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Expresso de Hogwarts [encerrado]

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Mensagem por Natalie Flower Ter Ago 07, 2012 3:56 pm

Péssimo inicio de ano. Mal a garota Flower começara a saborear seus feijoezinhos de todos os sabores enquanto pensava em coisas aleatórias (ou seja, se segurava para não pensar no garoto Fullside), uma garota loira com a parte de cima da anatomia do tronco avantajada - para inveja da lufana, que era uma tábua - adentrou sua cabine, aparentemente falando consigo mesma. Sua pose arrogante já demonstrava a qual casa a garota loira pertencia: Claramente sonserina. Não que Natalie precisasse adivinhar; já vira em várias ocasiões a loira nas aulas de seu ano. Seu nome algo tipo, Elise, Elane...Elena? "Sim, Elena" Resolveu a garota em pensamento "Tipo Elena de Tróia." Concluiu, lembrando do clássico aparentemente trouxa que a menina lera a algumas épocas atrás. Aparentemente porque, como todo mundo que era bruxo e lia livros com frequencia estava careca de saber, na verdade a Ilíada e a Odisseia trouxa eram fracas adaptações da obra original de Homero, que era um bruxo historiador bastante talentoso, que deu um caráter fantástico de deuses à história para levá-la ao conhecimento trouxa, de modo a explicar os eventos fantasticos só possíveis com magia. De fato, Natalie já fizera uma magnifica resenha sobre as obras, mas, enfim, ela estava divagando.

Murmurando um fraco "oi" à sonserina, a garota acabou entrando em um mundo de mentiras na tentativa de esconder sua verdadeira natureza, afinal de contas ela não queria se encrencar com sonserino nenhum. E todo mundo sabe que o passatempo favorito sonserino é enfeitiçar maldosamente um bom e inocente lufano. Pobre de sua casa, ninguém nunca entenderia quão magnífica era a casa do qual ela fazia parte e muitos pareciam recriminar. Hmm, invejosos frustrados.

Claro que a lufana não era exatamente boa em mentir, logo foi rapidamente desmascarada. Ok, ela tivera uma péssima ideia ao tentar tapear a garota associando o sobrenome dela à o de uma vodka trouxa que ela vira a propaganda uma vez. "Acho que não tenho cara de russa". Na verdade até que a mentira durara, visto que a sonserina não conseguira associar o rosto da lufana à da irmã sonserina, o que, venhamos e convenhamos, é realmente um grande feito, já que as duas irmãs são quase idênticas.

Finalmente desistindo da grande mentira a menina se apresentou, esperando que a sonserina fosse ao menos razoável em relação à opção que a garota Flower dera, de se manter calada a viagem inteira do trem. Obvio que desgraça pouca é bobagem e, como dizem, azarado de Merlin vira de tolete pra adiante, a garota mal acabara de se apresentar quando a velha mais velha que a garota lufana já vira entrou na cabine segurando nada mais nada menos que um porco.

Natalie Flower nunca fora fã de porcos. Mentira, ela nunca tivera nada contra, mas por algum motivo, aquele porco associado a aquela velha estava simplesmente deixando a garota em pânico. Afinal de contas nada bom vem de uma velha com um porco num trem com estudantes. E só Merlin sabe do que aquela velha seria capaz, afinal estamos falando de Hogwarts. Segurando a custo uma careta, a garota respondeu o bom dia da velha timidamente, infelizmente não conseguindo retirar seu olhar do porco nos seus braços. Era impressão dela ou aquele maldito porco estava a encarando?

— Hmmm... Bom dia...

Porém, aparentemente, sonserinos não eram exatamente muito bons em ser educados então, com a sensibilidade própria de uma verdadeira sonserina, Elena respondeu à velha do modo mais rude que algum ser podia algum dia imaginar, o que, claro, não agradou à velha - seja Merlin quem fosse ela. Porém Natty estava apostando em professora. Uma absolutamente velha professora. A velha estreitou os olhos. Aquilo decididamente não era um bom sinal. A lufana começou a pensar modos de se livrar da vingança que a velha provavelmente daria à sonserina.

A velha, então, sentou no banco ao lado da garota, que, como já estava fazendo, não conseguiu absolutamente retirar o olhar do porco, que naquele momento começara a, estranhamente, mastigar alguma coisa que achara no banco e estava inquieto.

"Espera, comida no banco....MEUS DOCES!"

Pensou a menina, entrando em desespero, enquanto procurava os sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores e chicletes baba-bola que ela deixara displicentemente do seu lado no banco. O porco comera tudo. Dividida entre entrar em pânico com a professora, ficar irritada com o maldito porco comedor e ficar com medo do mesmo maldito porco comedor a garota sentiu seu grito de revolta travar na garganta. No meio da confusão, a garota nem ao menos notou direito quando uma segunda sonserina abriu a porta da cabine, falando com Elena.

- Oi, Lena! Quer me ajudar a procurar a Louise? Ela provavelmente está traumatizada em algum canto do trem.

Sem esperar resposta de nenhum dos presentes ou ao menos dar um tchau educado, as duas sonserinas deixaram a cabine e, de repente, a menina se viu sozinha com a velha. Poxa, ela não fazia ideia de quem era Louise mas a menina não podia simplesmente procurar essa "pessoa" sozinha e deixar Elena ao menos lhe fazendo companhia na cabine?

-Hum, pois é, mas não nos apresentamos....Sou Natalie Flower, lufana do quarto ano! E você, quem é?

Bom, se ela estava mesmo só com a mulher, o melhor seria utilizar de todo seu dom diplomata lufano e tentar se dar bem com ela...seja quem ela fosse. Deu um sorriso amarelo. Estava dificil tentar não olhar para o porco enquanto ela tentava dialogar com a velha. Ela realmente esperava que aquele ser faminto não comesse sua mochila.

Tão logo a garota finalmente conseguira retirar seu olhar do porco e tentava procurar um assunto decente, Chester Lewis, um corvinal bem legal que a menina tivera a oportunidade de conversar algumas vezes sobre o quão ruim ambos eram em quadribol, entrou na cabine, vendendo uma bebida trouxa. Natalie bem soubera por alguns boatos que o corvino era de uma familia mais simples e que o mesmo aproveitava todas as oportunidades possiveis para conseguir dinheiro e resolveu que compraria a tal bebida. Ademais, ela nunca provara uma legitima bebida trouxa e estava bem curiosa com aquele carrinho chamativo e o nome "coca-cola" que estava escrito.

– Olá Chester. Hum, eu nunca provei nenhuma bebida trouxa! Vou querer duas... – a lufana resolveu que ao menos deveria oferecer uma bebida à velha, pela grosseria da sonserina – uma para mim e uma para..."será que ela vai gostar? – a senhora aqui.

Pagando pelas bebidas, a menina pegou os refrigerantes e ofereceu um à velha. Não haviam começado de um modo adequado, mas quem disse que elas agora não podiam simplesmente recomeçar? Otimismo de lufana é mesmo uma coisa interessante...

Spoiler:

off: malz se tiver algum erro e mp-me se tiver, eu não revisei pra ser honesta, to no work haha xD
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Mensagem por Kayra Leigh Ter Ago 07, 2012 4:24 pm

Spoiler:

– Peraí... me explica de novo por que você vai para Hogwarts, porque eu não entendi!

Kayra atirava coisas por todos os lados do quarto. O closet, outrora um primor de organização, havia se tornado mais desorganizado que brechó de ex-gorducha: sapatos díspares, calças enroladas em meias e muitos, muitos casacos pesados espalhados pelo chão.

– Emma, fecha já essa matraca!

Emma havia entendido muito bem. Só achava o cúmulo o fato de ela ter sido pega, afinal, ela mesma já aprontara das suas em Beauxbatons e nunca havia sofrido penas tão duras. Isso, no entanto, não a impedia de gargalhar mediante a tragédia grega que havia se tornado a vida da prima.

Parada diante da porta de seu quarto, Kayra analisava pela enésima vez o pergaminho preso a ela com cola permanente, ostentando o símbolo de Durmstrang. Aquela maldita carta esfregava a realidade em seu nariz, a de que algum radmanta* de quinta categoria andara vigiando seus passos e dissera tudo o que sabia aos superiores. Não que os professores já não soubessem quem ela era, mas havia detalhes que só algum invejoso e desocupado que acompanhara sua vida acadêmica saberia com tanta precisão – isso, segundo a opinião de Kayra, era coisa de radmanta. Os alunos da Szulvprak, especialmente os chamados Renegados, eram incapazes de tamanha traição. Embora a carta indicasse que Kayra era uma excelente aluna, salientava aquilo que considerava negativo para a instituição: seus problemas de socialização, comportamentais e, talvez, mentais. Como se Durmstrang não desenvolvesse seus alunos para serem altamente competitivos, narcisistas e, em certos pontos, vingativos. Mas questionar sua sanidade já era demais.

– Aqueles malditos praticamente me chamaram de débil mental! – rosnava, enquanto desfazia a mala que tinha preparado para a viagem rumo à ilha de Strang.

Pelo menos Leviosoy jamais se esqueceria dela. A professora de poções e suas aulas extremamente maçantes tiveram a lição que mereceram. Claro que a diretoria de Durmstrang usou a explosão da ala de poções como motivo para pedirem que Kayra fosse diagnosticada por curandeiros especializados em senilidade juvenil. E obviamente que os sócios do pai na rede de boticas passaram a questionar se ele deveria manter-se na presidência da empresa, tendo em vista o fato de que Kayra tinha ímpetos explosivos quando muito próxima a uma poção. E, para piorar, membros das ONMs (Organizações não Ministeriais) das quais a mãe fazia parte questionavam se não seria melhor que ela cuidasse da saúde da filha antes de palestrar pelo mundo sobre a reabilitação e reinserção social bruxos carentes e delinquentes. Muito drama pra tão pouca coisa...

O assunto havia virado pauta há algumas semanas e ela certamente não pretendia ficar alheia a um tema que a envolvia diretamente. Então, como sempre, Kayra esgueirou-se pelos corredores da casa de veraneio na Riviera Francesa, para ouvir o que os adultos discutiam. Para sua surpresa, aquilo que considerava pouco ganhara proporções tão avassaladoras que causara uma reunião com toda a família – razão por que ela e Emma estavam vivendo aquele momento tão fraterno. Em todo o caso, a solução encontrada fora mesmo a transferência. Embora a mãe da garota ficasse aliviada por sua saída daquela escola, preocupava-se com o tipo de companheiros que a menina poderia encontrar por lá.

– Ela se dá bem com os Baudelaire, que estudam lá. E parece que a nova amiga dela, da Rússia, está voltando para Hogwarts. Ela terá boa companhia – disse Theodore, pai de Emma, para o alívio da irmã, a mãe de Kayra.

Naquele mesmo momento, uma coruja adentrou a casa. Theodore antecipou-se à irmã e apanhou a carta. – E por falar na menina russa – e fez um gesto indicando a carta, deixa perfeita para que Kayra voltasse correndo para o seu quarto e fingisse não saber de nada. Se todos os planos falhassem, ao menos teria companheiros decentes com quem dividir os momentos naquela escolhinha sem prestígio.

– Você tem mais é que agradecer a influência do papai no mundo bruxo. – cantarolou Emma, tirando Kayra de seus devaneios – Não fosse por ele, você nem estaria estudando este ano!

Kayra sentiu a maldade nas palavras da prima. Aquele era o mesmo veneno que ela destilava quando queria impor sua superioridade. Então, a grega interrompeu seu ataque de raiva para encarar Emma. Tirou uma peça de biquíni da cabeça, onde fora parar em meio à crise, e, com aquela calma imaculadamente fingida, dobrou a peça e guardou-a na mala – a mesma que oficializara sua transferência, pois continha o símbolo de Hogwarts.

– Mas fofa... – sabe aquele “fofa” cheio de falsidade que as vendedoras usam pra te empurrar aquela peça ridícula que está empoeirando na prateleira? Pois é, prenda-se a esse “fofa” e continue – Se a influência do seu papai é tão grande, por que não conseguiu me manter em Durmstrang? Ou mesmo em Beauxbatons? – Emma empertigou-se, com a mão no cós da calça, onde prendia seu estilingue. Como eram farinha do mesmo saco, sabia que aquilo não acabaria bem. E Kayra havia finalmente chegado ao ponto-chave da provocação. – Melhor! Como vai o noivo, hein? Afinal, ser a vigésima sexta na dinastia van Nederland, em uma corte cheia de mestiços e trouxas, deve ser terrível pra quem quer manter o poder, não? Daí a ideia de casar a filha com um parente distante, algumas gerações à frente na briga pela coroa! Isso é que é influência.

CRASH!

O espelho do toucador de Kayra virou farelos em questão de segundos. O estrago que muitos bruxos são incapazes de fazer com sua varinha, Emma faz com seu estilingue e bolinhas de chumbinho. Embora bruxa, ela prefere o ataque à la moleque de rua, uma assinatura pessoal que deixa claro que os resultados podem ser muito piores com o uso de uma varinha. Pálida, Emma levantou os olhos azuis para os olhos azuis de Kayra que, desafiadores, sustentaram sua fúria. As duas meninas tinham as mãos na cintura. Kayra, ostentando o ar de superioridade que costumava esfregar na cara de qualquer um que se transpusesse em seu caminho.

– Podemos mudar de assunto? – disse Emma, ainda empunhando o estilingue.

– Como queira, meu bem! – satirizou a grega, mostrando que seu ataque não depende de uma arma.

– Quer ajuda com as malas? – cantarolou Emma, sarcasticamente.

– Quero que você abra um buraco na terra, se enterre, mas deixe a cabeça para fora, pra que eu possa abrir seu crânio com uma pá. É possível? – respondeu, Kayra, com doçura.

– É preciso mais do que o mau humor pra me derrubar, querida!

E Emma deu dois leves tapinhas nas bochechas de Kayra, antes de sair definitivamente do quarto da prima. Kayra respirou profundamente antes de atirar nela o par de botas que tinha nas mãos. Mas o plano já estava traçado. Nas próximas férias, precisaria encontrar um lugar para esconder o corpo da prima.

Enquanto os van Nederland seguiram em sua viagem pelo interior da França, a família Leigh partira para a Grã-Bretanha em meio ao monólogo da mãe de Kayra, que, segundo o marido, estava aconselhando as paredes, já que Kayra preocupava-se mais em consertar o esmalte lascado em sua unha. Impaciente, a mãe dera uma rápida estocada de varinha nas unhas da filha, transformando o vermelho melancia em um sóbrio tom nude.

– Ei!

– Eu só vou dar este aviso uma vez, Kayra! – para sua surpresa, quem falava agora era o pai, o que a fez interromper os impropérios, inclusive os mentais. Odiava o poder legilimente que ele possuía – Não saia da linha. Qualquer coisa que possa interferir nos meus negócios ou no trabalho de sua mãe está expressamente proibido. E você sabe que meus castigos vão muito além do corte de mesada.

O pai sussurrou cada palavra e ela meramente assentiu. Embora não tivesse planos de mudar seu jeito de ser para agradar os outros, entendera o recado à sua maneira. Nada atrapalharia o trabalho da mãe ou os negócios do pai, porque ela teria o cuidado de que isso não chegasse novamente ao conhecimento deles. Logo, deu o braço à mãe e, juntas, seguiram para King Cross, onde supostamente deveriam encontrar os Baudelaire, ou ao menos Isadore. E não precisou de muito tempo para que Kayra avistasse a amiga de férias de verão – que agora se tornaria também colega de classe. Charles provavelmente a deixara pra trás, como era de hábito – e como a rusga era deles, o problema também o era –, o que, de certa forma, facilitaria as coisas.

– Olhem, melhor nos despedirmos aqui – afirmou Kayra, categoricamente. – Já que todo mundo tá sabendo que fui forçada a me transferir pra cá e eu garanti a vocês que não vou atrapalhar os negócios, mereço um voto de confiança, não? Chance de recomeçar?

Ela não sorriu e, embora desconfiados, os pais concordaram. A mãe ajudou Kayra com o casaco e abraçou-a, ainda que com certa frieza. O pai beijou sua mão, como costumava fazer quando ela era criança e perguntava por que Emma podia ser uma princesa, mas ela não (ao que ele respondia que ela era a sua princesa), mas não deixou de olhá-la com firmeza. A grega entendeu o recado e caminhou, com a mala, para onde estava Isadore. Um homem de aparência medonha afastava-se da jovem Baudelaire, enquanto o velho motorista – vigilante intrometido – puxava conversa, como se fosse seu melhor amigo.

– Pois é, Kamikaze, como a Isa disse – e ela mostrou certo contentamento com a presença da grega –, você tem obrigação de saber fazer tudo. Então, vamos começar com algo simples – e ela jogou sua mala em cima do funcionário de Isadore. – Melhor que tudo esteja inteiro quando entrarmos. Cadê o Charles?


Isadore revirou os olhos, em uma nítida reação de repulsa. Kayra riu maliciosamente, entendendo o recado silencioso da amiga.

– Ok, então vamos procurar a Rox. Você – Kayra apontou para Takamiya – Tá fazendo o quê que ainda atravessou a passagem? Anda, anda!

Juntas, Kayra e Isadore atravessaram a passagem de acesso à plataforma. A grega ignorava o quão novo tudo aquilo lhe parecia, procurando portar-se tal qual Isadore, que logo sugeriu que procurassem Roxanna em uma cabine. Assim, entraram no trem e vasculharam por entre as cabines, encontrando toda a sorte de estudantes borra-botas, funcionários maltrapilhos e até mesmo uma velha com um porco. De tudo aquilo, uma única figura chamou-lhe verdadeiramente a atenção. “Ou meus olhos estão me enganando ou aquele velhaco é... Karl van der Berg? Isso só pode ser piada!”. Mas seus pensamentos foram interrompidos quando finalmente encontraram Roxanna, que, por sua vez, estava acompanhada por ninguém menos do que Charles. Abrindo a porta da cabine abruptamente, Kayra não esperou por cumprimentos.

– Minhas férias foram péssimas! Quem tá a fim de animar as coisas por aqui?

Kayra Leigh
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Mensagem por Fae B. Pointer Ter Ago 07, 2012 7:27 pm




IV
O velhinho, o sapo e a Chapeuzinho negro.



Fae parecia uma menina normal entre os transeuntes da Estação King’s Cross. Apenas mais uma garota da metrópole urbana, tingida de negro dos pés a cabeça, com exceção das pinceladas vermelhas que cismavam em escapar do capuz preto do moletom que cobria a cabeça abaixada. Seus passos tão leves a despeito da rigidez dos coturnos. Gizmo estampado na mala agora parecia flutuar enquanto as rodinhas rolavam naquele piso bem encerrado. Vez por outra Turdi também saia de seu esconderijo entre os cabelos da menina e o tecido do capuz, mas era apenas para ver o movimento e retornar, um tanto assustado, ao seu cantinho. O sapinho parecia o exato oposto da caçula Pointer, era uma criaturinha delicada e pacata, o que talvez exercesse em Fae um efeito calmante. Um pouco de neve suave que não se derretia naquela explosão de sons, de vermelho e negro, de final de infância bem vivida.

A garota caminhou um pouco pela multidão, se afastando de Mimis e de Elliot sem perceber. Gostava de observar as pessoas sem ser notada e ela era boa em se fazer pouco notável quando queria. Sentou em um banco próximo a e ajeitou a mala a sua frente, de modo a poder apoiar os cotovelos sobre ela. Então passou alguns bons minutos brincando de descobrir quem era bruxo e quem não era. Era fácil reconhecer seus pares: traziam malas imensas, animais de estimação em gaiolas e usavam roupas que pareciam apontar para uma festa a fantasia, mas alguns, como a própria Fae, sabiam se misturar na multidão e era esses que ela mais valorizava e tentava descobrir. A resposta vinha sempre muito rápida: os bruxos entravam pela parede da “9 ¾”e os muggles passavam e sequer olhavam para o lugar. Era estranho e ela concordava: que em pleno século XXI ainda existisse uma sociedade minoritária dentro de outra sociedade maior, sendo que a minoritária que fazia questão de se manter apartada, forçando uma pretensa superioridade. Ah, tinha coisas que Fae não entendia e pensando bem, nem se importava tanto assim. Sabia que a força da maré sempre derrubava as rochas mais teimosas.

Então a menina cansou e passou ela mesma pela parede da “9 ¾” puxando sua malinha pop muggle. Continuou caminhando um bocado, vendo aqui e ali algumas caras conhecidas e das quais gostava. Acenou para Lony, que estava conversando com um guri que ela nunca havia visto com a sonserina. “Seria o novo baterista da banda?”- pensou, mas logo percebeu que não deveria ser - “Nah, o sorrisinho maroto da Dolben não engana e essa cara de nerd do guri apontam para alguma trolagem da Lony”.

Decidiu sair a procura de Elliot ou de Mimis para embarcarem, mas acabou dando de cara com um velhinho simpático, que ela conhecia bastante, afinal era seu professor de transfiguração e também o seu chefe de casa. Caminhou na direção dele e do menino com quem conversava.

- Professor Karl! – Fae chamou Van der Berg quando estava suficientemente próxima – Como vai o senhor? – Sim, dona Jena Pointer deu educação à filha, embora ela use com parcimônia e apenas quando tem vontade. – Pronto para mais um ano aguentando seus alunos bagunceiros? - e a caçula Pointer deu uma piscadela e sorriu marota.

O que aconteceu??? escreveu:Fae passeia pela plataforma de embarque observando as pessoas e divagando, acompanhada por seu fiel companheiro Turdi. De longe avista Lony conversando com henri e acena para a sonserina. Enquanto procurava Elliot e Mimis, ela encontra o Professor Karl e puxa conversa com o bom velhinho

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Mensagem por Henri Le Blanc Ter Ago 07, 2012 8:42 pm

Pelo menos tinha alguém que estava pensando na segurança dos alunos, pelo menos Henri já mostrava para os alunos de Hogwarts – ou só para a Louca das Masmorras, Dolben – que conseguia pensar rapidamente, ser esperto. Talvez fosse por essas situações que mais tarde naquele dia seria mandado para a Corvinal. Observou Dolben deixá-lo sozinho e esperou algum tempo para ver se a garota não ia simplesmente olhar para trás e soltar mais uma gargalhada. Henri não gostava que caçoassem dele, mas estava tão distraído com tudo que não notou que Dolben soltava mentiras durante toda a conversa. Mesmo que seus instintos dissessem para não confiar na garota, seguiu seus conselhos e foi procurar o “grupo de monitores”.

E aconteceu num timing perfeito, pois bem quando Dolben falava sobre o tal grupo eles estavam aparecendo pela passagem da coluna. Como ele pôde não suspeitar de nada? Arrumou as vestes para tentar impressionar seus superiores (o garoto cresceu sabendo que deveria seguir as ordens daqueles que tivessem postos acima dele, não que isso fosse sempre seguido, mas achou que era uma boa pedida para o primeiro dia em Hogwarts.) e empurrou o carrinho com o malão e Napoleão até perto de Aileen Perkins.

Parou de frente a loira – para as duas gêmeas, na realidade – tão perto que se a multidão da plataforma se calasse por alguns segundos ela poderia ouvir a respiração do garoto, talvez até, vez ou outra, pudesse senti-la batendo no seu pescoço. Estava próximo assim porque iria seguir as instruções de Dolben e falar alto, mas quanto mais perto estivesse, menos gritos teriam que sair de sua boca. Pelo menos era o que ele pensava, pois cercado de gente era difícil se entender ali.

- Com licença. – falava, esperando que Aileen se voltasse. “Com licença” é a regra número um de etiqueta, não é? Qualquer pessoa do mundo entenderia isso...

Esperou um grupo de garotos passar atrás dele antes de continuar com a conversa em alto e bom tom e, limpando a garganta, continuou.

- Eu... – pausa para o gestual, apontando para si. – Fiquei sabendo que a seleção deste ano será embaixo d’água e... – mas então sua boca não mais o obedeceu, o som das próximas palavras foram abafados por uma respiração rápida porque saindo da coluna da 9¾ estava Katrina. Henri era um rapaz romântico e tinha idealizado o primeiro encontro com Katty em Hogwarts durante toda as férias, tanto que nem se preocupou em mandar uma coruja avisando-a de sua mudança de colégio. Queria que fosse surpresa, para ver a carinha dela ao vivo. E como imaginou tudo aquilo, pensou que não a encontraria em uma situação tão banal como aquela. Não tinha nenhuma magia no momento, não tinha a busca incessante pelos corredores do castelo virando cada garota loira esperando que fosse a sua garota loira como imaginara. Sabia que iria a reconhecer mesmo de costas e sairia correndo atrás dela, apressando em declarar-se e começar a viver o sonho que tanto sonhou desde que a conhecera no primeiro ano. Era tão simples aquele momento que Henri engasgou. Não tinha imaginado que esbarraria com a garota numa cena como aquela então não tinha pensado no que falar em uma situação como aquela. Mas agora estava mais preocupado em parar de tremer a boca em sinal de nervosismo, logo começaria a suar e todo o possível clima que pudesse existir ali sumiria de vez. O pio de Napoleão o acordou daquela explosão de pensamentos, ajudando-o. Mais tarde teria que dar um rato ao companheiro. – Oi.

