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JUDAS! JUDA-AH-AS! JUDAS GAGA!

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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Dom Set 09, 2012 10:36 pm


I’M IN LOVE WITH JUDAS-AS! JUDA-AS!




RP Fechada: Roxanna Miloslaviniacova e Scott Dall'Agnol
Local: Casa dos Botes
Horário: antes de terminar o banquete de abertura, mas depois dos discursos (pois pretendemos postar lá ainda xD)
Dia: 01/09/12


Esse post é melhor apreciado ao som de Judas – Lady Gaga.

Roxanna veste UNIFORME I - rs

Parecia que tinha um mês que eu estava naquele trem para Hogwarts, tantas coisas tinham acontecido. A melhor de todas, até então, era o fato de eu não ter sido pega em detenção o que me dava um ar de like a boss. Exatamente por isso, eu fingi que não vi quando Charles, Kayra, Isadore e o resto da plebeiada desceu acompanhada dos professores.

Não queria ser ligada à eles. Não naquele momento saia justíssima. Outro fato importante era que ao menos a minha parte eu estava fazendo, haja vista que pensei tanto em Kayra e seu bem estar que tinha conseguido um evento filantrópico com a banda teen mais badalada do momento. E de quebra, eu ia para a festa com o guitarrista.

Tá que isso me soou muito estranho. Muito estranho ao ter sido convidada e mais ainda ao ter aceitado. Era a primeira vez na vida em que eu aceitava um convite que não fosse de Lestat ou de Charles Baudelaire. Não que eu tivesse tido qualquer tipo de experiência romântica com qualquer um deles, afinal, com Lestat tudo o que podia ter sido lindo foi infectado com o vírus letal que ele e seu dedo podre de Midas carregavam.

E Charles, bem, Baudelaire nunca seria meu. E nem eu pertenceria a ele. E éramos melhores do jeito que éramos do que como um casal.

Sai desavisada pelo Vagão com a desculpa de me trocar para Hogwarts, mas a verdade é que eu queria sair pela tangente. De todos os acontecimentos até então, a briga silenciosa que tive com Scott na mesa, tinha sido uma situação que eu não queria ter que lidar nunca.

Scott era meu melhor amigo. Chester era um imundo sangue ruim. E eu tinha pisado na cara dele. E não me envergonhava disso. No entanto, havia coisas que Scott não compactuava acerca da minha personalidade e eu não queria ter que explicar que 1 + 1 = 2, pra ele. Por isso sai sem avisar e só fui vê-lo novamente no Banquete de Seleção quando ele caiu na Corvinal para o meu eterno desgosto.

Mais um motivo para eu ficar longe, ou acabaríamos em uma discussão sem fim sobre ele não ter ido para Sonserina.

Assim, enquanto os alunos ainda comiam, pedi licença à mesa e sai de fininho crente de que conseguiria sair ilesa uma vez mais. Todavia, Scott estava em meu encalço e logo tratou de me seguir. Eu, por óbvio, não tinha percebido. Mas quando já alcançava o hall das ampulhetas ouvi sua voz me chamando.

Apertei o passo e sai correndo para o lado de fora do Castelo. Os saltos de serpente de meus sapatos batendo freneticamente no chão. Aquilo era um desafio. Não acreditava que meu melhor amigo no mundo fosse capaz de tentar desafiar alguma regra da escola, não no seu primeiro dia, justo Dall’Agnol que tinha um currículo tão exemplar.

Tinha corrido até a escadaria da Casa dos Botes, seria fácil fingir ter perdido alguma coisa por ali. Olhei para trás na subida parcamente iluminada pela luz da lua, crente que o tinha despistado quando como se fosse um fantasma, ouvi sua voz:

- Você pode correr, mas não pode se esconder.

- Não para sempre. – soltei o ar de forma cansada – Só queria poder adiar isso um pouco, mas já que não tem jeito... Acho que temos certos assuntos pendentes a acertar...


Spoiler:
Roxanna Miloslaviniacova
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Mensagem por Scott Dall'Agnol Dom Set 09, 2012 11:50 pm

Spoiler:

”Told you I will be here forever…”
A trilha sonora de Scott nesta RP é Umbrella – Rihanna.

Sentado a mesa da Corvinal, Scott sentia um mix de emoções com o qual elegantemente tentava lidar. A sensação de borboletas no estômago era referente a tudo. Apesar de já ter estudado em Durmstrang, um prestigiado instituto de ensino de magia, Hogwarts era diferente do que ele pensava que fosse. As coisas pareciam mais mágicas, e todos pareciam a todo momento enaltecer a magia da escola. O uniforme, muito mais cosmopolita, deixava os alunos em um par de igualdade e em parte carregava uma certa simplicidade – não o fazia se sentir parte de algo maior como era em Durmstrang. O fato de não ter consigo nada que o ligasse efetivamente a Corvinal – a gravata, um cachecol – o fazia se sentir estranho em uma mesa que seria a dele por ao menos três anos de sua vida. Tudo era diferente e ele precisava tornar tudo aquilo normal, e até conseguiria se em seu campo de visão Roxanna não tivesse posicionada tão estrategicamente.

- E aí cara, como que é Durmstrang? Lá vocês têm casas também? – perguntou um terceiranista o qual Scott não sabia o nome. Ouviu e assentiu por cortesia o nome das pessoas ao seu redor, agora guardar já era algo completamente diferente.

- Sim, nos temos. Lá são residências, trabalhamos mais com um conceito de abrigo, refúgio. Também somos divididos conforme as características. A primeira residência é a Aubreydechse, é a residência daqueles de personalidade política e que agem pela reputação. Acho que aqui seria semelhante a Sonserina; A segunda é a Radmantarayko, essa é para aqueles que possuem maior afinidade com as artes e com a inovação. As pessoas de lá costumam ter uma personalidade mais singular, são mais únicas. – disse ele escolhendo bem a palavra. – A terceira residência é a Sofbarya, era a minha residência. Lá o foco dos residentes era em crescer pelo saber, quanto mais soubéssemos de algo, ou melhor soubéssemos fazer algo, melhor. É como a Corvinal, só que mais militar; Por fim vem a Szulvprak, casa do meu irmão e de algumas pessoas que vieram para Hogwarts. As pessoas dessa residência se provam pelo desafio aos limites, pela força e tem um talento comum para o quadribol e esportes no geral. Viktor Krum foi dessa residência.

