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Heartbreaker

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Mensagem por Hazel Buckingham Ter Set 18, 2012 11:27 pm

Status: RP Fechada
Data: 03 de Setembro.
Local: Sala de Aula de Teoria da Magia
Participantes: Augustin Morthier e Hazel Buckingham


O sétimo ano foi a melhor coisa que me aconteceu. Certo, eu já tinha dito isso sobre todos os anos anteriores, mas desta vez é diferente: não poderia ficar melhor. A vontade que eu tinha era de voltar para o primeiro ano, porque com certeza havia uma coisa ou outra que eu deixei passar das aulas, e esse era um pensamento que me perturbava muito, inclusive. O atual motivo do meu entusiasmo era Teoria da Magia, não só porque o professor era um verdadeiro espetáculo humano, mas por conta da complexidade da disciplina, que me fascinava cada vez mais.

Cheguei com a antecedência de sempre e guardei um lugar para a Ana na minha frente, antes de começar a ler outra vez o primeiro capítulo do livro, que eu imaginava que seria objeto da nossa aula, até que vi Morthier entrando na sala. Até aí tudo bem, porque eu já sabia que teríamos que dividir nossa aula com os sonserinos e meio que esperava por sua presença (mas, não, meu baton e rímel não tinham absolutamente nada a ver com isso... o quê? Tô falando sério u_u). O que veio piorar meu dia mesmo foi o fato de que ele estava de mãos dadas com Kayla Osbourne, a provavelmente menos simpática garota da Sonserina.

Isso era mesmo estranho, porque eu nunca via Morthier demonstrando tão abertamente que estava ficando com alguém. Será que eles estavam em um relacionamento sério? Na mesma hora, porém, balancei a cabeça e sorri. Isso era impossível. Ela com certeza era só mais uma idiota que ele estava enrolando. Tentei até ficar com pena, mas não consegui não...

Não tenho orgulho de admitir, mas encarei mesmo. E se me permitem dizer, eles nem formavam um casal bonito, porque ela era um pouco mais alta. Além do mais, patético eles se sentando um do lado do outro na sala, porque com certeza ficariam de gracinhas um com o outro e me atrapalhariam a prestar atenção. Diga-se de passagem, se eles queriam ficar namorando, melhor mesmo seria se nem tivessem ido a aula, porque né, não é lugar pra isso. Bom senso?

Enfim, respirei fundo e parei de olhar para eles, até porque meu querido Jon tinha chegado, com todos os seus 1,90 e poucos de elegância e sensualidade. Convenhamos, nem se eu quisesse poderia prestar atenção em outra coisa, e eu decididamente não queria. Consegui manter o foco durante toda a aula, que foi maravilhosa, é claro, porque nos aprofundamos no estudo dos fantasmas, e eu tinha tantas anotações que poderia até complementar o manual de Anne-Sophie Sechieri e Arthur Warrington.

Estava realmente satisfeita, preparando-me para guardar meus materiais de volta na mochila, quando ouvi a voz sedutora do professor falando o meu nome.

- Srta. Buckingham, seria de muitíssimo préstimo se a senhorita guardasse os livros nas estantes enquanto me apresso para um compromisso. Tenha um bom dia. - Fiquei tão absolutamente vermelha e orgulhosa de mim mesma que varri a imagem de Morthier e suas acompanhantes da cabeça por completo. Aliás, mais ou menos, porque ainda tive que vê-lo dando um beijo na boca de Kayla, o que me fez quebrar a minha pena ao meio. Minha pena favorita. Eu deveria processá-lo por danos materiais...

Murmurei várias palavras ácidas, que, claro, não chegariam a ser palavrões, mas das quais eu me envergonharia muito quando estivesse mais calma. No fim, não disse nenhuma mentira: Kayla realmente tinha os dentes grandes demais, as pernas tortas e era tão burra que chegava a ser esperta (confesso, isso não faz muito sentido). Quanto a Morthier, ele de fato não passava de um conquistador barato, que só ficava com tantas garotas porque tinha que recorrer a qualquer método desesperado para aumentar a sua auto-estima (tudo bem, ele já tinha auto-estima suficiente para toda a população indiana, mas isso me parecia irrelevante, na hora).

Despedi-me de Ana, negando veementemente a sua ajuda, porque seria o grande prazer da minha vida ajudar o professor, o que a brasileira entendeu por me conhecer muito bem. Portanto, deixei meus pertences sobre a minha mesa e fui recolhendo os livros, enquanto a sala de aula se esvaziava gradualmente.

Resumo:
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Mensagem por Augustin Morthier Qua Set 19, 2012 12:23 am




I THINK I DID IT AGAIN



Kayla podia não ser a garota mais inteligente do castelo, mas pelo menos dava para o gasto. Além do mais, Augustin já sabia que em pouco tempo a dispensaria, já que não demorou mais que um dia para descobrir que seus defeitos eram completamente insuportáveis - o que acontecia em todos os seus relacionamentos, sem exceções. Mesmo assim, foi de mãos dadas com ela que entrou na sala do professor Jon Leicester e foi ao lado dela que sentou durante a aula.

