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Expresso de Hogwarts [encerrado]

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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Qui Ago 09, 2012 6:24 pm


------------------------------------CARMINA BURANA

Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!


Ew! Sério? Charles ficava praticamente outro quando próximo à Isadore. E fazia questão de despejar em todas nós o seu humor de mantícore como se fôssemos obrigadas. Essa história de “vou casar com o primo” já era tão last season que estava me irritando profundamente o fato dele simplesmente virar um nerd entupido só porque Isadore estava ali.

Ok. Eu mais do que ninguém entendia perfeitamente pelo que eles estavam passando até porque estava noiva de Lestat havia 5 anos e convenhamos era de Lestat que estávamos falando... Tudo o que ele tinha de bonito tinha também de porco traidor. E claro, uma coisa sou EU reclamando da minha sorte aos sete ventos e outra, muito diferente é ter que ficar ouvindo as chorumelas dos outros. Por mais que eu gostasse de conversar com Baudelaire, ele estava me irritando com seu comportamento apático.

Pior do que isso foi só o fato de Isadore ter praticamente pulado no colo dele. Tá que ela é cega e tecnicamente não teria visto o que estava fazendo, mas, benhê, na escola das vadias eu sou doutorada e PHD. Se estivéssemos em tempos primitivos ela estaria fazendo xixi em mim. Eu entendi bem que ela estava marcando território, afinal, se acabássemos trocando de noivos ela é que ia ficar com o trambolho desagradável do Lestat e não eu. E a perda era toda dela.

Ri por dentro com a ideia de me ver casada com Charles. Seria um triunfo que Lestat jamais superaria, até porque ele nunca tinha ido muito com a cara de Baudelaire. Mas dois segundos depois a ideia me pareceu ridícula. Era certo que estávamos os três amarrados a compromissos que não queríamos e permaneceríamos assim, infelizes para sempre. Então ignorei Isadore e seu ataque de pelancas momentâneo e como manda a boa etiqueta francesa, contei uma mentirinha inocente.

- Nós também estávamos! - se bem que não era bem uma mentira eu tinha pensado em procurá-las - Mas escolher uma cabine decente pareceu mais urgente do que estarmos todos juntos e sentados no bagageiro. – eu queria dizer mais importante, só que urgente pareceu mais educado. Ri dando um beijo na bochecha de Isadore e outro na de Kayra, conforme mamá instruíra que a etiqueta francesa mandava.

Estávamos procurando uma ova! Eu estava me escondendo do Lestat e o Charles se escondendo dela. Mas é claro que isso eu não ia falar até porque tinha decidido que esse assunto matrimonial estava enterrado agora que eu estava livre do calau por mais de seis meses. E no fim eu ia acabar sendo o padrinho de casamento do Charles e Kayra a madrinha de Isadore e seríamos a sensação inebriante da festa alimentando qualquer fantasia lesbiana dos convidados. Isso pra mim bastava. Ao menos por enquanto.

- Então, dá para acreditar nisso? Nós todos juntos em Hogwarts pela primeira vez? - meu tom era muito mais animado agora só para irritar Baudelaire que já estava irritado.

Continuamos conversando trivialidades quando a cabine se abriu mais uma vez. Diga-se de passagem que por mais que eu não seja adepta a lugares lotados (isso é muito coisa de lufano do tipo “somos igual coração de mãe, sempre cabe mais um”), não fazia oposição alguma ao grupo que tinha entrado. Reconheci os traços do último rapaz que entrara, e o tempo só fez bem pra ele. Anthony Blanche. Ah, se eu não estivesse platonicamente apaixonada por Lestat no meu primeiro ano, com certeza teria me apaixonado platonicamente por aquele ali. E se aquele era Anthony eu apostava dez galeões que o outro só podia ser seu grande amigo Michael Alleborn.

Pois é! Eu fiquei dois anos fora da escola, mas fedelhas são assim mesmo, umas xeretas lunáticas. Sério, durante dois meses eu namorei com Michael só que só eu sabia do relacionamento super secreto. O decoro teria me permitido corar só com a lembrança vaga daquelas infantilidades tolas de uma época não muito distante quando eu ainda acreditava em felizes para sempre. Como agora, porém, eu não tinha mais ética e nem nada de valores a prezar e ninguém sabia da minha paixonite, sorri sem mostrar os dentes e deixei que o calor da convivência aquecesse o recinto.

Não pude, porém, deixar de reparar na garota que estava com eles. Quer dizer, tinha duas garotas com eles. A primeira devia ser a irmã de Anthony, sério havia muita semelhança ali. E a outra eu conhecia, sabia que sim, mas não sabia de onde. Também pudera, com AQUELA coisa na cara não era tão fácil reconhecer alguém. E o fato de Michael ter pedido para não rir só fazia mais alarde. Mas eu não tinha a menor vontade de rir dela. Quer dizer, a gente pode fazer o que quiser com os outros: humilhar, torturar, bullyinar, matar, mas no rostinho de boneca NINGUÉM TOCA!

- O que foi que aconteceu com você? – simples e direta. Kayra me olhou com aquela cara de “você está se intrometendo na vida de estranhos de novo” mas eu nem liguei. Vai dizer que não estavam todos curiosos pra saber? E claro, se aquilo fosse contagioso era bom todo mundo sair dali ligeiro e tomar alguma poção.

- Uhn... meio óbvio que foi aquela maldita Alleborn. – ela devia estar se referindo à irmã grifa de Michael - E quem é você?

- Alguém que não faz a menor ideia do que você está falando... – respondi sem muita frescura – Sou Roxanna Katherine Vermont Miloslaviniacova, fiz o primeiro ano em Hogwarts e dois anos de intercâmbio em Durmstrang. Agora vocês todos vão ter que me aguentar de novo. Acho que me lembro de você, mas não tenho muita certeza porque bom, você está meio camuflada, não é?

- Eu... eu... não estou camuflada! Nem dá pra notar essa... oras, se você não sabia não deveria ter perguntado, -aquilo não fazia o menor sentido, mas dava para notar que ela estava muito irritada - e além do mais, Gabriella é o pior ser da face da Terra! É bom você nem querer conhecê-la. -e ela cruzou os braços emburrada. Óbvio que ela não conhecia Lestat. - Pff... garota sem escrúpulos, aquela.– murmurou.

- Mas se eu soubesse seria redundante perguntar... – comecei, mas fui bruscamente interrompida.

A cabine se abriu de novo e agora sim eu já estava começando a cogitar a ideia de jogar um bombarda na parede de frente e fretar uma cabine estendida. Assim ninguém precisava ficar respirando o acúmulo mistureba de perfumes caros que cada um exalava. Mas qual não foi a minha surpresa quando vi um menino com uma espécie de carrinho vermelho - SÓ PODE QUE É OBRA DO TINHOSO – oferecendo bebida trouxa. TROUXA! T-R-O-U-X-A!

AUDÁCIA PUUUURA!

Eu não sabia que os alunos de Hogwarts tinham ficado tão bundões ao ponto de aceitarem muambeiros vendendo suas porcarias. Qual o próximo passo para a decadência? Churrasquinho de amasso? Que nojooooo! Eu preferia comer uma lesma inteira a colocar algo tão asqueroso em minha boca. Fiquei em choque. Olhei aflita para todos os lados em busca de amparo. Eu não podia acreditar que alguém fosse comprar aquela porcaria. Caridade nunca foi o meu forte, muito menos com gentinha daquela laia.

Isadore foi quem agiu primeiro e quem fez minha sanidade voltar ao nível máximo da compostura. Ao jogar um galeão para o menino, ela acarretou o verdadeiro efeito dominó. As latinhas nojentas explodiram aquele líquido preto e borbulhante. CÉUS! Era piche engarrafado. Charles incitou o garoto a limpar a bagunça, mas é claro, tinha que ser com a boca. Senti minhas entranhas se contorcendo de prazer quando o tal Lewis, acuado, se sujeitou a fazer mesmo o que Charles tinha mandado.

Ah a submissão. Eu não odiava tanto aquele menino agora, afinal, ele ao menos tinha ciência de que ele era inferior. Mas não faria mal algum lembrá-lo disso. Levantei de meu lugar silenciosamente, apreciando vagarosamente a delícia que era vê-lo lambendo o chão. E num rápido movimento de pernas, enfiei meu sapato bem na cara dele. Pisei em sua bochecha deixando meu salto alto bem rente ao seu nariz, pressionando-o de leve. Se eu quisesse podia esmagar a cara dele feito uma barata, mas não valia a pena.

- Veja o lugar que você ocupa na cadeia alimentar do mundo bruxo, queridinho. – soltei minha super RISADA escandalosa - E sabe por que é que eu não amasso de vez essa sua cara imunda? Porque não vale a pena manchar meu par de sapatos com o seu sangue ruim. Pode pegar as suas muambas e dar o fora daqui!

Antes, porém, que ele juntasse as esmolas e a humilhação, a cabine se abriu de novo, claro, porque isso tinha de acontecer e quem entrou foi o elfo doméstico da Isadore, o tal garoto que era filho dos criados dos Baudelaire. Achei, porém, que ele estivesse ali só para entregar coisas, mas não, ele tinha que abrir a boca de proletariado e descarregar em nós a sua diarreia verbal. Típico.

Mirei Charles olhando com cara de poucos amigos para o garoto insolente simplesmente desprezando-o. Mas eu sabia que era do feitio de Baudelaire obrigar o empregado a lamber o chão junto com ele.

- Ew! – encarei o sonserino que eu conhecia de eras na casa de Isadore - A cabine dos rejeitados é no fim do trem, perto do banheiro, Tanaka. Se eu fosse os Baudelaire, contratava um elfo doméstico e despedia esses imigrantes Made in China, porque até mesmo um elfo é melhor do que a escória de um traidor do próprio sangue. - passei por cima de Chester e sai pela porta da cabine. – E me desculpem mas é que eu não me misturo com a gentalha. Volto quando a cabine não estiver infestada de vermes assalariados.

Glamour. Ou você tem ou você não tem. Simples assim.


Spoiler:

Esse post é melhor lido ao som de Carmina Burana - Apocalyptica;
Roxanna veste isso aqui.
Risada diabólica da Rox, AQUI

Roxanna Miloslaviniacova
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Mensagem por Natalie Flower Qui Ago 09, 2012 7:18 pm

— Obrigado, Natalie Flower.

Falou a velha, olhando para a garota nos olhos, após a jovem lhe dar um refrigerante. A menina sorriu, dessa vez verdadeiramente. Uma coisa que seu pai sempre lhe ensinara é que cortesia com cortesia é paga e um bruxo educado vale mais que cinco erumpentes reunidos em fila indiana dançando hula-hula e jogando dinheiro pra cima, e a menina, com toda sua devoção à seu pai, resolveu sempre aplicar a idéia do pai à sua vida. E sim, isso inclui ser simpática com uma velha esquisita, segurando um porco, em uma cabine de um trem bruxo com destino a hogwarts depois de ser abandonada por uma sonserina.

– Agradeço e me desculpo por isto - disse apontando para os preciosos doces da garota, agora restos de comida de porco - Fortuna tem um apetite considerável. Tenho que observá-la com freqüência para evitar episódios desta sorte. Distrai-me, e peço desculpas. Para lhe conceder uma reparação, vou permitir que toque em Fortuna.

Dito isso a velha desembrulhou a porca de seus trapos, aproximando-a das mãos da quartanista. A garota não pode evitar uma careta; Veja bem, a garota realmente achava legal ganhar uma recompensa por ter sido agradável e por ter perdido seus doces do semestre para uma porca, mas ela nunca iria imaginar que botar a mão numa porca seria uma reparação/recompensa. Afinal de contas porcos não estavam na lista dela de animais favoritos; na verdade na lista dela conjucturavam em primeiro lugar gatinhos, em segundo cachorrinhos, em terceiro mini pufosos, em quarto corujas e, finalmente, em quinto, esquilos. Definitivamente porcas não estavam na sua lista de bichinhos fofinhos.

"Ai.Que.Nojo."

Lentamente a lufana moveu a mão em direção à porca, tocando a mesma com a ponta dos dedos, tentando evitar muito contato com o bicho. Tinha que lembrar de lavar as mãos assim que possivel. Ou seja, assim que a velha se aquietasse novamente ela pediria licença para o banheiro. Natalie nunca fora uma garota muito afetada, mas, por Merlin, só ele sabia onde aquele bicho andara. Ela podia imaginar que em algum local não muito limpo, a julgar pelos trapos. Aliás, a julgar pelos trapos ela podia dizer muita coisa sobre a velha também, mas a garota era boazinha demais pra se permitir pensar mais que cinco minutos de maldade por dia por pessoa. E depois brigar consigo mesma por conta de seu pensamento.

Porém, a verdade era que a garota lufana estava mesmo era com medo de levar uma mordida da porca. Ela não tinha muita noção de doenças, então não tinha uma certeza absoluta do fato se porcas transmitiam raiva. E, espera, o famoso vírus bruxo H1N1 não viera de porcos?

-Porquinho bonitinho, bonitinho... - se pegou a lufana sussurrando, enquanto o tocava com os dedos. Porcos entendiam o que humanos dizem? Resolveu tentar a sorte - Não me morde por favor...

Sussurrou, tendo a absoluta certeza que a velha ouvira o que ela falava. Será que ficaria muito zangada? Ela não conseguia entender o que sentia mais naquele momento, se nojo ou medo.

— Bem, então...

Começou a velha a falar, porém não concluiu; Alguém batera na porta da cabine. E não era qualquer alguém: O dono dos sonhos e desejos secretos de Natalie Flower, o lufano de cabelos dourados, de ar energético, amante inconstitucional de jujubas. O recém nomeado capitão da lufa-lufa, um dos melhores jogadores de quadribol que a lufa já tivera a honra de possuir: Johnathan Fullside, o próprio e único.

A garota abriu um sorriso e, assim que o mesmo adentrou a cabine, a garota pulou em cima dele, abraçando-o com força, de tal modo emocionada que nem ao menos deu atenção ao barulho de uma confusão e gritos de "briga" que vinham de fora do trem. Depois de notar o que fizera sentiu o rosto esquentar; Não pretendia demonstrar com tanta efusividade que sentira tanta falta assim do lufano durante as férias. Ainda mais na frente de uma velha que ela nem ao menos sabia o nome e de um porco. Porém, apesar da vergonha não soltou-o; Tinha medo que quando ela o soltasse o mesmo se mostraria um sonho apenas. Queria ter a certeza que a sensação boa de segurá-lo nos braços era real. O perfume familiar do garoto atingiu-a. Isso fê-la lembrar de quando visitara a geminialidades Weasley francesa e...

Spoiler:

Sentindo o rosto queimar com a lembrança das férias, a garota finalmente resolveu afastar-se do lufano, sentindo o olhar curioso da velha sobre os dois. Atencioso e educado, um completo exemplo de gentleman, Nathan apresentou-se sem dificuldades e com simpatia à velha, que pareceu apreciar o ar jovial do mesmo. Simplesmente não havia como desgostar do lufano. Porém, o que prendeu mesmo a atenção da lufana foi o enigmático discurso da velha sobre aura. Hm, interessante. Se ela era professora e falava de aura, a garota lufana podia apostar que ela era professora de...

— Eu sou Vicky Etros-Jagger, da mesma família Etros que administrou Stonehenge deste tempos imemoriais. Este ano serei sua mestra em Adivinhação. Um assunto vasto e fantástico. Será uma aula adorável Talvez nem para todos. Nem todos tem uma clarividência tão desenvolvida.

A garota assentiu, finalmente confirmando suas recém descobertas desconfianças. Isso ao menos explicava as roupas; uma coisa que a lufana notara é que professores de adivinhação tinham a mania comum de não se vestirei exatamente de modo comum. “Ainda bem que fui agradável a ela então....”pensou a garota, não deixando de lembrar da resposta mal criada que Elena dera à velha. Ela podia apostar que com um olhar daqueles, Vicky não estava disposta a esquecer tão fácil a resposta ultrajante da sonserina.

Finalmente a lufana viu a velha dar um sorriso fácil e a garota não pode deixar de sorrir junto à ela, enquanto esta abria a bebida trouxa e levava à boca. Infelizmente a calmaria não permaneceu por muito tempo: Aparentemente a bebida provocara efeitos não agradáveis na velha senhora, que então começou a gritar em como o corvinal Chester estava tentando envenená-la e....

Puf. O som suave de algo pesado e a sensação de peso em suas pernas levou Natalie a tomar consciência de que algo acabara que cair em suas pernas. Uma sensação de pavor tomou-lhe a razão, finalmente notando o que poderia ter-lhe caído nas pernas. Baixando devagar o olhar, enquanto jogava a lata fechada de bebida trouxa do seu lado, a menina vislumbrou nada mais, nada menos que a porquinha Fortuna em suas pernas. Uma sensação de nojo/medo/pavor tomou conta da lufana. O pânico a fez levantar-se, levando involuntariamente a porca junto a si, nos braços.

-NATHAN! SOCORRO!

Gritou a lufana em pânico, sem saber o que fazer com a porca que se aninhara perfeitamente em seus braços, parecendo já familiarizada com a lufana. Foi aí que ela notou que a professora lívida a encarava, com a varinha em punho. A lufana pensou um palavrão bem feio, que só não foi dito em voz alta porque a boa educação lhe impedia, até mesmo nas horas críticas. Ela tinha a sensação que estava BEM ENCRENCADA.

”AH MEU BOM MERLIN, ONDE FUI ESTACIONAR MINHA VASSOURA?”

-DESCULPA, DESCULPA, EU NÃO QUIS ...ELA PULOU NO MEU COLO...AI MEU MERLIN NÃO ME MATA, EU SOU MUITO JOVEM EU NEM BEIJEI O NAT... DIGO, NINGUÉM AINDA! NATHAN FALA PRA ELA! AIMEUDEUS EU SOU UMA BOA MENINA EU JURO EU JURO!

Gritou a garota, seu pânico palpável enquanto encarava a varinha da velha e todos os momentos legais e ilegais de sua vida passavam pela sua mente e quase deixando escapar sua queda obvia pelo melhor amigo. Ela realmente esperava que ele não houvesse notado o deslize. O fato era, de duas uma: ou ela acabaria enfeitiçada ou no mínimo tinha conseguido descolar sua primeira detenção do ano. E tudo isso sem nem ao menos querer arranjar confusão. E sem dizer que a gritaria que ela estava promovendo no minimo ia trazer mais atenção à aquela cabine em especial....Belo inicio de hogwarts.


Spoiler:

off: mal o post fraquinho, to sem inspiração t.t mas enfim, torçam pela vida da natalie o/ e pela de vcs ;D
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Mensagem por Chester Lewis Qui Ago 09, 2012 8:03 pm

IV - VOU ARREBENTAR TUA CARA! Ò.Ó


O medo estava corroendo sua espinha, com uma mão apoiada no carrinho e a outra no bolso da mochila onde estava a varinha olhava para os sonserinos exalando desespero. Todos da cabine o olhavam sérios, aquilo era desconcertante, mas ele precisava passar por aquilo se quisesse comprar seu livro de feitiços avançados. Uma sonserina da tradicional família Baudelaire foi a primeira a manifestar-se - Finalmente descobri como você consegue pagar a mensalidade - aquele comentário sufocou o garoto, mas não era nenhum mentira, praticamente toda Hogwarts sabia que o exímio aluno em duelos era de família humilde, contudo ela não parou por aí - Aqui meu bem. Pode ficar com o troco - Chester agarrou a moeda no ar, era um galeão, pensou consigo "Fui ofendido, mas to no lucro" e guardando a moeda no bolso traseiro, pegou uma bebida e levou até a mão da garota.

BOOMP!

A lata escorregara entre os dedos de Isadore, como a garota era deficiente visual Chester logo presumiu que foi um erro da parte dele, mas manteu-se imóvel por alguns segundos até a voz de Charles iniciar uma afronta - Olha o que você fez, sr. Lewis - naquele momento se sentira culpado, tinha errado com uma cega, não podia culpá-la - Limpe, antes que isso nos suje - a voz de Charles foi ouvida novamente, Chester começou a abaixar-se para limpar a sujeira, era de seu feitio se responsabilizar pelos seus erros - Com a boca, Lewis. Por favor - completou Baudelaire, pausa aqui, turbilhão de sensações invadiam o menino Lewis nesse momento, sua vontade era de dizer umas boas para os presentes, contudo ainda abaixado olhou a todos na cabine e pensou "Eles são muitos, se eu explodir provavelmente não chego vivo em Hogwarts, que seja!", olhando para o chão fechou os olhos e começou a sulgar a coca-cola com a boca.

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"O que ele queria ter feito"

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"O que ele fez"

O gosto do refrigerante se misturava ao carpete, era um gosto doce e felpudo como se o garoto estivesse mastigando o pêlo de um gato com caramelo. O sentimento de humilhação invadia seu coração, uma lágrima desceu pelo canto do seu olho que rapidamente se misturou ao líquido marrom espalhado no chão. Lewis fazia a limpeza com nojo, até sentir um pé no seu rosto, era de Roxanna, uma outra sonserina do quarto ano - Veja o lugar que você ocupa na cadeia alimentar do mundo bruxo, queridinho - os sentidos do garoto o enganaram naquele momento, sentiu vontade de fazer tanta coisa, mas foi cortado por uma risada maléfica da sonserina que continuou -E sabe por que é que eu não amasso de vez essa sua cara imunda? Porque não vale a pena manchar meu par de sapatos com o seu sangue ruim. Pode pegar as suas muambas e dar o fora daqui! - o lado sombrio da força começou a consumir o coração do garoto, refletiu "Dane-se tudo, eu morro e levo alguém comigo hoje", levou uma das mãos até o bolso da mochila e já ia sacar a varinha.