A colocação de Krum foi estratégica, assim como o tom que usava. De início queria se mostrar sério para impor certo respeito, ainda que pudesse ser confundido como alguém metido, queria demonstrar pelo seu próprio jeito de ser como Durmstrang era diferente. Com tempo iria se desligando e seria mais extrovertido, só não naquele dia. Estava cansado, queria dormir para aprender a lidar com a sua decisão.

Pelo restante do jantar o assunto Krum o fez ter o que falar com os colegas. Ele, como todo bom aluno de Durmstrang e pela amizade com um grande grupo de Szulvs sabia de alguns fatos de Krum e de seus feitos no quadribol dentro da escola. Contava os fatos a fio e torto quando percebeu a movimentação de seu foco uma mesa a frente. Roxanna com passos razoavelmente apressados deixava o salão e ele naquele momento teve de escolher se a deixaria ir ou se conversariam decentemente, coisa que não conseguiu fazer no trem.

Os passos controlados pelos corredores do castelo deixavam bem clara para Scott a sua própria decisão. Roxanna é a melhor amiga dele, e parte da decisão de vir para Hogwarts fora tomada por contar com o apoio dela. O que ele não contava era encontrar uma pessoa totalmente diferente da Szulv que conheceu em Durmstrang.

O trajeto em si era peculiar, mas não chegava a ser assustador. Em suas aventuras em Strang, o bruxo passou por caminhos bem piores, por isso pouco ligava para o frio, para a imensa quantidade de degraus que teria de subir depois, assim como para a rústica e mal cuidada casa dos botes que Scott julgou ser pela proximidade com o lago. ”Um estacionamento de carruagens teria sido mais convincente”, pensou ele adentrando o local.

- Bem nostálgico esse lugar, não acha? – perguntou ele caminhando pela casa atento as toras de madeira velha no chão. Pouco a pouco se aproximava da loira. – Queria adiar mesmo? Eu sou seu amigo, Rox. Você é mais do que você faz, pena que poucos sabem disso. – comentava enquanto andava até parar um pequeno passo da garota. – Eu senti a sua falta, mesmo. – pausa. – Como estão as coisas?

As coisas atendiam por apenas um nome que desde sempre se fez desnecessário entre os dois.
Scott Dall'Agnol
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Seg Set 10, 2012 8:45 am


AH-AH-AHHH-OW!
AH-AH-AHHH-OW!




Esse post é melhor apreciado ao som de Judas – Lady Gaga.

Roxanna veste UNIFORME I - rs

Eu era meticulosa e aristocrática, no entanto, não perdia a oportunidade de usar minha língua ferina. Tinha inclusive, assomos de raiva, no entanto, permanecia em minha pose intocável. Em Durmstrang eu tinha recolhido minhas garras, e me deixado cercar pelo convívio dos bons. A nossa maior rivalidade era contra o próprio Instituto e a Ilha que aparentemente era selvagem como os nórdicos e não se queria deixar dominar.

Por outro lado, em Hogwarts eu sabia que minha rivalidade eram idéias e desde o princípio de meu retorno quis deixar claro que não era porque Lord Voldemort caiu e seus seguidores foram parar no anonimato que a ideia do purismo sanguíneo tinha morrido com Aquele-Que-NÃO-Se-Deve-Nomear. Não fazia parte de minha índole aceitar empregados e inferiores como iguais. Eu podia ser russa mas nunca fui socialista e o meu ideal partidário era aquele que meu pai incutia em mim.

No que dependesse de minha mãe, ela era leve como uma pluma, sublime e cheia de luz assim como Scott o era. Scott era angelical, partiria corações em Hogwarts se ele tivesse a intenção de ser um conquistador. Todavia, ele era o golden boy, o garoto de um coração só. E quando ele encontrasse a garota que de fato fosse a dona do seu coração e lhe entregasse, então ela poderia sorrir, pois seria dela para sempre e de nenhuma outra mais.

Sorri cândida com esse pensamento. Talvez se ele fosse meu noivo, eu poderia adorá-lo como um dia adorei Lestat. E minha sorte não seria tão ruim quanto estava sendo há algum tempo.


- Esse lugar me lembra nosso lar, Scott. Durmstrang. – e então olhei no fundo de seus olhos claros, mais iluminados pelo luar prateado – Durmstrang é o nosso lar, Scott, qualquer outra coisa é mera expectativa de um futuro promissor e incerto. .

Pulei uma tora de madeira e me escorei no espaldar da escadaria admirando a vista para o Lago Negro em silêncio, imaginando como a essa hora no ano anterior eu estava cheia de peles envolvendo meu corpo, bebendo quentão de gengibre na Sala de Jantar de Durmstrang.

- Sim eu queria adiar. – disse com sinceridade - Eu posso suportar os olhos julgadores de sua amiga Princesa de Noir, mas não posso suportar o seu olhar de decepção. Não importa o que todos achem. Todos no final das contas são uma massa de unanimidade que por ser unânime já é burra. Prefiro as exceções. – fiquei sustentando meu peso para cima e para baixo no alto de meus saltos de serpente, como se divagasse comigo mesma - Ademais, por mais que as pessoas insistam em não entender isso, não nasci para ser Rainha da popularidade. Eu estou tão acima dessas mean girls que querem reinar uma escola. E Hogwarts, assim como Beauxbatons pelo jeito está cheia delas.

Por fim, me virei para ele, tomando o cuidado para não relar meu cotovelo no limo do paredão rochoso.

- Também senti sua falta, Scott. Com você as coisas são menos dramáticas, é menos doloroso. – sorri - As coisas estão onde merecem estar. No lixo. Mas isso eu já te contei. Só estou esperando o troco porque bem, a vingança é uma vadia e é a melhor amiga de Lestat. – e então, mencionei aquilo que mais estava me incomodando - E o que está achando da nova escola e dos seus novos amigos, senhor Dall’Agnol? Espero que esteja se adaptando bem na Corvinal.


Spoiler:
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Mensagem por Scott Dall'Agnol Seg Set 10, 2012 10:24 am

Spoiler:

”In the dark I can't see shiny cars”
A trilha sonora de Scott nesta RP é Umbrella – Rihanna.