É claro que toda aquela cena era causada pela própria Kayla, que era a típica garota-chiclete-possessiva, no maior estilo Overly Attached Girlfriend, mas Augustin ainda estava seu nível normal de humor para se importar com as extravagâncias da garota, a qual havia conhecido apenas um dia antes, na festa da Brotherhood, e da qual já começava a se cansar. Mas o rosto era bonito, e até que a voz dela não era irritante, então dava pra aguentar mais uns dias.

É claro que ele nem notou Hazel e seu olhar cheio de ódio. Tinha decidido que falaria com a corvina apenas e unicamente para pedir auxílios escolares, como sempre fizera. Dessa forma estava indo contra suas próprias convicções - principalmente a de que poderia conseguir a garota que quisesse - mas pelo menos evitava estresse e "nãos" consecutivos. Ela era só uma nerd no fim das contas.

Só que essa tática durou tempo suficiente apenas na cabeça de Augustin, porque assim que o professor anunciou o término da aula e ele foi até a saída para, obviamente, ir embora, não pôde evitar notar que Hazel tinha ficado para trás. E o sonserino inclusive pegou o final da conversa entre Jon e ela, descobrindo que a segunda ficaria para cuidar dos livros. Bem a cara dela mesmo, pensou Augustin. Kayla o aguardava de mão estendida na frente da porta, mas ele acabou dizendo que ficaria para "ajudar a nerd". Quando ela o olhou de cenho franzido, prestes a protestar, Augustin lançou-lhe sua melhor expressão de "vá, antes que eu perca a paciência" e, livre, pôde voltar para dentro da sala.

Andou sorrateiramente até onde ela estava, de costas para ele, ajeitando magicamente os livros nas estantes. A primeira ideia que teve - uma terrivelmente tosca, por sinal - foi fazer-lhe cócegas, mas por sorte foi rápido em perceber o quanto aquilo pareceria retardado e pouco lógico. Avançou mais um pouco e decidiu falar em seu ouvido, baixinho:

- Precisa de ajuda?

Foi super divertido vê-la espantar-se a ponto de dar um pulinho. Augustin desatou a rir com gosto.

- Muito obrigada, Morthier. É realmente gentil de sua parte. - Ela disse, já recomposta e aparentemente pouco contente por ter levado um susto - Mas será que sua namorada não ficaria chateada?

Nossa, o mais claro e óbvio sinal de ciúmes que uma pessoa pode dar é dizer "sua namorada" quando nem sabe se isso é realmente verdade ou não. Augustin já tinha ouvido aquilo TANTAS vezes! Mas vindo da boca de Hazel, isso não serviu para evitar que desse o mais satisfeito e debochado sorriso da galáxia, e chegou a aproximar seu rosto do dela com o olhar estreito dizendo:

- Isso é ciúmes, srta. Buckingham? - Mas logo se afastou. - Não se preocupe, Kayla não é minha namorada. Você ainda tem uma chance.

- Chance de quê? - Ela disse, fazendo a egípcia.

Augustin riu baixinho da falsa inocência de Hazel e chegou mais perto.

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- De ocupar o cargo.




RESUMO: Augustin vê que Hazel fica por último após a aula de TdM e decide ficar também MUAHAHAH

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Mensagem por Hazel Buckingham Qua Set 19, 2012 1:31 am

Cara, sério, eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo comigo. Eu sou uma pessoa boa, estudiosa, como verduras e frutas, não maltrato os animais e pago as minhas contas, então simplesmente não merecia estar passando por uma situação tão difícil como aquela. Afinal, Morthier não era o homem que mais havia colecionado mulheres em Hogwarts por acaso: ele era muito bonito, extremamente charmoso e tinha o diabo de uma lábia muito eficiente. Eu não era assim tão inexperiente quanto todos acreditavam, mas de qualquer forma não estaria pronta para lidar com ele, no sentido de resistir à sua influência, nem mesmo se tivesse ficado com o castelo inteiro.

Ele estava se aproximando cada vez mais de mim, e é claro que eu estava percebendo isso, mas por algum motivo não recuei - motivo esse que será eternamente uma incógnita para mim, inclusive. Talvez eu tivesse sido tola demais para pensar que já tinha me acostumado com as suas investidas, mesmo que eu já as negasse com alguma dificuldade antes, mas a verdade é que ele parecia estar tentando com mais afinco. Ou será que eu tinha ficado mais fraca? Eu não podia deixar que ele vencesse, e vou explicar por quê.

Eu não sei só ficar. Sempre que me envolvo fisicamente com um pessoa, acabo me apaixonando por ela e perdendo o que eu mais prezo no mundo, que é a minha racionalidade. Chego até a ficar ciumenta, como certamente já devem ter notado. Imaginem se eu me apaixonasse por Morthier? Ele me deixaria em um milhão de pedaços e eu ainda seria obrigada a vê-lo distribuir seu amor por aí todos os dias até o fim do sétimo ano. Não era seguro, não era inteligente.

Sim, eu estou falando por experiência própria. Como todos podem presumir, a nerd tímida sempre será um alvo desse tipo de rapazes, e eu nunca entendi por que eles achavam tão engraçado quando me viam apaixonada por eles. Eu, particularmente, achava cruel, apenas. E, bom, não sou tão estúpida assim e sei perceber quando estão tentando me enganar, mas nem isso me protegeu das outras vezes, porque eles pareciam ser realmente inofensivos. Portanto, imagina o estrago que não faria um Morthier, que de cara já gritava com todas as letras: “eu sou um cafajeste”?