Olá Isadore! Vejo que está se divertindo! Sabe Chester, não se preocupe, limpe, não tem problema! Limpar a sujeira de gente como Isadore deve ser levado como honra... Você estará fazendo um favor... Essa cabine já está suja demais! - era Gerhard, um dos poucos sonserinos que conversava com Lewis, aquelas palavras acalmaram um pouco a fera dentro de Lewis, mas sua varinha começava a tremer no bolso da mochila, ela era bastante temperamental e coisas desagradáveis aconteciam quando ela estava assim. Percebeu que Gerhard entregava alguma coisa aos membros da cabine e era também humilhado por Roxanna que passando por cima de Lewis deixou o ambiente superlotado.

Um anjinho e um diabinho brigavam em seu ombro questionando sobre qual passo seria o certo a tomar. O anjo insistia que o certo a fazer era simplesmente levantar-se e dar o fora dali o mais rápido possível, o diabinho puxava o braço de Lewis e tentava levá-lo até a varinha para que ele mostrasse o porquê de ser um dos melhores duelistas de Hogwarts, mas Michael cortou toda aquela reflexão dizendo - Levanta logo daí - Chester levantou contando de um até dez para manter a calma, quando já estava em pé sentiu um pesado saco de moedas bater em seu peito e a voz do Alleborn finalizar - Taí, pelos serviços prestados, agora dá o fora - olhou para Alleborn com neutralidade, levou a mão até a varinha, apontou para o chão e proferiu - Targeo.

Toda a coca-cola espalhada no carpete e chão começou a ser absorvida pela varinha rapidamente, era um feitiço simples mas qualquer um conseguiria perceber a excelência da execução. Lewis guardou o saco de moedas na mochila, virou para Takamyia e disse - Obrigado Gerhard, é sempre um prazer vê-lo - após isso, voltou-se para Isadore - Desculpe pelo incidente, não acontecerá novamente - e virando as costas, deixava a cabine sussurrando - Riquinhos idiotas... - quando sentiu a mão de Baudelaire no seu ombro o puxando de volta - Disse alguma coisa? - Chester já abandonando toda a razão virou-se para Charles explodindo - Disse que vocês são riquinhos idiotas, agora me solta- Charles com desdém perguntou - Ou você vai fazer o quê? - toda a ira de Lewis anteriormente explodida agora tomava sua aparência, sua fisionomia assemelhava-se ao de um demônio, deixando de lado todo o medo proferiu - Ou, eu vou arrebentar tua cara agora mesmo- Charles ainda com desdém falou calmamente - Tô esperando - Lewis como uma medida de desespero soltou sem dar tempo de Charles reagir - Estupefaça

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"Ou, eu vou ter que arrebentar sua cara agora mesmo

Viu os olhos de Charles fecharem após sua cabeça sofrer o impacto de uma luz azul, após isso o corpo encostou-se no ombro da pessoa que estava sentada ao lado de Charles(Quem?). "Oh my god, funcionou, eu consegui", pensava feliz o menino Lewis até dar uma olhada por todo o recinto. Alguns pareciam assustados, outros furiosos, mas com certeza todos estavam surpresos. Depois de ter liberado toda a fúria de sua varinha, Chester voltava à sua normalidade, junto com isso seu instinto de sobrevivência apontava dizendo perigo, virou as costas e saiu correndo pelo corredor do expresso tentando fugir dos sonserinos remanescentes.

Spoiler:


Última edição por Chester Lewis em Sex Ago 10, 2012 6:55 pm, editado 1 vez(es)
Chester Lewis
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Mensagem por Leslie Astor Qui Ago 09, 2012 8:58 pm

1º Post

Antecipação

Leslie não dormira naquela noite. Estava por demais ansioso pelo regresso, que significaria acesso a uma biblioteca irrestrita, tutores para lhe tirar as dúvidas e uma fonte riquíssima de estudo por perto chamada Floresta Proibida. Resolveu então passar a noite lendo um livro sobre poções rápidas, que sua mãe ocasionalmente deixava aberto sobre o balcão da cozinha, e que ele achara melhor levar ao quintal para ler pela última vez sob aquele céu.

Enquanto estava completamente absorvido em sua leitura sobre a parca luz da vela que trouxe, Rory se levantava de sua cama enrolado em lençóis finos, arrastando-os pela casa por onde passava. Abriu a porta com cuidado para não acordar os pais, deu a volta na pequena construção até chegar à horta. Do outro lado dela, Leslie lia sentado na cadeira que usavam para semeá-la. Ele não o havia notado. Com raiva, o pequeno pegou uma pedrinha de jardim que encontrou aos seus pés e arremessou em direção ao primogênito.

Leslie ergueu a cabeça de supetão, derrubando o livro no processo. O susto que tomara quase o fez saltar da cadeira – quem faria aquilo àquela hora? – quando finalmente seus olhos encontraram os do irmão, grandes, encarando-o, azuis refletindo a lua. Estava ali, pequeno, enrolado, esperando que o notassem. O bruxo então apoiou o livro sobre a almofada do assento e se dirigiu a ele, com cuidado para não pisar na horta.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou, no seu tom mais pacífico.

- Você vai embora amanhã.

- Mas eu volto para o natal! Você nem vai reparar que eu fui, Rory...

Sentiu então um impacto atingir-lhe a barriga, para depois perceber que levara o mais forte soco do irmão, que saíra correndo da cena do crime. Deixou-o ir, sem saber que, em minutos, ele teria a sua primeira manifestação de que a magia corre em suas veias. Apanhou o livro e abraçou-o, desistindo de ler e apenas observando a lua dançar pelo céu, até que ficasse fora da vista e o céu ficasse lilás, rosa, laranja...

Era hora de ir. Levantou-se e foi à cozinha, preparou um café forte no bule velho e comeu com uma fatia de pão coberta de geléia de framboesa caseira. Não estava com fome, mas precisava de algo que tampasse o vazio em seu estômago, senão este o engoliria. Pegou as malas, já arrumadas no dia anterior, e escreveu um bilhete de despedida, que deixou dobrado no mural encantado de sua mãe, que armazenava os papéis e os deixava a mostra quando um novo leitor passasse por perto.

O Embarque

Meteu a mão livre no pote de vidro, cheio até a metade de pó de flu. Conferiu mentalmente tudo que precisava levar, e se não estava se esquecendo de nada. Fechou os olhos e viajou. Durante a curta viagem, lembrou de que a rede era clandestina, e torceu para que nada de mal acontecesse e que chegasse em segurança ao lugar que já lhe era conhecido de muito tempo. Ao abrir, estava na loja de uma conhecida de família, a sra. Lilygarden, que mantinha uma modesta floricultura trouxa próxima à estação de trem. Cumprimentou-a com alívio e comprou um ramo de lilases, o qual pagou com um galeão e recebeu o troco em dinheiro trouxa, para que pudesse pegar um táxi. Pôs o ramo de lilases enroscado na alça das malas, e foi.

Entrou na plataforma 9¾ sem mais problemas. Carregava um pesado carrinho com três grandes malas, e a dificuldade que sentiu ao empurrar o fez indagar como ele havia conseguido se transportar sozinho com tudo aquilo, para começo de conversa. Chegou ao local de despache, e resolveu tirar um livro da mala antes de perdê-la de vista. Prometeu a si mesmo que não leria, mas a pequena traição de si pareceu menor ao pegar um romance e não um livro técnico. Jogou seus pertences e dirigiu-se à entrada do trem, com o volume debaixo do braço esquerdo e a sacola com as vestes presa no punho direito.

Sua ansiedade para regressar não superou seu arrependimento de ter chegado cedo demais. O trem estava agitado com o movimento das pessoas entrando e saindo da cabine, e ele sentia que alguma confusão estava prestes a começar. Subitamente ficou feliz de ter abandonado a idéia de interagir e agradeceu estar com um livro grosso o suficiente para durar a viagem inteira. Olhando para baixo, de modo a evitar contato visual, foi desviando das pessoas e suas bagagens de mão até as últimas cabines.

A cabine estava vazia, e era próxima ao depósito das malas, pois conseguia ver algumas ao longe. Sentou-se confortavelmente, as pernas estendidas e as costas contra a parede da janela, ficando de frente para a porta. Deixou a sacola cair logo abaixo de seu assento, e abriu o livro. Parecia interessante, a história de um eterno jovem desafiando a moral vitoriana; no entanto, não teve chance de prosseguir sua leitura, pois um curioso felino aterrissou em seu colo, encarando depressa o chão da cabine para então voltar seus fugazes olhos para Leslie. Cumprimentou-o afagando-lhe a cabeça atrás da orelha, e a resposta foi o gato deitando sobre seu estimado livro. Parecia reconhecê-lo de algum lugar, talvez o tenha visto perto das masmorras do castelo durante alguma aula de poções. Ficou em silêncio, redescobrindo que nem só com gente se cultiva a amizade, e percebeu que trazer o livro talvez tenha sido, de fato, um erro.
Leslie Astor
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Henri Le Blanc Qui Ago 09, 2012 8:59 pm

O cabelo de Katrina bailava a mais bela das danças ao redor dos olhos azuis da garota. Apenas por um momento perdeu-se olhando para o rosto dela recordando o passado e quando percebeu já tinha perdido o que Aileen falara. Moveu o rosto para ficar de frente à gêmea, mas os olhos ainda estavam fixos na meio-veela com bochechas perfeitamente vermelhas, como as dele naquele momento de falas improvisadas.

- O que? – falou para Aileen, mesmo que fosse difícil perceber para quem se dirigia.

Napoleão teve de acordar seu dono mais uma vez do mundo – perfeito – onde só existia ele e Katrina e mais nada, apenas ruídos ao longe que lembravam uma sociedade agitada com crianças se preparando para o primeiro dia em uma escola nova, a chuva pingando nos trilhos e numa parte da lataria do Expresso, ele podia ouvir. Deu um passo na direção de Katrina e pegou o cartão de suas mãos.

Aquilo não era o suficiente. Depois de tanto tempo longe dela, ele queria muito mais do que uma simples troca de cartão postal. Pegou a mão da loira e a puxou levemente, dando mais um passo para quebrar a distância que era tanta e por tanto tempo de uma vez, soltou a mão de Katrina e estendeu os braços em torno de seu pescoço em um abraço apertado, sentindo o perfume indescritível da garota. Atrás de sua cabeleira dançante estava o cartão com um beagle olhando a famosa ponte de Londres.

- Obrigado Katrina! Cachorro é meu animal não-bruxo favorito e adoro beagles. – ele realmente gostava, mas tratando-se de um presente vindo de Katrina, qualquer coisa o agradaria. Virou o cartão para ver o que estava escrito, ainda no abraço, e viu o vazio. – Acho que você esqueceu-se de escrever... Mas não tem problema, teremos muito tempo para conversarmos.

Desfez o abraço e depositou o cartão postal em cima do malão ao lado da gaiola de Napoleão que logo pulou para a parte mais baixa e olhou a imagem por breves segundos, voltando o olhar para Henri logo em seguida como quem diz que não se deve mentir para a pessoa que ama. Apesar da forte ligação que o rapaz tinha com seu animal de estimação, ignorou o conselho da coruja e voltou para perto de Katrina em seguida.

- Pois é, mas esse ano não irei para Beauxbatons. – deu de ombros, desinteressado. – Busca por novos ares, novos colegas e coisa do tipo, daí vim para Hogwarts. Meu pai aprovou. – acrescentou sabendo que Katrina entenderia que ter a aprovação de Emmanuel num assunto como aquele era o mesmo que a Igreja aceitar que preservativo não era coisa do demônio pecaminoso. – Como está a família? Andei conversando bastante com Mabelle durante o último ano, inclusive ela me disse que você tinha mudado para Hogwarts... Sem avisar os amigos, hein?

Resumo escreveu: O garoto estava desligado em seu mundo com Katrina que não prestou atenção no que Aileen falara. Recebe o cartão postal de Katrina e continua a conversa sobre mudança de escola.
Henri Le Blanc
Henri Le Blanc
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Mensagem por Eilonwy K. Dolben Qui Ago 09, 2012 9:55 pm

Spoiler:
<< LAST CHAPTER

O caminho pelos corredores do Expresso de Hogwarts até o banheiro levou uma eternidade para Lony percorrer, mesmo que fisicamente o comprimento não fosse tão extenso, mas considerando a teoria espaço-tempo, foi como andar em câmera lenta, com todos aqueles olhares voltados para aquela bochecha enorme. Ela percorria mentalmente por uma linha tênue que a ligava com todas as motivações de um futuro distante, e que, provavelmente, seguindo naquele compasso, ela não conseguia visualizar a si mesma sendo feliz novamente enquanto estudasse naquele castelo, com aquela a fama de “a-garota-da-pereba”.

Lony amaldiçoou Gabriella tantas vezes em seus pensamentos, que se elas estivessem em um desenho animado, choveria bigornas na garota da Grifinória todos os dias. Correndo para o banheiro e desesperada, torcendo para ninguém aparecer por lá, ela abriu a porta, quase chutando-a, transferindo aquela ansiedade toda para bloquear a passagem e que ninguém mais a perturbasse enquanto estivesse viva por lá.

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Tumblr_m5fhtghMtt1rwe0j1o1_r4_500

A garota morena encostou as costas na porta de madeira, com os olhos fechados, e escorregou para o chão choramingando. Só então, quando estava em contato com o piso gelado, ela abriu os olhos e viu uma garota loira parada bem a sua frente com os olhos um pouco arregalados. Para a alegria dela e para a nooooossa alegria era apenas Chloe, uma garota que ela ficou muito feliz em ver por três motivos: primeiro, ela era da sonserina. Segundo, ela não tinha visto nada daquela cena cabulosa na Plataforma, e terceiro, as duas sempre foram amigas e companheiras de casa, e Chloe era alguém que Lony gostava e não brigava muito.

Pra variar, Chloe trocou o nome de Lony, e a garota teria dado uma bronca na amiga, mas perdoou-a porque estava zangada com outra coisa e por Chloe não ter praticado o nome da garota por dois meses por causa das longas férias, Lony decidiu dar um desconto desta vez.

As duas conversaram por um bom tempo, o suficiente para Lony explicar a ela o que havia acontecido. Ela contou o drama todo, um pouco envergonhada, com medo de Chloe julgá-la fraca ou achar aquilo indigno de uma sonserina, mas ela fora solidária. O bom de sonserinos é que, por mais que eles sejam rudes, metidos e individualistas, eles mantêm uma amizade depois de conquistada e não a trocam por pouca porcaria, além do mais, sabem dar apoio, pois unidos são mais fortes, e eles sabem disso.

Quando Lony desviou sua atenção para o cheiro estranho no ar, Chloe explicou para a amiga o incidente.

-Ai, você não foi a única que o mundo resolveu rir da cara. Você acredita que alguém me jogou um rapaz e um monte de lixo junto? -fez uma feição triste -Não existem mais pessoas educadas por aí. – de fato, educação é sempre relacionada a segundas intenções, foi o que Lony pensou -Sem contar o fato de que estou molhada da chuva e que me envolvi numa corrida de uma aposta que nem era minha... - girou os olhos. -Mas tô muito ruim? O cheiro tá estranho?

-Nossa, erm... não, não está... -Lony falou com uma vozinha fina, mas pela expressão de Chloe a garota não pareceu acreditar - ah, é mentira. Desculpe, mas está parecendo que... que... jogaram lixo em você mesmo. -ela não podia ter outra descrição melhor para isso. -Quem era a pessoa? Você também tem uma inimiga agora?

-NÃO! Droga. Você por acaso não tem nada aí que tire mau cheiro? - fez uma feição de desespero. -Já tentei dar uma limpadinha, pelo visto não funcionou... Não sei quem era, mas quando eu descobrir... HAHA. - parou. - Ainda não sei o que vou fazer mas... Vai ser algo ruim. – completou e Lony ergueu uma sobrancelha.

Para a sorte da garota loira, Lony era uma das melhores alunas em feitiços. Na verdade, o Dr. Cooper diria que era o tal do Lewis, mas Lony tinha certeza de que era ela e ponto final. Por isso, não demorou muito para a garota dar uma folheada no seu intelecto e achar a solução.

-Hmmm, Chloe, acho que dá pra fazer algo, tem um feitiço que... vejamos... -ela pegou a varinha que estava caída no chão ao lado dela e executou o Feitiço da Limpeza na amiga, deixando a aparência dela bem mais agradável e sem aquele cheio de casca de banana.

-Ah bem melhor! - ergueu os braços como sinal de vitória. -Obrigada Lucy lucy! –os olhos da garota brilhavam enquanto os de Lony reviravam, mas mesmo assim a morena abriu os braços para receber um abraço de volta –Ah, só não te dou um abraço agora, porque né, se for contagioso. - fez uma cara de pavor e Lony largou os braços no colo com cara de mangá irritado. -Mas espero que você resolva logo, e...

-Tá, tá... vão resolver, em nome de todos os sonserinos cruéis. –e a garota realizou uma expressão que deixaria o lindo lorde Voldemort orgulhoso. E Chloe, por sua vez, ergueu as duas sobrancelhas, sabendo que isso não era um assunto muito, hum, honroso para os sonserinos ressuscitarem.

Uma batida oca na porta fez Lony arregalar os olhos, tudo que ela menos queria era que mais alguém a visse daquele jeito ou sequer falasse com ela. Ela indicou com a cabeça para Chloe responder por ela, e a loira entendeu.

-Quem é? –Chloe perguntou.

-É a Anna. –e Lony, reconhecendo o sotaque por trás da porta, proferiu com os lábios uma frase muda, como se dissesse “Como assim?” para Chloe, que deu de ombros. –A Dolben tá ai?

-Sim, estou, uhnnn... pode... erm –Lony respondeu por Chloe, mesmo achando tudo aquilo muito estranho, ela não tinha certeza se era uma boa ideia deixar Anna entrar, mas Lony se lembrou de uma frase peculiar, que é “como dizem os britânicos, a Guerra dos Cem Anos pode esperar se você estiver com uma pereba na cara.” Mentira, foi ela que inventou essa frase.

Chloe convenceu Lony a deixá-la entrar, afinal, a garota não poderia ficar ali a viagem toda. A porta abriu lentamente, e surge primeiro os cabelos castanhos de Anna, e receosamente, a garota vai surgindo, localizando uma Lony de braços cruzados virando o rosto para o lado oposto, na tentativa de disfarçar a pereba. Anna entra rapidamente pela fresta e fecha a porta atrás de si, e só então as duas garotas perceberam o chapéu bonito, de abas largas e negro que a garota da Corvinal carregava.

-Ah! -ela olha pra bochecha de Lony, faz uma cara inteligivel, e pigarreia -É, eu achei que realmente não tivesse visto demais enquanto você passou correndo... - estende o chapéu pra a garota - Eilonwy, acho melhor você ir logo para o trem, aqui qualquer aluno pode aparecer; e lá eu consigo consertar... - faz uma careta - Esse... Problema facial temporário.

Lony imaginou que o chapéu poderia estar cheio de pó de mico mágico ou coisa pior para deixá-la ainda mais constrangida, e receou para aceitar o objeto, mas Chloe deu uma cotovelada nela, indicando que, suspeito ou não, aquele acessório era a única coisa que ajudaria a disfarçar aquela meleca, e além do mais, o chapéu era lindo.

OFF2: Bom depois deste post eu vou dar uma sumida até segunda ou domingo, provavelmente, porque vou viajar a trabalho, e quando eu voltar estarei perdida aqui no forum, certeza xD mas dou meu jeito de acompanhar tudo depois, bye o/
Eilonwy K. Dolben
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Mensagem por Elliot B. Pointer Qui Ago 09, 2012 10:33 pm

No episódio anterior...:
. Capítulo IV .

Procurando fugir dos feixes de feitiços que estavam ricocheteando e sendo lançados na plataforma, Elliot entrou no vagão do trem, quase esbarrando em uma garota que estava passando pelo corredor naquele momento. Ela soltou um grito de susto que quase o ensurdeceu, mas ele não podia deter-se. Depois voltaria e procuraria por ela para pedir desculpas – ou não, ela deveria estar grata que, estando ele envolvido, tudo que ela tivera fora um susto... Pessoas se acotovelavam nas janelas, dificultando a visão de alguma coisa do lado de fora, mas conseguia ouvir os clamores de briga. E pela descrição de uma loura, grifinória, quintanista, que ele coletara enquanto se espremia pra passar pelos alunos no corredor, ele tinha certeza que uma amiga sua estava envolvida naquilo.

Conseguira chegar ao final do vagão, faltando mais três, quando a multidão saiu da janela, voltando a transitar pelos corredores, com seus malões, procurando uma cabine vazia... A situação fora aparentemente resolvida. Dando um suspiro, ele balançou a cabeça e prosseguiu pelo caminho. Não importava o quanto estivesse resolvida a situação, ele precisava ver se a veterana estava bem. Afinal, Gabriella Alleborn era a irmã mais velha que ele não tinha. A única quintanista com quem ele se relacionara bem, quebrando a tradição de manter veteranos em patamares intangíveis que ele tinha. Prosseguiu passando pela correnteza de alunos que vinham em direção contrária, quando viu duas sonserinas do quarto ano no corredor. Lara Rosenberg, que ele conhecera em detenções, e Elena Holdfeny, a atleta. A garota em quem ele derramara uma poção no cabelo dela no primeiro ano deixando o cabelo dela roxo por uma semana... Se ela o odiava por isso, ela não demonstrava. Mas ele ainda sentia-se mal – principalmente porque todas as vezes que tentou reparar o erro, piorava a situação, como quando a deixou cheia de fuligem ou quando ela acabou com a roupa melada de graxa... Mas ela estava com Lara e era início de ano letivo... Quem sabe nesse, desse tudo certo. Mas pra não arriscar, ele não iria tentar reparar algum dos “fails” do passado, limitando-se a agir como se nada nunca tivesse acontecido.

Oi, Elliot! Feijãozinho de todos os sabores? — disse Lara oferecendo uma caixinha em sua direção.

