mais cedo curando um probleminha facial temporário. Ok, aquilo seria bem mais sério e pesado do que inicialmente achou.

Seus olhos de rapina notaram que o local estava quase vazio, indicando que eles deviam estar colocando algum plano em marcha. As duas amigas se entreolharam visivelmente preocupadas com a saúde mental e psicológica dos demais alunos, mas foi Hermi, contando sempre com seu sexto sentido aguçado que a jogou pra dentro de uma cabine, bem antes do esquadrão de extermínio sonserino passar. E novamente, sério, Baudelaire não podia ser considerado corvinal e ponto.

Arregalou os olhos, mirando pelo vidro os passos como aviso de guerra dos sonserinos e suas expressões faciais. Michael e Anthony vinham atrás e a francesa quase, quase mesmo deixou para lá toda sua racionalidade, abriu a porta e tentou parar aqueles dois ao menos.

Mas sua amiga, uma pessoa racional quando ela deixava de ser a fez abaixar bem a tempo de Alleborn parar de andar, ela supôs pelos barulho dos passos, e mirar dentro da cabine. Ambos tinham uma pouco usual ligação, mas o sonserino deve ter desistido assim que a morena e a ruiva arregalaram os olhos... Peraí! Incendio em um trem? Como eles iriam pra Hogwarts sem aquilo? Pela força do pensamento?!

A ruiva ficou definitivamente perdida quando a francesa, ao notar que o grupo tinha sumido de vistas, caminhando na direção oposta ao problema de futuro massacre simplesmente cortou o corredor a passos rápidos, aquela parte ainda vazia e livre de qualquer caos, mesmo que houvesse uma boa quantidade de coca-cola (Gabriella era louca por aquela bebida trouxa, por sinal) e outros detritos que a corvinalense não quis muito saber do que se tratava. Ouviu bem ao longe a voz grave de seu namorado impedindo que o trem virasse fogueira e os passageiros acabassem junto e resumiu-se a sorrir ligeiramente.

Sua mente formava uma ponte lógica, um tanto absurda, mas inegavelmente lógica. Não era tola em crer que a brincadeira ficaria por aquilo, nem mesmo a mais crédula das criaturas mágicas e não-mágicas acreditaria em tal fato. E precisava conter um verdadeiro batalhão (e de ambos os lados), então não podia fazê-lo sozinha.

Desembarcou novamente do trem, quase tropeçando em um gato que estava solto pela plataforma. Implorava mentalmente a Merlin nesse interim, para bem de seus colegas que nenhum professor excêntrico tivesse visto e entendido tudo aquilo. Certo, precisava de um início. E mesmo com o salto, não via o rosto que precisava naquela multidão para traçar um plano de contenção. A porta do trem bateu atrás de si, sabia ser Hermi, se pendurando na escada, quase roendo as unhas.

- CROFT! – gritou à plenos pulmões, o sotaque francês dando sinal de vida, esperando que seu amigo aparecesse no seu campo de visão. Mas Maynard novamente foi mais rápida que a confusão que Anna sentia.

- Ali, ali! – murmurou a menina, também nervosa, descendo pequena escada e apontando para um ponto específico na multidão, estendendo o braço à frente delas. – Ele está bem ali Anna, tentando embarcar algumas malas. - E Anna viu, inclusive a surpresa clara no rosto do inglês fitando-a com uma sobrancelha erguida. Engrenou em passos rápidos na direção dele; melhor os monitores que os professores, a menina tinha apenas essa certeza naquele momento.




[off]Hello! Eu leio o chat, não posto lá mais leio... E já vi uma pequena encrenca, além de professores por perto, então antes que todos sejam pegos, achei que seria... Menos pior serem parados pelos monitores que pelos professores. Até porque eu sei que tem muita gente postando / tá desordenado, mas teste é assim mesmo ^^ E vamos nos divertir gente, mesmo com horários confusos, dispares e afins, ok? o/
E antes que chamem ela de estraga prazeres, vejam bem: Monitores estão ai pra isso, tá? XD Ninguém mandou querer fazer fogueira de mashmallows e explodir refrigerantes. Taca só uma coca cola no chão pra ver o barulhão que faz... E sério, eu, player, acho melhor serem parados por monitores que professores, mas ai vai de vocês né? Até porque, se tá perto mesmo do horario de sair e os professores vão embarcar, eles vão aparecer e aiiiiiiiiiii...
E não sei se Vic vai ler isso em tempo hábil... se algum outro monitor ou aluno quiser sair/estiver do lado de fora ainda e quiser interceptar a Anna pra explicações por causa da fumaça / quiser ajudar, poooooooooooor favor, eu até agradeço
Bái =*****[/off]
Anna Blanche
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Mensagem por Aileen Perkins Sáb Ago 11, 2012 11:01 am


{ 002 }

Aubrey ainda parecia bastante incomodada, mas Aileen não dava muita importância, sabia que aquilo passaria depois que ela tomasse um bom banho e refizesse sua chapinha ou whaterver. Dessa forma, a conversa com Elliot fora deveras proveitosa até que eles chegaram a seu destino final: A estação de King’s Cross, onde todos os alunos que seguiriam viagem para Hogwarts já estavam se aglomerando e o lugar começava a se tornar em um grande salão onde os alunos colocavam suas conversas em dia e começavam a aprontar ali mesmo. Podia-se ver gente correndo, achando que estavam atrasados, outros perdendo malas e objetos... Muito comum. Aileen apenas passou os olhos no lugar enquanto aglomerava suas coisas – malas, gaiola e afins, e então abriu um sorriso; sentia saudade de todo aquele movimento.

Elliot acabou encontrando com sua irmã e mais algumas outras pessoas que Aileen Perkins cumprimentou com um sorriso nos lábios. Depois da confusão que eles estavam causando, Aubrey acabou molhada por causa de mais uma de Elliot, o que só tirava risos de sua irmã. Enquanto a lufana se recompunha, Aileen foi interrompida por um garoto que pedia licença, mas ao mesmo tempo em que falava, fazia gestos tentando se explicar. A primeira reação da menina foi apenas franzir a testa, tentando entender qual era o problema dele. Havia parado tão perto que Perkins praticamente respirou o mesmo ar do garoto e assim que percebeu a situação deu dois longos passos para trás.

- Pois não?!

Olhou ainda séria. Não era todo dia que alguém estranho daquele jeito vinha falar com ela. Quer dizer, não vamos generalizar.

- Eu... Fiquei sabendo que a seleção deste ano será embaixo d’água e...

Aileen esperou pacientemente o fim da explicação, mas ela não veio. O garoto devia ser algum novato e aquela história estava muito estranha. A corvinal jurou ter visto Dolben – a garota cujo primeiro nome nunca era dito porque era algo como “looneytunes” e ninguém sabia falar – dar um risinho enquanto se afastado. Aquilo devia ser obra dela. Mas enfim, o garoto começou, mas parou no meio do discurso quando encontrou uma loira que certamente era algum affair porque ele simplesmente parecia estuporado ou sabe-se lá o que. Aileen olhou para os dois e desistiu de entender.

- É o que, garoto?! – Disse, embora soubesse que ele não escutaria. – MA-LU-CO. Só isso que digo. Esse povo fica aí experimentando coisas novas antes de vir para o trem... Dá nisso aí. Eu hen. – Concluiu, se afastando dos dois e seguindo sua irmã que estava claramente impaciente com aquela roupa que ainda vestia.

Pararam apenas quando chegaram em um vagão vazio onde Aubrey tinha a intenção de se trocar, mostrando naquele momento o quão diferente ela e sua irmã eram. Enquanto Aileen vestia jeans e camiseta, a garota se trocaria, vestindo um conjunto colegial bem fofo até, com cores lufanas e todo o acabamento patricinha de meias e afins. Aileen não gostava de falar, mas achava lindo sua irmã daquele jeito; não que ela conseguisse suportar a delicadeza de todas aquelas roupas.

Quando Perkins já estava vestida, Holly apareceu, já chegando com seu jeito todo alegre.

- HOLLY! – Aileen cumprimentou a amiga dando-lhe um abraço bem apertado, sendo seguida por sua irmã que também cumprimentou a menina, mas com um sorriso. Em seguida a gêmea foi para sua privacidade para realizar sua troca.

- VEJAM SÓ o que eu trouxe de presente para voc...

Tudo daquele momento em diante parecia um flash. Aileen não entendeu nada, só viu sua amiga toda melada, parecendo estar vestida de meleca de trasgo ou coisa gosmenta bem parecida. Aparentemente o presente não era tão bom ou não quis mais esperar para realizar seu efeito, Perkins realmente não entendeu. Só acompanhou Holly falar que mataria Rene e em seguida se jogou em uma nova cabine

- LEEEEEEEEEEEEEEEEN, AUBREEEEEEEY ... QUAL O TAMANHO DO ESTRAGO?!?!?

Aileen olhou para os lados, mas não viu mais sua irmã. Esboçou uma resposta mais tudo o que fez foi rir. Uma risada longa e gostosa, parecida com aquelas que só os bebês são capazes de dar. Segundos depois, tentando recuperar o fôlego, a corvinal voltou a falar.

- Você arrasou, Holly!

Aileen parecia nem se preocupar com o ocorrido. E, na verdade, não se preocupava mesmo. Naquele momento estava mais preocupada com outras coisas.

- Espera... Onde está Aubrey? E... Você encontrou o pessoal? Vamos, vamos... Ou essa viagem vai ser muito longa e chata.

Disse, praticamente puxando a amiga. Estava alheia aos acontecimentos pelos vagões afora, mas esperava se acomodar em algum lugar onde seus amigos mais próximos estivessem, inclusive para colocar as conversas em dia e começar a planejar como seria o ano letivo.


isso não é um resumo:
Aileen Perkins
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Mensagem por Fae B. Pointer Sáb Ago 11, 2012 11:05 am



V
Tem ladrão saindo pela janela.



Gritaria? Briga? Feitiços lançados a esmo? Malas pegando fogo? Corujas a beira de um ataque de nervos? Como assim Fae Blake Pointer não estava nem por perto enquanto toda essa diversão acontecia? Que desonra para a pestinha oficial de Hogwarts! A ruivinha foi pega de surpresa enquanto conversava com o seu chefe de casa, cheia de segundas intenções que envolviam o vampiro Lâmia (bem que o Senhor Karl podia mandar o consumidor de sangue alheio ao menos conversar com a menina e matar sua curiosidade sobre o estilo de vida e clãs dos vampiros). Mas ouvir aquele furdunço e ficar longe era demais para ela, nem Drácula em pessoa conseguiria tal feito. A caçula Pointer precisava ver, fazer umas apostas talvez, ou lançar um feitiçozinho para causar mais caos na multidão [/joker], então pediu licença ao velho mestre e seguiu seus instintos para a bagunça.

Não achou mais nada além de um grupo de garotos grandes fazendo algum tipo de culto em torno de uma fogueira.


Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Chatiada
#chatiada

Com cara de cachorro que ficou sozinho em casa e não achou a sandália do dono para destruir, Fae foi caminhando pela estação, ainda procurando Elliot ou Mimis, ou alguém para atanazar. Foi quando percebeu algo estranho vindo dos vagões, parecia fumaça saindo de uma janela aberta. Pronto, lá se foi ela naquela direção, seguindo seu faro para descobrir furdunços, tentando ver através das janelas quem estava naqueles vagões. Chegando naquele que parecia sair a tal fumacinha, ela parou. Viu algo interessante acontecendo em uma das janelas. Encostou a mala do Gizmo no vagão, subiu em cima para olhar melhor e então viu Elliot, Mimis, Chester , Aubrey e uma ruiva novata. O cérebro da menina então começou a ligar todas as informações: a fumaça saindo da janela , Elliot e Mimis com semblantes pesados e Chester nocauteado. Aquilo cheirava a esgoto e cobras.

Tentando continuar encarapitada em cima da mala, a ruivinha procurou fazer contato visual com alguém de dentro da cabine. A ruiva novata olhou e Fae apontou a alavanca de emergência, dizendo algo como “ puxa, puxa essa coisa vermelha aê”, o que obviamente era difícil de alguém lá dentro escutar, mas era perfeitamente compreensível apenas olhando. Então ela sorriu marota achando que havia salvado todo mundo com sua ideia quando Chester agarrou sua mão, puxando-a para dentro. A menina tentou se soltar, mas o movimento a fez perder o equilíbrio e a mala do Gizmo caiu, deixando-a com os pés, literalmente, no ar. Turdi, assustado pela movimentação, pulou do pescoço da menina, indo parar em cima da cara assustada do Gremlim na mala. Fae, injuriada, deixou ser puxada para dentro com uma cara infernal e quando se viu de pé, a primeira coisa que fez foi:

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Pows


Deu-lhe um tapão na cabeça de Chester.

- ERA PARA VOCÊS SAÍREM, ANIMAL òó !


Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Kapow


Então deu outro tapão com mais força ainda no mesmo lugar.


- ESSE É POR ME PUXAR CONTRA VONTADE òó – exclamou pensando a paisagem “bunita” que deve ter sido proporcionada pela equação “Ruiva + mini-saia + janela + estação lotada de pivetes tarados”.

– Valeu ai, ó cabelo de fogo, por abrir a janela!- Olha quem fala! - E sem querer ser inconveniente e atrapalhar o papo de vocês, esse vagão está pegando fogo, então é melhor a gente sair! – E tendo dito isso já ia voltar pelo mesmo caminho, quando Elliot passou a frente e desceu primeiro pela janela. Fae desceu logo em seguida, ajudada pelo irmão que já estava lá em baixo. Esticou o braço em direção a Turdi, que pulou para a mão espalmada satisfeito por ser resgatado, então ela apanhou a mala do chão enquanto os outros desciam e seguiu com o irmão tranquilamente para o lado oposto. O plano era misturarem-se na multidão e depois embarcar “novamente” como se nem estivessem envolvidos em nada que fizesse feito bum naquele trem.

O que aconteceu??? escreveu:Então gente, as ações foram combinadas com o Leish. Lombriguinha queria que todos descessem, mas como somente tive contato com ele no msn, não coloquei que todos desceram ou quem desceu além dos irmãos Pointer. Fica subtendido que todos desceram do vagão, a cabine ficou vazia e eles se misturaram na multidão da estação até prova em contrário. Enfim, qualquer coisa eu edito.



Fae B. Pointer
Fae B. Pointer
Aluna

Série 3º Ano

Escócia
Age : 25
Mestiça

Cor : corfae

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Karl van den Berg Sáb Ago 11, 2012 11:25 am

Então, para aqueles que quiserem, ou não tiverem condições de ler o post na íntegra agora, acessem o resumo abaixo:
Spoiler:

E a vida continuava...

Karl ainda olhava para o menininho, e para seu ossudo gato, preso naquela gaiola fria. E o menino olhava para ele, vendo no rosto do velho ainda aquela grossa lágrima pendurada em seu olho, decidindo-se se cairia ou não, rosto abaixo. E então o jovem aluno, com certeza sem conhecer ainda o professor que estava à sua frente, depositou a gaiola com o gato, no chão, e enfiou a mão num bolso de sua calça retirando uma embalagem de sapo de chocolate e, estendendo a mão, ofereceu o doce ao mestre de Transfiguração, com um sorriso e, na sequência, disse: - Marty... o nome do gato é Marty!

Van den Berg se surpreendera com aquela reação. Normalmente crianças naquela idade não eram tão fáceis de agradar, mas aquele menino, rapidamente se apegara ao mestre e, sem pestanejar, Karl aceitou o doce, mas ao abrir a embalagem, partiu a guloseima ao meio e deu metade para o rapazinho, que sorriu, devorando-o num segundo. E o professor resolvera agradecer ao presente!! Retirando sua varinha de um bolso interno, na manga de seu paletó, com um breve floreio, fez aparecer uma pequena corrente e, nela, presa uma plaqueta dourada e carmesim, onde se lia em letras brilhantes e tremeluzentes, o nome do gatinho do menino. E levantando-se do banco, abaixou um pouco, retirou o bichano da gaiola, prendeu a coleira em seu pescoço e devolveu o animal ao menino, que sorrindo bastante, agradecera ao presente e disse que ficaria por ali esperando os pais, que voltaram até seu carro para pegar um livro que ele havia esquecido. Obviamente o professor concordou com a fala do menino.

E então, enquanto o jovem guardava novamente o felino em sua gaiola, feliz com o novo presente (até o gato parece que havia gostado também), o professor ainda de pé ouviu uma voz feminina, conhecida, lhe chamar a atenção:

- Professor Karl!
– Como vai o senhor?
– Pronto para mais um ano aguentando seus alunos bagunceiros?


