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Mensagem por Morgan LeGuin Seg Ago 27, 2012 1:34 pm

Status: RP Fechada(Ou não, se quiser participar, mande MP.)
Data: 01 de Setembro – Tarde.
Local: Vagão 15, Corredor, Banheiro, Corredor, Rumo ao vagão de Carga. Obrigada.
Participantes: Morgan LeGuin, Rebecca Lehner.


Os dedos da lufana coçavam, e não sabia ao certo se era devido ao local que se transformou aquele vagão, OU a ansiedade de seus próximos passos. Talvez a vontade de fazer xixi contribuísse, né? Não sei, talvez. Enquanto pensava, fazia a degustação das amoras e outras frutinhas que sabia que eram comestíveis que brotavam naquela cabine. O som da arpa a deixava sonolenta, e os passarinhos davam a entender que a pancada de chuva que desabava lá fora era nada-mais-nada-menos que uma garoazinha de nada.

Depois de ficar puta por causa de Adela e Sam(Samdela é o que ela mais curtiu, por que se você falar bem rápido Sam e Adela, fica Samdela, que lembra Sunday, que lembra sorvete e que lembra QUE ELA ME DEVE UMA CAIXA DE CHOCOLATE!) Morgan pode se divertir com a companhia na cabine, sorria feliz da vida com as bobagens ditas, a cada amiga que chegava, era uma festa. Fora que tentou ajudar como pode a pobre Bree, nunca apareceu tao devastada! E quando Bem chegou, oh, pobrezinho, todo cheio de tiques e nojinho pelo cabelo. Nem tinha cheiro, gente! Por isso estranhou a pedida de um feitiço para tirar cheiro de cabelo(iria pedir isso a aquele Auror simpático ali fora) e quando ouviu Bree falar de bagageiro se virou para a amiga ruiva. Riu quando Rê deu aquele olhar significativo. OH DEUS SIM, O PLANO! OS PLANOS! DEVERIAM SE REUNIR! SIIIM! Dividir e conquistar não se encaixava nesse quesito!

O(s) PLANO(s).:

Colocou umas amoras, morangos, e outras coisinhas no bolso – dando umas para Rê carregar no bolso da jaqueta. Seguiram com o plano. Deram um migue na galere e saíram para aquele LINDO vagão. A aurora estava tocando uma bela musica, alguns alunos procurando um gato feito doidos passaram por elas e as ignoraram, Morgan entrou com Rê no banheiro, esperava que o barulho feito por três alunos procurando um gato perdido naquela selva amazônica pudesse abafar seus papos/pensamentos.

- Certo, Planos em mãos, qual usar? Meu uniforme ficou mesmos lá atrás, esqueci de tirar depois daquele ‘Bombarda’. Eram muitas informações, espero que Coen não nos pegue. – Foi direto pro vaso depois de dar suas frutinhas para Rebecca segurar e fechou a portinha para fazer suas necessidades. Re olhava pela janela pequenininha na ponta dos pés.

- Acho que com essa chuva não dá pra usar nem a C nem a D. E os malditos aurores frustraram o A. Mas e essas fru... – Rê nem conseguiu terminar, Morgan já falava de dentro do privativo.

- Nem me diga. O jeito é falar a verdade, e to morrendo de frio depois daquela chuvarada, se fizer uma limonada, meus dedos dos pés podem ser ótimos cubos de gelo. – Dizia a lufana morena já saindo do vaso, puxando a descarga e lavando as mãos. Ela era rápida! Re apontou para as frutinhas, e Morgan suspirou. – O auror parece gentil, e só de chá não vive o homem. – Sorriu encolhendo os ombros, enganar ela não era boa, por isso falaria a verdade.

- Cê tá pronta? Por que a musica mudou lá fora.
- Nasci pronta.

Sairam do banheiro voltando para o perfeito vagão, aparentemente os terceiroanistas já tinham ido procurar o bendito docinho em outro lugar, e as quintanistas usaram a deixa para seguir o plano.

Ao som de uma balada irlandesa e a voz da aurora(Ambas elogiaram a balada), elas seguiram para o auror lá no canto perto da entrada da cabine, Morgan estendeu os morangos para eles, lavados e sorriu.

- Oi, são pra você. – Ela ainda ficou estendendo a oferenda de paz. – Deve ser um dia bem longo, né?
- E ficar com muita fome.
- São folhas de chá?
- Qual chá você mais gosta?
- O cheiro é bem bom, é erva cidreira? Minha mãe tomava cha de erva cidreira. – Ela ficou apática por um momento, lembrar da mãe era difícil por que ela sempre ficava assim. – Ela nem conseguiu me ver indo pra hogwarts, sabia? Esse mundo tá tão doido. – Suspirou a lufana, com olhos levemente etéreos e distantes.
- Mas então, moço, olha como ela é, acredita que ela esqueceu o uniforme lá no malão?
- Meu irmão diz que eu sou doida. – Ela fica mais triste ainda, por que ERA verdade, levou a mão direita a boca e meneou levemente. – Ai, mas você não precisa saber disso, né? Cê é tão gentil e nós aqui te importunando. – Ela funga levemente, o fato de lembrar da mae, mais o fato de lembrar das brigas com o irmão, fizeram ela lacrimejar. - Oh, vamos fazer assim, eu e a Rê damos um pulinho lá atrás rapidinho, pegamos meu uniforme e voltamos, tá?
- É, eu sou monitora, e vou acompanhar ela, capaz de se perder. – Rê deu alguns tapinhas no ombro da amiga, que encolheu os ombros. FAZER o que, se tudo o que falaram era verdade?
- E obrigada pela rosa!
- Sim, ela é linda!
- Alegrou meu dia, embora esse frio que to sentindo é capaz de me deixar resfriada.
- Que chuva doida, ne?

As lufanas bombardearam gentilmente o auror com perguntas, e a cada resposta dele, elas faziam outra, até acabar falando do clima, e olharem para ele com aquelas carinhas de cãosemdono para o homem não embaçar sua ida para outro vagão.

Será que conseguiriam?

ROLAAAAAAAAANDO OS DAAADOS:
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Cor : #b88e03

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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por Morgan LeGuin Seg Ago 27, 2012 1:37 pm

Dois dados pelas duas lufanas com o auror jardineiro?
será que vão passar o migué? HM. *cruzando os dedos.*
Morgan LeGuin
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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por RPG Enervate Seg Ago 27, 2012 1:37 pm

O membro 'Morgan LeGuin' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd20' :
O(S) PLANO(S) D20-dnd-dice-roller-5
#1 Resultado : 5

--------------------------------

#2 'd20' :
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#2 Resultado : 20
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O(S) PLANO(S) Empty A grande aventura no fundo do Vagão-Cargueiro!

Mensagem por Destino Sex Set 14, 2012 1:55 am

Vagão nº 15.
14h.

Após a intervenção das crianças, Quayle retornou ao seu posto na porta próxima à entrada, começando a podar alguns ramos que estavam crescendo de forma inadequada. O auror estava tão distraído em sua jardinagem que mal percebeu a chegada das duas alunas do quinto ano, ficando um pouco surpreso ao vê-las abordando-o. Levando a mão ao chapéu, ele abriu um sorriso, pegando os morangos entregues pela garota:

Oi, são pra você. Deve ser um dia bem longo, né?

E ficar com muita fome.

Muito obrigado. Apesar que a gente recebe algum suprimento alimentício em nossas missões e como o capitão permitiu personalizar o ambiente, nem estou sentindo o tempo passar. — respondeu educadamente ele, mordendo alguns morangos.

São folhas de chá?

— Sim, são. Eu separei algumas pra minha colega auror que está em um vagão mais à frente, ela adora fazer chá e torta de maçã.

Qual chá você mais gosta?

— Depende do dia...

O cheiro é bem bom, é erva cidreira? Minha mãe tomava cha de erva cidreira. Ela nem conseguiu me ver indo pra hogwarts, sabia? Esse mundo tá tão doido.

— Sim, aqui é cidreira. Pegue algumas... Sinto por ela não ter conseguindo te acompanhar na ida pro seu colégio.

Mas então, moço, olha como ela é, acredita que ela esqueceu o uniforme lá no malão?

Meu irmão diz que eu sou doida. Ai, mas você não precisa saber disso, né? Cê é tão gentil e nós aqui te importunando. Oh, vamos fazer assim, eu e a Rê damos um pulinho lá atrás rapidinho, pegamos meu uniforme e voltamos, tá?

O homem estava se compadecendo, embora lembrasse bem das instruções que recebera. Meneando a cabeça levemente de lado, ele pressionou os lábios um contra o outro, como se procurasse uma forma de dizer aquilo sem ofendê-las. Puxou então as rosas, pra entregar às garotas enquanto pensava numa desculpa.

— Tome, pra vocês...

É, eu sou monitora, e vou acompanhar ela, capaz de se perder.

Com a informação adicional, ele voltou o olhar pro distintivo da garota, que estava visível na roupa que ela estava usando, bem como naquela posição, por ser um pouco mais alto, ele acabar tendo uma visão privilegiada do colo e do quase decote que o fez perder-se em qualquer pensamento anterior que estava tendo.

E obrigada pela rosa!
Sim, ela é linda!

A fala das garotas o despertara do transe. Esquecera completamente do que pensara sobre impedir as garotas de irem atrás de suas coisas. Se ela era monitora, ela tinha alguma autoridade ali, pelo menos era assim na época dele. Alguém com “potencial” não poderia ter o mesmo trato dos demais alunos. Não era?

Alegrou meu dia, embora esse frio que to sentindo é capaz de me deixar resfriada.
Que chuva doida, ne?

Com receio de ter sido percebido em sua observação que fez “sem querer”, já que não tinha realmente aquela intenção, ele ficou meio desconcertado e respondeu, falando a primeira coisa que veio à mente.

— É, completamente louca. Eu vou acompanhar vocês até a porta do vagão de carga e aí falo com meus colegas pra não dar problema, está certo? Mas sejam rápidas.

Com o rosto levemente vermelho ele avançou até a porta, com a outra auror olhando pra ele de forma incisiva, mas sem se pronunciar. Ela apenas parou de tocar e cruzou os braços, olhando séria pra ele. Ele levantou as sobrancelhas, como se alegasse que não podia fazer nada e apontou pro próprio peito, fazendo menção da auror olhar pro distintivo da garota. Era uma monitora, não qualquer aluno, tinha autorização. Soltando ar pelo nariz, a auror apenas levantou a cabeça e passou a tocar uma música com um tom mais pesado, que lembrava levemente a marcha fúnebre. A monitora pôde sentir olhos pesados caindo sobre ela, como o dela ter feito algo pra enganar ou ludibriar o auror – pior, no íntimo Rebecca podia sentir que a auror estava vendo-a como uma “oponente” em “seu território”. As garotas o viram abrir a porta, falar uma ou duas palavrinhas com alguém do outro lado, voltar e dizer:

— Pronto, senhorita. Pode ir até o malão da sua amiga e pegar a roupa dela. Qualquer coisa, podem falar com meus colegas, eles estão a par da situação. — abrindo um sorriso, ele fez um gesto com a mão para que elas seguissem e discretamente ainda deu uma leve olhada pro distintivo da garota.

Assim que Morgan terminou de passar pela porta, ela ouviu um feixe de feitiço e um baque de algo chocando-se contra uma parede. Ainda pode ouvir um “eu vi como você olhou pra ruiva!”, mas antes que pudesse processar tudo aquilo, ela escorregou. Ou melhor, não havia mais chão, ela caiu dentro d’água. Tentando voltar para a superfície bateu em algo que parecia feito de gelo, como se ela tivesse caído em um buraco feito em um rio congelado.

Spoiler:

Rebecca também tentou acompanhar a amiga, mas elas viram uma jovem mulher aproximar-se nadando, apesar que ela não tinha pernas como elas. Em seu lugar estava uma cauda de peixe, entretanto estava usando a parte superior do uniforme auror.

— Sejam bem-vindas. Quayle falou que estão procurando por seus malões. — notando as duas garotas prendendo a respiração, ela balançou a cabeça e disse, com um pouco de constrangimento. — Por favor, me desculpem. É ar líquido, vocês podem respirar normalmente, como se estivesse no ar gasoso.

Mesmo que tentassem continuar segurando a respiração, era mais do que podiam aguentar e bastou apenas uma respirada pra perceber que apesar de sentirem o estado líquido daquele elemento ele misteriosamente funcionava como oxigênio. Abrindo um sorriso, a garota prosseguiu:

— Bem, suas coisas estão naquele navio. — ela apontou para um navio partido ao meio, com os dizeres na proa “Nau da Tempestade”. Ele aparentava estar lá há um bom tempo, já estando carcomido. Lembrava um antigo navio pirata, embora possuísse alguns designs mais recentes. Ao lado dele havia uma montanha de corais com diversos peixes nadando, das mais variadas cores e formatos. — No navio vocês encontrarão meu colega e ele as orientará até encontrarem suas coisas.

Um grupo de golfinhos passou nadando ao redor das garotas e a sereia se segurou na barbatana de um deles, sendo puxada por eles e afastando-se das duas lufanas enquanto acenava sorrindo. As garotas se viram rodeadas por um cardume de peixes azuis cujas escamas reluziam em raios de sol que pareciam atravessar a camada de gelo iluminando o lugar. Caranguejos se locomoviam pelas paredes das rochas e dos corais, além de grandes conchas abrigando caramujos e outros crustáceos. Ao longe, podia-se ver o que parecia uma enguia nadando tranquilamente, enquanto os demais peixes continuavam sua rotina, sem se incomodar com a presença das garotas. Morgan pôde ver que próximo ao navio havia uma grande quantidade de anêmonas, com peixes alaranjados nadando ao redor. O frio tinha passado, a água estava morna e o navio parecia um interessante lugar a se explorar...

Olá. Bem, Morgan e Rê usam enganação por causa do lance das roupas...

Enganação (Morgan): 10 [5 (dado) + 3 (Carisma) + 2 (½ do nível)] no teste pra conseguir diplomaticamente o “favor” do auror.

Intuição (auror): 29 [16 (dado) + 4 (Sabedoria) + 5 (perícia Intuição) + 4 (½ do nível)].
29 (auror) é maior que 10 (Morgan). Portanto não estava disposto a negociar a passagem pro vagão de cargas com Morgan.

Enganação (Rebecca): Tirou 20 no dado, acerto automático. Só tirando um outro 20 os cálculos seriam feitos pra ver se o auror tinha chance de perceber a enganação. Portanto, ele decide deixar as duas irem até o vagão de carga.
Viu como peitos fazem diferença, Morgan? Razz Mas é isso aí, vocês podem escolher nadar até o navio ou darem uma explorada pela região. Vocês conseguem enxergar bem o navio, embora não vejam o que há depois dele, nem o que há mais no fundo. Ele está a uns três minutos a nado de onde vocês estão, sendo maior do que qualquer vagão ou até mesmo do Expresso. A rachadura ao meio permite uma entrada mais fácil, mas há portas na proa que podem ser utilizadas pra isso. Como easter egg, é o navio afundado no segundo ano letivo de Durmstrang. Let’s Play! Bonanças.