A proximidade dos barcos trazia uma lembrança confusa a memória do mais novo Corvinal. As toras de madeira, o cheiro da madeira velha e molhada, tudo aquilo lhe lembrava as toras magnânimas do já não tão imponente navio de Durmstrang. Ele, só ele sabia, como esperava ver barcos como aquele buscando os alunos logo após a explosão, mas não, optaram por deixar os alunos se provarem. Uma seleção natural feita a um acaso trágico, e ele passou. Os barcos só apareceram no dia seguinte sem cerimônia alguma recolhendo os corpos que os elementais do mar decidiram não abrigar. Estar ali com Roxanna naquele dia, e ter vivido todos os outros dias com ela foram muita sorte, ou talvez merecimento, afinal, ele se fez sobreviver.

O bruxo afastou os pensamentos quando Roxanna se virou de frente a ele. Aquela sim era a amiga que ele conhecia. Forte, mas com um semblante frágil e feições delicadas – estas nunca dizem nada sobre ninguém. Só tinha uma diferença gritante nela: estava cansada. Era quase possível ver o peso em seus ombros, e aquela visão deixou o garoto um pouco assustado. Vira que Roxanna voltara a falar e se mostrava atencioso. Captava palavras aleatórias enquanto pensava que ela já estava daquele jeito com apenas algumas horas, mas ficaria melhor depois, ele sabia da força que ela tinha.

“[...] um futuro promissor e incerto”, foi a principal frase, ou fragmento, que conseguiu captar. E aquilo dizia tudo. No início do choque cultural tudo pode parecer lindo, ou horrível, as diferenças ainda não são tão bem percebidas. Era cedo para falar alguma coisa de Hogwarts, com exceção do expresso, de um corvinal, do salão principal e daquela velha casa dos botes, ele não conhecia mais nada, então se permitiu discordar da russa. Durmstrang agora era passado, e era assim que eles tinham que lidar com o fato.

Com o decorrer da fala de Roxanna, agora já não em frente a ele, mas sim próxima as escadas imersa na visão do lago negro, Scott caminhava pelo ambiente mantendo uma distância audível, e mesmo que estivessem tendo um diálogo, algo lhe dizia para deixar Roxanna ter seu próprio espaço. Ela falava sobre preferir as exceções, sobre não querer ser uma rainha da popularidade, e como sempre era preciso diminuir os demais para mostrar o quão superior ela era. Ele não falava nada, juntava os fragmentos da fala para formar um bom argumento. Uma única parte que o distraiu por ora foi “princesa de noir”, e automaticamente o rosto de Sophia lhe veio a memória. Ainda era estranho lidar com o fato, alguém teria de ensiná-lo como é ser amigo de uma princesa, se ele tinha de fazer algo diferente, e como teria de ser para ir além. Assim que sentiu o começo da real distração sobre coisas totalmente irrelevantes fez questão de voltar a si torcendo para Roxanna não ter percebido.

Novamente a garota se virava para ele e falava de Lestat. Com a naturalidade e frieza com que falava ele não tinha feito nada pior durante o recesso, confirmando ao sueco que o problema era de fato Hogwarts, até que enfim Roxanna tocou a bola para ele perguntando se já tinha se adaptado a Corvinal.

Ele teve que rir enquanto esfregava as mãos para esquentá-las.

- Tá tudo ótimo. Fiz um amigo muito popular, que conhece duas pessoas... É sério, tá? Fui o príncipe encantado de um chá inglês de miniaturas suas, apanhei de primeiranistas no Snap Explosivo e conheci uma princesa de verdade, que você fez o prazer de me mostrar que era uma princesa. Tipo é verdade isso mesmo? A Sophia é uma princesa? – perguntou ele razoavelmente agitado. Qual a interpretação que Roxanna teria disso ele não tinha ideia, como também não fazia ideia do que estava realmente sentindo, até que lembrou da última fala da princesa a ele.

“Em Beauxbatons eu já vi coisa pior...”

- E aproveitando que ela é o assunto, acho que no fim tudo foi uma infeliz coincidência. Ela disse que precisava te encontrar, eu não disse nada, e quando vimos lá estava você, ah, você sabe. – dizia ele conturbado. Depois de entender o efeito que Hogwarts tinha sob Roxanna não tinha como partir com quatro pedras na mão para cima dela, e nem queria. – Respondendo sinceramente a sua pergunta, a adaptação está sendo como ela tem que ser. Eu não conheço quase ninguém, as pessoas me pareceram legais, apesar de ter uns idiotas por aí, e só sei que a Corvinal é azul e que você é por enquanto minha única amiga aqui, da qual eu vou precisar e muito. – pausa. – Você disse que Durmstrang é o nosso lar, mas lá você nunca precisou ser assim, e lá o preconceito é bem pior, você sabe você já foi a estrangeira, a garota da escola de impuros e outras pessoas de sangue não puro já foram da mesma casa que você, a Szulvprak. Eu só quero entender porque a Sonserina é tão importante para te fazer mudar assim. Em Durmstrang você nunca se preocupou com mean girls, com popularidade, e aqui a primeira coisa que você faz é se diminuir. Por que essa casa, aquelas pessoas, por Merlin, Roxanna, são tão importantes?
Scott Dall'Agnol
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Seg Set 10, 2012 11:10 pm


A KING WITH NO CROWN




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Roxanna veste UNIFORME I - rs

O vento enregelado de setembro pressionava minha face de porcelana como se a noite tivesse vindo me avisar que não deveríamos estar ali. Não me importei. Deixei minha bolsa pender ao chão, pois já estava fatigada de carregar o seu peso, enquanto ouvia Scott narrar uma aventura fantástica.

Parecia uma daquelas estórias fantasiosas dignas de Mark Twain. Senti uma pontada de inveja branca de meu amigo. Aparentemente, a ida dele para Hogwarts tinha sido em outro trem. Um trem repleto de luz e energia, onde sua maior preocupação era fazer o papel de Príncipe Encantado e perder em um jogo de snap explosivo.

De verdade, queria que a minha viagem tivesse sido assim. Mas era como minha mãe sempre dizia: “quando se é bom, se atrai as graças quando se é mau, só se vê desgraça”. Ri alto e divertida aquela minha risada escandalosa e peculiar ao imaginar que eu tinha sido convidada imaginária de um chá. Era uma inocência doce e encantadora da qual meu ego agradecia imensamente, mas que eu sabia, não fazia mais parte de mim.

