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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

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Mensagem por Derfel Heaney Qua Out 10, 2012 9:08 am

Nome da RP: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.
Participantes:Derfel Heaney, Logan C. Villeneuve, Azmaria, Mariana Lengruber (Acredito que chegarão mais pessoas, no entanto apesar de ser aberta favor enviar uma MP antes só pra gente saber ok?)
Período ON: 08/09 Sábado ás 16h
Lugar: Túnel de Atalho para o Campo de Treino. Tempo chuvoso e frio.


Derfel não era o típico fumante, acendia um cigarro apenas para espantar o frio daquelas paradas e talvez relaxar um pouco, feito que o rapaz não conseguia faz tempo. Sempre deixava um maço de cigarros escondidos entre as meias grossas e procurava um lugar bem escondido para “fazer fumaça”. Um dos seus locais favoritos para seus momentos de meditação era o túnel de atalho, um dos únicos pontos em Hoggy onde ninguém surgia de um buraco para atormentá-lo.

A maioria dos alunos evitava o lugar por ser escuro e úmido, além de guardar pequenas surpresas como ratazanas e gambás que faziam ninhos por ali no período mais frio do ano. Tudo bem que era fácil lidar com aquelas criaturas, mas a maioria dos alunos do castelo levava uma vida privilegiada, cercada de mimos que somente as famílias bruxas podiam proporcionar aos seus rebentos. Às vezes era cansativo toda aquela afetação recheada de maneirismos. Sentado na penumbra meio de lado, com metade do corpo recebendo a claridade do dia e a outra oculta entra as sombras acendeu o cigarro, olhando para o terreno da escola.

Se alguém o flagrasse por ali seria outra confusão, aliás, mais uma! Desde o início das aulas parecia não ser o mesmo jovem Cadarn pacato e quase invisível. O cartão do grêmio ainda estava em seu bolso, não conseguia deixá-lo totalmente de lado, pelo contrário, parecia que aquele simples pedaço de papel era um peso no seu bolso lateral. O olhou mais uma vez enquanto continuava a tragar calmamente pensando no que Hywell pensaria sobre aquilo, com certeza o velho soltaria uma gargalhada seguida de uma tosse rouca e carregada. Era como se o seu tutor realmente acreditasse que o rapaz era apenas um saco de músculos sem cérebro, bom, Heaney também pensava assim de vez em quando, tanto que participava do clube de poções presidido por um moleque do 4º ano !

Por outro lado, uma centelha chata de pensamento o estava incomodando, ele poderia ser mais do que imaginava não? Por que ele não poderia ser diferente, fazer coisas diferentes do que esperavam dele? Arqueou a sobrancelha apenas de pensar na probabilidade, além do mais, se ele realmente pudesse ser mais do que esperavam, bem, ele poderia impressionar uma pessoa não muito impressionável. Abanou a cabeça negativamente. “Essas mulheres são loucas Derfel, loucas!” Ouviu o barulho de um galho se quebrando Logan deveria estar se aproximando, mesmo assim apagou o cigarro no chão e jogou o resto da bituca no fundo do túnel.


Última edição por Derfel Heaney em Dom Out 14, 2012 7:35 pm, editado 1 vez(es)
Derfel Heaney
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Mensagem por Logan C. Villeneuve Qui Out 11, 2012 12:30 am

    BABEL
    Uma carta, um frasco de poção e o aviso de que Maximillian viria à Hogwarts no primeiro dia de folga que tivesse durante o semestre. Estava apreensivo. Não pela visita, mas pelo motivo dela. De alguma forma, sabia que estava chegando o momento que tanto me afligia nos últimos anos. Sentado no chão do Corujal, lia pela terceira vez as palavras marcadas pela péssima caligrafia de meu pai. Ele parecia estar convicto de que sua ajuda era necessária, queria se assegurar de que tudo ficaria bem durante aquele que tinha tudo para ser um ano de mudanças fatídicas. Ora, mas isso é a atitude normal de um pai, não é mesmo? Não em se tratando do meu. Dá pra contar nos dedos a quantidade de vezes que me mandara cartas, o que me leva a crer que a coisa está pegando mesmo pro meu lado. Richard já havia dito que este dia não tardaria a chegar. Subestimei o tempo, que passou rápido demais.

    Amassei a carta e enfiei-a no bolso da jaqueta. Ah... O frasco também foi parar no interior da peça. A temperatura começava a diminuir, mas tal variação não era nada se comparada ao frio que enfrentávamos nos invernos canadenses. A Torre do Relógio anunciava o horário. Quatro da tarde. Espremi os olhos, tentando me lembrar de algo. Ó, sim... Derfel! Desde a Festa do Trasgo, temos enfrentado algumas represálias. Eu, por exemplo, tenho escutado muita coisa. Há quem diga que fui grosseiro ao cantar uma ou outra garota, há quem diga que bebi demais, há quem diga que chorei, há quem diga que dancei até o final da festa como se fosse um jovem dos anos quarenta ao som da jukebox... Tudo mentira. Não me lembro de nada disso e, portanto, se não lembro, não fiz. Certo, posso ter enchido a cara, porém, o resto é tudo licença poética dos outros ou não.

    A única coisa a qual me recordo muito bem é o pós-festa. Recordo-me da lufana, dos beijos, da briga, do bonsai... Recordo-me especialmente da parte ruim, presumo. Depois de três anos sem vê-la, ela vai à Hogwarts e sequer conseguimos um olhar para a cara do outro. Fantástico! Realmente maravilhoso! Parabéns pelo bom trabalho, Villeneuve! Longe das divagações e de ironias nada espetaculares, voltemos ao assunto que, de fato, importa. Derfel está me esperando no Túnel de Atalho. Para quê? Boa pergunta. Espero que não nos enfiemos numa fria novamente. Se acontecer... Dane-se. Mais história para outros contarem por nós – de preferência de maneira bem distorcida, a exemplo do que ainda falam sobre a última festa.

    Então eu ando e respiro pausadamente. O ar nada mais é do que gélido. Droga... Uma bebida quente não ia nada mal agora. Mais alguns passos e entro no Túnel. As costumeiras estalagmites, as paredes de lodo e a escuridão. Todas me acompanham. Ando cuidadosamente, sem a preocupação de conjurar um Lumus. O céu está fechado, é verdade, mas ainda é dia e, afinal, toda aquela escuridão logo acaba. Um morcego acabou de passar ao meu lado. Mesmo não conseguindo vislumbrá-lo, ouvi seu barulho bem próximo.

    Ludibriado ao enxergar os primeiros vestígios de luz, quase pisei numa enorme poça d’água. Foi também quando a penumbra de Derfel tomou forma. Sem querer assustá-lo, continuei avançando. Quanto mais me aproximava, mais nítidos se tornavam os sinais de fumaça. Derfel levava um cigarro à boca. Hm... Explicado. Notando minha presença ou não, na hora que me aproximei não havia qualquer pista de que havia fumado... Ah, não, minto. Havia o cheiro.

    - Fazia tempo que não andava por aqui... – comentei, podendo contemplar as paredes diante da claridade. Voltei-me para Derfel. – E aí, cara? – cumprimentei-o. – O que você tinha de tão importante pra falar?

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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias. Empty Re: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

Mensagem por Derfel Heaney Qui Out 11, 2012 2:08 pm

Como suspeitava, era Logan saindo do túnel no final da tarde, a maioria dos alunos ainda deveria estar preso na contagem dos visitantes de Hogsmeade. Sempre o responsável pela recepção dos estudantes se perdia na contabilização afinal, todas às vezes um engraçadinho soltava um algarismo aleatório apenas para deixar a coisa toda mais emocionante. Antes de responder ao outro grifinório acendeu mais um cigarro com um olhar vazio.

-Quer? – Jogou o maço de cigarros para o amigo antes que este arrumasse um lugar remotamente confortável para se abrigar da chuva fina que começou a cair. Derfel esfregou as mãos aguardando a resposta de Villeneuve sobre a sua oferta. – Primeiro vamos ao que interessa, como foi o pós ressaca? Cara fiquei dois dias com a cabeça latejando, não sei que diabos havia naquela bebida, mas só pode ser coisa do diabo. Um tipo de poção das trevas sei lá. Confesso que já tomei algumas doses de uísque do velho Hywell, mas nada que batesse tão forte, por outro lado... Aconteceu uma coisa boa, lembra-se da Mariana Lengruber? Aquela Sonserina da nossa turma, morena de olhos verdes, bem gosto... Baixa. Não muito alta. Estatura mediana Enfim... – Limpou a garganta um pouco e deu mais uma tragada enquanto escolhia as palavras. – Estava pensando em convidá-la para ir a Hogsmeade na próxima visita, apesar de que é provável que não aceite, sério, a menina é até legal, mas ás vezes demonstra aquelas manias de mocinha mimadinha. A verdade é que o problema não recusar o convite, mas recusar com requintes de crueldade “ a la” Azazel. – Respirou fundo.