Foi tudo o que conseguiu falar e por dentro quis se matar por ter sido tão idiota e não ter pensado no obvio. Era mais que certo que iriam se encontrar no Expresso. Era mais que certo que estava parecendo um retardado, então sorriu, esperando que aquilo não fosse tão constrangedor para Katrina como parecia ser para ele e ela o salvasse de pular na frente do trem para acabar com sua vergonha de vez, pois sentia que estava com as bochechas vermelhas e sentia que todos ali naquele grupo estavam olhando para ele.

Resumo escreveu:Henri acaba de conversar com Dolben e se dirige à Aileen Perkins pensando que ela era uma monitora que o ajudaria a se preparar para a seleção. Seguindo as instruções de Dolben, Henri não espera que a próxima pessoa que fosse ver seria Katrina e acaba se atrapalhando.
Henri Le Blanc
Henri Le Blanc
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Otávio Pandolfo, Jogo de Bexigas e a Porca...

Mensagem por Johnathan H. Fullside Ter Ago 07, 2012 9:10 pm

Spoiler:

“... you can tell Merlin that the lunatic is back!”

Faziam apenas trinta e quatro horas que Johnathan voltara da casa de sua avó, no Canadá, para que sentisse falta. Apesar de a idosa ter apenas meia dúzia de conexões neurais funcionando, era absolutamente agradável vê-la nas férias ou quando podia. Normalmente isso não ocorria, porque ela morava no Canadá (num pequeno povoado bruxo ao norte do país), mas volta e meia convencia seus pais a enviá-lo. Claro que eles não hesitavam, já que isso significaria menos ligações da polícia trouxa e bem menos explosões inexplicáveis na casa dos Fullside.

Particularmente nessas férias, a avó do menino resolvera que seus dotes de limpeza tinham chegado a um nível superior, e, inspirada, enfeitiçou TUDO na casa para repelir poeira (inclusive o vaso sanitário. Os primeiros dias foram horríveis). Porém, não atentou para que repelisse apenas à poeira, de forma que Otávio Pandolfo, o gato púrpura do casal, fosse repelido cada vez que tentava pular no sofá, no tapete ou comer da sua tigela.

- Mas vó, ele não consegue comer! De que adianta eu colocar seis xícaras de comida na tigela, se quando ele se aproxima a tigela foge? – respondeu indignado, quando, em meio à uma fumaça verde (sabe-se lá provinda de onde) a avó gritava pela oitava vez que ele colocasse comida na tigela.

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E esse foi o episódio que durou mais tempo naquelas bandas. Conhecera bem uma dúzia de jovens, especialmente meninas, que ansiavam por entrar na Academia Canadense de Magia, e que invejavam sua entrada em Hogwarts. Os mitos diziam que, antes, Hogwarts era tida como a melhor escola de magia do mundo, embora os acontecimentos de 1998 tenham abaixado sua reputação consideravelmente. Esther, Sandra e Hector tinham ficado especialmente pasmos com as descrições do castelo, que, aparentemente, era bem maior que a academia canadense.

Mas embora tivesse achado amigos no país, era impossível para Nathan não se lembrar de Natalie. Sua melhor amiga ficara pela Europa mesmo, e, mesmo não entendendo porque, ele sentiu como se fosse maldade a França estar tão longe do Canadá. Corresponderam-se por cartas durante todo o verão, ele arriscando a vida de sua coruja pelo oceano. Mandava suas cartas ansiando respostas e escrevia com gosto sobre suas armações no Canadá. Descobrira, de fato, que as azarações ocidentais eram absurdamente mais elaboradas, desde dar nós nos dedos a trocar as mãos e os pés por breves horas. Aprendera algumas, só por precaução.

Ainda nas férias, recebera também outro comunicado. Ele viera em um almoço adorável com lombo assado, que a avó pegara com a filha da amiga da tia de seu sobrinho (leia-se a mãe do Aidan). Uma coruja laranja vivo aterrissara no parapeito da varanda dos Fullside-avós, e Nathan correra para lê-la.

“Caro Sr. Johnathan H. Fullside.

Venho por meio desta, comunicar que por méritos e confiança mostrados anteriormente, o senhor será capitão do de quadribol da Lufa-Lufa.

Mas como nem tudo são flores, suas obrigações são:
Checar competitividades;
Fazer teste para cada posição;
Preparar o time oficial e reserva;
Coordenar treinos;
Preparar/treinar novas jogadas.

E o mais importante, ser capitão de Quadribol é fazer com que eles acreditem em você, como eu acredito. Vamos ganhar este ano. Em anexo um trevo de quatro folhas escocês autêntico, espero que dê sorte.

Atenciosamente,
Samaraia Linderman.”

Por breves três minutos e doze segundos, Nathan ficara em choque. Capitão. Time. Quadribol. Lufa-Lufa. Quando se deu conta da particularidade, abriu um sorriso que poderia se passar por lunático. Não que ele não fosse, mas né.

- VÓ, VÓ! Eu sou capitão, CAPITÃO, vó! Vó! – gritava, animado, enquanto aproximava a carta demais do rosto da mulher pra ela ver qualquer coisa.

- É? E porque o senhor capitão não arruma seu quarto, agora que tem responsabilidades?

Bufando, subiu, mas ainda pensando em como esfregaria na cara de Rê Lehner que tomara seu posto. Vai ver ela não era suficientemente boa para o cargo, já que desde que assumira, eles ainda não tinham ganhado uma Copa de Quadribol.

Guardou o trevo muito bem embrulhado em uma caixinha de veludo preto dentro de sua mala, para anexar nas suas vestes quando começasse Hogwarts, e continuou arrumando o pandemônio do seu quarto, imaginando quantas coisas legais poderia fazer como capitão.

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E era primeiro de setembro. Nove e dez da manhã, Beco Diagonal. A chuva enlameava o lugar, e as pedras escorregadias do calçamento realizavam um belo trabalho em expor fundilhos alheios, ou rasgar vestes. Nathan saboreava um belo waffle no restaurante mágico do lado da Florean Fortescue, admirando o Jogo de Bexigas de Ouro Maciço que seu pai se recusava a comprar. Por míseros cinco galeões.

- JOHNATHAN, não adianta me olhar com essa cara de cachorro sem dono, eu não vou gastar cinco galeões num jogo de bexiga, não importa quando você bata esse seu pezinho. Além do mais, já comprei aquele equipamento de Quadribol pra você semana passada. Se você não sabe, um terço do meu salário foi pro brejo. Agora vamos, termine logo esse waffle pra nós arrumarmos suas malas. O filho do Tom disse que com o trânsito e chuvas de hoje, vai ser uma sorte chegarmos na King’s Cross antes das onze se demorarmos.

Guardando o restante de seu café da manhã (uma maçã particularmente brilhante), Nathan deu um adeus dramático ao jogo de bexigas da loja, prometendo que voltaria assim que desse, e seguiu com o pai pela rua escorregadia até a estalagem.

Enfiou o restante dos pertences, que incluíam uma escova de cabelos com cerdas médias, um xampu para cabelos narcisistas e um tônico capilar para barbas em crescimento no malão com J.F. no escudo de Hogwarts, e fechou. Ou melhor, pulou em cima, quebrou a balança de pesagem de ingredientes, e amassou as onze folhas de pergaminho para cartas decorado que comprara na Estribo’s.

King’s Cross, dez e trinta e dois, nublado. A chuva cessara por alguns minutos, depois de castigar a cidade por horas. Ao fundo, parando em frente à enorme estação, o menino Fullside descia de um carro pequeno. A cor, azul-fusca, deixava o carro ainda mais feio do que já era, mas seu pai insistia que eles tinham de ter alugado esse para parecerem mais trouxas. Não que seu pai tivesse ajudado muito, usando um sobretudo até os pés com um capuz tamanho buraco-negro atrás. E, claro, sua mãe não estava menos escondida, usando um longo vestido verde de veludo com um cinto prateado.

Infelizmente, os pais de Nathan não sabiam de misturar à população trouxa. Porque ele se considerava bem vestido. Usava uma camisa levemente listrada de cor rósea, uma calça social e um sapato muito brilhante, que em certos momentos refletia a claridade excessiva da estação. Embora, é claro, seu fez não combinasse com a história, ele achou cool usar, pelo menos antes de entrar na área estudantil. Pois os colegas poderiam ser muito maldosos, e se podiam.

Como não podia deixar de ser, o caos reinava. Grupos de turistas passavam por aqui e por ali, envoltos em mapas das festividades esportivas. Um grupo de idosos escutava com atenção o itinerário que envolvia Torre de Londres, Buckingham, Visitas ao Bennie, e uma parada na ponte de Londres, para fotos. Uma garota chinesa batia com uma revista no namorado porque ele informara uma perdida para onde era o aeroporto. E, claro, os irmãos Pointer, digníssimos, faziam uma escalada social ao correr, ao som de Carruagem de Fogo, para a entrada da estação.

Aparentemente, uma aposta. Nathan adorava apostas. Apostas eram legais. Julgando pela imagem dos dois tombando e olhando para a prancha logo à frente, Nathan julgou que a prancha venceu (certo, por incrível que pareça), e sorriu. Já ia correr para os amigos quando seu pai segurou seu ombro. Do outro lado da estação, outra bagunça. Aparentemente, um BUM espalhara todas as coisas de alguém. Quando viu um exemplar de História da Magia subir, só pôde pensar em uma coisa.

“This year is about to ROCK, babes.”

- Nem pense em se meter nisso. Sua mãe e eu precisamos deixar você inteiro no Expresso esse ano. Ano passado você não sabe quanto tempo ficamos na sala da Guarda por sua causa.

- Mas pai! Aquele é o Elliot, e a Fae e... – e parou. Não valia a pena discutir com alguém que abria o sobretudo apenas para mostrar a varinha. Chantagem das mais sujas, por sinal.

- Pense assim, querido. Dentro do expresso, você faz o que quiser – sorriu sua mãe, piscando. Mas depois, pensando melhor, continuou – Desde que não exploda o trem, porque não estou nem um pouco no humor pra pagar um novo expresso.

- Obrigado, mãe!

Dez e cinquenta e seis, Plataforma Nove e Três Quartos, frio. As coisas de Nathan já estavam depositadas no vagão de bagagem (exceto a mala com as vestes da escola e alguns utensílios interessantes). Suando um pouco pela expectativa de ver Natalie Flower novamente (saudades exageradamente grande se sem sentido, em sua cabeça), Nathan deu um longo abraço em seus pais. Josh e Joey, trabalhadores que eram, estavam ocupados pesquisando, respectivamente, plantas e sinalização bruxa. Josh trabalhava com Herbologia, desde que se formara, e Joey analisava as sinalizações bruxas para eventos e festividades mágicas (sim, eu sei).

- Mãe, pai. Adeus! – disse Nathan, de modo dramático, mas não tão dramático.

- Hey, seu exagerado. Nem pense que não vai passar o Natal com a gente. Já combinamos de reunir todos – disse sua mãe, lhe dando um beijo na testa. – E não faça nada que eu não faria. O que não é muito, mas seu pai não pode saber – finalizou murmurando.

Deu um abraço no pai, que recomendou garra à equipe e lhe deu um chaveiro com dois bastões, uma goles, um balaço e um pomo que flutuava em volta. Faltavam três minutos para o trem partir, quando ele entrou. No minuto seguinte tentou procurar uma cabine para sentar (leia-se a cabine de Natalie), mas só a encontrou depois de topar com Chester no caminho.

O garoto Chester lhe oferecera Coca-Cola, mas o lufano recusou. Apesar de ser neutro em relação ao americano, Nathan admitia que ele fosse legal. Embora, entre passar o tempo com ele e sozinho, pensar era melhor.

Bateu no vidro da cabine de Natalie, como devidamente informado por Lewis, e sorriu ABSURDAMENTE ao ver a menina Flower. Abriu a porta, com estrondo, mas parou antes que pudesse fazer qualquer coisa. Um cheiro ruim de animal de fazendo surgiu, e foi quando reparou que aquele amontoado de vestes do lado da lufana não eram um amontoado de roupas pra lavar, e sim uma pessoa. Particularmente uma velha pessoa. No colo dela estava, acreditem, um porco, mastigando o que restava de uma minhoca cítrica.

Abraço. Um abraço forte. Um cheiro incrível, e um emaranhado de cabelos loiros tinham atingido o lufano. Natalie Flower tomara a dianteira e sufocava o lufano. Mas ele não ligava. Se pudesse, passaria a viagem toda abraçado com aquela garota. Quando finalmente a situação começou a ficar estranha para olhos alheios, eles se largaram.

- Natalie! – arfou. O sorriso contagiante do loiro era constantemente ofuscado pelos guinchos da porca. E foi quando a educação mandou um oi.

- Er... oi. Você deve ser alguma nova professora, não é? Johnathan H. Fullside, Nathan, para os amigos. Pode me chamar de Johnathan.

[off]Ó, troquei a minha cor pra GOLDENROD, porque achei mais bonita. Qualquer coisa, ME INFORMEM![/off]
Johnathan H. Fullside
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Mensagem por Katrina Collin Ter Ago 07, 2012 9:19 pm



Katrina usou de golpe baixo, foi muito claro, mas entre mortos e feridos todos viveram felizes para sempre, a família Pointer continuou unida já que não houve nenhum fratricídio devido àquela aposta boba. A meio veela sacudiu a cabeleira prateada o que deixou os fios mais assanhados, mas qual o problema? Quem foi que disse que é preciso bancar a phyna na estação?

Ninguém! Por isso mesmo, deixou que um sorriso brotasse em seu rosto enquanto atravessava a passagem para a plataforma dos bruxos. Se fosse em Beauxbatons, pegaria uma bela carruagem e voaria pelos céus de Paris mas, já que não havia jeito, precisava se conformar com o que tinha. Puxou o suéter de lã úmido para baixo, arrumou as alças da mochila e olhou para os lados procurando um rosto conhecido quanto “páh!” na cara da jovem.

Poderia encontrar qualquer coleguinha, mas seus olhos se fixaram justamente no garoto loiro perdido no meio daquela confusão, por um momento esqueceu de respirar, não importava se estava com o rosto vermelho, descabelada, provavelmente cheirando a cachorro molhado que caiu do caminhão (depois da corrida na chuva né), o que fazer? Automaticamente seus pés foram guiados para a direção de Henri , queria tocá-lo para ver se era de verdade ou alguma peça da sua imaginação, poderia ter batido com a cabeça em algum lugar e estava alucinando. Precisava tirar a prova, continuou caminhando e suas bochechas ardiam de vergonha.

Um silêncio pesado caiu sobre os dois, Katty apenas mordia os lábios, sem saber o que fazer, Le Blanc parecia tão constrangido quanto ela e mesmo assim tomou a iniciativa, soltando um “oi” meio abafado e a menina veela por sua vez só conseguia evitar de olhar para as gêmeas porque ela sentia que estava “pagando o maior mico” do século e não queria passar vergonha na frente de nenhum veterano.

-Oooo –i – i ! – Gaguejou. – Eu, eu... eu... Comprei um cartão pra você, já que está aqui, posso entregar pessoalmente. – Deu uma risada aguda e esquisita. – Assim agora não preciso mandar por coruja. Rárárá. Que engraçado, que coisa não? Toma! – Era o cartão com o beagle olhando a ponte de Londres, simplesmente o pior cartão do universo. -Você está longe de Beaux né? Longe... Legal. – E ficou ali parada, sem saber onde enfiar a cara depois de um discurso tão elaborado.


Última edição por Katrina Collin em Ter Ago 07, 2012 9:21 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : edit bbcode)
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Mensagem por Holly M. Collins Ter Ago 07, 2012 10:50 pm

Spoiler:

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Minha-vida-cigana

Finalmente depois de um longo período de férias era hora de voltar para Hogwarts, para a Corvinal, rever os bons amigos, os bons livros e os momentos de tensão antes de algumas provas. Os dias de cigana dariam espaço para os de uma aluna comportada.

No dia primeiro de setembro Holly acordara com sua mãe abrindo a enorme janela de seu quarto e gritando desesperadamente para que a menina acordasse. Já eram 10h da manhã e o Expresso sairia, como todo e bom britânico, às 11h pontualmente. Quando tomou conhecimento do problema a explodir pegou a primeira roupa que viu, vestiu-a e saiu descendo as escadas da casa como louca. Encontrou seu pai com o olhar carinhoso e paciente, já preparado para despachá-la pela rede de flu. Felizmente com o conhecimento de causa que tem das festas de sua família havia deixado suas malas e sua mochila enfeitiçadas para caberem nos bolsos e sua coruja Quimera já estava na gaiola. Por mais que Holly fosse lenta, Rene ainda tentava encontrar o par de algum sapato que havia jogado embaixo da cama na noite anterior e sua mãe gritava:

- RENE, SE ESSE EXPRESSO SAIR E VOCÊ NÃO ESTIVER LÁ DENTRO PARA CASA É QUE VOCÊ NÃO VOLTA! CONFISCO SUA VASSOURA E TE FAÇO IR VOANDO... – houve uma pausa que Holly reconheceu como a resposta do garoto enquanto se preparava para viajar pela rede – É ISSO MESMO, VOANDO SEM VASSOURA POIS VOCÊ VERÁ O... – não ouviu o restante da frase porém já imaginava o tabefe que seria.

Nas duas últimas noites a família Collins esteve na Romênia comemorando, com mais uma festa, o retorno das crianças para as escolas: alguns voltavam para Dumrstrang e outros para Hogwarts. A festa durara as últimas 48h com muita fartura de frutas, pães, vinho e boa música. Todo o realizado foi no enorme terreno da casa dos avós maternos, estiveram presentes mais de 100 ciganos do grupo familiar. As barracas foram montadas, as fogueiras acessas e desde o primeiro minuto a música não parou.

Resultado disso era aquela alegria vibrante daquele povo, os muitos votos de bom retorno e os abraços esperançosos de que logo mais em um ano todos estariam ali novamente. Tradicionalmente aquela era a comemoração da família a fim de desejar boas energias às novas etapas daqueles jovens que um dia dariam continuação àquele sangue.

Quando finalmente voltaram para casa, exaustos pela comemoração em excesso, todos do núcleo Collins dormiram como chegaram e acordaram, felizmente, pelos pios de Quimera que conhecia a família e sabia perderia a hora. Holly nem ouviu nada pois, ainda bem, que tinha seu pai que, sendo britânico e não cigano, aproveitava a festa mas sabia dos seus deveres e os cumpria com lealdade.

Assim que juntaram-se a ela os pais e o irmão, que voltava para o último ano na escola, no Ministério da Magia, todos dirigiram-se para a plataforma de embarque na maior agilidade que era possível no meio de todo aquele aglomerado de pessoas. Nem mesmo a chuva foi capaz de fazê-los parar para aplicar um feitiço de impermeabilidade ou utilizar um guarda-chuva. Todos chegaram molhados da cabeça aos pés na Estação King’s Cross (inclusive Quimera!). Já era 10h50 de acordo com o relógio da estação quando finalmente cruzaram a plataforma e postaram-se ao lado do Expresso de Hogwarts que já dava sinais de que aquela era sua última chamada.

- Paibeijoteamotenhoqueirestouatrasada! – disse Holly pulando no pescoço do pai e despedindo-se dele. Fez o mesmo com sua mãe que lhe desejou, ainda mais, votos de um bom ano em romanês. Rene aparentemente estava paralisado olhando para uma das garotas do sétimo ano. Sua mãe lhe deu o prometido tabefe (que não fez o garoto voar).

- Era sua vez de acordar a todos! Regras são regras, Rene, e ainda fica aí de olho em garotas! Filho desnaturado... – ralhou sua mãe lembrando ao garoto do estranho costume familiar de revezar quem deveria acordar primeiro depois das grandes festas – Te amo, fique bem, dê um beijo na mamãe! – ela grudava o garoto e o enchia de mimos.

- Makri... cuide bem de seu irmão! – disse seu pai com uma piscadela para Holly.

Assim que a dupla dinâmica consegui subir a bordo do trem, a árdua tarefa seria encontrar uma cabine disponível. Rene disparou para algum lugar, provavelmente perto da aluna que olhava, deixando Holly perdida no corredor que àquele momento já estava vazio naquele vagão. A menina tomou fôlego e começou a missiva a fim de encontrar um bendito lugar vazio ou qualquer lugar que tivesse um de seus conhecidos para se achegar.

Quando já no terceiro vagão, com Quimera piando feito louca, pois já faziam quatro horas desde a última refeição na noite anterior (quando a família retornou pós-festa), encontrou um grupo de alunos no meio de corredor que parou e encarou a menina: exceto um garoto e uma garota, que ela não conhecia, e que se olhavam sem saber se realmente queriam se olhar, ou queriam fugir, ou se esconder, ou se abraçar. Ademais da cena, todo o grupo havia parado para olhar aparvalhados para Holly. A menina não entendeu muito porque da pausa dramática até Aubrey-ou-Aileen acenar freneticamente, “Aaaah que ótimo encontrar a Ailenn!” e Aubrey-ou-Ailenn² empunhar a varinha ameaçadoramente para Holly, como se ela fosse uma ameaça.

- Oi meniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinas que bom encontrá-las. – disse Holly aproximando-se mais para abraçá-las - VEJAM-SÓ o que eu trouxe de presente para voc... – e não terminou a frase, pois quando pegaria no bolso do vestido os ditos presentes tomou conta, FINALMENTE, do seu estado. Para começar nem usava um vestido!

Parecia um ogro (uma ogrinha... tipo Fiona): usava sapatinho sujo de lama, saia cigana verde musgo até os pés com a barra suja (de lama) e molhada, além de uma blusinha marrom também molhada (apelido carinhoso!). Ousou passar a mão pelo cabelo e detectou a meleca formada. Ficou horrorizada! Talvez pareceria menos troll se não tivesse tomado a chuva daquele dia, um pouco desleixada porém doce.

- AAAAAAAAAAAAAH!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! EU VOU ESTUPORAR AQUELE TRASGO DO RENE!!

Sacou a varinha rapidamente e se jogou na primeira cabine que viu: felizmente vazia a não ser por algumas garrafas de Coca-Cola (boas lembranças das aulas de EdT). Desfez a magia e transformou as malas em seus tamanhos normais. Colocou-se a limpar-se a fim de minimizar os danos daquele péssimo início de ano letivo. Vai ver é como + com + é -: se muita gente te deseja boa sorte, cuidado!
De lá de dentro gritou:

- LEEEEEEEEEEEEEN, AUBREEEEEEY... QUAL O TAMANHO DO ESTRAGO?!?!


Última edição por Holly M. Collins em Qua Ago 08, 2012 6:56 pm, editado 1 vez(es)
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Henryki Dravim Ter Ago 07, 2012 11:53 pm

”Resumo bacana”:

Alguém disse uma vez que conhecer a própria escuridão é o melhor método para lidar com a escuridão alheia. Mas, muitas vezes quando você está conhecendo sua própria escuridão, são algumas pessoas que não conhecem suas escuridões que te ajudam a sair e a conhecer sua própria escuridão, essas pessoas são chamadas de amigos.

Para o jovem Henryki Dravim com seus quase quatorze anos o momento era de pura e intensa escuridão. Assim que o ano letivo anterior havia terminado o garoto voltara para sua casa situada ao norte de Londres, fora recebido com a pesarosa notícia de que sua mãe havia sido brutalmente assassinada. Dois tiros, um no peito e outro no rosto, deixando-a totalmente deformada e irreconhecível.

A pessoa tinha que ser muito fria e gélida para não se abalar com uma notícia dessa e mais ainda com o complemento do fato. Seu pai estava desaparecido desde a morte da mãe.

O velório fora bastante noticiado e tumultuado com vários jornalistas fazendo o que eles têm que fazer. Os familiares estavam presentes quase todos pesarosos, os mais afetados e tristes eram os irmãos Henryki e Nadya, que agora eram praticamente órfãos.