Há muito que eu já não mais brincava de bonecas.

- Tão surpreso... – respondi em um falso tom de censura – Ela é princesa sim. Coroada e tudo o mais. Minha mãe se tornou amicíssima da mãe dela e apesar de nunca termos nos visto, fui incumbida de fazer o papel de dama de companhia para ela. – revirei os olhos diante do visível fascínio do sueco – Princesa Sophia-Georgine Elizabeth Josefine Raphaela Maria Ignaz De Noir de Liechtenstein, princesa de Liechtenstein e assim como eu, está fadada a um casamento infeliz com o nono duque de Mariño, Don Augustus Gloop y Cabeza de Vaca. Ao que eu sei é um gordo rico e infantil. Mas acredite, não farei reverências quando tratar com ela.

E não ia mesmo. E esperava que Scott também não fizesse. Eu só não conseguia esconder ou talvez não quisesse esconder de fato o meu ciúme, afinal, eu não queria que ele tivesse uma nova amiga.

Escutei despreocupadamente enquanto ele entrava no assunto que eu queria a todo custo evitar: o pisão. Ainda olhando a Lula-Gigante tirar os tentáculos para fora da água, puxei o ar da noite pelas narinas como se fosse o bem mais precioso do mundo, demorando algum tempo para soltá-lo.

- Não precisei ser assim porque em Durmstrang o nome Miloslaviniac Rasputin Stanislav quer dizer alguma coisa. Aqui não. Meu pai não se vendeu como a maioria dos bruxos partidários das trevas. Não deixou de cultuar o purismo sanguíneo e muito menos tentou uma mudança para “mamar” no Ministério britânico com algum cargo importante como muita gente fez.

E eu falava a sério. Quantas famílias tinham se bandiado para o lado Potter da força e fingido que o purismo nunca tinha alguma importância? Quantas ainda acreditavam na nossa doutrina em anonimato para não se comprometer?

- Minha família se orgulha de ter tirado os Romanov do poder, mesmo que Rasputin, meu tataravô, tenha perdido, Nicolau II perdeu muito mais, perdeu a cabeça, a família e a coroa. – meus olhos brilhavam cintilantes – Já aqui, nas terras da Rainha, somos apenas aristocratas que compraram ações na Nimbus e que vivem do ramo do estanho, cobre e caldeirões. Somos ricos. Bem tratados por assim sermos. Não temos poder ou glória. E eu não posso decepcionar meu pai, Scott. Eu sou a única filha que ele tem a primogênita do primogênito de uma geração que descende dos mais obscuros magos russos. É por isso que eu preciso ser assim. E se pisar na cara de um sangue-ruim vai me fazer galgar a reputação de minha família, então tenho de honrá-la. No fim das contas, não é o ato em si, é a marca que fica que realmente importa.

Eu sei que aos olhos dele, eu deveria estar parecendo uma doida fanática. O que não deixava, no fundo, de ser verdade. No entanto, eu tinha uma dívida de honra com a minha família. Se nem desfazer o compromisso com Lestat eu tive coragem para não afundar a família em escândalo, algo que era vital para mim, para minha sanidade e qualidade de vida, o que eu não seria capaz de fazer aos outros para preservar as vontades de meu pai?

- Eu sei que você não vai entender, Scott. Mas é mais forte do que eu. É um contrato velado. Você sabe o que é admirar alguém, colocá-lo no pedestal supremo e desejar que esse alguém se orgulhe de você. Eu sei que sabe. É o mesmo que você sente com relação à sua mãe. Só que eu sinto com relação ao meu pai. – soltei o ar mais uma vez de forma pesada e então, tirei meu cachecol do pescoço e coloquei nele, embebido em meu perfume.

– Bom, eu sei que nunca será seu uniforme, mas ao menos é um presente de boas vindas. – comentei com azedume enquanto esperava que ele digerisse o que eu tinha dito e me explicasse porque cargas d’água ele tinha ido parar na Corvinal.



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Mensagem por Scott Dall'Agnol Ter Set 11, 2012 12:51 pm

Spoiler:

”Took an oath, I’ma stick it out to the end”
A trilha sonora de Scott nesta RP é Umbrella – Rihanna.

Ele esperava não estar com cara de idiota na frente de Roxanna ao ouvi-la contar o que sabia da vida de Sophia, mas era difícil já que tudo parecia tão fictício, para não dizer improvável, absurdo. O sobrenome real, no sentido nobre da palavra, o condado, país, ele não sabia ao certo o que Liechtenstein era, só sabia agora que Sophia era de lá. Intimamente ele se recusava a estar tão ligado, gamado, na garota em tão pouco tempo – horas de convivência que nem fechavam um dia, ou talvez estivesse apenas impressionado. Diria que estava impressionado e não teria que fazer nenhum juízo de valor, agora se lhe fizessem qualquer outra pergunta daí ele já não saberia o que responder. Se fosse Sophia então, seria uma tragédia.

Não demorou muito para a princesa sumir de seus pensamentos, pois esta era o motivo, ou parte dele, para ele estar ali “confrontando” a amiga sobre a conduta dela no trem. Ele queria muito poder bancar o superior e lidar com o fato como se ele não existisse, queria poder compartilhar da objetividade, e não frieza, de Roxanna para encarar o fato sem prejudicar a amizade, e em parte ele dava tudo de si para fazer isso. Aquela pisada não era motivo para ele não falar com a amiga, só tentava imaginar o que outros fariam em seu lugar, e se esses outros importavam alguma coisa ou não naquela situação.

O problema maior de tudo aquilo era encarar outro lado da personalidade de Roxanna que o bruxo não conhecia. Gostava de alimentar certa vaidade de que ele sim conhecia Roxanna por saber dos detalhes de seu passado. A garota por algum motivo realmente confiara nele, como ele confiava nela, contudo ao vê-la pisando na cara de alguém viu o que não imaginava que ela fosse capaz de fazer com tamanha naturalidade, e seu orgulho ficou ferido – o que o fazia se sentir totalmente patético. Se fosse a cara dele a pisada teria feito o mesmo que o garoto fez, estuporado, tentado explodir, era natural a reação, agora sentir raiva por não prever que Roxanna era capaz daquilo, e de coisas piores, era abominável.

