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Vagao 6 - Cabine 5

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Gerry Vakarian
Anna Blanche
Sam Gupta
Aidan Sheppard
Destino
9 participantes

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Vagao 6 - Cabine 5 - Página 2 Empty Re: Vagao 6 - Cabine 5

Mensagem por Victor Croft Seg Set 03, 2012 9:47 pm

Spoiler:

Chapter Four:
Alone In The Dark.

Graças a... Bem, à objetividade da pergunta feita por Victor, a resposta de Aidan, embora um pouco fria à menção do sonserino Alleborn (não podia ser Gabriella; era sabido que ela viajaria junto com os professores) e do grifinório Vakarian (um dos melhores amigos do monitor lufano – “Weird...”), continha tudo o que o corvinal precisava saber naquele momento: onde estava Sanjaya Gupta. Agora só precisaria distribuir mais algum gracejo, um sorriso simpático e um adeus discreto. “Perfeito!

- Yo-ho, companheiros! – E foi aí que a coisa começou a desandar. /’Eɪɹə Kælvæ’kɑːnteɪ/ pareceu se materializar no corredor do vagão, cumprimentando-os em português (e Victor só sabia disse devido ás origens conhecidas da sextanista). – Estou atrapalhando alguma coisa? – “Só a minha already hopeless vida amorosa...”, pensou Croft, abrindo a boca para inventar alguma desculpa (falsamente) simpática que o ajudasse a escapar daquela reunião de “amigos” (para os padrões dele), quando o quarto integrante saiu de uma das cabine mais à frente e se juntou ao grupo. “Ah, não, Vakarian!

- Opa. – Victor sorriu amarelo; Sanjaya podia trazer à tona toda a simpatia adormecida do monitor antissocial, mas nada durava para sempre. – Ei, Sheppard. Tá tudo bem? – “Oh, no!” Agora eles iam começar o… “Como os Muggle-borns dizem mesmo?Bromance. Quanto mais o tempo passava, mais aquela “multidão” sufocava o corvinal, e ele começou a cogitar a ideia de sair à francesa antes que um quinto integrante aparecesse. Ou uma quinta.

- Algum problema...? – questionou a conhecida voz de Anna Blanche, às suas costas. Agora nunca viajaria na mesma cabine que o setimanista indiano. – Victor, merci beaucoup! – exclamou a francesa, aproximando-se de Croft ao reconhecê-lo para recuperar sua bagagem de mão; imediatamente depois, reparando na ruiva ao lado do rapaz, Anna se apresentou. “Deve estar andando muito com os sonserinos para não conhecer a lufana brasileira”, pensou Victor, um pouco surpreso.

Depois disso, tudo aconteceu muito rápido: Michael Alleborn, namorado de Anna, saiu da mesma cabine de Gerry Vakarian, e o casal começou a discutir sobre algum assunto em que Victor não estava inserido, o que o deixou livre para meditar se não seria mais prudente viajar numa cabine isolada lendo um bom livro e esquecer aquele amor platônico que nutria por Sanjaya Gupta desde o segundo ano. Infelizmente, aqueles minutos dentro de sua mente foram tudo o que o destino precisou para pregar mais uma peça; quando se deu conta, Victor já estava dentro da cabine, de frente para o casal franco-germânico, e, ao seu lado, dividindo o banco, Sanjaya Gupta e – “glup!” – a namorada, Adela Burton.

- Oh... – gemeu o monitor inaudivelmente para os casais apaixonados, ao se dar conta de que estava sozinho na cabine. Era só o que faltava.