-E por falar em Azazel... -Sorriu divertido. – Acho que esse ano eu não consigo ser aprovado na matéria dele, sério. Prevejo um ano a mais de Hogwarts no meu currículo e nem preciso de bola de cristal para adivinhar.– Completou mentalmente “e Hywell vai me matar!”Mas como eu disse, tudo tem um lado bom, veja, os caras do grêmio me convidaram para fazer parte, acho que vou aceitar. – Colocou a mão no bolso e retirou novamente o cartão passando-o para Logan.

– Estive pensando... Por favor, não faça piadas, eu realmente estive pensando. – Riu de si mesmo. –Agora é sério, voltando ao assunto da festa, não podemos deixar a coisa como está Logan, não tenho como provar, mas não preciso, Àngel colocou alguma coisa na bebida e nós fizemos papel de idiotas. Não é a primeira vez que aquele cretino apronta dessas comigo e sempre quem fica com fama de louco sou eu, estou ficando cansando disso. – Falava sério, acreditava que Logan adivinharia qual seria sua pretensão.
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Mensagem por Logan C. Villeneuve Qui Out 11, 2012 11:26 pm

    AIN'T NO REST FOR THE WICKED
    É incrível como o amor – ou o desamor, como é caso - por quadribol e bebida estreitam a amizade entre dois caras. Dificilmente a receita falha e conosco não poderia ser diferente. Dizem também que quando a coisa está ruim pro nosso lado, as pessoas se unem ainda mais e, bom, é o que tem acontecido. Acho que Derfel e eu nunca nos falamos tanto desde que viramos motivo de piada nesta escola. Não sei o que ele tem escutado, e, pra falar a verdade, isso pouco importa. Mas algo – talvez seja melhor dizer “alguém” - tem me incomodado muito desde o dia em que ficamos bêbados. Ah, espera. Daqui a pouco eu chego a esta parte do assunto.

    Derfel jogou o maço de cigarros. Sem qualquer moralismo, digamos que eu não seja um fumante no sentido viciado da palavra, mas, de vez em quando, trago. Raramente tenho vontade de fumar, é verdade, porém... Por que não hoje? Só espero que ninguém esteja nos vigiando. Pegar detenção no começo do ano é o prelúdio do inferno que ele será quando findar. Peço o isqueiro e após pegar um cigarro, jogo o maço de volta para o dono.

    - Mariana Lengruber... – pronuncio o nome da menina pausadamente num tom de curiosidade e brincadeira. Se bem conheço, é uma sonserina. Talvez esteja até em nossa sala. Bom, sou um pouco desatento nesse aspecto, ainda mais porque passei os últimos dois anos trancafiado em somente um relacionamento e, de certa forma, com a namorada que tinha, olhar para o lado era pedir pra morrer. – Acho que sei quem é. Nada mal, hein?! Meus parabéns. Mas, ah, Derfel... O que mais tem é menina mimadinha. Vá se acostumando. A Rachel, por exemplo, era assim... Tudo bem que depois virei o boi mais famoso de Hogwarts, mas é... – preferi não continuar falando da ex, rindo de minha própria desgraça. – Se você soubesse que meu pós-ressaca dura até hoje, não estaria reclamando tanto. Você não tem ideia do que eu fiz, Derfel. Não tem a mínima ideia – e gargalhei.

    As lembranças que tinha daquele dia vieram à mente. E lá estava eu, pensando de novo em Azmaria e ao mesmo tempo tentando passar a imagem de durão para o amigo ao lado. Quando pararia de ser atormentado por ela!? Passei duas noites de insônia cogitando a ideia de ir até as Cozinhas e tentar chamá-la, afim de que pudéssemos conversar civilizadamente. Suas últimas palavras retumbavam cada vez que a via entrar na sala de aula. “[...]sempre pensei que fôssemos amigos. [...]Você está livre da sua promessa”. Precisava esquecer de tudo isso o quanto antes. Maldita hora que Azmaria reapareceu em minha vida.

    Reencontrei, na festa, uma garota que me conhece desde pequeno. Sabe aquele tipo de menina maluca? Essa ganha de todas as minhas ex-namoradas... Não tive muitas, você sabe, mas eram todas doidas mesmo – suspirei. – O nome dela é Azmaria. Ela é aquela lufana que veio transferida de Beauxbatons e está na nossa sala. Cara... Aos cinco anos a gente fez uma promessa de se casar e ela leva isso a sério até hoje – fiz uma careta, levando o cigarro à boca. – O pior de tudo é que eu vacilei feio. Fiquei com ela e depois a gente brigou, porque eu falei da Rachel. Contei do pedido de casamento e tudo mais... A menina chorou e eu, tentando dispensá-la, disse que ela era ciumenta, chata e possessiva. Não exatamente nessa ordem, mas... Acho que vou pedir desculpas a ela qualquer dia desses, ou fingir que não aconteceu nada. Dadas as circunstâncias, talvez a chame para ir à Hogsmeade também.

    Após o desabafo, Derfel emendou o assunto com Azazel e falou tanto pelos cotovelos quanto eu falaria, isto é, se não estivesse preocupado o suficiente com o que restara do cigarro em minha mão. Ouvi tudo calado, assenti diante de suas afirmações e ri junto a ele, porque, sim, aquele professor tinha algum problema mal resolvido. Tem quem jure de pés juntos que nenhuma mulher lhe dá trela há anos e outros que dizem coisas piores... Neste caso, prefiro não compartilhá-las. Olhei para o cigarro e traguei a fumaça pela última vez. Deixei-o cair discretamente de encontro ao solo úmido. Então, Derfel contava uma novidade que até me fez engasgar. Grêmio Estudantil. Ele fora chamado para o Grêmio Estudantil, dá pra acreditar? Não, eu não tenho nada contra quem participa do Grêmio, mas Derfel lá no meio é, pelo menos para mim, algo difícil de imaginar. Optei por ficar quieto a dizer qualquer coisa.

    Em meio a toda a brincadeira, surgem três palavras: Ángel Del Aguirre. Só de ouvir aquele nome, meu sangue ferve. Aquele desgraçado tinha grande parte culpa pelo que passávamos agora. Ele era o estopim daquela noite catastrófica e o primeiro a nos fazer de palhaços. A julgar pelo olhar que meu amigo grifinório ostentava, palavras não seriam necessárias para que entrássemos num acordo. Desforra, era o que precisávamos. Se Azmaria não mais olhava na minha cara, muito se devia a Del Aguirre. Se eu havia dado vexame... Se a fofoca de que dera uma de pedreiro ao cantar qualquer garota se alastrava tanto quanto fogo, Del Aguirre fora o provedor de tais momentos. Sem perceber, andava a passos pequenos, de um lado para o outro, pensando em algo que estivesse ao nosso alcance.

    - Diga o que você tem em mente.

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Mensagem por Derfel Heaney Sex Out 12, 2012 1:52 pm

A chuva caía fina, aumentando a sensação de frio, mas era uma imagem bonita, além do cheiro de terra molhada que invadia suas narinas apesar da fumaça do cigarro. Aquela estória do Logan apenas servia para confirmar sua tese de que todas as garotas eram loucas, mesmo aquelas mais caladas e de maneiras consideradas sãs, possuíam um alto potencial para cometer sandices quando menos se esperava.

Agora Logan precisava explicar melhor aquela coisa de casamento,não era a toa que todas as garotas com quem ele se envolvia ficavam iradas, não era muito legal prometer compromisso com metade do mundo bruxo sem uma boa razão. Principalmente quando se tratava de stalkers. Este assunto, no entanto, poderia voltar à tona mais tarde, a questão agora era outra e não envolvia nenhuma das loucas e mimadas de Hogwarts.

Apagou mais um cigarro com a sola do sapato e olhou para Villeneuve, certo de que este o apoiaria. -Um duelo. Nada das regras do clube, à moda antiga. Um padrinho de cada lado, um juiz e um segredo. Sem plateia. As únicas regras: sem dedo no olho, chute no saco ou maldições de morte. – Levantou-se para esticar as pernas, batendo a poeira que havia grudado em suas calças. Olhou para os lados, fazendo uma varredura visual. Queria ter certeza de que ninguém poderia ouvir a conversa, quando marcasse o evento, não queria saber da pessoas bancando a turma do “deixa disso”. – O que acontecer, aconteceu. O perdedor nunca mais se intrometerá nos assuntos do ganhador e ponto final. São estas as condições e todos devemos guardar segredo, se alguém der com a língua nos dentes vai complicar a nossa situação.