Mas já era tarde. Ele já tinha estourado. Demonstrado a sua maneira, de certo modo confusa, sua insegurança, para não dizer ciúme, em relação a Sonserina, aos amigos de Roxanna, e todo o composto que o aguardava no castelo detrás daquela casa dos botes. Sophia estava certa no fim: o problema era de Chester, não dele, e o expresso não pararia por conta de uma humilhação pública.

A surpresa foi a resposta de Roxanna.

Tudo o que ele falava sobre o purismo sanguíneo, o histórico de sua família na evolução da Rússia como país, sobre o seu papel em sua família, tudo se somou em um grande soco moral que atingia Scott na barriga e na consciência. O mesmo soco, mas no formato de um tapa de luva, que sua mãe lhe dera naquela mesma manhã ainda em King Cross. Por um breve momento realmente se sentiu em Durmstrang, o aspecto mórbido da casa dos botes ajudava, e o discurso que ouvia da russa o fez voltar às polêmicas discussões de história da magia onde alunos opinavam não focando na relação direta com os fatos, mas para mostrar a opinião de suas famílias e que deveriam ter como descendentes de sangues puros. Scott costumava permanecer em silêncio nessas discussões, desconhecia e ainda desconhece totalmente o histórico de sua família paterna, um assunto terminantemente proibido de ser citado perante qualquer Dall’Agnol, e o que podia falar era do histórico artístico dos Ekström, das histórias, casos da fundação internacional e inter-racial de arte mágica da família. Seu tradicionalismo o fazia um verdadeiro Radmantarayko, alunos da residência das artes, pois apelava à importância da literatura e arte mágica para poder defender o seu ponto de vista. Não falar nada era como se anular, logo, anular toda a importância da sua família para as próximas gerações daqueles que sabiam exatamente o que tinham de ser.

Por um momento se distraiu e encarou as luzes do castelo. Comumente ficaria impressionado com o porte do mesmo, mas naquele momento ele só conseguia enxergar uma grande sombra de um futuro promissor e incerto, exatamente como previra Roxanna.

Quando voltou a si sentiu um aroma diferente, que ele já conhecia, era o perfume de Roxanna que o envolvia em uma textura macia do cachecol, que a julgar pelas cores, era da Sonserina. Agora era a vez dela perguntar como diabos ele tinha ido parar na Corvinal.

- Acho que o motivo é bem lógico. Na Sofbarya o conhecimento era o mais importante, era o que tínhamos para nos fazer valer como bruxos, sermos importantes, era a nossa defesa e a nossa estrela. Aqui a Corvinal é semelhante, em partes, pelo pouco que conheci na mesa a vaidade maior é do número de livros que você leu, ou do maior número de coisas que você sabe teoricamente, e não o que você sabe fazer além dos outros na realidade, como era na Sofbarya. – respondeu ele em um tom orgulhoso. Podia ser um corvinal agora, mas até que entendesse onde realmente tinha ido parar, era natural defender a sua única referência.

Ao ver um sorriso de aprovação de Roxanna ao seu discurso, ele continuou.

- Acho que você tinha razão sobre tudo, desde o começo. Eu não vou dizer que aprovo o que você fez com o cara, não sei o nome dele, e isso também pouco importa, ou melhor, não importa. Você se safou, e sabe o que faz. Sou seu amigo, e não a sua mãe. Defendo a minha amiga, e não as ações dela, acho que assim fica mais fácil de lidar. – sorriu. – E realmente eu não vou mentir dizendo que te entendo totalmente, afinal, o que eu sei da minha família? Da parte materna tudo bem, Durmstrang inteira sabia da fundação de arte da minha mãe e de seu significado para o mundo bruxo, aqui isso não parece mesmo importante, eu, nós alunos, somos mais importantes. Já da minha parte paterna, bom, eu te invejo em parte por saber tanto e defender tão bem sua família. Na minha nosso passado é proibido, só meu avô sabe, e da última vez que o confrontei acordei com quatro costelas quebradas, sem três dentes na boca, e a ainda tive de pedir desculpas ajoelhado aos pés dele para ser levado ao hospital.

Naquele momento Scott sentiu uma onda de raiva espalhando-se pelo seu corpo, mas respirou fundo. Ainda tinha de contar a Roxanna o motivo pelo qual ele estava ali e podiam estar tendo aquela discussão, mas era dolorido lembrar-se da face da irmã lhe desejando boa viagem com o corpo em estado de putrefação e ela ainda viva. Tinha de escapar daquele assunto, seria melhor.

- Queria ter um presente pra você aqui, então vou ser egocêntrico e dizer que eu sou o presente, pode ser? – perguntou ele tentando se fazer divertido. Esperava que estivesse conseguindo. – Aproveitando que é o primeiro dia, me conte o que preciso saber de In e Out em Hogwarts, sabe como é, não dá pra bancar o estrangeiro perdido pra sempre.
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Sex Set 14, 2012 9:10 am


I'M JUST A HOLY FOOL, OH BABY IT'S SO CRUEL




Esse post é melhor apreciado ao som de Judas – Lady Gaga.

Roxanna veste UNIFORME I - rs

Eu tinha ficado em silêncio absorvendo por completo as palavras de Scott. Etérea, brincava com o limo da parede e sentia o cheiro de pinha invadir minhas narinas. Apertei o corpo em um movimento involuntário de arrepio e sorri complacente enquanto ele explicava as razões de ter ser tornado um tutelado de Rowena. Não que eu não soubesse que dentre as características prezadas nas casas de Hogwarts a inteligência e o saber eram as que mais se acentuavam em Dall’Agnol.

Eu só não entendia por que tinha de ser assim. Por quê?

- Não vou dizer que não entendo as razões do Chapéu Seletor, sei mais do que ninguém o quanto ele pode ser incisivo quanto à escolha da Casa. Eu só não entendo por que você não escolheu outra casa. Não escolheu a minha casa. Era isso o que eu queria. Seria tão melhor se você não estivesse sete andares acima...