Feijãozinho? Ah, não, obrigado. Eu estava tentando chegar ao lugar do combate das meninas, mas acho que pelo silêncio já terminou. — será que ela sabiam quem era a outra envolvida? Talvez fosse uma oportunidade de perguntar.

Que combate? Eu ouvi uma confusão mais pro fundo do trem. Um menino tentou vender bebida trouxa pra um bando de sonserinos, veja só. Pensei que Corvinais fossem espertos! — comentou a amiga, descontraidamente.

Cala boca, Lara... — a senhorita Holdfeny se manifestara, um pouco naquele tom de cordialidade costumeiro dela. — Nem parecia que estava tendo confusão nenhuma... — ela tentou reparar a informação concedida.

Ai! Como não?! Tinha bebida derramada pelo vagão todo e... ahm... — Elliot não percebera o olhar de Elena para Lara, sua mente começara a mexer as engrenagens...

O combate entre a... — respondeu automaticamente, afinal, ele não podia negar uma informação. Mas sua mente forneceu um insight que o desviou da ideia original. — Corvinal? Bebida trouxa? Sonserinos? — combinação explosiva e ele só conhecia alguém capaz de criar um tabuleiro daqueles... — Great Scott! Chester... — Elliot olhou na direção que as garotas vinham e fez os cálculos. Ouvindo as palavras de Elena, ele prosseguiu, tinha que justificar-se racionalmente e tomar cuidado com o que diria... Começar o ano sem explodir algo da Holdfeny era lucro. — Certamente que não estaria havendo confusão nenhuma, srta. Holdfeny... Mas sacomé, né? Contei cinco professores no trem e conhecendo meu amigo, quase certeza que ele vai se meter em confusão. Ainda mais porque nem todos os sonserinos são sociais como vocês, sempre têm aqueles que têm complexo de Malfoy, achando que ambição é bancar a bitch mal amada ou o rebelde sem causa... E pior coisa do mundo é começar o ano letivo com placar negativo, né? — ele começava a passar entre elas, gesticulando. — Iniciando o ano com cinquenta pontos negativos... Desse jeito nem ganhando o campeonato de quadribol... Por isso vou lá dar uma verificada.

Ele achara que tinha usado as palavras certas. Ela era a capitã de quadribol da Sonserina, então, ele acreditava que nestes termos ela o entenderia, apesar de suas razões serem obviamente outras, mas essas talvez só os lufanos o entendessem sem precisar de palavras. Passando por elas, vendo que a senhorita Holdfeny estava sã e salva e nem estava com raiva dele, ele começou a correr na direção que elas vieram. Agora com maior urgência, ele corria passando pelos alunos, esbarrando, derrubando malões, saltando, repetindo o mantra “Licença.Tôpassando.Desculpe.FoiMal.Ops.BeloGato,Moça.OndeConseguiuEssaCoca,Garoto?Valeu!”. Chester era ótimo em duelos, mas ele tendia a deixar que suas emoções dominassem a mente e acabava agindo de forma equivocada. Ele não se esquecera da vez que o amigo entregara Gabi só pra tentar se salvar da detenção do “Yellow-eyes”...

Passando para o próximo vagão, ele viu a térmica estranha, provavelmente feita pelo Chester, de Coca-Cola... Como assim derramaram Coca-Cola? Controlando o impulso emocional, ele ouviu a discussão e ouviu quando Chester agiu emocionalmente – mas no caminho completamente oposto... Ele levantara a voz pra alguém e soltara um Estupefaça! Isso era sinônimo de encrenca da grossa! Colocando rapidamente cinco latas de Coca na mochila, ele segurou o carrinho de Coca-Cola que estava no corredor, vendo Mimi se aproximando correndo do outro lado. Ele acenou para o carrinho e fez um gesto com as mãos de uma explosão, uma segunda mímica de puxando algo e movimento do braço pra correr loucamente como se não houvesse amanhã pro próximo vagão, apontando pra porta. Ela acenou assertivamente e ele começou a contar com os dedos, preparados pra agir no três. Fez o sinal de um com o dedo indicador, quando ouviu:

— Sectusempra!

Arregalando os olhos, ele fez um gesto de três rapidamente com a mão, enquanto via os feixes do feitiço chicotearem a parede da cabine próximo à porta. Surgindo na frente da cabine, colocou as duas mãos pra dentro e segurou o amigo, puxando-o mais forte que podia. Chutando o carrinho, ele derrubou as 19 Coca-Colas no chão, enquanto Mimi soltava um Avis e pulava por cima das cocas, na direção deles. Com o coração apertado, a boca seca e um pesar maior do que tudo que ele já sentira, ele estendeu a varinha girando-a enquanto dizia:

— Bom-BAR-da!

Aquilo fora suficiente pra que as latas explodissem com a pressão, impedindo perseguição, enquanto Mimi abria a porta do vagão e ele passava com um Chester que sangrava. Por fim, vindo de trás dele, viu um clarão luminoso intenso. Mimi usara “Lumus Solen”, cegando qualquer pessoa que tivesse colocado a cabeça para fora da cabine e os três dispararam pelo corredor, como se não houvesse amanhã. Percebendo que Chester precisava de atendimento urgente, ele estava procurando uma cabine onde poderia se colocar até quase se chocar com a senhorita Perkins, que estava com uma muda de roupa nas mãos. Sem saber o que fazer, ignorando uma música animada, ele abriu a porta da cabine do lado e jogou-se com o amigo, mas não sem antes puxar Aubrey com ele – não queria que ela fosse pega por algum dos feitiços, ainda mais de Arte das Trevas. Se isso acontecesse, ele nunca se perdoaria. Quando Mimi passou, ele fechou a Cabine, lançando um colorportus e empurrando Chester pra colar na porta, deitado no chão, encostado no assento da poltrona. Se alguém olhasse de supetão pela janela, não o veria. Respirando fundo, ele viu Mimi lançar um Ferula, colocando ataduras pra conter o sangramento e só então notou a jovem garota com uma gaita de foles nas mãos e um esquilo vermelho... Um pouco sem graça, tirando os tênis e subindo no estofamento, ficando colado na parede do lado da porta – e não visível pra quem olhasse pela porta – ele disse:

— Er... Oi. Sou o Elliot. Você deve ser nova, não é? — ele deduziu pela gaita. — Poderia continuar sua música? Não iremos incomodar em nada. Só estamos tentando passar despercebidos, probleminhas com colegas de escola... O de sempre. — e abriu um sorriso largo. Olhando para Aubrey, disse. — Desculpe-me, senhorita Perkins. Eu não podia deixá-la no corredor com Arte das Trevas sendo lançada a esmo assim... Eu não me perdoaria. Finja normalidade se olharem pela janelinha, por favor. É questão de vida ou morte...


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Elliot B. Pointer
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Mensagem por Elena Holdfeny Qui Ago 09, 2012 10:55 pm

Quando você pensa que nada mais vai te surpreender...

Uma senhora velha, feia, suja, mal vestida e com uma carranca horrível entrava na cabine que Elena dividia com a Natalie. Ela parou por um segundo e fechou os olhos. Respirou fundo, como sempre fazia para tentar manter sua concentração e calma. Mas cometera um erro terrível fazendo aquilo. Sentiu um cheiro um tanto desagradável. Encarou a velha novamente com uma sobrancelha arqueada. Naquele momento notou que a velha não tinha entrado sozinha na cabine. “Desgraça pouca é bobagem”. A velha carregava consigo um porquinho.

- Desculpa, mas acho que a senhora pegou o trem errado. Esse aqui vai pra Hogwarts e não para um asilo. – ela dizia para a velha, sem pensar e com muita certeza. Olhou-a mais uma vez -Nem para um hospício. – completava se divertindo.

E de repente sentiu o olhar da velha nela. E era intenso. Sentiu um leve calafrio por dentro. Não o deixou transparecer. A velha continuou encarando por um tempo e ela displicentemente respondia ao olhar. Sua expressão era tranquila. Esperava que se tornasse claro para a velha que deixá-la desconfortável era algo muito difícil. No entanto, a velha logo desviou o olhar pois a porca que carregava começou a se debater. Ela olhava toda a situação e só conseguia pensar que ela simplesmente não estava disposta a lidar com uma situação tão ridícula. Uma situação que envolvia uma velha esquisita e uma lufana medrosa. Ela não merecia começar o dia daquele jeito. Apenas piadas começavam daquele jeito...

- Um porco?

Uma voz amiga soava junto do surgimento de uma figura amiga. Lara aparecia na porta de sua cabine. E antes que pudesse pensar qualquer coisa, a gata que estava no colo da amiga emitiu um som assustado e fugia do colo da dona. Provavelmente a gata tinha se assustado com a cara da velha. Qualquer um provavelmente se assustaria com aquela carranca feia. Ela não sabia como ela não tinha se assustado com aquela carranca feia. Todavia, ela não era muito de se assustar.

- Oi, Lena! - dizia Lara olhando para ela como se ninguém mais estivesse presente. - Quer me ajudar a procurar a Louise? Ela provavelmente está traumatizada em algum canto do trem.

E sem sequer dar tempo de Elena responder, Lara a pegou pelo braço e a puxou para fora da cabine. Elena cogitou por um segundo em reclamar daquele movimento brusco, mas desistiu. Reclamar de quê? De ter sido logo tirada daquela cabine? Nunca. Não sabia mais por quanto tempo aguentaria sentir o cheirinho da velha sem passar mal ou fazer algum outro comentário sincero.

- Por quê ela estava olhando com tanta raiva pra você?

- Ela estava com cara de raiva? Achei que era a expressão normal dela. – ela não podia dizer que tinha se esforçado para compreender o que a carranca da velha expressava, já que todo tempo que a encarou só conseguia reparar mesma era na feiura. - Definitivamente uma das 5 figuras mais esquisita que já vi nesse trem, Lara.- ela dizia num tom de lamentação irônico - Hogwarts está caindo de nível... Enfim, obrigada por me tirar de lá, Larinha.- dizia abrindo um sorriso pra amiga.

- Ela tinha um porco! Isso é permitido? Porcos não fedem?- a amiga dizia indignada, gesticulando para dar ênfase. - E é claro que eu ia te tirar de lá! Quem é aquela mulher? Nova professora, eu aposto.

Bem, ela não tinha realmente parado pra pensar nisso. A simples hipótese daquela mulher sendo professora de qualquer coisa a deixava curiosa. Contudo, achava que aquele não devia ser o caso. Como pode Hogwarts – a melhor escola de magia do mundo – contratar alguém como aquela velha? Mas decidiu que se aquele fosse mesmo o caso, era bom que a velha fosse nova professora de matéria optativa, para ela não precisar cursar as aulas. Afinal, aquele tinha sido um péssimo começo e não ia correr o risco de se dar mal porque a professora provavelmente não iria com a cara dela. Ela gostava muito de manter boas notas.

- Não sei se todos fedem, mas aquele fedia demais. A velha também não estava lá muito cheirosa.- dizia rindo num tom meio maldoso. - Mas não sei quem era. Talvez a avó caduca de algum aluno, sei lá, não me dei ao trabalho de perguntar...- seu tom mudou de repente.

E ali lhe ocorreu que talvez ela tivesse sido um pouco mais malvada do que ela geralmente se permitia ser. E se a velha na verdade não fosse simplesmente uma louca ou uma mendiga qualquer? E se ela fosse de verdade a avó caduca de alguém? E se ela só estivesse procurando ajuda e Elena sem motivo nenhum agiu com um pouco mais de sinceridade do que o respeito permite? Por um momento se sentiu péssima. Tinha simplesmente julgado muito mal a velha pela aparência. Podia ser sua avó ali no lugar...

- Talvez eu devesse né? Vai que era realmente a vó caduca de alguém perdida, coitada.

E então seu segundo de questionamentos acabou. Porque ela percebeu o óbvio: Aquela ali nunca seria sua avó. Primeiro porque sua avó nunca se permitiria chegar a tal estado de decadência; e segundo porque ela nunca deixaria sua avó chegar àquele estado de decadência. E qual problema dela ter julgado a velha pela aparência? Com um aspecto daqueles ela parecia pedir que as pessoas a julgassem superficialmente.

- Mas se ela parecia me olhar com raiva mesmo, talvez seja melhor deixar pra lá. A lufana que se vire com ela... - a simples idéia da lufana, que tinha se mostrado ser uma pessoa muito facilmente assustada, com a velha esquisita era muito interessante. E um pouco divertida.

- Lufanos são tão pacientes e diplomáticos, não é mesmo? Tenho certeza de que vai dar tudo certo lá dentro.

Seguiu com a amiga a procura da gata perdida. Andaram praticamente até o final do trem. E lá encontraram a bichana. Escondida, ainda um pouco assustada, a gatinha de Lara parecia não querer sair da onde estava. Elena não tinha muita paciência para bichos. Em especial para aquela gata. A bichana tinha um temperamento muito forte e era teimosa demais para a paciência de Elena. Decidiu dar espaço para amiga e a gata, voltando sua atenção para aquela cabine e parte do trem. Não lembrava de ter ido nunca tão para o fundo do trem. Contemplava os arredores sem muito ânimo quando de repente ouviu um barulho enorme vindo – aparentemente – de lugar nenhum.

Odiava admitir que tinha se assustado, mas ela tinha. Olhou ao redor, preocupada, buscando a origem do barulho. Não demorou muito para concluir que tinha vindo do banheiro. Olhou para a amiga, que agora já tinha a gata em seus braços e viu nela uma expressão de espanto. E então um menino - Chester alguma coisa – saía do banheiro e com tinha com ele um carrinho de coca-cola. Elena começou a se perguntar se estava na verdade não estava sonhando. Aquele dia ficava cada vez mais esquisito.

O menino então tentou vender a bebida trouxa para as duas. Apesar dele ter sido até simpático, ela não conseguia ignorar o fato de que ele tinha acabado de sair do banheiro com aquelas bebidas. Dentro de um banheiro. Um banheiro público.

"PÚBLICO."

Ok, talvez não tão público quanto a maioria dos banheiros públicos, já que apenas os alunos de Hogwarts e alguns professores podiam utilizar aquele trem como meio de transporte e apenas em algumas épocas específicas do ano. Mas isso não diminuía o problema todo da situação. Ele ainda insistiu na venda, mas ela não iria nunca aceitar. Ela sabia o que era coca-cola e já tinha até provado a bebida. Era deliciosa, odiava admitir, já que era uma bebida trouxa. Mas isso não importava muito para ela. Sua dieta era balanceada e ela raramente se permitia escapar e consumir algumas poucas calorias a mais. As 137 calorias daquela latinha eram calorias a mais demais.

O menino seguiu seu caminho. “Talvez ele dê um bom vendedor ambulante”. E elas também não se demoraram mais no final do trem. Foram logo atrás de uma nova cabine. Porque de jeito nenhum Elena voltaria para sua antiga. Depois de procurarem por um tempinho, acharam uma com algumas primeiranistas. Estava decidida a não procurar mais. Então deu seu jeito de esvaziar a cabine, da forma mais gentil que conseguia imaginar: contou para as garotas que uns sonserinos tinham roubado o carrinho de doce e estavam distribuindo de graça para todos. As meninas ficaram animadinhas com a idéia da confusão e mais ainda com a idéia dos doce de graça. "E acho que temos aí mais três futuras gordinhas. Não duas só, aquela loira é gorda já". As meninas logo saíram e largaram a cabine vazia ali. Vazia para Elena e Lara ocuparem.

Já melhor instaladas, Elena enfim relaxou um pouco. Conversou com a amiga por um bom tempo e depois Lara a convenceu em fim a jogar uma partida de Snap Explosivo. A última coisa que a sonserina queria naquele minuto era jogar uma partida do que quer que fosse, mas após um pouco de insistência da amiga, decidiu ceder. Não custava nada. E se ela ganhasse, sabia que se sentiria melhor. Mesmo sendo apenas uma partida boba.

O problema foi que ela perdeu.

- RÁ! Ganhei! - a fumaça de uma mini-explosão no jogo de snap surgia no ar.

- MAS QUE MERDA... – falava praticamente gritando enquanto empurrava o jogo no chão.

Lara levantou as sobrancelhas, assustada. -Wow, calmaí. O que foi que houve? É só um jogo de snap, Lena. - dizia, botando a mão no braço de Elena.

Sentiu-se um pouco envergonhada pela sua reação, mas ela era assim mesmo. Não conseguia evitar e já até tinha tentado mudar. Mas era assim e pronto. "E nunca deu nada errado em agir e reagir como eu faço". Ela gostava de dizer isso pra si mesma. Talvez ela acreditasse nessa mentira um dia, se continuasse tentando se convencer. Começou a se explicar para amiga e foi então que lembrou. Ela não era a única com motivos para ter algumas reações inesperadas aquele dia...

- Hoje também não é exatamente um bom dia para você, não é?

Ela pode perceber Lara engolindo em seco. Fazia um ano que o irmão da amiga tinha desaparecido. Ninguém sabia ao certo se ele mesmo tinha fugido ou se tinha acontecido algo pior. Devia ser horrível viver aquela situação. Ela era filha única, mas a ideia de qualquer um de seus familiares sumindo assim de repente lhe dava arrepios.

- Já tive dias melhores. Anos melhores. Você sabe. - E desviou o olhar, enquanto coçava distraída as orelhas da gata.

- Eu sei. - ela olhava com carinho para amiga - E também sei que não é a mesma coisa, mas eu tô aqui, caso você precise. - ela esboçava um sorriso gentil e doce para amiga.

A amiga parecia agradecida, mas também bem ansiosa para fugir do assunto. Naquele momento, Elena sentiu seu estômago roncar. Se dando conta de que não fazia nenhuma refeição desde antes da partida no dia anterior, ficou preocupada. Ela não devia passar tanto tempo sem comer. Não era bom para seu metabolismo e era pior ainda para sua saúde. Sugeriu então irem fazer uma boquinha. E como já esperava, Lara pareceu animada de novo. Ela não entendia como alguém podia comer tanto, sem preocupação e permanecer tão magra. Aliás, ela entendia. Ela apenas continuava constantemente se surpreendendo com esse fato. Era um luxo que ela não se permitia dar. Ajeitaram a bagunça que Elena tinha feito na cabine e saíram. Deixando a gatinha na cabine, na esperança de guardarem seu lugar. E foram em busca do carrinho de guloseimas.

Andavam no corredor e conversavam tranquilamente, até que uma cena em uma cabine chamou a atenção de Lara. Naquele mesmo momento, Elena sentia seu estômago se contorcendo. Torcia para que a amiga não tivesse ouvido o barulho que o mesmo faz. Sua fome parecia crescer mais a cada segundo. Por mais curiosa que fosse a cena do vendedor ambulante da corvinal dentro de uma cabine praticamente só com sonserinos, ela simplesmente não estava interessada em saber nada sobre o assunto naquela hora. Elas seguiram seu caminho e, por sorte, acharam logo o carrinho de guloseimas. Elena comprou tudo que pode de mais natural e light dali. Não eram muitas coisas, mas aquilo serviria pro momento. Foi beslicando uma coisinha ou outra quando cruzaram com um menino. Um menino que ela particularmente não gostava muito de cruzar...

- Oi, Elliot! Feijãozinho de todos os sabores? - dizia Lara para o garoto, fazendo a simpática.

Ela olhou para o menino rapidamente. Ah, Elliot. Ela nem queria começar a pensar naquele garoto. Praticamente nada de bom vinha a sua mente quando pensava nos contatos que tivera com ele. Distraída partindo um pedacinho da barrinha de cereal que tinha na mão, ela ignorava aquela conversinha boba do menino com Lara. Ela sinceramente não se esforçava o mínimo pra prestar atenção, porém terminara de engolir o último pedaço de uma barrinha de ceral, ouviu Lara falando:

- … um menino tentou vender bebida trouxa pra um bando de sonserinos, veja só. Pensei que Corvinais fossem espertos!

- Cala boca, Lara... - Elena dizia entre os dentes esboçando um sorriso forçado, cutucando a amiga com o cotovelo.

Lara não devia se preocupar com Corvinais serem inteligentes ou não, porque se ela decidisse que estava tudo bem em explanar algumas ações dos colegas de casa, logo ela provavelmente se encontraria numa situação pior do que a de Chester. Ela era sonserina, logo seus amigos de casa também. E se ela não era exatamente a sonserina mais malvada que existia, Elena sabia que não podia dizer isso de algumas outras pessoas. Mas a amiga parecia esquecer daquilo.

- Nem parecia que estava tendo confusão nenhuma... - ela dizia voltando seu olhar para Elliot, tentando soar convincente.

Mas a amiga parecia não ter entendido o recado de cara. Para a sorte dela, o olhar que Elena lançou em sua direção foi compreendido, e logo Lara se calou de novo. O menino Elliot respondeu-as enfim, com um discurso gigante do qual ela não sabia se tinha prestado atenção direito ou não. Pois parecia que ele achava que tinha chances de ajudar o amigo. E parecia também que ele tinha alguma expectativa de que a grifinória ganharia o campeonato de quadribol. “Como se eles tivessem alguma chance...”. O garoto então saiu correndo em direção a confusão. Elena revirou os olhos e bufou.

- Nossa, Lara, tinha que abrir a boca pra fazer fofoca? – dizia colocando as mãos na cintura. - E sobre gente da nossa própria casa?

Todo mundo sabe que x9 morre cedo. Não é segredo isso. A amiga se desculpou e se explicou, mas não adiantava mais muita coisa. Ela já tinha aberto a boca e o menino já tinha saído correndo. Se antes naquela cabine parecia rolar uma baguncinha, agora com certeza ia ter uma confusão das boas. Elena não conhecia muito bem o grifinório, mas com o pouco que conhecia, sabia que onde o menino pisava, uma confusão se armava.

- O que o Elliot vai fazer, afinal? - perguntava a amiga.