Última edição por Destino em Sex Set 14, 2012 3:27 am, editado 1 vez(es)
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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por RPG Enervate Sex Set 14, 2012 1:55 am

O membro 'Destino' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd20' :
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Resultado : 16, 11
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Mensagem por Rebecca W. Lehner Sáb Set 15, 2012 12:17 am

Spoiler:

-Eu vou acompanhar vocês até a porta do vagão de carga e aí falo com meus colegas pra não dar problema, está certo? Mas sejam rápidas.

As palavras nem pareciam verdade. Àquela altura, com tanta confusão, um lado pessimista dizia que as chances de sucesso do plano delas era de, talvez, 10%. Mas né? As vezes as probabilidades (e os decotes) jogam a seu favor, quem eram elas pra reclamar disso? Becky parecia estar dançando de felicidade por dentro. Trocou um olhar rápido e vitorioso com a amiga, sentindo que eram as mais malandras do pedaço. Teria sua Gwen de volta em pouco tempo e não havia nada que o Josh pudesse fazer para impedi-la. Mas por fora mantinha a pose, completamente rígida como se o menor movimento fosse o suficiente para que fossem desmascaradas.

Podia sentir o olhar de recriminação da moça da harpa queimando em suas costas. Não que aquilo a abalasse, o importante era manter o foco no prêmio: ter Gwen de volta. Por dentro pensava “Tá me confundindo com quem se importa, queridona”, mas não ousava se pronunciar. Não arriscaria por tudo a perder quando estavam tão perto. Ok, no fundo ela se importava um pouquinho e sentia uma culpinha por usar o distintivo em seu favor, mas era por um bom motivo, era pelo time, pela casa. Então tudo bem né? Os fins justificam os meios e essa coisa toda. Torcendo para que ninguém usasse legilimens nelas, as meninas seguiram o caminho indicado pelo o auror gente boa, sorrindo o tempo todo.

— Pronto, senhorita. Pode ir até o malão da sua amiga e pegar a roupa dela. Qualquer coisa, podem falar com meus colegas, eles estão a par da situação.

- Muito obrigada, moço! Muita bondade sua...você viu né? - e indicou Morgan com a cabeça de novo. A menina LeGuin rapidamente entrou no seu personagem de pobre menina novamente e baixou a cabeça olhando para o chão. - Não bate muito bem, viu? - falou baixinho enquanto balançava a cabeça negativamente como quem se lamentava muito da triste vida perdida de Morgan - Mas eu mantenho ela sob controle lá, não se preocupe. Obrigada! - e com isso foi seguindo pela porta, com Morgan logo atrás.

Nem teve tempo de comemorar direito e PUFF! Caiu na água! Ouvindo a queda de Morgan segundos depois da sua, buscava o caminho para a saída. Nadou um pouquinho, olhando em volta: nenhum buraco para a superfície a vista. Olhou em pânico para Morgan.

“E agora?” pensou, vendo se a amiga tinha alguma idéia.

“VAMOS MORRER!!!” Morgan não disse nada, mas era isso que seus olhinhos gritavam.

“Não vamos morrer! Não vamos morrer! Eu não aceito! Não vamos morrer!” pensava batendo com força na superfície de gelo, que continuava imóvel. Era isso aí, não tinham mais saída. “Sou muito nova para morreeeeer! Uma vida toda pela frente!” pensava em desespero. “Volta, moço!!! Volta por favor!! A gente não faz mais!!” elas batiam descontroladamente na superficie de gelo.

Aquilo era uma cilada Bino. O homem não estava ajudando, estava mandando as duas para a morte por tentarem se intrometer no trabalho deles. Como não percebeu antes?

Viu toda sua vida passando como um filme em sua frente, enquanto se lamentava. “ISSO TUDO É CULPA DO JOSH!!” mas pensar no irmão era triste. Ela amava o Josh. Oh! Ela dizia isso tão pouco aos irmãos, e agora não teria uma nova oportunidade. Não podia culpá-lo por aquilo. Não era culpa de Josh. “ISSO É TUDO CULPA DO FULLSIDE, PORQUE SE NÃO FOSSE ELE EU NÃO TERIA PERDIDO O CARGO E MUITO MENOS A VASSOURA E ESTARÍAMOS VIVAS NO VAGÃO E NÃO MORRENDO AQUI!!”. Precisava deixar uma mensagem para quem achasse os corpos, assim saberiam de quem era a culpa. E falando em culpa...olhou para Morgan. Era culpa dela, de Becky, Morgan estar lá. Com os olhos vermelhos e marejados, o rosto levemente roxo (pela falta de ar), olhou no fundo dos olhos da amiga como quem diz “Desculpas. Eu nunca vou me perdoar por isso”.

Morgan entendeu, porque elas eram assim e se entendiam sem dizer nada. Como quem se despede, a lufana LeGuin estendeu os braços, pegou as duas mãos da monitora e consentiu com a cabeça. Becky entendeu que ela dizia “Eu sei que você sente muito. Vamos morrer amigas, sem mágoas”. Becky achava que tudo aquilo soava muito bonito e emocionante se não fosse na verdade tão trágico. Morgan ia pra junto da mãe....e ela? Pensou em sua mãe, pensou em seu pai (ele ficaria tão triste, mas tão bravo também. Mas ela não estaria lá pra ser castigada anyway.) e pensou nos seus irmãos, com quem sempre implicou. Eles não eram assim tão ruins afinal de contas...

Era isso. O fim já devia estar próximo. Logo não conseguiriam suportar a falta de ar, a cabeça iria pesar e ficariam inconscientes...olhou para a amiga que esboçava um leve sorriso que deixava claro todo seu medo e num ímpeto de emoção a abraçou. “Deus!! Nos ajude!!!Eu prometo ser uma boa monitora, uma boa aluna, uma boa filha uma boa irmã....eu prometo não pegar muito no pé do Fullside no time. Eu serei legal! Olha, eu vou dar até parabéns pra ele pelo cargo, eu prometo ser uma pessoa melhor” Estava prestes a cair no choro já sem ter mais o que prometer quando viu uma mulher vindo. Era uma mulher? Uma sereia? Uma sereia auror? O que é importa! Era a salvação.

— Sejam bem-vindas. Quayle falou que estão procurando por seus malões. Por favor, me desculpem. É ar líquido, vocês podem respirar normalmente, como se estivesse no ar gasoso.

Sem o menor freio ou controle as duas começaram a respirar e adivinhem? Funcionava mesmo! Seu coração voltava a frequência normal: tudo ia ficar bem. Teria que negociar aquela promessa lá com Deus, mas estava tudo bem.

-Uff...a gente sabia que existia um jeito. - Disse Rebecca um pouco desconsertada, sentindo suas bochechas corarem.

- OHMERLIM, ESTOU RESPIRANDO, ESTOU... FALANDO OHMYLORD! PERA... Nossa... Como as cores aqui são vivas! Que animais maravilhosos né, Becky? Oh! Essas pequenas coisas da vida...- Dizia Morgan com um sorriso bobo olhando em volta os cabelos esvoaçando de forma engraçada, assim como as roupas. - E o ar...esse ar é maravilhoso, ele é engraçado...ele..ele....

- FAZ COSQUINHA NA GENTE! - Becky completou e as duas gargalharam alto. A vida era boa novamente.

Mas caras de pau como só elas, em questão de minutos já tinham se recuperado do susto. Se aprumaram e voltaram para a missão.

— Bem, suas coisas estão naquele navio. - e a auror apontou para um navio naufragado há uma pequena distância de onde estavam.

“O que raios é isso? Porque tanta frescura pra levar as malas, minha gente?” matutava consigo mesma. Perguntaria a opinião de Morgan (E de Bree. E de Emma. E de Dela. E de Ben.) mais tarde quando estivessem as 3 sãs e salvas (Becky, Morgan e Gwen).

- No navio vocês encontrarão meu colega e ele as orientará até encontrarem suas coisas.

- Ok, muito obrigada por indicar o caminho....-

-E POR SALVAR NOSSAS VIDAS!! OH CEUS, AR LIQUIDO! - interrompeu Morgan num surto de gratidão.

- Por isso também. Claro!! - Becky sorriu. Poderia abraçá-la mas se conteve. - Ai que coisinha mais linda!! - se derreteu quando os golfinhos apareceram para dar uma carona a auror. As meninas acenaram até ela se afastar.

As duas se olharam e voltaram a rir. Como tinha sido bobas achando que iam morrer.

- Você sabe que eu fiquei tão desesperada que prometi que não ia mais cobrar a barra de chocolate da Dela? - se lamentava, mas em tom leve e de alegria. - Como pude ser tão boba? E agora? Como faço? Eu tenho que dar uma barra de chocolate pro Mord mesmo? Quais são as regras agora?- Becky começava a reparar uma leve obsessão de Morgan com essa barra de chocolate mas preferiu deixar pra lá.

- Você acha isso ruim? Espere até ouvir o que eu prometi!! Bom, vamos?

E entre toda sorte de criaturas aquáticas das mais fofas as mais esquisitas, as meninas foram nadando no tal de ar líquido em direção ao navio.

-Ei Becky! - Morgan falou baixinho enquanto ainda nadavam. - Você viu né? Tem mais um “colega” deles lá no navio....

- Eu vi! Quantos “colegas” são preciso para guardar as nossas malas heim?

- EU SEI! EU SEI!- Becky até se assustou com a animação repentina de Morgan pra respondê-la.

-Oi? Que?

-Ah não. Pera aí. Confundi com a dos papas no fusca....esquece. - Isso acontecia de vez em quando. Isso da Morgan não fazer sentido nenhum, mas para Becky era algo engraçadinho. Um charminho da amiga.

-Err....então tá. Mas então, como eu tava dizendo...o moço que tá lá. Se ele começar a implicar, vamos nos separar, tá? Ele só vai poder ficar com uma de nós duas. A outra sai a procura da vassoura. Eu reconheço as coisas do Josh rapidinho!

-Dividir e conquistar! - esse era o lema. - Pode deixar ele comigo! Vou dar uma bela engabelada... Ela piscou os olhinhos de forma inocente, mas havia neles um brilho maníaco.

- Legal!! - Pretendia perguntar o que a morena tinha em mente, mas já estavam diante do navio (que agora parecia muito maior do que outrora) e isso desviou sua atenção. - Que coisa esquisita esse lugar...é velho né? - disse a ruiva cutucando com a ponta da varinha um pedaço do casco do navio.

-Velho é pouco! Mas olha isso aqui! - Morgan apontava para uma rachadura no navio. Era uma fenda grande o suficiente para passarem. - Será?

- Eu vou primeiro - Becky já era a culpada de estarem lá mesmo, então o justo era que fosse a primeira cobaia. Tão logo entraram, foram abordadas por mais um auror. O famigerado “colega”.

- Oi moço! Já tava esperando a gente é? Pois é...essa menina esqueceu o uniforme...

- Oi moço! - Morgan fez um “tchauzinho” com a mão enquanto flutuava inocentemente pelo oceano de ar.

- Mas olha só onde a gente se meteu por causa disso né? Ela só quer achar o uniforme, tá um frio danado lá fora.

- Aqui não, aqui tá bom. Mas lá...eu estava tremente, moço! E olha agora? Não me admira que vocês fiquem aqui, é legal. O que precisa pra trabalhar nisso? Deve ser mó facinho né? Tirando esses gemidos das tabuas, como aguentam? E vei... Tava um frio no começo... E ficando com medinho agora...

- Um pecado, coitadinha! Então, mas o malão dela deve estar aqui em algum lugar né? Eu só estou escoltando, sabe? Sou monitora. Vim ajudá-la.

- E como ajudou! - Becky sentiu um leve sarcásmo no tom de Morgan. Lançou um olhar questionando a amiga “What the f...”e viu que essa segurava o riso. Morgan perde a vassoura mas não perde a piada. - Err... mas moço, me ajuda também? Já que o senhor é dessas bandas...sabe dizer onde tá minha mala? -a menina segurava o braço do auror com carinha de cão sem dono, perdido e indefeso que carecia de ajuda.

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Rebecca W. Lehner
Rebecca W. Lehner
Aluna

Série 5º Ano

Escócia
Age : 26
Sangue Puro

Cor : DarkViolet

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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por Morgan LeGuin Sáb Set 15, 2012 8:24 pm

Off & Resumo:


Ah, a felicidade por conseguir passar! Sentia como se estivesse dançando um tango argentino com toda elegância necessária por dentro e se achando a maioral por que sua ideia tinha dado certo! HÁ HÁ HÁ! DEU CERTO! Tudo bem que as meninas devem tudo aquilo ao que Becky tinha no peito OS PROPRIOS o distintivo de monitora.

E quando o Auror abriu a porta e deixou-as passar, e aquela voz da aurora (inconfundível, já que passou a viagem ouvindo suas musicas) brigando com o cara que as deixou passar, fora o feitiço, fez ela olhar pra trás ao caminhar em direção contraria de costas.

- Ih, ele se fudEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEiiiiiiiiiiiii. – O corpo se desequilibrou e o pé direito deu um passo em falso. Quando se deu conta, já estava submergindo em agua gelada ensopando toda a roupa, cabelo. Engolida pelo mar.

Pera. Agua? Mar?

Sim. O corpo da lufana morena se encolheu e logo seus olhos se acostumaram a pouca claridade. Debatendo-se em pânico, agua passava por seus dedos das mãos, e os cabelos soltos esvoaçavam em todas as direções! Os pés se debatiam também, e quando subiu bateu à cabeça em algo solido! Quando se deu conta, era gelo! DROGA! Querendo xingar mas a pressão da agua querendo engolir e penetrar por todos os orifícios de Morgan fazia ela se aquietar e resmungar xingamentos silenciosos. Batia com a mão direita em fúria para tentar quebrar a superfície, nada adiantava! Quando olhou para o lado em busca de uma saída que a deixasse viva, viu que Rebecca também lutava pela sobrevivência e nada de porta, janela ou vagão estava à vista!

VEI, na boa. Aonde eles estavam? Sentindo os membros cansar e dando sua luta pela vida inútil, as lagrimas quentes se misturaram a água gelada e ficou imóvel tentando sustentar as ultimas moléculas de ar que seu corpo possuía. Soltou algumas bolinhas de ar, quase querendo recupera-las e virou para Rê.