E levantando a cabeça, van den Berg se deparara com a jovem Fae B. Pointer próximo dele, uma grifinória de coração, com aquele olhar maroto que o velho já conhecia, e com um lindo sorriso no rosto!! Karl então se adiantou, dando um abraço na jovem e afagou um pouco seu cabelo, despenteando-a levemente! Voltando então para seu banco, sentou-se novamente, abrindo espaço para que os dois alunos se sentassem, caso quisessem, claro (convidando-os inclusive) e enquanto o menino com o gato fazia o que o professor lhe indicara, ocupando a outra ponta do banco, com um sorriso no rosto, respondeu para a jovem Pointer:

- Olá minha jovem!! Que bom vê-la por aqui!
- Ahh estou ótimo, até as dores deram uma trégua. Mas infelizmente fui obrigado a usar boa parte de minhas férias desse ano para resolver alguns problemas pessoais, que só eu podia resolver mesmo... mas consegui ainda tirar alguns dias de férias, viajando pelo oriente. E esses dias até me renderam surpresas bem agradáveis


E ao dizer aquilo, o velho indicara, para que a menina visse, os dois enormes malões depositados próximo a áres de embarque do trem. E abrindo um novo sorriso no rosto, completou:

- Agora me pergunta se eu estou pronto? Huhauhauha Se, com a idade que tenho, não o tivesse... provavelmente não mais estaria aqui! Já estaria curtindo os anos que me restam, em uma prazerosa aposentadoria, em algum paraíso tropical. Mas sim, com certeza eu sei bem como lidar com essas lindas criaturinhas!

E um novo sorriso brilhou no semblante do ancião, tornando por alguns momentos seu rosto tão enrugado, que parecia até uma grande uva passa. E apontando o acento ainda sobrando ao seu lado, mais uma vez consultara se a menina não desejava sentar-se um pouco, para continuarem sua agradável conversa matinal.

Transcorridos alguns poucos instantes, um casal se aproximava do pequeno grupo, e logo o professor concluiu que só podiam ser os pais do menino que antecedera a visita de Fae B. Pointer. E logo o casal já estava junto ao professor e aos dois alunos, ambos sorrindo, olhando para o jovem sentado junto de outro aluno e do professor, bastante quieto e, com um largo sorriso no rosto.

O professor levantando-se então, se apresentou, elogiou os pais pela educação e carinho com que o menino o tratara e nem deu atenção aos comentários dos pais sobre o fato da criança estar lhe incomodando. O velho só respondera graciosamente: - Claro que ele não estava incomodando. A vida de Karl, já fazia bastante tempo, era cuidar dessas crianças. E então se despedindo do professor todos se foram (o casal e o menino com seu gato magricela), agradecendo o presente do professor e, mais uma vez, se desculpando pelo incômodo. E estando só mais uma vez com a jovem Pointer, o professor voltou a sentar-se, vendo ainda os três se distanciando em direção ao trem. Por uma fração de segundo, Karl se lembrara que ainda a pouco, uma pesada lágrima pelejava a despencar de seus olhos, mas que agora, pelo bom Merlin, ela havia desaparecido. Sem dúvida aquele momento de alegria com o jovem, seguido da doçura de Fae, o fizera esquecer-se daquelas lembranças antigas e conseguira mandar a lágrima embora, sem grandes dificuldades.

Olhando para o lado oposto em que estava sentada a jovem, Karl notara o livro que lia antes da chegada do menino, caído ao chão, ao lado de sua bolsa de mão. O pobre estava lá, esquecido, com algumas folhas dobradas, tomabado de lado, ocultando a capa no chão. Karl então o pegou, bateu um pouco da poeira e endireitou as páginas amassadas, fechando-o, e o guardou em sua maleta de mão, retirando agora um exemplar do jornal que comprara mais cedo, logo que deixara o hotel para ir até a Estação. O movimento na estação agora era bastante intenso, com aquela deliciosa correria de um lado para o outro das crianças, de seus pais, seus bichos e tudo mais. As vozes então, já quase que tornavam qualquer conversa, improvável. E muitos já começavam a embarcar no trem e ocupar suas cabines, mas o professor ainda se ateria por um tempo ali, ainda. Assim, chamando um dos carregadores do trem, pediu para o homem guardar seus pertences (os pesados malões cheios de livros e mais uma mala), ficando com ele apenas a maleta de mão e sua bengala. Estava pronto para embarcar logo que a locomotiva indicasse o momento da partida. E olhando para a jovem, disse:

- Fica mais fácil assim, não é? Acho que não teria condições de carregar aqueles dois malões... Mas enfim... E aí, me conta, quais são suas expectativas para esse ano letivo?

E enquanto aguardava a menina se pronunciar, o professor cruzou a perna esquerda então, com certa dificuldade, e abriu parcialmente seu jornal para ver as notícias de capa, perdendo-se ali por alguns instantes. E, sem ver nada de interessante ali, além da chamada para a leitura, na página 13B, de um conto sobre crendices e lendas internacionais, de Serena McSendell (uma britânica que Karl gostava muito de ler os contos), o velho fechou novamente o jornal, dobrando-o e colocando-o sobre suas pernas, com a última página voltada para cima. E foi aí, quase que sem querer, seus olhos notaram em um canto da página, escrito em pequenas letras, de forma bem discreta, uma pequena mensagem comercial. E arrumando os óculos como se o que lia não podia ser real, como se não tivesse lido a notícia corretamente, voltou a reler a pequena caixa de texto, atento a cada palavra. E, infelizmente, nesse momento acabara por não prestar a atenção devida à jovem ao seu lado, não sabendo dizer nem se ela lhe respondera ou não a sua pergunta. E a notícia trazia a seguinte informação:

A QUEM INTERESSAR

Está com dor de dentes? Tem Cáries? Tem sentido dores que podem indicar um problema de canal? Tem dentes tortos? Ou apenas quer fazer um branqueamento?
Não importa! Seus problemas acabaram!!!
O dr. Bashshar Karfan está em Londres por tempo determinado, então, não perca essa oportunidade! Procure o melhor dentista da Europa, agora mesmo. Preços e condições de pagamento a combinar.
Onde encontrá-lo: Nº 23, fundos, próximo ao Billingsgate Market, Royal Docks - Londres.

E então, retirando o óculos e afagando sua alva barba, Karl tentava entender aquilo. O que um anúncio simples, de um dentista, que era uma profissão essencialmente trouxa e ainda mais, pelo jeito era um dentista itinerante, fazia num jornal bruxo? Como aquilo pudera ocorrer? E mais... o que isso podia significar? Não estava certo aquilo... Não havia compreensão naquilo... Mas logo voltando a si, e percebendo novamente que não estava sozinho, dobrou o jornal duas vezes mais, o enfiara num bolso da maleta, e voltando-se para jovem disse:

- E então... falávamos de...

Mas logo em seguida, a menina saltou do banco e, com toda a pressa e ansiedade que a juventude, se despediu do mestre e correra para ganhar o mundo. E Karl concluira que fora alguma movimentação no trem que chamara a atenção da garota, pois a mesma movimentação, chamara também a sua e, por isso, resolvera que talvez fosse a hora de adentrar ao Expresso.

Só que ao pensar nisso, e vendo ao longe a menina se distanciando, deixando-o só, um alto e sonoro silvo fora ouvido indicando que em poucos momentos o trem partiria com destino à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Soltando um assovio então, o velho mestre disse para si mesmo: - De fato já é hora... então vamos que vamos! E se levantando com algum esforço, pegara a bengala em uma mão, a maleta na outra. E assim foram caminhando até a porta mais próxima que dava acesso ao trem e foi então que, ao pegar no apoio do trem e impulsionar seu corpo para cima... algo inesperado e perigoso (para a idade avançada do velho) ocorreu!!!

Alguém correndo, vindo de dentro do trem, como se o mundo estivesse para acabar naquele instante, saltou para fora do veículo e trombou diretamente no velho mestre, fazendo bambolear para trás por algum tempo até que, graças a um poste, conseguiu evitar uma queda que poderia ser séria para ele. E no fundo, um guincho louco (parecia um porco berrando) foi ouvido. Sua bengala voara para um lado e, sua maleta, para outro. Pelo menos não abrira e espalhara seus pertences íntimos para todo lugar. E de joelhos no chão devido à queda, e com uma gorda porca segura ainda em seu colo, estava a jovem lufana que trombara em Karl, com olhos esbugalhados e nitidamente, em pânico (mas Karl não saberia dizer se aquele terror era por causa da trombada, ou por outro motivo qualquer. E alinhando-se então, com uma dor alucinante na perna esquerda e no ombro, que batera diretamente contra o poste, arrumou o óculos e se aproximou da menina, estendo a mão para auxiliá-la a se levantar e, após isso ocorrer, disse:

- Por todos os sete infernos Srta. Natalie Flower, se a senhora não conseguir me dizer com bastante clareza o que a levou a fazer tamanha sandice, temo que precisarei entrar em contato com seus pais e relatar tal situação, talvez ainda hoje... Me diga, por que essa loucura toda?

E o que faz com uma porca aqui? Agora esses bichos são permitidos em Hogwarts também?


[off]Well, vamos que vamos!!! Tudo, claro, devidamente combinado e autorizado, previamente. E tudo que for interação, continua em aberto! ^^[/off]
Karl van den Berg
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Mensagem por Adela Burton Sáb Ago 11, 2012 11:46 am

No one is gonna take me alive
The time has come to make things right


Resuminho:

Aos 15 anos, Adela Burton se orgulhava de ser mais madura e centrada que boa parte das meninas de sua idade - e umas tantas mais velhas, cabia dizer. Enquanto outras garotas gritavam, lançavam maldições e explodiam os colegas de turma, ela se mantinha firme, estoica, mesmo depois de ver todos os pertences do namorado serem devorados por uma fogueira.

A verdade, contudo, é que o caos se alastrando pela plataforma 9 ¾ estava pouco a pouco despertando nela o instinto de chorar e chamar pela mãe, pelo pai e por toda e qualquer autoridade do mundo bruxo. E trouxa também, se possível. Qualquer um.

Olhou em volta, aturdida: além da bagagem perdida de Sam, que depois de um Aguamenti virara uma pilha cinzenta, distorcida e fumegante, não era preciso ser nenhum gênio perspicaz para perceber que havia algo de muito errado acontecendo no Expresso - não com os gritos que pareciam vir de lá de dentro, ecoados por outros tantos do lado de fora, ou a barulheira que, para alguém com um mínimo de experiência em Hogwarts, implicava em feitiços, correria e gente tentando se matar. Nada muito fora do habitual, a bem da verdade; ao menos até que o teto de um dos vagões irrompeu em chamas.

Mais fogo. Consultou o relógio, tentando se fiar a qualquer coisa. Pelo visto, chegariam atrasados a Hogwarts - se é que chegariam lá.

O som característico (e agora beirando o familiar) de água atingindo labaredas fez-se ouvir, e foi com alívio que ela percebeu que ao menos parte do incêndio havia sido controlada. Parte. Talvez desse a ela e Sam tempo suficiente de se afastar dali, sair do meio daquele inferno e esperar que a situação se acalmasse. Porque aquilo teria que se acalmar, fosse como fosse.

- CROFT! - O berro de Anna Blanche atingiu seus ouvidos antes que pudesse sequer localizar a passagem de volta para o lado trouxa da estação, porém. E era difícil não se doer de pena pela corvinal: não bastava andar de um lado para o outro com a louca da Alleborn, ainda passava a vida tentando manter a outra sob controle. Um doce de menina, que devia esconder muito bem algum problema de nervos. Era impossível viver naquelas condições sem desenvolver algum mal. Agora a pobrezinha, acompanhada por Hermi Maynard, ia à caça de Victor Croft, decerto para tentar (sempre, sempre tentando) impor alguma ordem à situação.

Os monitores, claro. Na opinião da quintanista, não havia o que fazer ali além de abandonar o barco, mas se Anna queria monitores, ela ao menos tinha como encontrar um. Revirando os olhos, deixou escapar um suspiro pesado; vencida pela pena mais uma vez. Mas tudo bem. Se era para entrar na batalha, ao menos que fosse com um exército apropriado.

- BLANCHE! EI, ANNA! - Gritou para chamar a atenção da colega, acenando. - ESPERA AÍ! - Voltando-se imediatamente para Sam, a loirinha tomou fôlego para ir em frente com o que provavelmente seria o maior absurdo do dia. - Ei, Grandão. Não tem mais o que a gente possa fazer com as suas coisas... Vamos juntar os garotos e dar uma ajuda pra Anna pelo menos tentar organizar essa zona? O Aidan é monitor...

Em resposta, o grifinório simplesmente meneou a cabeça, como se deixando de lado o pesadelo dos últimos minutos. Doía tanto ver o desânimo dele que Adela quase se sentia mal pela briga. Quase. -... Tá. A gente deixa a Garuda com o Kian. E as malas de quem ainda tem mala.

- Lindo. - Esticou-se toda para plantar um beijo rápido nos lábios do namorado. - Qualquer coisa, usa isso de desculpa pra extravazar. Você tá merecendo.

Mesmo com a confusão toda, não foi difícil ao menos avistar Gerry, o poste de estimação do monitor lufano. Arrastando Sam pela mão (nessas horas, ser a menorzinha do grupo tinha lá suas vantagens), não demorou a alcançar os garotos. Àquela altura, o holandês provavelmente só não tinha dado um sumiço na coruja de Sam em respeito a anos de amizade; lábios crispados e olhar fixo no casal, parecia só esperar a deixa para sair dali - e como não havia o que separasse aqueles dois, Aidan mantinha-se ali cuidando da vassoura do indiano, visivelmente aflito (e algo revoltado) com a hecatombe de proporções homéricas que celebrava o primeiro dia do ano letivo.

- Vou deixar a coruja com o Weisman, tá certo? Ok. - Gerry sequer esperou por resposta, esticando a gaiola para Kian, varinha já empunhada. - Tá bom da gente tomar alguma atitude, né?

- A Anna Blanche, Aidan! - Adela começou, a urgência clara em sua voz. - Ela tá tentando juntar monitores, lembrei de você.

- Ela tá juntando o pessoal sensato pra pegar outro trem? - O lufano respondeu com um tom agoniado que refletia perfeitamente o que a sonserina sentia. Não havia como não esfregar o braço dele, em um gesto mínimo de solidariedade. - É, sei, só meu desejo. Tá certo, vamos lá.

- Pelo amor que você tem à vida, Weisman, cuida das nossas coisas e não mata essa coruja. - Foi a última advertência do holandês, que começou a abrir espaço entre as pessoas que tentavam se afastar do trem.

Sem mais, Adela Burton, aos 15 anos de idade, seguiu em passos firmes rumo à zona de conflito, escoltada por sua brigada sextanista. Já que Anna precisava de ajuda, melhor fazer do jeito certo: minimizando riscos.

-... Vi grifinórios, ao menos alguns que eu reconheci, correndo na direção oposta. - A francesa, sotaque particularmente carregado devido ao nervosismo, explicava a situação para Victor Croft, gesticulando intensamente. - Foi direcionado a uma cabine de sonserinos, que sairam de lá e foram contra atacar... - A corvinal torceu o rosto em uma careta de desaprovação. Adela entendia bem o sentimento. - E eles não podem estar usando todos os neurônios, que eu espero em Merlin que eles tenham, querendo duelar em um corredor estreito! Ou pior, colocar fogo em um trem pintado a óleo, como se madeira por si só não fosse conduzente de fogo! A tinta vai intoxicar todo mundo!

Só ao concluir sua explanação - típico dos escolhidos de Ravenclaw - é que a garota notou o grupo que se tinha se aproximado e aproveitava para entender melhor a situação. - Ah! - Ela acabou com a curta distância que ainda havia entre eles, o alívio claro em sua voz. - Poxa, muito obrigado mesmo gente, não consigo encontrar ninguém nessa confusão e-- estão escutando? Tem crianças de onze anos nesse trem, que nunca nem chegaram ao castelo! E é um espaço minúsculo e-- Respirando fundo, ela se interrompeu de vez. - C'est bien, precisamos de um plano de contenção.

- Apagar esse resto de incêndio, tirar as crianças daí. - Gerry respondeu de pronto, o corpo já metade voltado na direção do trem. - Aguamenti agora e, com todo mundo fora, janelas dão conta da fumaça. Vem, Gupta. - Depois de trocar um olhar com Aidan, aparentemente o holandês escalou Sam para ajudá-lo com o incêndio, chamando o namorado de Adela com um breve tapa no ombro.

- Tá, e a gente? Qual é o plano? - Questionou Aidan em um tom exasperado, tão atípico que chegou a surpreender Adela.

- Vamos tentar achar quem começou essa confusão! - Foi a resposta imediata de Anna, que já recuperava a firmeza do cargo que ocupava. -Dependendo de como estiverem as coisas lá dentro, a gente avisa aos outros pra saírem...


OFF: Opa. Como as coisas estão meio emboladas, deixo o resultado das ações em aberto. Mas, em suma, Victor, Hermi, Anna, Aidan e Adela (A³?) estão entrando no trem com o objetivo de encontrar os bagunceiros e, se for o caso, orientar o pessoal a sair de lá de dentro por conta da fumaça. Enquanto isso, Gerry e Sam foram terminar o trabalho começado por Michael Alleborn, tentando apagar o incêndio.