Lena olhava pro lado em que Elliot tinha ido. - Esse garoto é um ímã pra problema, então com certeza agora vai ter alguma confusão lá.

- Eu não me importaria nenhum pouco de dar uma olhadinha nessa confusão, e você? - E sem esperar resposta, novamente Elena se viu puxada pro mesmo lado que Elliot tinha ido.

Aquela menina só podia ser suicida. Ela só tinha amigo doido, só podia ser.

No entanto, pensou que, talvez, assistir um pouco de desgraça alheia não faria mal. Estava menos irritada pelos acontecimentos do dia anterior, mas qualquer ajuda para esquecer daquilo era benvinda. Afinal, não custava nada dar uma conferida. Aceleraram o passo, indo na mesma direção que Elliot tinha ido. Não demoraram muito para notar onde era a confusão. O caos reinava ali. Não precisaram andar muito mais para ver Elliot novamente e dessa vez com um grupinho. Todos se jogavam dentro de uma cabine, num gesto meio desesperado e estranho. E junto deles, ela pode ver Chester. E o menino parecia sangrar.

- Ok, talvez isso esteja um pouco mais sério do que eu tinha imaginado... - ela falava baixinho para amiga, mas parecia estar falando mais consigo mesma.

Spoiler:


Última edição por Elena Holdfeny em Sex Ago 10, 2012 9:46 am, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Isadore Baudelaire Qui Ago 09, 2012 11:01 pm

OFF: Ações autorizadas inclusive por Chester Lewis. Por isso que vou postar que, por mais que o feitiço seja difícil, ela tenha conseguido fazê-lo. A música do título é Down With the Sickness, do Disturbed


Madness is the gift that has been given to me

Não conseguia acreditar que o corvino realmente estava limpando o chão com a boca, como os sons que ele produzia a levaram a deduzir. Quero dizer, sim, ele estava em menor número, mas que tipo de criatura patética se sujeitaria a isso? Sem dúvidas, Chester Lewis merecia o tratamento VIP e carinhoso que estava recebendo. Roxanna claramente concordava com isso, terminando de extinguir qualquer resquício de dignidade e amor-próprio que aquele ser vivo pudesse ter reunido na sua vida inteira - o que não tinha como ser muito, é claro, já que era um trouxa.

Sua amiga estava pisando no rosto de Lewis, o que Isadore descobriu pela fala que ela proferira, sobre como só não o amassava para não sujar os sapatos. A francesa franziu o cenho de nojo, só de imaginar. No entanto, foram interrompidos pela entrada de mais alguém na cabine: Gerhard Takamiya. Seu guia disparou vários impropérios para todos eles, e Isadore sentiu-se um pouco envergonhada, como se estivessem todos diante de um cachorro seu que ela havia educado mal.

Mesmo assim, o sorriso que emoldurava o rosto da garota não diminuiu em um centímetro sequer durante todo o discurso do japonês, que, em resumo, os acusava de serem todos sujos e malvados. Isso porque a garota não só concordava plenamente com ele como considerava ambos adjetivos muito lisonjeiros, e não o agradeceu unicamente porque não fazia esse tipo de coisa.

No entanto, ficou bastante incomodada com a resposta que Roxanna deu ao Takamiya em seguida. Continuava rindo, porque toda a situação era mesmo engraçada, mas sabia que Gerhard era honrado demais para aguentar as verdades que a sonserina dizia, até porque havia um público considerável escutando tudo.

Isadore estava sinceramente com pena de Takamiya e, tentando adverti-lo de que era melhor não fazer nada nem respondê-la, apenas sussurrou, agora séria:

- Taky...

Não disse mais nada, contudo, porque Lewis resolveu falar com ela, desculpando-se pelo incidente. Esse rapaz poderia ter todos os vários defeitos que eram bastante evidentes, mas pelo menos conseguia surpreendê-la. Era uma coisinha divertida esse Chester. Logo, porém, ele resolveu murmurar alguma coisa sobre os “riquinhos” que Charles não gostou de ouvir e deu a entender que queria que ele repetisse.

Isadore achou bastante inusitada a reação de seu primo e chegou a erguer uma sobrancelha, mas logo o clima leve da cabine tornou-se escuro e gélido para a francesa. Percebia pelo tom de voz do corvino mais jovem que ele tinha reais intenções de atacar Charles. Sabia que este teria facilidade em defender-se daquele, mas ambos estavam próximos demais e o nanico tinha a vantagem da iniciativa, então não demorou nada para ela mesma apontar a própria varinha na direção de Lewis.

Naquele exato momento, confirmando as previsões da garota, ouviu um “estupefaça” se deslizar para fora daquela fossa séptica que Chester chamava de boca. Isadore poderia sentir o sangue subir aos ouvidos e o rosto arder. O corvino poderia ter ofendido sua mãe, cuspido na sua cara ou qualquer outra provocação que nada poderia ter sido pior que acertar Charles. Seu Charles. Sentia tanto ódio que trincou sem querer a janela da cabine em que estavam.

Com a varinha bastante apertada entre os dedos, levantou-se. Poderia ouvir os passos apressados daquela ignóbil criatura pelo corredor, que tomada pelo que parecia ser seu primeiro rompante de bom senso na vida, tentava fugir de sua ira. Mas foi em vão.

-Lewis. Olha pra mim! Eu quero ser a última coisa que você vai ver antes de morrer- urrou, fazendo sua garganta ficar dormente. Claro, sabia que ele não iria obedecer desta vez, mas o fato de que ele estava de costas para ela jamais significaria um empecilho. - SECTUMSEMPRA.

Provavelmente teria acertado em cheio se Takamiya não tivesse deixado a bagagem ali na porta, fazendo-a se desequilibrar. Ficou ainda mais possessa com a ironia de ter sido vítima da sua própria limitação física.

- Sangue-ruim - foi o primeiro de muitos palavrões que saíram da boca de Isadore, aos quais não compensaria reproduzir. Só quando começava a ficar sem voz - quase um minuto depois - encostou-se na primeira superfície rígida que conseguiu encontrar, tremendo muito e com as mãos geladas. Percebeu que estava doente de preocupação com Charles, porque corria o risco de aquele desastre em forma de corvino ter feito o feitiço errado e gerado qualquer tipo de dano mais severo ao primo. Aí sim, poderia morrer tentando, mas mataria Lewis pessoalmente.

Só alguns segundos depois, um pouco mais calma, permitiu-se entrar novamente na cabine. Com o cenho impassível, dirigiu-se ao banco em que supôs que Charles tivesse caído, esticando lentamente a mão para conferir sua teoria. Conseguiu, então, sentir os cabelos dele se emaranharem nos seus dedos, acolhendo-os, mas sentia um cheiro feminino muito próximo a ele que a fez ficar alerta. Ele, claramente, tinha sido aparado por alguém.

Sob circunstâncias normais, Isadore teria ignorado a pontada de ciúmes que contorceu seu estômago, mas ela ainda estava bastante alterada. Portanto, ríspida, ordenou:

- Saia - e arqueou uma sobrancelha, em desafio. E ela que se contentasse por não ter levado um tapa no rosto. Uma vez tendo tomado o lugar da outra, passou um dos braços sobre o peito de Charles, em uma postura claramente protetora e possessiva, enquanto afagava os cabelos dele com a mão livre. Algumas pessoas se dispuseram a tentar reanimá-lo com o “enervate”, mas Isadore não conseguia confiar em ninguém para fazê-lo, nem mesmo em si mesma.


OFF²: Eu não postei porque a Isadore é cega rssss, então ela não sabe que o feitiço dela acertou apenas de raspão no braço do Chester, produzindo um ferimento muito semelhante a este: CLIQUE
OFF³: Quem quiser ser a guria que leva a patada da Isadore no final, pode ficar a vontade rs

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Mensagem por Vicky Etros-Jagger Sex Ago 10, 2012 12:30 am

Para quem interessar possa e estiver sem tempo para ler agora, vai um resumo do que está abaixo:

Spoiler:

O lábio superior de Vicky sofria contrações involuntárias enquanto um peso podia ser sentido em seu ombro esquerdo. Seus olhos estavam grudados em Flower. Fortuna. Fortuna. FORTUNA! – gritou uma voz em seu íntimo.

— Oi, tudo bem? Sentiu minha falta?– disse uma voz folgada, vindo de lugar algum, mas direcionado aos ouvidos de Vicky.

Algumas pessoas tem certos objetivos de vida que podem ganhar representação material. Exemplificando: uma vida feliz, para alguns, pode ser constatada numa família onde seus membros vendem saúde e estão em harmonia. Uma boa situação financeira pode ser materializada em vassouras de qualidade, mesa farta, caldeirões novos, etc. Riqueza e status podem ser materializados em uma grande mansão, incontáveis criados, um cofre recheado no Gringotes.

A sina de Vicky era um azar enorme, uma nhaca indescritível, um urucubaca sem precedentes – e era materializado em um urubu que se empoleirava em seu ombro esquerdo que gosta de fumo romeno, chá verde, de discutir lances de Copas de Quadribol de séculos passado e que atendia por Horacio.

— Talvez você fique feliz em saber que eu senti a sua.– disse o urubu, secamente, visto que Vicky não se manifestava.

E ela não se manifestaria. Faria de conta que Horacio não estava ali. Sabia que, se respondesse o infeliz, teria fama de louca novamente – episodio da vida que ocorreu ainda no seio familiar, onde todos tinham uma ave negra no ombro esquerdo, praguejando e maldizendo sua sorte. Todos falavam com suas aves mas, ao conversar com estranhos, Vicky logo percebeu que ninguém mais via a bendita ave alem dela mesma. Mesmo seus familiares viam cada um sua própria ave. Muita vezes ela se perguntou se sofriam de delírio coletivo, mas sempre que punha a mão em um amuleto de sorte, a nhaca sumia e Horácio desaparecia. Mas seus azar era tão grande que consumia o poder mágicos dos amuletos, e voltava o bendito urubu querando a opinião dela sobre Bjorn-sei-la-o-que, apanhador do time da Noruega que foi famoso em 1508/1522.

— Se alguém quiser saber minha opinião – disse Horacio, usando as penas quais dedos e enchendo o cachimbo de fumo – acredito que Paco Porlan deveria ter atuado como batedor e jamais como atacante na excursão do time espanhol à Grã-Bretanha em 1725. – acendendo o cachimbo, emendou – Jamais deveria ter mudado de posição, para inicio de conversa.

Vicky fechou os olhos por um segundo. "Está tudo na sua cabeça..." – ela repetia para si, qual um poderoso mantra. Não! Qual uma taboa de salvação, à qual se agarra o náufrago.

Não podia ser vencida por aquela maldita ilusão, delírio, azaração, maldição, espírito agourento ou seja lá o que fosse. Tinha que vencê-lo e garantir sua sanidade.

Horacio continuo falando, mas agora Vicky conseguia ignorá-lo. Percebeu que estava na mesma posição, varinha na posição fatal, com Flower mantendo Fortuna em seu colo e Jhonny Fullside a seu lado.

— O que?!– disse Vicky, de repente, voltando sua atenção para um ponto indefinido, como se procurasse algo distante. Era sua clarividência trabalhando. – O que foi isso ?

— O trem vai descarrilar.– disse Horacio, entre uma baforada e outra – Parece que nossas andanças terminam por aqui, Vicky, minha velha amiga. Foi bom estarmos juntos.

Vicky ficou furiosa com a sugestão do ser agourento à sem ombro. Cerrou os dentes me pura fúria, apertando mais e mais a varinha. Já havia tentado de tudo – não havia feitiço que conhecesse que fosse capaz de destruir a ave agourenta. Precisava de Fortuna. Precisava urgentemente de Fortuna.

Voltou-se para Flower.

— DESCULPA, DESCULPA, EU NÃO QUIS ...ELA PULOU NO MEU COLO...AI MEU MERLIN NÃO ME MATA, EU SOU MUITO JOVEM EU NEM BEIJEI O NAT... DIGO, NINGUÉM AINDA! NATHAN FALA PRA ELA! AIMEUDEUS EU SOU UMA BOA MENINA EU JURO EU JURO!

"Menina tola", pensou Vicky. "Não me evite. Se me desejar algo negativo,a sorte de Fortuna vai...."

— Ai! – gritou Vicky.

Isto porque sem explicação aparente (talvez movendo lentamente pela trepidação do trem, ou magnetizado pelo azar da bruxa) uma valise de mão, de propriedade de Flower, deslocou-se lentamente do suporte superior de bagagem, vindo atingir em cheio a cabeça de Vicky, derrubando-lhe o chapeu.

— Maldição...– disse Viky, com a mão na nuca e rangendo os olhos, enquanto se agachava para pegar o chapéu.

— Opa. Erm... Desculpa...de novo. AI meu Merlin, não tá doendo ta?– disse Flower. A garota se aproxima da velha, tentando olhar se a mesma tivera algum machucado, ao mesmo tempo em que toma cuidado de aninhar mais a porca nos braços. Não sabia se era o pânico, mas ela simplesmente acabara se apegando à porca. Ao menos enquanto estava distraída para notar que a segurava como se tivesse posse.

Aquilo irritava profundamente Vicky. Flower ainda emedou:

— Nathan, eu to meio ocupada aqui... Pega o chapéu dela por favor!– falava isso olhando para Fullside.

— EU NÃO PRECISO DE AJUDA!– berrou Vicky, pondo-se de pé e colocando o chapéu, com exagerada energia.

— Ela não vai lhe devolver Fortuna.– disse Horacio, sem entonação, como se estivesse sentenciando sua crença na fatalidade. Aquele ser sabia como tocar no calcanhar de Aquiles da velha bruxa. Sabia como provocá-la. E não pensava duas vezes antes de lançar mão deste expediente.

O ódio que se viu nos olhos de Vicky seriam capazes de fazer congelar, ainda nas veias, o sangue do mais corajoso dos homens.

— Você não sabe de nada – disse ela, com olhos estreitos. Falava para Horacio, mas olhava para Flower , o que provavelmente faria a menina pensar que falava com ela. – Eu sou uma das guardiãs dos segredos ritualísticos de Stonehange. Sou um feiticeira cujo nome é temido em dois continentes.– e, levando a varinha acima da cabeça, de onde surgiram luzes de cores indecifráveis, enquanto um vento místico fazia ondular sus cabeças e vestes, gritou, em pura fúria, olhando para seu ombro esquerdo – EU SOU VICKY ETROS-JAGGER! DESAPAREÇA!

Nisto, preparou seu feitiço que fez o próprio animal imaginário arrregalar os olhos de medo. Mas ele estava ali.

Numa passada, Vicky enganchou o pé na lata de beberagem mágica, tropeçando grotescamente. Num movimento desengonçado, escorregou para trás, batendo violentamente a nuca na porta aberta da cabina. Sua varinha, ainda incandescente de magia, voou para o alto e fincou-se no chão do trem, ali fundindo-se como a espada da lenda, excalibur, na rocha. Vicky caiu sentada, e sentada ficou.

A boca estava aberta e um filete de sangue fugia de sua nuca.

Fortuna ficou alvoroçada nos braços de Flower, como se quisesse pular para os braços da inconsciente Vicky,

Para esta última, tudo ficou escuro.

Spoiler:
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Mensagem por Aubrey Perkins Sex Ago 10, 2012 12:37 am

Era uma vêz, eu, entrando em confusão alheia novamente.


Resumo da Missa:

O dia estava mais agitado que o previsto, e eu só queria ir para a escola, ter paz e tranquilidade. É pedir muito? Bem, aparentemente sim. Apesar de toda a baderna na limousine, um papinho sobre quadribol e apostas... “Será que a Leen tá fazendo apostas mesmo? Tenho que tomar uma providêcia depois....” Assim que chegamos à estação, eu já estava um pouco molhada da chuva, mas aquilo não era nada com o que estava por acontecer.

Assim que desembarcamos a chuva ainda continuava, então tentei me dirigir para a parte coberta o mais rápido possível. Elliot como sempre, usando do cavalheirismo que lhe compete esticou a mão para que pegasse.

“Não é educado uma mão ficar esperando” – disse o meu lado educado para o meu lado que insistia em gritar - “CORRE”. Por fim, aceitei. Eu quase sempre ouço o meu lado educado.

Saímos todos do carro por fim, já com a bagagem toda na calçada. Com um adeus rápido me despedi do nosso motorista e pus-me a seguir para estação, já que ainda chovia. O que eu não previa foi o que Elliot fez a seguir.

Devido a uma aposta boba com a irmã, ele sai correndo – ou melhor, deslizando – sobre uma lata velha dele, no que, TCHA-RÃ, espirra água em cima de mim toda. “Merlim, Morgana e Agripa, porque em mim? É o karma?” – pensava de olhos fechados, paralisada, temendo ver a situação que havia ficado.

Ainda de olhos fechados, ouvi apenas um “...descupa ai.... é nóis”, percebendo que era Fae, abri os olhos em forma de clamência, mas acho que ela nem chegou a reparar no estado que eu havia ficado.

O que me restava era pegar minha varinha, que se encontrava dentro de minha bolsa, bem protegida em sua caixinha de viagem, para tentar me secar. E sejamos francos: eu sou péssima em feitiços! Mas ao menos meu cabelo eu consegui secar, que devido à situação – apesar de liso – estava levemente armado.

“Posso chorar?”“Não menina, que coisa mais feia!” – brigava com minha consciência.

— Srta. Perkins... – ouviu ao longe, mas estava um pouco chateada com o descaso do grifinório. Aliás, nós havíamos dado carona a ele! E é assim que nos retribui?!

Ao fim da tentativa de secar, reparo que Leen está a conversar com um garoto loiro – que desconheço. Não querendo atrapalhar, resolvo seguir para o trem, trocar-me. Ao menos eu já havia tomado meu remédio de enjoo. Sim, eu enjoo em viagens, infelizmente, o que já causou maus bocados para meu pais.

Para grande minha surpresa, a passagem pelo 93/4 e minha ida até o trem fora sem grandes tribulações – no máximo a minha roupa encomodando, molhada e o par de malas pesadas que eu puxava. Evitei ficar de conversinha com qualquer que fosse. “Preciso tirar essa roupa, preciso tirar essa roupa”- repetia para mim mesma como um mantra, para focar a minha ida à um vagão e por fim, uma cabine isolada. “As pessoas vão acha-la mal educada...” – dizia minha consciência. Mas eu pouco me importei, meu desconforto com as roupas e o cabelo eram maiores.

Ao terceiro vagão, encontrei uma cabine livre, e então percebi que Leen havia me seguido. Apenas soltei aquele olhar de impaciência que já compartilhávamos por vezes e ela logo entendeu o que significava – “por favor, não pergunte”.
Apesar de ser difícil ter uma clone seu (ou você ser o clone de alguém), ter uma gêmea tinha lá suas recompensas. Como por exemplo, nossa forte ligação, que sem precisar de palavras, já entendíamos tudo. Ou nossos códigos secretos. Ou... bem, não vou falar todos os nosso segredos.
Na cabine, eu procurava emburrada por um par de vestes limpas. Por fim algo estava dando certo: encontrei minhas vestes favoritas.

Detalhes da roupa:
Nesse meio tempo, Holly havia encontrado Leen e estavam numa conversa bastante enfática. O máximo que fiz foi dar um sorriso e uma acenada para ela. Fechei a mala e segui para o banheiro – a fim de deixá-las conversar e ter um pouco de privacidade para me arrumar. Ia cantarolando uma música que estava em minha cabeça...


...quando fui surpreendida por uma mão forte me puxando para uma cabine.

“MERLIM! Sequestro no trem para Hogwarts agora?!?!” – pensei antes de iniciar um grito, que nunca acontecera. Reconheci meu karma e Chester, o menino de família trouxa. Bem, talvez eu devesse mesmo ter gritado, se tratando do Karma. “Acho que vou começar a chamá-lo assim, bem a cara dele... ou pelo menos, em pensamento. Vai que ele se ofende, né?”

Aliás, esse Karma anda bem abusado. Além de sequestrar moças inocentes que querem apenas se arrumar, vai tirando o tênis – “Eca” – e subindo nos bancos – “Eca²” – da cabine alheia.

O que estava acontecendo a final? E todo aquele barulho vindo de fora? Nossa, e eu estava tão na minha que nem havia percebido tal baderna.

— Desculpe-me, senhorita Perkins. – ouvi-o dizer e então o encarei séria. – Eu não podia deixá-la no corredor com Arte das Trevas sendo lançada a esmo assim... Eu não me perdoaria. Finja normalidade se olharem pela janelinha, por favor. É questão de vida ou morte...

Ele podia ter dado essa desculpa, mas estava acumulando estrelas vermelhas – o que pra mim é o contrário das douradas, é claro – na minha listinha. Resolvi fazer o que pedia ao ver a situação de Chester e de Mimi.

- Por Morgana! Ele está bem? – perguntei enquanto me recriminava por não saber nenhum feitiço que pudesse ajudar.

- Hei, e você Mimi? O que aconteceu?! – disse nervosa (Sim! Eu, nervosa!), reparando no jeito sujo e rasgado que apresentava a garota. Não que ela fosse um modelo de arrumação, mas aquilo não se parecia muito com o estilo pessoal dela.
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Mensagem por Charles Baudelaire Sex Ago 10, 2012 3:14 am

RESUMO e umas (muitas) OBS:
Spoiler:




FOGO NO EXPRESSO DE HOGWARTS


( pode começar a ler desde a primeira fala azul, se quiser )





O plano de Charles era só colocar o garoto no seu lugar, nada demais. Não queria agredi-lo fisicamente ou xingá-lo. Muito provavelmente os outros na cabime achavam imperdoável a mera existência do garoto, principalmente quando ele estava existindo ali, tão próximo a pessoas que definitivamente não suportavam sua laia e eram, no geral, racistas, mas para Charles ele era um pobre coitado e nada além disso.