Falei aquilo mais para mim do que para ele, afinal, eu mesma reconhecia que estava sendo piegas e infantil como fora com Anastácia há cinco anos atrás quando ela caiu na Grifinória. Na época, fiquei seis meses sem falar com ela e só dei o braço a torcer porque mamá ameaçou me acertar com uma frigideira para deixar de ser cabeça-dura. Eu tinha apenas onze anos. Não era razoável que depois de certa maturidade inclusive, forçada, regredir. Eu tinha que aceitar as diferenças e pronto.

- Desculpe. Sei que estou sendo chata e boba com essa história de seleção mas é que eu não gosto de ver os meus espalhados pelo Castelo. Ao menos Kayra, Isadore e eu estamos juntas.

E foi quando finalmente eu tinha sentido que aquele muro de gelo tinha ido, aquele hipogrifo no meio da sala tinha batido asas e voado e novamente éramos apenas Scott e Roxanna. Isso já me bastava. Não é como se morássemos na mesma residência em Durmstrang também... E eu apreciava em demasia a lealdade de Scott que mesmo não concordando com minhas atitudes, se propunha a defender-me sem julgamentos. Era isso o que me fazia sentir em casa, não sentir aquela pressão vinte e quatro horas de estar sendo julgada, medida, pesada e considerada insuficiente.

- Eu te aceito como presente, Scott, mas é bom mandar diamantes no meu aniversário. – ri debochada com a minha risada escandalosa – Perguntinha capciosa essa sua, senhor Dall’Agnol. Mas bem, até onde eu me lembro, Hogwarts sempre foi muito estereotipada, ao menos nos anos iniciais as crianças tendem a ser o reflexo mais simplista das Casas. Acredito eu, que isso tenha mudado com o crescimento do pessoal e com essa mudança ridícula que a sociedade bruxa vem passando com essa infiltração de trouxas para todo lado. – senti aquele brilho fanático faiscando em meus olhos novamente – Os alunos que tem pais importantes no Ministério gozam de certas regalias por mais que a instituição negue e tente aplicar tratamento isonômico. Conversa fiada. Aqui há uma inversão de valores. Enquanto em Durmstrang o purismo sanguíneo era motivo de orgulho, aqui não significa nada e a sociedade bruxa está tão corrompida que até os trouxas tem direitos igualitários. Eles dão mais valor aos galeões no cofre do que à tradição e depois se dizem preservadores da Monarquia! Quanto a Hogwarts em si, sei que coisas estranhas sempre acontecem pela escola. E como um corvinerd agora é meu dever informá-lo que se você não ler Hogwarts uma história você será o kelpie fora do lago. E as únicas coisas que rendem a comoção geral dos alunos são festas, principalmente Halloween e jantar de Natal, visitas à Hogsmeade e claro, Quadribol. Sabe aquele sangue nos olhos Szulvprak no campeonato? Bom, aqui são as quatro casas viciadas, não apenas uma.

De fato eu sabia que estava certa, afinal, Anastácia sempre me enviava cartas quilométricas contando mil histórias sobre o Castelo, o primeiro dia de neve do ano e o quanto ela tinha comido em algum evento oficial de Hogwarts ou chorado com a derrota da Grifinória no Quadribol.

- De verdade, me sinto em casa tendo você e a Kayra por aqui... – sorri sincera – O que me leva a outro ponto. Todos sabem porque Kayra veio para Hogwarts: a expulsão. Agora ninguém sabe a sua razão. E como sua melhor amiga, me sinto no dever de te dizer que quando me questionaram isso eu disse que era por minha causa. Não se assuste se alguém pensar que você está apaixonado por mim. E é o melhor que eu pude fazer já que eu mesma não sei suas razões e mesmo que soubesse não diria para ninguém. Não sei se você quer falar no assunto, mas eu quero. Sejamos francos, Scott, o que está havendo?


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Roxanna Miloslaviniacova
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JUDAS! JUDA-AH-AS! JUDAS GAGA! Empty Re: JUDAS! JUDA-AH-AS! JUDAS GAGA!

Mensagem por Scott Dall'Agnol Sáb Set 15, 2012 7:56 pm

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”You’re under my umbrella”
A trilha sonora de Scott nesta RP é Umbrella – Rihanna.

Scott não sabia ao certo há quanto tempo estavam ali. Já fazia algum, obviamente, mas a atmosfera, o ar ainda não parecia tão pesado, como uma imposição da noite que avança e dá um novo clima ao castelo. Em Durmstrang não poderiam se dar ao luxo de estar fora do instituto tão tarde, primeiro que já teriam sido descobertos, e mesmo que não, a ilha não apreciava estranhos andando por suas habitações e tendia a punir naturalmente, no sentido literal da palavra, os corajosos ou simplesmente desavisados.

Nesse aspecto Hogwarts parecia infinitamente mais segura.

A leveza de Roxanna fazia Scott se portar de maneira mais natural, e dava segurança ao garoto para ele ser simplesmente ele mesmo. No expresso pela convivência com Sophia, e a “competição” moral com Dravim ele manteve uma posição mais extrovertida, forçando um pouco a barra até, agora ali ele era simplesmente ele – um pouco sério, um pouco despojado e ainda muito sonhador. Era estranho não ter toda a pressão de Durmstrang para se provar como capaz, ou merecedor, de estar no instituto, mas ele também não sabia como seria a realidade em Hogwarts. Algumas horas no castelo não queriam, e nem podiam dizer absolutamente nada.

Pelo que a loira falava o cenário no qual o sueco se encontra realmente é bem diferente. Óbvio que ele percebeu as tiradas irônicas, o sarcasmo, a clara valorização do purismo de sangue e os diamantes em que os olhos de Roxanna se tornaram quando a mesma falava sobre a Sonserina, quadribol e outras coisas – Scott de tanto abstrair acabou se distraindo com o discurso da amiga quando esta falou do livro da história de Hogwarts, mas principalmente ao encarar novamente o cachecol verde que a amiga lhe dera. Olhando para a peça se perguntava qual era o real significado daquilo e qual seria a percepção que os outros teriam dele, agora um filho de Rowena, usando aquela peça em público.

Dall’Agnol voltou a si quando Roxanna tornou a colocá-lo de volta na mira dos questionamentos fazendo a pergunta que ele queria e não queria que fosse feita. Ele riu, e não podia não rir, quando a russa modestamente dizia que os conhecidos dele achavam que ele estivesse apaixonado por ela sem saber que ele já tinha sido no primeiro ano em que se conheceram. Daquele sentimento ele não sabia exatamente o que restava, mas apreciava muito mais a amizade sincera e repleta de orgulho e tradicionalismo que tem com a sonserina.