Última edição por Adela Burton em Sáb Ago 11, 2012 11:52 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Cor das falas da Anna Blanche ficou errada, opa, tô bêbada! :X)
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Mensagem por Emma Gregory Sáb Ago 11, 2012 3:11 pm

Chegou o dia. Aquele em que todos amam, que todos estão em polvorosa... Malas, gaiolas, chapéus e varinhas, todos juntos esperando apenas o Expresso chegar para levá-los ao destino. Mais um ano letivo se aproximava, o que significava ficar vários meses afastada de sua casa dando espaço para que a saudade falasse alto aos corações adolescentes. Mas por que com ela não era bem assim?

Certamente nada tinha a ver com os familiares. Mal via os pais, para ser sincera, o que retirava toda a margem de saudades possíveis que o evento de volta às aulas poderia trazer. Filha única de pais separados era assim, bem. Ainda mais se sua mãe precisasse trabalhar em dois empregos para poder trazer o sustento da casa. Seu pai morava em Vancouver, e apenas duas vezes ao ano (muitas vezes nem isso) que o via. Então me diz... Sentiria falta do quê mesmo?

Acordou como em todos os dias, sozinha. Na minúscula kit net que dividia com a mãe, apenas um bilhete a esperava em cima do balcão que também fazia as vezes de mesa: “Bom ano letivo. Com amor, mommy”. Estava certa que a mãe iria querer dar um abraço de despedida mesmo? Depois de tantos anos iguais, Emma já duvidava. Após o banho, preparou os feijões e os ovos com esmero, enquanto fervia a água para o chá.

“Pelo menos não cortaram o gás este mês" pensou, mais absorta nos alimentos que em si própria.
Não teve pressa em espalhar tudo em cima de torradas, puxando o odor delicioso que soltava para dentro dos pulmões antes de dar a primeira mordida. O chá estava pouco adoçado, mas o restante compensava. Tudo começava com um bom café da manhã. Como já havia aprontado seus pertences há dias, não precisou se preocupar com o tempo. Pura sorte, pois teria de ir para a estação por meios trouxas (o que demandaria muitos minutos à sua vida).

“Ser filha de uma bruxa que renega o próprio sangue não é fácil... E ser pobre, ainda por cima, é pior ainda!”
A imagem da mãe era a de uma trouxa exemplar. A varinha da Senhora Avery estava guardada há mais de 15 anos, antes mesmo de seu nascimento. Fora um milagre seus avós conseguirem convencê-la que Hogwarts era o melhor para a pequena Miss Gregory. E agora, ela teria que chegar sozinha até lá.

- Tudo bem, tudo bem. Ela pode estudar em Hogwarts. – dissera Avery Gregory há tantos anos para os pais – mas eu que nunca a levarei até King's Cross. Como chegar até lá, não é um problema meu, já que vocês tanto querem isso.

Antes os avós a levavam. Mas agora, a Senhora Monica estava morta e o Senhor Carlton estava mais demente do que qualquer pessoa poderia imaginar. Vida, essa fanfarrona. O kit net mal possuía rede de calefação, quem diria uma lareira para rede de flu! A mãe fizera questão absoluta de ir viver em um bairro residencial trouxa, onde era mais fácil pegar o metrô que encontrar qualquer meio bruxo para se chegar à estação. De qualquer forma, estava acostumada. Era praticamente uma trouxa de varinha em mãos.

“Então lá vamos nós!” E com o malão impregnado de feitiço redutor (único o qual sua mãe se disponha a fazer para ajudar) e seu rato empoleirado dentro do sutiã, Emma partiu mais uma vez. Precisou andar até a estação Brent Cross de metrô onde precisaria fazer apenas uma baldeação até conseguir chegar a Estação King’s Cross/St Pancras. Estava no horário. “Sorte”, pensou. Geralmente todo o percurso era abarrotado de pessoas, por todos os lados possíveis e imagináveis.

O percurso era rápido, apenas 7 estações, baldeação e mais uma para o destino. Calculou 15 minutos no máximo. Sua mala não passava do tamanho de uma necessaire, o que auxiliava muito nessa hora, uma vez que era óbvio que não tinha conseguido um assento no carro para se sentar. Três estações já tinham se passado e o calor tinha apertado dentro do metrô, mesmo com o verão tendo chegado ao fim. Ou era uma menopausa chegando muito cedo. A temperatura tinha caído bastante, mas ficar em ambiente fechado e com mais de 10 pessoas dividindo o local fazia Emma transpirar.

A garota desabotoou os primeiros botões do cardigã azul escuro que vestia. Sentiu que a pele do pescoço estava ensopa. “Maldição, estou derretendo!” Resolveu acabar com o restante dos botões e sentiu um alívio quando uma lufada de ar fresco bateu em sua direção quando a voz anunciava a estação Chalk Farm. Mas não fora suficiente. Olhando para os lados, reparou que precisava de mais ar fresco, em outro lugar... E então desabotoou os botões de sua camisa branca. Só dois na verdade, não apareceria nada dos seios com isso, mas ela havia esquecido um outro fator.

- U-M-R-A-T-O!!!!! AAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A moça que viu primeiro começou a ter um siricotico, gritando como se lhe tivessem enfiado uma espada bucho adentro. Os demais que antes estavam apenas esperando chegar sua estação deram solenemente um passo para trás e ficavam ecoando a palavra “rato” e transformando os gritos da rapariga em sussurros de indignação. Emma foi capaz de ouvir até um “se essa moça leva um rato entre os seios, não quero nem imaginar como é...” e graças ao próximo anúncio de estação do metrô, não pôde ouvir a conclusão da frase. Aliás, nessa estação desceram todos que estavam no carro, com expressões faciais grotescas sendo dirigidas à ela.

- Vamos Rabito, não se misture com essa gentalha... – falou para o rato (que nem havia se mexido do lugar o pobre do coitado) logo que se viu sozinha no metrô.

Fechou os botões de sua camisa, deixando ainda o cardigã aberto, pois entraram mais pessoas no carro, e logo desceu na estação Euston, onde fez a baldeação para a estação King’s Cross. Como havia previsto, chegou com grande margem de tempo, o que a fez ter uma insólita vontade de comer uma coisa que em Hogwarts não veria tão fácil... Por uma acaso do destino, ao redor da estação haviam várias barraquinhas de Fish and Chips, e com tempo sobrando, porque não?

Chegou na porta e viu que a chuva estava apertada, abrindo o seu fiel companheiro guarda-chuva e se dirigindo para a barraquinha mais próximo. Não era a mais barata, mas não queria ter imprevistos, então era aquela mesma. Fez o pedido e um arrepio cruzou seu corpo. Estava ainda com o cardigã aberto, e lá fora não estava nada confortável o clima. Fazendo um malabarismo, segurou o guarda-chuvas entre o pescoço e o ombro com o queixo e começou a abotoar de baixo para cima quando sentiu algo escorregando de seus seios. “RABITO!” Mas já era tarde demais. O rato acinzentado estava a seus pés na calçada – e ali ficaria até que ela resolvesse andar – mas algum idiota o viu, anunciou sua presença (óbvio) e começou a sapatear na água tentando pisar no pobre bicho. Quem não fugiria espantado??

Sabendo que o animalzinho estava mais assustado que querendo se ver livre de sua companhia, Emma começou a correr atrás dele, gritando seu nome freneticamente e para que não pisassem em seu amigo. O guarda-chuvas ficou para trás, assim como seu malão-necessaire, e foi preciso 2 voltas ao redor da estação debaixo de água para ela conseguir alcançar o rato. No desespero, tinha sacado a varinha para tentar qualquer tipo de feitiço que pudesse ajudá-la, mas logo ouviu:

- OH! Uma varinha! A moça tem uma varinha mãe!

Sentiu-se ridícula por ter esquecido do fator trouxas ao redor.

-Não! É... É é é que o meu rato adora brincar de buscar o pauzinho... Este é o preferido dele!

Já estava cansada de correr, e Rabito também. Como não faziam mais tanto alarido, conseguiu pegá-lo. As caras de repugnância que a olhavam quando ela abraçou Rabito foram inúmeras. Mas mesmo assim ela não se intimidou.

- Acabou lindinho, mamãe tá aqui com você... – a acariciava o rato que ainda tremia de medo. – Nunca vou deixar ninguém te ferir, tá bom?

Voltou para a barraquinha com o rato já posicionado, quando teve que encarar a pior medida de sua vida. Devia estar um lixo, óbvio, mas doeu muito ter que escutar aquilo:

- Saia daqui, menina insolente. Trazer um rato para a minha rotisserie... Que absurdo!

Aquilo lá era apenas uma BARRAQUINHA, não uma rotisserie, mas a mulher não quis ouvi-la. Fizera muito de ter guardado a bolsa e o guarda-chuvas dela. E que desaparecesse logo de sua vista antes que ela chamasse a polícia!

Derrotada, prendeu seu cabelo, alisou a sua saia e encaminhou-se para a plataforma 9 ¾, sua velha conhecida. Era o quinto ano que a atravessava. E desse ponto em diante Emma se obrigou a colocar um sorriso no rosto. É, é, sabemos que a vida é uma bela de uma porcaria, mas o que adianta passar de cara feia por ela? Acenou a cabeça para cada colega que viu, ajudou aos pequenos novatos com o que pôde, foi camarada quando lhe pediram emprestado uma pena para uma anotação e esta não mais foi devolvida, sorriu, sorriu e sorriu... E teve que sustentar muita gente não segurando o riso quando a via. “Devo estar tão lindja como um andante..."

De longe avistou sua primeira visão perdida do dia. Segunda, aliás. A mulher da barraquinha tinha ganhado a primeira posição. Isadore Qualquer-Coisa Baudelaire. Uma pausa para uma explicação: Emma é a moça mais boa moça que poderia existir na face da terra. Mas era justa também, e não tinha medo de declarar seu desafeto por alguém (se bem que esse era seu único desafeto declarado...). A mesquinhez que aquela menina exalava, mesmo sendo cega! Era digna de pena, mas Emma não conseguia sentir só isso. Pobre Japa que, além de tudo, tem que ficar a conduzindo para cima e baixo e sendo feito de capacho... Apesar de não ser ele que estava com ela, e sim uma outra Sonserina. Será que ela havia se cansado dele? Emma não viu Gerhard na plataforma, mas no trem iria procurá-lo. Aliás, iria deixar para conversar com todos dentro do trem, uma vez que estava prestes a perdê-lo, se continuasse a desfilar pela plataforma.

Adentrou o trem e começou a saga. Onde iria se sentar. Passava cabine por cabine atrás de... ELAS *-* Estavam ali, as suas Best’s mais Best’s da face da terra.

- OI MENINAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASSSSSS.

A empolgação na voz de Emma sumiu com as caras que a fitavam. Rebecca olhava ela e depois a parede, nervosamente, e Morgan nem sequer respirava.

- Olha, eu sei que está feia a coisa aqui, mas...

- Er.. Emmy, não tá sentindo um friozinho não? Quer dizer... Com esses mami.. digo, pelas calçolas roxas de bolinhas amarelas, Emmy, quer uma toalhinha?

E foi só depois que Morgan disse que a garota olhou para baixo. Não tinha abotoado o cardigã novamente e tinha ali, para quem quisesse ver através da transparência os seios guardados no sutiã florido, com Rabito se mexendo entre eles. Era uma verdadeira gata-molhada. Teve forças apenas para soltar um grunhido. Será que obteria uma licença para morrer agora?

Sinopse:

Emma vai de metrô até a estação, onde seu rato foge e ela é obrigada a correr atrás dele na chuva. Sua aparência é um lixo e seu sutiã está a mostra, uma vez que se encontra ensopada. Mas ela não percebeu isso e cumprimentou todos com essa forma mais lady de se vestir do mundo. Agora que Morgan lhe disse, está com cara de pastel ;-.)

Obs: color olive = NPC inespecífico
Emma Gregory
Emma Gregory
Aluna

Série 5º Ano

Canadá
Age : 27
Mestiço

Cor : Orange

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Codi Walcnevar Sáb Ago 11, 2012 5:20 pm

Musica:

—Ennervate! — Codi suspirou desesperado. Mas demorou pelo menos trinta segundos até que o seu kelpie de estimação, agora completamente desfigurado numa forma intermediária entre corvo e esquilo abrisse os olhinhos disformes para ele.


Ufa. E tinha passado a manhã treinando Glaucus (o nome do filhote de kelpie) a se transformar em um esquilo. Eles dois estavam encima da cama, onde o jovem bruxo havia feito flutuar em posição vertical algumas fotos de diferentes ângulos de esquilos para o kelpie tentar se adaptar e transformar, mas o Glaucus, talvez por ser muito novinho, não conseguia transformar muito bem em formas novas ainda, as vezes desmaiando no processo, como fora o caso.


Com um pouco de carinho na nuca (será se aquilo era uma nuca?) o bichinho foi relaxando e voltar á sua forma favorita, de corvo. — Já chega por hoje. Você melhora aí e eu tenho que terminar as malas.


Com um floreio da varinha e um sussurro inaudível Codi despachou as fotos que flutuavam para a scrivaninha e com outro fez as roupas em sua cama se dobrarem. Ele sabia que não podia usar magia fora de Hogwarts, mas como morava com mais uma família enorme de bruxos e bruxas, seria muito difícil do Ministério descobrir que ele também realizava feitiços naquela casa, e além do mais, o seu pai não se importava, na realidade nunca o ensinou a andar de vassoura, como os pais normais, no lugar, ensinava os primeiros feitiços pro Codi quando ele ainda era bem novo.

Estojo de poções, estojo de livros (com um Feitiço Indetectável de Expansão para fazer a pequena caixa caber quase um terço da biblioteca do palacete Walcnevar), caldeirão, balança, roupas, 2kg de pergaminho em branco, tinteiros, penas, sapatos, meias, cuecas, luvas e avental de herbologia, as sementes que ele tinha prometido pra Prof. Smith, ração de kelpie, é, parecia que estava tudo ali. — Pseudum Aravositos. — Codi encantou um pedaço de pão embebido numa poção (que ele mesmo tinha feito, para ajudar o kelpie a se sentir melhor depois que desmaiasse sob o efeito das transformações) para que tivesse sabor e forma de um punhado do prato predileto do Glaucus, milho.


Falando em comida, o café da manhã foi o same old first school day, como "não perca pontos para a sua casa..." "não quero saber de reclamações" "respeite os professores" "olha as tarefas", conselhos que o Codi já tinha decorado há tampo tempo que imitava os lábios dos pais conforme eles diziam. O resto daquele início da manhã foi toda a família comentando das suas proezas nas últimas férias, para a Índia. Codi, desinteressado, ouvia tudo sem prestar muita atenção por trás do pesado volume de O Segredo Místico das Runas da Mesopotâmia numa mão, e uma torrada com geleia de abóbora na outra, ignorando o "Livros na mesa de novo, Codi?" insistente da sua mãe.

: : :

Olhou em volta, procurando algum sinal de alguém conhecido, mas parecia que a maioria já estava dentro do trem, talvez por que a chuva deixava o clima mais frio do que realmente estava... ele reconheceu apenas alguns pais de seus colegas. Entregou o malão para o responsável do trem e seguiu com a sua mochila de bordo com Glaucus no seu ombro, e entrou no trem olhando pelos vidros da cabine à procura dos seus colegas de quarto da Corvinal, acenou para Flower, Fullside, Wolfsbane, as gêmeas Perkins (cadê a Holly?) ...os meninos devem estar perto... e seguiu à procura de Chester, Leslie, Henryki... opa, olha ele ali.

— Deixa eu ver seu boletim! — Codi abriu o seu sorriso na sua forma mais pessoal e sincera de querer dizer "que saudade, amigão, quanto tempo!" e Glaux bateu as asas no ombro do Codi, em euforia, euforia essa que não foi retornada; Ryki estava mais cinza que o céu lá fora, só faltavam lágrimas pra combinar com a chuva. Codi iria perguntar o que houve, mas achou que ele só estava com sono (e dormindo quase todos os dias do lado da cama dele por três anos havia ensinado a jamais perturbar o humor matinal do amigo), então simplesmente abriu o livro que levava consigo, a fim de tirar o pergaminho com um poema de amor que havia escrito pra Holly, só como forma de desabafar o que estava sentindo na hora, jamais com a intenção de realmente entregar, estamos falando de Codi Ravenclaw, um ser que ainda não descobriu a coragem.