Última edição por Victor Croft em Qua Set 05, 2012 12:21 pm, editado 1 vez(es)
Victor Croft
Victor Croft
Aluno

Série 5º Ano

Inglaterra
Age : 27
Sangue Puro

Cor : #006699

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Vagao 6 - Cabine 5 - Página 2 Empty Re: Vagao 6 - Cabine 5

Mensagem por Sam Gupta Ter Set 04, 2012 11:52 pm

Spoiler:


Por um instante muito breve, a vida esteve a um Anthony Blanche de ficar perfeita. Sam ainda chegou a nutrir esperanças de que ele fizesse a bondade de ir atrás do primo, quando então o grifinório teria um valioso tempo a sós com a namorada, mas foi em vão: Blanche continuou sentado do outro lado de Adela, braços cruzados, sobrancelhas franzidas e um bico do tamanho de um bonde. E logo a cabine estava superpopulosa de novo, quando Michael voltou com Anna – esta última trazendo comida.

— Então... vocês querem algum doce? Achei que todo mundo precisava um pouco disso, depois de toda a confusão. — A corvinal não poderia estar mais certa. Sam tinha esquecido o estômago até aquele momento, mas à menção de doces, percebeu que estava com bastante fome. E pelo visto Delinha também, considerando a empolgação da menina ao se deparar com os tabletes de nugá e sapinhos de chocolate. Bastou Sam dar uma beliscada na cintura da namorada e erguer as sobrancelhas com um sorriso e ela entendeu que devia pegar algo para ele também.

Mas antes que o grupo começasse a saborear o lanche, Adela deu uma olhada para Sam com ar inquisitivo, depois olhou em volta. — Uh, gente... Com esse problema do incêndio na plataforma e tal, será que algum de vocês tem como emprestar um uniforme pro Sam? — E então, voltando-se de novo para o namorado: — Você nem parou pra pensar nisso, né, Grandão?

Bom, era verdade que ele não tinha parado para pensar nisso. E não era como se ele tivesse muita escolha, já que seus amigos mais próximos não poderiam emprestar nada – Gerry até era mais alto que ele, mas Sam era bem mais largo.

— Ah, Merlin, mas não pode! Ainda mais com os professores... — Anna se interrompeu, franzindo o cenho e pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha enquanto se voltava para o namorado. — A não ser que... — Ela fez uma careta. — Você poderia ajudar, não é?

— Preciso? — respondeu o sonserino, revirando os olhos.

O que não era nenhuma surpresa para Sam, que se voltou para Adela sem saber se agradecia pela preocupação ou reclamava com ela por envolver aqueles dois na história. (“Aqueles dois”, no caso, era em referência a Michael e Anthony, ainda que o segundo não tivesse se manifestado a respeito dos uniformes e só encarasse os doces sobre o banco como se eles o tivessem ofendido. Sam não tinha nada contra Anna; pelo contrário, sempre conviveu bem com a garota.) De fato, o descendente de indianos estava muito tentado a dizer que eles não precisavam se incomodar, e que ele daria um jeito de transformar as roupas do corpo no uniforme de Hogwarts (ei, transfigurar um moletom num paletó devia ser mais fácil do que um rato numa xícara); a única coisa que o impediu de abrir a boca foi o Raio Azul da MorteTM que Delinha lhe lançou, prometendo silenciosamente todos aqueles castigos que as garotas costumam aplicar nos namorados, greve de beijos inclusa.

Claro que mais ninguém na cabine se deu conta daquele diálogo mudo entre os dois, visto que no instante seguinte a loirinha já estava fazendo cara de Gato de Botas para o ponto genérico entre Anthony e Michael - leia-se, Anna.

— É, acho que seria bom... — E nisso a sextanista olhou de novo para Michael, com uma expressão muito parecida com a da própria Adela. — ... Por favor?

Michael bem que estava tentando evitar olhar na direção da garota para não cair naquele jogo, mas acabou não resistindo. (Sam sabia bem como era aquilo. Antes mesmo de eles começarem a namorar, Delinha já tinha vencido várias discussões entre os dois com aquele tipo de estratégia desleal.) Derrotado, o sonserino bufou, se levantou, catou na bolsa uma muda de roupas e jogou-as no colo do grifinório sem a menor delicadeza.