--//--//--\\--\\--

Aquelas férias não foram exatamente as melhores que alguém se pode ter. Nadya Dravim, irmã do corvinalense morava nos Estados Unidos, em Los Angeles com o avô Michael e estudava no instituto de magia do país. Mike, como o avô prefere ser chamado, é um senhor italiano com seus sessenta e poucos anos, cheio de estilo jovial e muito brincalhão.

Passar horas jogando pôquer e bebendo uísque, é o resumo perfeito para as férias de Ryki. Nad tentava sem sucesso tirar o irmão do buraco, mas ela mesma ainda estava em seu próprio buraco. Por várias vezes o jovem pensou em não voltar para Hogwarts, mas sabia que se o fizesse sua irmã talvez não quisesse estudar também e como agora ela era de responsabilidade dele, ele sabia perfeitamente que não podia deixar isso acontecer.

Mike, o avô, saiu mais cedo da filial da empresa do pai para levar o garoto para o aeroporto, onde querendo ou não ele embarcaria de volta para a Inglaterra.

--//--//--\\--\\--

– De novo indo para casa – resmungou um Dravim desanimado e impaciente chegando à plataforma 9 ¾. O pessoal estava animado, como era de costume. Os novatos estavam descaradamente nervosos ao lado de seus pais que choravam e se despediam tentando encorajar os pequenos.

Henryki realmente não estava com paciência para tudo aquilo, estava sozinho e achava melhor assim. Passava pelas pessoas empurrando seu malão com a cabeça baixa, encarando o chão. Não se importava se passava por algum conhecido, limitava-se a entrar no expresso o quanto antes e achar uma cabine de preferência vazia, pois realmente não estava no clima de conversar animadamente com alguém de como havia sido as férias e tudo o mais.

Depois de alguns esbarrões aqui e tropeços ali finalmente uma cabine vazia, jogou-se para dentro da cabine e sem hesitar fechou a porta antes de guardar o malão. O expresso estava mais barulhento e movimentado que na estação, se é que isso era possível. Os alunos estavam mais animados que o normal, talvez porque fosse sábado.

Dravim encostava a testa na janela e encarava o horizonte sem pensar em absolutamente nada, estava de fato dormindo acordado, o silêncio da solidão o deixava melhor se sentia mais confortável assim. Mas, como nem tudo é do jeito que gostamos e preferimos a porta da cabine estava se abrindo.

Ao olhar institivamente para a porta observou um Codi entrar todo animado. O jovem Codi Walcnevar era companheiro de casa, classe e dormitório de Dravim, e não era apenas isso, eram realmente amigos. Dravim não disse nada para o amigo, apenas balançou a cabeça como um cumprimento.

– Ei, deixa eu ver seu boletim! – Falou olhando para Dravim com cara de quem estava mandando e não pedindo. Codi era extremamente inteligente e aplicado o que naturalmente o deixara também muito competitivo, odiava ficar com nota mais baixa do que alguém.

Olhou para o amigo e fez um gesto que indicava que não mostraria. Para ser sincero nem havia olhado seu boletim ainda, estava jogado dentro do malão junto com os livros que usaria no ano, que sua irmã Nad comprou nos Estados Unidos.

Voltou a olhar pela janela desligando-se do mundo ao seu redor, nem percebeu que Codi dava de ombros pelo silêncio do amigo e pegava um livro na mochila. ”Se eu encontro quem fez isso eu mato” Era o único pensamento que tomava a cabeça de Ryki. Walcnevar foleava o livro tentando mostrar alguma coisa para o garoto que não dava atenção nenhuma ao amigo.

Codi não tardou em se irritar e fechou a cara sentando ao lado do amigo e lendo freneticamente seu livro. A porta se abria novamente fazendo os dois corvinalenses voltarem à realidade. Chester Lewis adentrava a cabine cumprimentando animadamente os dois companheiros de casa.

Chester era outro companheiro de dormitório, classe e casa de Dravim, mas ao contrário de Codi não havia se firmado um laço forte de amizade entre eles. Ryki achava Ches muito irritante, era bobinho demais e isso o irritava profundamente, mas não odiava o jovem era apenas indiferença mesmo.

– E tá todo esquentadinho porque tirou nota baixa e a “fulana” não falou com ele – Dizia Codi para Chester apontando para Henryki que apenas prestava atenção na pequena “zoação” que os dois faziam.

– “Fulana” ? Nenhuma garota fala com ele, ele consegue realmente ser pior que eu. – Falou Chester dando boas gargalhadas acompanhado de Codi. Aquilo era demais, existe limite para tudo e para a paciência do britânico esse limite estava perigosamente baixo.

– Olha aqui, porque vocês não ver se eu estou penteando um Testrálio? – Depois do que pareceu ser horas ali sentado, levantou e prosseguiu – Cresçam um pouco – fuzilou Codi depois Chester com os olhos – Aliais para ser pior que você Chester preciso realmente passar algumas vezes mais na fila de idiotas

– E você Codi, não seja tão infantil, assim nunca será melhor que ninguém em nada – Terminou pegando o livro da mão do amigo e o arremessando pela janela. Sem esperar pela reação dos garotos saiu da cabine fechando com tudo a porta.

Como podia todos estarem tão felizes, o mundo não é realmente feliz. A desgraça está por todo o lugar sem exceção. Dravim caminhava com passos pesados, estava claramente irritado com tamanha felicidade de seus companheiros. Passava ligeiro pelas cabines sem se arriscar a olhar para dentro delas e encarar mais felicidade. Aquilo o deixa mais irritado ainda.

Chegou ao final do vagão e viu uma janela aberta, encostou-se no batente e colocou parte do rosto para fora sentindo o vento suavemente gélido tocar sua face fazendo o cabelo louro querer voar. Mais uma vez se viu perdido olhando a paisagem tentando se acalmar um pouco, pois sabia que não podia ficar triste, sua mãe não queria isso.


”OFF:




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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Off: Corrigindo erros de digitação aqui, ali, acolá, por todo o lugar.

Mensagem por Vicky Etros-Jagger Qua Ago 08, 2012 12:34 am

Para quem interessar possa e estiver sem tempo para ler agora, vai um resumo do que está abaixo:

Spoiler:


— Um porco...– resmungou Vicky, de si para si.

Sentiu claramente o pensamento em sua cabeça, a fúria fazendo sua mente trabalhar mais rápido, acentuando ainda mais sua clarividência. Olhos de lado e viu Elena Holdfeny tranqüila em seu mundo particular. Flower, a lufana, volta e meia olhava de esguela para Fortuna, o que servia ainda mais para irritar Vicky.

Inconscientemente, a mão percorria o interior de suas vestes, em busca da varinha.

— Um porco?! – disse uma menina, em alto e bom tom, à porta da cabina.

A fala não havia surpreendido a bruxa anciã, que havia previsto a entrada espalhafatosa da menina, que ignorava ser Lara Rosenberg, quartanista da nobre casa de Salazar Soserina.

"- Não, um pavão.", foi o que a velha bruxa respondeu em pensamento. Uma repuxada de fome no estômago a fez esquecer as alunas e se preocupar com problemas mais urgentes. Fortuna estava faminta. E a própria Vicky não estava em condições diferentes.

De soslaio, observou Flower. Relaxadamente a menina devorava suas guloseimas.

Fortuna contorcia-se, inquieta, em suas mãos.

Um miado de desafio deixou Vicky alerta. O gato da menina à porta eriçou-se contra Fortuna, fugindo do braço da quartanista e ganhando os corredores. A petulante sonserina reservou para Vicky um severo olhar de reprovação. A velha bruxa, cerrando os dentes e os punhos, baixou a cabeça e engoliu toda sua ira uma vez mais.

Seu intimo doía, ardia como uma parte do corpo presa numa prensa onde a pressão era aumentada cada vez mais. Merlin, como a velha lutava para não se levantar e transformar as duas candidatas a cobras em vermes, que era ao que realmente se assemelhavam, e deixar que suas sapatilhas puídas e furadas se regozijassem esmagando-as lentamente.

Para felicidade de Vicky, a petulante menina chamou a outra sonserina e saíram da cabina. Que bom que eram amigas, ao menos nenhuma delas sofreria sozinha.

Quando Vicky conseguiu se controlar um pouco mais reparou, à esguelha, que Flower a observava. Será que a lufana havia percebido seus rompantes de pura fúria?

Num gesto rápido, Vicky ficou alerta, olhando janela afora do trem, mesmo sentada na extremidade oposta da janela. Alguma coisa que ainda não vira chamara sua atenção. E vislumbrou, na plataforma, a figura de um cavalheiro de barba branca, muito distinto e de classe perceptível no andar, nos gestos e na simpatia do sorriso aos passantes.

— Pelo medalhão perdido de Merlin...– sussurrou a bruxa – É Karl Van der Berg! Ele...

Suas conjecturas foram impedidas, pois a menina lufana resolveu se manifestar: " — Hum, pois é, mas não nos apresentamos.... Sou Natalie Flower, lufana do quarto ano! E você, quem é?".

Vicky fez menção de responder, mas uma voz encheu a cabina.

— Bom dia. Olá Natalie como vai? Aceita uma bebida trouxa gaseificada?

Vicky olhou o menino dos pés à cabeça. Havia algo de cômico no quartanista da Corvinal, algo que não soube identificar. O sorriso largo, os olhos curiosos, e um quê de anseio por uma resposta positiva no olhar. Não aprovou nem desaprovou o garoto, que ignorava atender por Chester Lewis, e resolveu estudar aquela fisionomia em algum momento futuro.

— Olá Chester. Hum, eu nunca provei nenhuma bebida trouxa! Vou querer duas...– a garota fez uma pausa, olhou para a velha e prosseguiu – uma para mim e uma para...– pausou novamente para olhar a velha e continuou – senhora aqui – concluiu soltando alguns murmúrios.

— O quê? –perguntou Vicky, mais para si do que para Flower.

— Ok, aqui estão as duas. São apenas 10 sicles cada – emendara Lewis, de imediato, não deixando que desagradáveis ruídos, na forma de conversas paralelas, atrapalhassem sua reunião de negócios. O jovem empreendedor tinha tino para o comércio, como ficou evidente. Fechou a venda, contabilizando os dividendos e admoestou Flower para que, literalmente, não fosse com tanta sede ao pote, visto que aparentemente a beberagem se assemelhava a uma poção malfeita e tinha efeitos colaterais. Na seqüência, voltou seu olhar para a velha bruxa e emendou: - Seu porquinho é adorável, obrigado e tenham uma boa viagem, até mais Natalie, depois conversamos.– e saiu.

Vicky não pôd deixar de admirar a energia do rapaz de olhos vivos. Decididamente, este deveria ser observado. Quando a menina lufana estendeu o recipiente com a beberagem para Vicky, esta percebeu que Fortuna estava quieta demais.

Olhando para a porca, viu que a dita, com toda a sorte que tinha, havia ficado defronte as provisões da lufana, e as devorava avidamente – restando apenas um punhado de doces com saliva de porcos. Seria difícil que a lufana resolvesse aproveitar alguma coisa.

— Obrigado, Natalie Flower.– disse Vicky, com sua voz aguda e em um tom baixo, fitando a menina nos olhos. – Agradeço e me desculpo por isto – falava apontando os restos de guloseimas com saliva de porco – Fortuna tem um apetite considerável. Tenho que observá-la com freqüência para evitar episódios desta sorte. Distrai-me, e peço desculpas. Para lhe conceder uma reparação, vou permitir que toque em Fortuna.

E, dito isto, desembrulhou a porca e a exibiu ao alcance das mãos de Flower.

Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Fortun10

A menina se moveu lentamente e, como quem toca um tapo sujo, tocou a ponta dos dedos na porca, entoando um estranho mantra: '' Porquinho bonitinho bonitinho " e sussurrando " — Não me morde por favor..."

— Bem, então...– começou Vicky, com um sorriso, após enrolar novamente Fortuna em seus trapos.

Parou, porque bateram na porta. E a mesma se abriu com um estrondo. Era um menino que entrava e foi saudado de uma forma calorosa pela menina, que parecia conseguir comunicar de forma muito eficiente que sentira falta do rapaz. Vicky não precisou lançar mão de nenhuma mancia para fazer uma previsão certeira.

— Er... oi. Você deve ser alguma nova professora, não é? Johnathan H. Fullside, Nathan, para os amigos. Pode me chamar de Johnathan.

— Um rapaz educado.– sorriu Vicky – Eu gosto de pessoas educadas, que saibam conferir o devido respeito aos meus cabelos brancos. Bons ventos lhe trouxeram, Johnatan Fullside. Eu gostei de sua presença.– e, após uma breve reflexão, emendou – Não me peça para explicar, mas eu sinto que nos conhecemos, talvez em um outro tempo, talvez em outro lugar, mas eu sinto que já havia visto as cores da sua aura.

Antes que considerações fossem feitas, emendou:

— Eu sou Vicky Etros-Jagger, da mesma família Etros que administrou Stonehenge deste tempos imemoriais.– e, depois de ajeitar Fortuna em seus trapos, continuou – Este ano serei sua mestra em Adivinhação. Um assunto vasto e fantástico. Será uma aula adorável – e, acariciando a porca, desferiu um olhar de gelar o coração para a porta da cabina, por onde haviam passado as duas sonserinas, completando – Talvez nem para todos.– e, voltando o olhar para Flower e Fullside, completou, como quem desconversa – Nem todos tem uma clarividência tão desenvolvida.

Sorridente, abriu a lata de beberagem e tomou um bom gole. Cuspiu tudo em seguida, com a garganta explodindo com sensações nunca antes experimentadas. A mão voou à varinha, cuja ponta apontou para boca, de onde surgiu um filete de água fresca, que bebeu com energia, como se livrando a boca de um gosto amargo.

— AQUELE MALDITO MENINO TENTOU ME ENVENENAR! QUE MALDITA BEBERAGEM É ESTA, QUE ME QUEIMA A GARGANTA E EXPLODE EM MINHA BOCA?!– hurrava a bruxa, varinha em punho, pronta para sair pelos corredores em busca de Lewis.

Foi quando percebeu uma coisa.

Fortuna não estava em seus braços.

Ainda com a varinha em punho, procurou a porca pela cabina.

Estava no colo de Flower.
Vicky Etros-Jagger
Vicky Etros-Jagger
Professora

Age : 76
Sangue Puro

Cor : #556B2F

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Chester Lewis Qua Ago 08, 2012 3:27 am

III - Que poema é esse? xD


Acabando de sair da cabine da velha e de Natty, o menino Lewis continuou empurrando seu carrinho pelos corredores do expresso procurando mais um comprador até dar de cara com Nathan que parecia procurar alguém ou alguma coisa, rapidamente acenou para o garoto e disse - Aceita uma bebida trouxa gaseificada? - O lufano rapidamente fez não com a cabeça e questionou - Viu a Natalie por aí? - Chester ia continuar insistindo na vendagem do refrigerante para o garoto, mas como conseguiu sentir sua pressa em achar sua "amada" apontou para a cabine de onde acabara de sair e disse - Ela ta naquela cabine ali com uma velha que dá arrepios, boa sorte lá - Nathan, mais que depressa agradeceu Chester, deu um leve tapa no seu ombro e disse - Até mais. Vejo você depois.

“É, ele realmente parecia apressado”, pensou Lewis e continuou empurrando seu carrinho, olhando vitral por vitral das cabines, viu uma que aparentemente continha pessoas, abriu a porta e já ia começar sua tentativa de venda, contudo percebeu que lá dentro estavam Codi e Henriky. Com um largo sorriso no rosto cumprimentou os rapazes – Olá Códi, quanto tempo cara... E, hey Riky, como ta? –Codi respondeu alegre – E aí Chester, beleza? – Chester já ia responder a pergunta de Codi, entretanto percebeu que Riky continuara imóvel ali sentado, pensativo e com a cara fechada. Olhou para Codi com um rosto de incógnita, logo após fitou Riky de canto de olho e com um sinal com a mão meio que questionou ainda mudo “Que tá rolando com ele?”, foi o bastante para o perspicaz aluno de transfiguração entender a mensagem, nesse meio tempo o menino Lewis cumprimentou o Kelpie de Codi que estava em formato de corvo - Oi Glaux – disse ele estendendo a mão para o mascote que de repente tomou a forma de um filhotinho de cachorro, mesmo sempre tomando um susto com as transformações Lewis alisou-o com tranquilidade. Codi riu, apontou para Riky e disse - Tá todo esquentadinho porque tirou nota baixa e a “fulana” não falou com ele.

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”Que tá Rolando com ele?”

Naquele momento uma explosão interna atacou Chester, ele tinha uma competição com Riky para saber quem era o melhor de maneira geral, naturalmente Chester se dava bem em notas e o Riky bem com as garotas, ouvir que ele recebera um gelo de uma aluna foi como declarar vitória, simulando um olhar de desdém muito mal feito por sinal, Lewis falou – “Fulana”? Nenhuma garota fala com ele, ele consegue realmente ser pior que eu – logo após isso deu boas gargalhadas que foram acompanhadas por Codi, mas logo silenciadas pela voz cortante de Dravin - Olha aqui, porque vocês não vão ver se eu estou penteando um Testrálio? – Chester e Codi se entreolharam estranhando a postura do garoto, ambos não esperavam que ele fosse apelar com uma brincadeira tão boba, entretanto ele prosseguiu – Cresçam um pouco – Lewis sentiu um frio na espinha com o olhar fuzilante do garoto que continuou sem pena -Aliais para ser pior que você Chester preciso realmente passar algumas vezes mais na fila de idiotas – o garoto Lewis sentiu naquele momento uma súbita vontade de partir para cima do garoto, mas se segurou pelo respeito que eles tinham.

- E você Codi, não seja tão infantil, assim nunca será melhor que ninguém em nada – Dravin disse isso pegando o livro da mão do Codi e atirando ele pela janela, após fazer isso saiu caminhando com passos fortes, Chester simplesmente deu um passo para o lado e deixou o rapaz deixar a cabine bufando. Virou-se para Codi que estava em pé com sua varinha em mãos na beira da janela – Sério que ele ta assim só por causa de uma garota? – Codi que parecia ter usado algum feitiço para tentar reaver o livro, virou para Chester e disse –Sei lá, se for deve ter sido um toco dos grandes! – e tornou a olhar pela janela esperando que o livro voltasse, mas ainda sem sucesso, Chester aproveitando o momento para tentar fechar negócio, perguntou para Codi – Vai uma bebida trouxa gaseificada? – o garoto nem se deu ao trabalho de virar, ainda olhando pela janela respondeu aborrecido – Que bebida trouxa o que! ACCIO! – Chester ficou olhando o garoto tentando recuperar o livro com o feitiço, talvez se Lewis fosse até a janela e tentasse recuperar o livro, dado o seu talento para feitiços conseguisse, mas sabia que aquilo seria uma ofensa à capacidade intelectual de Codi, então simplesmente se sentou no banco e esperou o amigo que ainda injuriado fez o mesmo.

- Ah, oi Chess, como foi as férias? Viajou? – o garoto Lewis fez uma cara de questionamento do tipo “tá me zuando né?” e respondeu - Viajar? Os EUA estão em crise irmão - e completou logo após - E a minha família sempre esteve em crise mesmo... - respirou profundamente com pesar e disse - fiquei as férias todas trabalhando com meu pai na oficina à tarde e às vezes ia entregar jornal com ele à noite também.

- Eu sempre esqueço o que é oficina.

- Oficina é um local onde se conserta veículos, no nosso caso, consertamos carros, mas já apareceu de todo tipo de transporte trouxa que você pensar por lá.

- Os trouxas de lá deixam adolescentes trabalhar? – e olhou novamente pela janela, desta vez sentado.

- Na verdade as leis trabalhistas não deixam, mas meu pai me obriga mesmo assim, ele fala que eu preciso pagar pelo que eu como pelo menos.

- Você viu a Holly por aí? – disse Codi distraído, provavelmente não ouviu a última frase de Chester.

- Na verdade não, cheguei no último minuto de embarcar e passei um bom tempo no banheiro. Tomou coragem de chamá-la para sair nas férias?

- Tomou coragem de chamar a Pointer para sair? – disse Codi tomando uma cor rubra.

- Ah, sacomé, né? – Chester concluiu e tentando mudar de assunto perguntou – E aí, você ia para a Índia, como foi a viagem?

- Não quis ir, preferi ficar em casa estudando.

- Estudando? Tomara que tu tenha estudado um jeito de azarar o Apollion! Eu, pelo menos, descobri uma nova forma infalível.

- Cê tá brincando, né?

- Hey, olha, aquela garota vindo pelo corredor não é a Holly? – disse Chester apontando para o corredor

- Oi Chester, oi Codi! – disse ela toda suja correndo, como se estivesse com pressa de chegar a algum lugar, provavelmente o banheiro, Codi apontou para a janela e falou – Chess, aquilo não é um livro? – Lewis viu um papel na mão de Codi, estava bem segurado, mesmo assim ele puxou, enquanto isso o livro entrava na cabine e ia para as mãos de Codi. Ao ler o que estava escrito no papel, viu que este se tratava de um poema escrito para Holly, depois de dar uma gargalhada soltou - Que poema é esse cara? Você que escreveu? - Codi apontou a varinha para Chester, contudo Lewis usando dos seus rápidos reflexos, colocou o braço para fora da janela e disse - Nem pense nisso, ou você nunca mais vai ver esse papel - Walcnevar fez o típico rosto de desconcertado e continuou - Me devolve logo ou eu vou te pintar de branco - Chester sorriu, olhou para o papel mais uma vez e a tinta do mesmo havia sumido, quando Codi percebeu o ocorrido completou - Deixa pra lá - disse o garoto que enfeitiçara o papel antes de embarcar no expresso.

- Você e seus truques de transfiguração, enfim, tenho que passar em muitas cabines hoje ainda - disse Lewis se levantando do banco e indo rumo à porta da cabine, fez um sinal de adeus para Codi com as mãos e disse - Até mais, vejo você depois - e saiu vagando novamente pelo expresso em busca de mais compradores, até que chegou à porta de uma cabine que parecia bem cheia, entretanto ao abrir a porta se deparou com um grupo de alunos mais velhos, provavelmente sonserinos, vencendo o medo anunciou - Vai uma bebida trouxa gaseificada?


Spoiler:
Chester Lewis
Chester Lewis
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Estados Unidos
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Charles Baudelaire Qua Ago 08, 2012 1:50 pm

Resumo e considerações em OFF:
Spoiler:




galinhas, verrugas e mais bullying



Dito e feito, assim que Roxanna dissera que Kayra provavelmente a procurava, a sonserina apareceu na porta da cabine. E como Charles suspeitava, estava (mal) acompanhada de Isadore. Não bastasse que ela já estivesse presente em pelo menos doze horas de seu dia, ser de sua família e ter vindo com ele até a estação, ela também precisava ser melhor amiga da melhor amiga de Roxanna.

Inevitavelmente, Charles revirou os olhos ao perceber que seria obrigado a estar no meio das meninas – na verdade, foi até um pouco desconfortável perceber que era o único rapaz ali – mais especificamente próximo de sua prima, todavia tamanha foi sua surpresa quando Isadore fez questão de sentar-se ao seu lado, quase sobre um lugar que provavelmente teria deixado Charles tão vermelho quanto um pimentão.

Sentia-se entediado com todo aquele papo de saudades, Hogwarts e amizade feminina, então tratou de se ocupar com seus fios de cabelo, ajeitando-os para trás para que não caíssem sobre seus olhos. O que, claro, não conseguiu entretê-lo por muito tempo, então logo se viu prestando atenção na conversa xexelenta das garotas.

Quando Roxanna alegou que Charles e ela também estavam procurando a dupla, o corvino não pode deixar de franzir o cenho – já que não era bom com piadas, nem para fazê-las, nem para compreendê-las. Pelo contrário, ele queria era se ver livre de Isadore, mas a garota mais parecia um imã.

- Iupee. – Ironizou Charles baixinho, de cara amarrada, quando Rox falou sobre estarem juntos em Hogwarts novamente. Mas ninguém pareceu lhe dar muita atenção.

- Minhas férias foram péssimas! Quem tá a fim de animar as coisas por aqui? – Alegou Kayra depois de um tempinho, sentando-se no banco da frente.

- Por que vocês mulheres sentem a vã necessidade de estar em atividade? – Indagou, sem real interesse. – Por que não se reúnem em silêncio e lêem um livro?

Naquele exato momento, porém, passava um grupo de garotos, provavelmente terceiranistas, conversando tão alto que mais pareciam estar aos prantos, sobre o assunto mais comum entre os bruxos: quadribol. Claro que Isadore não deixou passar e comentou um irônico “nós mulheres”, mas as palavras de Roxanna foram muito mais incisivas.