Entretanto, o corvino - mais velho - estava de mau humor desde quando chegara na estação. Começou com Isadore, havia parado em Isadore, e agora toda a irritação que reprimira estava sendo descarregada em Chester, que nada tinha a ver com as perturbações psicológicas enrustidas de Baudelaire. E, ameaçado por [um número que não tô afim de contar] sonserinos, incluindo um único que não era daquela casa, o americano foi obrigado a obedecer, colocando-se ao chão e sorvendo o líquido gaseificado.

A prova de que Charles não é um rapaz cruel se dá pelo fato de que ele não sentiu prazer algum em ver Chester naquela situação, mesmo quando foi pisado por Roxanna. Também não sentiu remorso e tampouco se apiedou. Estava satisfeito por simplesmente ter sido obedecido, e isso bastava.

Um ponto para seu mau humor, que diminuiu em 50 - de um total de 354567, numa escala de 0 a 10.

Depois que Roxanna saiu, foi a vez de Gerhard, o cão-guia, surgir do chão como um vegetal e começar a tomar as dores do bullyinado Chester Lewis, que aparentemente não tinha pedido ajuda, mas que ainda assim foi solidário com toda a coragem do asiático - que só tinha cara de asiático, mas era made in Paraguay. Charles poderia sentado e dormido diante todo aquele falatório, que tinha um som muito parecido com o cacarejar das meninas minutos antes, todavia ao invés disso ficou atento a Chester. Ele, por algum motivo, parecia pouco feliz.

Bom, Kayra com certeza cuidaria de Gerhard. A loira jamais permitiria que seus preciosíssimos pertences fossem deixados ao relento em King’s Cross, portando Charles ignorou o empregado por completo. E o fez bem a tempo de notar Chester murmurar alguma coisa. Algo que não fora completamente inteligível, definitivamente, já que não é do feitio de Baudelaire prestar atenção nos murmúrios de pessoas que nada significam para ele - ou seja, no mínimo quase todos os passageiros - mas que, devido ao péssimo humor do corvino, foi o suficiente para fazê-lo se manifestar novamente. Dessa vez mais para relembrar Chester onde era seu lugar do que propriamente para irritá-lo.

Vejam bem, Charles tem uma concepção que lhe é intríseca a tudo que faz ou pensa: ele está sempre certo, e nunca faz mal a ninguém. Portanto, mandar o garoto se ajoelhar e lamber o chão era apenas uma tentativa de corrigi-lo, e não de humilhá-lo; assim como pegar em seu ombro - contato do qual Charles rapidamente se arrependeu, já que não era de encostar em ninguém - e obrigá-lo a se virar para que se encarassem de frente era apenas Charles fazendo o mesmo que antes. Fim. Ele simplesmente não era capaz (e se era, não dava a mínima) de enxergar a maldade em suas atitudes. Pra ele, as pessoas eram só burras demais.

Só que era fato inegável e bem conhecido que Chester Lewis era um bom duelista. E pela expressão em sua face, estava mesmo prestes a cumprir a ameaça que fazia e arrebentar a cara de Charles. O mais velho ficou imóvel, e nem houve tempo suficiente para qualquer outra pessoa na cabine apaziguar a situação. O Estupefaça veio em cheio no peito de Charles Baudelaire, fazendo-o ser jogado para trás.

Bom, depois disso, damos uma pausa para um breu de aproximadamente cinco minutos.

(...)

O mundo aos poucos tornou-se claro à medida que abria lentamente as pálpebras. Piscou uma, duas, três vezes, até que recobrou totalmente o senso e a consciência, dando-se conta de que estava nos braços de Isadore. Por uma fração de segundo, pensou em agitar-se e sair correndo, mas em outra fração, percebeu que estavam explodindo o corredor e este estava sendo inundado por líquido-cor-de-café-gaseificado-trouxa. De seu ângulo era difícil ver qualquer coisa que não fossem os lindos olhos azuis de sua prima, e seus lindos cabelos castanhos, e seus lindos traços, e tudo lindo, mas ele era astuto o suficiente para perceber que Chester tinha fugido e deixado um rastro.

Ligeiramente atordoado, Charles ignorou o acontecido, até porque Michael teve a elegante e inteligente ideia de fechar a porta da cabine. Depois disso, um clarão quase deixou o corvino tão cego quanto a prima e, naquela altura do campeonato, Charles Baudelaire tinha atingido um nível de mau humor que soltava fumaça pelas ventas e sangue pelas glândulas lacrimais.

Só que seu jeito de ficar de mau humor era diferente de todas as outras. Ao contrário do que uma pessoa normal faria, Charles não se levantou e saiu correndo para acertar as fuças de Chester, e nem começou a xingar aos quatro ventos. Apesar de estar extremamente irritado, conseguiu conter suas emoções.

- O que você estava esperando pra me acordar? - Foi a primeira pergunta que fez, dirigindo-a a Isadore. Era difícil decifrar alguma coisa em seu tom de voz, de tal modo que ele parecia simplesmente estar fazendo um questionamento qualquer.

- Fiquei torcendo pra que isso não acontecesse, na verdade...

Charles bufou e foi até a porta, tirando a varinha de dentro do suporte-bracelete que sempre usava por baixo das blusas de mangas compridas, como era o caso. Virou-se e deu uma olhadela rápida para Michael, como se perguntasse “você vem?”. Não era preciso verbalizar seu pedido de assistência - ah, aquela bagunça no corredor indicava claramente que Chester não estava mais sozinho - e aquilo deveria ser o suficiente para que Michael compreendesse que iam à caça aos sangues-ruins(?). Depois passou o olho em Anna Blanche, Dolben, Anthony - que também havia chegado, Kayra e Gerhard. Todos menos Isadore. Charles deixou claro no olhar que estava indo se vingar, e que se quisessem ir, podiam acompanhá-lo, caso contrário, ele pouco se importaria e iria sozinho do mesmo jeito. Não pensou numa estratégia, como teria feito normalmente, e tratou de abrir logo a porta da cabine.

Sabia que àquela altura todos do vagão já se perguntavam o que diabos estava acontecendo, e também que Chester já estaria são e salvo sabe-se lá aonde e com quem. Ainda assim, via-se sujando o sapato no refrigerante espalhado pelo chão, enquanto desviava das latas que poderiam fazê-lo tropeçar e cair e seguia em frente pelo corredor, para a ponta onde estava mais seco e, portanto, de onde provavelmente tinham jogado todas as latas para depois explodi-las - o que estava nítido devido aos estilhaços no chão.

Charles ignorou as aves irritantes que voavam pelo teto e procurava pelas cabines. Naquele vagão, a pesquisa não tinha demorado quase nada, afinal, todo mundo saía para verificar o que tinha acontecido, e Charles sabia que os “criminosos”, depois de fugirem, não iam ficar assim vulneráveis. Eles sabiam que viriam por eles.

Portanto, o vagão terminou. Sem nem prestar atenção em quem o estava seguindo - contudo, sentia a presença irrevogável de Isadore - o corvino prosseguiu para o próximo, onde também havia pessoas nos corredores, mas menos do que no anterior, já que neste não tinha acontecido a algazarra propriamente dita.

Farto e definitivamente nem um pouco motivado a passar o resto da viagem procurando por um nascido-trouxa e seu bando, Charles Baudelaire parou à porta do vagão de repente, antes de entrar por definitivo, tendo um insight meio perverso.

Foi quando Isadore esbarrou em suas costas.

- Avisa, idiota. - Ela reclamou, mas ele não lhe deu ouvidos.

- Lumus Solem, Isadore. - Falou baixo - Quando ouvir a porta abrir. - Ele segurava a maçaneta do vão, para que ninguém do outro lado tentasse abri-la.

Quem quer que tivesse feito o feitiço, provaria do próprio remédio. Charles empurrou a porta para abri-la e o ranger do metal foi o anúncio para Isadore, que lançou o feitiço de prontidão no mesmo instante que Charles fechava os olhos. Ele então deu um passo a frente, ainda à frente de sua prima - num intuito inconsciente de protegê-la - e ainda de olhos fechados, ergueu a varinha para o alto, num ângulo um pouco inclinado, e no último instante abriu-os e disse:

- Incendio!

E a outra mão ele pôs sobre a de Isadore, num reflexo.



Charles Baudelaire
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Mensagem por Molly MacDowell Sex Ago 10, 2012 11:43 am

Molly MacDowell estava lentamente se acalmando.
Tocava uma música animada na gaita de foles e estava até mesmo dançando, batendo um pé de forma empolgada no chão de madeira. Até Morag dançava e sacudia a cauda no ritmo da música.

Então, sem aviso prévio, um rapaz se jogou para dentro cabine, arrastando um outro jovem um tanto ensanguentado com ele e puxando uma menina loira também para dentro, logo em seguida. Uma moça de cabelos longos e negros entrou depois deles, enfeitiçando a porta, de forma que não pudesse ser aberta. Ela começou a cuidar dos ferimentos do rapaz coberto de sangue, enquanto o que primeiro entrara na cabine (Intruso Nº 1) observava.

Molly estava com os olhos anormalmente arregalados e encolhida contra a parede da janela, o mais distante possível dos invasores, quando Intruso Nº1 percebeu sua presença. Ele retirou os sapatos mais estranhos que Molly já vira tão de perto e subiu no estofamento. A escocesa percebeu então que os quatro invasores usavam roupas estranhíssimas, parecidas com as dos trouxas.

— Er... Oi. Sou o Elliot. Você deve ser nova, não é? Poderia continuar sua música? Não iremos incomodar em nada. Só estamos tentando passar despercebidos, probleminhas com colegas de escola... O de sempre. — disse Intruso Nº1, e abriu um grande sorriso. Em seguida, dirigiu-se à menina loira – Desculpe-me, senhorita Perkins. Eu não podia deixá-la no corredor com Arte das Trevas sendo lançada a esmo assim... Eu não me perdoaria. Finja normalidade se olharem pela janelinha, por favor. É questão de vida ou morte...

A irritação de Molly por ter tido sua privacidade violada tão rudemente por QUATRO pessoas bem estranhas que ela nunca vira antes era grande, mas o fato de ter um garoto ensanguentando todo o ambiente era muito mais preocupante (pelo garoto, claro, não pelo ambiente), e o sotaque familiar de Elliot também a reconfortou um pouco. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, porém, a garota loira começou a fazer perguntas, visivelmente nervosa.

- Por Morgana! Ele está bem? Hei, e você Mimi? O que aconteceu?!

- Essas são excelentes perguntas – Acrescentou Molly. Ela respirou fundo e parecia bem mais calma e controlada. Virou-se então para Elliot, e continuou a falar – E eu também tenho algumas, como, por exemplo, “QUEM SÃO VOCÊS?” e “VOCÊ É MESMO ESCOCÊS?”, e algumas declarações, como “ÓBVIO QUE NÃO VOU CONTINUAR TOCANDO DEPOIS DE VOCÊS TEREM BAGUNÇADO TODA A MINHA CONCENTRAÇÃO!” e “GOSTARIA DE TE INFORMAR QUE MORAG ESTÁ ROENDO A SUA FITA.”

De fato, o esquilo havia escalado as costas do rapaz enquanto as atenções estavam voltadas para o garoto ferido e agora mordiscava a gravata de Elliot, acessório ao qual Molly se referira ao usar a palavra “fita”. Apesar de já ter visto algumas poucas gravatas em fotos (nunca as vira pessoalmente), jamais soubera como se chamavam. Em termos de vestuário, como já pudemos perceber, seu vocabulário era bastante limitado.

– Desculpe, acho que estou gritando. Ando meio estressada, desde que cheguei na estação. Por sinal, meu nome é Molly MacDowell e, sim, acabei de ser transferida para cá – a menina fez uma pausa e lançou um olhar para o ferido que jazia no chão – Ahn... Posso ajudar com alguma coisa?

Antes que qualquer um tivesse tempo de responder, a escocesa ouviu batidinhas ritmadas no vidro da janela. Virou-se e se deparou com outra menina ruiva, do lado de fora do trem. A menina apontou para determinada direção e, seguindo seu dedo, Molly se deparou com uma caixinha vermelha acoplada à janela, com um pequeno aviso que dizia:

“Em caso de emergência, quebre e puxe”

Como a menina estava aparentemente flutuando do lado de fora de sua janela, e ainda por cima dando instruções para Molly, a pequena MacDowell deduziu que provavelmente se tratava de um espírito. E, pela sua experiência de vida, quando um espírito dá instruções explícitas, é melhor obedecê-las. Ela soltou um longo suspiro e colocou sua gaita de foles no assento.

Então, Molly quebrou e puxou.



Spoiler:
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Mensagem por Michael Alleborn Sex Ago 10, 2012 12:50 pm

”INFORMES”:

Michael ainda hoje se perguntava se deveria agradecer aos 15 anos de convivência com sua irmã mais nova, por sua inabalável postura, sempre que alguma coisa absurda surgia diante de seus olhos. Dos eventos improváveis da plataforma (em que Michael basicamente despedira-se dos avós, e depois fora esperar Anna e Dolben saírem do banheiro, enquanto cuidava da bagagem dos três, o que não era uma tarefa fácil por culpa de Anna) até a fatídica cena da cabine, protagonizada pelo corvinal da bebida trouxa (que de tão imbecil, vivia sendo absolutamente humilhado até por Gabriella), um Charles Baudelaire acertado em cheio, e uma Isadore sem medo de matar alguém, Michael só agradecia por uma coisa: ainda bem que Anna havia saído.

Ela jamais teria ficado parada diante da cena que se passara (a qual ele tentara amenizar, jogando ao menino ume generosa quantia que deveria compensar a humilhação.) e recentemente havia sido indicada como monitora: conhecendo-a como conhecia, certamente estariam todos prometidos a detenção aquela hora. Sem contar que, com o gênio que seus amigos tinham, dificilmente ficariam calados se Anna tentasse impedir a situação e ele nunca permitiria que sequer levantassem a voz contra ela. Então, dos males o menor, sério.

Michael, ainda de pé, por ter tido a adorável ideia de fechar a porta, fitou a cabine, ignorando o barulho lá fora (mas sempre pronto para puxar a varinha). Isadore estava absolutamente enrascada. Charles, quando acordasse, iria parecer uma quimera descompensada, o que era bastante chato. Michael odiava ter que posar de racional, mas como não fora atingido até então, sua tranquilidade se mantinha.

Anthony, ao seu lado, parecia até bastante confortável com tudo. Não estava nem um pouco preocupado com o corte que havia ficado no braço de Lewis... Na verdade não estava nem um pouco preocupado com nada. Mas ambos trocaram olhares significativos que diziam tudo: “Estamos ferrados”.

O sextanista cruzara os braços e escorara-se na porta. Não demorara até Charles acordar. Não conseguira evitar o olhar de “Ia ficar dormindo o dia todo?” para Charles, porém, quando este lhe lançara um olhar de óbvio pedido de auxílio, Michael apenas acenou com a cabeça, confirmando. Eles podiam tentar calar a boca das pestes, talvez fosse o melhor plano.

Michael ia atrás de Isadore, ignorando quem vinha atrás porque sua atenção estava voltada para as cabines, procurando qualquer sinal de vida inútil e hostil. Àquela hora os pirralhos já deveriam estar longe, ainda mais com o trem parado. E haviam deixado um rastro de sujeira inegável. Coca-Cola (que ele só conhecia o nome porque sua irmã era viciada) se misturava com os desejos de pássaros que passavam raspando por suas cabeças. Michael respirara fundo quando um bosta especialmente grande e nojenta acertou certeira o centro da sua cabeleira morena. Ouviu uma risadinha sarcástica conhecia atrás de si.

Com um rápido gesto de varinha limpara aquilo. Lewis era da turminha infernal de sua irmã. O próximo que encontrasse ia pagar caro (exceto se fosse a pivetinha ruiva que vivia infernizando-o. Ele não batia em crianças), era o que seus olhos cinzas, característica de todos os Alleborn, diziam. Mas sequer dera tempo acumular algum ódio. Isadore e Charles haviam se engajado numa campanha para anular para sempre as chances deles se formarem.

Incêndio! Charles Baudelaire estava provocando um incêndio no teto da cabine do final do vagão! Que droga era aquela? O psicopata era ele, Michael Alleborn! E normalmente ele não colocava mais de mil cabeças em perigo por isso.

- AQUA ERUCTO! – Gritara Michael, apontando a varinha, já em mãos há tempos, para o teto da cabine, empurrando Isadore para o lado de forma nada elegante, e pulando na frente de Charles. – Você ‘tá louco?! – Virou-se, indignado para o corvinal, enquanto um enorme jato de água saia da ponta da varinha, bravamente tentando conter as chamas. – Vai incendiar o trem? Minha namorada está dentro dessa joça!

E colocara a cabeça dentro da cabine para ver o tamanho do estrago. Se não saíssem dali iriam ter que inventar uma boa desculpa para não pegarem detenção para suas próximas cinco gerações.

- Sem corpos. – Anunciou, ignorando a revolta de Charles por ele ter interrompido seus planos. – Nem me olha assim, temos que sair daqui! Há essa hora algum professor já deve ter visto a fumaça. Vi o Berg pela estação e aquele elfo horrendo do diretor.
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Mensagem por Mimi D. Wolfsbane Sex Ago 10, 2012 2:23 pm


Impossível .III

”Sozinha novamente.” Pensava caminhando no meio do alvoroço da plataforma. Não soube recordar em que momento tinha voltado a se tornar uma solitária viajante, pelo menos não tinha que se preocupar com bagagem. As mãos estavam dentro dos bolsos do casaco, mas ainda assim tremiam os dedos de frio. A roupa molhada grudava em sua pele incomodando quando deveria ser uma vestimenta confortável. “Belo Sábado, desse jeito nem vou precisar de banho.” Balançava as mãos tentando fazer o sangue voltar a circular. No meio das pessoas a jovem era quase imperceptível, porém desta vez tinha um fator agravante que gritava ‘MOLHADA, SUJA E RASGADA’. Bom, nunca ligava para o que os outros pensavam, pelo menos tentava, e desta vez é que não iria se importar mesmo.

Ficou parada por algum tempo no meio da plataforma olhando o voo de uma mosca feliz. Ela sorria e então tremia os lábios, sorria novamente e voltava a tremer os lábios. “E agora?” Sua primeira ideia era basicamente contatar seus pais, porém ainda estava dentro de um território onde eles poderiam aparecer do nada para lhe dar um puxão de orelha, resolveu que o melhor era esperar chegar a Hogwarts até porque onde iria arrumar uma coruja? Muitas famílias se despediam felizes e, ao mesmo tempo, tristes pelas crianças que estariam indo para Hogwarts. “Chorando? Daqui algumas horas vão é estar curtindo. Aposto que meus pais vão viajar depois que eu vou embora.”

Balançou o bolso direito para saber quanto tinha de dinheiro trouxa e depois o esquerdo para saber do dinheiro bruxo. Ficou feliz pelo barulho alto das moedas que sobressaiam ao falatório na estação. Olhou para todos os lados procurando alguns rostos conhecidos e até os viu, mas falar com conhecidos naquele estado estava fora de cogitação. Entrou no Expresso e procurou uma cabine vazia onde poderia torcer o que sobrou de suas roupas. O lugar estava bem mais quente que ao relento, tirou os sapatos, as meias, o casaco e as torceu formando uma poça de água no chão. Voltou a vestir as peças que agora estavam além de tudo totalmente amassadas. “Resolvido!” Estava satisfeita, apesar de gelada, com o resultado, pois um peso tinha saído de seus ombros, literalmente. Sentou-se no cantinho baforando no vidro e desenhando uma casinha torta, um sol sorridente e algumas colinas. Ficou entediada brincando de levitar sua varinha apenas com as mãos e depois até ameaçou cochilar.

Tudo estava bem até que...Era sempre assim, tédio e então confusão. Nada iria acabar bem e quando Mimi se levantou do banco para se aproximar da porta ai que teve certeza que o esquadrão de retirada teria que entrar em cena. Ela não conseguiu ouvir exatamente o que estava acontecendo, mas ao abrir de leve a porta e ajoelhar-se para não ser vista, observou Chester iniciando uma corrida. Foi meio que em câmera lenta “Eu já vi uma cena dessas hoje”, lembrou-se de Elliot, e seus olhos repousaram em Elliot, quem diria, um pouco mais a frente. Finalmente podia diferenciar o que era dito no meio da confusão dos gritos de desespero de Chester. (Se não era ele gritando, era alguém lá fora, certeza.)

Percebendo que Elliot já havia formulado um plano ela consentiu com a cabeça, já o conhecia tempo o suficiente para entendê-lo assim fácil, e esperou ele marcar o tempo certo, porém a confusão estava praticamente em cima deles. Mimi meio que se afobou ao ver as latinhas rolando pelo chão, ela pulou para o corredor e sobre as latinhas mandando um Avis na direção contrária que corria. Saiu da frente de Elliot dando espaço para que ele explodisse as latas. Foi bem rápido chegar à próxima porta, Elliot na frente puxando Chester com toda a força de vida, onde a grifinória parou para olhar para trás. Eles não podiam segui-los ou estariam condenados, não os sonserinos, mas eles, então em um último golpe bradou antes de passar e fechar a porta do outro vagão. - Lumus Solen! – Na verdade foi mais um ato automático do que pensado, pois seus pensamentos em feitiços simplesmente aconteciam.

Os dois amigos já se distanciavam na frente e ela ia atrás a todo o embalo permitido por suas pernas. Viu Elliot pular para dentro de uma cabine puxando Lewis e uma cabeleira loira, passou direto sem conseguir frear e teve que fazer uma curva perigosa para voltar e se jogar na entrada correta de cabine. A porta estava fechada, ela ofegante e agora em um princípio de desmaio, pois só a existência de sangue no mesmo ambiente que ela era um perigo. Tratou de lançar logo um ‘ferula’ meio de rabo de olho para não fitar as manchas vermelhas que começavam a escorrer. Enquanto Elliot se desculpava cheio de pompa ela fazia a dançinha da vitória.