Quando ele ficou a um palmo de distância do meu rosto, sugerindo que eu tinha a chance de ocupar o cargo de sua namorada, eu fiquei séria. Não vou negar que cogitei a possibilidade por três nanossegundos. Mas logo me dei conta de que ele só estava sendo galanteador, e foi uma bola de neve: percebi a situação perigosa na qual ele nos tinha colocado, então fiquei muito vermelha, então tentei me afastar e bati no armário, que estava logo atrás de mim. Céus, eu tinha alguma escapatória?!

Sem recursos, coloquei minhas duas mãos no peito de Augustin, olhando para o chão e o empurrei de leve, ganhando mais alguns centímetros de distância.

- Morthier, eu viro dançarina de cabaré no dia em que você começar a namorar sério - e sorri para ele. Logo, porém, eu ergui os olhos e acabei encarando seus lábios por alguns segundos. Acho que foi um reflexo, não sei, mas seja lá o que tiver sido, de uma coisa eu sei: foi um péssima ideia. Senti um comichão na nuca terrível e teria até o beijado se não tivesse conseguido olhar para o outro lado.

Só então percebi que ainda estava com as duas mãos no peito dele e as retirei com pressa, como se elas estivessem se queimando ali. A boa notícia é que consegui me afastar e fui pegar os poucos livros que ainda tinham sobrado fora do armário.

Resumo:
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Mensagem por Augustin Morthier Qua Set 19, 2012 4:30 pm




IT MIGHT SEEM LIKE A CRUSH, BUT...



Realmente, namorar sério não era algo que Augustin fazia com muita frequência, mas a ideia de vê-la como dançarina de cabaré o agradou, tanto que mentalizou a cena em sua cabeça, Hazel vestida com trajes pequenos dançando músicas burlescas num clube noturno qualquer, e isso quase serviu de incentivo para realmente cogitar namorar com ela. Bem, Hazel era muito bonita de certo, mas sua postura e trejeitos tão tímidos não faziam jus a toda sua beleza, ao contrário de uma boa lingerie.

Augustin abaixou o olhar para deixar claro que tinha notado a permanência das mãos dela ali - não que tivesse sido algo ruim - e por mais que a intenção dela fosse afastá-lo, o toque só servia para incentivá-lo a chegar mais perto. O que não pôde fazer, porém, visto que Hazel tinha se esquivado e fora pegar os outros livros. O sonserino revirou os olhos e decidiu que tomaria uma providência. Pegou sua varinha e apontou para o livro que Hazel tinha nas mãos para colocá-lo de volta na estante: "Wingardium Leviosa", e o trouxe flutuando até si.

Com um sorriso satisfeito, observou Hazel se frustrar, mas ela apenas o ignorou e foi atrás do outro livro sobre outra mesa. Entretanto, Augustin repetiu a ação e trouxe mais um livro para si, deixando os dois em cima da carteira à sua frente. É claro que a corvina era inteligente o suficiente para saber que podia usar o mesmo feitiço para pegar os livros de volta, mas também sabia que aquilo só daria corda para a implicância do garoto.

- Ah, esqueci de te pedir que pare de me chamar pelo sobrenome. É estranho. - Comentou distraído, apoiando-se em cima dos dois livros que tinha roubado. - E o que estava dizendo sobre ser dançarina de cabaré? Adoraria ver isso...

E ela não poderia ter me respondido de maneira mais surpreendente:

- Então comece a namorar a sério - Começou, mas foi depois disso que veio a surpresa: - Mas você tem toda razão, Augustin. Venho tratando você com formalidade demais, e às vezes até mal. Por favor, aceite as minhas desculpas.

Aquela mudança repentina de comportamento de Hazel não podia significar nada que fosse bom, por isso Augustin ficou alguns segundos parado tentando processar aquela frase. Desculpas? Augustin? Ele podia ser esperto e audacioso, mas não era tão inteligente como ela, e podia ser muito lerdo quando pego de surpresa. Naquele caso, o que ela estava tramando?

- Não aceito suas desculpas. - Ele falou, decidido a levar em conta as palavras de Hazel, quer elas fossem sinceras ou não. Então parou de se apoiar nos livros, pôs-se ereto e foi até ela de novo. Deixou-a de costas para uma das carteiras da sala e colocou os braços em sua volta, apoiando-se. - Mas você pode tentar me compensar.

- E-e...eu...como?...

ENCURRALADA, BABY. Hazel estava começando a deixar cair sua armadura, que um dia antes, na festa da masmorra do Pirraça, estava tão bem encaixada na frente de suas emoções. Hoje, porém, ela não parecia tão cheia de si. Augustin não sabia o que tinha a fragilizado, mas se soubesse daria um beijo nisso. Entretanto, era especialmente aprazível para ele vê-la ceder vagarosamente, e por isso não terminaria a brincadeira assim tão cedo.