Iam morrer, e ela ainda era virgem. Quinze anos, e nada de namorados. Não ganhou a taça de quadribol, nem ajudou a lufa na taça das casas. Tudo por aquela vassoura estupida. Mas ok, ela deu moral as ideias e agora... Puff... A vida passou diante de seus olhos conforme seu corpo se livrava das ultimas bolinhas de ar(Nasceu, chorou, passou frio, fome, a morte da mãe, o irmão tomando conta dela dentro de um armário, os feitiços, a bagunça, a lufa, a amiga, MELHORES AMIGAS PRA SEMPRE), e deu as mãos a Rê. A cor arroxeada pela falta de ar transparecia nas bochechas das duas.

Se eu viver” pensou a lufana, fechando os olhos e apertando as mãos de Rê. “Prometo que vou dar uma chance aquele idiota, se eu sair viva daqui, eu... EU BEIJO ELE!” se referendo a Antonin. Abriu os olhos, pensando em Re e em como ela deveria estar se sentindo. Oh deus. Oh vida. Oh azar.

Quando soltou as ultimas e definitivas bolinhas... À pressão se tornou insuportável, a vida se esvaindo, aquela sensação de dor, o corpo deixando a morte ganhar essa... Dai, do nada, uma coisa estranha aconteceu.

Sons de uma voz cantarolada e delicada encheu o ‘ar’ a sua volta.

Antes dela terminar de falar, Morgan não conseguiu aguentar e puxou o ar com toda força possível. Pensando que estava tendo visões pós mortem, (uma sereia na frente delas, peloamordedeus) Morgan achava que já tinha passado dessa pra melhor, quando piscou os olhos e sentiu a agua/ar preencher seus pulmões e fazer o coração disparar de alegria. Como se tivesse corrido uma maratona, a lufana respirava e girava.

VIVA! ESTAVA VIVA?!?

Beliscou-se. Doeu. Sim, devia estar viva! “ar liquido!” Oh gloria!

Feliz e contente, ouviu a conversa sobre malões, falou, ouviu e falou de novo. Observou contudo o fundo do mar. Com toda certeza era BEM MAIOR POR DENTRO. Notaram cardumes inteiros, golfinhos, mariscos, caranguejos, peixes palhaços. Se fosse para comparar, estavam num desenho animado da Disney! Rebecca ruiva e peituda era Ariel e ela o Linguado, já que eram BFF e nunca se desgrudavam. (fora que não tinha peitos e linguado não tinha peitos. NÉleish?). Mas foi outro filme que lembrou ao se deparar com três minutos de nado até o navio.

- Just keep swimming swimming swimming. – Cantarolou ela pensando nos chapéus dos papas, aquela piada era engraçada. Depois de quase morrer, tudo era tão lindo e brilhante, oh sim, nadando tranquilamente, com Re ao seu lado e os planos voltando a mente. Bem, se estavam mortas ou não (Morgan ainda achava muito estranho aquela parada de arliquido e de uma sereia auror. Podia estar morta já quando caiu no tanque da morte, vai saber? E se aquele feitiço que ricocheteou na parede do vagão não for um avada e ela capot?) elas estavam ali por um motivo bem simples. O resgate do soldado Ryan de Gwen.

Chegaram com o plano em mente.
Dividir e conquistar.

O navio era enorme. Morgan quase perde o folego de volta quando elas param de nadar se apoiando na lateral da carcaça morta. Se arrepiando, a lufana morena ouve certos ruídos estranhos vindo de dentro... Não estava gostando NADA NADA daquilo. Tocou a abertura queimada com certo receio. O que será que aconteceu com aquele navio e por que diabos usaram ele como local de deposito de malas?

Sentindo-se mal, mas fingindo muito bem. Ainda bem que sua vacina anti-tetano estava em dia, já que aquela altura era bem possível ter pegado uma pereba só de se aproximar da velharia.

Respirou fundo o ar liquido e seguiu Rê corredor adentro. Luxuoso, escuro. Lembrou-se do ‘estão seguros no escuro’ de uma musica qualquer, ficando mais calma. Quando viram o auror, já estava no pique novamente! Re já foi se apresentando, e o rapaz/moça continuava em posição de sentido, virado para elas, sem emitir som algum. Talvez por que elas não deram chance dele falar, e assim que Morgan viu que o corredor dava em uma bifurcação, já foi dando uma de ‘Miss Simpatia’ pra cima do cara.

- Err... mas moço, me ajuda também? Já que o senhor é dessas bandas...sabe dizer onde tá minha mala? – A morena já foi pegando o braço dele, se abraçando nele e puxando-o para o corredor. Mas ei, nem preciso dizer que aquilo não deu muito certo, né?

Morgan sentiu uma coisa estranha ao tocar seus dedos/mãos/pulsos/antebraços/bíceps no braço do auror. (vamos fixar que é homem, pelo porte, ok?) Quando a menina puxou, foi fácil demais e quase nem precisou força-lo muito. Andou pelo assoalho cheio de limo do navio e só então, com um grito de horror de Rebecca, que ela notou...

O braço do cara se “derretia” em suas mãos. Só agora notou que estava queimado, decomposto, cheio de fios de carne soltos e apodrecidos, e onde deveria estar o resto do corpo, um buraco negro surgia! Engolindo em molhado(OIQ) ela evitou por o almoço pra fora. Olhou para o auror em pânico, não gritou nem nada, apenas caminhou lentamente para ele, e tentou recolocar o braço no cara.

- Que... deselegante, não é? Acho que isso é seu... Quer dizer, hahahaha, odeio quando isso acontece comigo. – Sim, Morgan tentava por o braço do morto auror de volta, tentando se manter no controle da situação embora suas bochechas se tornassem rubras como a maça da branca de neve. – Deve ter doido... né?

- AI QUE NOJO MORGAN, LARGA ISSO!! É UM DEFUNDO DO NAUFRAFIO, LARGA ISSO, LARGA LARGA! EIKE NOJO, EIKE HORROR, EIKE SOCOOOOOOOORRO!!!!!!

- Por isso ele ‘tava tão quietão. – Dizia tentando não fazer nada sem ser aquela sua cara de ‘AI MEUDEUS, PRECISO DE UM BANHO ANTIBACTERECIDA URGENTE’ e ficando verde de nojinho. Deixando o braço deslizar sutilmente pela agua, LeGuin da passinhos mansos para tras, Re ainda em pânico e mais verde que ela, faz com as mãos um ‘andalogo’ e as duas já vazam para frente deixando o cadáver semifritodecomposto no mesmo lugar que acharam.

- Sabe, se sobrevivermos, me lembre de sempre fazer um plano que envolva ar liquido/agua/lugares macabros. – Ela esticou a mão para segurar a de Rebecca, quando a amiga se retraiu de nojo, Morgan suspirou.

- Esquece, não vou tocar nisso ai até você se lavar com álcool. Três vezes. – Avisou à amiga (MUIAMIGA) e continuaram andando pelo corredor. Deram com uma bifurcação, a lufana ouvia sons, vozes que deixavam os cabelos de sua nuca arrepiados.

- Será que tem... fantasmas aqui? Do tipo do... pirraça?
- Se tiver, precisamos encontrar logo Gwen e dar o fora. Eu heim, imagina que doideira colocar malas sob a custodia de cadáveres. De quem foi essa ideia ridícula? Que mau gosto! Vou ter que esterilizar todo meu malão.
- Prefiro não imaginar o que guarda o que...

Quando tiraram no par ou impar, viraram para a esquerda e seguiram um corredor que dava para cabines fechadas. De novo teve o ímpeto de tocar a mao da amiga, para se sentir segura, e dessa vez Becky aceitou de bom grado. Puxaram ambas a varinha e lançaram um lumus fácil sobre o lugar.

- Melhor ir pelo outro lado.
- Tambem acho.

Seguiram então pelo lado contrario e assim que viraram outra esquina, deram de cara com algo lindo. Bizarro, mas lindo. Imagine um galeão, agora imaginem ele debaixo da agua, do tipo de navio que parece que tá a anos ali. Havia uma mesa de quitutis, candelabros quebrados (alguns em bons estados) mesas redondas com cadeiras, piso bonito, porem cheio de limo. Um cardume de peixe pequeno nadou em volta delas e saiu mexendo os ‘rabinhos’ como se fossem cãesinhos.

- Awn. - Suspirou as duas. Com a varinha foram vendo o que mais interessava. Quadros de pessoas se movendo como se estivessem do lado de fora das janelas as observavam com curiosidade. Quando viram um espelho grande de meia parede elas ficaram se olhando com graça. Os cabelos esvoaçavam e bolhas de ar subiam de todos os lugares. Nem pareciam mais precisar de ar, estavam bem ali, dando pulinhos em camera lenta, vendo o efeito nas roupas.

Rindo alto, começaram a mexer em talheres, jóias esquecidas, sapatos altos perdidos. Nem levaram em consideração o fato de que talvez houvesse mais corpos carbonizados naquele lugar, mas até onde a luz fraca do lumus alcançava, nada de anormal se pronunciara.

Cansando de brincar, começaram a vasculhar direito todos os cantos, seguiram onde parecia a mesa dos professores, encontrando o quadro de um cara mal-humorado atras da cadeira principal.

- São bruxos... Será que... Uma família usava? Ou era um navio de cruzeiro bruxo? Titanic? Grande desse jeito, pode ser até... – Morgan dizia, olhando o retrato mal-encarado. Aonde estavam, afinal? E onde estavam suas malas?

- Com licença. – Becky tentou, olhando para o quadro e chegando mais perto com a varinha. – O senhor poderia fazer a gentileza de nos responder uma coisinha? Estamos procurando os malões, sabe? O senhor poderia nos indicar o caminho? Sou monitora, pode confiar. Fora que... Que navio é esse? Por que escolheram ele para guardar nossas coisas?

Morgan ficou cobrindo a retaguarda enquanto a ruiva fazia perguntas, segurava a varinha tao forte que os nós dos dedos estavam brancos, e a palpitação do coração começava a acelerar. Sentia o gosto de alguma coisa na agua... Alguma coisa ruim. Um barulho do fundo do salão de festas chamou a atenção da morena, enquanto a ruiva tentava tirar informações do quadro, sua curiosidade crescia. Um ruido estranho e crescente na escuridão do mar...

Quando se deu conta, deslizava pela agua (andando mesmo) até o local. O lumus sempre acesso, Rebecca ainda com seu tete-a-tete com o quadro e Morgan caminhando entre mesas desarrumadas e caídas. Quando viu um pé calçado estirado, soltou um gemido de 'argth, outro cadaver'. Pensou em ir mais perto, porem outro ruido lhe chamou a atenção, quando se virou para ver o que era...
Morgan LeGuin
Morgan LeGuin
Aluna

Série 5º Ano

França
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Cor : #b88e03

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O(S) PLANO(S) Empty O Salão Fantasma. A grande tragédia da Nau da Tempestade.

Mensagem por Destino Seg Set 17, 2012 2:39 am

Vagão-Cargueiro.
14h30.

Os fachos de luz atravessavam a água, iluminando o salão de festas da Nau da Tempestade. A luz era suficiente pra ajudar a enxergar cerca de 5m à frente, embora em uma área de cone, não ao redor, como uma lanterna. Permitindo às garotas visualizarem o que estivesse à frente, enquanto se deslocavam pelo salão. Havia diversas mesas redondas pelo salão, com cadeiras bem trabalhadas. Algumas mesas permaneceram em pé, com a ornamentação intocada, embora os corais tenham tomado algumas, bem como boa parte do salão. Plantas marítimas oscilavam ao sabor da corrente causada pelo movimento das garotas enquanto nadavam e crustáceos deslocavam-se, às vezes fugindo das garotas, às vezes como se não percebessem a passagem delas. Um cardume de peixes azulados nadava em sincronia, girando na parte mais alta do salão, como se estivessem ao som de alguma música que somente eles conseguiam ouvir. Outros peixes, das mais variadas cores, nadavam solitariamente ou em pequenos grupos pelo espaço entre as mesas.

As garotas chegaram a um tablado, onde havia uma mesa maior, conjunta, com uma prataria mais visível, como se fosse a mesa do capitão do navio. As cadeiras tinham nomes, alguns ainda legíveis, como “Alladus Q. Peroviskhünt”, “Katrina Q. Winifred”, “Olaff Delafont”, “Anna Mistlav”, “Vladimir Ivannovitch”, “Igor Kohlyr”... Abaixo do nome de cada um, havia um título de professor e o nome de, aparentemente, uma matéria. Enquanto Morgan explorava essas nuances do lugar, Rebecca indagava a um quadro de um senhor aparentemente mau-humorado que estava cobrindo o rosto devido à luz jogada em sua face. Acostumando-se com a luz, ele removeu o braço da frente do rosto, revelando-se o professor Karl, o chefe da Grifinória. Sem demonstrar qualquer tipo de reação à expressão da garota, a figura da foto apontou para frente, respondendo à sua pergunta. Abaixo, no quadro, estava escrito “Karl Van Der Berg, reitor de Durmstrang”.

Morgan estava observando um par de sapatos que saiam de debaixo da mesa, aparentemente de alguém mais novo que ela, mas o fato de estar queimado, já a fez deduzir que seja lá quem fosse, tinha tentado se proteger do que tinha acontecido debaixo da mesa. Aparentemente, não dera certo. Ouvindo um som, ela voltou o facho da lanterna para o lado. Havia uma garotinha, parada, trajando um vestido preto, olhando pra ela, com um urso em seus braços. Havia uma expressão vazia em seu rosto e ela fitava Morgan fixamente, de maneira incômoda, como se estivesse vendo dentro dela, sua alma, suas lembranças. “Como você teve coragem de matá-la?”, ela pôde ouvir uma voz masculina falando, como se bem distante, enquanto um duelo entre um homem de cartola e uma mulher se desenrolava. Morgan parecia saber, estranhamente, que eram irmãos. Ao lado deles, caída no chão com a face pálida, estava uma garota. A mesma que a fitara. Morta, pela mulher. O que despertara o ódio do homem de cartola. Um homem de terno surgira na cena derrubando o homem de cartola com um único feitiço. O som de algo a despertou daquela lembrança, que não era lembrança e ela voltou o facho de luz na mesma direção que Rebecca olhou, a direção para onde o professor Karl apontava. Um escafandro surgira no que parecia a porta de entrada do salão, movendo-se lentamente, com pesos nos pés. Voltando o olhar para o lado, Morgan percebera que a garota de preto desaparecera. Sua respiração embaçava o vidro, enquanto ofuscado pela luz jogada em seu rosto, ele só respondeu:

— Porque atualmente, por ironia do destino, ele é um dos lugares mais protegidos do mundo. — tateando a parede ao lado, ele acionou o que parecia ser um interruptor, fazendo as luzes do salão se acenderem e revelando todo o salão de festa.