O problema era falar de Lune.

Ele podia falar, contar tudo o que aconteceu, e mesmo assim não mudava absolutamente para ele como também já não significavam tanto para sua família. Na esperança que o St. Mungus pudesse curar Lune de sua doença até hoje não explicada, os avanços na contenção dos sintomas mostraram que o avanço da medicina bruxa está na Inglaterra, mas que nem isso era o suficiente. Conseguiram atrasar o inevitável que conta os segundos para cumprir o contrato com a morte.

- Fique de costas para mim, Rox, por favor. – Pediu o bruxo. – E não reaja, é só isso que eu lhe peço.

Com delicadeza aproximou-se da garota que em uma postura ereta acompanhava em uma visão periférica os movimentos do amigo. Com calma envolveu o corpo dela sob seus braços e a trouxe para junto de seu corpo. Sentiu novamente o cheiro agradável de seu perfume e respirou fundo ao ver que a amiga não entendia nada. Os braços que a envolvivam na cintura começaram a descer em direção as laterais das pernas e as pressionaram para que se juntassem. Roxanna obecedeu a ordem.

- Matenha as pernas presas e não as mexa. – disse em um tom sério. Ele notava claramente o desconforto de Roxanna por ser tocada naquela região, ele sabia que lembranças ele certamente estava trazendo a jovem, mas tinha de continuar. Era a maneira dela entender como ele se sentia. Com movimentos calculados os braços foram subindo lentamente pelo corpo da garota até que cada um agarrou braços delicados que ele pouco tinha tocado, e certamente tocara mais que muitos outros com quem Roxanna tinha alguma relação. – Relaxe os braços, com calma. Deixe-os completamente soltos como se você não os sentisse. – dizia ele sussurrando no ouvido da loira. Com a mão direita tocou o rosto da garota e o direcionou para a vista do lago negro. Era o aspecto final a se mostrar. – Agora com calma mexa somente a cabeça. Faça movimentos leves, depois tente se libertar sem usar os braços e as pernas.

Novamente o perfume, e como era bom. Scott respirou fundo e então apertou a garota com força, incitando-a a se libertar. Ele sentiu no começo o movimento das pernas e braços querendo se libertar, mas a lembrou de que não podia mexê-los, somente a cabeça e foi quando Roxanna o encarou como podia com um olhar ameaçador. Aquela era a diferença entre ela e a irmã de Scott, Lune.

- Minha irmã tem oito anos de idade. A magia dela despertou há poucos meses em uma brincadeira de duelo falso com meu irmão. Ela estava com a minha varinha quando no ímpeto de acertá-lo com um feitiço imaginário um feitiço real saiu e o acertou em cheio. Ambos desmaiaram. Ele acordou tranqüilo, sem seqüelas, já ela dizia que tinha algo diferente. – pausa. – No início não ligamos, pensamos que não era nada, até certo dia ela na fundação de arte da minha mãe caiu durante uma aula de Ballet. Ela não sentia mais as pernas. O corpo dela ta se degenerando conforme a magia dela se desenvolve para se tornar uma bruxa. As células tão morrendo, a princípio ficaram em carne viva, agora as pernas já parecem a de um cadáver. Os braços ela já não sente mais, então tudo o que ela mexe é a cabeça. – outra pausa, agora mais longa acompanhada da soltura de Roxanna. – Agora pense na angústia que é vê-la perguntando do Natal se eu nem sei se ela sobrevive até lá. Em Durmstrang a Necromancia não me resolveria nada, com todo o aspecto militar, a necessidade de se provar eu perderia tempo demais duelando, treinando, quando aqui posso me focar. O St. Mungus foi o único lugar que conseguiu fazer algo pela minha irmã, lhe dar mais tempo de vida, então eu não quero, eu preciso ter boas notas, conhecer pessoas, ganhar experiência para entrar no hospital e poder fazer pelos outros o que eu não vou poder fazer pela minha irmã. Foi por isso que vim a Hogwarts, Merlin sabe a felicidade seria se eu pudesse vir para cá por estar perdidamente apaixonado por você. Leslat certamente teria problemas, isso eu garanto. – encerrou ele com certa irreverência. Sua fala já tinha tido drama demais e Roxanna tivera sua resposta.
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Seg Set 17, 2012 9:00 pm



JESUS IS MY VIRTUE AND JUDAS IS THE DEMON I CLING TO





Esse post é melhor apreciado ao som de Judas – Lady Gaga.

Roxanna veste UNIFORME I - rs


Sabe aquela sensação que a gente tem de que podem passar anos sem ver uma pessoa que quando a reencontra é como se não tivéssemos perdido um dia se quer da vida um do outro? Era bem isso o que eu sentia com relação à Scott. Trocamos meia dúzia de palavras quando nos conhecemos e foi como se tivéssemos dividido o ventre da mesma mãe. Como se nunca tivéssemos sido estranhos.

Ele fora a primeira e a única pessoa a quem eu confiara o meu segredo mais terrível, até aquele verão quando eu confidenciara o ocorrido à Kayra, mas ela estava tão bêbada que acredito que nem se lembre de tal fato. E era melhor assim, afinal, minha confissão tinha sido um momento de extrema fraqueza e bebedeira no aniversário de Charles e Isadore.

Com Scott era diferente. Ele sabia que tinha algo errado e me deu o espaço necessário para lhe contar e mesmo ainda sem saber o que me fazia declinar dos contatos físicos, ele sempre respeitara minha decisão sem questionamentos infantis ou bobos. E eu o apreciava imensamente por isso.

De forma menos sutil, no entanto, eu lhe questionava os motivos de sua vinda para Hogwarts. Se ele não quisesse dizer, era um direito dele e eu não insistiria no assunto, mas eu precisava demonstrar que estava interessada em saber e em confortá-lo. E infelizmente, não tinha sido agraciada com a mesma sutileza silenciosa que ele. Esse era o meu modo de agir e de pensar.

No entanto, nada do que tivesse acontecido ou fosse identificar a reação de Dall’Agnol me preparou para o que se sucedeu. O seu pedido me soara estranho e até extravagante, mas eu não ousei titubear, esperando de pronto que quando eu me virasse ele fosse me mostrar uma outra face e me contar que tinha sido amaldiçoado ou algo do tipo. Mas nada, repito, nada me preparou para o que veio a seguir.