Por isso aproximou-se o máximo que podia, encostando seu corpo no dela, e chegou a fazer menção de beijá-la, para afastar-se no último segundo e inclusive tirar seus braços que ainda se apoiavam na carteira atrás de Hazel. Ficou ali, encarando-a nos olhos, transmitindo uma mensagem muito clara: "eu posso ter você se eu quiser"; até que disse:

- Bom, há várias maneiras. - E cruzou os braços, despreocupado, ainda que seu sorriso fosse o mais diabólico possível. - Mas todas as minhas ideias acabam em você sem roupa. - Riu do que ele mesmo dissera e prosseguiu: - Como isso não é muito a sua cara, apesar de, modéstia à parte, serem ótimas ideias, que tal fazer todos os meus deveres de casa até o fim do ano? - E deu uma pausa. - Claro que, se você preferir, podemos ficar com a primeira opção...





RESUMO: Augustin vê que consegue seduzir Hazel, mas ao invés de ceder à sua própria vontade, resolve torturá-la um pouquinho.

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Mensagem por Hazel Buckingham Qua Set 19, 2012 5:40 pm

Para mim, parecia muito evidente que a única coisa que Morthier queria comigo era o prazer de me vencer. Não havia nenhuma outra explicação plausível, afinal eu estava claramente abaixo dos padrões das garotas que ele costumava usar. Certo, às vezes ele ficava menos seletivo e se enrolava com uma ou outra garota comum, mas isso só acontecia quando ele ficava muito tempo (uma semana?) sozinho, e tendo em vista que ele esteve com a língua no esôfago de Kayla há poucas horas, esse não era o caso.

Pensando nisso, resolvi mudar de tática: se eu parecesse ser fácil, provavelmente me tornaria desinteressante. Aí ele deixaria de me considerar uma presa e voltaria aos seus “hábitos alimentares” normais. Só por isso eu pedi desculpas a ele, já que eu não via motivo nenhum para fazê-lo, e achei que, na sua infinita presunção, Augustin não perceberia a falsidade das minhas palavras. No entanto, eu sou tão boa para perceber mentiras quanto sou péssima para contá-las, então acho que ele acabou notando qual era a minha estratégia, vez que começou a usá-la contra mim.

Deixa eu elucidar os fatos: de uma hora para outra, ele estava com os braços ao redor do meu corpo, muito próximo, perigosamente próximo, e desta vez não havia o que eu pudesse fazer para me esquivar dele. Ele tinha me pegado de jeito, o maldito, e eu começava a suar frio, quase completamente entregue. Só então Augustin disse que não me desculpava, mas eu poderia recompensá-lo de outras formas, e se eu já estava vermelha com ele calado, quando senti seu hálito quente no meu rosto então devo ter ficado roxa. Abaixei o queixo, com os olhos bem fechados, e engoli em seco, mas ele afastou-se de mim, o que era bom e frustrante ao mesmo tempo.

Considerando o conjunto das minhas reações, percebi que não precisei ficar com ele para me sentir emocionalmente envolvida. Eu estava apaixonada por ele, o que me tornava tão absolutamente estúpida quanto 90% da população feminina de Hogwarts, contando com as primeiroanistas, que escreviam o nome de Augustin dentro de corações e suspiravam (não que eu fosse fazer isso, é claro).

Eu poderia ter concluído que, como o estrago já tinha sido feito, não poderia existir nenhuma consequência tão gravosa assim se eu me rendesse e finalmente ficasse com ele, mas a questão é que o problema agora só passava a ser outro: com Augustin vencendo, eu perderia por completo a atenção que ele me dava, e eu realmente não iria gostar nem um pouco disso. Logo, como eu não conseguiria tê-lo de jeito nenhum, o mínimo que eu poderia ter de satisfação seria vencendo.

Aliás, que piada do destino poderia ser essa? Eu e Augustin não tínhamos absolutamente nada em comum e convivemos sem nenhum problema por seis anos. Por que agora ele começava a ter esse efeito devastador na minha prudência? Será que fazia parte da nostalgia dos setimanistas?

Sentei-me na mesa, com as mãos apoiadas entre as pernas e os pés suspensos, olhando fixamente para os meus dedos, que já estavam ficando arroxeados, tamanha era a força que eu colocava sobre eles. Respirei fundo e, a julgar pelo seu ar de vitorioso, Augustin já havia percebido que eu não me objetara à possibilidade de beijá-lo, segundos atrás, e tentar disfarçar isso seria pouco inteligente da minha parte e um desperdício do nosso tempo.

Meu plano inicial seria permanecer imóvel até que ele se cansasse e fosse embora. Depois eu tomaria um bom banho e procuraria meios racionais de resolver este problema, como desistir de todas as matérias que tínhamos que pegar juntos, por exemplo. Sim, eu estava disposta a tanto. Contudo, Augustin não ficaria satisfeito com a sua pequena vitória, e a prova disso foi o que ele disse:

- Que tal fazer todos os meus deveres de casa até o fim do ano? Claro que, se você preferir, podemos ficar com a primeira opção...