-E... – Apontou para o amigo. – Gostaria que você fosse meu padrinho. Sabe, um cara que ficasse de fora, pra vigiar se alguém está pensando em fazer algo sujo e também para recolher meus pedaços caso eu seja dividido em duas ou três partes e também para desmentir e ocultar qualquer boato que venha a surgir para Virgínia. Ela não pode saber de nada, porque vai querer se intrometer, me fazer mudar de ideia e essas coisas de garotas. Por falar em garotas, Logan, pare de prometer compromisso a toda garota que você beija no castelo, já basta sua fama de pedreiro.
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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias. Empty Re: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

Mensagem por Azmaria D. Corte-Real Dom Out 14, 2012 12:21 am


Girls, we run this motha!




Era sábado. Fazia exatamente uma semana que tinha desembarcado em Hogwarts e finalmente depois do fatídico dia em que terminara tudo o que nunca tivera com Logan – traidor – Villeneuve, Azmaria começava a se recompor. Bem aos poucos era verdade, mas ao menos era melhor do que ficar assistindo a vida passar e não agir.

A portuguesa lia avidamente pela milésima vez, no alto de uma árvore à beira do lago, a carta que Leona van Nederland, sua grande amiga de Beauxbatons lhe enviara. No mesmo dia em que terminou com Logan, Azmaria aos prantos mandou uma carta para Leona pois se tinha uma pessoa que entendia de sacanagem e coração partido era a holandesa. Leona, apesar de colérica, sempre foi muito verdadeira e intensa. Nunca tinha dito coisas para confortar Azmaria só para fazê-la se sentir melhor consigo mesma. E todos nós sempre a apreciamos muito por conta disso.

Fora ela quem aconselhara Azmaria a agarrar Logan quando tinham treze anos e beija-lo de uma vez.

- Ora! Se quer tanto saber como é beijar alguém e quer tanto beijar o Logan, agarre-o de uma vez e pare de fazer tempestade em suco de abóbora!

Nesse ponto ambas as garotas eram parecidas, eram extremamente decididas. E já que Azmaria queria tanto beijar Logan, dito e feito, ela foi lá e fez. Ahh, o início da puberdade. Era tão mais fácil quando se tinha treze anos e meninos ainda tinham aquela sina de que meninas eram o inimigo... Hoje em dia, os rapazes andam se confraternizando demais com o inimigo. Demais para o meu gosto! Inclusive, não pretendo deixar nenhum confraternizar demais com minha princesa de Lisboa.

Mas voltando à carta... Leona tinha sido cética sobre o rompimento. Entendia o sofrimento de meu sol reluzente, no entanto, achava aquilo um desperdício de tempo e talento. Havia mais peixes para serem pescados no mar aberto. E o final era o que mais chamara a atenção de Corte-Real: “se for pra ser, ninguém há de se intrometer”!

Azmaria tinha pegado sua vassoura e voado até a copa de uma árvore a fim de ler e reler as linhas de van Nederland. Todavia, diferentemente da holandesa, a portuguesa seria incapaz de sair por aí pegando geral a fim de curar as mágoas de um coração ferido. Ao menos pensava que não, quando o conselho da amiga era exatamente esse: sair da toca do texugo e cair no vale-night.

Ela precisava pensar sobre o assunto. E que fique bem claro: Eu, Logan Jr., doravante chamado apenas de Juninho já que Azmaria me desbatizou, sou total e terminantemente CONTRA ESSA PIRIGUETAGEM TODA!

Azmaria então guardou finalmente a carta no bolso do shor estilo Lady Gaga que usava. Ajeitou os óculos de sol e o chapéu e alçou vôo novamente sem saber ao certo o rumo para onde ir. Cortou a orla do Lago, e sentiu a liberdade em suas veias começando a se arrepender de ter escolhido uma roupa tão de verão para um clima que começava a doer os ossos.

Quando a chuva fina que ameaçou o dia todo começou a cair, a lufana se embrenhou por um túnel sem fazer muito barulho. Não sabia aonde estava, mas ouvia vozes ao longe sem prestar atenção no que de fato diziam. Sem se importar muito, a menina Corte-Real seguiu em frente desta vez ouvindo claramente no meio da torrente de palavras a palavra duelo.

Foi quando seu coração girou 360º ao reconhecer a voz doce e melodiosa que era a única no mundo capaz de fazê-la parar o que quer que estivesse fazendo e correr na direção do sol para sempre: Logan Villeneuve. Mas o que é que o patife de meu ex-pai estava fazendo ali num túnel escuro àquela hora? Muito suspeito. Tavez estivesse com alguma rapariga. Talvez estivesse com a menina de olhos grandes demais e estivessem rindo da cara dela.

E foi pensando nisso, que a garota acelerou na vassoura e passou rasante por entre os dois rapazes, contornou o túnel num loop de 180º e voltou planando para onde eles estavam, bem mais aliviada por saber que Logan estava com um garoto e não uma garota. Todavia, ao reconhecer Derfel como sendo o bêbado amante de ovelhas da festa, teve vontade de dar-lhe umas boas vassouradas no traseiro. Sua miséria era toda CULPA DELE E SUA BEBIDA DOS INFERNOS!

- Vocês estão marcando um duelo? – tirou os óculos escuros e desceu da vassoura como se estivesse de passagem – Sei que não é da minha conta mas nesse caso, quero reivindicar as apostas.

E finalmente o brilho no olhar voraz de Azmaria tinha se acendido novamente, pois se tinha uma coisa que ela era tão boa quanto stalker era pagar de leão de chácara e fazer apostas em qualquer tipo de jogatina. Era como um talento nato. Voltou-se para Derfel como se não estivesse interrompendo nada.

- Azmaria Dickens Corte-Real, prazer. – e estendeu-lhe a mão em cumprimento – Logan... Err... – e puxou o ar num supetão – LOGAN CHEVALIER VILLENEUVE! Você esteve fumando? FUMANDO? FU-MAN-DO? – ela dava tapinhas doloridos nos braços e no peito do grifinório – Sério? Você sabe quantas pessoas morrem de câncer ao ano por causa de cigarros? E quando você ficar mais velho? Vai querer ser um desses velhos que tem de recorrer a medicamentos milagrosos contra impotência? Eu não quero ter...

Mas aí sua voz foi morrendo aos poucos quando ela percebeu que ela não teria que se preocupar com a impotência ou não impotência de Villeneuve afinal, eles não eram mais prometidos. E o fato de ter pensado em algo do tipo só fez parecer a coisa mais embaraçosa do que de fato, já era.

- Eu não quero ter que trata-lo um dia por conta disso. Porque bom, vou ser uma grande medibruxa um dia e enfim... – ela até tentou se sair bem da situação vexatória, mas o leve rosado de suas bochechas por mais que estivesse camuflado pela aba do seu chapéu, revelava bem o que ela tinha dito e o que ela queria dizer.



Girls!

vestindo: isso
escutando: beyonce - who run the world
thanks, baby doll @ OOPS


Resumo:

[off]Não rolei dados para escutar até porque ela não escutou foi praticamente nada. Só deduziu que eles estavam falando de duelos. Anyway, ela não seria contra mas se quiserem engambela-la e dizer que não tem duelo nenhum ou se quiserem confiar nela e talz, fiquem a vontade xDD[/off]
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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias. Empty Re: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

Mensagem por Mariana Lengruber Dom Out 14, 2012 6:25 pm

Era sábado, dia oito de Setembro. Primeiro final de semana em Hogwarts, e já começava com a visita à Hogsmeade. Lengruber era adepta de ir a todas as visitas ao povoado simplesmente para sair do castelo e para comprar coisas novas, além de tomar chá. Além disso, tinha um motivo mais especial para não deixar de ir. Agnes Hunter andava triste e depressiva com seu ursinho por todo o castelo, desde que ela se aventurara com Pendragon em um encontro a noite. Agnes não lhe dera muitos detalhes do motivo de toda sua tristeza, mas ficava dizendo que Luicas a estava ignorando, e outras vezes que não a amava mais, já que era toda trabalhada no drama.

Assim Mariana arrastaria a amiga para tentar animá-la. Caso não funcionasse teria que partir para a agressividade e lhe dar uns bons tapas na cara dizendo para ela crescer e parar com aquela frescurite toda. Foi jogada na poltrona no Salão Comunal da Sonserina, que a inglesa achou Agnes toda encolhida no canto segurando seu inseparável urso e balançando deprimida. A morena soltou um suspiro e se aproximou da amiga, convidando-a para ir à Hogsmeade. No começo a alemã se manteve firme no propósito de ficar mofando ali, mas depois cedeu a chantagem da outra, que dizia que se não fosse com ela, ela não lhe daria nenhum presente de alguma loja do povoado.

O tempo estava chuvoso e continuava frio, e como era de se esperar continuaria assim por um bom tempo. Agasalharam-se adequadamente e partiram com as permissões sempre cedidas pelos pais para confirmarem que poderiam ir. Apesar de a inglesa achar que Agnes falsificou a assinatura dos pais, já que eles sempre a colocavam de castigo por suas aventurinhas. Seguiam pelas ruas comentando sobre as lojas e as pessoas que por ali andavam. Passaram por algumas lojas para dar uma olhada no que tinha de novo e decidiram entrar na loja de doces. Mariana havia perguntado a Agnes o que ela queria para melhorar a expressão de dor e tristeza do rosto. Chocolate era a resposta. Era fato que chocolate sempre ajudava a melhorar o humor de qualquer pessoa.