As meninas estavam na parte frontal do Salão, num tablado com aquela mesa especial. Mais para a direita delas estava o que parecia ser um palco, com alguns instrumentos e alguns corpos apoiando-se nos mesmos – como se a banda não tivesse parado de tocar em nenhum momento. No centro, havia cerca de quarenta mesas redondas, cada uma com 10 cadeiras, algumas não estavam em boas condições, outras estavam viradas de lado. Dois dos cinco lustres haviam caído e uma grande parte do lugar estava chamuscada. Os peixes que nadavam naquele lugar pareceram multiplicar, agora que estavam visíveis. E, junto com eles, havia alguns corpos flutuando a esmo, nos cantos do salão.

— Esta é a nau da Tempestade, o navio de Durmstrang, que explodiu com os alunos em um atentado terrorista há alguns anos. Dizem em alguns lugares que quando pessoas morrem, suas almas tornam-se estrelas. Quem conhece o ocorrido com o navio, costuma dizer que as almas mortas nesse atentado tornaram-se peixes e por isso o navio é tão cheio deles. Os sensitivos dizem que os espíritos dos que pereceram naquela noite protegem o navio e seus pertences contra todo e qualquer poder das trevas. — uma luz pequena se acendeu dentro do capacete, revelando o rosto de um rapaz. — Por essa razão, é um dos lugares mais seguros do mundo. Vocês devem ser as alunas que me avisaram que iriam atrás de seus malões. Vocês são realmente corajosas aí, bebendo desse ar líquido e ignorando que todos os dejetos, pedaços de restos dos corpos e animais e outras imundícies estão entrando garganta abaixo ou se prendendo a pedaços da sua pele e cabelo. — a expressão feita pelo rapaz era de total aversão àquela ideia. — Tudo bem que eu sei que até no ar gasoso isso ocorre, já que nosso olfato funciona de forma química, em que moléculas, ou seja, pedaços decompostos, daquela substância entraram no nariz e boca, como se estivessem realmente colocando uma parte daquilo na boca, mas após tanto tempo convivendo, dá pra se ignorar. Mas isso aqui... Urgh. Odeio ter perdido no palitinho pra mulher-peixe sobre qual o lugar que criaríamos o bolsão que está no vagão. — ele prosseguiu falando, como se tentasse justificar seu raciocínio, mas percebendo que isso não era tão relevante, ele encerrou. — Por favor, podem me seguir, eu vou levá-las até o depósito onde estão todos os malões. Evitem se afastar... Como todo lugar repleto da energia da morte de várias pessoas, existem aqueles que se deixaram corromper pelo medo e pelo ódio, tornando perigoso o lugar até mesmo pra quem não é praticante de magia negra.

Movendo-se lentamente, ele voltou a caminhar na direção da porta de entrada, deixando o salão para trás. Morgan pôde sentir-se vigiada, mas quando olhou para trás, viu apenas um urso, bastante queimado, em cima de uma das mesas. Rebecca viu, assim que a porta se abriu, um grupo de crianças passando correndo, felizes. Primeiro-anistas, como os que estavam no trem naquele momento. A visão assim como surgiu, desapareceu. E ela percebeu que, num canto do salão, próximas umas às outras, como se tentando proteger-se até o fim, estavam os corpos daquelas mesmas crianças. Ela sentiu sua boca secar, apesar de estar na água e ouviu o homem dizer:

— Vamos, meninas. Vocês não podem passar muito tempo aqui no vagão de cargas, o acesso é restrito.

Olá. Roleplay, meninas. =) O corredor é longo, ele leva até uma escada que leva até o depósito. Quando chegarem na porta, eu narro o que tem dentro do depósito. Fiquem à vontade pra dizer o que encontram ou não no caminho em relação a peixes, enguias, caranguejos, corpos e partes quimadas oud estroçadas. E se vão ou não segui-lo. Wink Let’s Play! Bonanças.


Destino
Destino
Mestre do Jogo


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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por Rebecca W. Lehner Qua Set 19, 2012 2:01 am

Ela só queria uma vassoura de volta, isso era tão difícil assim? Bom, pelo jeito era sim. Não basta perder o posto de capitã do time. Não basta ficar de castigo. Não basta ter irmão chato. Não basta quase morrer afogada. Tem que ter um navio naufragado no meio pra complicar a vida da gente!

Quando aquele braço NOJENTO se descolou do resto do DEFUNTO, a voz de Becky falhou, tamanho foi seu susto. Nenhum plano as tinha preparado para lidar com isso. Becky levou as mãos a boca em choque e olhou em volta, dessa vez de forma mais analítica. Havia outros corpos, outras vítimas. Segundos depois, um peixe passou a alguns centímetros de distância e o movimento da água fez com que ela virasse de supetão , com medo de que fosse algum outro defunto relando nela.

Foi só então que reparou que Morgan AINDA ESTAVA COM O PRESUNTO NA MÃO.

- AI QUE NOJO MORGAN, LARGA ISSO!! É UM DEFUNDO DO NAUFRAGIO, LARGA ISSO, LARGA LARGA! EIKE NOJO, EIKE HORROR, EIKE SOCOOOOOOOORRO!!!!!! - gritava com a voz fina balançando as mãos de forma chiliquenta.

Chilique Becky tipo:
O(S) PLANO(S) Tumblr_m5ktdiJk901qh1atko1_500

E Morgan tipo:
O(S) PLANO(S) Tumblr_lxetdxZGnz1qacl76
Morgan largou o braço do homem e acompanhou Rebecca no chilique. Precisavam esterilizar lufana. Como não sabia nenhum feitiço para esterilizar a amiga? Como não aprendiam esse tipo de coisa nas aulas? Precisava desinfeta-la urgentemente! Por dentro e por fora.

Morgan levantava a hipótese de fantasmas, mas para Becky os defuntos ali eram bem mais assustadores do que fantasmas. Quanto mais olhavam a cena, mais assustadora ficava. Que mau gosto! Porque colocar as malas dos alunos ali? Não fazia sentido.

Andando juntas, Becky respirou fundo quando Morgan pegou na sua mão. “Eca, ela pegou naquele cara apodrecido” pensou, mas medo e amizade superavam o nojo, então controlou o ímpeto de soltar a mão e limpar nas vestes. Agora com a iluminação das varinhas podiam ter uma visão melhor e mesmo que fosse horripilante, era impossível não ficar impressionada com o ambiente. Aquele salão devia ter sido lindo antes do naufrágio. Achando que provavelmente nunca tinha entrado num lugar tão imponente, olhava para tudo encantada. Havia muita coisa interessante para olhar. Prataria, joias, lustres....por alguns minutos se esqueceram de onde estavam e se divertiram. Será que podia levar alguma coisa embora de lembrança? Pensava nessa possibilidade quando avistaram o quadro e ela teve uma idéia.

“Um quadro é seguro. Não pode estar mais vivo ou mais morto que isso. Sem surpresas aqui!” constatou em pensamento começando seu papo com o quadro – ao menos era isso que ela tava tentando fazer. Não que o quadro estivesse sendo exatamente receptivo com aquele braço na frente.

O que importa é: lembra que eu falei que quadros não trariam surpresa? Pois é, tudo mentira! Que engano! Quando o senhor do quadro revelou sua face, o coração dela veio a boca, batendo aceleradamente.

A menina não precisou seguir a indicação na armação do quadro. Ela conhecia aquele rosto! Sabia muito bem quem era. Karl Van Der Berg, seu professor, e com a mesma cara de sempre. Foi então que constatou o que já suspeitava há muito tempo: o mestre sempre fora velho. Sua aparência não havia mudado nenhum pouco. Devia ter nascido já idoso, coitado.

- Reitor de Durmstrang? Essa é novidade pra mim...- falou mais para si mesma do que para os presentes. – Morgan, corre, vem ver quem tá aqui! – disse, mas não esperou para ver se a amiga aparecia antes de continuar - Professor, porque estão guardando nossas malas aqui, o senhor saberia me dizer? E onde elas estão? – achou que essas perguntas eram mais adequadas do que “Professor que que o senhor tá fazendo aqui, posso saber?” .

Antes que o quadro pudesse responder, um barulho desviou a atenção de todos e, seguindo a direção para onde o professor apontava, viram um vulto de uma figura muito estranha adentrando o salão.

- É UM ET!!!!!! – gritou em tom agudo, abraçando Morgan assustada. Mas pelo menos uma surpresa boa (já não era sem tempo!): era apenas o auror com vestes engraçadas que as encontrara.

— Porque atualmente, por ironia do destino, ele é um dos lugares mais protegidos do mundo. – disse o auror acendendo a luz.

- Mas e precisa de tudo isso pra guardar meia, cueca e calcinha da molecada? – perguntava com a delicadeza que lhe era de costume. – Se você quiser saber minha opinião.... - ninguém queria, mas ela continuaria falando mesmo assim. Continuaria se não tivesse perdido o fio da meada quando olhou para o salão, agora devidamente iluminado. O local ganhava outro aspecto, parecia ainda mais imponente diante da iluminação plena. O lado ruim é que agora viam com clareza quantos corpos estavam ali fazendo companhia pra elas esse tempo todo. Enjoada, enojada e horrorizada, se calou.

Olhava tudo com perplexidade e eram os detalhes que mais a chocavam: as coisas chamuscadas, algumas mesas que pareciam intocadas desde o trágico dia, os corpos dos integrantes da banda (com certeza tocaram até o último suspiro de vida) e o pior de tudo - os corpos boiando com os peixes. Com certeza essas cenas não sairiam da sua memória tão facilmente.

— Esta é a nau da Tempestade, o navio de Durmstrang, que explodiu com os alunos em um atentado terrorista há alguns anos... – ouvia atentamente tudo que o auror dizia. Não era das pessoas mais sensitivas mas acreditava que o lugar podia ter uma proteção especial sim. Ela que não ia testar, né?! Um dos lugares mais seguros do mundo, então? A única questão era o que eles tinham a ver com isso?. Quer dizer, porque estavam precisando de tanta proteção assim? Lembrou da intervenção dos aurores ainda na estação e mais perguntas brotavam na sua cabeça, quantas dúvidas pra tirar. Tinha que perguntar alguma coisa. Não podia se calar diante dos fatos.

-Entendi que é protegido e tudo o mais, mas podemos tirar as coisas das nossas malas né? Quer dizer, nenhum camaradinha aqui vai implicar com isso? – perguntou pensando em Gwin. Prioridades e capacidade de investigação: ou você tem, ou você não tem. Mas de qualquer forma, independente da pergunta escolhida por ela, o homem já tinha mudando de assunto para um bem mais desagradável.

- Vocês são realmente corajosas aí, bebendo desse ar líquido e ignorando que todos os dejetos, pedaços de restos dos corpos e animais e outras imundícies estão entrando garganta abaixo ou se prendendo a pedaços da sua pele e cabelo- Senso de oportunidade é tudo nessa vida, não é mesmo? E aquele auror não tinha nem um pinguinho! Uma explicação de como os dejetos estavam se impregnando em seus organismos era tudo que elas estavam precisando mesmo. Só que não.

Rebecca que já estava enjoada e assustava o suficiente, agora estava verde. Restos de corpos? Animais? Imundicies? Sentiu sua garganta fechando. Respirou fundo algumas vezes para evitar vomitar mas...EPA! Respirar fundo não! Os dejetos estão no ar. Respirar o mínimo possível. E não vomitar mesmo assim. Aquilo estava ficando difícil. Não queria mais brincar de resgate!

“Meus pais vão me matar se souberem o que to respirando aqui. Castigo pra eternidade!” por algum motivo foi esse lamento que veio em seu pensamento diante daquela cena horrível.

- Moço, podemos ir logo? Sabe o que é, não to me sentindo muito bem não...com esse assunto daqui a pouco quem vai soltar dejetos pra todo lado aqui sou eu. Ai que ânsia!- Becky, essa donzela. Mas ela realmente não sabia por quanto tempo poderia controlar o seu estômago.

— Por favor, podem me seguir, eu vou levá-las até o depósito onde estão todos os malões. “finalmente a última fase” pensou. E que não houvesse nenhum “chefão” para enfrentar antes de resgatarem a Princesa Peach Gwen.

- Evitem se afastar... – o homem foi falando dos perigos do lugar mas nem era preciso. Ela não planejava se afastar. Vamos combinar né? Se Becky fosse dessa coragem toda seria grifinória e não lufana. Ela que não ia trocar a companhia do auror pela dos defuntos. Não, era louca! Queria trocar mais algumas palavras com o quadro do professor Karl, mas abriu mão disso rapidinho quando viu que o moço já ia saindo do salão.

- Moço! Pera aí! Espera a gente! Vem logo Morgan! – apressou a amiga, apertando o passo. Estava a caminho quando parou abruptamente para as criancinhas passarem. O que era aquilo? Uma visão? Via a cena com nitidez em sua frente mas sabia que não estava acontecendo naquele momento. Piscou algumas vezes se concentrando e quando voltou “ao mundo real” seus olhos miraram pequenos corpos no canto do salão. Seu coração caiu como uma pedra em seu estômago ou ao menos essa foi a sensação que teve. Nada até aquele momento a tinha tocado tão fortemente. Sentiu as lágrimas se formando nos seus olhos sem que pudesse controlar. Que horrível! Sabia que aqueles corpos pertenciam as crianças que corriam felizes em sua visão, sem saber o que lhes aguardava. Estava paralizada, completamente envolvida com esta cena quando a voz do auror a despertou de sua transe.

— Vamos, meninas. Vocês não podem passar muito tempo aqui no vagão de cargas, o acesso é restrito.

– Vocês viram aquilo? – perguntou com a voz fraca. - Morgan, vamos logo, eu não quero mais ficar nenhum minuto aqu...MORGAN? – Durante esse tempo todo tinha certeza que Morgan estava atrás dela. Era doideira da cabeça dela ou tinha até sentido a presença de alguém atrás dela? Jurava que era Morgan, mas agora constatava em pânico que não. – Morgan, volta aqui! Onde você tá? Cadê você!? Não é hora pra brincar, Morgan! – olhava para o salão a procura da menina. Foi então a encontrou: indo na direção oposta como se estivesse absorta com alguma coisa que Becky não conseguia enxergar...


Spoiler:
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Mensagem por Morgan LeGuin Qui Set 20, 2012 12:16 am

Vamos recaptular.:
Have you run your fingers down the wall
And have you felt your neck skin crawl
When you're searching for the light?
Sometimes when you're scared to take a look
At the corner of the room
You've sensed that something's watching you


… Uma menininha segurava um urso nos braços.

Engraçado que naquele momento a lufana nem percebeu que se tratava de um fantasma, mas sim, de uma menina MUITO familiar, perdida e com uma carinha de quem pede colo e assustadinha. Morgan respirou fundo e até esqueceu que estava numa missão. Tinha um lado materno que até ela desconhecia, e adorava crianças comportadinhas. Fez o que faria com qualquer menininha perdida. Abaixou-se e sorriu.

- Eeei, menininha. Conseguiu passar pelo auror bobão também? – Riu ela reparando no bonito vestido e o ursinho. Estendeu a mão para toca-la, mas sentia-se levemente mareada só de tentar tocar seu ursinho... Porem não se deu conta dos sintomas de perigo que o corpo transmitia e foi falando.