Eu fiquei com tanto ódio dele, com tanta vontade que ele percebesse como estava sendo cruel, mas eu não conseguia explodir. Não conseguia enfrentá-lo. Eu sou mesmo o tipo patético de pessoa que não se considera boa o suficiente para encarar os outros de frente. Por isso, apenas levantei-me e falei, muito séria, mas com a voz calma: - Por que você faz tanta questão de ter todas as garotas de Hogwarts? Se é o que você quer, sinta-se livre para espalhar que até a frígida e santinha da Hazel não conseguiu resistir ao seu charme, e eu juro que não vou negar.

Certo, isso acabaria afastando Augustin do mesmo jeito, mas parecia ser o meu único jeito de não perder.

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Mensagem por Augustin Morthier Qui Set 20, 2012 12:18 am




WHAT A LOVELY WAY TO BURN



Augustin não entendeu o que tinha feito Hazel se comportar de maneira tão hostil tão repentinamente, mas não era do tipo que se comovia também. Se ela queria entrar na onda do “falo exatamente o que penso”, então ele também o faria. Tirou o sorriso da cara e deu um passo em sua direção, mas sem ficar muito perto - já o tinha feito tantas vezes que a qualquer momento Hazel poderia espancá-lo. Não, claro, que ela pudesse ter essa vontade por apenas um motivo.

- Porque eu posso. - Respondeu com toda a honestidade do mundo. - Eu não faço nada para os outros, Hazel, querida. Você acha que eu tento provar alguma coisa pra alguém? Ah não, eu sou egoísta demais pra pensar nos outros. Portanto, não tenho a mínima vontade de “espalhar” por aí etc etc etc. - Respirou fundo, como se o assunto o entediasse. E realmente, Hazel estava estragando a brincadeira. - Era um desafio que eu tinha feito comigo mesmo e só isso.

Bem, isso era apenas meia-verdade. Augustin podia ser realmente egoísta e egocêntrico, mas gostava da sensação de ser conhecido, ainda que fosse por um motivo que muitos - a porção feminina do castelo, principalmente - julgavam ser ruim. Além disso, ainda que não planejasse sair gritando a plenos pulmões que conseguiu seduzir Hazel, ia se sentir muito contente em poder contar, ocasionalmente, o feito, só para alimentar seu ego (que é gigantesco). Mas a parte principal da meia-verdade era que Hazel não era só um desafio. Entretanto, no fim, tudo isso ficou guardado só para ele.

- Certo, então eu sou um jogo? - Ela quis saber, aparentemente revoltada.

Augustin rolou os olhos nas orbes e cruzou os braços. Podia, sim, encarar como um jogo, mas sabia que confirmar a pergunta de Hazel o faria desperdiçar todos seus esforços até então. O que poderia dizer para agradá-la? Aliás, a pergunta principal era: por que estava preocupado em fazê-lo?

- Não. - Acabou respondendo - Entenda como um elogio. Você lutou bravamente. - E abriu mais um de seus sorrisos.

E tinha mesmo lutado. Desde quando Augustin conhecera Hazel, ou seja, lá pelo quinto ano (probably) ela diariamente ia contra todas as tentativas de aproximação do sonserino. Não que ele tentasse tanto assim, mas inúmeras foram as vezes em que Morthier se insinuara, ora de brincadeira, ora a sério, e em nenhuma obtivera uma reação positiva. Hazel era tão esquiva quanto o diabo fugindo da cruz, então só de vê-la finalmente estar prestes a sucumbir diante seu encanto, Augustin já se considerava o maior garanhão do século.

- E o que te faz pensar que você ganhou?

Ele riu alto. Havia tantos fatores! Tantos que decidiu citar alguns deles, mas, para isso, esticou-se para pegar Hazel pelas mãos e puxá-la vagarosamente em sua direção, até que ele foi andando para trás também, para encostar-se numa das carteiras da sala; e quando o fez, falava enquanto a trazia:

- O vermelho no seu rosto... O jeito como você gaguejou uns minutos atrás... O seu ciúmes... - E quando ela já estava bem perto, concluiu, largando suas mãos para segurar sua cintura: - Preciso falar mais? Ou você ainda acha que eu não ganhei?

Ela veio, jogou os braços em volta de seu pescoço, e quando Augustin finalmente achou que aconteceria o grand finale - inclusive, seu sorriso presunçoso até tinha aumentado de tamanho - Hazel parou e parabenizou o sonserino por apenas ter chegado no "quase". E Augustin soube que se ele era o capeta, a corvina não era nada menos que a princesa diabólica do inferno.

- Parabéns, Morthier. Eu admito. você chegou ao quase - Foi o que ela disse, a diaba, e em seguida ainda se inclinou para sussurrar no ouvido dele: - E isso é o máximo que você vai ter.

É CLARO que aquilo serviu para acabar com Augustin completamente. Não que nunca tivesse ouvido aquela frase na vida, mas definitivamente não era o que esperava de Hazel, e foi justamente a surpresa que o fez afastá-la gentilmente. Não tinha ficado triste ou zangado, mas sim frustrado, e sua melhor forma de demonstrar isso foi mantendo o sorriso no rosto e abaixando a cabeça em sinal de derrota. No fim, aceitou que aquele seria apenas mais um dia em que Hazel Buckingham conseguiria manter toda sua dignidade e castidade, afinal, Augustin também tinha sua cota diária.