Mate, você não vai acreditar no livro que o meu pai trouxe da Índia! — Codi disse sem olhar para Ryki, tentando animá-lo — É um dos únicos exemplares de Chakra, Encantando através de Mantras no mundo! Eu tô até estudando devanagari pra conseguir entender mel... — Henryki deu um bufo de tédio, e encarava a janela, sem ver além dela, alheio a tudo que o Codi falava. Quer saber? Foi o suficiente para Codi entender que ele não queria papo mesmo e se afundar de volta no assento com a cara no livro.

A porta abriu deslizando para o lado, e Chester apareceu. — Hey, Codi, long time no see, man! Hey, Ryki, what's up? — Fazia um tempinho que Codi não ouvia sotaque americano. Codi disse um "Hey, Chester, what's up?" e viu que até o Chester notou o estado
catatônico-down do outro. Deu a entendeu um "what's going on with Dravim?" e o Codi só deu de ombros atrás do seu livro Tá todo esquentadinho porque tirou nota baixa e a “fulana” não falou com ele.

“Fulana”? Nenhuma garota fala com ele, ele consegue realmente ser pior que eu. — Chester disse e Codi deixou escapar um pouco de ar pelas narinas num riso rápido, enquanto Glaucus, o kelpie, já ia todo faceiro se transformando em filhote de cachorro pra ganhar uns carinhos do Chester.

Olha aqui, porque vocês não vão ver se eu estou penteando um testrálio? — Mais um riso nasal de Codi, ainda com a cara dentro do livro — Cresçam um pouco! Aliás, para ser pior que você,
Chester, preciso realmente passar algumas vezes mais na fila de idiotas
— Ouch! O show tava começando a ficar bom. Codi ainda não tinha presenciado tanto mau-humor matinal. — E você Codi, não seja tão infantil, assim nunca será melhor que ninguém em nada!

E antes que o Codi pudesse pensar em tentar entender o que ele quis dizer com isso, Ryki arrebatou o livro da sua mão e atirou pela janela aberta, e saiu desembestado da cabine.
— Sério que ele tá assim só por causa de uma garota? – Codi pensou "Será se você não entendeu? Eu disse que devia ser pro causa de uma fulana E por causa das notas! Quer motivo pior?" Mas só teve tempo de ir pra janela e conjurar um feitiço convocatório para buscar o seu livro precioso. E nada de ele voltar.


Sei lá, se for, deve ter sido um toco dos grandes! — Aiaiai, o livro não tava voltando... será se ele ia ter que descer do trem e procurar no chão? Dessa vez o Henry passou dos limites!

Vai uma bebida trouxa gaseificada?— Codi não entendeu nada, ainda estava preocupado com o seu livro raro.
Que bebida trouxa o que! ACCIO! — Fazia tempo que um feitiço simples assim — pro Codi, pelo menos — não fazia efeito. Codi colocava a cabeça pra fora e tentava conjurar mais vezes, com o braço do lado externo, enquanto ele e Chester conversavam amenidades. Se ao menos o kelpie dele soubesse e tivesse coragem de voar, ele poderia pegar o livro dele, que provavelmente estava embaixo do trem, com alguma coisa impedindo o seu retorno. Se ele não conseguisse recuperar o bendito livro em cinco minutos, Codi ia mesmo ter que descer e procurar, afinal, em alguns minutos o trem já estaria partindo. Ainda tentando, e conversando sobre as férias, Chester explicou oq eu significava o carrinho com as latas, comentaram até sobre a Holly. Ah, a Holly.

Hey, olha, aquela garota vindo pelo corredor não é a Holly? — Hã?
Oi Chester, oi Codi! — Codi só ouviu a voz dela, porque quando virou para vê-la, ela já tinha ido. As borboletas do estômago dele começaram a sofrer um ataque epilético, e a mão esquerda dele se apertou ainda mais involuntariamente no papel com o poema. Chester percebeu que aquilo era algo importante. — Olha, Chess, o meu livro! — Codi tentou distraí-lo, mas foi ele que se distraiu. Chester arrancou o papel da mão dele enquanto Codi estendia a outra mão pra pegar o livro que finalmente tinha se desprendido, talvez. Enquanto Codi examinava o livro pra ver se ele tinha voltado inteiro, percebeu que o Chester tinha o seu poema nas mãos. Oh, no!

Que poema é esse cara? Haha! Você que escreveu? — Codi apontou a varinha pra ele, tentando pensar rápido em alguma coisa pra fazer ele soltar, Me devolve logo ou eu vou te pintar de branco!— mas não conseguia manter o olhar ameaçador, estava mais para envergonhado.

Nem pense nisso, ou você nunca mais vai ver esse papel! — Codi sussurrou sem que Chester percebesse a senha a qual ele tinha encantado os seus pergaminhos confidenciais para os seus conteúdos desaparecerem.

Deixa pra lá — Codi terminou, e o rolar de olhos do Chester ao perceber que o papel estava em branco foi impagável.

Você e seus truques de transfiguração, enfim, tenho que passar em muitas cabines hoje ainda. Até mais, vejo você depois.— Codi ia dizer "não é transfiguração, é um encantamento, cara", mas a esta altura ele já tinha saído da cabine, e continuava a vender os seus drinks trouxas corredor a fora.

Esticou as pernas e voltou para o seu maravilhoso livro escrito em sânscrito, e abriu o dicionário do lado, que
depois que Codi fez cócegas nele com a varinha, ele flutuou no ar para ficar mais fácil de ser consultado. Não tinha dado nem cinco minutos da mais pura e santa paz, que um flash de luz muito forte reluziu pela parte de dentro do trem. "Deve ser algum trote", Codi pensou, e voltou a tentar traduzir o seu texto. Codi continuou a se deleitar na leitura, agora sob o som de uma gaita de fole que alguém tocava de dentro do trem.

Mas o negócio começou a ficar esquisito com um, dois, três barulhos de explosão. Porém nada ia tirar o Codi do seu lugar confortável; o responsável do trem que lidasse com o que quer que fosse. Aí foi quando ele escutou alguém falando o nome "Isadore" com uma voz desesperada. Algo estava errado.

Ele se levantou devagar, indicou Glaucus que esperasse ali, pôs a cabeça pra fora, e viu o chão coberto de um líquido escuro de cheiro doce. Chester? "A gente deixa essa praga sozinho cinco minutos..." Curioso pra saber o que havia causado isso, ele prosseguiu, quando, virando 180 graus, viu uma Isadore Baudelaire acompanhada de seu primo corvinal Charles, e um grupo de sonserinos, e viu que uma era a responsável pelas explosões. A cara que eles tinham não era de veteranos aplicando um trote. A coisa tava mais séria. Uma densa cortina de fumaça prejudicava a visão, e fazia os olhos arderem. Lá atrás podiam-se ver chamas bruxuleando. FOGO? Conforme Codi foi se aproximando,

— Não te mete, Walcnevar, se não quiser se machucar. — Michael Alleborn disse, de feição séria. Codi, sem saber o que responder, permaneceu estático, de cara perplexa.
Isadore não poderia vê-lo, embora estivessem frente a frente. Quando ele fez menção de falar com ela, ela disse:

— Codi?
— Isie, o que tá acontecendo? — Codi e Isadore eram amigos de família. Nessas mesmas férias os Walcnevar e os Baudelaire (pais da Isadore, somente, não os do Charles) tinham se encontrado para um chá da tarde duas ou três vezes, que sempre emendava com um jantar. Codi e Isie brincavam juntos desde pequenos, e se não tivessem ido parar em casas diferentes, com certeza teriam sido muito mais próximos em Hogwarts. Por algum motivo Isie sempre tinha tratado Codi sem a falta de paciência que a menina demonstrava ter com todos a sua volta, talvez porque Codi também fosse muito paciente com ela, e cá e lá ajudasse ela com os deveres, ou lia um bom livro pra ela.

— Vai voltar pra sua cabine estudar, vai, Walcnevar! — disse um deles. "É exatamente o que eu gostaria de fazer", ele pensou. A essa altura Michael Alleborn, um pouco molhado, inclusive, olhava um pouco afobado nas cabines em volta, parecendo preocupado, à procura de algo, ou vendo se alguém estava olhando.

— Pô, Isadore, precisava ter sido logo um Sectumsempra? — O QUÊ? Codi pensou? E o cara ainda fala alto.
— Abbafiatto. —Codi tirou a varinha do bolso, e sussurrou. É, realmente a Isie estava encrencada. Em quem foi iss... Aí ele percebeu que as outras sonserinas estavam falando alguma coisa sobre sujeira de sangue, trouxa, e ligando tudo isso com o líquido no chão, e a ausência do Chester no carrinho, que estava jogado virado no chão... Codi só pôde tomar uma conclusão. "Sectumsempra? Não, o Chester não... por favor, me
diz que foi sem querer."


— Você atacou o Ch--, Lewis, Isie? — Codi sussurrou, incrédulo.
— Ele teve menos do que merecia! — respondeu com um sorriso de canto de boca. Ela deu alguns passos pro lado enquanto falava, e se não fosse por quem estava atrás dela tê-la segurado, ela teria escorregado no líquido que cobria o chão.

Targeo Totallum. — Codi sacudiu a varinha em direção ao chão, e aos poucos o líquido foi desaparecendo. Ele dizia: Isie, é sério. Vai pra sua cabine, por favor. — E olhando pro pessoal da Sonserina, — Eu vou tentar dar um jeito nesse fogo, se alguém perguntar eu vou dizer que foi só um trote com os calouros. Eu posso enfeitiçar a porta pra as pessoas evitarem a cabine de vocês, caso venha algum adulto. Eu vou dar um jeito naquela água no fim do corredor, bloddy hell, que bagunça, aquilo ali é queimado?

Codi já tinha ajudado aquele grupo de sonserinos antes, uma ou duas vezes, principalmente despistando o Prof. Apollion (até então por motivos nobres, né), tinha ganhado certo respeito com eles. Assim que eles — Isadore, principalmente, e o japonês — estivessem fora de perigo, ele iria tinha que achar o Chester e ver se ele estava bem. Merlin, o que ela tinha feito! Codi sabia que ele estava bem porque escutou a conversa dos presentes entre si, e percebeu um "Pointer" "Wolfsbane", e eimaginou que as duas meninas (Codi achava que o Pointer em questão era a Fae, não o Elliot) tinham socorrido ele, e que o feitiço da Isie não tinha sido tão eficaz. Codi percebeu que eles tinham planos de sair do trem por causa da fumaça, mas com o seu novo plano a maioria ia acabar voltando para a cabine.
Saiu correndo em direção ao fogo, com uma cara de "ajuda é mais que bem vinda, se alguém quiser fazer o favor de seguir " e notou que havia muito mais coca-cola no chão do que ele imaginava, mas dessa vez ele não limpou. "Cadê os benditos monitores? PERAÍ! Ainda bem que não tem monitor nenhum, isso sim!" Conforme ia chegando mais perto, ia ficando cada vez mais difícil enxergar e respirar. "Quem diria que eu ia usar tão cedo aquele feitiço de cabeça-de-bolha...!" E conseguiu fazer uma camada fina (e invisível, lógico) de proteção em volta das narinas e boca. "Tá, se o fogo parar do nada, todo mundo vai querer investigar o que aconteceu... Então vamos deixar o fogo":
— Ignis Innoxiem. Ignis Innoxiem. Ignis Innoxiem. Cof! Cof! Ignis Innoxiem. Ignis Innoxiem. — A esse ponto ele já estava tossindo, e as chamas aos poucos foram ficando azuis e parando de consumir a matéria. Mas isso ainda não estava bom... tinha que parecer real. Codi conjurou também uma cortina pesada de fumaça, e usou outro feitiço pra mudar a cor do fogo. Agora, para todo efeito, era fogo "de verdade". "ÊPA! Ali AINDA é fogo de verdade". Já sem paciência, Codi simplesmente lançou um pouco de água direto da varinha naquela direção. Quando a situação parecia estar sob controle ele foi voltando em direção aos sonserinos, para ver se eles entraram de volta na cabine ou não. Desejou saber algum feitiço pra reparar coisas queimadas, e jurou ser a primeira coisa que ele ia pesquisar quando chegasse em Hogwarts, isso se chegasse.



EDIT:Esse post acontece antes de Anna Blanche sair e gritar: "CROFT!" O fogo que Adela Burton & Cia vão tentar combater já foi enfeitiçado pelo Codi para não queimar mais.

Resumo:


Última edição por Codi Walcnevar em Sáb Ago 11, 2012 10:18 pm, editado 3 vez(es)
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Johnathan H. Fullside Sáb Ago 11, 2012 7:28 pm

“Take, all the chances while you can...”

Spoiler:
Ainda atordoado com o abraço apertado (que ele não pretendia soltar) e com o cheiro indescritivelmente único de Natty Flower, Johnathan se sentou brevemente nos bancos desocupados à frente da velha e da [s]namorada[/s] melhor amiga. Olhava com interesse e um sorriso pálido para a mulher enquanto, elogiando sua educação, ela lhe dizia que já conhecia as cores de sua aura. Entendia pouco desse negócio de aura, e uma vez ficara horas no espelho tentando ver se brilhava de alguma cor estranha, mas apenas acenou positivamente, dando um sorriso maior...

- [...] eu sou Vicky Etros-Jagger, da mesma família Etros que administrou Stonehenge desde tempos imemoriais [...] – explicara. Enquanto ajeitava a Porca (sim, Johnathan tinha reparado no animal, mas pra quem tinha um albatroz empalhado empoleirado no ombro, uma porca não era nada demais), disse ser professora de Adivinhação no novo ano. Olhou séria para a porta da cabine, e voltou-se para eles novamente.

- Ótimo! Eu tentei estudar um pouco de adivinhação, porque não sou exatamente bom com essas coisas, e eu simpatizei com a senhora – falou interessado. Queria perguntar o que significava um rolo de fita adesiva e um lápis, pois encontrara isso na borra de café no meio do verão, mas apenas se limitou a repetir o nome da professora. - Professora Etros-Jagger. Precisamos de um apelido pra isso!

Mas o que se seguiu foi meio creepy. Ao entornar um gole da lata de bebida trouxa de Lewis, uma bebida não muito normal para os bruxos, a mulher fez uma expressão de que ia explodir, antes de arremessar a coisa toda no chão. Ou melhor, nos sapatos brilhantemente engraxados de Johnathan. Olhando absurdado para os pés, ouviu a mulher gritar, totalmente biruta, enquanto enfiava duzentos litros de água na boca, sobre envenenamento, explosão e outras coisas. Tudo bem, a bebida era mesmo meio ruim, mas daí a enlouquecer por causa disso? Ou ela tinha sérias sanções anti-trouxas, ou uma mania de perseguição tomava conta dela. Tem que ver isso aí.

- Não, não! PROFESSORA, calma, é só uma bebida dos trouxas, é pra ser assim mesmo! Calma, agora.

Mas ela não olhava pra ele. Ela olhava para colo de Flower que, admiravelmente, aninhava uma porca rosada e com brincos fashion. Donovan Decker, se não se enganava. Flower, contudo, estava imóvel. Isso por dois segundos. Quando aparentemente se deu conta do ser em seu colo, levantou num pulo, segurando a porca nos braços. Olhando para ele com pânico na voz, gritou por socorro.

- Calma, Natty, calma! Vou pegar ela de você.

Mas antes que pudesse se aproximar da garota, já de pé, percebeu a cena em câmera lenta. Vicky, próxima à porta, com a varinha em punho e olhando com cara de Jack Estripador em noite de diversão para a lufana, que, com a porca nos braços, olhava em pânico de Nathan para a professora, e Nathan, que não sabia se se aproximava da menina e dava as costas para alguém com varinha e cara de psicopata, ou se acalmava Vicky e a fazia abaixar a varinha em alerta.

- DESCULPA, DESCULPA, EU NÃO QUIS ...ELA PULOU NO MEU COLO...AI MEU MERLIN NÃO ME MATA, EU SOU MUITO JOVEM EU NEM BEIJEI O NAT... DIGO, NINGUÉM AINDA! NATHAN FALA PRA ELA! AIMEUDEUS EU SOU UMA BOA MENINA EU JURO EU JURO!

Ôpa. Desespero, pânico na voz, erros de palavras (embora ele não soubesse por que Ninguém e Nat tinham relação). Definitivamente Natalie estava tendo um ADP. A professora, falando sozinha (?) parecia ainda mais aborrecida ao falar com seu ombro. Quando Nathan ia fazer menção de falar, a mulher recebeu um belo prêmio. Uma valise de Natalie, no depósito de bagagens de mão superior, acabara de se deslocar, enviando o objeto em um ângulo perfeito para bater na cabeça da professora. Quando a atingiu, levou seu chapéu para longe, e ela abaixou para pegar.

A velha xingava e Natalie se desculpava, enquanto se aproximava vagarosamente para olhar a nuca branca, sabe Deus por que motivo. Nathan, atento aos episódios ocorridos em segundos, tentava decidir como ajudar, e fez menção de descer pegar o chapéu dela, como Natalie logo ao mesmo tempo falou para ele. Era incrível como os dois tinham uma ligação sobre pensamentos e ações, ultimamente. Talvez fosse a convivência. O estranho comichão que começara a ter quando cruzava o olhar com Natalie também era curioso, mas nada que ele não entendesse. Ainda.