A Srta Lengruber comprou para Agnes várias barras de chocolate de sabores e marcas diferentes, para ver se a garota se animava ou entrava de vez na depressão com o chocolate e engordava. Mentira, nem tanto. Por fim, visitaram a Casa de Chá da Madame Puddifoot. O que não foi uma ideia muito boa, já que havia vários casais felizes por ali. Agnes manifestava seu descontentamento com um beicinho. Mariana suspirou e pediu um chá calmante para a alemã e um cítrico para ela, gostava de experimentar novos sabores.

- Olha Agnes, não é o fim do namoro de vocês. É só uma fase ruim, logo vai passar, você vai ver. Pendragon vai perceber que não é nada sem você e que nunca vai encontrar ninguém à sua altura, logo vai derreter o gelo que ele está te dando e ir correndo para seus braços. – deu um sorrisinho tentando animar a alemã.

- Ou não! - Disse antes de bebericar o chá. – Talvez ele esteja apenas arrumando uma desculpa para se ver livre de mim e partir livre, leve e solto para alguma universidade no Alasca. Eu só queria que ele fosse capaz de admitir isso.

- Seja positiva Agnes, pelo menos uma vez... Ou talvez ele não queira te magoar, afinal, querendo ou não vocês vão ficar um ano separados... Talvez mais, quem sabe. – parou e logo emendava. – Quer dizer, positividade! Ele gosta muito de você, sério, dá pra perceber.

A alemã deu de ombros - Eu não acredito nisso, gostaria muito, mas eu não posso. - Suspirou. – Veja todos essas casais felizes... - Apontou para os outros clientes. – ... um dia todos sofrerão o que estou sofrendo e o único consolo será uma barra de chocolate e um ursinho de pelúcia. Essa é a vida real. - Disse dramática.

- Agnes... Pelo menos você é bonita e tem muitos anos de vida pela frente, se não parar de ficar aí sofrendo por coisas da sua cabeça, vai logo criar rugas e daí ninguém nunca mais vai querer você, isso sim vai ser um sofrimento. – depois tomou um gole do seu chá.

- Talvez eu compre gatos, muitos deles. Assim não ficarei sozinha, já que os seres humanos não demonstram qualquer tipo de compaixão por mim. - Deixou escapar um sorriso.

- Eu deixo você morar comigo. Sua bobinha. Assim nunca vai ficar sozinha. – sorriu em resposta.

- Poderemos ter gatos? – fez um bico.

- Claro! Gatos brancos, bem cuidados e limpinhos.

- Acho que serve. – deu de ombros.

Mariana girou os olhos e assim terminaram o chá. A volta para Hogwarts foi tranqüila e silenciosa, já que estava chovendo e Agnes ainda não estava com o melhor humor do mundo. Assim que pisaram nos terrenos de Hogwarts, a alemã alegava que iria para as Masmorras, já que o dia estava chuvoso. A inglesa disse que poderia ir à frente, já que estava cansada e iria mais devagar. Foi quando estava passando perto do Túnel que era atalho para o campo de treino, viu uma garota que já havia visto antes por Hogwarts voando numa vassoura e logo desaparecendo dentro do mesmo. Era no mínimo curiosa aquela cena. Algo dentro de si dizia para segui-la, já outra parte dizia para entrar logo no castelo e se aquecer nas masmorras.

Decidiu por seguir a garota, já que quando estava na entrada do túnel ouviu vozes vindas de dentro do mesmo. E uma voz em particular parecia com alguém conhecido da inglesa. Entrou no túnel. Sujo, fedido, e úmido. Oh céus. O que mesmo estava fazendo ali? Andou mais rápido para que saísse logo daquele lugar nojento. Quando estava próxima da saída que viu ao fim Derfel, o cara da festa nas masmorras, e a louca da vassoura. Ouviu a garota falando sobre um duelo e apostas e depois falando sobre alguém fumando. Nesse momento o odor veio às suas narinas, o que fez a garota levar a mão tapando o nariz. Aproximou-se do grupinho batendo o salto mais forte para que notassem sua presença. Olhou de um para o outro e ergueu a sobrancelha.

- Hm. Desculpem atrapalhar a reuniãozinha de vocês, só estava passando por aqui e daí vi ela na vassoura e resolvi ver onde ela ia e foi isso... – voltou-se para a garota e o garoto. – Mariana Lengruber, prazer. Acho que não fomos devidamente apresentados ainda. – lembrava-se do garoto ter lhe chamado de ovelha das ancas largas e da garota ter dado um tapa no mesmo, de resto não haviam sido apresentados mesmo. – Impressão ou estavam fumando aqui? – lançou um olhar desaprovador para Derfel. – Sério? Sério mesmo? Deveriam saber que isso é ilegal... Se sabem, deveriam ter vergonha disso, igual ela disse... Pessoas morrem por causa de fumarem, além disso, é tão sujo e fedido. Ew. – girou os olhos. – E ouvi direito? Estão mesmo marcando um duelo e fazendo apostas? – não que tivesse ouvido com clareza, somente poucas palavras, daí tirou suas próprias conclusões.

Resumo: Mariana vai com Agnes para Hogsmeade a fim de tentar animar a alemã. Não conseguiu o que queria, pelo menos deu alguns chocolates para a garota tentar ser mais feliz. Por fim, vê Azmaria na vassoura e a segue, daí encontra o grupinho e se intromete no assunto.

Off: Tudo autorizado e etc. XD preguiça de revisar e tal. :~
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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias. Empty Re: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

Mensagem por Derfel Heaney Dom Out 14, 2012 7:35 pm

Ele só queria ficar em paz, fumar um cigarro, conversar tranquilamente sem ser incomodado, quando eis que surge, uma doida, vestida como se estivesse esperando um verão fora de hora com direito a óculos escuros. Além de ser sem noção era intrometida, porque parecia ser do tipo que ficava na surdina, ouvindo a conversa dos outros. Não era um rosto totalmente estranho, fez um esforço e conseguiu lembra-se da garota, uma lufana recém transferida, a mesma que havia estilhaçado a garrafa na festa das masmorras e pelo jeito, era perdidamente, alucinadamente, absurdamente apaixonada por Logan.

Derfel limitou-se a arquear a sobrancelha, mas logo entendeu que ela era uma das muitas garotas que Villeneuve andava se comprometendo por aí e o pior disso tudo, que elas pareciam acreditar que o outro grifinório levaria aquelas estórias até o fim... Levaria? Bom, eram amigos de escola, mas Heaney ainda não compreendia muito bem aquelas confusões sentimentais.

Até estendeu a mão para cumprimentar a garota. -Derfel... – Mas, tanto suas palavras quanto seu gesto ficaram no ar porque Azmaria parecia ter uma síncope em relação aos hábitos de saúde do pobre Villeneuve, para disfarçar fingiu secar a mão na própria roupa apenas para não ficar muito chato enquanto a menina se calava. Momento chato aquele, Cadarn ignorado e a menina tão barulhenta muda. Forçou uma tosse e foi logo piorando a situação do amigo. – Sabe Logan, eu não gosto de mentir para as pessoas, quanto menos para uma garota. Eu sei, eu sei que prometi não contar, mas é melhor ela saber logo. – Disse sério enquanto coçava a barba rala no queixo.

-Azmaria né? Logan pediu para não contar... – Derfel se segurou para não olhar para a cara do outro grifinório. - ...um cara da lufa-lufa disse que você era muita coisa para o malão do Villeneuve e meu amigo aqui, não gostou disso e acabou desafiando o azarado para um duelo secreto. – Se aproximou da portuguesa, olhando para os lados e baixando o tom de voz. – O negócio vai ser sangrento. O que posso dizer? Esse é o Logan, sempre disposto a manter sua honra, mas você tem que jurar guardar segredo. Se alguém descobre, expulsa o nosso amigo da escola antes de dizer abracadabra. - Uma brincadeira aqui outra ali, era uma mentira inofensiva, ninguém sairia machucado, por dentro estava se divertindo, acreditando que era o cara mais malandro da escola quando foi surpreendido por Mariana.

Realmente aquele túnel já não era mais o mesmo, ainda assim, não pode deixar de reparar em como a Sonserina estava bonita naquele dia cinzento, mas o encanto desapareceu assim que ela abriu a boca. O que aquelas meninas faziam nas horas vagas? Aprendiam a resmungar? Como se um cigarro durante o ano fosse capaz de estragar uma vida inteira de prazeres? Se encostou na parede ouvindo Lengruber e sua pequena palestra sobre saúde e bem estar.