- Porque clube do livro é coisa de corvinerd, queridinho. - e sorriu angelicalmente - Sem ofensas, Charles. - mas seu tom indicava o oposto - E nós somos slythericious! Mesmo Kayra estando pra ser selecionada eu não costumo me enganar, somos todas filhas de Salazar.

- A vida vai muito além das páginas de um livro, querido! E aposto que você já leu isso em algum desses depósitos de traça que você carrega. - disse, apontando o indicador para os pertences de Charles.

- A vida não vai até muito longe quando se é burro e ignorante. – Retrucou, calmo. – Se pertencer à Corvinal significa não parecer uma galinha desesperada pra cacarejar quando encontra o resto da granja, então estou satisfeito em ser “corvinerd”. – Terminou, tirando um livro de bolso de dentro... do bolso.

- Realista de sua parte. – Isadore virou-se para “encará-lo”, fazendo Charles perceber que novamente tinha tocado involuntariamente num assunto incômodo para a prima antes – Às vezes o segundo lugar é o melhor que vai conseguir.

- Então você está na casa errada, prima. – Ele nem se deu ao trabalho de olhá-la de volta, continuando a fingir ler seu pequeno livro. – Não estaria a Grifinória no último lugar?

- Tecnicamente, eu considero a Lufa-lufa. – Ela começou – E, bom, sorte a minha que não sou da Grifinória, senão provavelmente você estaria morrendo pra ser meu amigo.

Ele franziu o cenho, fingindo confusão. Ainda que ela não pudesse ver, claro.

- Não sabia que você era ciumenta, Isadore. – “E nem se estivesse banhada em ouro eu correria para ser seu amigo”, completou dois segundos depois em sua cabeça.

Ela estava prestes a retrucar, chegou até a abrir a boca, quando Kayra interveio finalmente:

- Casas à parte, porque a vida sem radmantas me parece um mar de rosas, eu prefiro as aventuras da vida real do que ficar meditando sobre a vida de um personagem fictício. Mas se você é suficientemente covarde pra se tornar personagem principal da sua própria história, vá em frente! Continue aí, amarelando com as páginas do seu livro. – Kayra falava novamente.

“Personagem fictício?”, pensou ao erguer os olhos pra ela. “Ela acha que eu leio histórias”, concluiu o óbvio. Soltou um longo suspiro, exausto pela própria intolerância à estupidez alheia. Charles não lia livros fictícios, portanto não havia nenhum “personagem principal”. Tudo o que lia era sobre a realidade, sobre feitiços, aritmancia – e vários outros tipos de ‘mancias’ – química, engenharia, história bruxa, medibruxaria, psicologia e mais uma infinidade de assuntos. Ele gostava de sentir que sabia tudo, e cada vez queria saber mais. Pensou em dizer tudo isso à Kayra, apenas para não deixar seu orgulho ser ferido, mas percebeu que era tão inútil debater com elas quanto seria se o fizesse com uma rocha.

Esboçou um sorriso fechado de escárnio, então, em resposta, e disse:

- É o que farei.

Só que seus planos foram arruinados quando, após o que pareceu ser um minuto, mais gente chegava à porta da cabine. Dessa vez, porém, quando Charles interrompeu sua leitura para descobrir quem eram os visitantes, ficou aliviado ao ver Michael Alleborn, muito provavelmente o único rapaz que sabia dialogar na mesma língua que Baudelaire. Roxanna também conseguia, na maior parte do tempo, mas quando se juntava com as outras galinhas, era um “pó pó pó” sem fim.

O sonserino não parecia altivo e sério como era de sua natureza. Na verdade, sua expressão era de nítido esforço, e Charles logo percebeu que ele estava tentando não rir à medida que entrava com Anna Blanche e a admiradora de Charles, Eilonwy Dolben. Esta última estava com uma coisa horrenda no rosto, e aparentemente era este o motivo da cara de Michael.

- Realmente, pode acontecer com qualquer pessoa. – Falava Anna atrás do sonserino enquanto ele entrava, tirando a varinha do bolso para tentar resolver o que quer que havia com a cara de Dolben.

- Não riam. É sério. – Ele disse, sentando-se.

E provavelmente era mesmo, devido a expressão aflita de Eilonwy quando Anna pousou a varinha em seu rosto e disse que ia doer um pouco – o que Charles sabia ser mentira. Deixou que o trio resolvesse aquele problema nojento sem prestar atenção. Queria muito terminar pelo menos de ler UM capítulo sobre a fórmula e o preparo de uma leve poção do sono.

Entretanto, mal tinha virado duas páginas quando a porta da cabine voltou a se abrir. Charles era paciente e quando lia dificilmente conseguia ser distraído, mas com tantas pessoas ali dentro conversando e mais gente chegando, seria impossível prosseguir com a leitura. Guardou o pequeno livro de poções no bolso e fulminou o visitante com um olhar cheio de sangue.

O garoto na porta ainda tinha que ser Chester Lewis, para piorar o humor de Charles. O garoto era de sua casa – algo que ele JAMAIS compreenderia – mas tinha o sangue ruim e todos sabiam que era pobre. Esses dois defeitos à porta de uma cabine composta quase totalmente por sonserinos podiam ser um convite para sofrer um bullying violento. E foi exatamente o que aconteceu.

- Vai uma bebida trouxa gaseificada? – Dissera Chester, carregado de latinhas vermelhas.

Isadore foi a primeira a se manifestar.

- Finalmente descobri como você consegue pagar a mensalidade. – Disse ela com desprezo. – Aqui meu bem. Pode ficar com o troco. – E ofereceu um galeão para Chester. Ele estendeu a mão para entregar um lata pra ela, que estava do lado da porta e nem precisou se levantar, mas quando ia segurar o refrigerante, Isadore deixou-o cair no chão. Para pessoas inocentes, teria sido um ato inofensivo, fruto da deficiência da sonserina, mas todos ali eram espertos o suficiente para saberem que ela o fizera de propósito. E ao cair, a lata ainda estourou e derramou seu conteúdo marrom pelo chão da cabine.

- Olha o que você fez, sr. Lewis. – Disse Charles, que mantinha os pés afastados do líquido. – Limpe, antes que isso nos suje. – E o garoto estava se abaixando para limpar quando Charles concluiu: - Com a boca, Lewis. Por favor.

Bom, não podiam negar que Charles Baudelaire era educado.



Charles Baudelaire
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Mensagem por Isadore Baudelaire Qua Ago 08, 2012 6:53 pm

On with the action now, I'll strip your pride
I'll spread your blood around, I'll see you ride


Quase pulou de alegria quando ouviu a voz de Kayra. Estava com uma saudade enorme da grega, que acabava de sair de Durmstrang, o que Isadore achava - apesar de não ter dito - que era uma tremenda evolução. Hogwarts era muito mais charmosa e provavelmente contava com mais pobres-coitados, que eram seus alvos preferidos.

Podem dizer que os Comensais da Morte detestavam os trouxas, mas a verdade é só uma: não teriam sequer se unido se não fosse por essas criaturas desprezíveis. Deveriam agradecê-los... no máximo dando alguns segundos para que corressem, é claro, mas deveriam.

A grega estava mandando Takamiya ser útil e, o que Isadore adivinhou, carregar sua bagagem, sem danificar nada.

- Encare como um treinamento, Taky - Isadore tentou, mas nem tanto, consolar o japa, deduzindo que ele estava sob uma pilha de produtos de beleza e vestes de marca. Depois Kay perguntou sobre o paradeiro de Charles, mas Isadore, em um gesto de amizade e consideração, poupou os ouvidos da amiga. Até porque externar suas suspeitas de que ele estava correndo atrás de um rabo de saia grifinório seria uma vergonha não só para ele ou para ela, mas a toda sua linhagem. Escolheu, ao invés disso, apenas rolar os olhos nas órbitas.

Em seguida, a grega sugeriu que fossem procurar por Rox, o que era uma ideia excelente. Estariam as três juntas na mesma escola pela primeira vez, e o fato da Coordenação de Hogwarts não ter se oposto a isso mostrava que ela era muito pouco prudente. Não teve mais notícias de Takamiya depois disso, já que agora estava sendo guiada por Kayra, enquanto conversavam, até que a grega parou. Isadore deduziu corretamente que ela o fez por ter finalmente encontrado Roxanna, mas antes mesmo que a loira abrisse a porta da cabine, sabia que Charles estava lá dentro. O que só descobriu depois foi que ambos estavam sozinhos.

Sem pensar direito no que fazia, sentou-se ao lado do primo - quase em seu colo, na verdade, porque calculara um pouco mal - esquecendo por completo que estava planejando a sua morte há pouco menos de trinta minutos. Isadore percebeu que ele tinha bufado, mas fez questão de ignorá-lo. Além do mais, gostava tanto de Roxanna e estava tão satisfeita por estarem todos juntos de novo, indo para Hogwarts, que todo seu ciúme ficou em segundo plano, principalmente porque sabia que Roxanna estava prometida para se casar com o seu primo detestável, Lestat. Ele deveria ser a pessoa mais abominável que conhecia, então não conseguia censurá-la se ela estivesse tentando trocar de “marido”...ainda que pudesse pensar em pelo menos 6 bilhões de melhores opções que Charles.

- Rox! - seu tom de voz era entusiasmado, o que era equivalente a um abraço no mundo lufano. - Estávamos procurando por você - e sorriu. Agora poderiam acrescentar alguns gritinhos ao abraço.

Roxanna disse que também estavaM procurando por elas, o que Isadore sabia que era mentira. Se ela tivesse dito que tentou encontrá-las sozinha, com certeza não teria encontrado nenhum problema para acreditar, mas Charles não moveria um fio de cabelo para se aproximar dela. Ainda bem. Depois continuaram conversando sobre amenidades - com o implicante do primo atrapalhando, o que fazia Isadore se perguntar o que ele ainda estava fazendo ali, se estava achando tudo tão terrível - até que dois outros sonserinos entraram na cabine (Alleborn e Dolben), junto de uma corvina (Blanche), o que era até bom. Normalmente desprezava lugares cheios, que era como sua cabine estava ficando, mas era fácil perceber que estava entre a nata do castelo. Ainda assim, retraída como geralmente era, não disse mais nada.

Permaneceu escutando a conversa dos colegas, enquanto girava um galeão entre os dedos, quando de repente mais uma pessoa resolveu entrar na cabine, e esta anunciava a seguinte frase:

-Vai uma bebida trouxa gaseificada?

Isadore ficou tão surpresa que quase derrubou o galeão. Era muito boa para reconhecer vozes, portanto logo soube que se tratava do corvino Chester Lewis, mas nem mesmo sabendo de seus precedentes conseguia acreditar que ele conseguia ser tão estúpido. Quem, em sã consciência, se proporia a vender uma bebida TROUXA num expresso bruxo, ainda mais numa cabine repleta de gente com bom senso suficiente para desprezar tudo que pudesse vir deste submundo. Por tudo isso, o máximo que conseguiu pensar foi: “really? REALLY? R E A L L Y?”, mas logo se recuperou e disse:

- Finalmente descobri como você consegue pagar a mensalidade - e, em seguida, jogou o galeão que já estava entre os dedos na direção do rapaz, antes de completar, com amabilidade - Aqui, meu bem, pode ficar com o troco - e estendeu a mão para pegar a latinha. Seus dedos estavam propositadamente frouxos, contudo, o que fez a mesma se espatifar no chão, derrubando refrigerante por toda a cabine.

Riu, sem fazer questão nenhuma de disfarçar o que havia feito. Logo em seguida, ouviu a voz macia de Charles ordenando que ele limpasse o chão, acrescentando que queria que ele o fizesse com a boca. A garota cega riu ainda mais. Seria um dia difícil para o pobre - em todos os sentidos - Chester Lewis.


OFF: Tudo autorizado.
A música do título é Am I Evil? - Metallica (ok, meio exagerada pra situação, mas me deixem ù_u)
Isadore Baudelaire
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Série 5º Ano

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Mensagem por Gerhard Takamiya Qui Ago 09, 2012 12:58 pm

Na casa pequena logo aos fundos da mansão dos Baudelaire, Takamiya guardava seus últimos pertences em seu malão surrado, o qual havia sido cedido pelo senhor Baudelaire, assim como boa parte do que carregava dentro do mesmo.

Gerhard já chegava ao quarto ano e Hogwarts não era nem de perto tudo aquilo que esperava, porque sua passagem pela escola de bruxaria era um verdadeiro calvário, mas estava disposto a continuar, inocentemente enchendo-se de esperanças a cada início de ano letivo.

Enquanto organizava os livros do novo ano letivo, parte deles novos em folha e outros nem tanto, Gerhard se deixava levar pelos seus pensamentos, hipóteses de um ano bom em Hogwarts e de como tudo teria sido se não tivesse escolhido o escraficío...

#início do flashba
ck#

O salão principal de Hogwarts era o lugar mais magnífico que havia visto na vida, os olhos de Gerhard brilhavam como duas enormes jabuticabas polidas e seu braço, o qual amparava Isadore com destreza, não parava de tremer.

-Por que está tremendo tanto seu maricas? – Dizia uma Isadore ainda apenas uma pré-adolescente, mas já cheia de atitude.

_Este lugar é magnifico! – Foi o que respondeu Gerhard antes de iniciar uma narração fiel de tudo que o cercava e acontecia no ambiente. O sorriso de Gerhard era um dos mais abertos de toda a fila de primeiranistas,não conseguia disfarçar toda sua felicidade como pedia Isadore.

Gerhard levou Isadore até o chapéu seletor e assistiu a menina ser selecionada para a sonserina a aplaudindo e aumentando ainda mais sua felicidade, afinal, era o que ela queria. Logo após Isidore Gerhard de preparava para seu momento de seleção. Foi ate Isadore e a levou até a mesa de sua casa.

- Vou guardar este lugar ao meu lado para você! – Disse Isadore sentando-se a mesa.

Os passos de Gerhard até o chapéu seletor já não eram mais tão confiantes. O garoto que nunca havia alimentado pretensões de um dia estudar em Hogwarts nunca havia parado para pensar para qual casa desejaria ir, nem mesmo quando Isadore falava horas sobre cada um das casas explicando por que a sonserina era a única casa digna de Hogwarts. O coração do pequeno Takamiya disparou, não podia conter a ansiedade naquele momento.

Mesmo nunca havendo parado para escolher uma casa, sabia que a sonserina não seria onde melhor de enquadraria, mas só agora se dava conta de que era aquilo que deveria fazer. Tinha a obrigação de cair na casa das cobras, devia aquilo a Isadore, precisava ir para a Sonserina, mesmo que em qualquer outra casa poderia estar melhor colocado.

_Estou aqui pela Isadore... Preciso ficar perto dela! – Dizia para si mesmo quando se sentou no banco frente a todos os alunos de Hogwarts – Preciso ir para a sonserina, preciso ficar com a Isadore... Devo isso a ela!

“Sonserina... Sonserina... Sonserina... Sonserina... Por favor, sonserina... Por favor, por favor, por favor...”

Gerhard não prestou atenção do discurso do bendito chapéu, estava entretido em seu mantra pessoal aclamando por cair na casa verde de Hogwarts. Por alguns segundos, durante um considerável silêncio do chapéu antes do anuncio Gerhard fechou os olhos como quem assistia a um filme de terror e não queria ver uma cena violenta.

_SONSERINA! – Disse o chapéu com menos entusiasmos do que havia dito nas outras vezes...”

#fim do flashback#

Gerhard balançou a cabeça como quem espanta um pensamento quando sua mãe entrou em seu quarto aos berros o pedindo para que terminasse de arrumar as coisas para que pudesse ajudar Isidore com as malas.

_Isadore, você está vestida? – Perguntou Gerhard atrás da porta pronto para entrar como sempre fazia.

_Não! – Respondeu ela.

_Posso entrar? – A pergunta foi só para constar, afinal, já estava acostumado com a mania de Isadore de sempre fazer hora com a sua cara.

_Tô entrando! – Entrou sem esperar resposta para a pergunta anterior, apesar dele ter vindo quando já passava pela porta.

O jovem foi avanaçando pelo quarto ate ser surpreendido pela voz da Sra. Baudelaire o questionando o que queria. Um pouco envergonhado Gerhard parou a alguma distância rindo sem graça quando Isadore completou dizendo que o motivo pelo qual ele estava ali seria para vê-la nua.

Isadore levantou-se e saiu do quarto com seu malão. Gerhard se preparava para deixar o quarto girando nos calcanhares quando parou o movimento para ouvir a Sra Baudelaire.

_Takamiya! – Gerhard odiava que o chamassem pelo sobrenome: era como chamavam seu pai. Para ele, chamá-lo pelo sobrenome era o modo dos Baudelaire deixarem claro que por ser filho de um funcionário isso também o fazia um funcionário – Isadore parece estar ainda mais bem disposta este ano. Parece que a filha dos Leigh está indo para Hogwarts! – a Sra Baudelaire aproximou-se de Gerhard enquanto te encaminhava para a porta de saída – Sabe que contamos com você pra que Isadore tenha a melhor estadia possível em Hogwarts, certo?!

Gerhard apenas sinalizou afirmativo com a cabeça e colocou um pequeno sorriso no rosto antes de passar a frente da Sra Baudelaire e deixar o quarto direto para as escadas. Foi rapidamente até sua casa, apanhou seu malão o trazendo flutuando atrás de si em direção a frente da casa para ver o carro que os levaria até a estação acelerar assim que o viu passar pela porta mesmo após seu grito para que o aguardassem.

Gerhard sabia que seria em vão tentar entrar em contato com a Sra Baudelaire, pois provavelmente ela não resolveria seu problema mesmo. Então resolveu pegar uma das bicicletas utilizadas pelos funcionários da casa, a qual havia uma espécie de reboque trazeiro ideal para seu malão, e ir com ela para a Estação que não era muito distante.

Infelizmente aquela era Londres, e uma garoa fina em algum canto da cidade podia molhar bastante em uma pedalava de uns 20 minutos. Gerhard chegou completamente ensopado à estação. A já conhecida estação passou por Gerhard como um raio indo em direção à passagem para o Espresso de Hogwarts. Pelo visto aquela não era um novo não letivo que começava bem.

Vasculhando o local a procura de Isadore ainda do lado trouxa da estação Gerhard logo a avistou e para seu espanto parecia conversar com um mendigo da estação.

“Não, definitivamente ela não está tendo um papo agradável com o mendigo da estação!”

_Hey, Isadore, um amigo seu? – Intrometeu-se na conversa com um tom de voz um pouco mais áspero que o de costume. Gerhard olhou direto para o homem como quem perguntasse o que ele ainda estava fazendo ali, mas logo ele se afastou.

_Sabe como foi difícil para eu chegar aqui? – completou olhando para uma Isadore que mirava a direção oposta.

Mais uma vez Isadore vinha com suas piadas sobre japonês e a eficiência deles, a qual Isadore julgava que faltava em Gerhard.

_Pela MILÉSIMA vez! Não sou Japonês, muito menos asiático! – Disse Gerhard afrouxando a mão de Isadore no seu braço – Por acaso nasci exatamente no mesmo lugar que você, no mesmo prédio! Isso deve fazer de você uma japa também, estou certo?

Gerhard já se dirigia junto com Isadore à passagem, quando sem saber ao certo de onde aquela criatura loira que odiava ter o desprazer de colocar os olhos surgiu entre ele e Isadore a tomando de seu braço.

_Pois é, Kamikaze, como a Isa disse. Você tem obrigação de saber fazer tudo. Então, vamos começar com algo simples.

Nunca havia gostado de Kayra nas vezes com que havia encontrado com a menina, geralmente durante os verões quando visitava os Baudelaire ou ao contrário e Garhard acompanhava Isadore nas viagens. A menina jogou sua malas sobre os braços de Gerhard que, por um primeiro instinto, cogitou deixar que tudo passasse direto por seus braços e se espatifasse no chão, mas não o fazendo.

_Melhor que tudo esteja inteiro quando entrarmos. Cadê o Charles? – Completou a menina deixando Gerhard sozinho com as malas dos três. Olhou por alguns instantes as duas meninas se afastarem e aos poucos foi colocando no chão uma mala por vez.

Propositalmente deixou que eles fizessem a travessia na frente, afinal, precisava de um tempo para respirar fundo e cair a ficha de que mais um ano letivo começava e com ele começava toda aquela sequencia de humilhação a qual era rotineira.

Olhou o movimento da estação por alguns minutos até alcançar novamente algumas malas, não todas, as que pertenciam Kayra permaneceram exatamente onde ele havia deixado e ali ficariam. Carregando suas malas e as malas de Isadore, o sino-francês alcançou a plataforma de embarque do expresso de Hogwarts. Gastou algum tempo cumprimentando alguns alunos, a maioria lufanos e grifinórios, apesar de vestir o uniforme completo da sonserina.

Não demorou muito e Gerhard já avançava pelos corredores e revia todos aqueles rostos conhecidos, outros nem tanto. Cabine por cabine, Gerhard esticava a cabeça no vidro da porta para ver onde estavam Isadore e seus amigos para que pudesse se juntar a eles e só após a partida do expresso dar as boas novas a Kayra.

O sonserino demorou um pouco para achar a cabine, mas quando finalmente achou não adentrou logo que alcançou, ficou por alguns segundos parado na porta assistindo a cena que se passava dentro.

Sabia que Isadore era cruel quando queria, mas também conhecia um outro lado da garota, quando estavam sozinhos ou quando ela estava triste. Vê-la esnobar de Chester, o corvinal por quem nutria alguma simpatia, talvez por achar que era um dos pouco no castelo que poderia entender o que ele sentia, fez Gerhard focar seus olhos em Isadore, e por alguns segundos se esforçar para engolir sua raiva.

Por mais que tivesse tentando, Gerhard não conseguiu segurar por muito tempo. Logo adentrou a cabine já superlotada.

_ Olá Isadore! – disse Gerhard um uma voz mais áspera que o normal. Gerard olhou a sua volta para os rostos conhecidos na cabine, então continuou – Vejo que está se divertindo! Sabe Chester, não se preocupe, limpe, não tem problema! Limpar a sujeira de gente como Isadore deve ser levado como honra... Você estará fazendo um favor... Essa cabine já está suja demais!

Nem mesmo Gerhard podia acreditar no que dizia. Nunca havia estourado assim antes, não já frente de Isadore, talvez por que suas esperanças de um bom ano letivo já tinham ido por água abaixo antes mesmo de chegar a Hogwarts.

_Suas malas estão aqui Isi! – o sonserino apoiou as malas de Isadore em um dos cantos vagos da cabine e se virou para sair, mas antes virou-se para completar – Quanto as suas Leigh! O departamento de achados e perdidos da estação funciona muito bem... Espero que fique mais atenta a sua bagagem no próximo ano! – Gerhard respirou fundo e tirou o sorriso falso do rosto demonstrando que falaria sério a partir daquele momento – Enquanto a senhorita a sua família não forem responsáveis pelo sustento da minha família não te devo favor algum... Não tenho vocação para elfo doméstico!

Gerhard abaixou-se para ajudar Chester a pegar do chão a lata de Coca-Cola afastando suas malas e as malas de Isadore do líquido que se espalhava pelo chão.
Gerhard Takamiya
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Chloe Hertsgaard Qui Ago 09, 2012 1:43 pm

Quem diria que antes ainda de por os pés em Hogwarts Chloe já estaria metida em alguma confusão, desastre, loucura, porque coisa boa aquilo certamente não era. Muitos poderiam não entender como aquela coisinha tão pequena ruiva e com cara, SÓ A CARA, de anjinho poderia ser aquela bomba relógio prestes a explodir. A sonserina ali presente conhecia a reputação de Fae, uma pestezinha que sempre estava metida em problemas. Só não sabia como ela exatamente fora parar no meio daquele furdunço¹. Num momento estava vendo revistas e tendo uma conversa civilizada, e no outro corria na chuva tentando manter o controle sobre Docinho e sua bagagem.

Descobriu que estava correndo para que não perdesse uma aposta que nem era sua. E que se ajudasse a ruiva a vencer, ganharia uma cerveja amanteigada. Grande coisa... Se fosse algo de inestimável valor, alguma relíquia de família, um objeto com poderes mágicos, agora uma simples cerveja amanteigada... Não! Chloe não seria comprada assim tão facil. Ainda assim continuou correndo junto com as duas para não pensarem que era lerda e não conseguia acompanhá-las. O que aconteceu depois disso só Merlin e a imaginação fértil de Chloe sabem.