Também quer seu uniforme? Ou... Você tá per...di...da..?

E então aconteceu algo muito estranho. Ok, tudo naquele lugar era estranho. Mas esse está ganhando o premio até agora. Os olhos da menina. Sim, aqueles olhos que a primeira vista eram vazios e sem vida, se arregalaram. Ou talvez, foi os de Morgan que se abriram mais. Quando se deu conta, assistia (como numa antiga televisão meio embaçada) um duelo, naquele mesmo lugar. Só que limpo, vivo e sem aguá ou plantas aquáticas.

Feitiços, crianças caindo carbonizadas, gritos, os músicos não paravam e se podia ouvir a trilha sonora enquanto o cara gritava com a irmã. Eram tão parecidos, só podiam ser irmãos mesmo. Prendeu a respiração quando reconheceu o vestido preto e o olhar vazio.

- Por... Quê? – Sentiu os olhos marejarem, embora naquele lugar, qualquer liquido que saísse dela, era diluído rapidamente no ar liquido e sumiria pra sempre. O coração apertou, sentiu um ímpeto de abraçar tão forte a menina que chegou a doer. – Oh, pobrezinha... – Estava falando demais com Samaraia, já que o ‘oh pobrezinha’ era tão frequentemente dito pela chefe de casa que se tornou um vicio geral.

Quando a coisa estava ficando boa, e o homem vingaria a morte da menininha, um som a despertou de seus sonhos. Rê gritava algo sobre um ET e ela correu para a amiga, esquecendo-se momentaneamente da menininha. Tudo bem que aquela não era uma boa hora para se aproximar de Rebecca, era mais facil puxar ela pra longe do monstrengo feio que entrava pela porta. As duas se abraçaram e berraram. (Nota da Player: Nunca grite abraçado a alguém, seus tímpanos agradecem.)

O cara que se revelou um auror, fez as duas se afastarem lentamente e suspirando aliviadas, quando olhou para tras, notou que não havia ninguém ali. “Um dos lugares mais protegidos do mundo”. Por... fantasmas? Oh deus. O gosto ruim na boca cresceu, e quando ele ligou a luz do lugar (acreditem, a bagaça ainda funciona, o que a faz pensar no seguinte: Será que os motores também funcionam? Será que tem bote salva vidas? Será que conseguiram chegar as bagagens antes de tudo explodir, como aquela lâmpada lá atrás?) e tudo ficou pior do que no escuro.

Corpos. Muitos deles. A morena levou a mão esquerda a boca e a segurou ali. Pela primeira vez na vida ficou chocada com aquela situação. Odiava cemitérios, e aquele lugar era isso. Um grande cemitério no maldito ar liquido, e sequer tinham tido a decência de enterrar os pobres corpos, ou dar aos pais para uma ultima homenagem.

- Por que todos eles ainda estão aqui? – Disse ela com a voz embargada. Os peixes nadavam mais tristonhos a luz. Era um cardume infeliz. Será que peixes ficam deprimidos? Não sei se ficam, mas aqueles peixinhos azuis nadavam de dar dó. – Por que não os mandaram para casa? – Estava revoltada, Rebecca a entendia, deu um leve toque em seu ombro e o auror continuou explicando aonde estavam e o que tinha acontecido.

Esta é a nau da Tempestade, o navio de Durmstrang, que explodiu com os alunos em um atentado terrorista há alguns anos. – Durmstrang? Aquele colégio? Então... aquela menininha deve ter seus onze anos, indo pela primeira... oh. Morgan sentia os olhos ficando vermelhos, levou a mão direita com a varinha já apagada aos olhos para ‘limpar’ o que conseguia. Foi ela... Foi aquela mulher... - ... costuma dizer que as almas mortas nesse atentado tornaram-se peixes e por isso o navio é tão cheio deles. – Meneou levemente. Era estranho, mas mesmo com o cara vestindo aquele trombolho e dando todas aquelas informações, ela estava mais dada a confiar na menininha de vestido preto, do que no ET. Ainda mais depois deste comentário: – Vocês são realmente corajosas aí, bebendo desse ar líquido e ignorando que todos os dejetos, pedaços de restos dos corpos e animais e outras imundícies estão entrando garganta abaixo ou se prendendo a pedaços da sua pele e cabelo.

- Como?
O(S) PLANO(S) Tumblr_m199lfHRn31r22lig

A lufana arregalou os olhos e até sentiu a pena pela morte das pessoas naquele naviu sair. Estava com tanto nojo que ao virar para Rebecca, pode notar a coloração esverdeada de seu rosto dizendo que também estava enojada. E se vomitasse, ia ter que respirar tudo aquilo MAIS O VOMITO!!

BLERG.

- ou seja, pedaços decompostos, daquela substância entraram no nariz e boca, como se estivessem realmente colocando uma parte daquilo na boca, mas após tanto tempo convivendo, dá pra se ignorar. Mas isso aqui... Urgh. – A lufana não quis mais saber. Ergueu a mão e num pedido silencioso de “CALA A BOCA!” sentiu o almoço subir até a garganta.

Como eu disse. Blerg.

Estava quase colocando as duas mãos no ouvido e começaria cantar um ‘lalalalala’ para não ouvir mais nada e com um giro de corpo, ficando de costas aos únicos seres VIVOS do lugar, algo além de ânsia mexeu com seu interior. Abriu os olhos, fazendo um biquinho levemente perceptível, enquanto tentava vasculhar o lugar. Algo. Algo ou alguém a observava. Meneou e se voltou para Re e o auror, enquanto ele terminava de dar os avisos paroquiais.

-... podem me seguir, eu vou levá-las até o depósito onde estão todos os malões. Evitem se afastar... – Caramba, por que ela não conseguia se concentrar nas palavras do homem? O biquinho ainda estava ali, e ela evitou olhar para Re, já que a menina sabia que alguma coisa estaria errado com a morena só de ver seus olhinhos de ressaca. Os cabelinhos da nuca se arrepiaram, se sentia observada por todos os cantos, mais precisamente atrás de si, onde a menininha estava minutos antes...

Vamos, meninas...

Não ouviu o resto, estava mais preocupada com aquela sensação esquisita. Virou nos calcanhares novamente e pode ver que não havia nada de estranho ali, mas notou uma coisa que não tinha antes. Talvez por que ela já tinha visto aquele objeto, ou talvez por que a imagem da menina recém morta caída aos seus pés a deixou muito chocada, só sabia que aquele urso, queimado e semi-destruido, era familiar demais para se deixar passar.

Caminhou na direção do urso, ouvindo ao longe as vozes se afastando. Quando chegou bem perto, sentiu pena. Ah merda, não devia, mas sentia. Levou a mão direita até o brinquedo e o segurou, puxando-o pra si num abraço que queria ter dado na menininha. Ao abrir os olhos, notou que ela voltou. Sorriu.

- Quem... quem fez isso com você? – ela murmurou, triste e solidaria, abaixando-se para ficar com a mesma altura dos olhos da pequena. Mas essa não esperou, começou a correr em direção contraria, e uma angustia apertou seu estomago. Talvez a auto preservação falando, seila.

Mordeu o lábio inferior, indecisa, mas seguiu a menininha. Segurando o urso poido numa mao, e a varinha na outra, passou pelas portas duplas que levavam a outra parte do navio, um corredor enorme e escadas que subiam, a menina estava indo tao rápido que ela teve que nadar, sentindo nojo dos corpos decompostos pelo caminho prendendo a respiração ao passar por eles. Os animais marinhos que viviam naquela parte eram muitos também, quase impossibilitando sua passagem. E podia jurar que as algas enroscavam em seus pés por querer.

- Eii, espera, eu quero te ajudar, quem é sua mãe? Vou comunicar que te achei, você merece ir para um lugar... melhor... – Na base da escada, ao olhar pra cima, a menina a encarava novamente com aquele jeito de quem diz algo.

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Já que estava ali, por que não seguir, né verdade? (NdP: todas as vezes que eu pensei ‘por que não?’ eu me fodia, mas é coisa de player, vamos ver se rola a mesma coisa com a lufana, né?) Sentindo uma coragem idiota (quase uma grifinoria) ela começou a subir as escadas em direção a fantasminha camarada, levando consigo só o urso e a varinha.

Que deus a proteja.

Off:
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O(S) PLANO(S) Empty O Navio Amaldiçoado! As várias Morgan's e as crianças fantasmas.

Mensagem por Destino Sex Set 21, 2012 1:11 am

Vagão-Cargueiro.
14h45.

Spoiler:

Rebecca seguiu o auror pelas escadas. Quando haviam terminado o primeiro par de escadas, ela percebeu que a amiga não estava com eles, voltando rapidamente até o salão. De relance, viu, rapidamente, de relance, um movimento em uma porta do outro lado do salão que fechou-se – mesmo não tendo visto o rosto, viu que era o mesmo perfil da amiga e usava as mesmas roupas. A garota lufana ouviu atrás de si a respiração pesada do auror, que coçava a cabeça, ou pelo menos, tentava, já que sua mão estava com uma luva de borracha e sua cabeça tinha um capacete de metal.

— Sua amiga vai meter-se em problemas... Bem, o depósito fica dois pares de escada abaixo. Se quiser ir lá, eu posso tentar ir atrás de sua amiga e trazê-la de volta antes que algo aconteça. Ou se estiver com muito medo, você pode vir comigo.

Retirando uma varinha de dentro de um bolso naquele escafandro, ele avançou atravessando o salão lentamente, fazendo um som metálico a cada passo. O escafandro era uma roupa de mergulho bem precária que pra fazer a pessoa continuar andando, colocava pesos de metal nas botas, permitindo uma mobilidade em profundidades maiores. Ele abriu a porta pela qual viram a garota passar e encontraram a porta bloqueada por diversos destroços. As outras portas do salão se abriram, fazendo ecos que ecoaram pelo aposento. Quando Rebecca e o auror voltaram o olhar na direção nas portas, viram, em cada uma delas, de costas, alguém com o mesmo tamanho e perfil de Morgan – e mesma roupa – passando e fechando a porta. A escuridão dos corredores não permitiram ver o rosto. Becky só pôde ouvir do auror, algo como:

— Eu realmente odeio ter perdido no palitinho pra mulher-peixe...

***

Spoiler:

Morgan subia os degraus, enquanto a menininha corria à sua frente. Sempre que a gaortinha se adiantava demais, ela parava, permanecendo no mesmo local até a lufana aparecer, só então prosseguindo. Subiram três pares de escada, quando ela passou por uma porta que fazia sair da escadaria e retornar ao interior do navio. Morgan abriu a porta e viu que aquele lugar não tinha sido tão afetado pela explosão, até diria que quem estava ali conseguiu se salvar, quando sua visão mudou de foco. O corredor onde ela estava era preenchido rapidamente por água, enquanto alguns alunos tentavam escapar da inundação. Um garoto, aparentemente um monitor, tentava colocar as crianças em cima de pedaços de madeira que flutuavam, quando foi puxado pra dentro d’água. Uma poça de sangue, um grito em meio à água, uma barbatana prateada... As crianças começaram a gritar e chorar, a maioria sendo primeiro-anistas.

A visão desapareceu, Morgan voltando a enxergar o corredor como ele estava naquele momento... E pôde reconhecer alguns dos corpos de sua visão. No caso de alguns, nem isso, visto que havia apenas pedaços ou somente seus pertences. O corredor estava um pouco escuro, com algumas das luzes não funcionando direito. Piscavam, soltando faíscas mágicas e fazendo um chiado, como lâmpadas normais quando havia alguma interferência eletromagnética na área – fosse natural ou não. A garotinha estava do lado de uma porta, que se encontrava aberta. Ela entrou caminhando tranquilamente no aposento. Desviando dos corpos no corredor, Morgan prosseguiu, chegando ao aposento. Era como uma cabine do trem, com dois bancos e uma janela que permitia ver a paisagem lá fora – onde cabiam cerca de oito pessoas. A menininha estava sentada, de mãos cruzadas e Morgan pôde ouvir a voz dela em um nursery rhyme...


— Sandman, come to me tonight. — enquanto a garota falava sua voz parecia distorcida, como se o som de seu espírito ao romper o ar físico soasse de forma sombria. — Comfort me till morning light. As darkness falls and shadows loom, I bid you welcome to my room. Rest your bones beside my bed, lay your hands upon my head. Cast your spell of slumber deep, and stay beside me as I sleep... If I should die before I wake, I grant to you my soul to take.

Ao terminar a frase, ela abriu os olhos e olhou para Morgan, que se viu rodeada por crianças – tanto na cabine, quanto no corredor. Várias que ela tinha visto antes, em visões fantasmagóricas, outras desconhecidas, nem todas estavam inteiras... Um utilizava uma máscara de gás, avançando na direção de Morgan, tentando tocá-la.

— Você é nossa mamãe? Você veio pra ser nossa mamãe? — as crianças repetiam, enquanto avançavam lentamente na direção de Morgan, com os braços estendedidos. — Você veio pra ficar aqui com a gente? Você veio pra nos salvar? Por favor, seja nossa mamãe...

Olá.
Becky: existem seis outras entradas, além da que por onde vocês saíram pras escadas. Uma delas está bloqueada por entulhos e quatro se fecharam com essa visão da Morgan, a que leva pras escadas não se fechou e a que está com os entulhos também não. Rola Intuição pra ver se consegue descobrir qual é a certa. Seja como for, todas levam a um corredor que tem escadas subindo e descendo, além dos corredores continuarem pra outras partes do navio. =)
Morgan: Rola um dado. Se quiser escapar da molecada, será esquiva. Se quiser se deixar ser tocada, será Perseverança. Seja como for, será um dado. Razz
Let’s Play! Bonanças.


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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por Rebecca W. Lehner Sáb Set 22, 2012 10:38 pm

Spoiler:

— Sua amiga vai meter-se em problemas... Bem, o depósito fica dois pares de escada abaixo. Se quiser ir lá, eu posso tentar ir atrás de sua amiga e trazê-la de volta antes que algo aconteça. Ou se estiver com muito medo, você pode vir comigo.

Não era questão de medo (não de medo, pelo menos). Aquele cabeça de lata não entendia nada. Não podia deixar Morgan para trás assim, era sua melhor amiga, eram inseparáveis! Dividir e conquistar era o plano, mas não quando se dividiam sem querer, ainda mais com espíritos (ou seja lá o que eram aquelas crianças) vagando por ai! Isso já estava fora de cogitação. Por mais que aquele fosse o momento perfeito para botar as mãos na vassoura, a lufana nem mais lembrava do motivo de estarem ali. Sua única preocupação era Morgan.