-Oi Mariana, tudo bem? Espero que seu dia tenha sido agradável. – E antes que ela respondesse. Quer ir comigo a Hogsmeade no próximo passeio? – Assim, uma pergunta atrás da outra para que ela não tivesse tempo para pensar.
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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias. Empty Re: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

Mensagem por Logan C. Villeneuve Seg Out 15, 2012 5:21 pm

    WHAT YOU KNOW
    Um duelo. Olhei de esguelha para o grifinório. Querer uma desforra seis dias depois do ocorrido seria no mínimo patético, se não fosse divertido. Sem ao menos analisar a proposta, concordei com tudo o que ele havia dito. Derfel ainda dava maiores detalhes. Queria que o apadrinhasse e assim será. Mas antes precisávamos traçar um plano. É certo que Ángel não vai facilitar a ponto de dar o braço a torcer. O que estiver ao seu alcance para derrotar meu amigo, com certeza colocará em prática. Precisamos estar prontos. Perdão pela má comparação, porém... Isso aqui pode não ser UFC, mas é a luta do século. Para nós, é claro.

    - Conte comigo e pode confiar que não vou dizer nada à Virgínia. Só acho que temos de nos preparar pro que aquele canalha do Ángel tentará realizar. Baixar a guarda é que ele não vai e, pode esquecer, deixar barato menos ainda. Então, se alguém perdendo, esse alguém tem que ser ele – falava sério e determinado para Derfel, encarando-o e pensando no que poderíamos fazer para que a situação toda nos fosse favorável. – Primeiro... Onde pretende duelar? – perguntei, matutando quanto aos locais possíveis. – Na Floresta não dá... – e meu pensamento foi interrompido por algo.

    Ali, bem ali, um vulto se formou. Rápido demais. Estava completamente despreparado. O vulto se fez novamente. Mas que palhaçada é essa? Então tudo se aclarou. Devo ter ficado branco, verde, vermelho, azul... Quiçá roxo. Meu coração foi parar no estômago, tamanho o embaraço. Tudo o que havia evitado nos últimos dias estava agora na minha fuça. Ela descia graciosamente da vassoura como se não estivesse desconfortável diante do frio, e, na verdade, tenho certeza de que estava quase congelando. Tirou os óculos e se dirigiu a Derfel. Num primeiro momento, sequer me olhou, o que, vale dizer, é mais do que aceitável tendo em vista as coisas horríveis que disse na última vez que dialogamos.

    Contei até três. Era o suficiente para saber que ela falaria comigo dentro daquele espaço de tempo. Não me leve a mal, mas Azmaria consegue ser bastante previsível vez ou outra. De certa forma, um peso enorme foi tirado de minhas costas. Ela estava zangada, mas pelo menos falava comigo. Podia me bater, o que quer que fosse... Mas o sorriso - que tentei administrar para que se limitasse apenas ao canto da boca – não saía de meu rosto. Talvez tenha sido apenas uma crise o que enfrentamos naquele dia. Espero que tenha sido somente uma crise.

    Inconformada que estava, seu peito parecia arfar. Inevitavelmente meu sorriso se alargou e gargalhei. Ficava tão bonita bravinha daquele jeito... Opa. Digo... Até que ficava formosa desse jeito. Formosa? Ah, esquece. Mas... Como ia contando, Azmaria despejava toda uma retaliação. O motivo? Claro que era o cigarro. É certo que nunca, em toda sua vida, me viu fumar antes. No entanto, me tratava como se fosse o pior viciado no mundo – e eu nem viciado era, porque fumar uma vez a cada semestre... Convenhamos que não configura um vício de fato. Enquanto terminava o sermão, fingia não ouvi-la.

    - Você sabe quantas pessoas morrem de câncer ao ano por causa de cigarros? E quando você ficar mais velho? Vai querer ser um desses velhos que tem de recorrer a medicamentos milagrosos contra impotência? Eu não quero ter... - todavia a portuguesa tenha o dom de ser previsível, conseguiu me surpreender e tomar minha atenção novamente. – Eu não quero ter que trata-lo um dia por conta disso. Porque bom, vou ser uma grande medibruxa um dia e enfim...

    Arqueando a sobrancelha, fitei-a. Estava vermelha e suas palavras eram no mínimo duvidosas.

    - Em todo caso, se eu ficar impotente, é bom saber que você vai cuidar de mim com todo carinho – disse num tom baixo e rouco, que, se não soasse como o de uma brincadeira, certamente soaria como uma tentativa ridícula de flerte. Dei uma piscadela e voltei-me para Derfel. Ora, se Derfel não jogasse na roda qualquer asneira ou mentira de mau gosto, não seria Derfel. Enquanto falava pelos cotovelos e iludia a portuguesa, eu apenas aguardava de braços cruzados, rolando os olhos cada vez que ele aumentava a história. Impaciente, interrompi – Ouviram isso?

    Barulho de salto. Mariana Lengruber. Vergonha alheia - na verdade, própria mesmo. A menina com que Derfel pretendia sair. A menina da qual tanto falavam e chamavam de ovelha, por minha causa. Há rumores de que tenha a apelidado assim durante o show de Bo Wagtail. Espero, realmente, que não. Ela se apresenta. Sem graça, apenas arqueio a sobrancelha e aceno. Se o que dizem for verdade, acho que ela não gosta muito de mim. Enquanto Derfel e a sonserina ficam naquele lero-lero, observo, com um ar curioso, Azmaria. Suspiro, tirando minha jaqueta. Sem sequer perguntar a ela, cubro seus ombros.

    - Você está precisando mais do que eu – murmuro tentando não atrapalhar o momento em que Derfel estava a prestes fazer a pergunta de um milhão de dólares para Mariana. – A propósito, se quiser ir comigo à Hogsmeade... O convite está feito – sussurro, olhando para o casal ao lado. – Quer dizer... Acho que não conhece o vilarejo e eu realmente gostaria de ir com você... – acho que deixei em aberto as intenções que tenho. Melhor corrigir isso logo. – Como amigos, talvez!? – a última palavra proferida definitivamente não era pra ter saído daquele jeito. Uma pergunta. Uma incerteza. Afinal, éramos amigos ou não?

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Mensagem por Mariana Lengruber Ter Out 16, 2012 2:17 pm

Esperava ouvir qualquer coisa, algo sobre como era irritante ela ficar falando de coisas que não eram de seu respeito, ou como ela era enxerida, ou outra coisa do tipo. Mas não, não ouviu nada daquilo, pelo contrário. Logan apenas acenou. Azmaria foi toda amigável, mas daí completou perguntando se ela estava na festa do Trasgo nas Masmorras. Pensou em responder a garota, mas Derfel a cumprimentava e sem que deixasse tempo para ela responder ou sequer contrapor que não haviam respondido sua pergunta, já perguntava se ela queria acompanhá-lo ao próximo passeio à Hogsmeade.

Tá, aquilo sim era uma surpresa. Não esperava um convite daqueles vindo do grifinório, na verdade não esperava nada vindo da parte dele. Ficou parada só olhando para o mesmo com uma feição de surpresa. Sua mente vagava entre dizer sim e dizer não. Na verdade, ia além daqueles pensamentos. Tentava entender se aquilo era um convite comum e casual, e do porque dele ter feito. Desde sempre estudam juntos em Hogwarts, mas nunca trocaram meia dúzia de palavras sequer. Somente naquele ano as coisas mudaram. Mariana já sabia algumas coisas da vida de Derfel, e já mantinham diálogos e não simplesmente um oi e tchau.

Mas talvez também fosse porque não tiveram uma oportunidade anteriormente, e só agora a possuíam. Pelo menos o grifinório não tinha a chamado de chata, mimada e arrogante. Não até aquele momento. No entanto, ela também não sabia o que ele falava em suas costas. Era muita coisa para ser digerida pela nossa sonserina. Soltou o ar que havia prendido inconscientemente deu um pigarreio buscando palavras para serem ditas.

- Ah, eu... Sim, tive um ótimo dia! Bom, o próximo passeio seria no caso amanhã? Porque eu prometi à Agnes de ir com ela e bom... – suspirou e parou por um momento, procurando palavras para formar a próxima fase, de modo que não parecesse muito empolgada, queria parecer normal, como se qualquer um outro a tivesse convidado. Apesar de que, se fosse nessa situação ela com certeza não aceitaria.- Mas acredito que no próximo, que deve ser na próxima semana... – mas foi interrompida por Azmaria, que parecia ter lembrado de onde a conhecia.

- VOCÊ É A OVELHA! – disse e depois baixou o tom de voz. – Quer dizer, me desculpe, eu acho que ninguém aqui quer se lembrar daquele fiasco e... – Azmaria olhava para Logan. – Quer saber? Logan, acho que você deve desculpas à Mariana por ter sido um idiota naquela festa.