Katrina jogou os cabelos que cegou meio mundo, a chuva caía molhando a tudo e a todos, Fae corria que nem uma louca que fugiu do hospício, e o irmão dela que em um primeiro momento estava conversando distraído com uma garota e seu clone, deu uma de surfista em uma chapa de metal. E Chloe? Só parou e ficou olhando para a cena, como se fosse um filme. No final os dois irmãos estavam caídos ao chão. Então quando tudo parecia calmo, a sonserina resolveu se aproximar daquele grupo peculiar. Tentava acalmar Docinho que parecia mais nervoso do que o normal, enquanto andava devagar puxando o carrinho com sua bagagem. Chegou quando uma garota de cabelos negros dizia sobre irem para o Expresso de Hogwarts civilizadamente. Como se fosse possível.

Então deixou que o grupo seguisse a frente e foi a última a entrar pela passagem bruxa. Deixou a bagagem com um homem que estava encarregado daquilo, e seguiu andando sozinha com Docinho nos braços pela plataforma. O gato não era do tipo que ia junto com outros animais no lugar destinado a eles. Não. Ele gostava de escolher a cabine que iriam durante a viagem e também tinha que ter seu espaço dentro dela em alguma poltrona. E se o aborrecessem... Era melhor nem imaginar.

Andando distraidamente pelo local e esperando que se secasse logo, Chloe não imaginara que estaria metida em outro problema tão cedo. Havia acabado de sair de uma confusão poucos minutos antes... Merlin estaria de graça com sua cara? O fato é que alguém que a garota não conhecia até então, - mas faria questão de não se esquecer do rosto da menina -, enjoou de um rapaz que lhe acompanhava e resolveu jogá-lo no lixo, literalmente. Se não bastasse aquilo, o lixo e o homem foram parar em cima de Chloe, que passava por ali na hora e local errado. Caiu no chão em câmera lenta enquanto Docinho era arremessado para o alto. Quando teve coragem abriu os olhos para o mundo. Tudo rodava. Tudo fedia. Sua perna estava em cima de uma lata caída, o braço estava dormente, para não contar a cabeça que girava.

Ficou ali como uma estátua. Até porque não conseguia se mexer, já que metade do corpo do rapaz estava sobre a garota. Ele se levantou murmurando algumas coisas que Chloe preferiu não tentar entender, e estendeu a mão. A garota a segurou e deu um impulso para ficar de pé. O rapaz lhe pedia desculpas pelo incidente e dizia se chamar Lestat. Mas para a sonserina ele era simplesmente o louco que se jogara em cima dela junto com um monte de lixo. Mas não deu tempo dela jogar isso na cara dele, ou pedir algum tipo de indenização, já que ele havia desaparecido dali. E junto com ele Docinho também. Certamente deve ter fugido de susto, ou de nojo, vai saber. A sonserina deveria encontrá-lo se limpando em alguma cabine depois.

Falando em se limpar, quem precisava daquilo urgentemente era ela. Se não bastasse o fato de estar um pouco molhada ainda, agora exalava um leve odor de lixo. Era só o que faltava. Um ótimo começo de ano. Entrou no expresso de Hogwarts em busca do banheiro feminino. Logo o achou. Para sua sorte estava vazio, não queria ninguém lhe perturbando ou fazendo perguntas indevidas. Abriu a torneira e lavou as mãos com bastante sabonete liquido. Depois lavou o rosto e onde conseguiu alcançar. Estava tentando tirar um pouco da sujeira da roupa com um pano, água, e sabão. Mas sinceramente não estava dando certo e ainda exalava um mau cheiro.

Foi então que alguém como um furacão entrou no banheiro, sem bater, sem pedir licença, simples assim. Ainda bem que Chloe a reconheceu. Era uma sonserina e amiga, Lony era seu apelido, já que o nome era muito difícil de lembrar e pronunciar. A garota olhava no espelho e se lamentava terrivelmente.

- NÃO! NÃO!!! Meu rosto! Tem uma bolha enorme no meu rosto!!! - empurrou a porta e encostou-se nela. Logo já estava sentada no chão. – Ahh, cara-de-bolha! – começou a choramingar.

Chloe não entendeu o porquê até o momento em que olhou bem para o que tinha no rosto da garota. Era um monstro de verruga que cobria toda a bochecha dela. Aquilo era macumba, maldição, só podia ser, e das bravas. Levou as mãos no coração de susto. Não era todos os dias que se via alguma coisa como aquela. Imaginava o que a garota poderia ter feito para ter ganhado aquilo.

- LUCY?!? POR MERLIN! Você beijou um sapo e ganhou isso no rosto? - apontou. Ser discreta não era muito seu forte. – Mas não chore, o efeito deve passar logo... Se não for algum tipo de maldição, digo. – fez uma cara de pavor.

- É Lony, Chloe, já falei mil vezes! ¬¬ E antes eu tivesse beijado um sapo, pelo menos ele viraria um príncipe! – a garota passava a mão no rosto. – Foi aquela Alleborn! Aquela criatura nefasta que fez isso! - ela bufava ainda sentada. – Calma ae, você falou maldição? Acha que isso vai ficar pra sempre na minha cara?!

- Não acredito que aquela loira aguada fez isso... - dizia espantada. – Bom, não sei. Pode diminuir, ou crescer. Acho que depende. - fazia uma feição de quem pensava longe, e ela pensava mesmo. – Mas do jeito que ela é, não duvido que seja alguma maldição ou praga mesmo... Pessoas do tipo dela são imprevisíveis. - deu de ombros.

- Ahhhhh não. – Lony continuava a choramingar. Era fato que Chloe era horrível para acalmar as pessoas, pelo contrário, mesmo que sem querer só deixava as coisas piores. – Aquele troll horrível me paga, eu vou arrancar todos os cabelos dela por isso e então o Anthony vai ver que tirando aqueles cabelos loiros e brilhantes ela não tem nada demais e... – ela parava. Deu uma cheirada no ar enquanto olhava para a roupa da loira. – Chloe, por que sua roupa está..? Ah já sei, você também não arrumou o seu malão durante as férias.

- Ai, você não foi a única que o mundo resolveu rir da cara. Você acredita que alguém me jogou um rapaz e um monte de lixo junto? - fez uma feição triste. – Não existem mais pessoas educadas por aí. Sem contar o fato de que estou molhada da chuva e que me envolvi numa corrida de uma aposta que nem era minha... - girou os olhos. – Mas tô muito ruim? O cheiro tá estranho?

Não que a pergunta precisasse de resposta. Mas uma opinião amiga seria útil e bem vinda. Apesar da diferença de ano, - Chloe era do terceiro, e Lony do quarto -, isso não impedia das duas sonserinas serem amigas. E nem estou falando em amizade falsa, ou só por benefício. Conheceram-se no primeiro ano de Hertsgaard, em um episódio peculiar, e desde então se tornaram boas amigas, além do mais, se parecem e muito. Mas falaremos sobre esse dia em outro momento. Por hora é só.

Le resumo: Chloe se separa do grupo em que estava metida para andar sem rumo pela plataforma, quando foi vítima de um acidente. Roxana, que ela não conhece até então, jogou um rapaz em cima da garota que não tinha culpa de nada, com ele veio um monte de lixo. Docinho fugiu da confusão, assim como o rapaz, que só a ajudou a levantar. Daí Chloe resolveu procurar um banheiro dentro do Expresso. Enquanto tentava se limpar, Lony apareceu ali com uma verruga enorme na bochecha, e assim as amigas ficaram se lamentando da vida.

Spoiler:
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Mensagem por Lara Rosenberg Qui Ago 09, 2012 4:27 pm

OFF
Música pra ouvir enquanto lê:

Spoiler:

_____________________________________________________

ON

Expresso de Hogwarts

Lara estava mais calma. Depois de ver tantos rostos familiares, inclusive o de sua amiga Lena, tinha conseguido tirar um pouco a mente de onde menos queria que ela fosse no dia de hoje. A gata ronronava em sua pernas, também mais calma. O clima de Hogwarts, em geral, era muito bom. Mal poderia esperar pra ver o castelo, com suas paredes grossas, seu salão principal magnífico (nunca parava de ficar maravilhada com as de velas suspensas), o elegante salão comunal sonserino (verde estava na moda... ou não, ela não sabia, de fato.) e, mais que tudo, seu dormitório aconchegante, com os lençóis sempre quentinhos e a possibilidade de simplesmente virar-se e ir conversar com Lena na cama dela, quando estivesse tendo um sonho particularmente ruim.

Teria sido melhor se seu irmão estivesse no castelo, arrumando confusão com alguém, tentando botar fogo no rabo de sua gata...

Não. Não ia pensar mais nisso.

Concentrou-se no jogo de snap. Lena estava perdendo feio, e a qualquer momento as cartas explodiriam em suas mãos. Sabia que a amiga odiava perder, nem que fosse em um simples jogo de snap, mas não podia fazer nada se ela estava tão distraída a ponto de fazer vários movimentos errados.

POW!

Não disse? Mas eu não disse?

O expresso de Hogwarts estava cheio de explosões hoje. Louise lançou um olhar de desprezo pras duas.

- RÁ! Ganhei! - Disse, enquanto espalhava a fumaça da mini-explosão no jogo de snap. Balança suas cartas no ar e dá um sorrisinho pra amiga.

Imediatamente percebeu que tinha sido a reação errada.

- MAS QUE MERDA... - Gritou, e empurrou o jogo pro chão, fechando a cara. Lara levantou as sobrancelhas, assustada.

- Wow, calmaí. O que foi que houve? É só um jogo de snap, Lena. - Disse, e botou a mão no braço da amiga.

- Me desculpa. - ela olhou pras cartas no chão. - Eu só tô num péssimo dia hoje. Ontem eu perdi na final de um campeonato aí, e você sabe como eu sou péssima perdedora.

Ohh, ela sabia. No segundo ano Lena tinha perdido no quadribol e arrumara briga com uma pobre garota que estava olhando-a estranho. Lena pensara que a menina estava encarando-a com malícia, e partiu pro ataque sem nem mesmo considerar que uma primeiranista lufana não tinha culpa nenhuma dela ter derrubado a goles nos últimos minutos de jogo. Além do mais, a menina tinha um tique no rosto. Coitada.

- Aquele campeonato trouxa que você tava participando? De... ahh... chinelos? Não, era um nome de sapato, né?

Sua ignorância sobre assuntos trouxas está aparecendo, Rosenberg.

- Tênis. Um campeonato estúpido de tênis...- ela revirava os olhos e colocava a mão na cabeça. - Eu sabia que devia ter me focado em treinar boxe nessas férias...

- Hm... Box é um tipo de luta, né? - E deu um risinho nervoso. - Você tem certeza de que é sábio... bem, aprender a bater em lufanos com maior técnica e precisão?

- Bem, não era com esse propósito que eu pretendia aprimorar minha luta - ela respondia rindo - Mas com certeza esse é um bônus. Enfim... só tô tendo um dia ruim, ainda digerindo a derrota. - Ela se ajeitou no assento e olhou para amiga. Sua expressão de repente mudou, parecendo mais suave - Hoje também não é exatamente um bom dia para você, não é?

Lara engoliu em seco e sentiu um repuxão no pé do estômago. Nãonãonãonãonão. Não queria falar sobre isso.

- Já tive dias melhores. Anos melhores. Você sabe. - E desviou o olhar, enquanto coçava distraída as orelhas da gata.

- Eu sei. - ela olhava com carinho para amiga - E também sei que não é a mesma coisa, mas eu tô aqui, caso você precise. - ela esboçava um sorriso gentil e doce para amiga.

- Eu sei, eu sei. Brigada. - disse, sorrindo também.

Vamos sair desse assunto, por favor!

- Você está com fome? Eu acabei de perceber que não comi nada desde o almoço de ontem...

Melhor. Troca. De Assunto. DE TODAS. E muitíssimo bem lembrado. Ela tinha comido bem no café da manhã, mas quem consegue recusar as besteiras vendidas no carrinho de comida?

- você não aprendeu, lena? Eu estou SEMPRE com fome! - E, deixando a gata de lado, levantou-se pra ir atrás de alguns feijõezinhos de todos os sabores. Quem sabe tivesse mais sorte dessa vez? Da última vez tinha pego um de cera de ouvido e...

- Com a boca, Lewis. Por favor. - Ouviu a voz de um menino mais velho comandar. Parou por um segundo, olhando pra dentro da cabine abarrotada. A porta estava aberta e um aluno estava parado na frente dela, e dava pra ouvir claramente o que falavam lá dentro. Alguém havia derramado a bebida trouxa no chão, e toda a situação parecia esquisita. A julgar pela cara de Lewis, ele também estava achando.

- Esse não era o menino que tava vendendo bebida trouxa? O que diabos ele tá fazendo num vagão cheio de sonserinos?! Ele não tem noção do perigo não? - Comentou baixinho do lado de fora da cabine, demorando para começar a andar.

- É ele sim. Ele sempre foi maluco... Nunca entendi direito como foi parar na Corvinal. - ela olhava pela porta da cabine, mas não dando muita atenção.

Lara apertou as sobrancelhas e olhou por mais alguns segundos. A sonserina que era do seu ano parecia estar se divertindo bastante com a situação. Coçou o braço e continuou andando porque, afinal, a comida não ia levitar até elas.

Compraram muitas guloseimas, inclusive alguns sapos de chocolate, porque Lara queria mais cartas pra completar a sua coleção. Lena comprou mais coisas saudáveis, eterna atleta que era, mas Lara deu de ombros e pediu seus usuais feijõezinhos de todos os sabores.

Quando estavam voltando encontrou Elliot, um garoto do seu ano com quem tinham dividido algumas detenções. Todas extremamente injustas, é claro. Um maldito professor queria afogá-los de tarefas em plena véspera das festas de fim de ano, e se ofendeu quando ela falou alto o quanto aquilo era ridículo. Os dois se engalfinharam por alguns minutos antes que ele pudesse tirar a carta de "professor" e mandá-la pra detenção no último dia de aula.

- Oi, Elliot! Feijãozinho de todos os sabores? - Diz, oferecendo uma caixa pro amigo.

- Feijãozinho? Ah, não, obrigado. Eu estava tentando chegar ao lugar do combate das meninas, mas acho que pelo silêncio já terminou.

Oh, wow. O expresso de Hogwarts estava REALMENTE maluco hoje.

- Que combate? Eu ouvi uma confusão mais pro fundo do trem. Um menino tentou vender bebida trouxa pra um bando de sonserinos, veja só. Pensei que Corvinais fossem espertos! - Comentou de passagem. Era surpreendente, aliás, que Elliot não estivesse metido em alguma confusão. Era algum tipo de recorde pra ele?

- Cala boca, Lara... - Elena dizia entre os dentes esboçando um sorriso forçado, cutucando a amiga com o cotovelo. - Nem parecia que estava tendo confusão nenhuma... - ela dizia voltando seu olhar para Elliot.

- Ai! - Exclamou, quando a amiga a cutucou. - Como não?! Tinha bebida derramada pelo vagão todo e... ahm... - Deixou a frase morrer ao ver o olhar fulminante de Lena, e enfiou três feijõezinhos na boca. Péssima ideia. Brócolis, cereja e... cera de ouvido DE NOVO?!

- O combate entre a... Corvinal? Bebida trouxa? Sonserinos? Great Scott! Chester... - Elliot olhou na direção que as garotas vinham e fez os cálculos. Ouvindo as palavras de Elena, ele falou. - Certamente que não estaria havendo confusão nenhuma, srta. Holdfeny... Mas sacomé, né? Contei cinco professores no trem e conhecendo meu amigo, quase certeza que ele vai se meter em confusão. Ainda mais porque nem todos os sonserinos são sociais como vocês, sempre têm aqueles que têm complexo de Malfoy, achando que ambição é bancar a bitch mal amada ou o rebelde sem causa... E pior coisa do mundo é começar o ano letivo com placar negativo, né? - ele começava a passar entre elas, gesticulando. - Iniciando o ano com cinquenta pontos negativos... Desse jeito nem ganhando o campeonato de quadribol... Por isso vou lá dar uma verificada.

E com isso ele sai correndo.

Ah, droga.

- Nossa, Lara, tinha que abrir a boca pra fazer fofoca? - Lena revirava os olhos e colocava as mãos na cintura. - E sobre gente da nossa própria casa? - seu tom parecia chateado.

Era só o que lhe faltava. Ser chamada de traidora de casa. Seus pais ficariam realmente decepcionados.

- Foi mal. - Tentou dizer, mas a sua boca estava cheia de feijõezinhos. - Não acho muito justo, só isso. - Forçou.

- Eu também não acho exatamente justo, mas enfim, não era da nossa conta... - Insistiu Lena.

Esse argumento conseguia entender. Afinal, não era mesmo da conta delas. Mas não tinha falado pra arrumar confusão com ninguém, poxa. Nem lembrava que o grifinório era amigo desse tal menino.

- O que o Elliot vai fazer, afinal? - Disse a garota, falando direito agora que já tinha engolido o doce. Lena olhava pro lado em que Elliot tinha ido.

Por quê ainda precisava perguntar?

- Mas esse garoto é um ímã pra problema, então com certeza agora vai ter alguma confusão lá.

- Eu não me importaria nenhum pouco de dar uma olhadinha nessa confusão, e você? - E, novamente sem esperar resposta, puxou Lena pro mesmo lado que Elliot tinha ido. Alguns feijõezinhos caíram no chão atrás das duas.

_____________________________________________________

OFF

Editado porque eu não tinha percebido que a porta da cabine estava aberta quando as duas passavam. Desculpa! xD
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Mensagem por Roxanna Miloslaviniacova Qui Ago 09, 2012 6:24 pm


------------------------------------CARMINA BURANA

Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!


Ew! Sério? Charles ficava praticamente outro quando próximo à Isadore. E fazia questão de despejar em todas nós o seu humor de mantícore como se fôssemos obrigadas. Essa história de “vou casar com o primo” já era tão last season que estava me irritando profundamente o fato dele simplesmente virar um nerd entupido só porque Isadore estava ali.

Ok. Eu mais do que ninguém entendia perfeitamente pelo que eles estavam passando até porque estava noiva de Lestat havia 5 anos e convenhamos era de Lestat que estávamos falando... Tudo o que ele tinha de bonito tinha também de porco traidor. E claro, uma coisa sou EU reclamando da minha sorte aos sete ventos e outra, muito diferente é ter que ficar ouvindo as chorumelas dos outros. Por mais que eu gostasse de conversar com Baudelaire, ele estava me irritando com seu comportamento apático.

Pior do que isso foi só o fato de Isadore ter praticamente pulado no colo dele. Tá que ela é cega e tecnicamente não teria visto o que estava fazendo, mas, benhê, na escola das vadias eu sou doutorada e PHD. Se estivéssemos em tempos primitivos ela estaria fazendo xixi em mim. Eu entendi bem que ela estava marcando território, afinal, se acabássemos trocando de noivos ela é que ia ficar com o trambolho desagradável do Lestat e não eu. E a perda era toda dela.

Ri por dentro com a ideia de me ver casada com Charles. Seria um triunfo que Lestat jamais superaria, até porque ele nunca tinha ido muito com a cara de Baudelaire. Mas dois segundos depois a ideia me pareceu ridícula. Era certo que estávamos os três amarrados a compromissos que não queríamos e permaneceríamos assim, infelizes para sempre. Então ignorei Isadore e seu ataque de pelancas momentâneo e como manda a boa etiqueta francesa, contei uma mentirinha inocente.

- Nós também estávamos! - se bem que não era bem uma mentira eu tinha pensado em procurá-las - Mas escolher uma cabine decente pareceu mais urgente do que estarmos todos juntos e sentados no bagageiro. – eu queria dizer mais importante, só que urgente pareceu mais educado. Ri dando um beijo na bochecha de Isadore e outro na de Kayra, conforme mamá instruíra que a etiqueta francesa mandava.

Estávamos procurando uma ova! Eu estava me escondendo do Lestat e o Charles se escondendo dela. Mas é claro que isso eu não ia falar até porque tinha decidido que esse assunto matrimonial estava enterrado agora que eu estava livre do calau por mais de seis meses. E no fim eu ia acabar sendo o padrinho de casamento do Charles e Kayra a madrinha de Isadore e seríamos a sensação inebriante da festa alimentando qualquer fantasia lesbiana dos convidados. Isso pra mim bastava. Ao menos por enquanto.

- Então, dá para acreditar nisso? Nós todos juntos em Hogwarts pela primeira vez? - meu tom era muito mais animado agora só para irritar Baudelaire que já estava irritado.

Continuamos conversando trivialidades quando a cabine se abriu mais uma vez. Diga-se de passagem que por mais que eu não seja adepta a lugares lotados (isso é muito coisa de lufano do tipo “somos igual coração de mãe, sempre cabe mais um”), não fazia oposição alguma ao grupo que tinha entrado. Reconheci os traços do último rapaz que entrara, e o tempo só fez bem pra ele. Anthony Blanche. Ah, se eu não estivesse platonicamente apaixonada por Lestat no meu primeiro ano, com certeza teria me apaixonado platonicamente por aquele ali. E se aquele era Anthony eu apostava dez galeões que o outro só podia ser seu grande amigo Michael Alleborn.

Pois é! Eu fiquei dois anos fora da escola, mas fedelhas são assim mesmo, umas xeretas lunáticas. Sério, durante dois meses eu namorei com Michael só que só eu sabia do relacionamento super secreto. O decoro teria me permitido corar só com a lembrança vaga daquelas infantilidades tolas de uma época não muito distante quando eu ainda acreditava em felizes para sempre. Como agora, porém, eu não tinha mais ética e nem nada de valores a prezar e ninguém sabia da minha paixonite, sorri sem mostrar os dentes e deixei que o calor da convivência aquecesse o recinto.

Não pude, porém, deixar de reparar na garota que estava com eles. Quer dizer, tinha duas garotas com eles. A primeira devia ser a irmã de Anthony, sério havia muita semelhança ali. E a outra eu conhecia, sabia que sim, mas não sabia de onde. Também pudera, com AQUELA coisa na cara não era tão fácil reconhecer alguém. E o fato de Michael ter pedido para não rir só fazia mais alarde. Mas eu não tinha a menor vontade de rir dela. Quer dizer, a gente pode fazer o que quiser com os outros: humilhar, torturar, bullyinar, matar, mas no rostinho de boneca NINGUÉM TOCA!

- O que foi que aconteceu com você? – simples e direta. Kayra me olhou com aquela cara de “você está se intrometendo na vida de estranhos de novo” mas eu nem liguei. Vai dizer que não estavam todos curiosos pra saber? E claro, se aquilo fosse contagioso era bom todo mundo sair dali ligeiro e tomar alguma poção.

- Uhn... meio óbvio que foi aquela maldita Alleborn. – ela devia estar se referindo à irmã grifa de Michael - E quem é você?

- Alguém que não faz a menor ideia do que você está falando... – respondi sem muita frescura – Sou Roxanna Katherine Vermont Miloslaviniacova, fiz o primeiro ano em Hogwarts e dois anos de intercâmbio em Durmstrang. Agora vocês todos vão ter que me aguentar de novo. Acho que me lembro de você, mas não tenho muita certeza porque bom, você está meio camuflada, não é?

- Eu... eu... não estou camuflada! Nem dá pra notar essa... oras, se você não sabia não deveria ter perguntado, -aquilo não fazia o menor sentido, mas dava para notar que ela estava muito irritada - e além do mais, Gabriella é o pior ser da face da Terra! É bom você nem querer conhecê-la. -e ela cruzou os braços emburrada. Óbvio que ela não conhecia Lestat. - Pff... garota sem escrúpulos, aquela.– murmurou.

- Mas se eu soubesse seria redundante perguntar... – comecei, mas fui bruscamente interrompida.

A cabine se abriu de novo e agora sim eu já estava começando a cogitar a ideia de jogar um bombarda na parede de frente e fretar uma cabine estendida. Assim ninguém precisava ficar respirando o acúmulo mistureba de perfumes caros que cada um exalava. Mas qual não foi a minha surpresa quando vi um menino com uma espécie de carrinho vermelho - SÓ PODE QUE É OBRA DO TINHOSO – oferecendo bebida trouxa. TROUXA! T-R-O-U-X-A!

AUDÁCIA PUUUURA!

Eu não sabia que os alunos de Hogwarts tinham ficado tão bundões ao ponto de aceitarem muambeiros vendendo suas porcarias. Qual o próximo passo para a decadência? Churrasquinho de amasso? Que nojooooo! Eu preferia comer uma lesma inteira a colocar algo tão asqueroso em minha boca. Fiquei em choque. Olhei aflita para todos os lados em busca de amparo. Eu não podia acreditar que alguém fosse comprar aquela porcaria. Caridade nunca foi o meu forte, muito menos com gentinha daquela laia.