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Após expressar sua adrenalina de uma forma menos exagerada – pois podia ser um ataque de asma – finalmente pode observar as outras integrantes da cabine. - Meninas!!! – Abriu um largo sorriso parando no lugar. Ao seu lado Elliot já tirava os sapatos e se escondia no canto, Mimi fez o mesmo do outro lado da porta. - Meu nome é Mimi Wolfsbane, mas pode me chamar de Mimis, o que é estranho, pois meu apelido é basicamente meu nome, só que mais longo. – falou para a menina da gaita. - Aubrey eu cai em um buraco, fui assaltada, fiquei na chuva e estou fugindo de sonserinos malucos, mas eu estou legal, se bem que estou precisando de algumas roupas. – Olha para a muda de roupas na mão da lufana.

- Bem, acho que realmente não nos conhecemos de uma forma apropriada e também peço desculpas pela minha falta de pompa. – Olha para si mesma parecendo que saiu de um lixão. - Mas serei eternamente grata se puder continuar com a música e nos ajudar. Não estamos nos metendo em confusão, apenas estamos tentando nos salvar e salvar o nosso amigo. – Olhou para Chester no chão. - Sonserinos não costumam ser legais com a gente, mas não é generalizando, apenas um grupo em particular. – revirou os olhos. Escutou uma confusão no corredor se aproximando. Alguém estava gritando, provavelmente resquícios da outra confusão. - Preparem as varinhas! – Disse para Elliot e Chester, não esperava que as meninas fossem se envolver, mas se entrassem ali com ferro e fogo estariam todos encrencados. - Foi muito bom compartilhar os últimos anos com vocês!!! – Melodrama mode on. Ela ria ao invés de chorar. Segurando com uma mão no teto, a mesma que segurava a varinha, usou a outra para tapar a boca e abafar seu riso nervoso conforme escutava aproximações.

A novata disse alguma coisa, mas Mimi não prestou atenção sentido um calafrio ao perceber que alguém batia no vidro. “Vamos morrer!”, mas para sua surpresa a novata tinha direcionado sua atenção para a saída de emergência. Sentiu quase que um alívio ao ver sua melhor amiga meio de relance do lado de fora do vidro. - Levanta Chester, traz a Fae para dentro. – começou a enxotar o menino machucado, mas ainda se equilibrando no canto do pequeno cômodo.

Resumo:

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Mensagem por Chester Lewis Sex Ago 10, 2012 2:38 pm

V - EU MORRI ?!? =O


O vulto negro corria gritando pelos corredores do expresso deixando tudo para trás exceto sua mochila e a varinha empunhada na mão direita. Enquanto desatinava em correr, Lewis ouviu o grito frenético de Isadore -Lewis. Olha pra mim! Eu quero ser a última coisa que você vai ver antes de morrer- "Morrer?", a pergunta reinava o inconsciente do garoto, as coisas começavam a tomar proporções pela qual ele não esperava, seu ato foi de puro impulso mas incrivelmente trouxera consequências horrendas, mesmo que Isadore não fosse tão habilidosa em feitiços, eles estavam em maioria, voltar sozinho era suicídio, seria espancado, logo Lewis continuou correndo até ouvir nitidamente - SECTUMSEMPRA.

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"O que ia acontecer se ele voltasse sozinho"

Whoosh!

Um corte abriu no braço esquerdo do garoto, um pouco abaixo do ombro. Suas roupas rasgadas deixavam um leve filete de sangue vazar, contudo incrivelmente "apenas" isso. Chester não era muito conhecido de artes das trevas, mas basicamente após a era potteriana, toda pessoa sabia que Sectumsempra era um feitiço terminantemente proibido e de altíssimo nível, colocando a mão no braço e continuando correndo refletiu "Provavelmente ela não sabia a magia, conjurou errado e ainda teve um empecilho, esse corte é muito superficial, mas que ta doendo ta. Seus pensamentos foram interrompidos com a visão de Elliot e Mimi, muito rapidamente viu ele fazer um gesto de três, deu um sorriso de leve e continuou correndo, enquanto isso barulhos de pássaros ocupavam o recinto. Sentiu alguém puxando ele, enquanto isso vários estouros se espalharam batendo pelo expresso, reconhecendo aquele barulho de impacto e efervescência percebera que suas coca-colas haviam explodido. "Lá se vai meus livros de feitiços avançados, pera, to com o saco de moedas do Michael, Ufa".

Chester agora do lado de Elliot buscava um local para se abrigar e tratar aquele ferimento, após toparem com Perkins, Pointer disse algo que ele não ouviu, mas em poucos segundos os três estavam dentro de uma cabine. Chester encostado sentado na porta colocava a mão direita ainda segurando a varinha encima do braço, tentando estancar o sangramento. Mimi tirando a mão do garoto do braço lançou um Ferula, não mais que depressa o sangramento agora estava coberto por ataduras, Chester fez um sinal positivo com a cabeça e disse - Isso vai dar um jeito, valeu - Só então olhou para o resto da cabine onde havia uma garota aparentemente escocesa e com uma gaita de fole, pensou em pedir para ela tocar, mas Elliot fez isso antes dele e este logo após se desculpou com a senhorita Perkins, ela por sua vez começava a berrar sobre a possível situação de Chester, ele levando o dedo à boca em sinal de silêncio disse - Eu to bem, agora fala baixo que a coisa ta feia lá fora - após isso olhou novamente para o braço e percebeu que Ferula não tinha tido o efeito necessário, o corte havia aumentado de tamanho, ocupava agora a área de um polegar e continuava aumentando gradativamente. "Meu Deus, eu to sangrando", sua visão começou a escurecer e seus olhos fecharam.

SONHO:
Chester agora estava em uma enorme mansão, começou a subir uma escadaria com sua mão escorregando pelo corrimão feito de ouro puro, quando estava no meio da escada viu uma linda mulher negra sorrindo para ele. *FLASH*. Lewis agora estava em um cenário completamente diferente, estava chovendo e a única coisa que ele conseguia ver era o rosto da mulher derramando lágrimas que se misturavam à chuva sobre ele. *FLASH*. Tudo agora era uma enorme planície verde, ao longe montanhas enormes quebravam a continuidade, Lewis começou a andar em direção às montanhas quando um enorme dragão pousou na sua frente, em desespero buscou a varinha nas roupas, mas ela não estava lá, ouviu então uma voz dentro da sua mente:

- Acalme-se moleque, sou eu.

- Eu quem? - perguntou Chester ainda sem entender nada daquilo tudo

- O núcleo da sua varinha é uma corda do meu coração - Chester acabava de vislumbrar pela primeira vez o Focinho-Curto Sueco que ocupava sua varinha, ainda espatando não sabia o que dizer, o dragão continuou - Acorde garoto, eu consigo sentir a magia negra se espalhar pelo seu corpo ainda.

- O que eu poderia fazer em relação a isso? - disse o garoto se entregando, sabia que era questão de tempo até a necrose aumentar e consumir todo o seu ombro, não demoraria mais de duas horas para isso.

- Busque no fundo da sua alma e encontrará a resposta, você tem que sobreviver, você encontrará um poder que jamais imaginou ter, então sobreviva até esse dia chegar - disse o dragão soltando um fogo azul que foi na direção de Chester.

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Fucinhocurto
"Dragão que falava com Chester no sonho

- Levanta Chester, traz a Fae para dentro - Mimi cutucava ele, todos pareciam aflitos, não só com ele, mas também com um espírito ruivo que voava na janela. Chester logo percebeu se tratar de Fae, então questionou - Eu morri e meu anjo veio me buscar? - logo percebeu que ainda estava vivo e como nunca, mas ainda havia um problema, sua necrose agora ocupava a área de dois dedos. Não lembrava de nada que sonhara naquele curto período de tempo que passou desacordado, mas pegando a varinha recordou-se de um dos livros de artes das trevas que havia lido escondido na ala proibida da biblioteca, recordando o nome do feitiço que curava o Sectumsempra colocou a varinha sobre o ferimento e pensou "Agora ou nunca!" - Vulnera Sanentur - percebeu que uma pequena parte da necrose começava a diminuir lentamente, respirando fundo mais uma vez fechou os olhos, viu dois grandes olhos azuis, abriu os olhos dizendo - Vulnera Sanentur - E enfim o corte parou de crescer e agora diminuía, pouco a pouco, provavelmente em no máximo 10 minutos ele estaria completamente fechado. (Vou pedir 10 no teste de Vulnera Sanentur, a necrose vai parar de crescer e diminuir "lentamente" agora)

Levantou do chão com a ferida ainda cicatrizando, mas incomodando menos, foi até a janela e estendeu a mão esquerda para Fae, puxando ela para dentro da cabine – Que bom te ver – disse ele com um sorriso bobo, mas Mimi deu um cascudo nele e disse – Cala a boca e vem logo, você que começou isso – Chester virou-se para a porta, movimentou o pescoço em sinal de preparo e com a varinha apontada para a porta disse – Se a coisa ficar feia, vão embora e me deixem, a confusão é minha.


Spoiler:
Chester Lewis
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Mensagem por Viktoria A. Sjöström Sex Ago 10, 2012 5:07 pm

O REFORMATÓRIO
trinta e um de agosto
Fumou um último cigarro, observando o quartinho impregnado pelo cheiro de mofo que lhe fora designado no reformatório. Muito embora não se importasse, tinha de reconhecer que merecia algo melhor. Por anos, ouviu funcionários se gabarem... Por anos, foi refém deles. Ah... A ironia cruel e natural do destino. Diante de seus olhos, havia apenas a desforra. Uma risada surda, cálida e, ao mesmo tempo, gélida. Uma risada que jamais sairia de seus lábios, mas que rondaria sua mente por toda eternidade. Tolos, eram todos tolos. Que queimassem no inferno, aqueles que lhe fizeram mal. Que tivessem uma vida dura e insípida, como a dela, até o final de seus dias. Que sofressem mais do que sofrera.

Agora, só buscava pelo futuro. Um futuro incerto, há de se dizer, mas muito mais leve do que o passado. E tudo se tornara possível graças à magia. Quem diria que a pequena órfã de uma suposta prostituta seria, na verdade, uma bruxa? Quem diria que, esta mesma garota completamente perturbada, fosse capaz de quase ferir um menino de seu orfanato sem nem mesmo tocá-lo? Eram poderes inexplicáveis, fatos que nem mesmo ela conseguiria entender. Desde então, viu-se naquele reformatório de quinta categoria. Um local muito aquém de uma instituição de primeiro mundo, como, curiosamente, não só era, como é, o seu país: a Suécia.

Pegou a mochila de lona, na qual carregava poucos pertences além da varinha, livros e algumas trocas de roupa. Conferiu os materiais enviados pelos donos de lojas do Beco. Passando as mãos pelos cabelos negros, perguntou-se como estaria a sua aparência. Era até esquisito pensar nisso, já que há algum tempo evitava o espelho. Não que tivesse receio de seu visual, mas nunca achara que fosse de uma beleza atraente. Magra demais, branca demais, alta demais. Os piercings, os alargadores, o corte de cabelo e as sobrancelhas exoticamente descoloridas, ainda contribuíam para que sua figura não fosse das mais aprazíveis de se ver. Tinha consciência disso e, a bem da verdade, chegara ao ponto de não dar muita importância para a opinião alheia... Mas, agora, o pouco de vaidade que lhe restava falava mais alto.

Andando livremente pelos corredores, parou diante de uma porta. Analisou o nome que nela havia: “Professor Peter Eriksson”. Se um dia conhecera a palavra afeto, fora ele quem dera significado. Enxergava, naquele homem, o sentimento mais puro e próximo ao de pai e filha. Via-se diante de reclamações, frustrações, medos e alegrias que sequer fora capaz de compartilhar mesmo com ele. Enxergava, naquela placa, o único homem pelo qual sentira respeito e carinho. Ele fora uma das poucas pessoas a querer conhecê-la além dos piercings e das roupas com dizeres anarquistas. Imperceptivelmente, perpassou os dedos pelo nome do homem. Não havia sorriso ou lágrimas. Havia apenas Vik, um alguém de expressões vazias e sentimentos cuidadosamente reprimidos.

O coturno bateu contra o chão até alcançar o grande átrio. Portões se abriram num farfalhar gigantesco. A sensação era a de estar saindo de uma prisão. Já estava acostumada, naquela altura do campeonato. Deu um passo adiante, sem olhar para trás. Com o passaporte em mãos, ainda naquele dia viajou rumo à Londres. Por sorte, tinha bons advogados e um diretor de reformatório tolerante. Por sorte, tivera um comportamento exemplar nos últimos anos. Por sorte, poderia retornar à Hogwarts e, se tudo desse certo, por sorte, aquela seria a última vez que pisara na Suécia.


O EMBARQUE

primeiro de setembro
Cansaço. Sete letras, e um peso enorme nas costas. As olheiras não negavam uma noite mal dormida. Do aeroporto, fora direto para a estação de trem mais próxima. Dormia levemente, quando o trem chegara a seu destino. Levantou-se, arrumando a mochila. Saindo dali, encaminhou-se para uma velha parede feita de tijolos. Talvez estivesse vendo coisas, mas jurava nunca ter presenciado tanta gente indo à Hogwarts ao mesmo tempo. Não que o fato fizesse qualquer diferença, aliás, longe disto - de modo simples, nem mesmo lá Vik tinha amigos. Sentindo-se desconfortável com toda a bagagem, atravessou a parede rumo à Plataforma 9 3/4.

Olhares de pais focaram-se nela, que mirava o chão - uma vez consciente de ser motivo de comentários conservadores. Ignorava-os, os comentários e os pais. Notou rostos conhecidos, mas nenhum que merecesse sequer um “olá”. Assim que as portas do penúltimo vagão se escancararam, ela entrou. Preferiu ficar na cabine mais erma de todas, a fim de não ser perturbada. Abriu a mochila. Lá havia maços de cigarro e um bolso repleto de moedas com as quais pretendia comprar junkie food do carrinho que passaria daqui a pouco. Acendeu um cigarro calmamente, olhando para o lado de fora do trem. Pais acenavam para seus filhos. Observava-os um a um com olhar clínico e, como sempre, inexpressivo.

Após guardar a enorme mochila, deitou-se na poltrona. Com os pés apoiados na janela do trem, lia o jornal daquele dia. Percorreu os olhos pelas manchetes e suspirou. Quantas notícias banais! Quanta utopia! Talvez fosse mais paranóica do que as outras pessoas, mas não conseguia engolir metade do conteúdo do jornal. Cansada, atirou-o para a outra poltrona e fechou os olhos. Adormeceu como um anjo, e sonhou com coisas macabras. A morte... Sempre a morte. Suas pálpebras se abriram subitamente e foi quando viu um rosto tremeluzindo no embaçado vidro.


Spoiler:


Última edição por Viktoria A. Sjöström em Sex Ago 10, 2012 6:39 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Kayra Leigh Sex Ago 10, 2012 6:05 pm

Spoiler:

Os olhos sempre observadores de Kayra não perderam nem um detalhe sequer da estação King Cross até o trem. A quantidade de trouxas que encontrava pelo caminho era muito maior do que ela jamais vira antes. Sempre negou-se terminantemente a participar das festas familiares que incluíam toda a sorte de seres humanos, pessoas das quais ela não precisava nem saber o nome, mas com quem era forçosamente induzida a conversar. Quando visitava os tios, na corte holandesa, ao menos os trouxas exibiam títulos que indicavam certo status social naquela sociedade mestiça. Mas nada comparado àquela enxurrada de gente sem um pingo de magia – literal ou metaforicamente falando – no sangue.

Atravessar a passagem até a plataforma 9 ¾ fora, de longe, a coisa mais nojenta que já fizera. Não havia nada de glamouroso em cruzar uma parede, ainda que se tratasse de um efeito de magia. Uma parede é sempre uma parede. A estação de trem, então, era uma imundície só! Apinhada de pessoas de diferentes regiões do mundo, que traziam consigo costumes questionáveis e, em certos pontos, inadmissíveis para pessoas com um mínimo de civilidade, ela traduzia aquilo que considerava ser Hogwarts: decadência.

O próprio Baudelaire, uma vez perto de Isadore, mostrava ser o resultado de um império em queda. Enfiado até o pescoço em seus livrinhos, muito provavelmente para refletir o clichê corvinal de carregar um peso de porta para onde quer que fosse, desdenhava não apenas dela, mas também da prima e de Roxanna. Ora, que ficasse com seus heróis de cera! Inquieta como estava, pensando seriamente no quão revoltada estava com o início de sua nova vida, tudo em que ela pensava era em quem descontar sua raiva.

Inicialmente, Charles parecia a vítima perfeita. Sempre diminuindo Isadore, com aquela necessidade patética de mostrar superioridade. “Isso o fofolete não vai aprender em livros. Gente superior já nasce superior”, pensou a grega, preparando-se para transformar o livro do garoto em confete, quando Rox mudou abruptamente de assunto, mencionando o fato de que finalmente estavam todos juntos em Hogwarts.

Kayra bufou e revirou os olhos. Aqueles eram bons companheiros, mas companheiros de férias. Hogwarts não era o seu lugar, e a probabilidade de que nunca se adaptasse parecia-lhe uma certeza, embora, por trás da máscara, mostrasse ao mundo que acreditava se tratar de um lugar incrível, a fim simplesmente de não alimentar suspeitas familiares que implicassem em trancá-la numa torre com um tutor de ancas frouxas, pelancas faciais e mãos libidinosas. O mundo estava repleto de velhacos do gênero, tal qual o noivo obrigatório de Emma, sua prima, e a grega não pretendia tornar-se a pequena dama da alcova de um deles.

Pouco a pouco, a cabine ia ficando mais cheia, com os conhecidos de Rox, Charles e Isadore. Kayra meramente fez-lhes um aceno de cabeça, estudando-os de cima a baixo. Se estavam ali, só poderiam ter algum tipo de mérito, embora, para Kayra, levasse um certo tempo para deixar de desconfiar de qualquer pessoa, portanto, ela não fez parte da conversa, atendo-se a preocupar-se com a brega cor nude em suas unhas. Suas preocupações, porém, foram interrompidas pelo menino com vestes de quinta dando uma de vendedor ambulante. Ele trazia uma série de bebidas trouxas, para as quais Kayra fez cara de nojo. Aquela coisa causava arrotos estrondosos, fazendo com que a grega se assemelhasse a um germânico gordo e beberrão, daqueles que ao primeiro sinal de embriaguês já estão pagando cofrinho por aí.

– É esse o tipo de gente com quem vocês convivem? – perguntou a grega, mas o assunto já havia tomado outros caminhos e o grupo concentrava-se em perturbar o rapaz.

A criação de Kayra não incluiu em sua lista o ódio a nascidos trouxas. Ela não gostava muito de seus costumes, mas, para ela, “berço” tinha outro significado e estava ligado à influência que algumas pessoas tinham em sua sociedade. Contudo, pelo visto aquele menino não tinha nada: nem sangue mágico, nem origens nobres. Portanto, poderia ser classificado como escória. E deveria ser tratado como tal, por isso, deleitou-se com o modo como Isadora e Charles o colocaram em seu lugar. A base da pirâmide precisava entender o seu lugar: uns nascem para servir, outros para serem servidos. Apenas isso.

Para a surpresa da grega, aquele ali entendia que não havia diferença entre ele e um elfo doméstico. Tão logo Charles o mandou limpar com a boca, seu sentido de subserviência aflorou.

– Maravilha, Charles! Agora meus Christian Louboutin vão ficar cheio de DNA de pobre! – comentou, no momento em que o guia de Isadore adentrou a cabine.

Kamikaze tinha aquela pinta de superprotetor, mas, para Kayra, era só a fachada pra se manter no emprego e com os olhos em partes específicas do corpo de Isadore. E em meio a toda a merda que ele despejou na cabine, a grega entendera apenas uma coisa: ele deixara suas preciosíssimas malas para trás.

Foi um impulso, apenas. Em milésimos de segundos Kayra pulou de onde estava e voou no pescoço do oriental. Seu objetivo não poderia ser mais óbvio: estrangulá-lo até seus olhos saltarem das órbitas. – Você sabe quanto custa um Jimmy Choo? Você sabe quanto custa um Jimmy Choo? – ela berrava,enlouquecida. Então, luzes começaram a voar em todas as direções. A seguir o crime:

– AAAAAAAAAAAAAAARGH!

Ela estava completamente coberta por aquela bebida trouxa malcheirosa e grudenta. Largou Kamikaze imediatamente e olhou ao redor. De um lado, Charles caído – o responsável por isso mereceria aplausos, não fossem os fatos seguintes –, do outro, o tal Chester fugindo com um moleque de cabelos lambidos. A diversão que Kayra procurava acabara de se tornar coisa séria, induzindo-a a um de seus surtos psicóticos.

A primeira e a segunda tentativas de se limpar falharam. Que se danasse Charles, que começava a se levantar mediante o efeito do feitiço. Que se danasse o Kamikaze, que era um criminosinho de quinta, pois as malas de Kayra possuíam um feitiço antiladrão bastante forte e logo seriam recuperadas – ao menos era nisso que ela acreditava. O pior eram cabelos embaraçados e grudentos sem chance imediata de limpeza.

– Eu quero ver sangue – a grega berrou, saindo atrás de Charles, Isadore e os demais que decidiram acompanhar.

Furiosos, eles seguiram de varinha em punho pelos corredores do trem – tão irritados que nem sequer se importaram com o fato de que poderiam ser vistos. Ao menos Kayra não teria respeito por superiores naquele momento e certamente mandaria uma azaração pro primeiro que tentasse impedi-la de se vingar do maltrapilho que levara aquela porcaria para sua cabine – mesmo que isso culminasse em dez meses de castigo. Dez meses de salário do professor não pagariam o modelo que ela vestia.