- EU NÂO PRECISO DE AJUDA! – gritara Vicky, enfiando o chapéu de qualquer jeito na cabeça, como se estivesse pronta para tudo. Nathan se afastou, indo parar ao lado de Natalie, e foi quando o olhar mais gelado que recebera na vida apareceu. Era pior do que o que sua mãe lhe dera quando furúnculos apareceram na cara de um menino que Nathan azarara sem querer, e ainda pior do que o que seu pai lhe dera quando tiveram que reconstruir um dormitório do St. Mungus, em vista de feitiços involuntários de sono.

- Você não sabe de nadaooookay, mad, this one. Enquanto ela falava sobre segredos, rituais, e ter seu nome temido, Nathan não pôde deixar de, inconscientemente, colocar a mão no cós da calça, onde sua varinha branca se encontrava bem protegida. Quando ela gritou para eles desaparecerem, Nathan segurou na mão de Natalie, fortemente. Não por medo, mas porque sentiu uma súbita vontade de fazer isso.

A velha, demente, levantara a varinha para fazer alguma coisa com os dois, alguma coisa horrível, ao que Johnathan entrou na frente de Natalie. Porém o lufano agradeceu quando, tropeçando na lata de Coca, ela caíra. Só não achou muito legal ela ter feito uma circunferência que terminara na porta da cabine, batendo a cabeça e partindo o vidro, e descrevendo um arco, sua varinha adentrara o piso do trem, faiscando.

- NATTY! Você tá bem? Quer dizer, claro que está, não tá? – disse, vendo a garota e vendo se não tinha arranhões, ou qualquer outro perigo potencial. – Meu, essa mulher é doida. E o pior é que eu tinha gostado dela. Será que ela tá morta?

Ele se aproximou, vagarosamente, enquanto a mulher desacordada em um tufo de roupas parecia absurdamente calma. Encostou a mão no pulso dela, e sentiu uma pulsação fraca.

- Não, UFA! Mas ó, precisamos chamar alguém, fazer alguma coisa. Como explicar o que aconteceu é que vai ser barra. De qualquer forma, vamos levantar ela em um banco, vai parecer que ela tá dormindo, acho. Férula! – disse, apontando a varinha para suas mãos, e enrolando porcamente as ataduras na cabeça dela, ambos saíram, vagarosamente.

Nathan olhou para os dois lados do vagão. Pro lado do qual ele viera, o que Chester se encaminhara, e o outro lado. Por algum motivo, ele achava que não era uma boa ideia irem pelo caminho de Chester, então foram par ao outro lado. Alguns gritos e uma luz intensa ficaram para trás deles, mas Nathan não sabia por que estavam festejando o ano novo tão cedo. Andaram bem uns dois vagões, antes de Natalie tomar a dianteira. Ela parecia aflita, e eles andaram mais rápido. O som do apito do trem ecoara, anunciando a partida breve.

Quando ambos foram descer para a plataforma, Nathan comentou com ela o quão bom seria se encontrassem um professor logo de cara. Natalie estava olhando para trás, o que só deu tempo de Nathan dizer “Karl!” e ele vê-la topar com o velho professor de Transfiguração e Chefe da Grifinória, este cambaleando perigosamente até um poste. Natalie caíra de joelhos com a topada, mas de jeito algum soltava aquela porca. Aparentemente, no entanto, um estrago BEM maior que o normal fora evitado, e Nathan não sabia como explicar.

Ajudando o professor a se aprumar, batendo no pó das vestes e pegando sua bengala, Nathan também agarrou a maleta, que voara bem por uns dois metros para o lado. O professor ajudara Natalie antes dele, fato aliado ao sermão logo depois:

- Por todos os sete infernos, Srta. Natalie Flower, se a senhora não conseguir me dizer com bastante clareza o que a levou a fazer tamanha sandice, temo que precisarei entrar em contato com seus pais e relatar tal situação. Talvez ainda hoje... Me diga, por que dessa loucura toda? E o que faz com uma porca aqui? Agora esses bichos são permitidos em Hogwarts também?

Nathan olhava para a garota, sorrindo por vê-la bem, embora seus joelhos não demonstrassem muito bem isso. Postou-se ao lado dela, segurando as coisas do professor, enquanto ela explicava toda a história. Desde a entrada da mulher no vagão, até umas sonserinas que estavam lá, passando pela bebida do Lewis e finalizando com o ser desacordado da cabine. Pelo menos eles tinham trancado a porta (mesmo com o vidro trincado), o que impediria a entrada de gente estranha.

- É, professor. A gente não teve culpa! Na realidade, eu acho que ela é meio perturbada, mas de qualquer forma, alguém precisa ajudar ela, ver se ela está bem, essas coisas!

Enquanto esperam a resposta de Karl para o que fazer, Nathan percebe ao longe uma grande quantidade de fumaça saindo de uma janela aberta uns quatro vagões pra frente de onde eles estavam, bem como um grupo de estudantes aparentemente a par daquilo tomando decisões. Mas ambos têm coisas mais importantes em jogo, como manter a professora viva. Se tudo desse certo, ele nem precisaria desistir de Adivinhação como matéria eletiva.

[off]Tá um droga, mas é que eu fiquei sem ideias, e tava acabando o tempo e... =( Me desculpem, qualquer coisa.[/off]
Johnathan H. Fullside
Johnathan H. Fullside
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Mensagem por Kim Blayr Sáb Ago 11, 2012 8:57 pm

Kim Blayr possuía apenas sete anos quando declarou, com as mãos na mesa, que não usaria vestido. Nem no casamento, que seria naquela tarde de Setembro, nem no resto de seus dias. Helena Jackson, amiga íntima dos Blayr, soltou um grunhido de frustração – afinal, Kim carregaria as alianças- mas nem Devona ou Georgius, o velho caseiro, conseguiram mudar sua opinião. De modo que Devona foi obrigada a encomendar um terninho de cores claras e gravata borboleta verde agua.

- Que me desculpe a pergunta, senhora Blayr, mas e quando a senhora morrer? – Mathilde, uma mulher de quadris largos e mão gorduchas, perguntou, enquanto fazia os últimos ajustes

- Creio que ela irá usar um fraque. – respondera Devona e deu por encerrado o assunto.
___

Devona não morrera e Kim Blayr ainda não tivera que usar seu fraque para essa finalidade específica, muito embora seu colega, o blazer, fora requisitado no ano anterior durante o baile de inverno. Por esse motivo que ela o empacotara novamente, junto com algumas garrafas de cerveja amanteigada e alguns baralhos – viciados e não viciados.
Fora, aliás, um dos seus baralhos novos que garantira uma pequena fortuna em dinheiro trouxa durante sua última estádia na Escócia, em um pub que supostamente não deveria aceitar menores de idade. O conjunto de cartas possuía a capacidade de mudar seu naipe e número sempre que lhe roçavam as costas com o dedo indicador da mão direita.
Os jogos disputados nas mesas bruxas lhe renderam um prêmio interessante: um leprechaun que se dizia irlandês mas que era, na verdade, alemão de nascença e como todo alemão meio nazista, mas igualmente como todo alemão, se dizia não ser.

- O quê? – ela o encarou .

- Ora, o que. Ele. – o leprechaun se chamava Hans – como metade da população da Alemanha e tinha um cavanhaque pintado de ruivo e olhos negros oblíquos, sempre ariscos. Apontava com o queixo uma figurinha miúda, magra e preta, que parecia alheio ao lugar onde se encontrava. Seu Jorge era um saci-pererê brasileiro, mas os conhecidos geralmente o chamavam de negão.

Negão fora parar na Inglaterra não se sabe como: disse que participava de uma micareta, uma espécie de comemoração carnavalesca trouxa e que, no outro dia, ao abrir os olhos achou-se “naquele lugar de loiras sem bunda”. Nunca chegou a contar como fora parar no jardim da casa dos Blayr naquela sexta-feira e costumava lamentar toda quarta-feira do mês de fevereiro.

Kim não planejara ficar com o saci, mas rapidamente se acostumara a sua presença e Seu Jorge não dava sinais de querer partir. Por este motivo o colocara junto a Hans, em uma garrafa anormalmente larga. Hans não gostara especialmente da ideia, mas convivam em relativa harmonia.

O trem ainda não havia partido e a despeito da quantidade de pessoas que iam e vinham, Kim caminhava com relativa facilidade. Era um caminhar desleixado, de ombros caídos e ar displicente, quase arrogante. Seus olhos vararam a multidão de cabeças sem demonstrar reconhecimento ou sequer interesse. Não sorria e não olhava repetidamente pelas cabines ou mesmo através das janelas, buscando algum rosto conhecido. Viera direto da Escócia e não esperava despedidas.

Cruzava mais uma cabine de portas entreabertas quando seu olhar foi automaticamente puxado para a figura que, de costas, procurava por com alguma dificuldade a mala no bagageiro. Kim inclinou-se e seu corpo adentrou parcialmente no vagão, o suficiente para que ficasse fora de alcance do trânsito que se tornara ainda mais intenso nos últimos minutos que antecediam a partida.

- Ajuda?

A morena estremeceu de leve e a mala, que estivera equilibrando com certa precariedade, caiu com um som abafo, cuspindo todos os sutiãs, calcinhas e revistas que parecia não ter digerido bem. Kim deixou escapar um risinho, e seus olhos subiram lentamente até a garota.

- calcinhas legais – comentou.

- Bem, se tiver um bom feitiço que tire esse maldito cheiro de fumaça do cabelo, eu agradeceria – a voz da garota exalava hostilidade. Kim agachou-se e juntou três ou quatro revistas, oferecendo-as com um gesto delicado. Só então a sonserina a reconheceu e seu sorriso se alargou.

- Tenho algo melhor. – Kim deixou a mochila deslizar pelo ombro esquerdo e retirou, após remexer alguns segundos, uma garrafa de cerveja amanteigada – servida? – o sorriso permanecia largo, divertia-se com o fato que mesmo após fita-la cerrando as sobrancelhas não pode avistar nenhuma centelha de reconhecimento de Louise Standford.

- Tsc, Sabe sempre como me agradar. Ainda te expulsam pelo uso de firewhisk na cerveja amenteigada. – Louise Standford abriu a cerveja amanteigada e tomou um gole longo. Kim riu.

- Achei que não tinha me reconhecido, Standford. Foi susto ou emoção por ter me visto novamente? – deixou seu corpo cair no assento em frente ao dela e uma espanada suave de poeira ascendeu, tornando-se visível através da luz que invadia a cabine. Lou não mudara exatamente, porém havia algo que, embora não pudesse identificar, a fez reparar na lufana mais demorado que de costume. – as férias te fizeram bem, garota. – – Kim piscou e deixou escapar um sorriso ligeiro, mas charmoso. – morreu de saudades minhas? Contou ansiosamente os dias para me ver novamente?

- Eu... – Louise engasgou antes mesmo que mais palavras pudessem sair de sua boca. Kim a socorreu entre risinhos divertidos. - – Ô. Não via... a hora de você... me matar de... susto e envenenar com essa bebida forte. – ela puxou o ar e então seu corpo relaxou, os olhos castanhos a fitando com aquele ar de sarcasmo e desinteresse habitual - – Já seu novo estilo... Hm, foi para bater de frente com a velha Blayr?

Kim fez uma careta e riu, uma risadinha amistosa, meio grave.

- E eu lá tenho cara disso, Standford? A gente muda, é só. Por quê? Decidiu se declarar para mim? Confessar que não resiste ao meu..- ela se inclinou e apoiou as mãos no assento, ao lado das coxas de Lou e mordeu o lábio inferior, encarando-a com um ar brincalhão – charme?

- Eu nunca...

Kim Blayr nunca soube o que Louise Standford diria já que naquele momento um vulto de ombros largos invadiu a cabine, apossando-se do assento e largando a mochila em outro. Ele nem precisaria ter aberto a boca – “OPA, desculpa ai, StantFord. Não vi que tava acompanhada, o expresso tá uma bagunça, ainda bem que não ganhei a insígnia de monitor” – e mesmo assim ela o teria reconhecido. Reconheceria até mesmo seus passos.
Kim encolheu-se rápido o suficiente para que ainda o pudesse ver gesticulando “Cadê a Kim?” e "Quem é o cara?"

- O cara se chama Kim Blayr, Corday.

Enquanto Louise escondia o rosto, Douglas Corday esbravejava uma série de palavras sem sentido. Na verdade, com sentido suficiente para que Louise se encolhesse ainda mais.

- KIIIIIIIM! MEU IRMAO! Digo. Nossa, você está... bonito, digo, bonita. Bela. – ele sorriu amarelo e arregalou os olhos e afastou a cabeça loira das meninas. – Cara, você... ela... vocês... não... quero dizer... Não né? Haha, não. Né? – Ele riu, parou, olhou para Kim. Louise ainda olhava a paisagem lá fora e um tranco fez o trem balançar.

- Não ainda. – Kim abriu um sorriso malicioso e desviou os olhos do corvinal para a lufana – Talvez se você tivesse se atrasado, a Standford não estaria de tão mau humor por não ter ganho um beijo meu. E você, seu viadinho? Quem que você tá chamando de irmão? Ora, me respeite. Consigo ter mais culhões que você, Corday. .

Kim Blayr não se deu conta do pânico que se instalava nos vagões distantes do seu. Nem do fogo, nem de velha bruxa desmaiada, nem dos estudantes que entravam vagarosamente em polvorosa.

- Hei, você quer beijar a Standford ali, e eu sou o viadinho? Beleeeza. – Fez o sinal “positivo” com o polegar pra cima, e piscou o olho direito. – Não vamos entrar em detalhes sobre o humor da Lou, que ela sempre é assim de manhã e...

- EU NUNCA. – A lufana pareceu ter acordado, mas novamente ficou em silêncio. Ergueu-se, segurando a mala – Pois olha, Blayr. Você seria a última pessoa da face da terra que eu beijaria, tá ouvindo? – Aos trancos, pegou sua malinha e saiu da cabine.

- Veeeeei, por isso eu disse. – Falou Doug, assim que Lou bateu a porta com tanta força que quase a quebrou. – Não se fala pra mina que você tá a fim, vê o meu caso? Não tô com essa cara de quem chupou limão e nem levei um toco homérico na frente de alguém.

- Me poupe Corday, eu não gosto da Standford. – Kim retrucou, enquanto levantou-se e rapidamente atirava o corpo pelas portas da cabine, esbarrando no secundarista que cruzava seu caminho. Esticara bastante nas férias e por isso foi fácil segurar Louise pelo pulso e a virar para si – ora,vamos Standford. Não deixe seu mau humor atrapalhar a viagem. Outra cerveja? Volte, volte, me deixa carregar isso aqui para você – Kim tomou para si a mala e a mochila que a garota carregava e saiu guiando novamente em direção a Doug, que curioso, espreitava – e saia daí Corday. Aproveite a guarde a mala da Standford, ela não tem força suficiente para isso e eu sou uma dama para sujar minhas mãos delicadas.
Blayr observou Corday e seus músculos agirem e só então tornou a sentar, observando Louise de alto a baixo.

- Vai ficar aí,hen? Não seja chata, Standford, o ano mal começou e eu não sei se aguentarei seu mau humor o resto do período. Be nice. – ela ergueu as sobrancelhas e crispou os lábios, num gesto de ironia. – Além do que, eu ia ficar feliz em ver sua cara feia durante essas horas. Então, quem quer cerveja?
Kim fingiu não ouvir o sussurro da lufana e buscou os olhos dela, arregalando os seus imperceptivelmente, num pedido mudo de paz. Depois, sentou-se ao lado de Louise e roçou seu antebraço no dela, selando o acordo.

- Beeeeeeeem, eu quero. – Ele pegou uma e abriu facilmente. – Então meninas, onde passaram as férias? Eu passei em Madri, o pai tem um negocio inacabado por lá, se é que me entendem. Nossa, a biblioteca deles, vocês iam curtir, tem tipo, várias seções maneiras, comprei altos livros, serio. E a seção de aritmancia é de arrepiar os cabelos da nuca! Nunca vi tanto livro com números, serio. E você? Kim? Lou?

- Escócia. Ganhei um leprechaun jogando poker. Kim sorriu e indicou a bolsa, com o queixo – e um saci, que foi parar no meu quintal. E ah,trouxe algo para você, Doug. – A sonserina abriu a mochila bege e procurou por alguns segundos um embrulho de tamanho médio e fofo, amarrado com duas tiras de barbante. Assistiu doug rasgar o envelope de papel pardo e retirar de lá uma camisa oficial da seleção Escocesa, autografada por todos os jogadores – Minha família tem contatos. Patrocinou por bastante tempo a seleção .