Sam podia não ter muita intimidade com Anna, mas suspeitava que ela e Adela seriam capazes de pôr um fim no conflito entre Israel e Palestina, se resolvessem unir forças para isso.

— Valeu, Michael. De verdade. — O agradecimento sincero e gentil tinha vindo de Adela, com direito a um olhar de “viu só?” para Sam. Ele mesmo se dignou apenas a resmungar um “valeu” seco para o outro rapaz, mas fez questão de esclarecer para Anna que devolveria as roupas assim que o banquete terminasse.

— A escola deve ter uns uniformes pra emprestar, vou falar com o prof. Van Der Berg sobre isso.

Anna sorriu sem jeito para o casal, como se pedisse desculpa pela falta de paciência do namorado (em quem acabou dando um beijinho na bochecha e sussurrando um “merci”). — Espero que ajude com alguma coisa, Sam... vamos tentar mandar vir suas coisas o mais rápido possível — disse ela, entortando o rosto de novo.

Sam pretendia responder que ela não precisava se incomodar com aquela história toda, mas Anthony roubou as atenções para si ao dar um tapa na mão da irmã e roubar dela um sapo de chocolate, derrubando duas barrinhas no processo. Depois, sem nem querer saber o que Anna tinha achado ou deixado de achar daquilo, escancarou a porta (fazendo com que Croft, um dos monitores do quinto ano, praticamente caísse pra dentro da cabine) e saiu batendo pé corredor afora.

Houve um breve momento de desconforto em que todos os presentes se entreolharam, sem saber muito bem como reagir àquele estouro de boiada súbito do outro sonserino, até que Anna resolveu que devia cobrar satisfações do irmão e saiu também, com muito menos estrondo, Michael logo seguindo em seu encalço.

As cabines do Expresso provavelmente nunca tinham visto tanta movimentação como naquele dia. E mesmo assim continuava tendo gente sobrando naquela ali.

Sam deu mais um tempo, esperando que uma lâmpada se acendesse sobre a cabeça de Croft e ele se lembrasse de alguma coisa muito importante que tivesse que fazer em algum outro lugar. Ele era corvinal, não era? Podia ter mais esperanças do que tivera com Anthony. Ajeitando no colo as roupas que Michael emprestara, dividiu com Adela uma barrinha e o sapo de chocolate que ela tinha escolhido do espólio de Anna – e nada. O outro menino continuou congelado no lugar, como se estivesse grudado no assento do outro lado da sonserina. Sam travou mais um diálogo mudo com a namorada, arregalando e revirando os olhos discretamente.

Inferno, e ele queria ir trocar de roupa, mas ia deixar Delinha ali sozinha com o garoto?

— Hm, escuta, Grandão... Por que você não vai lá se ajeitar? Melhor que correr o risco de bagunçar a roupa emprestada também. — Com um rápido erguer de sobrancelhas, a sonserina se levantou e foi sentar no outro banco. — Pode deixar, eu fico bem aqui. O Croft me faz companhia, né, Croft? — Ela sorriu um sorrisinho meigo, sua marca registrada em momentos que exigiam altos níveis de simpatia. — Ah, quer chocolate?

(Às vezes Sam suspeitava que Delinha fosse legilimente. Outras vezes ele concluía que não, ela só era esperta demais.)

Resignado, embora ainda insatisfeito com aquela história de Adela ficar sozinha compartilhando chocolates com outro marmanjo, o descendente de indianos tomou o rumo do banheiro mais próximo, não sem antes fazer um carinho no rosto da garota ao passar por ela e murmurar um “já volto” da porta da cabine. Era bom marcar presença, em todo o caso.


A ação continua no Vagão-Restaurante. ;*
Sam Gupta
Sam Gupta
Aluno, Capitão de Quadribol

Série 6º Ano

Índia
Age : 27
Nascido Trouxa

Cor : DarkGoldenRod

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