- E você acha que eu vou lá procurar roupa enquanto você me diz que ela está em perigo? Eu vou com você. Mas me diz, que TIPO de perigo? - Porque tem perigos e perigos: existe o tipo “perigo de entrar uma farpa no seu dedo” e tem “perigo de morrer e virar mais um defunto pra coleção do navio” e no fundo Becky sabia que a coisa estava mais para a segunda alternativa do que para a primeira, o que a fazia suar frio de nervoso.

Fizeram o caminho de volta e Becky controlou a ansiedade da melhor forma possível, mas já estava ficando aflita com a lentidão do auror, devido aquelas vestes engraçadas que usava. Respirava fundo tentando não se desesperar, manter o controle e pensar claramente. Se estava ou não inspirando restinhos dos mortos já não importava mais. Não era hora de ter nojo, era hora de achar Morgan!

Mas pelo jeito, estavam longe de achar a amiga lufana. Quando o auror abriu a porta bloqueada pelos destroços, Becky mal teve tempo de pensar “Mas eu vi ela entrando, como ela conseguiu?” e teve sua atenção direcionada para os ecos das demais portas. Quando olhou a primeira porta, uma sensação de alívio tomou conta de si momentaneamente: “olha lá ela” ia dizer, mas quando olhou com mais atenção para as outras portas, todas mostravam a mesma figura: uma menina exatamente como Morgan passava e fechava a porta.

- Você sabe qual delas é a Morgan? Você sabe pelo menos o que tem em cada porta? - Ela não sabia o que fazer e estava desesperada para ouvir alguém dizer “Calma, está tudo bem, deixa que eu resolvo isso”. Precisava daquela segurança que os adultos fazem os mais novos sentirem, e olhava para o auror quase que implorando para que ele correspondesse a esta expectativa.

Mais uma vez olhou para o corredor e espremeu os olhos, como se isso fosse ajudá-la a enxergar o que estava por trás das paredes. Onde morgan estaria?

Será que ela tinha visto as criancinhas também? Será que ela não percebeu (DE NOVO?) que eram crianças mortas e foi atrás? Se tratando da Morgan a gente nunca pode contar com esse tipo de bom senso. Pessoa que pede desculpa pra um defunto pela deselegância de soltar o seu braço, não é das mais atentas né?

- Ela deve ter seguido as criancinhas. - disse sem ter certeza se o homem saberia o que ela queria dizer com isso. - Eu conheço a peça! Temos que pensar: se você fosse uma criancinha, para qual porta iria?

Becky nunca tinha vivido uma situação como aquela, mas vinha duma família muito chegada a competições e apostas. Para isso ela tinha algum treino, e mesmo que toda a lógica não fosse ajudá-la naquele momento, sua única escolha era apostar todas as fichas no que sua intuição dizia: siga as criancinhas.

- Provavelmente essa aqui, eu acho...- disse sem muita certeza indicando a porta que estava bloqueada por destroços. Afinal, crianças gostam de uma bagunça dessas. - Vamos como no plano inicial né? Acho que se afastarmos essas coisas, bom, quer dizer, você afastar essas coisas.... quem sabe ela está aqui? - era notável a falta de convicção nas suas palavras. - De qualquer forma vamos checar uma por uma certo? - perguntou dando mais uma chance para o auror afirmar que tudo ficaria bem. Era só o que ela queria ouvir.

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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por RPG Enervate Sáb Set 22, 2012 10:38 pm

O membro 'Rebecca W. Lehner' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por Morgan LeGuin Dom Set 23, 2012 11:19 am

Off & Resumo:


Ahh, a beleza de num sábado a tarde curtir uma viagem inesquecível com a BFF. As risadas, e também as provocações e opiniões. Comentando sobre como o irmão fora malvado em roubar uma vassoura, e rir de possíveis pretendentes (Menos de Antonin, que tirava o sorriso na hora da lufana.) reclamar sobre uma caixa de chocolate perdida... ahhh o mundo é belo e...

Quando Morgan se dá conta que estava ligeiramente perdida, já era tarde demais. Como se ela estivesse no escuro, e uma luz vermelha piscante gritasse O(S) PLANO(S) Danger estivesse sido acionada apenas naquele minuto! Num piscar de olhos, e ela se viu correndo atrás de uma menina que nunca tinha visto na vida e parecia ligeiramente carente de atenção e, se já não bastasse, ela se viu num lugar completamente... familiar. Oh holy shit.

Mas vamos por ordem, certo?

Corria atrás da menina, escadas acima, ofegando feito cachorro que corre atrás do caminhão da mudança. O mais engraçado, era que a menina parava e esperava quando a lufana dava uma descançadinha. Com a varinha em punho, perdeu as contas de quantos lances de escadas subiu, mas foram um bocado. Quando acabou o lance, tinha apenas uma porta fechada. Morgan olhou para os dois lados a fim de procurar a menininha, mas nem sinal dela. Decidiu espertamente abrir a porta.

O que encontrou foi uma cabine em perfeito estado, mas que coisa doida meudeus. Será que não pensaram em se refugiar ali? Quando ela virou o rosto para o corredor novamente...

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A coisa mais estranha (ok, vou começar a parar de falar isso, tudo é esquisito e cansa repetir.) aconteceu! Agua começou a inundar o lugar, ela tentou dar leves passos para trás, só que não conseguiu. Crianças corriam com dificuldade pela agua até o joelho, alguns choravam, outros gritavam. Tinha um monitor apavorado que tentava por ordem e só conseguiu... acabar com um mar de sangue a sua volta quando foi engolido por alguma coisa naqueles trinta centímetros de agua que cresciam rapidamente.

- OH HOLY CRAP. – Gritou ela ainda de olhos arregalados ao notar o tubarão. FUCK FUCK. Ofegou e paralisada observava a cena.

Quando piscou os olhos tudo mudou. Não era mais claro e nítido, era escuro e sem foco. Agua respirável em todo canto. Soltou um ‘oh’ e uma das bolhas de ar restante dos pulmões saiu amigavelmente por sua boca. Estava num corredor cheio de cadáveres, e se não bastasse isso, reconhecia a maioria deles. Se movendo levemente de um canto a outro, conforme a mare seguia. Os olhos esbugalhados, bocas escancaradas, cabelos flutuando em todas as direções. A cabeça daquele monitor jogado embaixo de uma mesinha. Engoliu em seco. Se eles estavam ai... cadê o...

A menina. Vamos chama-la de Shirley (Dando uma de Dom Quixote de la Mancha e nomeando meninas desconhecidas para se tornar mais intimo delas). Ela apenas a observava, o coração de Morgan quase parou com aquela cena, mas sabia o que tinha que fazer. Caminhou pelo corredor, pedindo desculpas sempre que tocava um cadáver, em busca de Shirley. Ao chegar na porta aberta, LeGuin prendeu a respiração.

Era uma cabine! IDENTICO! Dois bancos, o lugar onde as malas podiam ser colocadas ali em cima, a janela... Podia pular de lá pela janela? E se ela pulasse pela janela e caísse fora do trem? LEMBRA-SE MORGAN? VOCÊ AINDA ESTÁ NO TREM MINHA FILHA. Devagar foi entrando, viu Shirley sentadinha de mãos sobre o colo, olhando a frente e então virou sua atenção a Morgan.

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- Shi... Shirley eu...

Sandman, come to me tonight. Comfort me till morning light. As darkness falls and shadows loom, I bid you welcome to my room. Rest your bones beside my bed, lay your hands upon my head. Cast your spell of slumber deep, and stay beside me as I sleep... If I should die before I wake, I grant to you my soul to take.

Lembra lá em cima que eu disse que a luz vermelha piscava e seis letrinhas brilhavam? Pois é, aquela voz gelou o sangue da menina lufana, os olhos se arregalarão e o instinto de sobrevivência tomou conta. Engolindo em seco de novo, ouvia a sirene de alerta em sua mente. ‘DANGER DANGER DANGER, SAI LOGO DAI CRIATURA’. Afinal, ela queria um cafunezinho para dormir. MORGAN QUERIA RESPOSTAS SHIRLEY, RESPOSTAS!!! E você precisa de uma pastilha Walda para essa garganta, ô vozinha medonha meu pai eterno.Mas antes de dar no pé, a lufana se viu rodeada de criaturinhas de no máximo, um metro e dez centímetros a sua volta.

Olhou para aquela cena sem entender, sera que aquela vaquinha tinha chamado os amiguinhos? Mas por que levar ela ai? Oh shit, ela sabia por que. Olhou ofendida para Shirley. Bad Girl, Shirley. E fez biquinho. Com essas visões de como todos morreram, ela ficou intrigada e deixou para tras Rebecca e o auror, estava sozinha. GREAT, MORGAN! Agora estava fodida, já que nos filmes de terror, quando se afasta dos amiguinhos a pessoa morre, e ela era jovem demais para morrer, E AINDA ERA VIRGEM, GENTE, ALGUEM TENHA PIEDADE!!!

Mas a pior parte estava por vir, aquelas pivetadas tentavam toca-la. Tudo bem que eram fantasmas, e aquele garotinho de mascara lhe dava medo, mas isso não justificava que ela QUERIA ser tocada por aqueles monstrinhos semi-comidos e cuspidos fora por sei-la-o-que.

Você é nossa mamãe? Você veio pra ser nossa mamãe?
- O que, criança?

E todas começaram a pedir, se ela era a mae daquelas pestes. POR FAVOR, olhem bem para Morgan, ceis acham mesmo que ela tem idade para ser mamãe de bichinhos pavorosos? Teve vontade de fazer isso:

Spoiler:

Mas não fez(ainda.) Cercada e sem ter para onde correr, as crianças caminhavam lentamente pedindo e pedindo.

Você veio pra ficar aqui com a gente? Você veio pra nos salvar? Por favor, seja nossa mamãe...

E seu instinto materno falou mais alto.

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- Oh, crianças. – Ela disse doce, e o instinto de sobrevivência plus, versão materna, entrou em ação. Ela colocou as mãos nas cinturas, olhando irritada para todas elas, como uma mãe que dá bronca em alguém. – QUE FEIO! Estou decepcionada!

As crianças hesitaram por um momento. O que fez Morgan continuar em sua atuação.

-DECEPCIONADISSIMA. Isso são MÃOS que se apresente? Olhem para essas unhas? E cade as suas? – Apontou para um garoto sem mãos e meneou desgostosa. - Eu já disse para não brincarem como que não conhecem, NÃO DISSE? VOU CONTAR TUDO PARA O PAI DE VOCÊS, ele vai acabar com sua raça. Esquivando-se de qualquer toque, a lufana lançou um olhar para Shirley como se estivesse magoada, mas logo ergueu as mãos para cima e olhou para a porta.

-TODOS, PARA OS QUARTOS DE CASTIGO AGORA! SÓ SAIAM DE LÁ NA HORA DO JANTAR! Ohhhhh! – Avisou. - Não me façam contar até três. – Ela continuou olhando para todos como uma mãe super irritada, seus olhos se abriram, suas narinas também. Oh sim, imitava Tia Morgana divinamente. – UM.


Última edição por Morgan LeGuin em Dom Set 23, 2012 11:22 am, editado 1 vez(es)
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O(S) PLANO(S) Empty Re: O(S) PLANO(S)

Mensagem por RPG Enervate Dom Set 23, 2012 11:19 am

O membro 'Morgan LeGuin' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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O(S) PLANO(S) Empty O Caminho Perdido! A súplica de um geist.

Mensagem por Destino Qua Set 26, 2012 10:38 pm

Spoiler:

Vagão-Cargueiro.
15h.

O auror olhava um pouco perdido pras portas que se fecharam, ouvindo as perguntas da jovem monitora. E tudo que ele conseguia pensar era em quantas vezes podia amaldiçoar aquela mulher-peixe por isso. Ela fizera de propósito, ele tinha quase total certeza... Despertando de suas ruminações, olhou pra Rebecca, que tinha acabado de fazer várias perguntas e estava com aquele rostinho de aflição do tipo que desejava um abraço ou que ele fizesse um tom sério e falasse com bastante autoconfiança que ele daria um jeito em tudo. Olhando a menina nos olhos, apesar do vidro do escafandro não estar permitindo tanta visibilidade do rosto dele, ele colocou a mão em um dos seus ombros, respirou fundo e disse:

— É... Estamos ferrados. — levando a mão à cabeça, onde estaria a testa, ele virou-se pras outra portas. Seu tom de voz cada vez mais nervoso... — Onde eu estava com a cabeça?! Pedir remoção do setor de contabilidade pro de aurores? Eu devia ter ouvido mamãe! O pior de tudo é que eu começaria só segunda, mas nããããooooo, quis bancar o competente, mostrar pra todo mundo que eu tinha capacidade... Bem feito, bem feito, bem feito... — voltando o olhar na direção da garota, ele disse. — Eu pensei que o papo de “se você sair do caminho perdido, sua alma poderá ser levada” era um trote de muito mau gosto da mulher-peixe que queria me assustar! Porque hoje é meu primeiro dia como auror! E no treinamento não tinha nada sobre o que fazer num navio-fantasma! Nós precisamos sair daqui!

O auror saiu “correndo” na direção da porta de entrada, puxando Rebecca consigo. A garota acabou sendo puxada, mas chegando próxima à porta, ela sentiu algo estranho... Diferente... Aquela quantidade de espíritos ali, aquela energia toda, fazia aflorar certas ressonâncias mentais, sua sensitividade. E, de alguma forma, Rebecca sabia: Morgan subira aquela escadaria que estava perto da entrada principal. Ela podia quase ouvir a amiga, como se os seus pensamentos estivessem ecoando na voz dela. Soltando o auror, ela dirigiu-se na direção das escadas. O auror parou, vendo a garota correr no sentido contrário. Cerrando o olhar, ele fitou a porta dupla de saída daquele salão maldito, só mais alguns metros e estaria fora daquele pesadelo... Só mais alguns metros...

***

Percebendo claramente que a situação não estava nada boa pra ela, Morgan procurou agir da melhor forma que podia improvisar naquele momento. Ela viu algumas das crianças pararem e ficarem observando aquela sua interpretação de mãe rígida... Algumas até fitavam as suas unhas, fechando as mãos logo em seguida, envergonhadas. Mas dez daqueles espíritos não reagiram à atuação de Morgan, ao contrário, continuaram avançando, enquanto a garotinha apenas disse:

— Ela aceitou ser nossa mamãe. Venha conosco, então, mamãe...

Morgan viu aqueles dez fantasmas repetindo essas palavras e buscando usar de sua agilidade, ela conseguiu sair da sala, rolando um pouco até o outro lado da parede – o ar líquido facilitava sua movimentação, principalmente por ela poder nadar nele. Quicando na parede, ela preparou-se pra pegar impulso, quando sentiu uma mãe gélida em seu tornozelo. Uma outra mão a segurou no braço e por fim, a garotinha aproximou-se, repetindo:

— Venha conosco, mamãe!