- Ai não! Isso de novo. – levou a mão à cabeça escorando na parede, parecia que tudo estava rodando. Se tinha uma coisa que odiava era apelidos, ainda mais um daquele tipo. E só por causa disso parecia que mais as pessoas tinham a tendência de chamá-la por aquilo. – Não gosto nem de lembrar daquele dia! – estreitava os olhos, ainda escorada na parede e ainda com a mão na cabeça. – Na verdade a culpa também é do Derfel, caso você não saiba. Mas sim, Logan também é culpado. Estou esperando pelas desculpas... – dizia sem muito interesse, só gostava de se sentir no topo. – Afinal, se agora qualquer um do castelo esta me chamando por isso, a culpa é de vocês. – dizia irritada e virou-se para Azmaria. – sem querer ofender você pelo ‘qualquer um’, me refiro a outros por aí... Enfim! – ficou ali na mesma posição esperando pelas respostas.

Uma coisa que percebeu naquele momento é que não havia respondido o convite de Derfel, pelo menos não havia confirmado se queria ou não ir. Pelo menos teria um tempinho para pensar até que ele perguntasse de novo. E se não perguntasse? Não seria a primeira a tocar no assunto novamente, afinal não queria parecer desesperada.

Resumo: Mariana não responde o convite de Derfel porque é interrompida por Azmaria que a chama de ovelha. A garota faz um drama básico e fica esperando a reação dos outros.
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Mensagem por Azmaria D. Corte-Real Ter Out 16, 2012 11:43 pm


Girls, we run this motha!



Para Azmaria Corte-Real, minha dona e princesa favorita se mudar para Hogwarts era a promessa durada de um conto de fadas, no entanto, até então o felizes para sempre parecia cada vez mais distante se é que um dia ele chegaria a existir. Quero dizer, era surpresa para alguém que depois de três anos sem se verem e apenas mantendo contato por correspondência Logan tenha convenientemente esquecido de dizer que o compromisso que eles tinham era coisa típica de casos de Padre Q. Vedo: coisa do imaginário?

Inobstante isso, era surpresa para alguém que Logan omitira convenientemente, de novo, que tinha entrado em um relacionamento sério tão sério ao ponto de pedir outra em casamento? Era surpresa que agora ele também estivesse fumando? Mesmo que seja vez por outra, o que a portuguesa também não sabia e agora acreditava que além de traidor o grifinório era também viciado e fumante. Pode ser surpresa para todos, mas não para mim. E isso, meus caros é só a ponta do iceberg, o problema é bem mais embaixo já diriam os engenheiros do Titanic.

Afinal, o que mais ele estaria escondendo? Um filho ilegítimo? Tráfico de animais silvestres? QUEM MATOU O MAX?Tudo era possível em se tratando de Logan Chevallier Villeneuve, inclusive um gesto nobre de atenção ou quem sabe de carinho quando ao perceber que meu sol de Lisboa sentia frio, ofereceu-lhe o casaco.

Azmaria dera um sorriso tímido e fraco em agradecimento ainda chocada com as revoltosas novidades que Derfel lhe contara. É claro que eu, como pufoso esperto que sou, não acreditei em nenhuma palavra daquele outro lá. SE alguém, porventura, tivesse dito que a jovem lufana era demais para a vassourinha de Villeneuve só estaria constatando o óbvio. E sou mesmo desses que toma partido, Azmaria poderia até estar pronta para perdoar o rapaz do fundo de seu coração mas eu não!

E como em se tratando do rapaz canadense, a princesa do Porto é cega, muda, surda e disléxica, ela comprou toda a história de Derfel, porque em sua concepção limitada, Villeneuve seria incapaz de sustentar uma mentira e de fazê-la com cara de boba na frente de estranhos. Como se ele nunca tivesse feito isso antes, não é?

Os três foram tragados daquele clima de conspiração, que na verdade somente ela via, afinal, os pretextos do duelo ali eram bem outros, pela presença de uma menina. Azmaria como é de sua índole quase o tempo inteiro, tratou de ir logo cumprimentando Mariana,, concordando com tudo o que ela dizia, mas não pode deixar de reparar que as atenções dela eram excessivas na direção de Derfel. Menos mal, afinal, não ia pegar nada bem para a sua imagem brigar mais uma vez com mais uma garota da escola por conta de Logan.

Estava tão absorta pensando no duelo que seu coração quase saiu pela boca quando escutou Logan formalizando um convite para irem à Hogsmeade juntos. Ela tinha ouvido mesmo aquilo? Ele tinha mesmo a convidado? E sem que ela insistisse para isso? Sentiu seu peito inflando feito um balão tamanha a sua felicidade e... Bua.Bua.Bua. Ao ouvir o final do convite seu balão simplesmente estourou na sua cara. Ir como amigos era horrível, era doloroso, era se apegar a cinzas de um passado que ela tinha de esquecer mas não conseguia e não queria deixar para trás.

E o pior é que se ela dissesse que não, ia parecer aquelas recalcadas e se ela dissesse que sim ia parecer aquelas dadas de bandeja. Ela simplesmente não sabia o que fazer. Observou então Mariana, quem ela tentara reconhecer desde o início para ver se pegava alguma atitude da garota jogada no ar, algo que fosse bom para se imitar e parecer super importante ou por cima ou qualquer coisa que prestasse no ápice do desespero porque Azmaria não tinha a mínima experiência com flertes ou se fazer . Quando ela queria ela ia atrás e pronto e agora tinha aprendido que não era bem assim que deveria fazer.

Foi aí que ela olhou de Logan para Derfel, de Derfel para Mariana e de Mariana para Logan e como se uma luz acendesse em sua cabeça, a fatídica tarde nas Masmorras voltou à sua mente como se fosse um flash e sua primeira reação foi anunciar aos quatro cantos do Túnel que tinha entendido tudo.

- VOCÊ É A OVELHA! - simmmm era ela, em carne, osso e ancas largas, a causadora do início de seu calvário. Imediatamente, porém, ela se arrependeu de ter feito o que fez, afinal, não era nada agradável sair tocando o dedo na ferida alheia. E tinha certeza que Lengruber deveria ter se chateado pela forma com que foi tratada pelos outros dois na festa. Assim, ela insistiu para que Logan se retratasse, afinal, era o mínimo que ele podia fazer quando intimamente ela ansiava que ele se desculpasse pelo evento no sétimo andar e não nas Masmorras abaixo.

- Ahhh! - voltou-se então para Heaney após ouvir as explicações de Mariana - Então já que vamos esclarecer as coisas, me digam, qual de vocês adulterou a tequila? Pensei muito sobre isso depois de domingo e pelo pingo que eu bebi não tinha como eu ter ficado no estado em que eu estava sem alguma coisa poderosa ali no meio.

E finalizou olhando para Logan porque precisava saber se eles eram mesmo amigos ou não antes de dizer se aceitaria ir com ele a Hogsmeade.

Girls!

vestindo: isso
escutando: beyonce - who run the world
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Mensagem por Logan C. Villeneuve Qui Out 18, 2012 7:42 pm

    WICKED GAME
    Ignorado. Cruzei os braços e recostei-me a uma daquelas velhas paredes lodosas sem sequer me importar com a sujeira nelas contida. Fitei Azmaria de canto de olho. Estava inquieto. Talvez não sejamos realmente amigos afinal. Aliás, acho que, para ela, nunca o fomos. Isso é o que me deixa mais estarrecido e confuso. Nunca encarei a portuguesa como qualquer outra garota interessante que conhecesse. Nunca toda aquela situação de sermos prometidos um para outro fez qualquer sentido para mim e, bom, nunca a levei a sério também. Sou o culpado. Devo ter magoado minha amiga mais do que havia suposto. Mas... Não é estranho que ela ainda esteja falando comigo!? Pode ser que, no momento, evite qualquer tipo de relação. Está apenas sendo cortês.

    Aspiro aquele ar vicioso e olho para fora do Túnel, fingindo não ter nem ao menos feito o convite à garota. Volto-me para Azmaria novamente, na esperança de que saia uma resposta de seus lábios. Nada. Mal sabe ela que minhas intenções para este passeio – não, não vou dizer que é um encontro – relacionam-se meramente a uma tentativa de reaproximação. Quero apenas esclarecer o que aconteceu durante aquele maldito show e me desculpar quanto ao que disse depois dele. Quero tê-la de volta ao meu lado. Como amiga, que fique bem claro. Ao invés de dizer um belo “sim” ou um tenebroso “não”, ela continua a negar minha presença e se dirige à Mariana Lengruber. Sinto meu rosto corar instantaneamente e solto uma risada nervosa, que ecoa por toda a extensão do túnel. Aí está a Azmaria que eu bem conheço, deixando-me na saia justa desde os cinco anos de idade.