Isadore foi quem agiu primeiro e quem fez minha sanidade voltar ao nível máximo da compostura. Ao jogar um galeão para o menino, ela acarretou o verdadeiro efeito dominó. As latinhas nojentas explodiram aquele líquido preto e borbulhante. CÉUS! Era piche engarrafado. Charles incitou o garoto a limpar a bagunça, mas é claro, tinha que ser com a boca. Senti minhas entranhas se contorcendo de prazer quando o tal Lewis, acuado, se sujeitou a fazer mesmo o que Charles tinha mandado.

Ah a submissão. Eu não odiava tanto aquele menino agora, afinal, ele ao menos tinha ciência de que ele era inferior. Mas não faria mal algum lembrá-lo disso. Levantei de meu lugar silenciosamente, apreciando vagarosamente a delícia que era vê-lo lambendo o chão. E num rápido movimento de pernas, enfiei meu sapato bem na cara dele. Pisei em sua bochecha deixando meu salto alto bem rente ao seu nariz, pressionando-o de leve. Se eu quisesse podia esmagar a cara dele feito uma barata, mas não valia a pena.

- Veja o lugar que você ocupa na cadeia alimentar do mundo bruxo, queridinho. – soltei minha super RISADA escandalosa - E sabe por que é que eu não amasso de vez essa sua cara imunda? Porque não vale a pena manchar meu par de sapatos com o seu sangue ruim. Pode pegar as suas muambas e dar o fora daqui!

Antes, porém, que ele juntasse as esmolas e a humilhação, a cabine se abriu de novo, claro, porque isso tinha de acontecer e quem entrou foi o elfo doméstico da Isadore, o tal garoto que era filho dos criados dos Baudelaire. Achei, porém, que ele estivesse ali só para entregar coisas, mas não, ele tinha que abrir a boca de proletariado e descarregar em nós a sua diarreia verbal. Típico.

Mirei Charles olhando com cara de poucos amigos para o garoto insolente simplesmente desprezando-o. Mas eu sabia que era do feitio de Baudelaire obrigar o empregado a lamber o chão junto com ele.

- Ew! – encarei o sonserino que eu conhecia de eras na casa de Isadore - A cabine dos rejeitados é no fim do trem, perto do banheiro, Tanaka. Se eu fosse os Baudelaire, contratava um elfo doméstico e despedia esses imigrantes Made in China, porque até mesmo um elfo é melhor do que a escória de um traidor do próprio sangue. - passei por cima de Chester e sai pela porta da cabine. – E me desculpem mas é que eu não me misturo com a gentalha. Volto quando a cabine não estiver infestada de vermes assalariados.

Glamour. Ou você tem ou você não tem. Simples assim.


Spoiler:

Esse post é melhor lido ao som de Carmina Burana - Apocalyptica;
Roxanna veste isso aqui.
Risada diabólica da Rox, AQUI

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Mensagem por Natalie Flower Qui Ago 09, 2012 7:18 pm

— Obrigado, Natalie Flower.

Falou a velha, olhando para a garota nos olhos, após a jovem lhe dar um refrigerante. A menina sorriu, dessa vez verdadeiramente. Uma coisa que seu pai sempre lhe ensinara é que cortesia com cortesia é paga e um bruxo educado vale mais que cinco erumpentes reunidos em fila indiana dançando hula-hula e jogando dinheiro pra cima, e a menina, com toda sua devoção à seu pai, resolveu sempre aplicar a idéia do pai à sua vida. E sim, isso inclui ser simpática com uma velha esquisita, segurando um porco, em uma cabine de um trem bruxo com destino a hogwarts depois de ser abandonada por uma sonserina.

– Agradeço e me desculpo por isto - disse apontando para os preciosos doces da garota, agora restos de comida de porco - Fortuna tem um apetite considerável. Tenho que observá-la com freqüência para evitar episódios desta sorte. Distrai-me, e peço desculpas. Para lhe conceder uma reparação, vou permitir que toque em Fortuna.

Dito isso a velha desembrulhou a porca de seus trapos, aproximando-a das mãos da quartanista. A garota não pode evitar uma careta; Veja bem, a garota realmente achava legal ganhar uma recompensa por ter sido agradável e por ter perdido seus doces do semestre para uma porca, mas ela nunca iria imaginar que botar a mão numa porca seria uma reparação/recompensa. Afinal de contas porcos não estavam na lista dela de animais favoritos; na verdade na lista dela conjucturavam em primeiro lugar gatinhos, em segundo cachorrinhos, em terceiro mini pufosos, em quarto corujas e, finalmente, em quinto, esquilos. Definitivamente porcas não estavam na sua lista de bichinhos fofinhos.

"Ai.Que.Nojo."

Lentamente a lufana moveu a mão em direção à porca, tocando a mesma com a ponta dos dedos, tentando evitar muito contato com o bicho. Tinha que lembrar de lavar as mãos assim que possivel. Ou seja, assim que a velha se aquietasse novamente ela pediria licença para o banheiro. Natalie nunca fora uma garota muito afetada, mas, por Merlin, só ele sabia onde aquele bicho andara. Ela podia imaginar que em algum local não muito limpo, a julgar pelos trapos. Aliás, a julgar pelos trapos ela podia dizer muita coisa sobre a velha também, mas a garota era boazinha demais pra se permitir pensar mais que cinco minutos de maldade por dia por pessoa. E depois brigar consigo mesma por conta de seu pensamento.

Porém, a verdade era que a garota lufana estava mesmo era com medo de levar uma mordida da porca. Ela não tinha muita noção de doenças, então não tinha uma certeza absoluta do fato se porcas transmitiam raiva. E, espera, o famoso vírus bruxo H1N1 não viera de porcos?

-Porquinho bonitinho, bonitinho... - se pegou a lufana sussurrando, enquanto o tocava com os dedos. Porcos entendiam o que humanos dizem? Resolveu tentar a sorte - Não me morde por favor...

Sussurrou, tendo a absoluta certeza que a velha ouvira o que ela falava. Será que ficaria muito zangada? Ela não conseguia entender o que sentia mais naquele momento, se nojo ou medo.

— Bem, então...

Começou a velha a falar, porém não concluiu; Alguém batera na porta da cabine. E não era qualquer alguém: O dono dos sonhos e desejos secretos de Natalie Flower, o lufano de cabelos dourados, de ar energético, amante inconstitucional de jujubas. O recém nomeado capitão da lufa-lufa, um dos melhores jogadores de quadribol que a lufa já tivera a honra de possuir: Johnathan Fullside, o próprio e único.

A garota abriu um sorriso e, assim que o mesmo adentrou a cabine, a garota pulou em cima dele, abraçando-o com força, de tal modo emocionada que nem ao menos deu atenção ao barulho de uma confusão e gritos de "briga" que vinham de fora do trem. Depois de notar o que fizera sentiu o rosto esquentar; Não pretendia demonstrar com tanta efusividade que sentira tanta falta assim do lufano durante as férias. Ainda mais na frente de uma velha que ela nem ao menos sabia o nome e de um porco. Porém, apesar da vergonha não soltou-o; Tinha medo que quando ela o soltasse o mesmo se mostraria um sonho apenas. Queria ter a certeza que a sensação boa de segurá-lo nos braços era real. O perfume familiar do garoto atingiu-a. Isso fê-la lembrar de quando visitara a geminialidades Weasley francesa e...

Spoiler:

Sentindo o rosto queimar com a lembrança das férias, a garota finalmente resolveu afastar-se do lufano, sentindo o olhar curioso da velha sobre os dois. Atencioso e educado, um completo exemplo de gentleman, Nathan apresentou-se sem dificuldades e com simpatia à velha, que pareceu apreciar o ar jovial do mesmo. Simplesmente não havia como desgostar do lufano. Porém, o que prendeu mesmo a atenção da lufana foi o enigmático discurso da velha sobre aura. Hm, interessante. Se ela era professora e falava de aura, a garota lufana podia apostar que ela era professora de...

— Eu sou Vicky Etros-Jagger, da mesma família Etros que administrou Stonehenge deste tempos imemoriais. Este ano serei sua mestra em Adivinhação. Um assunto vasto e fantástico. Será uma aula adorável Talvez nem para todos. Nem todos tem uma clarividência tão desenvolvida.

A garota assentiu, finalmente confirmando suas recém descobertas desconfianças. Isso ao menos explicava as roupas; uma coisa que a lufana notara é que professores de adivinhação tinham a mania comum de não se vestirei exatamente de modo comum. “Ainda bem que fui agradável a ela então....”pensou a garota, não deixando de lembrar da resposta mal criada que Elena dera à velha. Ela podia apostar que com um olhar daqueles, Vicky não estava disposta a esquecer tão fácil a resposta ultrajante da sonserina.

Finalmente a lufana viu a velha dar um sorriso fácil e a garota não pode deixar de sorrir junto à ela, enquanto esta abria a bebida trouxa e levava à boca. Infelizmente a calmaria não permaneceu por muito tempo: Aparentemente a bebida provocara efeitos não agradáveis na velha senhora, que então começou a gritar em como o corvinal Chester estava tentando envenená-la e....

Puf. O som suave de algo pesado e a sensação de peso em suas pernas levou Natalie a tomar consciência de que algo acabara que cair em suas pernas. Uma sensação de pavor tomou-lhe a razão, finalmente notando o que poderia ter-lhe caído nas pernas. Baixando devagar o olhar, enquanto jogava a lata fechada de bebida trouxa do seu lado, a menina vislumbrou nada mais, nada menos que a porquinha Fortuna em suas pernas. Uma sensação de nojo/medo/pavor tomou conta da lufana. O pânico a fez levantar-se, levando involuntariamente a porca junto a si, nos braços.

-NATHAN! SOCORRO!

Gritou a lufana em pânico, sem saber o que fazer com a porca que se aninhara perfeitamente em seus braços, parecendo já familiarizada com a lufana. Foi aí que ela notou que a professora lívida a encarava, com a varinha em punho. A lufana pensou um palavrão bem feio, que só não foi dito em voz alta porque a boa educação lhe impedia, até mesmo nas horas críticas. Ela tinha a sensação que estava BEM ENCRENCADA.

”AH MEU BOM MERLIN, ONDE FUI ESTACIONAR MINHA VASSOURA?”

-DESCULPA, DESCULPA, EU NÃO QUIS ...ELA PULOU NO MEU COLO...AI MEU MERLIN NÃO ME MATA, EU SOU MUITO JOVEM EU NEM BEIJEI O NAT... DIGO, NINGUÉM AINDA! NATHAN FALA PRA ELA! AIMEUDEUS EU SOU UMA BOA MENINA EU JURO EU JURO!

Gritou a garota, seu pânico palpável enquanto encarava a varinha da velha e todos os momentos legais e ilegais de sua vida passavam pela sua mente e quase deixando escapar sua queda obvia pelo melhor amigo. Ela realmente esperava que ele não houvesse notado o deslize. O fato era, de duas uma: ou ela acabaria enfeitiçada ou no mínimo tinha conseguido descolar sua primeira detenção do ano. E tudo isso sem nem ao menos querer arranjar confusão. E sem dizer que a gritaria que ela estava promovendo no minimo ia trazer mais atenção à aquela cabine em especial....Belo inicio de hogwarts.


Spoiler:

off: mal o post fraquinho, to sem inspiração t.t mas enfim, torçam pela vida da natalie o/ e pela de vcs ;D
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Mensagem por Chester Lewis Qui Ago 09, 2012 8:03 pm

IV - VOU ARREBENTAR TUA CARA! Ò.Ó


O medo estava corroendo sua espinha, com uma mão apoiada no carrinho e a outra no bolso da mochila onde estava a varinha olhava para os sonserinos exalando desespero. Todos da cabine o olhavam sérios, aquilo era desconcertante, mas ele precisava passar por aquilo se quisesse comprar seu livro de feitiços avançados. Uma sonserina da tradicional família Baudelaire foi a primeira a manifestar-se - Finalmente descobri como você consegue pagar a mensalidade - aquele comentário sufocou o garoto, mas não era nenhum mentira, praticamente toda Hogwarts sabia que o exímio aluno em duelos era de família humilde, contudo ela não parou por aí - Aqui meu bem. Pode ficar com o troco - Chester agarrou a moeda no ar, era um galeão, pensou consigo "Fui ofendido, mas to no lucro" e guardando a moeda no bolso traseiro, pegou uma bebida e levou até a mão da garota.

BOOMP!

A lata escorregara entre os dedos de Isadore, como a garota era deficiente visual Chester logo presumiu que foi um erro da parte dele, mas manteu-se imóvel por alguns segundos até a voz de Charles iniciar uma afronta - Olha o que você fez, sr. Lewis - naquele momento se sentira culpado, tinha errado com uma cega, não podia culpá-la - Limpe, antes que isso nos suje - a voz de Charles foi ouvida novamente, Chester começou a abaixar-se para limpar a sujeira, era de seu feitio se responsabilizar pelos seus erros - Com a boca, Lewis. Por favor - completou Baudelaire, pausa aqui, turbilhão de sensações invadiam o menino Lewis nesse momento, sua vontade era de dizer umas boas para os presentes, contudo ainda abaixado olhou a todos na cabine e pensou "Eles são muitos, se eu explodir provavelmente não chego vivo em Hogwarts, que seja!", olhando para o chão fechou os olhos e começou a sulgar a coca-cola com a boca.

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"O que ele queria ter feito"

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"O que ele fez"

O gosto do refrigerante se misturava ao carpete, era um gosto doce e felpudo como se o garoto estivesse mastigando o pêlo de um gato com caramelo. O sentimento de humilhação invadia seu coração, uma lágrima desceu pelo canto do seu olho que rapidamente se misturou ao líquido marrom espalhado no chão. Lewis fazia a limpeza com nojo, até sentir um pé no seu rosto, era de Roxanna, uma outra sonserina do quarto ano - Veja o lugar que você ocupa na cadeia alimentar do mundo bruxo, queridinho - os sentidos do garoto o enganaram naquele momento, sentiu vontade de fazer tanta coisa, mas foi cortado por uma risada maléfica da sonserina que continuou -E sabe por que é que eu não amasso de vez essa sua cara imunda? Porque não vale a pena manchar meu par de sapatos com o seu sangue ruim. Pode pegar as suas muambas e dar o fora daqui! - o lado sombrio da força começou a consumir o coração do garoto, refletiu "Dane-se tudo, eu morro e levo alguém comigo hoje", levou uma das mãos até o bolso da mochila e já ia sacar a varinha.

Olá Isadore! Vejo que está se divertindo! Sabe Chester, não se preocupe, limpe, não tem problema! Limpar a sujeira de gente como Isadore deve ser levado como honra... Você estará fazendo um favor... Essa cabine já está suja demais! - era Gerhard, um dos poucos sonserinos que conversava com Lewis, aquelas palavras acalmaram um pouco a fera dentro de Lewis, mas sua varinha começava a tremer no bolso da mochila, ela era bastante temperamental e coisas desagradáveis aconteciam quando ela estava assim. Percebeu que Gerhard entregava alguma coisa aos membros da cabine e era também humilhado por Roxanna que passando por cima de Lewis deixou o ambiente superlotado.

Um anjinho e um diabinho brigavam em seu ombro questionando sobre qual passo seria o certo a tomar. O anjo insistia que o certo a fazer era simplesmente levantar-se e dar o fora dali o mais rápido possível, o diabinho puxava o braço de Lewis e tentava levá-lo até a varinha para que ele mostrasse o porquê de ser um dos melhores duelistas de Hogwarts, mas Michael cortou toda aquela reflexão dizendo - Levanta logo daí - Chester levantou contando de um até dez para manter a calma, quando já estava em pé sentiu um pesado saco de moedas bater em seu peito e a voz do Alleborn finalizar - Taí, pelos serviços prestados, agora dá o fora - olhou para Alleborn com neutralidade, levou a mão até a varinha, apontou para o chão e proferiu - Targeo.

Toda a coca-cola espalhada no carpete e chão começou a ser absorvida pela varinha rapidamente, era um feitiço simples mas qualquer um conseguiria perceber a excelência da execução. Lewis guardou o saco de moedas na mochila, virou para Takamyia e disse - Obrigado Gerhard, é sempre um prazer vê-lo - após isso, voltou-se para Isadore - Desculpe pelo incidente, não acontecerá novamente - e virando as costas, deixava a cabine sussurrando - Riquinhos idiotas... - quando sentiu a mão de Baudelaire no seu ombro o puxando de volta - Disse alguma coisa? - Chester já abandonando toda a razão virou-se para Charles explodindo - Disse que vocês são riquinhos idiotas, agora me solta- Charles com desdém perguntou - Ou você vai fazer o quê? - toda a ira de Lewis anteriormente explodida agora tomava sua aparência, sua fisionomia assemelhava-se ao de um demônio, deixando de lado todo o medo proferiu - Ou, eu vou arrebentar tua cara agora mesmo- Charles ainda com desdém falou calmamente - Tô esperando - Lewis como uma medida de desespero soltou sem dar tempo de Charles reagir - Estupefaça

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"Ou, eu vou ter que arrebentar sua cara agora mesmo

Viu os olhos de Charles fecharem após sua cabeça sofrer o impacto de uma luz azul, após isso o corpo encostou-se no ombro da pessoa que estava sentada ao lado de Charles(Quem?). "Oh my god, funcionou, eu consegui", pensava feliz o menino Lewis até dar uma olhada por todo o recinto. Alguns pareciam assustados, outros furiosos, mas com certeza todos estavam surpresos. Depois de ter liberado toda a fúria de sua varinha, Chester voltava à sua normalidade, junto com isso seu instinto de sobrevivência apontava dizendo perigo, virou as costas e saiu correndo pelo corredor do expresso tentando fugir dos sonserinos remanescentes.

Spoiler:


Última edição por Chester Lewis em Sex Ago 10, 2012 6:55 pm, editado 1 vez(es)
Chester Lewis
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Mensagem por Leslie Astor Qui Ago 09, 2012 8:58 pm

1º Post

Antecipação

Leslie não dormira naquela noite. Estava por demais ansioso pelo regresso, que significaria acesso a uma biblioteca irrestrita, tutores para lhe tirar as dúvidas e uma fonte riquíssima de estudo por perto chamada Floresta Proibida. Resolveu então passar a noite lendo um livro sobre poções rápidas, que sua mãe ocasionalmente deixava aberto sobre o balcão da cozinha, e que ele achara melhor levar ao quintal para ler pela última vez sob aquele céu.

Enquanto estava completamente absorvido em sua leitura sobre a parca luz da vela que trouxe, Rory se levantava de sua cama enrolado em lençóis finos, arrastando-os pela casa por onde passava. Abriu a porta com cuidado para não acordar os pais, deu a volta na pequena construção até chegar à horta. Do outro lado dela, Leslie lia sentado na cadeira que usavam para semeá-la. Ele não o havia notado. Com raiva, o pequeno pegou uma pedrinha de jardim que encontrou aos seus pés e arremessou em direção ao primogênito.

Leslie ergueu a cabeça de supetão, derrubando o livro no processo. O susto que tomara quase o fez saltar da cadeira – quem faria aquilo àquela hora? – quando finalmente seus olhos encontraram os do irmão, grandes, encarando-o, azuis refletindo a lua. Estava ali, pequeno, enrolado, esperando que o notassem. O bruxo então apoiou o livro sobre a almofada do assento e se dirigiu a ele, com cuidado para não pisar na horta.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou, no seu tom mais pacífico.

- Você vai embora amanhã.

- Mas eu volto para o natal! Você nem vai reparar que eu fui, Rory...

Sentiu então um impacto atingir-lhe a barriga, para depois perceber que levara o mais forte soco do irmão, que saíra correndo da cena do crime. Deixou-o ir, sem saber que, em minutos, ele teria a sua primeira manifestação de que a magia corre em suas veias. Apanhou o livro e abraçou-o, desistindo de ler e apenas observando a lua dançar pelo céu, até que ficasse fora da vista e o céu ficasse lilás, rosa, laranja...

Era hora de ir. Levantou-se e foi à cozinha, preparou um café forte no bule velho e comeu com uma fatia de pão coberta de geléia de framboesa caseira. Não estava com fome, mas precisava de algo que tampasse o vazio em seu estômago, senão este o engoliria. Pegou as malas, já arrumadas no dia anterior, e escreveu um bilhete de despedida, que deixou dobrado no mural encantado de sua mãe, que armazenava os papéis e os deixava a mostra quando um novo leitor passasse por perto.

O Embarque

Meteu a mão livre no pote de vidro, cheio até a metade de pó de flu. Conferiu mentalmente tudo que precisava levar, e se não estava se esquecendo de nada. Fechou os olhos e viajou. Durante a curta viagem, lembrou de que a rede era clandestina, e torceu para que nada de mal acontecesse e que chegasse em segurança ao lugar que já lhe era conhecido de muito tempo. Ao abrir, estava na loja de uma conhecida de família, a sra. Lilygarden, que mantinha uma modesta floricultura trouxa próxima à estação de trem. Cumprimentou-a com alívio e comprou um ramo de lilases, o qual pagou com um galeão e recebeu o troco em dinheiro trouxa, para que pudesse pegar um táxi. Pôs o ramo de lilases enroscado na alça das malas, e foi.

Entrou na plataforma 9¾ sem mais problemas. Carregava um pesado carrinho com três grandes malas, e a dificuldade que sentiu ao empurrar o fez indagar como ele havia conseguido se transportar sozinho com tudo aquilo, para começo de conversa. Chegou ao local de despache, e resolveu tirar um livro da mala antes de perdê-la de vista. Prometeu a si mesmo que não leria, mas a pequena traição de si pareceu menor ao pegar um romance e não um livro técnico. Jogou seus pertences e dirigiu-se à entrada do trem, com o volume debaixo do braço esquerdo e a sacola com as vestes presa no punho direito.

Sua ansiedade para regressar não superou seu arrependimento de ter chegado cedo demais. O trem estava agitado com o movimento das pessoas entrando e saindo da cabine, e ele sentia que alguma confusão estava prestes a começar. Subitamente ficou feliz de ter abandonado a idéia de interagir e agradeceu estar com um livro grosso o suficiente para durar a viagem inteira. Olhando para baixo, de modo a evitar contato visual, foi desviando das pessoas e suas bagagens de mão até as últimas cabines.

A cabine estava vazia, e era próxima ao depósito das malas, pois conseguia ver algumas ao longe. Sentou-se confortavelmente, as pernas estendidas e as costas contra a parede da janela, ficando de frente para a porta. Deixou a sacola cair logo abaixo de seu assento, e abriu o livro. Parecia interessante, a história de um eterno jovem desafiando a moral vitoriana; no entanto, não teve chance de prosseguir sua leitura, pois um curioso felino aterrissou em seu colo, encarando depressa o chão da cabine para então voltar seus fugazes olhos para Leslie. Cumprimentou-o afagando-lhe a cabeça atrás da orelha, e a resposta foi o gato deitando sobre seu estimado livro. Parecia reconhecê-lo de algum lugar, talvez o tenha visto perto das masmorras do castelo durante alguma aula de poções. Ficou em silêncio, redescobrindo que nem só com gente se cultiva a amizade, e percebeu que trazer o livro talvez tenha sido, de fato, um erro.
Leslie Astor
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Mensagem por Henri Le Blanc Qui Ago 09, 2012 8:59 pm

O cabelo de Katrina bailava a mais bela das danças ao redor dos olhos azuis da garota. Apenas por um momento perdeu-se olhando para o rosto dela recordando o passado e quando percebeu já tinha perdido o que Aileen falara. Moveu o rosto para ficar de frente à gêmea, mas os olhos ainda estavam fixos na meio-veela com bochechas perfeitamente vermelhas, como as dele naquele momento de falas improvisadas.

- O que? – falou para Aileen, mesmo que fosse difícil perceber para quem se dirigia.

Napoleão teve de acordar seu dono mais uma vez do mundo – perfeito – onde só existia ele e Katrina e mais nada, apenas ruídos ao longe que lembravam uma sociedade agitada com crianças se preparando para o primeiro dia em uma escola nova, a chuva pingando nos trilhos e numa parte da lataria do Expresso, ele podia ouvir. Deu um passo na direção de Katrina e pegou o cartão de suas mãos.

Aquilo não era o suficiente. Depois de tanto tempo longe dela, ele queria muito mais do que uma simples troca de cartão postal. Pegou a mão da loira e a puxou levemente, dando mais um passo para quebrar a distância que era tanta e por tanto tempo de uma vez, soltou a mão de Katrina e estendeu os braços em torno de seu pescoço em um abraço apertado, sentindo o perfume indescritível da garota. Atrás de sua cabeleira dançante estava o cartão com um beagle olhando a famosa ponte de Londres.