- Tudo bem então. - E olhou pra ela, ainda sorridente. Depois parou de se apoiar na carteira e foi pegar os livros que tinha impedido Hazel de guardar mais cedo, para fazer isso por ela.





RESUMO: Tudo se resume a mais um fora épico que Augustin leva de Hazel.
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Mensagem por Hazel Buckingham Qui Set 20, 2012 2:25 am

Eu fiquei muito frustrada quando ele se afastou de mim, mesmo com a impressão de que eu tinha conseguido vencê-lo. Aparentemente, havia coisas que eu queria mais do que defender a minha honra, senão não estaria me sentindo tão mal.

Fiquei de costas para ele, então nem o vi recolhendo os livros para me ajudar, porque minha cabeça estava girando e a adrenalina ainda estava alta no meu organismo. Provavelmente foi por estar movida por ela que tomei a atitude mais impensada de toda a minha pacata existência.

Fui em sua direção, empurrando as cadeiras que estavam no meu caminho sem cuidado algum e ignorando a orquestra infernal que isso produzia. Quando eu estava próxima o suficiente, o puxei pelo braço para que ele ficasse de frente para mim e dei um tapa tão forte no seu rosto que quase torci o pulso. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, contudo, o puxei pelo uniforme e o beijei, cheia de ódio.

Augustin parecia mais que satisfeito em retribuir, e, bom, ele fez jus a sua fama. Tanto que eu sequer consegui pensar em como tudo aquilo estava errado e como eu tinha sido estúpida, porque meu cérebro inteiro trabalhava apenas no sentido de puxá-lo para mais perto e, principalmente, de machucá-lo. Eu jamais tinha desconfiado que eu fosse aquele tipo de mulher, mas estava arranhando seu pescoço com tanta força que, onde minhas unhas passavam, logo apareciam pequenas gotículas de sangue, e mordia também seus lábios - embora não o fizesse com tanta força assim, para que não chegasse a nos atrapalhar. Como resposta, sentia suas mãos me apertarem cada vez mais na cintura

Ele, contudo, não iria conseguir ficar muito tempo em silêncio, então logo tratou de se vangloriar:

- Isso sempre funciona - rolei meus olhos nas orbes, mas com os lábios inchados e completamente despenteada, duvido muito da credibilidade que eu estava passando para ele. Eu sei que isso pareceria muito inapropriado para o momento, mas só consegui pensar no que o rei Juan Carlos disse a Hugo Chávez em 2007: ¿Por qué no te callas? . Tudo isso, é claro, só fazia com que eu fosse recuperando o meu juízo, e, com ele, a minha vontade de ir embora (até porque o rei trouxa não era muito bonito).

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Quando Augustin voltou a me puxar para ele, contudo, eu voltei a ceder. Como eu sou fraca! Como eu sou estúpida! Mas a intensidade deste beijo, já estava bem menor e provavelmente ele conseguiria notar isso. Eu estava ficando consciente de novo, o que significava reconhecer que nós dois nunca mais trocaríamos uma palavra sequer, e que ele passaria por mim no corredor como se eu fosse parte dos tijolos das paredes.

Fui eu que nos separei desta vez, e a primeira coisa que fiz foi uma breve análise do estrago que as minhas unhas fizeram. Seu pescoço estava bastante machucado, e eu acho que deveria ter ficado orgulhosa, mas a verdade é que fiquei envergonhada e com remorsos. O mais correto que eu tinha a fazer seria pedir transferência da Corvinal, porque meu comportamento estúpido não me permitiria mais conviver entre os mais espertos de Hogwarts. Seria uma pena, porque eu amava a minha casa, mas poderia ser bom, se eu acabasse ficando no mesmo dormitório que a Ana.

Mordendo o interior das minhas bochechas e olhando para o lado, pensei se dizer: “valeu então, hein, tchau”. Mas a verdade é que eu não queria dizer nada, e nem conseguia olhar para ele. Augustin, porém, não foi tão frio quanto eu pensei que ele seria assim que nos beijássemos, porque ele colocou as duas mãos em meu rosto e, depois de ficar me olhando por alguns segundos (muito desconfortável isso, aliás), disse: - Você pode parar de fazer essa cara de quem vai explodir e dizer alguma coisa - esse era um sorriso diferente dos que eu já o tinha visto dar. Não era arrogante, não era presunçoso, mas eu não sei dizer o que era com precisão.

Enfim, e eu diria o quê? Here’s my number, call me maybe? Mas, ok, eu poderia ter imaginado que ele não seria mal educado comigo, porque as garotas que o odiavam não o faziam porque foram maltratadas por ele. Era bem o contrário.

- Hm... eu acho então que o mais apropriado seria: - e dei dois passos para trás, com a voz um pouco embargada - foi bom ter te conhecido.

Desta vez, ele que parecia insatisfeito com o que eu disse, porque rolou os olhos e perguntou:

- Você faz isso com todo mundo que beija?

Ouvi-lo falando daquele jeito, “todo mundo”, fez parecer que tinham sido tantos. Cá entre nós, Augustin era o terceiro, e tinha potencial para se tornar um trauma tão grande que provavelmente também seria o último. Consegui dar um sorriso, mesmo que ainda estivesse um pouco nervosa, e respondi: - Não. Quem faz isso é você, eu presumo.