Douglas Corday mal teve tempo de agradecer, já que a cabine foi invadida por um grupo de corvinais barulhentos que em troça, o arrastaram de lá.- “- Bem, o clima ta pesadão. Então vou dar uma volta. Kim, não mata a menina.” Kim abriu um sorriso e acenou para alguns deles, recusando o convite para se juntar a festinha uns vagões adiante e recebeu um olhar de canto e de estranheza de Louise.

- Pois é. Eu vou ficar aqui com você. Então... eu te trouxe algo também. Uma lingerie preta. – ela riu e então ergueu as mãos em defesa ––calma, é brincadeira. Tome, pegue. – o embrulho era muito mais delicado: uma caixinha de veludo azul e cabia na palma da mão. Louise puxou a corrente delicada, era dourada e trazia “Lou” gravado em uma plaquinha fina. – Posso colocar? É um presente de amizade. – Kim ergueu delicadamente os cabelos longos da lufana e só então tomou a correntinha, colocando-a com delicadeza – nossa, eu tenho um gosto ótimo. – admirou-se e riu – você ficou linda. – disse, de um jeito inocente.

- Não fique elogiando, você não é assim. Olha, serio, é lindo mesmo, mas não posso aceitar.- E começou a erguer as mãos para tirar o presente.

- Não. – Kim segurou as mãos dela entre as suas e percebeu que , pela primeira vez, eram as suas que envolviam as dela e não o contrário. – Você vai ficar. Certo? É importante. Eu quero você..com a corrente. . – Kim encolheu os ombros e seu estomago revirou. Uma sensação amarga tomou conta de sua boca e recuou lentamente, fugindo ao toque da lufana. – Fique, Standford. É sério. É falta de educação recusar, eu sei que lufanos não são lá bem educados mas... você já conviveu tempo suficiente comigo para aprender alguma coisa. . – teve a impressão de sua voz assumir um tom agudo e estranho e pigarreou – agora vou dormir. E se você me devolver, nunca mais olho nessa sua cara feia. . – cruzou os braços e estirou as pernas, fechando os olhos. Sentiu que sua respiração aos poucos ia pesando e teve a impressão de ouvir, ao longe, um “Ok”

Spoiler:
Kim Blayr
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Série 5º Ano

Inglaterra
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Cor : #548b54

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Natalie Flower Sáb Ago 11, 2012 11:03 pm

Se Natalie Flower tivesse o costume de falar palavrões, naquele momento, a palavra que sairia de sua boca era algo que começa com f e termina com k. Porém, a garota aos catorze anos não tinha lá um grande vocabulário no quesito palavrões, então tudo que ela fez foi pensar que estava bastante ferrada. O engraçado da situação é que a velha parecia estar lutando alguma espécie de batalha interna consigo mesma, o que fez a lufana refletir sobre a sanidade da senhora em questão. E se esta estava mesmo apta a dar aulas. Adivinhação fora uma das matérias optativas pelo qual a garota se inscrevera no quarto ano, então ela estava meio q particularmente interessada pela atitude daquela que seria sua professora. Principalmente quanto a mesma estava, hum, apontando uma varinha diretamente para seu peito?!

— O que?! O que foi isso ?

“O que foi isso o que?” perguntou-se a lufana, pensando seriamente se a professora estava bem. Esta olhava para algo distante, parecendo confusa e falando como se houvesse uma quarta pessoa na cabine. A garota olhou em volta. Existia alguém invisível ali ou a velha estava falando com a porca? Ela baixou os olhos para Fortuna. Fora o brinco, que, venhamos e convenhamos, dava até um ar meio fashion/sexy para a porquinha, esta parecia ser completamente normal. Assim, na medida do possível com o qual uma porca que anda envolta em trapos que nem um bebê possa ser. Ou talvez a velha tivesse afinidade com porcos e pudesse conversar por pensamento com eles. Vai.Saber.

“Boa Natalie, de todos os professores que você tinha que se meter, tinha que ser logo com uma que...parece não estar exatamente sã? Bem que papai sempre disse para desconfiar em pessoas com mais cem anos de idade. Vai que elas são zumbis? ”

Antes que os pedidos de desculpas da garota fizessem efeito, a frasqueira que a lufana colocara no bagageiro acima dos bancos, por um motivo incrivelmente confuso – leia-se, totalmente sem razão – caiu sobre a cabeça da professora, derrubando-lhe o chapéu. Estaria a mesma enfeitiçada? Parecia realmente com uma espécie de brincadeira final dos primos, deixar a maleta enfeitiçada para cair na cabeça de um. Mas tinha mesmo que ser na cabeça da professora?

Ela.Estava.Tão.Ferrada.

Numa tentativa de ajudar a bruxa, ao mesmo tempo em que pedia desculpas e procurava reparar o fato que sua frasqueira atacara sem razão sua professora de adivinhação, a menina pediu para o garoto Fullside ajudá-la, já que no momento a porca ainda estava bem aninhada em seus braços. Não que ela precisasse. Ao menos tempo que a garota pedia isso ao lufano, este se adiantava a ajudá-la, como se tivesse lido sua mente. As vezes a menina se assustava com a facilidade com que os dois captavam a idéia um do outro.

— EU NÃO PRECISO DE AJUDA!

O grito da velha fez a lufana retroceder vários passos. Nathan veio ao seu lado, parecendo tão assustado quanto ela. A impressão que a lufana tinha era que, a cada momento que a garota tentava se desculpar por seus atos, só os piorava, e a velha estava cada vez mais zangada com a quartanista. Ela realmente só esperava que aquilo não influenciasse diretamente nas suas notas. Tinha a impressão que a velha era BEM VINGATIVA. Ainda mais com a expressão que esta adquirira naquele momento.

— Você não sabe de nada. Eu sou uma das guardiãs dos segredos ritualísticos de Stonehange. Sou uma feiticeira cujo nome é temido em dois continentes.

A lufana encarou-a muda, enquanto sentia que estava tremendo levemente diante da explosão da professora. Para ser bem honesta, a lufana nunca ouvira falar no nome da velha, mas, se ela dizia que era temida, a garota exatamente não estava em posição de discordar. Lembrou-se então de sua varinha, que, para seu azar, permanecia na mochila entreaberta no banco. Não que ela fosse atacar a professora; ela não queria ser expulsa ainda. Mas seria ótimo ter a certeza que ela não iria virar picadinho de texugo caso piscasse errado para a velha... E aí o mais esquisito aconteceu: a bruxa levantou a varinha por sobre o ombro, enquanto esta era iluminada por algumas luzes que a garota denominou de “sinistras”. Era alguma nova espécie de magia? Ou será que a velha enlouquecera de vez? Ao mesmo tempo, esta gritou “desapareçam” o que só apavorou a garota. Nathan segurou-lhe a mão. Empatada entre a idéia de ruborecer e ficar assustada, a lufana segurou o sorriso, apertando a mão do lufano na sua.

Felizmente – ou infelizmente, vai saber – antes que a velha bruxa completasse seu feitiço, tropeçou na lata de bebida trouxa que estava caída no chão, batendo de cabeça na porta da cabine e caindo sentada, enquanto sua varinha brilhante voava para o sentido contrário e fincava-se no chão como uma espécie de excalibur moderna. Se a cena não fosse tão trágica, seria bem cômica. E até que Natalie, inclusive, quase deixava sair uma risada. Foi aí que a garota Flower notou que a velha apagara de vez. E que tinha um filete de sangue escorrendo da nuca.

- NATTY! Você tá bem? Quer dizer, claro que está, não tá? Meu, essa mulher é doida. E o pior é que eu tinha gostado dela. Será que ela tá morta?

A menina não respondeu, porém balançou a cabeça afirmativamente. Ela nem ao menos chegara ao castelo e já provavelmente tinha sido a causa da morte de uma professora. O choque fê-la paralisar por alguns instantes, de modo até mesmo a não notar que a porca debatia-se loucamente em seus braços.

Ela não só cometera um homicídio acidental, ela tornara Johnathan Fullside, o dono de seu coração, cúmplice. Estranhamente, tudo que veio à mente da menina no momento era se seriam capazes de deixar os dois na mesma cela de Askaban. Se era para apodrecer na cadeia, era bom que fosse com o amor de sua vida do lado. Mesmo que esse estivesse lá por sua culpa. Ela já podia até imaginar a cena: Natalie olharia para o mesmo com olhos lacrimosos e diria “Me desculpe por tudo meu amor! Eu juro que pensarei num modo de fugir daqui!” aí ele aceitaria suas desculpas, a abraçaria e os dois seriam felizes para sempre. Ou não.

Nathan, parecendo um tanto mais calmo que a menina, aproximou-se olhando sua pulsação e anunciando que esta estava viva. A menina deu um suspiro de alivio, ao mesmo tempo em que concordava em ir atrás de um professor, enquanto o lufano colocava ataduras sobre a cabeça da velha.

Ainda com a porca nos braços ela seguiu o lufano, que tomou a dianteira, aparentemente indo para o sentido contrário de onde podiam-se ouvir gritos e explosões. Algo em seu intimo lhe dizia que não devia seguir por aquele lado e resolveu ouvir sua intuição. Com o andar dos vagões, contudo, Natalie foi se tornando mais nervosa, lembrando da velha só na cabine e apressou o passo, passando do garoto, até que, finalmente quase correndo ao chegar à saída do vagão, a lufana trombou com alguém que vinha no sentido contrário. A garota caiu de joelhos, contudo, não soltou a porca, que parecia agitada em seus braços. Por algum motivo estranho, a garota tinha a sensação que não deixar Fortuna cair era a coisa mais importante que ela deveria fazer na vida. Weird. Mas enfim, quando a menina finalmente levantou o olhar para ver com quem tinha trombado, abriu a boca de espanto.

Karl Van Den Berg. Sim, de todos com o qual a menina poderia ter tombado, ela tombou justamente com o professor de transfiguração. E enquanto Nathan ajudava-o a levantar o professor deu-lhe um sermão ao qual a menina não ouviu muito bem pelo nervosismo, com exceção do final, quando este perguntara o que havia acontecido. “Tudo aconteceu! Uma velha aconteceu! Adivinhação aconteceu! Eu sabia que alguém que não usava pantalonas ou comia jujubas era alguém não confiável!” era o que a menina queria dizer, porém o que saiu de sua boca foi:

- PROFESSOR, UMA VELHA, DIGO, A PROFESSORA – Respirando fundo, a garota baixou sua voz duas oitavas – Eu estava num vagão sozinha, aí uma sonserina, Elena,não sei se conhece, ela entrou na cabine e ai depois entrou uma senhora, aí a sonserina me abandonou pra sair com a amiga depois de dizer alguns impropérios para a senhora, que eu gostaria de dizer que foram muito mal educados, mas enfim, aí eu dei uma bebida trouxa que eu comprei do Lewis, um corvinal, o senhor deve conhecer, pra senhora lá, o nome dela é Vicky alguma coisa, Vicky Etros-alguma coisa.Mas então, aí nathan chegou na cabine, ela deixou eu pegar na porca, bebeu a bebida do Lewis e disse que tava envenenada, a porca veio pras minhas pernas, ela pirou de vez aí escorregou na latinha e bateu a cabeça e agora ela ta desmaiada! POR MERLIN PROFESSOR, TA SAINDO SANGUE! Mas eu juro que não foi nossa culpa! Ela pirou! E agora a gente veio com esse porco pra cá pra ele não fugir ou alguém roubar ou matar ou...Professor ajuda a gente POR FAVOR!

Rezando para o professor entender tudo que ela conseguira falar de um fôlego só, a menina então tentou fazer seu melhor olhar do gatinho Shrek. Tinha que convencer o professor a ajudá-la, não importava como. Nathan também tentou ajudá-la, dizendo que eles não tinham culpa, e a menina sorriu para ele, agradecendo.

Felizmente, o professor resolvera acreditar nos dois e se candidatou a ir para a cabine com eles. Era realmente uma grande sorte que tudo dera tão certo desde que ambos haviam saído da cabine. Ela nem ao menos se machucara muito quando caíra! Por alguns segundos a garota parou para pensar no padrão de tudo que acontecera desde que a porca caira em seus braços, porém não passou muito tempo analisando; seus pensamentos sempre voltavam-se para a professora machucada e em como ela estava ferrada quando a mesma acordasse. Será mesmo que ela teria que desistir de adivinhação como nova matéria opcional?

Chegando finalmente à cabine a menina agachou-se próximo à professora, ainda aninhando a estranha porca de brinco. Por alguns segundos ficou imaginando se esta não era uma animaga ou - pior - uma aluna transfigurada.

"Não existe uma lenda de uma ilha de pessoas que tornavam-se porcos? AI-MEU-DEUS"

Ela olhou assustada para Nathan, que estava proximo ao professor e engoliu em seco.

- Ela vai ficar bem professor? A gente não vai ganhar detenção por isso...vai? POR FAVOR NÃO PÕE A GENTE EM DETENÇÃO! Minha mãe vai me matar!

Spoiler:


Off: malz pelo post, to achando ele péssimo .-. qualquer coisa mp-me! Ações combinadas!
Natalie Flower
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Stwart Dawson Dom Ago 12, 2012 12:00 am

O garoto Dawson parece ter os ânimos a flor da pele. À vespera de sua partida para Hogwarts, seus pais tem uma briga feia, a que acaba tendo como resultado o rosto esbofetado de sua mãe e o olho roxo de seu pai. Sem delongas, a família segue para a Plataforma 9 3/4 em absoluto silêncio, sem qualquer despedida no final. O menino então vai para o expresso e lá encontra duas pessoas bastante peculiares: Gastón e Viktoria.

Ele podia sentir a tensão emanando de seu corpo. Era quase como uma nuvem cinzenta prenunciando um terrível dia tempestuoso: palpável de tal forma que, embora você não possa tocá-la, consegue senti-la em seu interior, causando um turbilhão inóspito de sensações. Seus olhos claros fitavam-se na frente do espelho, tal qual era possível fazê-lo. Bailavam de um lado ao outro, tentando olhar-se diretamente ao mesmo tempo, parecendo engambelar-se em uma dança pouco elegante. Stwart Dawson tremia de forma imperceptível, tendo apenas uma leve sensação de tremor, como quando nos apoiamos em demasia em um único membro de nosso corpo.

Enquanto os olhos sincronizavam-se de forma impetuosa, um sorriso elegante formara-se no rosto belamente esculpido do jovem bruxo. Ele não entendia ao certo o motivo de sua felicidade, a qual agira como um músculo involuntário, formando-se tal qual possuísse uma vontade própria. Na verdade, haviam coisas que o garoto parecia não entender por completo, ao passo que sua mente enganava-se a achar que conhecia tantos outros assuntos tão bem quanto o era possível. O menino sentia-se firme diante de sua imagem, mas não conseguia compreender o que vislumbrava. Para ele, seu próprio reflexo tinha uma complexidade de tamanho inimaginável. Para quebrar o silêncio estático que se estabelecera, uma gota ao longe pareceu soar como um sino, anunciando a chegada de mais uma hora que se foi ou que vem.

Nesse mesmo instante, enquanto seus lábios curvavam-se lentamente, Stwart sentiu a tensão esvair-se de seu corpo, deixando-o levemente relaxado e descontraído. Era uma tolice sentir-se em tamanha tensão, como se seu corpo estivesse acorrentado à grandes correntes elétricas. Quantas tolices passavam na cabeça do menino neste instante. Ele podia ouvir ao longe os sons de seus pais, atarefados de modo que não paravam de se mexer. Todo o som parecia causar-lhe uma perturbação interna, como se fossem produzidos dentro de uma catedral esquecida pelo homem. Lentamente, seus membros recuperaram-se de seu próprio controle, e começaram a bailar por volta do garoto. Ainda que seus olhos tentavam encarar-se, naquela estranha dança incoerente, ele já podia realizar suas ações com mais afinco.

Era hora de partir. Seus olhos finalmente pararam de se mover, após o garoto ter concluído os próprios movimentos anteriores. Seus cabelos continham, agora, produtos químicos que o faziam imóveis por mais irrefreável que fosse a trajetória. Seus lábios vívidos em um vermelho venenoso continham o segredo de uma vida inteira. Seus braços, agora, estavam vestidos com a roupa que lhe fora trazida por algum de seus desconhecidos parceiros de habitação. Lentamente, o garoto saiu de seu quarto e rumou para o local onde seus pais o esperavam. A viagem do condado de Norfolk até a cidade de Londres era repleta de traiçoeiros e mal intencionados obstáculos, o que fazia a viagem ser ainda mais desgastante. Os seus pais estavam novamente brigados e ele, talvez, fosse o único culpado. O seu pai, em um de seus rompantes alucinados, influenciado pela bebida alcoólica, mais uma vez agrediram sua própria mulher. O quintanista, porém, não pudera evitar uma vingança. Ao passar ao lado de sua família, tão silenciosa como quando o vento parece agir com cautela, pode vislumbrar o olho arroxeado de seu pai e a face ainda vermelha de sua mãe.