    Exemplificando o que digo, lembro do último verão que passamos juntos logo após ter sido transferido de Beauxbatons. Minha mãe, tão doida quanto a própria portuguesa, chamou-a para que ficasse em Cannes durante alguns dias. Tive minha primeira namorada naquele verão. Vale lembrar que fazia um mês desde que Azmaria me agarrara durante a última festa do ano escolar. Bem, o namoro foi um completo fiasco. Não durou duas semanas e atribuo tal fato a três motivos: o primeiro deles, é que era excepcionalmente tolo e, por que não, infantil. O segundo, é que a menina também não era lá das mais maduras e facilmente caía na pilha de ficar irritada com tudo. O terceiro, e talvez o mais importante, era Azmaria. Possessiva e louca de ciúmes, ela vivia a tentar dar nos nervos de minha ex. Abraçava-me forte em momentos aleatórios, armava arapucas pra cima da outra e tornava sua vida em um inferno. Não é à toa que acabou.

    Esqueci de contar, mas, após o término, fiquei extremamente irritado com a criancice de Azmaria e passei a evitá-la. Isso porque ela ainda ficaria mais uma semana em Cannes. Bom... Acontece que a perdoei depois e voltamos às boas, só que, mesmo assim, a frequência com a qual nos comunicávamos tornou-se menor. Hogwarts, eis a chave para tal questão. A partir de minha mudança, seguimos caminhos opostos. Ela permaneceu em Beauxbatons e, como já disse milhões de vezes, criamos o hábito de enviar cartas. Não gostaria de tê-las em mãos agora, seria triste perceber o quanto aquela garota fora devotada a mim e eu pouco, ou nada, lhe dera em troca. Mas, ora, sobre o que estava falando mesmo!? Ah, sim! Azmaria chamou Mariana de ovelha, apelido este que dizem ter sido eu a concedê-la. Abro a boca e, no entanto, minha voz demora a se projetar. Meu olhar percorre da lufana para a sonserina que ali estava.

    - Realmente, - pensei um pouco na hora do vocativo. Era de bom tom chamá-la pelo apelido mesmo nesta má fase? – Azmaria - pausei. - Srta. Lengruber, - chamá-la de Mariana seria muito também, não? – eu sinto muito se lhe chamei desta forma. Não estava num de meus melhores dias, se é que me entende. Azmaria poderia confirmar o que digo – dizia eu mansamente, tentando passar a ideia de que, sim, agora estava sóbrio e consciente de meus atos. Queria provar que não era o péssimo rapaz que outrora a apelidara de forma tão baixa.

    Novamente, levei mais uma cortada de Azmaria:

    - Então já que vamos esclarecer as coisas, me digam, qual de vocês adulterou a tequila? Pensei muito sobre isso depois de domingo e pelo pingo que eu bebi não tinha como eu ter ficado no estado em que eu estava sem alguma coisa poderosa ali no meio – por fim, me encarou. Ah... Ela pensava que havia sido ideia nossa... Pra não dizer ideia minha.

    Soltei todo o ar que prendia em meus pulmões e, num gesto carinhoso, apoei meu braço em cima de ombros, pousando minha mão ali e aproximando-nos por consequência. Talvez devesse entrar naquele joguinho que tanto ela pretendia fazer. A impressão que dava era a de que, naquele momento, a portuguesa queria transformar não só a minha imagem, como a de Derfel, na das piores pessoas do mundo. Primeiro, porque fumávamos; segundo, porque bebemos demais no show; e terceiro, porque, juntando as outras duas alternativas, não poderia haver outra conclusão de que éramos minimamente inconseqüentes e que, sim, havíamos armado todo o circo durante aquele dia fatídico.

    - Azmaria, - voltei a proferir seu nome ao invés do apelido. – não acha que está nos julgando antes mesmo de saber o que aconteceu? E não acha que pode estar errada neste julgamento? – era impossível deixar de fazer estas perguntas. – Sabe... Nós não somos os responsáveis por toda aquela palhaçada e estamos justamente procurando acertar as contas com quem nos proporcionou toda a bebedeira, toda a ressaca e todos os momentos ruins daquela noite – frisei a última parte, olhando diretamente para seus olhos negros. – Ángel Del Aguirre foi quem adulterou a bebida... Queremos um duelo com ele. Esse cara não pode sair impune - e, terminando, tirei meu braço de cima de seus ombros.

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Mensagem por Derfel Heaney Dom Out 21, 2012 5:34 pm

Azmaria parecia ser uma menina confusa ou boca de litro na opinião de Derfel porque ele realmente demorou a entender o questionamento da menina, pensou por alguns segundos e tentou explicar calmamente para não restar dúvidas. – Tequila? Ninguém adulterou tequila nenhuma. O que foi adulterado foi o ponche. Sei que vocês duas tem o direito de pensar coisas ruins sobre mim, mas eu nunca, nunca mesmo sairia bebendo tequila ou qualquer outra bebida oferecida em Hogwarts por um único motivo; não gosto. Já experimentei e simplesmente não sou um bebedor, não aprecio nada que faça meus sentidos ficarem alterados e também não sou tão burro a ponto de beber na escola até porque, não sei se você reparou, mas depois do banquete de abertura, minha cabeça está praticamente a prêmio, só falta um cartaz com meu rosto pendurado pelos corredores. Uma outra pessoa adulterou o ponche e eu fui idiota o bastante para virar de uma vez sem saber que aquela mistura estava quase envenenada. Se era tequila ou não, eu não sei porque pra mim todas as bebidas possuem o mesmo sabor ocre. Agora a pessoa que pregou tal peça, esta sim estava mal intencionada e saiu ilesa, justamente porque alguém... – Derfel limpou a garganta porque agora as coisas começaram a fazer sentindo, então “ela” era a tal.

- (...) Cuja lembrança acabou de voltar a minha memória, pegou a garrafa e a arremessou ou seja, a única prova contra tal pessoa foi feita em pedaços e nesta altura do campeonato já está longe de ser útil para que eu possa provar minha “inocência” e atestar minha burrice. Pronto. Já apontamos os dedos e temos os culpados e agora? Agora basta chorar sobre a tequila, ponche ou seja lá o que for. Só peço que guarde o máximo de discrição até porque Villeneuve como meu amigo está praticamente jurado de proteger o segredo como manda o código de cavalheiros, certo Logan? – Sim, deu uma ralhada de leve, a desculpa do duelo anterior era apenas para manter as meninas longe da confusão real, não queria garotas por perto porque com certeza uma delas contaria para Virginia, fora a comoção das meninas caso alguém se machucasse de verdade e por último aquilo era uma questão pessoal de longa data, não precisava de plateia apenas testemunhas pessoais escolhidas a dedo.

-Isso é claro, se tal embate realmente acontecer, porque agora precisamos tomar cuidado redobrado se alguém fizer essa conversa voar, sabe-se lá quais outras artimanhas serão usadas. Creio que posso contar com a ajuda de vocês. – Falou sério e na verdade não aguardava qualquer resposta. Voltou sua atenção novamente para Mariana que com certeza estaria preparando um sermão de duas horas com direito a música de fundo apenas para repreender Heaney diante de sua atitude estúpida. Quer ou não quer ir ao passeio?
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Mensagem por Mariana Lengruber Dom Out 21, 2012 7:00 pm

A conversa tomava um rumo inesperado. Não esperava que o assunto da festa retomasse naquele momento. Era da teoria de ‘What’s is past is past’, em alguns casos, claro. Normalmente nos que diziam a seu respeito e que não gostava de lembrar. Logan pedia desculpas por tê-la chamado daquele jeito na festa, e dizia que não estava em um de seus melhores dias. A sonserina apenas consentiu com a cabeça, como se aceitasse as desculpas.

Desencostou da parede quando percebeu o que estava fazendo. Estava encostada em um lugar cheio de limo, bactérias, e umidade. Além dos vários ratos e outros animais que passavam por ali. Sentiu seu corpo arrepiar de nojo eterno. Foi quando Logan falava sobre um duelo que pretendiam ter. E depois Derfel pregava um discurso sobre o que acontecido na festa e também sobre o embate que travariam com Ángel.

A sonserina escutava tudo com a devida atenção. Percebeu no tom de voz de Derfel que ele estava descontente com aquilo tudo. Não com o fato de que iria duelar, mas talvez pelo fato de terem interrompido sua reunião. Sentiu-se ofendida com a parte que fora dirigida a ela. O que ele estava pensando? Que era uma fofoqueira como várias outras do castelo? Enxerida, metida e irritante talvez, mas nunca uma fofoqueira. Manteve a expressão séria. Pensava sobre aquilo tudo. Seria aquela impressão que estava passando para todo mundo?