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Mensagem por Augustin Morthier Dom Set 23, 2012 12:24 pm




GIRL, LET ME LOVE YOU



Eu, um mero narrador, não preciso nem dizer que o plano de Augustin foi infalível. Ok, na verdade ele não tinha planejado se fazer de vítima para conseguir o beijo de Hazel, mas quando viu que aquilo funcionara justamente para aquele objetivo, consagrou-se como melhor conquistador ever. E nem precisou se esforçar tanto! Sim, ele tinha ficado frustrado e com as esperanças arrasadas realmente, mas no fim a corvina tinha o coração mole como manteiga. FLAWLESS VICTORY, fellas.

Heartbreaker The-very-best-of-the-success-kid-meme

O que Augustin não esperava, porém, era que Hazel fosse boa naquilo. Por isso, ele não conseguiu negar para si mesmo que ela tinha excedido todas as suas expectativas, de forma que impediu-o de querer largá-la em qualquer segundo. O mesmo não acontecia com ela, claro, porque sua raiva (cuja a origem Augustin jamais descobriria) estava bem explícita nas unhas que arrancavam uma camada superficial de pele do pescoço do sonserino. Ele não podia reclamar, ainda que nunca imaginasse que Hazel fosse aquele tipo de garota. Se num simples beijo ela lhe arranca um pedaço, imagina o que faria na cama? Sim, Augustin pensou nisso.

Mas, como previamente citado, ele nem teve muito tempo para pensar em muita coisa, porque logo Hazel estava separando seus corpos com aquela cara de enterro de quem está prestes a ter um piripaque existencial. Augustin inclinou-se para poder analisar melhor seu rosto e decifrar seus pensamentos, mas como falhou miseravelmente, teve que verbalizar sua vontade de ouvi-la dizer algo ao invés de ficar com aquela expressão morta.

Claramente, Hazel ainda acreditava na fama de cafajeste de Augustin e, pelo visto, parecia ter medo de que o que acabara de acontecer fosse traumatizá-la para sempre. Para o sonserino, porém, aquilo só podia ser interpretado como vergonha. Ela estava arrependida? Ah, esse definitivamente era um péssimo sentimento para Augustin, com o qual ele não sabia lidar nem de leve. Além disso, então, Hazel tinha achado ruim? Essa perspectiva acabou com o ego de Morthier, claro, que sumiu com seu sorriso assim que as dúvidas começaram a surgir na sua cabeça. Oras, não era possível que tinha sido bom apenas para ele.

- E o que eu estou fazendo, Hazel? - Perguntou, agora visivelmente irritado - Tentando descobrir o que você tem? Ou dizendo que nunca mais quero te ver? - Bufou, ajeitando a postura, preparando-se para sair. - Céus, se foi tão ruim assim não precisava arrancar minha pele.

E deu as costas para ela, ignorando as gotículas de sangue que escorriam de seu pescoço, seguindo em direção à porta.







RESUMO: Augustin acha que o comportamento de Hazel se deve ao fato de que ela não tinha gostado do beijo e que só fizera aquilo para sossegá-lo. Irritado, dá as costas e segue em direção à porta para ir embora.
Augustin Morthier
Augustin Morthier
Aluno

Série 7º Ano

França
Trouxa

Cor : #914205

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Heartbreaker Empty Re: Heartbreaker

Mensagem por Hazel Buckingham Ter Set 25, 2012 10:24 pm

Resumo:

Eu não podia acreditar que Augustin tinha achado que eu não gostei do beijo. Primeiro porque tinha sido a sensação mais intensa que eu já experimentei em toda a minha vida, mas isso é facilmente ignorável, tendo em vista todas as privações que eu mesma me impus no campo amoroso. A grande questão era, portanto, que ele, o grande pegador, o arrogante, o incorrigível Augustin Morthier estava agindo como se fosse uma pessoa insegura. Eu não achava que isso fosse possível, sério, nem combinava muito com ele. Quase ri.

Só não o fiz porque comecei a cogitar a possibilidade de ele estar fazendo aquela cena de propósito, já que, uma vez tendo alcançado seu objetivo, agora precisava de uma desculpa para me deixar ali, com cara de boba. Inclusive, era uma estratégia muito inteligente, porque eu acabava como a vilã da história e ele a grande vítima de Hazel e seu temperamento difícil. Acontece que eu estava particularmente bem humorada naquele momento, então resolvi conceder a ele o benefício da dúvida.

Como ele andava em direção à porta, que estava fechada (ainda bem, assim as chances do nosso beijo ter sido visto pelo castelo inteiro diminuíam), eu apenas pronunciei um Colloportus para trancá-la, já que a alternativa a isso seria dizer, deliberadamente: “não vá, por favor”. Ao invés disso, o que eu falei foi:

- Você não pode sair assim - meu tom de voz era baixo, e eu esperei que demonstrasse como eu estava constrangida com tudo aquilo. Ele estava em pé, de costas para mim, e era mais alto que eu. Por isso, fiquei de joelhos sobre a mesa que estava mais perto dele e o puxei levemente para que apenas alguns milímetros separassem suas costas do meu torso. Em seguida, deixei que minha varinha o tocasse no pescoço suavemente, e percorri com delicadeza os rastros de minhas unhas, enquanto sussurrava um simples feitiço de cura. Era o mínimo que eu poderia fazer, depois de ter me comportado como uma maluca.