A viagem do condado até Londres transcorreu em um silêncio mórbido, tão poderoso quanto os rugidos do mar enfurecido. Seus olhos petrificaram-se, projetando-se para fora da janela do carro que ocupava, ainda matutando acerca de questões que não podiam ser tão urgentes. O retardo do caminho deveu-se, também, às grosas gotículas de água que tamborilavam pelo metal do veículo, formando, junto ao silêncio, uma fanfarra irônica e sem escrúpulos. As gotas que caiam livremente do lado de fora pareciam convidativas e serenas, ainda que fossem capaz de congelar até os próprios ossos de alguém. Londres sempre fora uma cidade de frio penetrante, como se houvesse a presença constante de um manto pétreo de gélidos sentimentos. O absoluto silêncio era interrompido, ora ou outra, apenas pela sonoridade do trânsito urbano, a qual atingia o veículo tal como a chuva o fazia. Nem mesmo Kvothe, sua coruja, atrevia-se a piar, como se também pudesse pressentir a nuvem carregada de sentimentos raivosos.

Embora sua família fosse tão rica quanto alguma família pode ser, ela era dotada de peculiaridades tão únicas e contraditórias, que nem mesmo o garoto podia interpretá-la. Os Dawson eram donos de uma grife de roupas trouxas vendida em diversas partes do mundo, dotando-se de um contingente muito grande de dinheiro. Não eram perfeitos, não eram comuns, talvez sequer fossem humanos. A única certeza de Stwart era que eles eram trouxas, dotados de nenhuma parcela de magia, tão desprovidos de conhecimentos sobrenaturais como se pode ser. Ao sentir o solavanco que acompanhada a inércia, o garoto sentiu-se subitamente aliviado. O mundo efusivo e superficial que era forçado a adentrar, todas as pausas de seus períodos letivos, acabava de ser privado no passado remoto, novamente, em mais um ano de aprendizado místico.

Ele não se deu o trabalho de virar o rosto para os seus pais. Podia sentir a mistura incompreensível de sentimentos que os permeava. Ele não queria ser um ápice de mais uma discussão sem fundamentos, por isso, murmurou uma despedida gutural, que pareceu, ao seu ouvido, apenas um grunhido tosco e desprovido de sentimentos. Quando pode sentir o ar gélido invadindo os seus pulmões e as pequenas gotículas de chuva beijando-lhe o corpo, o menino sentiu-se leve, como quando o mundo inteiro de culpas sai de nossas costas cansadas. Ele rumou-se para a traseira do carro, esperando, sinceramente, que pelo menos sua mãe se levantasse e fosse cumprimenta-lo, mas era tolice esperar algo de seus parentes vivos. Pela proficiência britânica, entretanto, o garoto podia sempre se lisonjear. Um dos muitos funcionários do sistema de transporte de Londres apareceu, vestido em seus trajes azulados, para poder lhe ofertar um daqueles carrinhos auxiliares, quando viu o menino deslizar para fora de seu carro algumas malas e uma gaiola. O sorriso – parte indubitavelmente mais sedutora e bela no rapaz – saiu como despropositado, iluminando seu rosto com uma gratidão genuína.

Ele andou sem rodeios pela plataforma, uma vez que já estava atrasado. A viagem do condado para a capital era de uma duração ímpar. Ele nunca soube precisar o tempo exato, mas sempre palpitou em um número entre duas e três horas. Quando olhou para o relógio da estação, vislumbrou os números dourados que compunham o belo projeto: dez para as onze. O Expresso de Hogwarts iniciaria seu trajeto pontualmente, como era praxe e cultura daquela sociedade. Portanto, o garoto dirigiu-se para a Plataforma 9 3/4, com seus passos rápidos e pontuados, embora jamais perdesse a maestria com que guiava o seu corpo esbelto. Sem hesitar ou permitir-se pensar, o garoto dirigiu-se para a parede entre as plataformas de número nove e dez e a atravessou, sentindo o leve desconforto já comum em seu estômago.

Foi quando ele atravessou a parede de tijolos que ele pode sentir-se realmente em casa. Um ruidoso barulho preencheu o ar, mas, para ele, era como se uma melodia divina acabasse de se entoar pelos céus. Os sons dos animais, as risadas saudosas, os apertos de mãos, as crianças chorando. Todos faziam parte da orquestra que remontavam aos melhores tempos da vida de Stwart Dawson. Sem sequer notar, seus passos iniciaram-se em uma calma metódica, absorvendo todas as nuances que seus olhos astutos podiam tocar. Ele sentia a magia no ar, eriçando os pelos de seus braços e tocando-lhe a nuca, como se uma mão conduzisse um exame exigente em seu corpo. O menino continuou rumando para o trem, como se nada pudesse impedi-lo. Pode ver um garoto negro e de aparência feliz sendo secado por uma mulher, através de um feitiço bastante eficiente. Via também a correria de alunos, e estes não eram apenas os primeiranistas, como, também, os próprios veteranos do castelo. Ainda que considerasse as atitudes meramente infantis e desprovidas de inteligência, sentia-se tão feliz quanto nos sentimos ao pisar os pés em nosso lar, após muito tempo de longe estadia.

Com a ajuda dos eficientes condutores da ordem na plataforma, o menino pode ajeitar seus pertences em um local seguro do expresso, apenas conservando sua varinha e algumas moedas de ouro. Ele estava vestido com uma jaqueta de cor preta, por debaixo da qual havia uma camisa branca, simples, com sua gola em um formato de V. Sua calça jeans fora projetada especialmente por sua mãe, estilista de aguçado talento, para comportar um compartimento onde colocar sua arma mágica. Seus pés subiram em um dos últimos vagões, a fim de procurar um lugar onde se encaixar. Ele sabia, por intuição, que os últimos vagões conservavam os seres de menor popularidade de Hogwarts. Geralmente, os estudantes que ali ficavam tinham a aparência violenta demais, ou talvez possuíssem hábitos inóspitos por demasia. O garoto, belo e saudável, de um sorriso estonteante e olhos de um tom verde de profundo e intrigante conceito, era um ser tresloucado, um ponto brilhante em meio ao mar de negrume.

Fora vasculhando um de tais vagões que ele a vira. Uma das poucas criaturas na escola a que tinha apreço, ainda que não suprisse qualquer sentimento. A garota que era, talvez, o ser mais absurdamente estranho e introspectivo que o castelo jamais vira. Viktoria A. Sjöström jazia em uma das cabines, deitada em um banco, como se o mundo pertencesse a ela de tal modo que nada podia perturbá-la. Ao seu lado, havia curiosamente uma das criaturas mais abissalmente tolas a que [color:7a4f=#0099FF ]Stw tivera o desprazer de conhecer. Para ele, todos os corvinos não eram tão inteligentes quanto ele. Para o garoto de cabelos dourados, eles sequer se equiparavam à sua própria genialidade conceitual. A porta da cabine estava aberta, tal qual um convite inclinado para sua chegada. Ele sabia que sua simples presença traria luz àquele lugar de sombras. Sem sequer piscar seus olhos, o quintanista rumou para o local, tão seguro de si quanto o é o salgueiro mais velho da floresta. Quando na porta chegou, seus olhos vislumbram-se com a criatura absurdamente estranha que ali deitava-se, e ele abriu seu mais encantador sorriso.

Entretanto, algo lhe atingiu subitamente nas costas, fazendo-o desequilibrar-se. Seu sorriso transformou-se em uma linha fina e raivosa, quando suas mãos tatearam inutilmente o ar, a fim de segurar em algum ponto em que pudesse se conter. O garoto Dawson viu-se caindo e, para não cair por sobre o corvino desprovido de inteligência, fez a única coisa que lhe era permitida: com uma guinada, caiu por sobre a garota sueca e sentiu-se amortecido pela dura camada de pele e osso que a compunha.

– Desculpe, senhorita... – Começou ele, com um tom malicioso e perverso. – Ah, é apenas você, Vik. Queira me dar licença e deixe-me retirar o meu belo corpo de cima de você. – Com um movimento rápido, ele saiu de cima do corpo dela, já esperando a reação que ela teria. Antes de qualquer coisa, porém, ele retirou os pés dela de cima do banco e sentou-se em frente a ela, esperando as bofetadas tão fortes quanto as de uma menina recém crescida. O contraste entre ele e ela era tal que parecia haver sol e lua no mesmo ambiente. Ele, brilhante como o sol, belo em suas roupas tradicionalmente vestidas. Ela, surrada pela dor, atingida tão cedo pela injustiça e puramente maculada pela loucura de outrem. Sobretudo, acima de todas as tatuagens e piercings, ele a admirava com certo fulgor.

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Mensagem por Mimi D. Wolfsbane Dom Ago 12, 2012 12:36 am


Como? .IV

Mimi iria ficar devendo esta para Chester. A princípio ela não pensou muito bem na ação que pedia para o corvino realizar. Equilibrando-se entre o teto da cabine e a pontinha do ‘sofá’ ela só pode rir da reação de Fae ao ser trazida para dentro do lugar. O amigo, ainda machucado, mas melhor, parecia um bobo em todas as situações que contavam com a presença de Fae. Fae por outro lado não conseguia ser delicada ao lidar com a ‘bobisse’ de Lewis. - Acho que esta eu estou te devendo, Chester. – deu uma risadinha sem jeito trocando o peso de perna. - Fui eu quem falou para ele te puxar para dentro, pois o trem está pegando fogo... – olhou para o tumulto que se formava no corredor deste vagão. - Mas se eu não chegar em Hogwarts meu pai me mata e entre morrer queimada e morrer da bronca eu prefiro ser queimada. – fez uma careta ainda se equilibrando. “Acho que eu devia descer daqui.”

Fae retribui com outra careta, mas ambas sabiam o que ela estava pensando – Então fica ai e morra queimada – mas não se importava com este tipo de pensamento. Fato que era impossível argumentar com qualquer Pointer, pois todos possuíam um treinamento avançado neste quesito, enquanto que Mimi tinha, nesta habilidade, modificador negativo. Elliot rapidamente pulou de seu lugar, colocou os sapatos e seguiu para a janela. Do lado de fora as pessoas olhavam meio que assustadas o estado do trem, portanto, o grupo passava meio que imperceptível já que o pensamento maior era – Crianças, fogo, caos, Merlin...

Chester parecia mumificado fitando a porta, esperando por algo, e as outras meninas, bem, não tinha tempo para prestar atenção em todas as fisionomias. - FOGO!!!SAIAM!!! – começou a gritar – e ela ainda estava no mesmo lugar se equilibrando – para fazer Aubrey e a novata reagir. Fez movimentos indecifráveis com a cabeça para que elas reagissem mais rápido e aproveitassem o apoio terrestre do lado de fora dado por Elliot e Fae. ”Porque eu ainda estou aqui? Seu pensamento vagava basicamente ente a reação e a inércia. Agora era a vez de Chester, mas ao invés dele se virar e ir ele se manteve com varinha em guarda. Mimi finalmente saiu de seu lugar de conforto, colocou a varinha no banco – pois esta estava em sua mão – e abaixou a cabeça fazendo um sinal de negativa e passando a mão pelos cabelos ainda molhados. Chester? – Ela o encarou. Finalmente tomando um golpe de sanidade – lê-se uma cutucada na testa – ele despertou virando-se para o pessoal do lado de fora. Desculpa Fae, mas eu vou ficar, eu que fiz essa sujeira então eu vou limpar, ALOHOMORRA. – Ao mesmo tempo que sua vontade era dar um ‘supapos’ nele ela sentia pena.

Deu um passo a frente na direção dele. Do lado de fora da cabine o tumulto aumentava, porém alguém parecia já estar fazendo alguma coisa. As pessoas corriam das cabines para fora, enquanto, provavelmente os monitores, indicavam as saídas. Seus olhos pousaram no corredor, visível pelo vidro, e nele estava uma sonserina, Adela Burton. Seu corpo gelou, será que ela estava com os outros? Sua reação então foi gritar para Chester - COMO? Nós entramos nessa por sua causa e agora você quer morrer? – gritaria que mesmo no tumulto dava para ser ouvida, empurrando ele contra a janela para forçá-lo a sair, apesar de que sua vontade de verdade era jogar ele com toda força. ”Francamente, a gente se mete nessa enrascada e agora ele vai bancar o suicida?” tendo certeza que ele chegou ao chão, e isso não quer dizer que foi um pulinho muito bem efetuado, estando mais para tombo bem levado, ela subiu na janela e pulou para fora também antes que a menina sonserina tivesse tempo de interferir, mas sentiu de relance que a mesma já ia abrindo a porta do corredor.

Quando tocou os pés no chão viu Elliot com Fae disparar na frente, não viu exatamente para onde Aubrey e Molly foi, Chester não muito longe dos Pointer e ela ali. As pessoas corriam na plataforma meio sem direção, mesmo bruxos tinham dificuldade de manter a calma, principalmente quando sabiam que seus filhos poderiam sofres alguma coisa. Mimi se preparou para correr quando se lembrou de um pequeno detalhe. A varinha tinha ficado no banco, olhou para o lado de dentro da cabine onde a quintanista sonserina estava parada lhe fitando. Sentiu outro calafrio e desta vez por dois motivos. Primeiro aquele olhar, segundo, pois teria que usar uma alternativa que preferia não. Apenas pensou, foi uma coisa leve. Não precisava falar, se mexer, de outra varinha, precisava somente mentalizar o uma corda puxando sua varinha da cabine até ela, mas nada aconteceu. Conclusão: Mimi agora corria loucamente atrás de seus amigos, sem varinha e com a certeza de que a mesma estava com Burton com quem cedo ou tarde ela teria que pedir sua fiel companheira de volta. ”Espero só que ela não jogue por ai ou quebre como qualquer um dos outros faria.” Realmente não precisava do objeto, mas ninguém sabia de sua habilidade e ela achava isso muito estranho para mostrar para alguém. No meio da multidão ela alcançou os amigos e continuou ao lado deles até que estivessem seguros novamente.

Resumo:

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Mensagem por Victor Croft Dom Ago 12, 2012 1:30 am



Spoiler:

Chapter Two:
Nice Indian Boy.

Demorou um pouco para que Victor conseguisse dispersar os alunos que estavam acompanhando o pequeno duelo entre Gabriella Alleborn e Eilonwy Dolben. Quando todos voltaram aos seus próprios assuntos – despedir-se dos pais, embarcar no trem, encontrar uma cabine, colocar o assunto em dia com os amigos –, Croft ajudou o carregador a levar as malas da sonserina Dolben para o vagão das bagagens (- Locomotor malas!), e aquele foi o tempo exato para que Anna Blanche saísse do Expresso de Hogwarts, provavelmente depois de ter cuidado do furúnculo que Gabriella plantara magicamente no rosto de Eilonwy.

- CROFT! – berrou Anna, saindo da sua habitual armadura de serenidade e chamando a atenção de Victor, o qual ergueu as sobrancelhas, admirado com a repentina impetuosidade da amiga. Ao seu lado, a ruiva Hermi Maynard, outra companheira da Corvinal, pareceu avistá-lo antes da francesa e indicou a ela onde ele estava. Croft acenou para as duas e elas vieram se aproximando, num passo rápido que beirava a correria, com expressões preocupadas nas faces. “Que diabos terá acontecido?!”, pensou o rapaz, já apalpando a varinha no bolso; o gesto o deixava mais calmo.

Anna levou uns cinco minutos para explicar, no seu franco-inglês característica, a confusão que se desenvolvia no interior do Expresso de Hogwarts. Em resumo, Blanche vira um grupo de grifinórios fugindo em disparada de uma cabine ocupada por vários sonserinos e Charles Baudelaire, um monitor (!) corvinal do sexto ano com profundas raízes sonserinas (- Uma típica luta entre casas rivais – murmurou Victor, embora a francesa não tivesse parado de falar momento algum). O grupo de leões, em seu desespero para escapar das serpentes e da águia solitária, deixou um rastro de destruição pelo corredor estreito do trem, incluindo uma generosa quantidade de algo chamado “Coca-Cola” derramada pelo chão.

Enquanto a história da maior confusão que o Expresso de Hogwarts já testemunhara ia sendo concluída, Victor reparou na fumaça saindo pela janela de um dos vagões do trem (sua ação imediata foi olhar em volta, em busca de professores; se houvesse alguém do corpo docente por perto, os namorados de Anna e Gabriella, que estavam envolvidos na confusão, ficariam bastante encrencados), e um grupo de alunos se aproximou. Foi só depois que Anna parou de falar que Croft se voltou para os recém-chegados; uma música muito antiga, melosa e romântica de Celestina Warbeck começou a tocar ao fundo (ao menos na cabeça do rapaz) e ele sentiu um arrepio na espinha. “Sanjaya...