Por outro lado, Charles, parecia não estar com sorte, uma vez que o grupo alcançou o fim do vagão e não encontrou aqueles que cometeram um crime contra a higiene alheia. Kayra, no entanto, era pavio curto e objetiva. Se tivesse que arrebentar as cabines, uma por uma, era isso o que ela faria – a começar por aquela que estava com a porta (a única que vira naquele vagão, já que muitos estudantes correram para a porta a fim de entender o que acontecia).

– Bom-BAR-da MÁ-xi-ma!

Às suas costas, fumaça começava a tomar conta do vagão. Mas ela não tinha tempo de olhar para trás e descobrir que balburdia estavam fazendo. Mas aquilo não lhe bastava. Iria, portanto, ajudar com a brincadeira de pique-esconde. Então emendou:

– Nêv-mma-kááp-tss!

A fumaça se dissipava rapidamente de sua varinha, o que a levou a dar dois passos para trás, trombando, assim, com Isadore.

– Silêncio! – ela pediu – Estou ouvindo passos... passos pesados nesta direção.

Se Isadore disse, estava dito.

– Bater em retirada! – disse a grega, que, em meio à fumaça, procurava os rumos da cabine que o grupo ocupara minutos antes.

Kayra Leigh
Kayra Leigh
Aluna

Série 5º Ano

Grécia
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Cor : #008B8B

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Mensagem por Leslie Astor Sex Ago 10, 2012 7:26 pm

2º Post

Em Alerta

Leslie não pôde passar muito tempo tranqüilo com a gata. Embora não sentisse o trem balançando, deixou olhos fecharem e imaginou o movimento sobre os trilhos lhe embalando numa calmaria sem tamanho, enquanto seus dedos se mexiam no automático atrás da orelha da gata. Ela estava igualmente no seu ritmo, o rabo sendo a única parte em movimento de todo o seu corpo, atingindo os pés do corvino hora ou outra. Era raro sentir-se nessa paz sem estar lendo um livro pesado e absorvente. Seu estado de tranqüilidade não lhe permitiu ouvir os barulhos que denunciavam seu fim.

A gata não teve a mesma sorte. Após uma explosão inignorável, Leslie abriu os olhos e encontrou a leve cabeça felina olhando em direção à porta. Não demorou muito, ouviram passos em conjunto, quase marchando, e sentiu as unhas do animal cravarem nas suas roupas, enquanto as patas se flexionavam, se preparando para uma fuga. O corvino reconheceu aquela postura – era medo, proteção, sobrevivência. Em suma, era um mau presságio. O trem voltou a ser silencioso por um momento, quando enfim a gata saltou dois metros em direção à saída.

Como um reflexo, o quartanista puxou a varinha e sussurrou “Immobilus”. A gata parou no ar, quando daria a sua segunda investida, caindo com as patas flácidas e escorregando até esbarrar vagarosamente na parede da cabine da frente. Nesse momento, Leslie já estava a postos para colocá-la no braço, cheirar-lhe o pescoço como um pedido de desculpas e sentir o efeito do feitiço evanescer. O prosseguimento óbvio dos acontecimentos se deu com um número considerável de arranhões da gata em sua direção, rasgando pedaços de sua camiseta, até que ele a afastasse do seu corpo. Ela guinchou de raiva.

Mas ele entendia. Bastava uma olhadela em direção ao vagão seguinte e o amontoado de pessoas no corredor para saber que não estava acontecendo coisa boa e, se a gata estava tão afetada, seu dono devia estar envolvido. Assim, virou a cara para ela, e tinha uma expressão severa, as narinas infladas, bufando, e as mãos firmes em seu tórax. Dizia para ela que a protegeria, e então a gata se acalmou um pouco. Ainda queria fugir, mas isso foi útil, pois agora saberia para onde levá-la. Acomodou-a no seu colo e obedeceu ao seu comando, e conforme se aproximava, mais sentia que não queria estar ali.

En Garde

Deu alguns passos e começou a ouvir vozes exaltadas e ver flashes de feitiços. Quem seria idiota o suficiente para começar um duelo em pleno trem escolar?, indagou. Alguns nomes vieram à mente, mas preferiu ignorá-los. Tinha medo do que poderia acontecer – de como isso poderia atrapalhar a volta às aulas – e observava, nervoso, a gata em seus braços, que mexia apenas as orelhas conforme os sons, os olhos fixos na porta para o vagão seguinte.

Quando entrou no vagão da frente, encontrou um pequeno aglomerado na porta que levava ao próximo. Amaldiçoou mentalmente os professores, que não estavam agindo rápido o suficiente, mas sabia que a maioria talvez nem usasse o trem. O felino começou a se agitar mais, e o garoto tratou de apressar o passo, quando ouviu uma explosão. Suas têmporas latejavam com o desprezo que fazia sua mandíbula pressionar o maxilar. Já estava correndo, perdendo o controle da gata, que agora estava presa apenas pelo seu braço esquerdo, o direito preparado, com a varinha, em caso de emergências. Pensou em vários feitiços que conseguisse fazer rapidamente, e chegou à conclusão de que talvez precisasse usar ferula para imobilizar, impedimenta, ou o velho expelliarmus. Não era bom em duelos, nunca fora, e agora não mudaria isso. Sua vantagem teria que ser o primeiro feitiço, de uma forma que não fosse esperado, talvez até atingindo-os por trás...

Mas toda a tensão de seu corpo esvaziou quando viu que os que pareciam ser os responsáveis estavam saindo do vagão em meio a uma cortina de fumaça. Não os encarou, mas tinha o desgosto estampado na boca ao ver um corvino entre eles. Andou de cabeça baixa, o passo firme, a gata irrequieta, até passar a porta, se esgueirando para não esbarrar em ninguém. Tossiu com a fumaça. Apontou para cima e falou baixo ”Aguamenti”, sentindo as gotas que conjurara caírem em si e na gata, que miava raivosamente. A fumaça assentou, e encontrou a porta da primeira cabine em poucos pedaços. A gata pulou, não sem antes bater-lhe com o rabo na cara e dar-lhe dois bons arranhões no braço, um no rosto e diversas feridas menores espalhadas pelas roupas e pelo corpo. Encontrou, do lado de dentro, a que parecia ser a dona do bichano, visto que esta não parava de lambê-la, e uma garota loira ao seu lado. Eram os três do mesmo ano, e achava que ambas eram sonserinas, mas não sabia ao certo.

Encarou-as de cara feia, por acharem que estavam envolvidas no que, até agora, foram para ele duas explosões, provavelmente algumas maldições simples e algum tipo de fogo, já que viu algumas peças chamuscadas no caminho. Abaixou-se ao lado da dona do gato, que considerou como sendo mais ferida, com alguns arranhões adornados com filetes de sangue, e começou o seu trabalho.

- Episkey! – disse, a única palavra que pretendia falar durante o processo inteiro (embora talvez precisasse dizer ferula também). Vestia uma carranca no rosto, e não desviou os olhos dos ferimentos, pois o mínimo que contato que tivesse com aquele tipo de gente, melhor.

Resumo:
Leslie Astor
Leslie Astor
Aluno

Série 4º Ano

Inglaterra
Mestiço

Cor : #5F9EA0

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Mensagem por Gastón Saunière Sex Ago 10, 2012 8:13 pm

Primeiro Post

Virou a página do livro e empurrou os óculos para cima do nariz, sempre tão mergulhado em sua leitura que seus pés haviam muito tempo aprendido a andar sozinhos no modo automático. A possibilidade de esbarrar em algo ou alguém não levantava em nada sua atenção. Gastón sempre fora um grande leitor, amante de ficções, suspenses e aventuras, apesar de ele próprio não ser exatamente um Indiana Jones, raramente era visto em público usando óculos, na verdade os óculos nada mais eram do que um adereço adotado somente para dar-lhe um ar mais cultural, mas inteligente; ele sempre acreditou que um par de óculos e uma boa leitura poderiam lhe render alguns anos de avanço sobre aqueles que não apreciavam a leitura.

Empurrava um carrinho cheio de malas e mochilas, além da pequena gaiola de Farell, seu gato cinza peludo. Em um ombro estava a alça da mochila velha, ainda aquela que usara em sua primeira viagem para Hogwarts (sempre tão tradicionalista). A mochila, logicamente, cheia de livros, o garoto nunca lia um único livro por vez, possuía a mania absurda de estar com pelo menos quatro livros ao mesmo tempo, sempre na sede por novidades literárias. Sua mesinha de cabeceira no dormitório era sempre uma vela, um pergaminho, um tinteiro e uma pequena montanha livros.

Passou para a próxima página no momento em que transpassava a parede que levava a Plataforma 9 3/4 , só então percebeu onde estava. Dobrou a ponta da página cento e cinqüenta e sete, fechou o livro e o jogou em cima do malão sobre o carrinho que empurrava. A plataforma de embarque estava lotada, talvez mais do que nunca, a fumaça vinda do primeiro vagão já começava a encher os ares, pessoas mais distantes ganhavam formas estranhas naquele nevoeiro. A magia era quase palpável, corujas piavam em gaiolas, gatos piavam desesperados por uma fuga e um rato ou um pequeno camundongo, sapos coaxavam, crianças gritavam, berravam, choravam, pais conversavam, alguns brigavam (ainda via-se facilmente uma rixa de famílias), papeis em formato de aviões, passados e dragões voavam magicamente por sobre as cabeças e em um canto um grupo de estudantes do que aparentava ser o terceiro ou quarto ano conversavam em um pequeno círculo fechado, dividindo entre eles algum tipo de cigarro ou droga. Vik.

A visão daqueles garotos levou Gastón a lembrar-se da sueca estranha com quem, por algum motivo desconhecido, fizera... não seria exatamente uma amizade tendo em vista que essa palavra não existia no vocabulário da garota, talvez estivesse mais para “aproximação cautelosa”.

Passara as férias de verão em casa, na França visitando os avós, o que explicava sua chegada solitária ao Expresso. Normalmente Saunière estaria com alguma turma de amigos corvinos, discutindo alguma medida tomada pelo Primeiro-Ministro, talvez ele pudesse estar ressaltando sua opinião sobre as verbas governamentais, ou discutindo abertamente com Charles sobre algum assunto banal, mas naquele ano não. Estava sozinho, com toda a sua bagagem enfiada no pequeno carrinho de mão. A viagem de volta para Londres fora rápida mas cansativa, sua família sempre fora muito tradicionalista e... “old times” seria o termo usado por algumas pessoas. Os Saunière gostavam de manter os costumes antigos como passeios a carruagem pelas ruas de Paris, ou, como no caso, uma viagem de trem de Paris à Londres. Poderiam simplesmente aparatar com a bagagem na frente da bonita casa que habitavam em Londres, ou usar algum outro meio mágico, mas os Saunière eram adeptos de viagens mais seguras e tradicionais, por tanto os trens. O Expresso de Hogwarts era, por tanto, a melhor forma de expressar essa opinião familiar.

A visão do grupo de garotos do terceiro ano lhe trouxe a ideia de que Viktoria poderia estar em alguma daquelas cabines – não que ela fosse escolher uma cabine em um vagão no início ou no meio do trem, onde se concentrava a grande massa. Procurou pelo vagão mais vazio possível, ou alguma cabine ocupada e escura, por algum motivo aquilo lhe dava a certeza de que Viktoria estaria por perto. Encontrou-a no penúltimo vagão, recostada sobre a poltrona, dormindo.

De fato a aproximação do corvino com a sueca era até hoje um problema. Os amigos de Saunière nitidamente não aprovavam aquela “aproximação perigosa”, como ele mesmo gostava de chamar, mas ele gostava de pensar que aquilo nada mais era do que seu Indiana Jones surgindo, procurando aventuras e problemas, porque era óbvio que Viktoria Sjöström lhe traria algum problema, uma hora ou outra. Gastón não era preconceituoso, apesar de ser tradicionalista e vir de uma família enraizada em antigas tradições, possuía um pouco da visão atual em sua mente. Os piercings e alargadores que a garota insistia tanto em usar eram realmente exagerados em sua opinião, mas algo mais na garota o chamava atenção (óbvio, dããã!).

Com os malões devidamente guardados – um trabalho silenciosamente difícil de se fazer, acordar a sueca com certeza acarretaria em contusões, machucados e um olho roxo – sentou-se na poltrona oposta e retirou um novo livro da mochila. A viagem teria se resumido a roncos, solavancos e viradas de página por algum tempo, até Viktoria acordar.

- Não se preocupe em tentar interagir comigo. Pode ficar em seu espaço restrito, tenho meus livros e isso me basta até o final da viagem. – deu uma leve palmadinha sobre a mochila ao seu lado na poltrona – Volte a dormir se quiser, ninguém entrará na cabine ou irá lhe perturbar. Você fica com seu sonhado descanso e eu fico com meu desejado silêncio e leitura. Acordarei você quando chegarmos.

Aqueles longos anos de “aproximação perigosa” com a sonserina lhe dera experiência suficiente para entendê-la o suficiente que fosse. Gastón pretendia terminar aquele livro sobre um aventureiro francês durante a revolução francesa até o final de sua viagem e Viktoria estava nitidamente precisando de um descanso. Pelo o pouco que sabia da garota podia ter uma idéia da viagem que fizera até chegar aquela cabine escura no penúltimo vagão do trem, sem dúvida estaria precisando de algum descanso para recarregar sua tradicional antipatia. Afinal, Gastón Saunière adorava o tradicionalismo.

Spoiler:

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Última edição por Gastón Saunière em Sáb Ago 11, 2012 8:23 pm, editado 4 vez(es)
Gastón Saunière
Gastón Saunière
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Série 6º Ano

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty sentido aranha

Mensagem por Lara Rosenberg Sex Ago 10, 2012 8:30 pm

OFF

Música pra ouvir enquanto lê:


____

ON

Expresso de Hogwarts



Pode não parecer, mas foi tudo muito rápido, na verdade. O tempo em que as meninas levaram para conversar sobre o acontecido foi suficiente para que Elliot desaparecesse de vista. Lara e Lena apenas seguiram seu rumo, pois sabiam onde era o vagão e a cabine onde a confusão estava se formando.

Ela era naturalmente atraída por caos e bagunça. Muitíssimo curiosa, a menina continuou seguindo, mesmo quando ouviu gritos. Pôde escutar uma explosão ao longe (a segunda explosão que acontecia no expresso só na última meia hora, se contasse com o que quer que o Chester tenha feito no banheiro), e enquanto todos os seus instintos diziam pra ela simplesmente SE ABAIXAR ou CORRER NA DIREÇÃO OPOSTA, ela seguiu.

Parou quando viu Chester, acompanhado de Mimi e Elliot, correndo ao longe. Podia apostar mil galeões que eles eram a fonte desse barulho, mas não teve tempo de dizer essa sua teoria pra ninguém, porque notou que Chester estava sangrando. Os três se jogaram (se jogaram!) na cabine de onde vinha uma música estranha, e Lara ouviu-a sendo lacrada.

- Ok, talvez isso esteja um pouco mais sério do que eu tinha imaginado...

- Você acha?!Disse Lara com sarcasmo, a voz nervosa.

Se ela soubesse o que era um sentido aranha, era exatamente disso que chamaria o pressentimento que veio depois. Problema. Problema vindo pra cima das duas. As pessoas ao seu redor estavam mais ou menos paradas em seus afazeres, olhando pra algum ponto no começo do vagão.

Ao longe, pôde ver que a porta do vagão se abriu. Lara ouviu várias vozes altas dizerem alguma coisa, e então ouviu vários gritos de pessoas ao seu redor.

- FOGO! - Alguém gritou. Lara virou a cabeça muito rápido e, embora não pudesse ver o fogo, vários pontos de fumaça davam claros sinais no começo do vagão.

A menina que gritara era primeiranista, aparentemente porque havia vários primeiranistas naquele vagão. Que ótima experiência de boas vindas! Pior que isso só a lula gigante resolvendo fazer uma aparição! Ou o trem descarrilhar! Ou pegar fogo, como parecia mais possível.

Com o coração batendo rápido e sem poder se mexer direito por causa da corrente de crianças a sua frente, ela fez a única coisa que lhe pareceu possível: se jogou em uma cabine com Lena e fechou a porta.

Três segundos depois ela se arrependeu. Quem se tranca quando está acontecendo um incêndio? QUEM?!

- O que diabos está acontecendo com Hogwarts?!- Exclamou, sentando em um dos bancos e colocando as mãos na cabeça em pânico.

O castelo (e o trem) costumavam ser o seu refúgio, o seu lugar de aprontar com os professores e sair de fininho sem ser vista. Agora estava tudo pegando fogo e explodindo, e a menina não admitiria nem sob tortura, mas gostaria bastante que algum professor aparecesse.

Alguns minutos se passaram enquanto a menina tentava não ter um ataque de pânico ali mesmo. Quando finalmente se levantou e foi em direção a porta para ver como estava a confusão, um barulho ensurdecedor avisou a terceira explosão acontecida no trem.

-Bom-BAR-da MÁ-xi-ma!

-AHHHHHHHHHHHHHHHHH!

E a porta da sua cabine praticamente se desintegrou, lançando a menina a uma considerável distância.

O barulho da explosão foi tão grande que não conseguiu ouvir nada do que se passou depois, e apenas sentiu alguns fragmentos de madeira baterem em seu braço, que estava na frente do rosto. O único reflexo de que ela foi capaz, proteger seus olhos. Não sentia dor nenhuma, exceto nos ouvidos, que estavam agora com uma estridente nota. Quem olhasse a menina poderia notar que sangravam.

Ela abriu os olhos vagamente e viu que a cabine se enchia lentamente de fumaça, que já estava no vagão. Quando sentiu seu braço entrar em contato com alguma coisa áspera, olhou pra baixo e viu Louise, sua gata. Ela estava lambendo alguns cortes que tinham se formado pelos pedaços de madeira. Quando voltou a levantar os olhos, viu seu amigo, Leslie Astor, adentrando a cabine.

-Astor? O que foi que houve? - Disse, mas percebeu que havia algo estranho na sua voz. Era como se estivesse distante, como se alguém tivesse gritando de um outro ambiente e ela só pudesse ouvir ecos.

Ah, mas é claro. O problema não era sua voz. Era seu ouvido.

Botou a mão do lado do rosto e depois a olhou. Viu que estava com um pouco de sangue. Achava que alguém estava falando alguma coisa, mas não podia ter certeza.

-O QUÊ? REPETE!

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Katrina Collin Sex Ago 10, 2012 10:02 pm

Foi difícil separar o abraço, mas Katrina sabia que isso poderia chamar muito a atenção de qualquer pessoa. Colocou uma mecha atrás da orelha, como sempre fazia quando estava encabulada e continuou a conversa com Le Blanc, pediu licença as duas garotas com quem o Monegasco conversava ajudou o menino a se localizar. Enquanto caminhavam lado a lado, a meio veela tentava explicar o que havia acontecido, não tinha vergonha das suas condições financeiras, uma pessoa honesta pode viver muito bem com suas posses limitadas no mundo mágico e era uma época de crise, todos deveriam colaborar, mesmo que esse preço fosse alto demais.– As coisas ficaram um pouco apertadas em casa, infelizmente era muito caro ficar em Paris com Cassandra. Meus pais jamais aceitariam que minha madrinha custeasse as despesas dos meus estudos, ela já vive no limite da pensão, seria muito pesado. Eles também não aceitaram que os pais de Mabelle ajudassem, não fazia sentido, não havia nada que me obrigasse a ficar em Beaux, quer dizer...

Olhou para o lado e mordeu os lábios. - Eu gostaria de ficar na França por um motivo apenas. Na verdade um ótimo motivo mas, por alguma razão eu sabia que eu tinha certeza que as coisas se resolveriam da melhor forma. – Finalizou com o coração batendo acelerado, admirada com a própria coragem.

Até o momento do trem partir, a lufana foi colocando Le Blanc, a par de todas as normas de Hoggy e principalmente esclarecendo a questão da seleção, como aquelas meninas poderiam mentir tanto? Simplesmente abanou a cabeça negativamente e deixou um sorriso escapar entre seus lábios. Encontraram uma boa cabine em um vagão não muito movimentado, óbvio que era o preferido por Collin que não gostava de muita agitação, mesmo assim, esticou o pescoço para tentar encontrar uma cabeça de fogo, Mimi, Chloe ou Elliot sem sucesso, queria apresentá-los a Henri, assim o menino também começaria a se enturmar por ali. O trem partiu e os dois começaram a falar sobre as novidades, apesar de Katty não entender muito bem por qual motivo o rapaz estava seguindo para Hoggy.

Os dois sentaram-se de frente na cabine para dividir a paisagem que se abria diante deles, parecia mais uma viagem calma, apenas com as mesmas gracinhas de sempre movidas pelas rivalidades entre as casas. Até que um forte estrondo quebrou o clima de volta as aulas.- Acho que alguém exagerou nas bombas de bosta esse ano.-Comentou a jovem indignada com a falta de civilidade. -Se tem confusão, com certeza Fae está no meio, ela é muito legal, mas ás vezes acaba extrapolando e... – foi interrompida por sucessivos barulhos característicos de feitiços, parecidos com o som de lufadas de ar. Algo estava ficando sério, Henri logo ficou de prontidão, quando Katty deu por si o rapaz já estava se dirigindo a porta , com a varinha em punho.