- Obrigado Katrina! Cachorro é meu animal não-bruxo favorito e adoro beagles. – ele realmente gostava, mas tratando-se de um presente vindo de Katrina, qualquer coisa o agradaria. Virou o cartão para ver o que estava escrito, ainda no abraço, e viu o vazio. – Acho que você esqueceu-se de escrever... Mas não tem problema, teremos muito tempo para conversarmos.

Desfez o abraço e depositou o cartão postal em cima do malão ao lado da gaiola de Napoleão que logo pulou para a parte mais baixa e olhou a imagem por breves segundos, voltando o olhar para Henri logo em seguida como quem diz que não se deve mentir para a pessoa que ama. Apesar da forte ligação que o rapaz tinha com seu animal de estimação, ignorou o conselho da coruja e voltou para perto de Katrina em seguida.

- Pois é, mas esse ano não irei para Beauxbatons. – deu de ombros, desinteressado. – Busca por novos ares, novos colegas e coisa do tipo, daí vim para Hogwarts. Meu pai aprovou. – acrescentou sabendo que Katrina entenderia que ter a aprovação de Emmanuel num assunto como aquele era o mesmo que a Igreja aceitar que preservativo não era coisa do demônio pecaminoso. – Como está a família? Andei conversando bastante com Mabelle durante o último ano, inclusive ela me disse que você tinha mudado para Hogwarts... Sem avisar os amigos, hein?

Resumo escreveu: O garoto estava desligado em seu mundo com Katrina que não prestou atenção no que Aileen falara. Recebe o cartão postal de Katrina e continua a conversa sobre mudança de escola.
Henri Le Blanc
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Mensagem por Eilonwy K. Dolben Qui Ago 09, 2012 9:55 pm

Spoiler:
<< LAST CHAPTER

O caminho pelos corredores do Expresso de Hogwarts até o banheiro levou uma eternidade para Lony percorrer, mesmo que fisicamente o comprimento não fosse tão extenso, mas considerando a teoria espaço-tempo, foi como andar em câmera lenta, com todos aqueles olhares voltados para aquela bochecha enorme. Ela percorria mentalmente por uma linha tênue que a ligava com todas as motivações de um futuro distante, e que, provavelmente, seguindo naquele compasso, ela não conseguia visualizar a si mesma sendo feliz novamente enquanto estudasse naquele castelo, com aquela a fama de “a-garota-da-pereba”.

Lony amaldiçoou Gabriella tantas vezes em seus pensamentos, que se elas estivessem em um desenho animado, choveria bigornas na garota da Grifinória todos os dias. Correndo para o banheiro e desesperada, torcendo para ninguém aparecer por lá, ela abriu a porta, quase chutando-a, transferindo aquela ansiedade toda para bloquear a passagem e que ninguém mais a perturbasse enquanto estivesse viva por lá.

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A garota morena encostou as costas na porta de madeira, com os olhos fechados, e escorregou para o chão choramingando. Só então, quando estava em contato com o piso gelado, ela abriu os olhos e viu uma garota loira parada bem a sua frente com os olhos um pouco arregalados. Para a alegria dela e para a nooooossa alegria era apenas Chloe, uma garota que ela ficou muito feliz em ver por três motivos: primeiro, ela era da sonserina. Segundo, ela não tinha visto nada daquela cena cabulosa na Plataforma, e terceiro, as duas sempre foram amigas e companheiras de casa, e Chloe era alguém que Lony gostava e não brigava muito.

Pra variar, Chloe trocou o nome de Lony, e a garota teria dado uma bronca na amiga, mas perdoou-a porque estava zangada com outra coisa e por Chloe não ter praticado o nome da garota por dois meses por causa das longas férias, Lony decidiu dar um desconto desta vez.

As duas conversaram por um bom tempo, o suficiente para Lony explicar a ela o que havia acontecido. Ela contou o drama todo, um pouco envergonhada, com medo de Chloe julgá-la fraca ou achar aquilo indigno de uma sonserina, mas ela fora solidária. O bom de sonserinos é que, por mais que eles sejam rudes, metidos e individualistas, eles mantêm uma amizade depois de conquistada e não a trocam por pouca porcaria, além do mais, sabem dar apoio, pois unidos são mais fortes, e eles sabem disso.

Quando Lony desviou sua atenção para o cheiro estranho no ar, Chloe explicou para a amiga o incidente.

-Ai, você não foi a única que o mundo resolveu rir da cara. Você acredita que alguém me jogou um rapaz e um monte de lixo junto? -fez uma feição triste -Não existem mais pessoas educadas por aí. – de fato, educação é sempre relacionada a segundas intenções, foi o que Lony pensou -Sem contar o fato de que estou molhada da chuva e que me envolvi numa corrida de uma aposta que nem era minha... - girou os olhos. -Mas tô muito ruim? O cheiro tá estranho?

-Nossa, erm... não, não está... -Lony falou com uma vozinha fina, mas pela expressão de Chloe a garota não pareceu acreditar - ah, é mentira. Desculpe, mas está parecendo que... que... jogaram lixo em você mesmo. -ela não podia ter outra descrição melhor para isso. -Quem era a pessoa? Você também tem uma inimiga agora?

-NÃO! Droga. Você por acaso não tem nada aí que tire mau cheiro? - fez uma feição de desespero. -Já tentei dar uma limpadinha, pelo visto não funcionou... Não sei quem era, mas quando eu descobrir... HAHA. - parou. - Ainda não sei o que vou fazer mas... Vai ser algo ruim. – completou e Lony ergueu uma sobrancelha.

Para a sorte da garota loira, Lony era uma das melhores alunas em feitiços. Na verdade, o Dr. Cooper diria que era o tal do Lewis, mas Lony tinha certeza de que era ela e ponto final. Por isso, não demorou muito para a garota dar uma folheada no seu intelecto e achar a solução.

-Hmmm, Chloe, acho que dá pra fazer algo, tem um feitiço que... vejamos... -ela pegou a varinha que estava caída no chão ao lado dela e executou o Feitiço da Limpeza na amiga, deixando a aparência dela bem mais agradável e sem aquele cheio de casca de banana.

-Ah bem melhor! - ergueu os braços como sinal de vitória. -Obrigada Lucy lucy! –os olhos da garota brilhavam enquanto os de Lony reviravam, mas mesmo assim a morena abriu os braços para receber um abraço de volta –Ah, só não te dou um abraço agora, porque né, se for contagioso. - fez uma cara de pavor e Lony largou os braços no colo com cara de mangá irritado. -Mas espero que você resolva logo, e...

-Tá, tá... vão resolver, em nome de todos os sonserinos cruéis. –e a garota realizou uma expressão que deixaria o lindo lorde Voldemort orgulhoso. E Chloe, por sua vez, ergueu as duas sobrancelhas, sabendo que isso não era um assunto muito, hum, honroso para os sonserinos ressuscitarem.

Uma batida oca na porta fez Lony arregalar os olhos, tudo que ela menos queria era que mais alguém a visse daquele jeito ou sequer falasse com ela. Ela indicou com a cabeça para Chloe responder por ela, e a loira entendeu.

-Quem é? –Chloe perguntou.

-É a Anna. –e Lony, reconhecendo o sotaque por trás da porta, proferiu com os lábios uma frase muda, como se dissesse “Como assim?” para Chloe, que deu de ombros. –A Dolben tá ai?

-Sim, estou, uhnnn... pode... erm –Lony respondeu por Chloe, mesmo achando tudo aquilo muito estranho, ela não tinha certeza se era uma boa ideia deixar Anna entrar, mas Lony se lembrou de uma frase peculiar, que é “como dizem os britânicos, a Guerra dos Cem Anos pode esperar se você estiver com uma pereba na cara.” Mentira, foi ela que inventou essa frase.

Chloe convenceu Lony a deixá-la entrar, afinal, a garota não poderia ficar ali a viagem toda. A porta abriu lentamente, e surge primeiro os cabelos castanhos de Anna, e receosamente, a garota vai surgindo, localizando uma Lony de braços cruzados virando o rosto para o lado oposto, na tentativa de disfarçar a pereba. Anna entra rapidamente pela fresta e fecha a porta atrás de si, e só então as duas garotas perceberam o chapéu bonito, de abas largas e negro que a garota da Corvinal carregava.

-Ah! -ela olha pra bochecha de Lony, faz uma cara inteligivel, e pigarreia -É, eu achei que realmente não tivesse visto demais enquanto você passou correndo... - estende o chapéu pra a garota - Eilonwy, acho melhor você ir logo para o trem, aqui qualquer aluno pode aparecer; e lá eu consigo consertar... - faz uma careta - Esse... Problema facial temporário.

Lony imaginou que o chapéu poderia estar cheio de pó de mico mágico ou coisa pior para deixá-la ainda mais constrangida, e receou para aceitar o objeto, mas Chloe deu uma cotovelada nela, indicando que, suspeito ou não, aquele acessório era a única coisa que ajudaria a disfarçar aquela meleca, e além do mais, o chapéu era lindo.

OFF2: Bom depois deste post eu vou dar uma sumida até segunda ou domingo, provavelmente, porque vou viajar a trabalho, e quando eu voltar estarei perdida aqui no forum, certeza xD mas dou meu jeito de acompanhar tudo depois, bye o/
Eilonwy K. Dolben
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Elliot B. Pointer Qui Ago 09, 2012 10:33 pm

No episódio anterior...:
. Capítulo IV .

Procurando fugir dos feixes de feitiços que estavam ricocheteando e sendo lançados na plataforma, Elliot entrou no vagão do trem, quase esbarrando em uma garota que estava passando pelo corredor naquele momento. Ela soltou um grito de susto que quase o ensurdeceu, mas ele não podia deter-se. Depois voltaria e procuraria por ela para pedir desculpas – ou não, ela deveria estar grata que, estando ele envolvido, tudo que ela tivera fora um susto... Pessoas se acotovelavam nas janelas, dificultando a visão de alguma coisa do lado de fora, mas conseguia ouvir os clamores de briga. E pela descrição de uma loura, grifinória, quintanista, que ele coletara enquanto se espremia pra passar pelos alunos no corredor, ele tinha certeza que uma amiga sua estava envolvida naquilo.

Conseguira chegar ao final do vagão, faltando mais três, quando a multidão saiu da janela, voltando a transitar pelos corredores, com seus malões, procurando uma cabine vazia... A situação fora aparentemente resolvida. Dando um suspiro, ele balançou a cabeça e prosseguiu pelo caminho. Não importava o quanto estivesse resolvida a situação, ele precisava ver se a veterana estava bem. Afinal, Gabriella Alleborn era a irmã mais velha que ele não tinha. A única quintanista com quem ele se relacionara bem, quebrando a tradição de manter veteranos em patamares intangíveis que ele tinha. Prosseguiu passando pela correnteza de alunos que vinham em direção contrária, quando viu duas sonserinas do quarto ano no corredor. Lara Rosenberg, que ele conhecera em detenções, e Elena Holdfeny, a atleta. A garota em quem ele derramara uma poção no cabelo dela no primeiro ano deixando o cabelo dela roxo por uma semana... Se ela o odiava por isso, ela não demonstrava. Mas ele ainda sentia-se mal – principalmente porque todas as vezes que tentou reparar o erro, piorava a situação, como quando a deixou cheia de fuligem ou quando ela acabou com a roupa melada de graxa... Mas ela estava com Lara e era início de ano letivo... Quem sabe nesse, desse tudo certo. Mas pra não arriscar, ele não iria tentar reparar algum dos “fails” do passado, limitando-se a agir como se nada nunca tivesse acontecido.

Oi, Elliot! Feijãozinho de todos os sabores? — disse Lara oferecendo uma caixinha em sua direção.

Feijãozinho? Ah, não, obrigado. Eu estava tentando chegar ao lugar do combate das meninas, mas acho que pelo silêncio já terminou. — será que ela sabiam quem era a outra envolvida? Talvez fosse uma oportunidade de perguntar.

Que combate? Eu ouvi uma confusão mais pro fundo do trem. Um menino tentou vender bebida trouxa pra um bando de sonserinos, veja só. Pensei que Corvinais fossem espertos! — comentou a amiga, descontraidamente.

Cala boca, Lara... — a senhorita Holdfeny se manifestara, um pouco naquele tom de cordialidade costumeiro dela. — Nem parecia que estava tendo confusão nenhuma... — ela tentou reparar a informação concedida.

Ai! Como não?! Tinha bebida derramada pelo vagão todo e... ahm... — Elliot não percebera o olhar de Elena para Lara, sua mente começara a mexer as engrenagens...

O combate entre a... — respondeu automaticamente, afinal, ele não podia negar uma informação. Mas sua mente forneceu um insight que o desviou da ideia original. — Corvinal? Bebida trouxa? Sonserinos? — combinação explosiva e ele só conhecia alguém capaz de criar um tabuleiro daqueles... — Great Scott! Chester... — Elliot olhou na direção que as garotas vinham e fez os cálculos. Ouvindo as palavras de Elena, ele prosseguiu, tinha que justificar-se racionalmente e tomar cuidado com o que diria... Começar o ano sem explodir algo da Holdfeny era lucro. — Certamente que não estaria havendo confusão nenhuma, srta. Holdfeny... Mas sacomé, né? Contei cinco professores no trem e conhecendo meu amigo, quase certeza que ele vai se meter em confusão. Ainda mais porque nem todos os sonserinos são sociais como vocês, sempre têm aqueles que têm complexo de Malfoy, achando que ambição é bancar a bitch mal amada ou o rebelde sem causa... E pior coisa do mundo é começar o ano letivo com placar negativo, né? — ele começava a passar entre elas, gesticulando. — Iniciando o ano com cinquenta pontos negativos... Desse jeito nem ganhando o campeonato de quadribol... Por isso vou lá dar uma verificada.

Ele achara que tinha usado as palavras certas. Ela era a capitã de quadribol da Sonserina, então, ele acreditava que nestes termos ela o entenderia, apesar de suas razões serem obviamente outras, mas essas talvez só os lufanos o entendessem sem precisar de palavras. Passando por elas, vendo que a senhorita Holdfeny estava sã e salva e nem estava com raiva dele, ele começou a correr na direção que elas vieram. Agora com maior urgência, ele corria passando pelos alunos, esbarrando, derrubando malões, saltando, repetindo o mantra “Licença.Tôpassando.Desculpe.FoiMal.Ops.BeloGato,Moça.OndeConseguiuEssaCoca,Garoto?Valeu!”. Chester era ótimo em duelos, mas ele tendia a deixar que suas emoções dominassem a mente e acabava agindo de forma equivocada. Ele não se esquecera da vez que o amigo entregara Gabi só pra tentar se salvar da detenção do “Yellow-eyes”...

Passando para o próximo vagão, ele viu a térmica estranha, provavelmente feita pelo Chester, de Coca-Cola... Como assim derramaram Coca-Cola? Controlando o impulso emocional, ele ouviu a discussão e ouviu quando Chester agiu emocionalmente – mas no caminho completamente oposto... Ele levantara a voz pra alguém e soltara um Estupefaça! Isso era sinônimo de encrenca da grossa! Colocando rapidamente cinco latas de Coca na mochila, ele segurou o carrinho de Coca-Cola que estava no corredor, vendo Mimi se aproximando correndo do outro lado. Ele acenou para o carrinho e fez um gesto com as mãos de uma explosão, uma segunda mímica de puxando algo e movimento do braço pra correr loucamente como se não houvesse amanhã pro próximo vagão, apontando pra porta. Ela acenou assertivamente e ele começou a contar com os dedos, preparados pra agir no três. Fez o sinal de um com o dedo indicador, quando ouviu:

— Sectusempra!

Arregalando os olhos, ele fez um gesto de três rapidamente com a mão, enquanto via os feixes do feitiço chicotearem a parede da cabine próximo à porta. Surgindo na frente da cabine, colocou as duas mãos pra dentro e segurou o amigo, puxando-o mais forte que podia. Chutando o carrinho, ele derrubou as 19 Coca-Colas no chão, enquanto Mimi soltava um Avis e pulava por cima das cocas, na direção deles. Com o coração apertado, a boca seca e um pesar maior do que tudo que ele já sentira, ele estendeu a varinha girando-a enquanto dizia:

— Bom-BAR-da!

Aquilo fora suficiente pra que as latas explodissem com a pressão, impedindo perseguição, enquanto Mimi abria a porta do vagão e ele passava com um Chester que sangrava. Por fim, vindo de trás dele, viu um clarão luminoso intenso. Mimi usara “Lumus Solen”, cegando qualquer pessoa que tivesse colocado a cabeça para fora da cabine e os três dispararam pelo corredor, como se não houvesse amanhã. Percebendo que Chester precisava de atendimento urgente, ele estava procurando uma cabine onde poderia se colocar até quase se chocar com a senhorita Perkins, que estava com uma muda de roupa nas mãos. Sem saber o que fazer, ignorando uma música animada, ele abriu a porta da cabine do lado e jogou-se com o amigo, mas não sem antes puxar Aubrey com ele – não queria que ela fosse pega por algum dos feitiços, ainda mais de Arte das Trevas. Se isso acontecesse, ele nunca se perdoaria. Quando Mimi passou, ele fechou a Cabine, lançando um colorportus e empurrando Chester pra colar na porta, deitado no chão, encostado no assento da poltrona. Se alguém olhasse de supetão pela janela, não o veria. Respirando fundo, ele viu Mimi lançar um Ferula, colocando ataduras pra conter o sangramento e só então notou a jovem garota com uma gaita de foles nas mãos e um esquilo vermelho... Um pouco sem graça, tirando os tênis e subindo no estofamento, ficando colado na parede do lado da porta – e não visível pra quem olhasse pela porta – ele disse:

— Er... Oi. Sou o Elliot. Você deve ser nova, não é? — ele deduziu pela gaita. — Poderia continuar sua música? Não iremos incomodar em nada. Só estamos tentando passar despercebidos, probleminhas com colegas de escola... O de sempre. — e abriu um sorriso largo. Olhando para Aubrey, disse. — Desculpe-me, senhorita Perkins. Eu não podia deixá-la no corredor com Arte das Trevas sendo lançada a esmo assim... Eu não me perdoaria. Finja normalidade se olharem pela janelinha, por favor. É questão de vida ou morte...


Spoiler:


Elliot B. Pointer
Elliot B. Pointer
Aluno

Série 4º Ano

Escócia
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Mestiço

Cor : darkred.

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Elena Holdfeny Qui Ago 09, 2012 10:55 pm

Quando você pensa que nada mais vai te surpreender...

Uma senhora velha, feia, suja, mal vestida e com uma carranca horrível entrava na cabine que Elena dividia com a Natalie. Ela parou por um segundo e fechou os olhos. Respirou fundo, como sempre fazia para tentar manter sua concentração e calma. Mas cometera um erro terrível fazendo aquilo. Sentiu um cheiro um tanto desagradável. Encarou a velha novamente com uma sobrancelha arqueada. Naquele momento notou que a velha não tinha entrado sozinha na cabine. “Desgraça pouca é bobagem”. A velha carregava consigo um porquinho.

- Desculpa, mas acho que a senhora pegou o trem errado. Esse aqui vai pra Hogwarts e não para um asilo. – ela dizia para a velha, sem pensar e com muita certeza. Olhou-a mais uma vez -Nem para um hospício. – completava se divertindo.

E de repente sentiu o olhar da velha nela. E era intenso. Sentiu um leve calafrio por dentro. Não o deixou transparecer. A velha continuou encarando por um tempo e ela displicentemente respondia ao olhar. Sua expressão era tranquila. Esperava que se tornasse claro para a velha que deixá-la desconfortável era algo muito difícil. No entanto, a velha logo desviou o olhar pois a porca que carregava começou a se debater. Ela olhava toda a situação e só conseguia pensar que ela simplesmente não estava disposta a lidar com uma situação tão ridícula. Uma situação que envolvia uma velha esquisita e uma lufana medrosa. Ela não merecia começar o dia daquele jeito. Apenas piadas começavam daquele jeito...

- Um porco?

Uma voz amiga soava junto do surgimento de uma figura amiga. Lara aparecia na porta de sua cabine. E antes que pudesse pensar qualquer coisa, a gata que estava no colo da amiga emitiu um som assustado e fugia do colo da dona. Provavelmente a gata tinha se assustado com a cara da velha. Qualquer um provavelmente se assustaria com aquela carranca feia. Ela não sabia como ela não tinha se assustado com aquela carranca feia. Todavia, ela não era muito de se assustar.

- Oi, Lena! - dizia Lara olhando para ela como se ninguém mais estivesse presente. - Quer me ajudar a procurar a Louise? Ela provavelmente está traumatizada em algum canto do trem.

E sem sequer dar tempo de Elena responder, Lara a pegou pelo braço e a puxou para fora da cabine. Elena cogitou por um segundo em reclamar daquele movimento brusco, mas desistiu. Reclamar de quê? De ter sido logo tirada daquela cabine? Nunca. Não sabia mais por quanto tempo aguentaria sentir o cheirinho da velha sem passar mal ou fazer algum outro comentário sincero.

- Por quê ela estava olhando com tanta raiva pra você?

- Ela estava com cara de raiva? Achei que era a expressão normal dela. – ela não podia dizer que tinha se esforçado para compreender o que a carranca da velha expressava, já que todo tempo que a encarou só conseguia reparar mesma era na feiura. - Definitivamente uma das 5 figuras mais esquisita que já vi nesse trem, Lara.- ela dizia num tom de lamentação irônico - Hogwarts está caindo de nível... Enfim, obrigada por me tirar de lá, Larinha.- dizia abrindo um sorriso pra amiga.

- Ela tinha um porco! Isso é permitido? Porcos não fedem?- a amiga dizia indignada, gesticulando para dar ênfase. - E é claro que eu ia te tirar de lá! Quem é aquela mulher? Nova professora, eu aposto.

Bem, ela não tinha realmente parado pra pensar nisso. A simples hipótese daquela mulher sendo professora de qualquer coisa a deixava curiosa. Contudo, achava que aquele não devia ser o caso. Como pode Hogwarts – a melhor escola de magia do mundo – contratar alguém como aquela velha? Mas decidiu que se aquele fosse mesmo o caso, era bom que a velha fosse nova professora de matéria optativa, para ela não precisar cursar as aulas. Afinal, aquele tinha sido um péssimo começo e não ia correr o risco de se dar mal porque a professora provavelmente não iria com a cara dela. Ela gostava muito de manter boas notas.

- Não sei se todos fedem, mas aquele fedia demais. A velha também não estava lá muito cheirosa.- dizia rindo num tom meio maldoso. - Mas não sei quem era. Talvez a avó caduca de algum aluno, sei lá, não me dei ao trabalho de perguntar...- seu tom mudou de repente.

E ali lhe ocorreu que talvez ela tivesse sido um pouco mais malvada do que ela geralmente se permitia ser. E se a velha na verdade não fosse simplesmente uma louca ou uma mendiga qualquer? E se ela fosse de verdade a avó caduca de alguém? E se ela só estivesse procurando ajuda e Elena sem motivo nenhum agiu com um pouco mais de sinceridade do que o respeito permite? Por um momento se sentiu péssima. Tinha simplesmente julgado muito mal a velha pela aparência. Podia ser sua avó ali no lugar...

- Talvez eu devesse né? Vai que era realmente a vó caduca de alguém perdida, coitada.

E então seu segundo de questionamentos acabou. Porque ela percebeu o óbvio: Aquela ali nunca seria sua avó. Primeiro porque sua avó nunca se permitiria chegar a tal estado de decadência; e segundo porque ela nunca deixaria sua avó chegar àquele estado de decadência. E qual problema dela ter julgado a velha pela aparência? Com um aspecto daqueles ela parecia pedir que as pessoas a julgassem superficialmente.

- Mas se ela parecia me olhar com raiva mesmo, talvez seja melhor deixar pra lá. A lufana que se vire com ela... - a simples idéia da lufana, que tinha se mostrado ser uma pessoa muito facilmente assustada, com a velha esquisita era muito interessante. E um pouco divertida.

- Lufanos são tão pacientes e diplomáticos, não é mesmo? Tenho certeza de que vai dar tudo certo lá dentro.