Remeteu seus pensamentos em atos passados. Havia se intrometido na briguinha do Vagão Restaurante. Depois estava no meio da confusão da Festa nas Masmorras. Agora era testemunha de um duelo que ainda estava pra ocorrer. O que raios estava acontecendo? Ela sempre fora a mais sensata do MAM, por exemplo, e agora parecia mais insana que May. Vejamos a atual situação em que se encontra. Havia seguido uma lufana para saber onde ela estava indo, sendo que não era de seu interesse. Encontrou dois grifinórios e manteve diálogo com eles, sendo que também não era de seu interesse. Estava em um lugar sujo, fedido e mal freqüentado. Começava a pensar na possibilidade de ter caído da cama enquanto dormia e batido com a cabeça.

E agora se sentia ofendida pelo grifinório. Em seu normal travaria uma briga verbal com Derfel, ou lhe chutaria a canela e sairia dali como uma dama. Mas não. Sentia-se realmente estranha por dentro. Talvez tivesse comido algo que fez mal. O chá? Os doces? Quem sabe... Engoliu a saliva que estava acumulada na garganta. Mordeu os lábios e dirigiu o olhar para os tão misteriosos olhos do irlandês. O mesmo havia voltado a perguntar se ela queria ou não queria ir ao passeio. O que também soou meio grosseiro para a garota em questão.

- Não sou de acordo com isso, mas também não sairia falando algo por aí que não me diz respeito... – respondeu um pouco amarga. – E sobre o passeio... Eu aceito o convite. Seria feio recusar. – virou-se para os presentes. – Se me dão licença, preciso voltar ao castelo. – deu as costas e seguiu pela trilha do Túnel. Precisava voltar por onde havia ido.

- Sozinha? Claro que não Mariana! Até mais Logan, nos vemos no dormitório. – Derfel dizia após a sonserina ter entrado no túnel, com um pouco de pressa. Assim foi atrás da inglesa.

- Você sabe que não precisa me acompanhar, certo? – dizia para o grifinório quando esse estava ao seu lado.

- Não, não sei. – respondia com um tom meio bravo. – Mas pelo menos eu me sinto melhor.

- Hm, se você diz... – deu de ombros levemente. Então seguiram o caminho para Hogwarts.

Resumo: A garota fica confusa sobre seus atos atuais. Sente-se ofendida com as palavras de Derfel, mas aceita o convite para Hogsmeade. Por fim decide voltar para o castelo, com a companhia do irlandês.

OFF: Encerrando minhas ações e as da Fabi também por aqui. XD
Mariana Lengruber
Mariana Lengruber
Aluna

Série 6º Ano

Inglaterra
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Cor : #A2CD5A

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Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias. Empty Re: Um túnel, um cigarro e meia dúzia de estórias.

Mensagem por Azmaria D. Corte-Real Seg Out 22, 2012 12:40 pm


Girls, we run this motha!



O calor do blazer de Logan fez com que Azmaria se aquecesse e que eu não pegasse nenhum vírus da moda por aí, tipo pneumonia de trasgo, já que de dragão andava muito mainstream pelas bandas de Hogwarts. Aquele encontro inusitado andava revelando-se uma caixinha de surpresas, afinal, estavam ali juntas as três pessoas que a cachaça fizera meu sol e estrelas odiar por alguns dias.

Derfel Heaney, aos olhos de minha lufana favorita não passava de um alcoviteiro que tinha fofocado coisas ao pé do ouvido de Logan, quem sabe lançado uma azaração e feito com que ele agisse como um completo babaca. Mariana Lengruber, era a tal da ovelha objeto de desejo dos dois grifinórios na noite e razão do seu ciúme doentio vir à tona. Ela era a semente da discórdia, Derfel o semeador e Logan, bom, Logan era o fantoche daquela trama shakespeariana.

No entanto, quando ela e Logan tinham terminado a noite aos berros e prantos, não tinha ninguém que ela pudesse culpar pelo comportamento do canadense. Pelas palavras trocadas que jamais poderiam voltar atrás. Assim, a lufana tinha odiado Logan ao perceber que seu amor era não correspondido e que ela que se achava tão entendida dos assuntos e dava ótimos conselhos, não passava do sujo falando do mal lavado. Não seguia suas próprias idéias e estava agindo tipicamente como aquelas garotas preguentas e loucas.

As coisas são como são, ela não tinha que culpar ninguém. E ao absolver Derfel e Mariana da culpa que ela lhes incumbia, sentiu alívio, mesmo sem dizer. Sabia que suas palavras tinham sido pouco decorosas com relação à Heaney, principalmente, e que embora carregada de um ultraje infantil, não tinha sido nada justa.

Ouviu com atenção o pedido de desculpas que o Villeneuve traidor fizera. Ao menos nisso ele era bom! Sabe o que dizem, a prática leva à perfeição. E Pelo jeito Logan devia viver pedindo desculpas por aí. Eu mesmo aguardo um pedido formal de desculpas por ter sido chutado na parede. Meu cocuruto ainda dói com o galo que cantou quando bati a cabeça na pedra da parede!

Enquanto o MEU PERDÃO REAL DE PUFOSO não vem, Logan e Derfel resolveram parar logo de embromação e como eu tinha suspeitado antes, estavam mentindo. Não tinha lufano nenhum desafiando Logan para duelo algum e nem lavação de honra. Não ao menos do jeito bobo que eles pregaram. Tá que quem mentiu foi Derfel mas como Logan desmentiu muito depois, ele pecou por omissão. Sou desses!!

E o impetuoso garoto continuava sua defesa como se fosse um mártir injustiçado. Azmaria não o julgava. Não tinha acompanhado o banquete de Seleção mas ouvira falar da repercussão dos fatos por todo o Castelo. E se estivesse lá, provavelmente teria sido do grupo reacionário que se prostrou de pé. Tinha inclusive, idealizado a figura do tal garoto que diziam por aí tinha desafiado as atitudes pouco docentes e decentes de um professor carrasco. Queria conhecê-lo, apoiá-lo. Era duro para ela perceber que aquele a quem ela achou que seria o novo Potter contava mentiras para garotas inocentes como se fosse a coisa mais fácil e natural do mundo.

E o fato dele ter mentido, não fez com que ela perdesse a admiração que nutria pelos atos por ele cometidos no Banquete, mas também impediram-lhe de sentir culpa por ter aparentemente ter sido a responsável por ter consumido com a prova cabal do delito do tal mexicano. Angel Del Aguirre. Ela conhecia a família de Beauxbatons, sua amiga Leona, inclusive estava noiva de Miguel Del Aguirre, provavelmente algum parente desse tal de Angel. Luz Del Aguirre tinha sido a chefe de sua Residência e sua professora e se eles tinham o mesmo sangue andaluzo, tinha certeza de que a briga ia ser boa.

Não se deixou abalar, portanto. Quando Logan, que ainda a chamava por Azmaria e não pelo apelido a que eram acostumados, ela percebeu o quanto a situação era crítica. Encarou os olhos de Logan como se esperasse pelo princípio do fim quando ele, para a sua surpresa, tocou-lhe os ombros com ternura e questionou-lhe sobre os fatos.

Claro que ela não o julgava culpado. Ela nunca o julgaria culpado. Ele sempre estaria a salvo de qualquer maledicência que pudessem levantar a seu respeito. Tanto assim é verdade que de algum jeito ela tinha achado uma forma de culpar Derfel e Mariana e depois de constatar que estava sendo injusta, passou a ter um novo alvo a quem culpar por todas as desgraças de sua vida: Angel Del Aguirre.

- Eu não aprovo injustiças e muito menos que tirem vantagem das pessoas. Sei que não fui de todo certa naquela festa, mas... – e então virou-se para Villeneuve – Eu não acredito que vocês sejam os bad guys da história. E podem contar comigo para o combate. Inclusive, se me permitem, pelas minhas andanças pelo Castelo, gostaria de sugerir um lugar para o encontro: a Torre do Relógio. Apenas dois caminhos levam à torre e um deles é passando pela Ala Hospitalar, seria mais difícil para alguém se intrometer, seja aluno ou professor.

E quem nunca usou a Lei de Talião, que atire a primeira pedra, meu bem! Por fim, o clima de revolta foi serenando e o casal Derfel e Mariana deixou Logan e Azmaria a sós num completo silêncio incômodo. Meu sol e estrelas então montou na vassoura e ao invés de desdenhar do convite feito ou de se fazer de importante, verdadeiramente demonstrou sua gratidão.

- Obrigada, Logan, por me contar a verdade.- e deu um impulso para o alto, planando há poucos centímetros acima da cabeça de Villeneuve, quase encostando no teto do Túnel – Te espero às 14 horas nas portas do Castelo. Dia 15. – e saiu voando por onde veio, levando consigo bem mais do que um casaco emprestado, a chave para um segredo sombrio e quiçá maior segredo de Logan Chevallier Villeneuve.



Girls!

vestindo: isso
escutando: beyonce - who run the world
thanks, baby doll @ OOPS


Resumo:
Azmaria D. Corte-Real
Azmaria D. Corte-Real
Aluna

Série 6º Ano

Portugal
Mestiça

Cor : #

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