Talvez fosse por isso que admirava tanto o garoto, ele sempre ou quase sempre, tomava a iniciativa de algo, era assim desde Beaux e agora novamente, apenas para deixar a jovem confusa, não sabia se deixava o espírito da aventura tomar conta ou passava um sermão de leve em Henri para que não se metesse em confusão mas, movida pelo seu instinto tirou a varinha presa na perna da bota e seguiu o menino, com direito a depositar suas mãos delicadas no ombro esquerdo do seu companheiro, apenas para sentir um pouquinho dos cabelos dourados do moço, absorta nesse pensamento não percebeu a aproximação de uma bola de pelos amarelos que passou por baixo das suas pernas para se proteger dentro da cabine. Com o susto se aproximou mais de Henri, empurrando-o para frente um pouco providencialmente, aquele bichinho nada simpático dificilmente andava sozinho e logo Chloe apareceu procurando seu gato. Logo o corredor se tornou uma verdadeira confusão, os alunos mais novos corriam de um lado para o outro, enquanto os monitores pareciam querer botar ordem no caos.

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Katrina Collin
Katrina Collin
Aluna

Série 3º Ano

Inglaterra
Mestiça

Cor : indigo

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Mensagem por Anna Blanche Sáb Ago 11, 2012 12:16 am

Spoiler:

Aquele estava sendo, sem a menor sombra de dúvidas, o embarque menos usual que Blanche, em seus quatro anos de Hogwarts havia presenciado. Não que suas agulhadas usuais com Eilonwy tivessem sido exageradas, seu único problema com a garota aliás era a excessiva amizade e indiretas sobre ter sido namorada de um certo Alleborn.

Viu Michael retornar a cabine em que ele e seus amigos sonserinos estavam e suspirou sem sentir. Como a francesa conseguiria ficar brigada com ele, quando o sonserino sabia exatamente o que falar? Anna sabia racionalmente inclusive que as brigas com Dolben eram por conta de um ciúmes desmedido da parte de Blanche, alimentado pela sonserina, mas a corvinalense simplesmente não conseguia parar quando a situação ocorria.

- Hermi! - exclamou ao reconhecer os cabelos ruivos caminhando na sua direção, finalmente a achando após sair da cabine com o maior número de sonserinos possíveis (porque, honestamente, Charles Baudelaire era inteligente, mas era bem mais sonserino que ela mesma) – Eu achei ter te visto na plataforma, mas--- - “pensei em ter visto você e o elfo rico conversando” diria em um tom sagaz que lhe era usual, mas foi interrompida pela mesma.

- Ei, Anna! – a menina exclamou, com a habitual expressão de felicidade enquanto abria um vasto sorriso – Quanto tempo! – as duas tentaram se cumprimentar, mas alguns primeiranistas (dava para notar pela estatura de gnomo de jardim) passaram correndo e quase as atropelaram – Como foram suas férias? – ela arregalou os grandes olhos azuis – Eu quis te mandar uma coruja--- - e gritaria e talvez guinchos bem mais ao fundo e... Guinchos? Franziu o cenho, achando ser loucura ouvir barulho de porco dentro de um trem para Hogwarts. Mas realmente não podiam conversar ali.

- Acho melhor a gente encontrar logo uma cabine. - sugeriu bem humorada, ganhando um aceno de cabeça, as duas caminhando e comentando sobre como a cada ano a plataforma parecia cada vez mais apinhada de alunos e seus acompanhantes.

Não demorou muito a acharem uma cabine vazia, o horário ainda era bom por sinal. Hermi fechou a porta parecendo um tanto séria enquanto Anna, ainda alheia ao fato, sentava-se num banco e pegava a própria bolsa aumentada magicamente por dentro, buscando o livro de interpretação de sonhos que tinha achado que a amiga gostaria de ler.

- É este. – disse lhe estendendo um livro assim que a ruiva sentou à sua frente, o qual a tinha alertado via coruja uns dias antes. E apesar dela ainda não ter comentado, sabia muito bem o motivo da amiga não a ter contatado via coruja por todo o período de férias. Motivo este que tinha nome e sobrenome: Gabriella Alleborn. Sua prima e praticamente irmã tinha uma birra eterna com Hermi, e Anna ainda não conseguia entender o porquê – Encontrei semana passada na biblioteca do vovô, e acho que vai ser de bom uso pra você. Pode ficar com ele o tempo que precisar. – só não o oferecia porque achou o nome de sua avó na contra capa. Era um livro antigo, puído e amarelado, mas talvez ajudasse Maynard em alguma coisa.

- Ah, obrigada Anna, vou ler ele sim... – comentou Maynard e a morena franziu o cenho quando ela guardou o livro na própria capa, parecendo um tanto afoita e ao mesmo tempo alheia aos fatos. Anna sabia bem o que aquilo significava, mas não fez menção de falar ainda – ... tive um sonho. – a francesa se ajeitou no banco, pronta para escutar. Naturalmente não se tratava de um simples sonho, mas aquela ansiedade escondia algo mais, eram amigas a tempo suficiente para saber disso – Era sobre o meu pai.

Era um assunto delicado quando se tratava de Hermi Maynard. Ela havia perdido o pai quando tinha cinco anos de idade, pelo que sabia tinha sido um auror, morto em batalha ou em alguma missão, mas ninguém da família gostava de realmente comentar o assunto com a corvinalense. Teve a impressão de ouvir alguma confusão do lado de fora, mas se absteve por hora, se concentrando em escutar e tentar posteriormente ajudar a amiga.

- Não foi tão misturado dessa vez – começou a menina, dividida entre clara ansiedade e visível confusão – pude ver com muita clareza o---

O que ela pôde ver com muita clareza jamais foi dito naquele instante, já que um barulho de alguma coisa estourando preencheu seus ouvidos. Ambas arregalaram os olhos e em um pulo Anna já estava com o nariz grudado no vidro da porta da cabine. Hermi surgiu ao seu lado depois e as duas dividiram a visão atemorizante.

Foi arregalando os olhos de maneira gradual, o azul cerúleo neles se tornando mais e mais escuro, em puro contraste com seu rosto, cujo parecia ficar mais desprovido de coloração à cada segundo. Abriu e fechou a boca várias vezes, suas mãos se tornando geladas dentro das luvas de veludo, mirando pelo vidro de sua cabine a ação que se dava no corredor, incrédula demais para sair do torpor em que se encontrava.

- O que pode estar acontecendo(...) – Hermi a cutucava, dizendo algo que ficou alheio a seus ouvidos, a morena queria encontrar alguma espécie de lógica do lado de fora, de ordem; mas era tudo caos. E se ela conhecia bem os seus amigos e colegas, aquilo só tinha tendência a piorar – (...) e eu acho que vi alguns professores na estação hoje Anna, mas estamos mais perto de uma das portas laterais e se eles souberem... – ela não precisava terminar e a morena concordava totalmente. Se algum professor se envolvesse naquilo, expulsão era uma das coisas que estaria na lista de probabilidade de atitudes cabíveis a serem tomadas.

Novamente a impressão de ver o peculiar Elfo Rico na plataforma conversando com a ruiva ao seu lado uma meia hora antes, cruzou a mente de Anna, ficando guardado em algum canto para ser analisada mais tarde. Sua amiga, não tão estarrecida quanto ela, teve ao menos a sensatez de as afastar da porta onde estavam com seus narizes grudados no vidro e abrir a maçaneta da mesma.

À partir de então, Anna resolveu que precisaria tentar contornar a situação, até porque não tinha muita certeza que alguns professores do corpo docente fossem condescendentes o suficiente para deixar alguns alunos sem detenção no mínimo, por criar um verdadeiro rebuliço antes mesmo do trem partir.

Moveu-se pelos corredores a passos rápidos, não se surpreendendo realmente que sua melhor amiga estava no seu enlace; sentiu seu estômago revirar de maneira considerável quando reconheceu a cabine em que estivera mais cedo curando um probleminha facial temporário. Ok, aquilo seria bem mais sério e pesado do que inicialmente achou.

Seus olhos de rapina notaram que o local estava quase vazio, indicando que eles deviam estar colocando algum plano em marcha. As duas amigas se entreolharam visivelmente preocupadas com a saúde mental e psicológica dos demais alunos, mas foi Hermi, contando sempre com seu sexto sentido aguçado que a jogou pra dentro de uma cabine, bem antes do esquadrão de extermínio sonserino passar. E novamente, sério, Baudelaire não podia ser considerado corvinal e ponto.

Arregalou os olhos, mirando pelo vidro os passos como aviso de guerra dos sonserinos e suas expressões faciais. Michael e Anthony vinham atrás e a francesa quase, quase mesmo deixou para lá toda sua racionalidade, abriu a porta e tentou parar aqueles dois ao menos.

Mas sua amiga, uma pessoa racional quando ela deixava de ser a fez abaixar bem a tempo de Alleborn parar de andar, ela supôs pelos barulho dos passos, e mirar dentro da cabine. Ambos tinham uma pouco usual ligação, mas o sonserino deve ter desistido assim que a morena e a ruiva arregalaram os olhos... Peraí! Incendio em um trem? Como eles iriam pra Hogwarts sem aquilo? Pela força do pensamento?!

A ruiva ficou definitivamente perdida quando a francesa, ao notar que o grupo tinha sumido de vistas, caminhando na direção oposta ao problema de futuro massacre simplesmente cortou o corredor a passos rápidos, aquela parte ainda vazia e livre de qualquer caos, mesmo que houvesse uma boa quantidade de coca-cola (Gabriella era louca por aquela bebida trouxa, por sinal) e outros detritos que a corvinalense não quis muito saber do que se tratava. Ouviu bem ao longe a voz grave de seu namorado impedindo que o trem virasse fogueira e os passageiros acabassem junto e resumiu-se a sorrir ligeiramente.

Sua mente formava uma ponte lógica, um tanto absurda, mas inegavelmente lógica. Não era tola em crer que a brincadeira ficaria por aquilo, nem mesmo a mais crédula das criaturas mágicas e não-mágicas acreditaria em tal fato. E precisava conter um verdadeiro batalhão (e de ambos os lados), então não podia fazê-lo sozinha.

Desembarcou novamente do trem, quase tropeçando em um gato que estava solto pela plataforma. Implorava mentalmente a Merlin nesse interim, para bem de seus colegas que nenhum professor excêntrico tivesse visto e entendido tudo aquilo. Certo, precisava de um início. E mesmo com o salto, não via o rosto que precisava naquela multidão para traçar um plano de contenção. A porta do trem bateu atrás de si, sabia ser Hermi, se pendurando na escada, quase roendo as unhas.

- CROFT! – gritou à plenos pulmões, o sotaque francês dando sinal de vida, esperando que seu amigo aparecesse no seu campo de visão. Mas Maynard novamente foi mais rápida que a confusão que Anna sentia.

- Ali, ali! – murmurou a menina, também nervosa, descendo pequena escada e apontando para um ponto específico na multidão, estendendo o braço à frente delas. – Ele está bem ali Anna, tentando embarcar algumas malas. - E Anna viu, inclusive a surpresa clara no rosto do inglês fitando-a com uma sobrancelha erguida. Engrenou em passos rápidos na direção dele; melhor os monitores que os professores, a menina tinha apenas essa certeza naquele momento.




[off]Hello! Eu leio o chat, não posto lá mais leio... E já vi uma pequena encrenca, além de professores por perto, então antes que todos sejam pegos, achei que seria... Menos pior serem parados pelos monitores que pelos professores. Até porque eu sei que tem muita gente postando / tá desordenado, mas teste é assim mesmo ^^ E vamos nos divertir gente, mesmo com horários confusos, dispares e afins, ok? o/
E antes que chamem ela de estraga prazeres, vejam bem: Monitores estão ai pra isso, tá? XD Ninguém mandou querer fazer fogueira de mashmallows e explodir refrigerantes. Taca só uma coca cola no chão pra ver o barulhão que faz... E sério, eu, player, acho melhor serem parados por monitores que professores, mas ai vai de vocês né? Até porque, se tá perto mesmo do horario de sair e os professores vão embarcar, eles vão aparecer e aiiiiiiiiiii...
E não sei se Vic vai ler isso em tempo hábil... se algum outro monitor ou aluno quiser sair/estiver do lado de fora ainda e quiser interceptar a Anna pra explicações por causa da fumaça / quiser ajudar, poooooooooooor favor, eu até agradeço
Bái =*****[/off]
Anna Blanche
Anna Blanche
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Série 5º Ano

França
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Cor : #0099FF

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Aileen Perkins Sáb Ago 11, 2012 11:01 am


{ 002 }

Aubrey ainda parecia bastante incomodada, mas Aileen não dava muita importância, sabia que aquilo passaria depois que ela tomasse um bom banho e refizesse sua chapinha ou whaterver. Dessa forma, a conversa com Elliot fora deveras proveitosa até que eles chegaram a seu destino final: A estação de King’s Cross, onde todos os alunos que seguiriam viagem para Hogwarts já estavam se aglomerando e o lugar começava a se tornar em um grande salão onde os alunos colocavam suas conversas em dia e começavam a aprontar ali mesmo. Podia-se ver gente correndo, achando que estavam atrasados, outros perdendo malas e objetos... Muito comum. Aileen apenas passou os olhos no lugar enquanto aglomerava suas coisas – malas, gaiola e afins, e então abriu um sorriso; sentia saudade de todo aquele movimento.

Elliot acabou encontrando com sua irmã e mais algumas outras pessoas que Aileen Perkins cumprimentou com um sorriso nos lábios. Depois da confusão que eles estavam causando, Aubrey acabou molhada por causa de mais uma de Elliot, o que só tirava risos de sua irmã. Enquanto a lufana se recompunha, Aileen foi interrompida por um garoto que pedia licença, mas ao mesmo tempo em que falava, fazia gestos tentando se explicar. A primeira reação da menina foi apenas franzir a testa, tentando entender qual era o problema dele. Havia parado tão perto que Perkins praticamente respirou o mesmo ar do garoto e assim que percebeu a situação deu dois longos passos para trás.

- Pois não?!

Olhou ainda séria. Não era todo dia que alguém estranho daquele jeito vinha falar com ela. Quer dizer, não vamos generalizar.

- Eu... Fiquei sabendo que a seleção deste ano será embaixo d’água e...

Aileen esperou pacientemente o fim da explicação, mas ela não veio. O garoto devia ser algum novato e aquela história estava muito estranha. A corvinal jurou ter visto Dolben – a garota cujo primeiro nome nunca era dito porque era algo como “looneytunes” e ninguém sabia falar – dar um risinho enquanto se afastado. Aquilo devia ser obra dela. Mas enfim, o garoto começou, mas parou no meio do discurso quando encontrou uma loira que certamente era algum affair porque ele simplesmente parecia estuporado ou sabe-se lá o que. Aileen olhou para os dois e desistiu de entender.

- É o que, garoto?! – Disse, embora soubesse que ele não escutaria. – MA-LU-CO. Só isso que digo. Esse povo fica aí experimentando coisas novas antes de vir para o trem... Dá nisso aí. Eu hen. – Concluiu, se afastando dos dois e seguindo sua irmã que estava claramente impaciente com aquela roupa que ainda vestia.

Pararam apenas quando chegaram em um vagão vazio onde Aubrey tinha a intenção de se trocar, mostrando naquele momento o quão diferente ela e sua irmã eram. Enquanto Aileen vestia jeans e camiseta, a garota se trocaria, vestindo um conjunto colegial bem fofo até, com cores lufanas e todo o acabamento patricinha de meias e afins. Aileen não gostava de falar, mas achava lindo sua irmã daquele jeito; não que ela conseguisse suportar a delicadeza de todas aquelas roupas.

Quando Perkins já estava vestida, Holly apareceu, já chegando com seu jeito todo alegre.

- HOLLY! – Aileen cumprimentou a amiga dando-lhe um abraço bem apertado, sendo seguida por sua irmã que também cumprimentou a menina, mas com um sorriso. Em seguida a gêmea foi para sua privacidade para realizar sua troca.

- VEJAM SÓ o que eu trouxe de presente para voc...

Tudo daquele momento em diante parecia um flash. Aileen não entendeu nada, só viu sua amiga toda melada, parecendo estar vestida de meleca de trasgo ou coisa gosmenta bem parecida. Aparentemente o presente não era tão bom ou não quis mais esperar para realizar seu efeito, Perkins realmente não entendeu. Só acompanhou Holly falar que mataria Rene e em seguida se jogou em uma nova cabine

- LEEEEEEEEEEEEEEEEN, AUBREEEEEEEY ... QUAL O TAMANHO DO ESTRAGO?!?!?

Aileen olhou para os lados, mas não viu mais sua irmã. Esboçou uma resposta mais tudo o que fez foi rir. Uma risada longa e gostosa, parecida com aquelas que só os bebês são capazes de dar. Segundos depois, tentando recuperar o fôlego, a corvinal voltou a falar.

- Você arrasou, Holly!

Aileen parecia nem se preocupar com o ocorrido. E, na verdade, não se preocupava mesmo. Naquele momento estava mais preocupada com outras coisas.

- Espera... Onde está Aubrey? E... Você encontrou o pessoal? Vamos, vamos... Ou essa viagem vai ser muito longa e chata.

Disse, praticamente puxando a amiga. Estava alheia aos acontecimentos pelos vagões afora, mas esperava se acomodar em algum lugar onde seus amigos mais próximos estivessem, inclusive para colocar as conversas em dia e começar a planejar como seria o ano letivo.


isso não é um resumo:
Aileen Perkins
Aileen Perkins
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Série 4º Ano

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Cor : #56CCDB

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Fae B. Pointer Sáb Ago 11, 2012 11:05 am



V
Tem ladrão saindo pela janela.



Gritaria? Briga? Feitiços lançados a esmo? Malas pegando fogo? Corujas a beira de um ataque de nervos? Como assim Fae Blake Pointer não estava nem por perto enquanto toda essa diversão acontecia? Que desonra para a pestinha oficial de Hogwarts! A ruivinha foi pega de surpresa enquanto conversava com o seu chefe de casa, cheia de segundas intenções que envolviam o vampiro Lâmia (bem que o Senhor Karl podia mandar o consumidor de sangue alheio ao menos conversar com a menina e matar sua curiosidade sobre o estilo de vida e clãs dos vampiros). Mas ouvir aquele furdunço e ficar longe era demais para ela, nem Drácula em pessoa conseguiria tal feito. A caçula Pointer precisava ver, fazer umas apostas talvez, ou lançar um feitiçozinho para causar mais caos na multidão [/joker], então pediu licença ao velho mestre e seguiu seus instintos para a bagunça.

Não achou mais nada além de um grupo de garotos grandes fazendo algum tipo de culto em torno de uma fogueira.


Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Chatiada
#chatiada

Com cara de cachorro que ficou sozinho em casa e não achou a sandália do dono para destruir, Fae foi caminhando pela estação, ainda procurando Elliot ou Mimis, ou alguém para atanazar. Foi quando percebeu algo estranho vindo dos vagões, parecia fumaça saindo de uma janela aberta. Pronto, lá se foi ela naquela direção, seguindo seu faro para descobrir furdunços, tentando ver através das janelas quem estava naqueles vagões. Chegando naquele que parecia sair a tal fumacinha, ela parou. Viu algo interessante acontecendo em uma das janelas. Encostou a mala do Gizmo no vagão, subiu em cima para olhar melhor e então viu Elliot, Mimis, Chester , Aubrey e uma ruiva novata. O cérebro da menina então começou a ligar todas as informações: a fumaça saindo da janela , Elliot e Mimis com semblantes pesados e Chester nocauteado. Aquilo cheirava a esgoto e cobras.

Tentando continuar encarapitada em cima da mala, a ruivinha procurou fazer contato visual com alguém de dentro da cabine. A ruiva novata olhou e Fae apontou a alavanca de emergência, dizendo algo como “ puxa, puxa essa coisa vermelha aê”, o que obviamente era difícil de alguém lá dentro escutar, mas era perfeitamente compreensível apenas olhando. Então ela sorriu marota achando que havia salvado todo mundo com sua ideia quando Chester agarrou sua mão, puxando-a para dentro. A menina tentou se soltar, mas o movimento a fez perder o equilíbrio e a mala do Gizmo caiu, deixando-a com os pés, literalmente, no ar. Turdi, assustado pela movimentação, pulou do pescoço da menina, indo parar em cima da cara assustada do Gremlim na mala. Fae, injuriada, deixou ser puxada para dentro com uma cara infernal e quando se viu de pé, a primeira coisa que fez foi:

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Pows


Deu-lhe um tapão na cabeça de Chester.

- ERA PARA VOCÊS SAÍREM, ANIMAL òó !


Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Kapow


Então deu outro tapão com mais força ainda no mesmo lugar.


- ESSE É POR ME PUXAR CONTRA VONTADE òó – exclamou pensando a paisagem “bunita” que deve ter sido proporcionada pela equação “Ruiva + mini-saia + janela + estação lotada de pivetes tarados”.

– Valeu ai, ó cabelo de fogo, por abrir a janela!- Olha quem fala! - E sem querer ser inconveniente e atrapalhar o papo de vocês, esse vagão está pegando fogo, então é melhor a gente sair! – E tendo dito isso já ia voltar pelo mesmo caminho, quando Elliot passou a frente e desceu primeiro pela janela. Fae desceu logo em seguida, ajudada pelo irmão que já estava lá em baixo. Esticou o braço em direção a Turdi, que pulou para a mão espalmada satisfeito por ser resgatado, então ela apanhou a mala do chão enquanto os outros desciam e seguiu com o irmão tranquilamente para o lado oposto. O plano era misturarem-se na multidão e depois embarcar “novamente” como se nem estivessem envolvidos em nada que fizesse feito bum naquele trem.

O que aconteceu??? escreveu:Então gente, as ações foram combinadas com o Leish. Lombriguinha queria que todos descessem, mas como somente tive contato com ele no msn, não coloquei que todos desceram ou quem desceu além dos irmãos Pointer. Fica subtendido que todos desceram do vagão, a cabine ficou vazia e eles se misturaram na multidão da estação até prova em contrário. Enfim, qualquer coisa eu edito.



Fae B. Pointer
Fae B. Pointer
Aluna

Série 3º Ano

Escócia
Age : 25
Mestiça

Cor : corfae

https://www.facebook.com/#!/sahfguerra

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