Seguiu com a amiga a procura da gata perdida. Andaram praticamente até o final do trem. E lá encontraram a bichana. Escondida, ainda um pouco assustada, a gatinha de Lara parecia não querer sair da onde estava. Elena não tinha muita paciência para bichos. Em especial para aquela gata. A bichana tinha um temperamento muito forte e era teimosa demais para a paciência de Elena. Decidiu dar espaço para amiga e a gata, voltando sua atenção para aquela cabine e parte do trem. Não lembrava de ter ido nunca tão para o fundo do trem. Contemplava os arredores sem muito ânimo quando de repente ouviu um barulho enorme vindo – aparentemente – de lugar nenhum.

Odiava admitir que tinha se assustado, mas ela tinha. Olhou ao redor, preocupada, buscando a origem do barulho. Não demorou muito para concluir que tinha vindo do banheiro. Olhou para a amiga, que agora já tinha a gata em seus braços e viu nela uma expressão de espanto. E então um menino - Chester alguma coisa – saía do banheiro e com tinha com ele um carrinho de coca-cola. Elena começou a se perguntar se estava na verdade não estava sonhando. Aquele dia ficava cada vez mais esquisito.

O menino então tentou vender a bebida trouxa para as duas. Apesar dele ter sido até simpático, ela não conseguia ignorar o fato de que ele tinha acabado de sair do banheiro com aquelas bebidas. Dentro de um banheiro. Um banheiro público.

"PÚBLICO."

Ok, talvez não tão público quanto a maioria dos banheiros públicos, já que apenas os alunos de Hogwarts e alguns professores podiam utilizar aquele trem como meio de transporte e apenas em algumas épocas específicas do ano. Mas isso não diminuía o problema todo da situação. Ele ainda insistiu na venda, mas ela não iria nunca aceitar. Ela sabia o que era coca-cola e já tinha até provado a bebida. Era deliciosa, odiava admitir, já que era uma bebida trouxa. Mas isso não importava muito para ela. Sua dieta era balanceada e ela raramente se permitia escapar e consumir algumas poucas calorias a mais. As 137 calorias daquela latinha eram calorias a mais demais.

O menino seguiu seu caminho. “Talvez ele dê um bom vendedor ambulante”. E elas também não se demoraram mais no final do trem. Foram logo atrás de uma nova cabine. Porque de jeito nenhum Elena voltaria para sua antiga. Depois de procurarem por um tempinho, acharam uma com algumas primeiranistas. Estava decidida a não procurar mais. Então deu seu jeito de esvaziar a cabine, da forma mais gentil que conseguia imaginar: contou para as garotas que uns sonserinos tinham roubado o carrinho de doce e estavam distribuindo de graça para todos. As meninas ficaram animadinhas com a idéia da confusão e mais ainda com a idéia dos doce de graça. "E acho que temos aí mais três futuras gordinhas. Não duas só, aquela loira é gorda já". As meninas logo saíram e largaram a cabine vazia ali. Vazia para Elena e Lara ocuparem.

Já melhor instaladas, Elena enfim relaxou um pouco. Conversou com a amiga por um bom tempo e depois Lara a convenceu em fim a jogar uma partida de Snap Explosivo. A última coisa que a sonserina queria naquele minuto era jogar uma partida do que quer que fosse, mas após um pouco de insistência da amiga, decidiu ceder. Não custava nada. E se ela ganhasse, sabia que se sentiria melhor. Mesmo sendo apenas uma partida boba.

O problema foi que ela perdeu.

- RÁ! Ganhei! - a fumaça de uma mini-explosão no jogo de snap surgia no ar.

- MAS QUE MERDA... – falava praticamente gritando enquanto empurrava o jogo no chão.

Lara levantou as sobrancelhas, assustada. -Wow, calmaí. O que foi que houve? É só um jogo de snap, Lena. - dizia, botando a mão no braço de Elena.

Sentiu-se um pouco envergonhada pela sua reação, mas ela era assim mesmo. Não conseguia evitar e já até tinha tentado mudar. Mas era assim e pronto. "E nunca deu nada errado em agir e reagir como eu faço". Ela gostava de dizer isso pra si mesma. Talvez ela acreditasse nessa mentira um dia, se continuasse tentando se convencer. Começou a se explicar para amiga e foi então que lembrou. Ela não era a única com motivos para ter algumas reações inesperadas aquele dia...

- Hoje também não é exatamente um bom dia para você, não é?

Ela pode perceber Lara engolindo em seco. Fazia um ano que o irmão da amiga tinha desaparecido. Ninguém sabia ao certo se ele mesmo tinha fugido ou se tinha acontecido algo pior. Devia ser horrível viver aquela situação. Ela era filha única, mas a ideia de qualquer um de seus familiares sumindo assim de repente lhe dava arrepios.

- Já tive dias melhores. Anos melhores. Você sabe. - E desviou o olhar, enquanto coçava distraída as orelhas da gata.

- Eu sei. - ela olhava com carinho para amiga - E também sei que não é a mesma coisa, mas eu tô aqui, caso você precise. - ela esboçava um sorriso gentil e doce para amiga.

A amiga parecia agradecida, mas também bem ansiosa para fugir do assunto. Naquele momento, Elena sentiu seu estômago roncar. Se dando conta de que não fazia nenhuma refeição desde antes da partida no dia anterior, ficou preocupada. Ela não devia passar tanto tempo sem comer. Não era bom para seu metabolismo e era pior ainda para sua saúde. Sugeriu então irem fazer uma boquinha. E como já esperava, Lara pareceu animada de novo. Ela não entendia como alguém podia comer tanto, sem preocupação e permanecer tão magra. Aliás, ela entendia. Ela apenas continuava constantemente se surpreendendo com esse fato. Era um luxo que ela não se permitia dar. Ajeitaram a bagunça que Elena tinha feito na cabine e saíram. Deixando a gatinha na cabine, na esperança de guardarem seu lugar. E foram em busca do carrinho de guloseimas.

Andavam no corredor e conversavam tranquilamente, até que uma cena em uma cabine chamou a atenção de Lara. Naquele mesmo momento, Elena sentia seu estômago se contorcendo. Torcia para que a amiga não tivesse ouvido o barulho que o mesmo faz. Sua fome parecia crescer mais a cada segundo. Por mais curiosa que fosse a cena do vendedor ambulante da corvinal dentro de uma cabine praticamente só com sonserinos, ela simplesmente não estava interessada em saber nada sobre o assunto naquela hora. Elas seguiram seu caminho e, por sorte, acharam logo o carrinho de guloseimas. Elena comprou tudo que pode de mais natural e light dali. Não eram muitas coisas, mas aquilo serviria pro momento. Foi beslicando uma coisinha ou outra quando cruzaram com um menino. Um menino que ela particularmente não gostava muito de cruzar...

- Oi, Elliot! Feijãozinho de todos os sabores? - dizia Lara para o garoto, fazendo a simpática.

Ela olhou para o menino rapidamente. Ah, Elliot. Ela nem queria começar a pensar naquele garoto. Praticamente nada de bom vinha a sua mente quando pensava nos contatos que tivera com ele. Distraída partindo um pedacinho da barrinha de cereal que tinha na mão, ela ignorava aquela conversinha boba do menino com Lara. Ela sinceramente não se esforçava o mínimo pra prestar atenção, porém terminara de engolir o último pedaço de uma barrinha de ceral, ouviu Lara falando:

- … um menino tentou vender bebida trouxa pra um bando de sonserinos, veja só. Pensei que Corvinais fossem espertos!

- Cala boca, Lara... - Elena dizia entre os dentes esboçando um sorriso forçado, cutucando a amiga com o cotovelo.

Lara não devia se preocupar com Corvinais serem inteligentes ou não, porque se ela decidisse que estava tudo bem em explanar algumas ações dos colegas de casa, logo ela provavelmente se encontraria numa situação pior do que a de Chester. Ela era sonserina, logo seus amigos de casa também. E se ela não era exatamente a sonserina mais malvada que existia, Elena sabia que não podia dizer isso de algumas outras pessoas. Mas a amiga parecia esquecer daquilo.

- Nem parecia que estava tendo confusão nenhuma... - ela dizia voltando seu olhar para Elliot, tentando soar convincente.

Mas a amiga parecia não ter entendido o recado de cara. Para a sorte dela, o olhar que Elena lançou em sua direção foi compreendido, e logo Lara se calou de novo. O menino Elliot respondeu-as enfim, com um discurso gigante do qual ela não sabia se tinha prestado atenção direito ou não. Pois parecia que ele achava que tinha chances de ajudar o amigo. E parecia também que ele tinha alguma expectativa de que a grifinória ganharia o campeonato de quadribol. “Como se eles tivessem alguma chance...”. O garoto então saiu correndo em direção a confusão. Elena revirou os olhos e bufou.

- Nossa, Lara, tinha que abrir a boca pra fazer fofoca? – dizia colocando as mãos na cintura. - E sobre gente da nossa própria casa?

Todo mundo sabe que x9 morre cedo. Não é segredo isso. A amiga se desculpou e se explicou, mas não adiantava mais muita coisa. Ela já tinha aberto a boca e o menino já tinha saído correndo. Se antes naquela cabine parecia rolar uma baguncinha, agora com certeza ia ter uma confusão das boas. Elena não conhecia muito bem o grifinório, mas com o pouco que conhecia, sabia que onde o menino pisava, uma confusão se armava.

- O que o Elliot vai fazer, afinal? - perguntava a amiga.

Lena olhava pro lado em que Elliot tinha ido. - Esse garoto é um ímã pra problema, então com certeza agora vai ter alguma confusão lá.

- Eu não me importaria nenhum pouco de dar uma olhadinha nessa confusão, e você? - E sem esperar resposta, novamente Elena se viu puxada pro mesmo lado que Elliot tinha ido.

Aquela menina só podia ser suicida. Ela só tinha amigo doido, só podia ser.

No entanto, pensou que, talvez, assistir um pouco de desgraça alheia não faria mal. Estava menos irritada pelos acontecimentos do dia anterior, mas qualquer ajuda para esquecer daquilo era benvinda. Afinal, não custava nada dar uma conferida. Aceleraram o passo, indo na mesma direção que Elliot tinha ido. Não demoraram muito para notar onde era a confusão. O caos reinava ali. Não precisaram andar muito mais para ver Elliot novamente e dessa vez com um grupinho. Todos se jogavam dentro de uma cabine, num gesto meio desesperado e estranho. E junto deles, ela pode ver Chester. E o menino parecia sangrar.

- Ok, talvez isso esteja um pouco mais sério do que eu tinha imaginado... - ela falava baixinho para amiga, mas parecia estar falando mais consigo mesma.

Spoiler:


Última edição por Elena Holdfeny em Sex Ago 10, 2012 9:46 am, editado 2 vez(es)
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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Isadore Baudelaire Qui Ago 09, 2012 11:01 pm

OFF: Ações autorizadas inclusive por Chester Lewis. Por isso que vou postar que, por mais que o feitiço seja difícil, ela tenha conseguido fazê-lo. A música do título é Down With the Sickness, do Disturbed


Madness is the gift that has been given to me

Não conseguia acreditar que o corvino realmente estava limpando o chão com a boca, como os sons que ele produzia a levaram a deduzir. Quero dizer, sim, ele estava em menor número, mas que tipo de criatura patética se sujeitaria a isso? Sem dúvidas, Chester Lewis merecia o tratamento VIP e carinhoso que estava recebendo. Roxanna claramente concordava com isso, terminando de extinguir qualquer resquício de dignidade e amor-próprio que aquele ser vivo pudesse ter reunido na sua vida inteira - o que não tinha como ser muito, é claro, já que era um trouxa.

Sua amiga estava pisando no rosto de Lewis, o que Isadore descobriu pela fala que ela proferira, sobre como só não o amassava para não sujar os sapatos. A francesa franziu o cenho de nojo, só de imaginar. No entanto, foram interrompidos pela entrada de mais alguém na cabine: Gerhard Takamiya. Seu guia disparou vários impropérios para todos eles, e Isadore sentiu-se um pouco envergonhada, como se estivessem todos diante de um cachorro seu que ela havia educado mal.

Mesmo assim, o sorriso que emoldurava o rosto da garota não diminuiu em um centímetro sequer durante todo o discurso do japonês, que, em resumo, os acusava de serem todos sujos e malvados. Isso porque a garota não só concordava plenamente com ele como considerava ambos adjetivos muito lisonjeiros, e não o agradeceu unicamente porque não fazia esse tipo de coisa.

No entanto, ficou bastante incomodada com a resposta que Roxanna deu ao Takamiya em seguida. Continuava rindo, porque toda a situação era mesmo engraçada, mas sabia que Gerhard era honrado demais para aguentar as verdades que a sonserina dizia, até porque havia um público considerável escutando tudo.

Isadore estava sinceramente com pena de Takamiya e, tentando adverti-lo de que era melhor não fazer nada nem respondê-la, apenas sussurrou, agora séria:

- Taky...

Não disse mais nada, contudo, porque Lewis resolveu falar com ela, desculpando-se pelo incidente. Esse rapaz poderia ter todos os vários defeitos que eram bastante evidentes, mas pelo menos conseguia surpreendê-la. Era uma coisinha divertida esse Chester. Logo, porém, ele resolveu murmurar alguma coisa sobre os “riquinhos” que Charles não gostou de ouvir e deu a entender que queria que ele repetisse.

Isadore achou bastante inusitada a reação de seu primo e chegou a erguer uma sobrancelha, mas logo o clima leve da cabine tornou-se escuro e gélido para a francesa. Percebia pelo tom de voz do corvino mais jovem que ele tinha reais intenções de atacar Charles. Sabia que este teria facilidade em defender-se daquele, mas ambos estavam próximos demais e o nanico tinha a vantagem da iniciativa, então não demorou nada para ela mesma apontar a própria varinha na direção de Lewis.

Naquele exato momento, confirmando as previsões da garota, ouviu um “estupefaça” se deslizar para fora daquela fossa séptica que Chester chamava de boca. Isadore poderia sentir o sangue subir aos ouvidos e o rosto arder. O corvino poderia ter ofendido sua mãe, cuspido na sua cara ou qualquer outra provocação que nada poderia ter sido pior que acertar Charles. Seu Charles. Sentia tanto ódio que trincou sem querer a janela da cabine em que estavam.

Com a varinha bastante apertada entre os dedos, levantou-se. Poderia ouvir os passos apressados daquela ignóbil criatura pelo corredor, que tomada pelo que parecia ser seu primeiro rompante de bom senso na vida, tentava fugir de sua ira. Mas foi em vão.

-Lewis. Olha pra mim! Eu quero ser a última coisa que você vai ver antes de morrer- urrou, fazendo sua garganta ficar dormente. Claro, sabia que ele não iria obedecer desta vez, mas o fato de que ele estava de costas para ela jamais significaria um empecilho. - SECTUMSEMPRA.

Provavelmente teria acertado em cheio se Takamiya não tivesse deixado a bagagem ali na porta, fazendo-a se desequilibrar. Ficou ainda mais possessa com a ironia de ter sido vítima da sua própria limitação física.

- Sangue-ruim - foi o primeiro de muitos palavrões que saíram da boca de Isadore, aos quais não compensaria reproduzir. Só quando começava a ficar sem voz - quase um minuto depois - encostou-se na primeira superfície rígida que conseguiu encontrar, tremendo muito e com as mãos geladas. Percebeu que estava doente de preocupação com Charles, porque corria o risco de aquele desastre em forma de corvino ter feito o feitiço errado e gerado qualquer tipo de dano mais severo ao primo. Aí sim, poderia morrer tentando, mas mataria Lewis pessoalmente.

Só alguns segundos depois, um pouco mais calma, permitiu-se entrar novamente na cabine. Com o cenho impassível, dirigiu-se ao banco em que supôs que Charles tivesse caído, esticando lentamente a mão para conferir sua teoria. Conseguiu, então, sentir os cabelos dele se emaranharem nos seus dedos, acolhendo-os, mas sentia um cheiro feminino muito próximo a ele que a fez ficar alerta. Ele, claramente, tinha sido aparado por alguém.

Sob circunstâncias normais, Isadore teria ignorado a pontada de ciúmes que contorceu seu estômago, mas ela ainda estava bastante alterada. Portanto, ríspida, ordenou:

- Saia - e arqueou uma sobrancelha, em desafio. E ela que se contentasse por não ter levado um tapa no rosto. Uma vez tendo tomado o lugar da outra, passou um dos braços sobre o peito de Charles, em uma postura claramente protetora e possessiva, enquanto afagava os cabelos dele com a mão livre. Algumas pessoas se dispuseram a tentar reanimá-lo com o “enervate”, mas Isadore não conseguia confiar em ninguém para fazê-lo, nem mesmo em si mesma.


OFF²: Eu não postei porque a Isadore é cega rssss, então ela não sabe que o feitiço dela acertou apenas de raspão no braço do Chester, produzindo um ferimento muito semelhante a este: CLIQUE
OFF³: Quem quiser ser a guria que leva a patada da Isadore no final, pode ficar a vontade rs

Isadore Baudelaire
Isadore Baudelaire
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França
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Sangue Puro

Cor : Limegreen

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Expresso de Hogwarts [encerrado] - Página 2 Empty Re: Expresso de Hogwarts [encerrado]

Mensagem por Vicky Etros-Jagger Sex Ago 10, 2012 12:30 am

Para quem interessar possa e estiver sem tempo para ler agora, vai um resumo do que está abaixo:

Spoiler:

O lábio superior de Vicky sofria contrações involuntárias enquanto um peso podia ser sentido em seu ombro esquerdo. Seus olhos estavam grudados em Flower. Fortuna. Fortuna. FORTUNA! – gritou uma voz em seu íntimo.

— Oi, tudo bem? Sentiu minha falta?– disse uma voz folgada, vindo de lugar algum, mas direcionado aos ouvidos de Vicky.

Algumas pessoas tem certos objetivos de vida que podem ganhar representação material. Exemplificando: uma vida feliz, para alguns, pode ser constatada numa família onde seus membros vendem saúde e estão em harmonia. Uma boa situação financeira pode ser materializada em vassouras de qualidade, mesa farta, caldeirões novos, etc. Riqueza e status podem ser materializados em uma grande mansão, incontáveis criados, um cofre recheado no Gringotes.

A sina de Vicky era um azar enorme, uma nhaca indescritível, um urucubaca sem precedentes – e era materializado em um urubu que se empoleirava em seu ombro esquerdo que gosta de fumo romeno, chá verde, de discutir lances de Copas de Quadribol de séculos passado e que atendia por Horacio.

— Talvez você fique feliz em saber que eu senti a sua.– disse o urubu, secamente, visto que Vicky não se manifestava.

E ela não se manifestaria. Faria de conta que Horacio não estava ali. Sabia que, se respondesse o infeliz, teria fama de louca novamente – episodio da vida que ocorreu ainda no seio familiar, onde todos tinham uma ave negra no ombro esquerdo, praguejando e maldizendo sua sorte. Todos falavam com suas aves mas, ao conversar com estranhos, Vicky logo percebeu que ninguém mais via a bendita ave alem dela mesma. Mesmo seus familiares viam cada um sua própria ave. Muita vezes ela se perguntou se sofriam de delírio coletivo, mas sempre que punha a mão em um amuleto de sorte, a nhaca sumia e Horácio desaparecia. Mas seus azar era tão grande que consumia o poder mágicos dos amuletos, e voltava o bendito urubu querando a opinião dela sobre Bjorn-sei-la-o-que, apanhador do time da Noruega que foi famoso em 1508/1522.

— Se alguém quiser saber minha opinião – disse Horacio, usando as penas quais dedos e enchendo o cachimbo de fumo – acredito que Paco Porlan deveria ter atuado como batedor e jamais como atacante na excursão do time espanhol à Grã-Bretanha em 1725. – acendendo o cachimbo, emendou – Jamais deveria ter mudado de posição, para inicio de conversa.

Vicky fechou os olhos por um segundo. "Está tudo na sua cabeça..." – ela repetia para si, qual um poderoso mantra. Não! Qual uma taboa de salvação, à qual se agarra o náufrago.

Não podia ser vencida por aquela maldita ilusão, delírio, azaração, maldição, espírito agourento ou seja lá o que fosse. Tinha que vencê-lo e garantir sua sanidade.

Horacio continuo falando, mas agora Vicky conseguia ignorá-lo. Percebeu que estava na mesma posição, varinha na posição fatal, com Flower mantendo Fortuna em seu colo e Jhonny Fullside a seu lado.

— O que?!– disse Vicky, de repente, voltando sua atenção para um ponto indefinido, como se procurasse algo distante. Era sua clarividência trabalhando. – O que foi isso ?

— O trem vai descarrilar.– disse Horacio, entre uma baforada e outra – Parece que nossas andanças terminam por aqui, Vicky, minha velha amiga. Foi bom estarmos juntos.

Vicky ficou furiosa com a sugestão do ser agourento à sem ombro. Cerrou os dentes me pura fúria, apertando mais e mais a varinha. Já havia tentado de tudo – não havia feitiço que conhecesse que fosse capaz de destruir a ave agourenta. Precisava de Fortuna. Precisava urgentemente de Fortuna.

Voltou-se para Flower.

— DESCULPA, DESCULPA, EU NÃO QUIS ...ELA PULOU NO MEU COLO...AI MEU MERLIN NÃO ME MATA, EU SOU MUITO JOVEM EU NEM BEIJEI O NAT... DIGO, NINGUÉM AINDA! NATHAN FALA PRA ELA! AIMEUDEUS EU SOU UMA BOA MENINA EU JURO EU JURO!

"Menina tola", pensou Vicky. "Não me evite. Se me desejar algo negativo,a sorte de Fortuna vai...."

— Ai! – gritou Vicky.

Isto porque sem explicação aparente (talvez movendo lentamente pela trepidação do trem, ou magnetizado pelo azar da bruxa) uma valise de mão, de propriedade de Flower, deslocou-se lentamente do suporte superior de bagagem, vindo atingir em cheio a cabeça de Vicky, derrubando-lhe o chapeu.

— Maldição...– disse Viky, com a mão na nuca e rangendo os olhos, enquanto se agachava para pegar o chapéu.

— Opa. Erm... Desculpa...de novo. AI meu Merlin, não tá doendo ta?– disse Flower. A garota se aproxima da velha, tentando olhar se a mesma tivera algum machucado, ao mesmo tempo em que toma cuidado de aninhar mais a porca nos braços. Não sabia se era o pânico, mas ela simplesmente acabara se apegando à porca. Ao menos enquanto estava distraída para notar que a segurava como se tivesse posse.

Aquilo irritava profundamente Vicky. Flower ainda emedou:

— Nathan, eu to meio ocupada aqui... Pega o chapéu dela por favor!– falava isso olhando para Fullside.

— EU NÃO PRECISO DE AJUDA!– berrou Vicky, pondo-se de pé e colocando o chapéu, com exagerada energia.

— Ela não vai lhe devolver Fortuna.– disse Horacio, sem entonação, como se estivesse sentenciando sua crença na fatalidade. Aquele ser sabia como tocar no calcanhar de Aquiles da velha bruxa. Sabia como provocá-la. E não pensava duas vezes antes de lançar mão deste expediente.

O ódio que se viu nos olhos de Vicky seriam capazes de fazer congelar, ainda nas veias, o sangue do mais corajoso dos homens.

— Você não sabe de nada – disse ela, com olhos estreitos. Falava para Horacio, mas olhava para Flower , o que provavelmente faria a menina pensar que falava com ela. – Eu sou uma das guardiãs dos segredos ritualísticos de Stonehange. Sou um feiticeira cujo nome é temido em dois continentes.– e, levando a varinha acima da cabeça, de onde surgiram luzes de cores indecifráveis, enquanto um vento místico fazia ondular sus cabeças e vestes, gritou, em pura fúria, olhando para seu ombro esquerdo – EU SOU VICKY ETROS-JAGGER! DESAPAREÇA!

Nisto, preparou seu feitiço que fez o próprio animal imaginário arrregalar os olhos de medo. Mas ele estava ali.

Numa passada, Vicky enganchou o pé na lata de beberagem mágica, tropeçando grotescamente. Num movimento desengonçado, escorregou para trás, batendo violentamente a nuca na porta aberta da cabina. Sua varinha, ainda incandescente de magia, voou para o alto e fincou-se no chão do trem, ali fundindo-se como a espada da lenda, excalibur, na rocha. Vicky caiu sentada, e sentada ficou.

A boca estava aberta e um filete de sangue fugia de sua nuca.

Fortuna ficou alvoroçada nos braços de Flower, como se quisesse pular para os braços da inconsciente Vicky,

Para esta última, tudo ficou escuro.

Spoiler:
Vicky Etros-Jagger
Vicky Etros-Jagger
Professora

Age : 76
Sangue Puro

Cor : #556B2F

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