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Celestina

- Poxa, muito obrigada mesmo, gente – disse Anna aos amigos que haviam se juntado à causa. – Não consigo encontrar ninguém nessa confusão e... Estão escutando?! Tem crianças de onze anos nesse trem... – Victor já havia se desligado um pouco da amiga francesa; estava mais preocupado em admirar Sanjaya (Sam) Gupta sem dar muito na cara e pensar em algo para dizer a ele (- Sinto muito pelas suas malas – disse baixinho, só para ver como as palavras soavam, mas não achou prudente falar coisa alguma). Ao lado do colega grifinório estavam alguns outros rostos conhecidos – Aidan Sheppard (Lufa-lufa), Gerry Vakarian (Grifinória) e Adela Burton (Sonserina). – C’est bien, precisamos de um plano de contenção.

- Apagar esse resto de incêndio, tirar as crianças daí. – Aquele era Vakarian, um holandês grifinório do sexto ano. – Aguamenti agora e, com todo mundo fora, janelas dão conta da fumaça. – O plano parecia bem sensato até então. – Vem, Gupta. – “Epa”, pensou Victor, olhando feio para Gerry. “Vai não, Sam.

- Tá, e a gente? Qual é o plano? – perguntou Aidan Sheppard nervosamente enquanto os colegas partiam; o canadense de cabelos negros estava no sexto ano e era monitor da Lufa-lufa, o que fazia com que esperassem dele uma reação menos passional e mais confiante. Adela Burton, uma loira bonita da sala de Croft e a única serpente daquela aglomeração incomum com representações das quatro casas de Hogwarts, pareceu surpresa com o comportamento do colega mais velho.

- Vamos tentar achar quem começou essa confusão! – respondeu Anna imediatamente, externando uma dose de segurança própria do cargo que ela agora ocupava, e até mesmo Victor deu uma boa olhada para dentro de si, em busca de algo que o fizesse se sentir pronto para o trabalho de monitor. “Sim, eu sinto”, refletiu. “É a sensação de dever.” – Dependendo de como estiverem as coisas lá dentro, a gente avisa aos outros pra saírem...

- Então vamos, pessoal. Já são quase 11h – observou Croft, e os cinco partiram para sua missão. Victor puxou a varinha do bolso, mais para incorporar o poder dela do que para usá-la (embora ela pudesse vir a ser útil dentro do trem) e acompanhou Anna, Hermi, Adela e Aidan até o acesso mais próximo ao Expresso de Hogwarts enquanto Gerry e Sanjaya (“Boa sorte, Sam...”) já tentavam salvar o vagão das chamas, lá longe. Só no último momento o monitor da Corvinal reparou que ainda carregava a bolsa de viagem com o uniforme de Hogwarts, a alça presa ao ombro trespassando o tronco. “Espero que não me atrapalhe muito”, desejou, subindo o degrau.


Última edição por Victor Croft em Dom Ago 12, 2012 5:09 am, editado 5 vez(es) (Motivo da edição : São só alterações de rotina. Mudando alguns detalhes que eu não gostei. Uma palavra aqui, outra acolá.)
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Mensagem por Roderick Carwyn Llywelyn Dom Ago 12, 2012 2:59 am

Don't say a prayer for me now,
Save it 'til the morning after




Uma coisa podia ser dita sobre Hogwarts: fosse como fosse, nada nunca era calmo naquele lugar. Isso não era, entretanto, nem essencialmente bom ou tampouco ruim, era só um fato facilmente atestado para quem realizasse a simples tarefa de ler um livro sobre a história do castelo - coisa que, ele sabia bem, muito menos da metade dos alunos fazia, uma grande pena, aprendida enquanto lecionava por dois meses na cadeira de História da Magia antes que fosse redirecionado à Astronomia. Llywelyn geralmente não se importava com o alvoroçar dos alunos e podia fazer vista grossa para um ou dois contrabandos de materiais não permitidos ou quebras de protocolo, não era realmente uma pessoa tão apegada às formalidades assim.

É claro, existiam coisas, porém, que sequer ele podia deixar passar batido.

Era de se esperar que, a essa altura, uma ou duas guerras depois, as pessoas já tivessem aprendido a manter um mínimo de compostura depois de serem soltas na sociedade, era o mínimo que ele esperava dos alunos em Hogwarts e, por esse motivo, não se importou em demorar na despedida de sua amada Gales ou enquanto encontrava uma maneira de guardar alguns frascos de uísque em suas malas, alguns livros que não constavam da grade curricular entre outras coisas, e ainda gastou seu precioso tempo assistindo uma partida de vôlei de praia que acontecia nas Olimpíadas trouxas.

Porque ele esperava que ninguém tentasse se matar antes de chegar a Hogwarts.

Tinha cumprimentado alguns pais conhecidos pelo caminho, tinha ajudado a acalmar os nervos dos pais novatos e alguns primeiranistas a se instalarem em suas cabines e, assim, tinha optado por seguir junto deles, era bom ter um adulto junto às crianças mais novas e indefesas, especialmente levando-se em conta a já mencionada e muito ignorada história de Hogwarts. Conversou com uma garotinha escocesa e com um compatriota galês, e alcançou o sublime e transcendental espírito de paz ao fazê-los sorrir de maneira que até mesmo retirou seu bloco de rascunhos de dentro da sua pasta. Era um ótimo passatempo, e ele era realmente bom com isso, e não demorava muito para os primeiros esboços dos rostos dos primeiranistas de sua cabine, sardas e olhos brilhantes, começarem a aparecer no papel.

- Lylwellyn. - Roderick ainda estava nas tranças da garota quando uma voz conhecida soou à porta de sua cabine. Mal teve que levantar os olhos para a figura de um Kenneth Arundell comendo o que o galês reconheceu ser um bolovo. Aliás, Sir Kenneth, Llywelyn não podia se esquecer da condecoração que a boa Lizzie tinha oferecido ao colega de profissão, nada como ser íntimo da Família Real, verdade. - Vai ser babá hoje?

- Elas geralmente são mais espertas que as outras crianças. - ele respondeu, abrindo um sorriso branco e piscando para os primeiranistas - Atavismo, sabe? É isso o que acontece com os mais velhos. E você, Sir, pretende ficar onde?

- Ah, vou procurar os setimanistas. Tocar o terror com os NIEMs, como todo ano. - outro respondeu, com aquele ar de dignidade e pompa que sempre parecia envolvê-lo, para depois puxar a pálpebra inferior para baixo, olhando com atenção cada uma das crianças, como se fixasse seus rostos na memória, aquela que, rezava a lenda, era melhor que a de três elefantes indianos - Estamos de olho, pivetada. Estamos de olho. - e com isso ele se foi, levando o bolovo sem sequer oferecer, nem ao menos por educação.

E foi após a irreverente saída de seu colega, que voltava a ocupar a cadeira que tinha deixado vazia e que o galês tinha feito o favor de esquentar para ele, que todas as teorias sobre o mínimo de bom senso dos alunos de Hogwarts se provaram equivocadas, confirmando, porém, a corrente atavista. Sons de feitiços, funcionários do trem se atropelando, a pobre senhorinha que vendia doces abrindo desesperada a porta da sua cabine e se enfiando lá dentro, olhando para ele como se esperasse que, de repente, Llywelyn tirasse do bolso a cura para o câncer. Ele, é claro, não tinha nenhuma fórmula secreta anotada na sola de seus sapatos, mas tinha o tipo de sorriso que fizera seus antepassados conquistarem feudos e burgos, e foi o sorriso que ele abriu, calmo e cheio de covinhas, a mão no ombro da boa mulher, a outra fazendo um gesto de calma para os alunos em sua cabine.

- Não precisa se preocupar, minha querida. - a voz macia, herança galesa, tingia todo o som de gritos infantis e explosões, abafando o mundo exterior. Em poucos segundos, a mulher começava a falar, meio arfante, explicando que não sabia exatamente como ou quem, mas que a última coisa que ela tinha ouvido antes de abandonar seu posto era um feitiço das trevas sendo lançado em um trem cheio de criancinhas, e uma cachoeira de um líquido marrom que explodiu bem perto dela - Fique aqui com os mais novos, eu volto assim que souber o que está acontecendo. Prometo. - e, finalizando sua fala, apenas para garantir que a boa mulher mantivesse a calma e se esquecesse que provavelmente haviam alunos tentando se matar ali, ele tomou uma das calejadas palmas entre as suas e a beijou, do modo mais cavalheiresco que conseguia.

Roderick Carwyn Llywelyn, então, no auge de seus quarenta e um anos, respirou fundo, ajeitou o plaid que usava, alisou seu kilt e se preparou para encontrar o apocalipse cristão com todos os anjos e suas cornetas em seus ouvidos. Não era pago o suficiente para isso, tinha certeza, mas agora que tinha assinado um contrato, era melhor fazer seu dever e preservar pelo bem daqueles abençoados anjinhos, ainda que eles quisessem se matar. Porque, no final das contas, as cores que usava em seu tartã indicavam que ele era descendente de uma família que sempre tinha sido conhecida por sua índole principesca. Tinha esperanças, porém, de que o relato confuso da boa mulher significasse apenas um ataque de forças das trevas ou coisa parecida, era melhor que fosse assim. Foi por isso que achou melhor se esgueirar ao invés de andar todo imponente pelo corredor e ganhar, de cara, um beijo de um dementador. Porque esse tipo de beijo sim, ele não desejava.

E então ele viu.

Uma confusão de alunos e corpos e gritaria, gente correndo para um lado e gente correndo para o outro, sem sequer perceber o professor que, afoito em busca das criaturas das trevas assaltando o trem, se esgueirava pela cabine de alguns terceiranistas. E Llywellyn percebeu que, na verdade, não se tratava de nenhum acidente, de jeito nenhum. Eram os alunos tentando se matar - e, ele tinha certeza, seu contrato e sua obrigação moral não exigiam que ele impedisse ninguém de praticar suicídio, se os alunos querem um seppuko, eles iriam ter um seppuku. Menos as criancinhas, essas não! Guardou os rostos de cada um daqueles lindos anjinhos marotos, recebeu até mesmo a ajuda de um dos garotos terceiranistas, e se sentou confortável entre eles enquanto usava a pena enfeitiçada para reproduzir com uma ligeireza nunca vista por aquelas crianças, em imagens em preto e branco as belíssimas cenas de ação que transcorriam naquele trem.

Até que, claro, um aluno resolveu soltar um outro feitiço. Fogo.

Desta vez, Llywelyn sequer teve tempo de ver quem era o desgraçado que tivera a brilhante ideia de que morrer cremado, sufocado ou intoxicado era um jeito digno de partir para o além, e ele também não quis saber. Não interessava no momento. No momento ele se levantou nm pulo, puxou os terceiranistas para fora do vagão ao mesmo tempo que escutava alguém conjurar um Aqua Eructo - o que o deixava imensamente aliviado, precisava distribuir algumas estrelinhas depois - e indicou que andassem devagar, conforme os treinamentos incêndio que já tinham ministrado na escola (anos 90, anos 90), atrás dele. O próximo passo foi puxar a alavanca de emergência, fazendo a janela se deslocar, deixando um espaço livre para que os alunos escapassem.

O professor, porém, não ficou para ver se eles conseguiam, tinha certeza que o instinto de sobrevivência falava mais algo e se contentou em olhar por cima dos ombros se todos tinham conseguido passar enquanto corria, seu kilt esvoaçando no processo, de volta à cabine onde estivera. Repetiu o mesmo procedimento, tomando o cuidado apenas de abrir uma garrafa d'água e molhar as camisetas que os garotos levaram ao nariz, e ajudou os primeiranistas a pularem a janela, dando o braço para que a pobre senhora Mirtha, como ela tinha dito que se chamava, conseguisse também ultrapassar o obstáculo.

Por fim, ele conseguiu ouvir a voz de Blanche - abençoada menina - seguida de dois outros monitores e alguns outros alunos mais velhos - gente sensata, salva pela genética do processo de atavismo, ele tinha certeza. Respirando mais uma vez, o plaid tapando seu nariz, avançou até onde eles estavam e quase agradeceu aos deuses por perceber que se tratavam de Aidan Sheppard, Anna Blanche, Victor Croft, todos monitores, todos espertos até onde ele sabia, e que, mais adiante, os gigantes do sexto ano apagavam o que sobrava do fogo. Gente sensata, ele amava aquele tipo de pessoa. Estava prestes a falar com eles quando Adela Burton apareceu por último, fechando seu quarteto de ajudantes, uma menina boazinha, meio tímida, mas bastante inteligente. Ele tinha tido sorte.

- Vem, vocês quatro, me ajudem a abrir as janelas e tirar todos daqui. Não deixem que respirem muita fumaça, comecem pelos primeiranistas, vocês podem fazer isso?

- Sim. - o lufano respondeu, e Llywelyn notou que havia algo muito errado no tom da voz dele, uma ferocidade que era estranha ao garoto, mas não teve tempo de analisar esses pormenores, apertou o ombro dele e assentiu para os outros enquanto se preparava para a árdua tarefa de impedir que um bando de criancinhas morressem sob sua supervisão.

Resumo:
Roderick Carwyn Llywelyn
Roderick Carwyn Llywelyn
Professor

País de Gales
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Sangue Puro

Cor : #008B8B

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 3 Empty Fim do Primeiro Playtest

Mensagem por Destino Dom Ago 12, 2012 5:55 am

Sábado, 01 de setembro de 2012.
10h55min. Tempo Chuvoso. 11° Celsius.

Como se acompanhasse os acontecimentos na plataforma 9 ¾ a chuva aumentou sua densidade, quase conseguindo ser ouvida em meio aos sons emitidos pelas crianças e pais que comentavam os acontecimentos recentes no Expresso. A fumaça juntara-se ao fog, dificultando mais ainda a visibilidade e a respiração em determinados pontos. Um grupo de alunos estava junto com um professor tentando resolver a situação e descobrir os responsáveis, enquanto que o maquinista conversava com outro professor sobre os procedimentos a serem tomados, afinal, isso nunca acontecera antes na história do Expresso. Em outro dos vagões, um professor tentava juntamente com alguns alunos reavivar uma professora que tinha caído inconsciente, enquanto alguns em vagões mais distantes não percebiam os acontecimentos, acreditando que aquele tanto de confusão fosse a tradicional da partida do Expresso.

Comentários sobre a falta de segurança ecoavam pela plataforma. De alguma forma, os padrões de segurança adotados devido aos incidentes no final do século XX não estavam sendo cumpridos no Expresso de Hogwarts. Nem mesmo a tradicional segurança estava patrulhando o lugar, era como se tivessem desaparecido em meio ao fog, por um motivo que não conseguia se compreender. Para alguns, isso era culpa de Hogwarts, para outros, culpa do governo, e para uma minoria, culpa da Escócia com suas ideias separatistas. Alegavam que se fosse o parlamento inglês o responsável por Hogwarts, certamente nada daquilo teria acontecido. As opiniões prosseguiam na plataforma, falando sobre as condições do Expresso, que talvez fosse hora de substituir por um trem moderno com sistemas de segurança mais avançados, ou que tudo fora uma conspiração de alguns alunos de esquerda para que o trem tradicional de Hogwarts seja trocado por um desses modernizados tecnológicos. Pela primeira vez em toda sua história, o Expresso certamente se atrasaria... Estavam nessas e em outras discussões – algumas envolvendo até mesmo estrangeiros, pois a escola deveria ser “apenas para filhos da Grã-Bretanha” segundo a opinião desses – quando a parede que servia de entrada pra Plataforma ondulou, como se feita de água e um arco luminoso surgiu, como se fosse um portal com origem que não a King's Cross. Um grupo trajado de preto, adentrou na plataforma, com varinhas empunhadas.




Olá. Bem, gente. Com esse post encerramos a primeira parte do playtest – a quem caiu de para-quedas no jogo, a quem tá aqui desde o início e não leu e pra quem chegou agora: o RPG só abre em setembro. As ações no Expresso fazem parte de uma série de playtests para ver o ritmo de postagem do pessoal, testar o sistema misto (com RP e tópico fixo) e obter algumas informações que possam ser necessárias para o andamento do jogo – quase uma pesquisa mercadológica, com pitadas de diagnóstico organizacional para levantamento de informações, além, claro, do teste das técnicas e métodos que serão usados no fórum. Esse tópico será trancado e uma segunda parte do playtest se iniciará em breve – na verdade, assim que eu terminar de digitá-lo. Agradeço a todos a participação e estarei abrindo um tópico para feedback onde vocês podem dar suas opiniões – e sim, as que foram dadas no chat foram registradas, não se perderão. Adianto apenas que, nesse segundo playtest se utilizará o sistema FK-DK para referência das ações, então adianto que providenciem uma ficha. Como é um playtest a ficha não será “obrigatória”, mas quem se envolver em situação que precise de rolagem ou referências receberá uma ficha padrão feita por mim, com características medianas. GL and HF! Bonanças.


Destino
Destino
Mestre do Jogo


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