Scott enlaçara meu corpo de forma leve e delicada para não me assustar. Senti-me rígida em seus braços e cogitei que tipo de brincadeira seria aquela? Para minha surpresa, porém, me deixei relaxar em seus braços e a sensação de incômodo e asco que eu sempre sentia foi se apaziguando como se eu estivesse sendo encantada. Vez por outra eu ainda sentia um nervo descontrolado mas não era tão horrível quanto fora das outras vezes em que recebi um abraço.

Talvez tivesse alguma coisa mística com os garotos protegidos de Rowena, uma vez que Charles tinha sido o primeiro a romper aquela barreira quase um mês antes.

Como se hipnotizada, segui as instruções de sua voz, sentindo o vento da noite brincar levemente com as pregas do meu uniforme. E foi quando tentei por fim me libertar. Mas ele insistia por alguma razão que eu tinha que usar apenas a cabeça e nada mais. De repente, aquela sensação de náusea e vergonha, uma tristeza incalculada invadiram o meu peito de forma que eu senti minhas bochechas corarem e talvez eu fosse cair em prantos.

Eu já tinha sentido aquilo antes. A sensação de impotência. Em estar paralisada enquanto outra pessoa fazia aquilo que bem entendia comigo e eu, nada mais podia fazer a não ser tentar me libertar daquele maldito feitiço petrificante. E eu só tinha meus olhos e força de vontade e nada mais. Por que Scott estava fazendo isso? Eu quis socá-lo. Queria ser solta imediatamente. Mas meu grito de independência ou morte morreu seco em minha garganta malgrado ele começou a falar sobre sua irmã e a terrível doença que a acometera.

E quando ele me soltou, pude ver em seus olhos o quanto a sinceridade lhe doía a alma. Quisera eu que ele tivesse vindo ao castelo porque estava apaixonado por mim. Dramas adolescentes são tão banais quando a vida real se choca com a fantasia deliberante que criamos em um universo escolar. Soltei o ar de forma pesada. Não queria que ele pensasse que eu sentia pena. Não eu não sentia. Piedade é para fracos e meu melhor amigo não era digno de pena. Ele estava muito acima disso.

- Então é isso o que contaremos na escola, Scott. Que você veio para Hogwarts por mim. – fitei o cachecol da sonserina em seu pescoço, me parecia tão infantil o ataque que eu tivera ainda há pouco – Lune não precisa da corrente do bem de ninguém e nem seus inimigos precisam de armas contra você. Eles que descubram por eles mesmos. E nós, bem, lutemos contra Moinhos pensando ser Gigantes. Que seja Lestat nosso monstro imaginário, se precisar ser. – e num ato que nem eu mesma me reconheci, o puxei para um abraço, como se aquilo fosse acabar com toda e qualquer preocupação que o corvino pudesse ter – Vai ficar tudo bem. Você vai ser um grande medibruxo um dia e vai ter Lune como musa inspiradora. Mesmo que eu fique um pouco enciumada de não ser sua atenção.

E sorri de forma sincera. Eu não era dada a gostar muito das pessoas. Agia e tratava a grande maioria por conveniência. Scott era raríssima exceção. Ele era mesmo meu melhor amigo e eu só não queria que descobrissem nele, uma possível fraqueza.



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Mensagem por Scott Dall'Agnol Ter Set 18, 2012 3:34 pm

Spoiler:

”You had my heart, and we’ll never be worlds apart”
A trilha sonora de Scott nesta RP é Umbrella – Rihanna.

Ele não se sentia a melhor pessoa do mundo por ter tocado em Roxanna de maneira vil só para fazê-la entender como ele se sentia. Nunca que ele sentiria o que ela realmente tinha sentido naquele momento, e principalmente com Leslat, mas ficou feliz pela não necessidade de ter de pedir desculpas. Roxanna tinha entendido o que tinha de entender, o que era mais secreto nele naquele momento, e a partir daquele mesmo instante Scott sentiu que estavam em uma verdadeira sintonia.

Cada um ao seu jeito, a sua moral, a sua personalidade. Por trás de toda a máscara de garoto de ouro, o que ele não deixa de ser, Scott não esconde que não é assim uma pessoa tão boa. Nunca precisou pisar na cara de ninguém, mas se foi aceito e tinha amigos, amigos de verdade em Durmstrang, talvez ele fosse como os demais bruxos do instituto até os ossos e não quisesse admitir. Ou quem sabe estava admitindo agora.

Sua posição de defender Roxanna e não as ações desta lhe parecia justa, mas não era completa. Ele defenderia a amiga, e só de ser amigo, o melhor amigo, ele já tinha escolhido um lado. E talvez já tivesse escolhido o lado há tempos, só que o cenário era diferente. No dia seguinte estaria sentado na mesa da Corvinal, assim como nos demais dias, e tanto ele como Roxanna se fariam conhecidos por suas ações. Ele teria de lidar com o orgulho velado dos filhos de Rowena, e ela com a gaoila de egos que era a Sonserina, e não precisariam deixar de ser amigos, de serem eles mesmos.

Quando a loira lhe abraçou, ele se sentiu confortado, mas não era a primeira vez que eles se abraçavam de maneira sincera. Ele já estava acostumado. Acostumado ao perfume da loira, aos cabelos sedosos, o cheiro de xampu caro, a delicadeza de sua pele, e ao seu carinho – uma mina de ouro desconhecida até pelos mais íntimos dela. Ficaram assim por um tempo, não muito, não tinha necessidade. Ele tinha falado de sua fraqueza, mas falar ou não falar não resolveria nada, então o sueco encarou o abraço como um abraço de saudade. Era como unir o útil ao agradável.

- Se vamos agir desse jeito, precisamos ser convincentes. – sussurrou ele no ouvido da amiga com um sorriso perverso. Os braços que antes a abraçavam pouco abaixo dos ombros desceram até a cintura da garota, que agora envolvia os braços em torno do pescoço lhe tirando o cachecol esmeralda.

- Adorei o perfume.

Naquele momento Scott se lembrou de como os lábios de Roxanna eram envolventes.

-RP FINALIZADA-
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