Uma sensação de tontura e muito frio percorreu Morgan, enquanto ela sentia seu corpo perder as forças, como se estivesse sendo drenada. Como se toda sua vida estivesse saindo do seu corpo e indo para aqueles espíritos, como se ela estivesse deixando de existir, como se estivesse sendo esquecida... Como aquelas crianças foram... Num piscar de olhos, os dez fantasmas a estavam segurando, puxando-a... Mas puxando-a pra onde? Morgan viu uma luz forte abaixo de seus pés, no piso do navio e vários outros braços saíram da luz, enquanto várias vozes, como em uma multidão de fantasmas, repetiam:

— Venha conosco, mamãe!

***

Um grito ecoou no navio. Rebecca parou no degrau da escada, alarmada. Era a voz de Morgan. Reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Mas ao mesmo tempo que ouvira e reconhecera a voz da amiga, parara de senti-la. Havia apenas um vazio onde antes ela conseguia sentir a presença da amiga, como se ela tivesse partido, como se não existisse mais, como se... estivesse morta. Saltando de dois em dois degraus, pegando impulso e nadando para tentar chegar mais rápido, Rebecca abriu a porta das escadas com força total, de varinha em punho. À sua frente havia apenas um corredor, que levava a diversas portas, como se fossem portas de cabines. Não havia corpos, não havia nenhum espírito, sombra e até as luzes que estavam piscando anteriormente, quando Morgan chegara ali, tinham parado de piscar.

Parada no meio do corredor, deitada, estava Morgan. Ou o que parecia ser o corpo dela. Estava pálido, seu rosto olhava na direção de Rebecca, mas parecia olhar para o vazio, as pupilas estavam imóveis. Ao lado da garota, segura por sua mão esquerda, estava uma vassoura. Rebecca reconhecera a vassoura, era o motivo daquela expedição insana ao vagão de cargas... Só que talvez isso não importasse mais... Estática, chocada por aquela cena, em que talvez o pior tivesse acontecido, ela viu alguém passar rapidamente por ela, nadando. Era o auror, mas ele estava de pés descalços. Provavelmente deixara as botas pra trás pra poder mover-se rapidamente e também estava sem o capacete, permitindo que seu rosto ficasse visível (off: só clicar aqui). Ele checava o pulso de Morgan e com um sorriso no rosto, disse:

— Está viva. Foi só um choque... — ele pegou Morgan nos braços, levando-a até a amiga. Ele deu um sorriso um pouco sem graça, olhando pra Rebecca bem fundo nos olhos e disse. — Desculpe pelo ocorrido no salão. Eu me desesperei por não estar acostumado com situações que eu não tenha controle sobre elas... Até ontem eu tinha controle de tudo em minha vida, números, rotina, segurança... E eu larguei tudo isso em busca de um sonho. Mas naquele instante ali, no salão, eu entrei em desespero. E vê-la persistir por sua amiga, sendo mais nova, e mesmo você estando com aquela expressão que precisava de um amparo... Me fez lembrar o porquê que fiz essa escolha e a razão pela qual não posso desistir. Muito obrigado mesmo, senhorita. — sentindo Morgan se mexer, ele voltou o olhar na direção da garota aventureira e continuou. — Acho que... um enervate pode fazê-la voltar ao normal. Gostaria de ter a honra?

***

Spoiler:

Ela não sabia onde estava, as noções se confundiam. Morgan encontrava colegas seus, de adolescência, em uma lembrança que era de uma época que ela mal andava, bem como via pessoas que se foram, agora em momentos de sua atualidade, como na Plataform 9 ¾. Mas, fosse qual momento ela revivesse, de quem ela lembrasse, a garotinha estava sempre lá em suas lembranças. Diversas e diversas vezes, Morgan podia sentir a solidão daquelas crianças, o sentimento de vazio, de perda, de esquecimento... Ela conseguia ouvir diálogos, vários diálogos ao mesmo tempo, algumas das vozes conhecidas, eram daqueles alunos mortos no acidente do navio... Ela via cenas dessas crianças brincando com amigos, diferentes tipos de amigos, antes do acidente...

Duas criancinhas brincavam em um balanço, um garoto empurrando a menina que ria bastante a cada empurrão no balanço, que a jogava para o alto. Morgan reconheceu a garota, era a garota que vira no navio. Eles brincavam e Morgan podia ouvir as vozes deles, bem como sentir a alegria da garota. A alegria de que não importava o quanto o mundo pudesse ser um lugar ruim, tudo estava bem porque ela tinha um amigo de verdade. A cena mudou e os dois caminhavam pra casa, um pouco mais velhos, com seus nove anos.

— Eu sempre me sentirei bem ao seu lado. — falou a garota.

— Você é minha amiga, Corey. — respondeu o garoto.

— Você sempre estará ao meu lado? Estará? — perguntou ela.

— Juro que estarei. — respondeu ele, que foi abraçado por ela.

A cena novamente mudou. O garoto, com seus doze anos, entregava pra mãe uma caixa com alguns pertences. Sua expressão estava séria e a da mãe, preocupada.

— Você tem certeza? São coisas que a Corey te deu.

— A Corey morreu! Ela deve ser esquecida. — ele respondeu, em um tom frio. E Morgan pôde sentir aquele calor, aquela felicidade desaparecendo, como se ela estivesse sendo esquecida... A cena mudou e Morgan pôde-se ver na cabine do navio, vazia, com a menininha. Ela dizia, abraçando o ursinho...

— Se você não se lembra de algo, isso nunca aconteceu. Se você não é lembrado, é como se você não existisse. — os olhos marejados voltaram-se na direção de Morgan. — As pessoas só existem devido à lembrança das outras... Por isso confiamos nosso coração aos nossos amigos, para que, se morrermos, possamos continuar vivos neles. — lágrimas começaram a percorrer a face da garotinha, que abraçou o urso mais forte, enquanto as lágrimas umedeciam os mesmos. — Esqueceram da gente, mamãe...

Um estrondo alto ecoou fazendo Morgan cobrir os ouvidos. A garotinha olhou assustada para Morgan, enquanto o barulho, como se alguém estivesse quebrando vidros, continuou. Ela começou a falar com Morgan, embora a garota só entendesse alguns trechos:

— São os... Eles estão furiosos... Traídos... Esquecidos... Tentando voltar... Você tem que nos proteger deles, mamãe... Você tem que proteger a todos... Encontre o perdido... Impeça-os! E... tem que... Vá!... Por favor, mamãe... Não nos esqueça... Permita-nos viver... em seu coração... — a garotinha abraçou Morgan, que sentiu uma forte vertigem.


Morgan podia ouvir vozes ao longe. Aparentemente de Rebecca e de um homem, mas tudo estava muito confuso. Ela não sentia controle do seu corpo, nem controle dos seus pensamentos, parecia que tinha tomado uma grande quantidade de álcool com drogas ilícitas que a impediam de pensar em algo, só sentia-se fraca... Incapaz de levantar-se por si só. Sem que o auror e Rebecca percebessem, em sua conversa, uma marca tinha surgido no braço esquerdo de Morgan.

Spoiler:

Olá.
Becky: tirou 9 nos dados pra um teste de Intuição. Total foi de 18 [9 (dado) + 2 (Sabedoria) + 5 (Perícia Treinada) + 2 (1/2 do nível)], contra uma CD Normal (15; 18 > 15), portanto Rebecca conseguiu localizar exatamente por qual porta Morgan seguira.
Morgan: tirou 9 nos dados pra um teste de Atuação e 13 nos dados pra um teste de Esquiva. Morgan, você tem que especificar na ficha qual a especialização de Atuação, mas como está tentando assumir um papel, eu vou considerar que foi dramaturgia. Wink Atuação: total foi de 19 [9 (dado) + 3 (Carisma) + 5 (Perícia Treinada) + 2 (1/2 do nível)], contra uma CD 23 [17 (dado) + 1 (Sabedoria) + 5 (Perícia Treinada: Intuição)], 19 é menor que 23, portanto não conseguiu persuadir os garotos, que continuaram avançando. Esquiva: total foi de 20 [13 (dado) + 3 (Destreza) + 5 (Perícia Treinada) + 2 (1/2 do nível)] contra CD 22 [6 (dado) + 2 (Destreza) + 5 (Perícia Treinada: luta) + 9 (10 fantasmas atacando ao mesmo tempo, cada ataque além do primeiro dá -1 na defesa)], 20 é menor que 22, portanto não conseguiu esquivar-se de três dos fantasmas (22, 21 e 20), que a tocaram – aliás, por isso é recomendável não enfrentar adversários em desvantagem numérica.
Roleplay, meninas. Só lançar o Enervate que a Morgan acorda, Rebecca. :D Missão cumprida e quest pode ser dada por encerrada, a menos que desejem algo mais - mas por enquanto, acho que Morgan vai precisar de um descanso em uma cabine, com água de verdade e chocolate pra recuperar energia. Smile Let’s Play! Smile Bonanças.




Última edição por Leishmaniose em Qui Set 27, 2012 1:44 am, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : Olá. Inserir os resultados. 2ª edição pra inserir o título. Bonanças.)
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Mensagem por RPG Enervate Qua Set 26, 2012 10:38 pm

O membro 'Destino' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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Mensagem por Rebecca W. Lehner Ter Out 09, 2012 1:37 am

Spoiler:

Becky olhava para o auror na espera de respostas, de ações, de resoluções. Ele era sua única esperança, mas ela não cogitava seriamente que algo fosse pudesse dar errado, afinal, tinha um adulto responsável com ela, um dos bons, um do ministério. Se a gente tem que apostar as fichas pra salvar a vida da amiga em alguém, apostar em um auror treinado pelo ministério não era tão ruim assim. Imagina, tudo ficaria bem, ela provavelmente estava exagerando e ….

— É... Estamos ferrados. — Oi? ok, não era esse o rumo da prosa que ela estava esperando.

E pronto, você dá uma trelinha de nada e eles desandam a falar como se estivessem no divã. Setor de contabilidade? Devia ter ouvido a mamãe? A MAMÃE?? Cê jura? Primeiro dia? Ele estava claramente entrando em pânico e levando Becky para o mesmo caminho.

- Como assim??? Você tem que saber o que fazer aqui! - mas o homem continuava falando e não a escutava. - Pára! Sua MAMÃE não te ensinou modos não? Ei pera aí, me solta seu coiso! - agora não só ele ignorava suas palavras mas tentava puxá-la no caminho oposto ao que deviam estar indo. Provavelmente devia estar pensando que era melhor garantir né? Melhor salvar uma aluna do que nenhuma. Aquele velho papo de antes um na mão do que dois voando ou algo assim.

Rebecca jogava todo o seu peso para as pernas e tentava se manter no mesmo lugar. Só contextualizando: ela era mais teimosa que uma mula, corria todas as manhãs e por isso tinha pernas fortes para sua idade. Eu não sei dizer se era o pânico falando ou se aquele homem era realmente muito forte mesmo, mas o fato é que mesmo que todas as células da monitora lutassem contra isso, ele conseguia arrastá-la mesmo assim.

- A gente não pode fazer isso! A Morgan! A MORGAN! - continuava falando, quase gritando, cada vez com menos esperança de ser levada em consideração. Pensava na amiga e o pânico ia crescendo dentro dela. Onde Morgan estaria? - Espera aí, eu não acredito que você tá fugin... - e parou de falar abruptamente, pois a sensação de calafrios fez com que se calasse.

Sentiu um arrepio na espinha e um frio na barriga ao mesmo tempo, na verdade, um frio em todo o seu interior. Involuntariamente, ela se chacoalhou toda para se livrar da agonia do arrepio que percorreu todo o seu corpo e com esse movimento, acabou se desvenciliando do auror também.

Enquanto tudo isso acontecia, ela só pensava em Morgan e de repente, ela simplesmente sabia. Ela sabia onde Morgan estava, ou pelo menos o caminho que tinha feito. Ela sabia onde eles deveriam ir. Ela não seria capaz de explicar como, mas ela simplesmente sabia. Era como se estivesse no cenário de um filme que já tinha visto e sabia tudo o que tinha acontecido. Sem nem mesmo pensar, seus pés a levaram em direção às escadas, seguindo o rastro da passagem de Morgan como um cão farejador. Com varinha sempre em punho, pela primeira vez desde que se perderam, a monitora agia com convicção. Faria o que estivesse a seu alcance mesmo que o auror amarelasse. E se sobrevivesse, iria reclamar com o setor responsável, ah ia (existia um SAC de aurores? precisava perguntar a alguém..).

Estava nesse raro momento de sensitividade quando um grito a trouxe de volta ao presente- um grito de Morgan. Rebecca conhecia todos os estilos de gritos da amiga, os de raiva, de risada, de irritação, de alegria, de vitória, de chilique, e aquele grito em questão era o de pavor. Avaliando a situação rapidamente. Lado bom: Morgan ainda estava viva. Lado ruim: tava meio puxado pra ela se manter assim.

A monitora tentou recuperar a conexão com o seu lado sensitivo, mas não conseguia sentir mais nada. Queria muito acreditar que isso se devia a sua falta de dom (o que se pararmos pra pensar, era bem capaz), mas temia que não houvesse mais vida para ser sentida. Não! Ela não podia trabalhar com essa hipótese.

- Rápido!!!- disse em um chiliquinho, meio que para si mesma, meio que para o auror. Com toda a velocidade que conseguia se mover naquele ar líquido, nadando/correndo como se sua vida dependesse disso também, a menina rumou até a porta no fim das escadas e a abriu com uma força que só Deus sabe de onde veio.

Estava em um corredor. Mantinha a varinha firme em uma mão levemente trêmula, enquanto a outra mão se mantinha fechada, pronta para dar um soco se fosse preciso (às vezes o seu reflexo mais rápido - culpa dos irmãos obviamente). A monitora esperava que algum monstro ou assombração (o que quer que tenha feito Morgan gritar) fosse atacá-la a qualquer momento. Estava pronta para se defender mas nada se movia no corredor. A falta de movimento era mais apavorante do que se um monstro tivesse pulado no pescoço dela, afinal teria que lidar com alguma coisa que ainda lhe era desconhecido. Porque convenhamos né? Todo mundo já sabia que dali coisa boa não ia sair. Ninguém tava nesse barco a passeio, só as duas lufanas tontas.

Mas essa tensão durou só frações de segundos, porque a tensão de verdade estava logo ali. Contra tudo que ela esperava, no fim das contas não apareceu nenhuma criança assassina para pular em seu pescoço. Muito pior que isso: as criancinhas fizeram o serviço sujo e deixaram Morgan ali, estatelada no chão e aparentemente sem vida.

Morgan. Sem Vida. No chão. OLHANDO PRA ELA. (Que horror, olha pra lá vai! Vira!)