- Essa hipótese, de ter sido ruim... é absurda, você sabe, não é? - minha voz ainda era um sussurro, talvez porque eu queria com muito ardor evitar o assunto. Eu não queria massagear seu gigantesco - ou não? não tinha mais certeza - ego, longe de mim, mas também não queria um mal entendido daquele tamanho me perseguindo.

Então, tomada por algum tipo de força malígna, senti meu corpo se inclinando, e quando dei por mim, vi que meus lábios ficaram a centímetros de sua nuca. Quase, QUASE o beijei, mas aparentemente toda coragem que meu corpo tinha capacidade para produzir eu tinha gastado para agarrá-lo e feri-lo. Eu não era estúpida; sabia que provavelmente ele tinha sentido meu hálito quente contra si, mas preferi ignorar o fato e torcer para que ele concluísse ser apenas uma impressão sua. Limpei minha garganta, guardei minha varinha e sequei minhas mãos úmidas na saia, antes de dizer:

- Pronto, Augustin - eu ainda não estava habituada a chamá-lo pelo primeiro nome, mas sentia que não seria assim tão difícil me acostumar. Finalmente, pronunciei o alohomora e então conclui - Está liberado. E me desculpe, bom, por tudo.

Então sentei-me sobre os meus calcanhares, sorrindo e olhando para os meus joelhos. Provavelmente eu teria um surto assim que ele cruzasse o portal.
Hazel Buckingham
Hazel Buckingham
Aluno

Série 7º Ano

Inglaterra
Mestiça

Cor : #7AC5CD

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Mensagem por Augustin Morthier Sáb Set 29, 2012 1:23 pm




flawless victory



Antes de chegar à porta, Augustin foi impedido de passar por ela devido ao feitiço de Hazel. Bom, aquilo já era um avanço. Ele estava mesmo irritado e até indignado, mas quase esqueceu desses sentimentos quando percebeu que a corvina fazia questão de que ele ficasse, o que era inclusive uma surpresa, visto que Augustin jamais esperaria que ela tomasse uma providência como aquela. Afinal, estava mesmo planejando ir embora e abandoná-la, já se arrependendo de tudo que fizera até ali.

Entretanto, ele parou e esperou que ela continuasse com o que quer que estivesse pensando em fazer. Na verdade, sua maior expectativa - e a mais otimista - se baseava na possibilidade de Hazel começar um discurso racional sobre como ele estava sendo inseguro, justo ele, que por inúmeras vezes acusara a própria garota de tal insegurança, e imaginou que, depois disso, ela o deixaria sair.

Suas ideias estavam erradas, porém. Hazel não só o surpreendeu (pela terceira vez no dia) ao se aproximar como também ao tocar a varinha em seu pescoço, para curar os arranhões que ela mesma fizera e que ele, a seu modo, gostara, e que também planejava guardar as injúrias como um troféu. Augustin gostava de marcas. Ainda assim, aproveitou aquele momento, tanto quanto quando ela se aproximara para beijar sua nuca - deixando o sonserino no mais épico e profundo vácuo, consolando-o apenas com arrepios provocados por seu hálito contra a pele dele.

Quando ela se afastou e disse que ele estaria liberado - a segunda parte Augustin ignorara completamente, já que não sabia o porquê de Hazel estar lhe pedindo desculpas -, virou-se finalmente para poder encará-la, sentada naquela posição esquisita sobre a mesa, e ofereceu-lhe um sorriso que era metade satisfação pura por ter finalmente conquistado a garota e parte porque realmente tinha apreciado sua consideração.

- Você precisa destrancar a porta. - Ele disse ainda sorrindo, encostando o abdômen na cadeira e inclinando-se para frente, usando as mãos para abaixar as pernas que o impediam de alcançar o rosto de Hazel e ficando entre elas. - Poderia fazer isso pra mim?

- Não... nem queria que você fosse embora - Ela respondeu com a voz trêmula.

Augustin alargou mais seu sorriso, desconhecendo aquela enorme sensação de objetivo alcançado porque, misturado a ela, havia um outro sentimento - bom - que ele não sabia identificar. Estava contente, principalmente por ver que seus esforços não tinham sido em vão afinal, e que o resultado saíra melhor do que a encomenda. Não tinha a mínima intenção de namorar com Hazel, mas pelo menos pelo resto do dia gostaria de estar do lado dela.

Ajeitou a postura, puxou-a pelas mãos para botá-la de pé no chão, e disse:

- Quem diria que você, no final das contas, é uma manteiga derretida? - E então ofereceu o braço, inesperadamente bem-humorado, para que ela o acompanhasse para fora da sala - assim que alguém se dispusesse a abrir a porta.




Resumo: Augustin cede fácil à Hazel e, contente não só por tê-la conquistado, mas também por algum motivo desconhecido, joga seu último charme do dia (ou não) e depois convida-a a deixar a sala com ele.

RP encerrada.
Augustin Morthier
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