Rebecca sentiu como se uma pedra pesada tivesse caído no seu estomago com tudo e seu coração acelerava em seu peito. Tentou gritar mas sua voz lhe faltou. Encarava Morgan no chão e a morena a encarava de volta com aquele olhar sem vida. Rebecca era incapaz de se mover. Estava em choque e não conseguia esboçar qualquer reação. Viu um vulto passando por ela mas continuou parada como uma estátua. Não tinha mais consciência de espaço ou movimento. Não sabia se mexer, só sabia assistir aquela cena. Sentia lágrimas escorrendo no seu rosto mais uma vez, enquanto via o homem ir ao socorro de Morgan. Queria perguntar se existia alguma cura para o que a amiga tinha, mas mais uma vez não conseguiu concatenar as ideias e seu corpo simplesmente não obedecia as ordens de seu cérebro.

Que tragédia! Aquilo não podia ser real. Elas só estavam indo pra Hogwarts como todo ano. Só estavam tentando passar a perna nos irmãos, como faziam todos os dias. Irmãos...como contaria para Mord. Os pensamentos da menina divagavam em lamentações e já se via pensando em Morgan com aquelas criancinhas que tinha visto mais cedo quando auror deu o seu diagnóstico:

— Está viva. Foi só um choque... — a respiração de Rebecca ficou instantaneamente mais leve e o choro de nervoso mais forte. Buscava secar as lágrimas com as costas das mãos mas muitas outras tomavam conta do seu rosto enquanto soluçava.

- Viva! Eu não acredito! - falava entre soluços - Ai Morgan, como você faz isso com a gente? - sentiu uma paz imediata. O alívio, a alegria...sabe a hora que elas acharam que iam morrer afogadas e descobriram que não iam mais? Então, multiplica essa alegria um montão. Aos poucos sua respiração ganhava um ritmo normal novamente e seu choro dava espaço para um belo sorriso. Tudo estava bem mais uma vez. Até tinha um homem bonito falando com ela todo sem jeito (não estava sem jeito por causa dela nem nada, mas né? É sempre bom..).

- Imagina, tá tudo bem. - e fez aquele movimentinho com a mão tipo “ah bobagem! deixa disso”. - O importante é que quando eu entrei em pânico você salvou a minha amiga, né moço? Então tá tudo bem. - Porque na cabeça dela, o moço bonito tinha salvado a vida de Morgan. Ela já nem queria chamar SAC de aurores nenhum. - Mas cê é novinho né? Tá começando, eu sei...mas vai ser um auror dos bons... - em outros tempos Becky passaria um belo sermão num auror que quase a fez deixar a amiga de lado contra a sua vontade, mas estava exausta, estava contente e não tinha espaço dentro dela para passar sermão em ninguém. Além do mais, a impressão que tinha do auror tinha mudado mais uma vez.

Engraçado isso de como a gente rotula as pessoas rapidinho. Ela mesma já tinha rotulado o cara 3 vezes nesse meio tempo.

Quando chegaram: super auror do ministério, estilo agente secreto.
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Depois, virou o nerdizinho da contabilidade da mamãe.
O(S) PLANO(S) Kiko

E agora ele tinha tirado o capacete, era jovem, bonito, e resgatava sua amiga viva, era o príncipe do mar.
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Estava lá admirando como a vida e sua companhia é bela quando notou que o auror esperava uma resposta sua. O que era mesmo? Ai! Morgan! Acordá-la! Claro!

- Eu faço, eu faço então. Enervate - disse sem mais, com um movimento de varinha, e Morgan despertou. Estava fraca e atordoada, mas estava acordando e definitivamente viva. Um lado seu queria dar uma bronca na amiga e talvez até deixasse pra lá aquele papo de estar cansada demais para sermões para este caso, mas um outro lado maior ainda (chamado NOÇÃO) se via numa mescla de culpa, vontade de pedir perdão, e ao mesmo tempo aquela felicidade plena simplesmente por estarem ali. Ansiava por dividir todo o sentimento com a amiga mas Morgan estava exausta, e murmurava umas coisas que não faziam muito sentido.

- Shhh! Fica quieta. - Becky queria ser delicada e zelosa em suas palavras, mas não conseguia não soar mandona. - Você tem que descansar agora. Vamos...esquece o uniforme e a gwen. Vamos embora....

Foi só quando a monitora foi ajudar a amiga a se levantar que reparou na vassoura ali do lado. Epa! Era Gwen! A menina arregalou os olhos de surpresa e desconfiança. Gwen deveria estar com as bagagens de Josh e de jeito nenhum a lufana morena teria conseguido ir até lá por aquele caminho. Uma vozinha na cabeça de Rebecca a dizia que a vassoura estar lá era obra daquelas criancinhas.

“Quem mandou? Com o Josh a vassoura pelo menos era segura. Agora vai saber se essas criancinhas não fizeram uma mandinga ai...” lamentava-se em pensamento. Rebecca amava Gwen, mas não sentia mais segurança para tocá-la. Vai que Morgan tentou pegá-la e por isso teve o piripaque? Ela não ia arriscar não..

- Olha só quem veio...- dizia em falso tom de surpresa - minha vassoura, a Gwen. Que coisa mais esquisita, né moço? Bom, acho que vou levar ela comigo então né? - o que mais ela podia fazer? Não podia deixar a vassoura no navio naufragado pra sempre. Mas Rebecca não é boba nem nada e ela que não ia pegar a vassoura com a mão. Com um feitiço fez a vassoura levitar do seu lado, enquanto ajudava Morgan (que ainda estava meio desorientada) a andar em direção a saída. Queria sair dali o quanto antes.
Rebecca W. Lehner
Rebecca W. Lehner
Aluna

Série 5º Ano

Escócia
Age : 26
Sangue Puro

Cor : DarkViolet

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O(S) PLANO(S) Empty Finalizando a RP.

Mensagem por Morgan LeGuin Qua Out 17, 2012 4:02 pm

Resumindo:

Estava com as mãozinhas na cintura, olhando feio para as crianças que até observaram as mãos de forma envergonhadas. Porem Shirley (ah que decepção você, Shirley) disse algo que fez gelar seu coraçãozinho. Coisas que apenas crianças malvadas do contra dizem. “ela aceitou”.

- Shit.

Vendo que tinha espíritos demais para mandar, como numa sala de aula com crianças medonhamente grandes e rebeldes, ela tentou escapar, flutuar no ar-liquido e dar o fora. O problema foi que ela não era tao ágil ali, tudo ficava em câmera lenta, tudo estava confuso, e apenas o ‘fodeu fodeu’ gritava em sua mente. O que será que eles iriam fazer com ela? Mordendo o lábio inferior, se esquivou, mas eram muitos.

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Quando sentiu a parede fria e áspera nas costas, até se sentiu feliz, porem não durou muito, já que ao dar o impulso, seu corpo estancou ali. No tornozelo aquela mão gelada de cadáver encostou, seu rosto mudou completamente, de fingida ‘dona da razão’ para ‘alerta pânico iminente’ e escorregou pela parede até tentou chutar a coisa do seu pe, mas outras mãos a seguraram e o pânico crescente, o medo, o pavor, a loucura.

- Venha conosco, mamãe!
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- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH

Puxada para baixo, naquela luz estranha que iluminava tudo, sentiu-se fraca. Faltava-lhe ar, coisa esquisita para sentir. A voz foi perdendo a força, se debatia e até isso começava a ficar fraco e, como se tudo fosse em vão, mais mãos cheios de dedos a subjugaram, puxando-a para o abismo.

‘Então é assim que se morre? De verdade?’

Pensou enquanto a garganta ardia, o gosto de sangue encheu a boca, os olhos pesaram. Pensou em toda sua vida e pela primeira vez no navio, não ficou triste por morrer virgem, e sim pelas crianças. Pelo menos ia se unir a elas, cuidar delas, dar vários castigos, mantendo todos os outros longe, bem longe dai. Mandando Becky em segurança para casa.

- Oh Re, desculpe.

Desistiu de lutar, fechando os olhos. O ultimo suspiro...

— Venha conosco, mamãe!

A luz se transformou em escuridão. As vozes tinham cessado e então ela abriu os olhos. Vozes distantes de volta aos poucos. Conversas desconexas. Aquela parecia uma plataforma. Pessoas conhecidas e levemente familiar, todas juntas. Todas falando ao mesmo tempo. Era como se ela fosse inexistente ali, vendo todos, ouvindo todos e ninguém a enxergava. Passava direto por ela!

- Marian me deve um novo par!
- Queria tirar nota boa nessa matéria, se pelo menos essa pena pudesse colar...
- Querem sapos de chocolate?
- Olha que roupa ridícula!
- Minha mãe vai se separar do meu pai...

- Shirley? Shiiiirley? O que está acontecendo?

- Aquele Fullside! Vou acertar meu taco na cabeça sebosa dele pra ver se ele gosta.
- Não esqueça a toalha!
- 42!

Crianças que ela vira morta, agora brincavam com crianças que não tinha visto ainda. Estavam felizes e inteiras, como se não soubessem o que as aguardava. Era triste, sabe? Seu peito ardia de tristeza e os olhos queriam largar lagrimas, mas nada saia. Nem sabia se respirava, ou era apenas reflexo de uma alma perdida. Estaria ela própria morta e Shirley era o fantasma do verão passado?

- Não, não quero mais! A lufana fechou os olhos forte, depois de ver Rebecca falando de Nathan e aquelas outras conversas de pessoas que ela não conhecia, um aperto engasgou seu estomago. Sentiu um calor amigo quando Shirley tocou seu braço. Abriu os olhos e a visão tinha mudado. Tudo era diferente.

Duas crianças brincavam num balanço. O rapaz empurrava a menininha, e ela ria como se não houvesse amanha. Sorriu ao reconhecer. Emitiu um som de mae babona e logo lembrou que Shirley estava mortinha da silva com onze anos ao seu lado, e não era mais aquela menininha sorridente de cinco anos.

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Piscou os olhos, que sentia lacrimejar, quando a cena mudou, e agora caminhava por uma calçada pavimentada, numa rua cheia de arvores. Shirley segurava sua mão, observando um casal de crianças mais velhas que as anteriores. A menininha falava, seus olhos mostravam apreensão devida a importância das palavras emitidas.

— Eu sempre me sentirei bem ao seu lado. — falou a garota.

— Você é minha amiga, Corey. — respondeu o garoto.

Corey? Serio? Mas você tem cara de Shirley! – A menina sorriu enigmática e apontou.

— Você sempre estará ao meu lado? Estará? — perguntou ela com seus nove anos.

— Juro que estarei. — respondeu ele, que foi abraçado por ela.

Morgan viu a cena com ternura, a menina Shirl...digo, Corey agora se mantinha mais triste do que nunca. A lufana mirou-a com curiosidade e quando voltou a olhar ao redor, estava numa casa vitoriana, uma mulher alta e magra recebia uma caixa cheia de brinquedos, porta-retratos, cartas de um garoto. Os cabelos eram os mesmos, mas os olhos... os olhos denunciavam que ele estava mudado.

— Você tem certeza? São coisas que a Corey te deu.

— A Corey morreu! Ela deve ser esquecida. — ele respondeu, em um tom frio.

Mordeu o lábio inferior novamente, meneou. Aquele garoto tinha sofrido. Sentia isso. Não era mais o mesmo e aquela garota tinha tanto a oferecer. Uma flor podada tao jovem, nem mostrou a que veio, ceifada de forma tão...

- Sinto muito, Shirley-Corey.

Se você não se lembra de algo, isso nunca aconteceu. Se você não é lembrado, é como se você não existisse. — os olhos marejados voltaram-se na direção de Morgan enquanto sufocava Ted com suas mãozinhas. — As pessoas só existem devido à lembrança das outras... Por isso confiamos nosso coração aos nossos amigos, para que, se morrermos, possamos continuar vivos neles... Esqueceram da gente, mamãe...

BUM.

Estar morta tudo bem, mas levar aqueles cagaços? Porran, será que nem morto temos paz nessa vida-pos-mortem? Morgan levou as duas mãos aos ouvidos, ainda abalada psicologicamente pela cena que presenciou, os BUM’S ensurdecedores continuavam, rítmicos.

- O QUE É ISSO, SHIRLEY-COREY? DA ONDE VEM ESSE BARULHO?

— São os... Eles estão furiosos... Traídos... Esquecidos... Tentando voltar... Você tem que nos proteger deles, mamãe... Você tem que proteger a todos... Encontre o perdido... Impeça-os! E... tem que... Vá!... Por favor, mamãe... Não nos esqueça... Permita-nos viver... em seu coração...

- TENHO QUE O QUE? SHIRLEY-COREY, EU... VOU? AONDE? POR QUE? EU NÃO VOU ESQUECER, VOU... ESPERA, EU TO VIVA? Sentiu-se tonta quando abraçou a menininha, oh shirley-corey sua danadinha, então Morgan não estava viva? O som estava ficando mais forte, mais forte, mais alto, mais ensurdecedor. Tudo girava.

- Não vou esquecer você, anjinho.

E depois de murmurar, tudo ficou escuro novamente.

Uma onda de calor percorreu seu corpo, os olhos tentaram abrir, embora estivessem pesados, e totalmente embaçados. Gemeu ao sentir a dor, e murmurou palavras que nem ela entendia o sentido.

- Shhh! Fica quieta. Você tem que descansar agora. Vamos... esquece o uniforme e a Gwen. Vamos embora...

- Re..? Oh, Gwen! Onde está a... – Segurou a mão da ruiva e sentiu o corpo ser puxado. Sem forças, assim que ficou de pé, uma vertigem forte quase fez ela cair novamente, sorte que o ‘hellow, enfermeiro’ estava a postos e segurou-a. Pena que mal pode verificar o material do garoto, já que ele pegava-a no colo delicadamente.

- Olha só quem veio... minha vassoura, a Gwen. Que coisa mais esquisita, né moço? Bom, acho que vou levar ela comigo então né?

Segurando sua mao enquanto o auror a carregava, a ruiva não parou de falar. Morgan olhava para o garoto e parecia com seu irmão, suspirou colocando a cabeça em seu peito, fechando os olhos. Grogue demais para falar, apenas deixou-se carregar para fora.

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Quando chegaram ao final, ou começo, a aurora meio peixe as aguardava. Dando uma desculpa sobre ‘continuar no seu dever’ o auror ficou no navio. Montando na vassoura de Re, as duas acompanharam a sereia até a porta, e num impulso, pularam para fora do ar-liquido.

Caindo no chão da floresta encantada que era aquele vagão, ambas vomitaram todo o ar liquido que conseguiram. Acudidas pelos aurores até chegarem no banheiro, continuaram colocando pedaços de gente morta para fora do corpo, até não restar mais nada.

~ * ~

Finalizando RP. Pode trancar.

Morgan LeGuin
Morgan LeGuin
Aluna

Série 5º Ano

França
Age : 26
Mestiço

Cor : #b88e03

https://www.facebook.com/deise.gretter

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